Jaques Wagner garante que governo terá ampla maioria na CPMI dos atos de 08 de janeiro
Por Edu Mota, de Brasília
Senadores de oposição cobraram o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quinta-feira (4), para que defina como será dividida entre os partidos a composição da CPMI que investigará os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Como revelou o Bahia Notícias nesta quarta (3), Rodrigo Pacheco ainda não determinou o cálculo para divisão das vagas na CPMI, e também não assinou ofício a ser enviado aos líderes requisitando as indicações de parlamentares que participarão do colegiado.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou na semana passada questão de ordem ao presidente do Senado para reivindicar uma vaga a mais aos partidos de oposição. Marinho alegou que o governo fez uma manobra fora de prazo para ampliar a quantidade de parlamentares em seu bloco, e que essa mudança não poderia ser considerada por Pacheco na decisão de distribuição de vagas na comissão de inquérito. A CPMI será composta por 16 senadores e 16 deputados, e igual número de suplentes.
Para o senador Jaques Wagner (PT-BA), mesmo que o presidente do Congresso atenda ao pedido da oposição, a perspectiva do Palácio do Planalto é que o governo tenha maioria na CPMI dos atos de 8 de janeiro. O líder do governo no Congresso afirma que serão 20 parlamentares governistas contra 12 oposicionistas, e disse que a oposição é que deve temer a investigação.
“O que me preocupa atualmente é votar as matérias que interessam ao governo. Quem tem medo da CPMI é quem foi agressor, é quem produziu aquele inferno que foi Brasília no dia 8 de janeiro. Quem tem que se preocupar é quem financiou, quem participou, quem induziu, quem enganou e quem botou um bando de gente para vir a Brasília como uma turba”, declarou Jaques Wagner.