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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

08 de janeiro

VÍDEO: Em depoimento ao STF, Bolsonaro nega que 8 de janeiro foi golpe e se refere a Lula como “pessoa de coração grande”
Foto: Reprodução / TV Justiça

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se referiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma “pessoa de coração grande” em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), em meio ao inquérito em que responde como réu. Na ocasião, Bolsonaro negava que o atentato de 08 de janeiro tenha sido uma tentativa de golpe ou invalidação da democracia. 

 

“Eu fico até arrepiado quando se fala que o 08 de janeiro foi um golpe. 1500 pessoas, pobres coitados, que, sem ônibus chegaram à região urbana na madrugada de domingo e o pessoal foi embora logo depois da baderna e sobrou para quem estava acampado aqui. Quem realmente fez foi embora, não foi encontrada nenhuma arma de fogo junto à aquelas pessoas”, contextualiza. 

 

Segundo ele, a ação dos manifestante nem poderia se configurar um golpe de estado, ou uma tentativa deste, já que o então presidente leito, Lula, não estava na capital. É neste momento, que Bolsonaro se refere a Lula como alguém de “coração grande”. “O próprio Lula no dia anterior, uma pessoa com um coração muito grande, foi para Araraquara para ver uma erosão de uma chuva que tinha ocorrido dia 29 de dezembro, ele estava fora de Brasília”, afirma. 

 

Ele finaliza o trecho alegando que “Da minha parte, par parte dos comandantes militares, nunca se falou em golpe. O golpe é uma coisa abominável. O golpe seria até fácil de começar, o afterday [dia seguinte] que seria imprevisível e danoso para todo mundo, o Brasil não poderia passar uma experiência dessa. Não foi cogitada essa hipótese de golpe no meu governo”, conclui. 

STF forma maioria para restringir suspensão de ação penal contra Ramagem
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (09), para restringir a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu a ação penal que tem como réu o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), e implica na situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros aliados. Os ministros Cristiano Zanin e Luiz Fux seguiram o relator do caso, Alexandre de Moraes.

 

A suspensão da ação penal foi determinada pela Câmara nesta quarta-feira (08). O julgamento, proposto pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin, ocorreu em uma sessão extraordinária do plenário virtual e deve seguir até à próxima terça-feira (13).

 

Segundo a Agência Brasil, os ministros analisam uma questão de ordem sobre a suspensão da Ação Penal 2.668, que tem como alvo, além de Ramagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontados como líderes de uma trama golpista que teria atuado de junho de 2021 a 8 de janeiro de 2023 e cujo objetivo era mantê-lo no poder mesmo em caso de derrota nas eleições de 2022.

 

A Primeira Turma formou maioria para determinar que a medida seja limitada a Ramagem e apenas aos crimes que ele supostamente cometeu após sua diplomação como deputado, em dezembro de 2022. Caso a decisão seja confirmada, a ação penal vai prosseguir normalmente para os outros réus, e para os demais crimes no caso do deputado federal. 

 

Para o relator, Alexandre de Moraes, que alegou que a Constituição estabelece critérios para a eventual suspensão de uma ação penal contra um parlamentar. "Os requisitos do caráter personalíssimo (imunidade aplicável somente ao parlamentar) e temporal (crimes praticados após a diplomação), previstos no texto constitucional, são claros e expressos, no sentido da impossibilidade de aplicação dessa imunidade a corréus não parlamentares e a infrações penais praticadas antes da diplomação", considerou Moraes.

 

Moraes votou pela suspensão apenas em relação aos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, que estão relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

 

A Constituição determina que, caso uma denúncia contra um deputado ou senador "por crime ocorrido após a diplomação" seja recebida pelo STF, a respectiva Casa pode optar por "sustar o andamento da ação". Restam os votos de Carmen Lúcia e Flávio Dino. 

Plano de trabalho da CPMI inclui ouvir ex-ministros de Bolsonaro e candidato a vice
Foto: Pedro França/Agência Senado

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão parlamentar de inquérito mista dos atos de 8 de janeiro, apresentou na manhã desta terça-feira (6) o seu plano de trabalho para os próximos meses, e colocou os nomes das primeiras autoridades e pessoas que serão ouvidas pela CPMI. 

 

Entre os nomes incluídos pela relatoria, estão o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o general Walter Braga Neto, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvanei Vasquez, o ex-interventor no DF, Ricardo Capelli, o ex-comandante do Planalto, General Gustavo Dutra de Menezes, o ex-comandante do GSI, general Gonçalves Dias, além de ex-comandantes da Polícia Militar do DF, delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil do DF, entre outros. A convocação ou convite dos primeiros 40 nomes listados pela relatora para serem ouvidos pelos membros da CPMI ainda precisarão ser aprovados.

 

Na apresentação do seu plano de trabalho, a senadora Eliziane Gama disse que os atos de 8 de janeiro não começaram a ser gestados após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para a senadora, o que aconteceu em Brasília foi resultado de uma sucessão de eventos que teriam surgido a partir de um estado de negação de eleitores do então presidente Jair Bolsonaro em relação ao resultado das urnas. 

 

“O dia das depredações não começou à meia-noite de 8 de janeiro de 2023, mas muito antes, em uma sucessão de eventos, para dizer no mínimo, de exaltação de ânimos. Pairava entre os vândalos o sentimento de negação do resultado da eleição presidencial, proclamado pela Justiça Eleitoral em 30 de outubro do ano anterior. As notícias disseminadas nas redes sociais pela parcela da sociedade que não aceitava a vitória do então presidente eleito Lula tinha intento de construir a realidade a partir de sua perspectiva particular, semeando crenças e sentimentos conspiratórios de todas as ordens”, disse a relatora.

 

Seguindo essa estratégia de considerar que o 8 de janeiro foi um movimento que surgiu logo após o segundo turno das eleições, a senadora Eliziane Gama incluiu em seu plano de trabalho a investigação de atos anteriores, como a confusão em Brasília no dia 12 de dezembro, quando vândalos tentaram invadir o prédio da Polícia Federal  e causaram destruição no centro da capital. A relatora incluiu entre os futuros depoentes da CPMI os militantes que estavam acampados no QG do Exército e que instalaram um artefato explosivo em um caminhão no aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro. 

 

A CPMI do 8 de janeiro também deve se debruçar sobre a atuação do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do então Diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, no segundo turno das eleições, com bloqueios em estradas e tentativa de constrangimento de eleitores. A relatora da comissão de inquérito também vai investigar os financiadores dos acampamentos montados no QG do Exército e em frente a unidades militares de diversas cidades brasileiras, assim como a relação de comandantes e militares das Forças Armadas com essas aglomerações.

 

Eliziane Gama incluiu em seu cronograma a avaliação sobre o relatório da Abin que teria sido enviado ao Congresso com a omissão de alertas recebidos pelo Gabinete de Segurança Institucional sobre riscos de invasão de prédios dos três poderes. A senadora ainda afirmou que a CPMI irá requisitar servidores do Banco Central do Brasil, da Controladoria Geral da União (CGU), da Receita Federal do Brasil (RFB), da Polícia Federal (PF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Banco do Brasil que detenham conhecimento de gestão de investigação e de análise de dados, para que participem da equipe de apoio da comissão.

 Após ato terrorista do 08 de janeiro, Lula pretende unificar forças de inteligência do governo
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula ( PT) quer unificar as forças de inteligência do governo federal. Atualmente os departamentos atuam separadamente, de modo independente e sem interlocução na Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Gabinete de Segurança Institucional ( GSI), Exército, Marinha e Aeronáutica.

 

As informações são do site Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Segundo fontes do governo, houve uma conversa com o presidente sobre os serviços de inteligência do Brasil e dos chefes de cada um dos órgãos. 

 

As informações conectadas e atualizadas deste setor é o que permite a preparação e segurança do Planalto Central, Congresso Nacional, STF entre outras instituições federais. O desejo de Lula chega após o ato terrorista que aconteceu no dia 08 de janeiro, onde o Planalto e o congresso foram depredados por terroristas.  

Em um dia, quase 400 requerimentos na CPMI pedem convocação de autoridades e compartilhamento de informações
Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro terá sua próxima reunião apenas na quinta-feira (1º), quando será apresentado o plano de trabalho da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e poderão ser votados os primeiros requerimentos. Até o início da tarde desta sexta (26), já tinham sido apresentados na CPMI um total de 385 requerimentos por senadores e deputados do colegiado. 

 

O senador pelo Distrito Federal, Izalci Lucas (PSDB-DF), é até aqui um dos campeões na apresentação de requerimentos. Foram 82 deles, com pedidos de convocação de diversas autoridades, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, comandantes e coronéis da Polícia Militar que estavam em postos-chave da Secretaria de Segurança do DF, membros do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, delegados da Polícia Federal, entre outros. 

 

Da bancada governista, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pede a convocação do tenente-coronel Mauro Cid para depor na condição de investigado, além de Ailton Barros, ex-major do Exército, que teria sido flagrado em conversas com Cid sobre eventuais golpes de Estado. Randolfe também pede que seja convocado o ex-ministro Anderson Torres e o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco, que aparece em conversas telefônicas mobilizando tropas para um eventual golpe.

 

Por parte da oposição, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou 13 requerimentos, entre eles, pedidos de compartilhamento com a CPMI de informações colhidas em investigações sobre os atos de 8 de janeiro pelo STF, os alertas feitos pela ABIN aos órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação, e também que sejam disponibilizados arquivos e imagens, internas e externas, do Senado e da Câmara dos Deputados, referente ao dia dos atos de vandalismo. 

 

Eduardo Bolsonaro também pede a convocação dos ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Flávio Dino, assim como do fotógrafo Adriano Machado, da agência de notícias Reuters. Os parlamentares de oposição dizem que o fotógrafo estaria “infiltrado” durante a invasão ao Palácio do Planalto, em um trabalho a serviço do governo.

 

Já o senador Marcos do Val (Podemos-ES) pede a convocação dos generais Júlio César de Arruda, ex-Comandante do Exército, e Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-Comandante Militar do Planalto, para que expliquem a prisão de pessoas que estavam acampadas no QG do Exército no dia seguinte ao 8 de janeiro. Do Val, que apresentou 19 requerimentos, quer também que a CNN envie à CPMI cópia das imagens do circuito interno de TV do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, e pede que o Comando da Aeronáutica apresente cópia do plano de voo utilizado pelo avião presidencial na volta do presidente Lula a Brasília no final da tarde do dia dos atos. 

 

Pedidos de convocação para depoimentos do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Ricardo Cappelli, que foi interventor na área de Segurança do Distrito Federal, se repetem em diversos requerimentos dos parlamentares de oposição. Também existem pedidos múltiplos para que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) encaminhe informações sobre relatórios de inteligência prévios às manifestações do dia 8 que teriam sido enviados à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso. 

 

Os parlamentares da Bahia presentes na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ainda não apresentaram requerimentos. A senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI, também não deu entrada em qualquer requerimento.

Jaques Wagner garante que governo terá ampla maioria na CPMI dos atos de 08 de janeiro
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

Senadores de oposição cobraram o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quinta-feira (4), para que defina como será dividida entre os partidos a composição da CPMI que investigará os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Como revelou o Bahia Notícias nesta quarta (3), Rodrigo Pacheco ainda não determinou o cálculo para divisão das vagas na CPMI, e também não assinou ofício a ser enviado aos líderes requisitando as indicações de parlamentares que participarão do colegiado. 

 

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou na semana passada questão de ordem ao presidente do Senado para reivindicar uma vaga a mais aos partidos de oposição. Marinho alegou que o governo fez uma manobra fora de prazo para ampliar a quantidade de parlamentares em seu bloco, e que essa mudança não poderia ser considerada por Pacheco na decisão de distribuição de vagas na comissão de inquérito. A CPMI será composta por 16 senadores e 16 deputados, e igual número de suplentes. 

 

Para o senador Jaques Wagner (PT-BA), mesmo que o presidente do Congresso atenda ao pedido da oposição, a perspectiva do Palácio do Planalto é que o governo tenha maioria na CPMI dos atos de 8 de janeiro. O líder do governo no Congresso afirma que serão 20 parlamentares governistas contra 12 oposicionistas, e disse que a oposição é que deve temer a investigação. 

 

“O que me preocupa atualmente é votar as matérias que interessam ao governo. Quem tem medo da CPMI é quem foi agressor, é quem produziu aquele inferno que foi Brasília no dia 8 de janeiro. Quem tem que se preocupar é quem financiou, quem participou, quem induziu, quem enganou e quem botou um bando de gente para vir a Brasília como uma turba”, declarou Jaques Wagner.

Parlamentares governistas mudam de estratégia e defendem rigor nas investigações da CPMI do 8 de janeiro 
Foto: Reprodução/ YouTube

Depois de semanas buscando inviabilizar a criação da CPMI para investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília, o Palácio do Planalto mudou de estratégia e não só passou a apoiar a comissão, como estimulou os parlamentares governistas a assumirem postura agressiva na guerra de narrativas sobre o tema. Se até esta quarta-feira (26), dia em que foi lido o requerimento de criação da CPMI, era a oposição que entoava os discursos mais enfáticos sobre a comissão, desde ontem os governistas tomaram a frente no debate e agora defendem com ardor que toda a verdade sobre o fatídico dia venha à tona.  

 

A mudança de postura em relação às futuras investigações da CPMI também é verificada na bancada baiana na Câmara dos Deputados e no Senado. É o caso, por exemplo, do senador Otto Alencar (PSD-BA), que desde o princípio dizia ser contra a instalação da comissão de inquérito do 8 de janeiro. Com a leitura do requerimento, Otto Alencar não apenas passou a apoiar a criação do colegiado como afirmou que pretende participar ativamente das investigações. 

 

“Como surgiu esse vídeo com o general Gonçalves Dias, resolvemos participar. Temos todas as razões e coragem para enfrentar quem financiou isso e tentou destruir a democracia. A investigação é de extrema importância para esclarecer os fatos relacionados a tentativa de golpe ocorrida em 8/1. A CPMI proporcionará respostas à população brasileira”, disse o parlamentar do PSD, partido que deve indicar três senadores para a comissão.

 

A mesma posição é adotada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que afirmava ser contra a criação da CPMI por entender que ela representaria um gasto de energia desnecessário que atrapalharia a discussão de assuntos de maior relevância. Na opinião do líder do governo, a oposição vai se arrepender de ter lutado tanto pela instalação dessa CPMI.

 

“Acredito que a CPMI será um momento importante para esclarecer, de forma definitiva, os responsáveis pelos atos de vandalismo no dia 8 de janeiro. E isso apesar de que a Polícia Federal já está com o trabalho avançado nas investigações, com diversas pessoas já ouvidas e punidas pelo episódio. Quem tiver culpa no cartório, vai pagar, seja quem for. E temos a absoluta convicção de que não é ninguém do nosso governo. No final das contas, eu acho que quem vai se arrepender de ter se empolgado tanto com isso será a oposição”, afirmou Wagner.

 

O líder do governo disse ainda que não há a menor possibilidade de a comissão parlamentar mista ser presidida ou relatada por “alguém que queira puxar a narrativa do pessoal da barbárie”. 

 

Entre os deputados federais da Bahia, a grande maioria permanece preferindo não se envolver enfaticamente com os rumos da CPMI. Apenas cinco deputados da bancada assinaram o requerimento para a criação da comissão: Alex Santana (Republicanos), Capitão Alden (PL), Jonga Bacelar (PL), Roberta Roma (PL) e Rogéria Santos (Republicanos). 

 

Desses cinco que apoiaram a instalação da CPMI, somente o deputado Capitão Alden se pronunciou na defesa da comissão. Em suas redes sociais, Capitão Alden pede que a CPMI apure com isenção os atos do dia 8 de janeiro. “É preciso identificar os reais mentores intelectuais e os desordeiros, como também apurar arbitrariedades promovidas por autoridades na condução do processo e nas prisões de inocentes. Há uma cortina de fumaça promovida por Lula para tentar ofuscar o desastre que tem sido as ações do governo”, disse.

 

Cotado para presidir a CPMI, o deputado baiano Arthur Maia (União) considera que os acontecimentos do dia 8 de janeiro em Brasília estão sendo tratados de forma radicalizada, e que a comissão precisa de serenidade para apurar as responsabilidades pelos atos de vandalismo. “Fui indicado pelo meu partido União Brasil como membro titular da CPMI. Este assunto tem sido tratado de uma maneira muito radicalizada e passional e isso dificulta muito a discussão. Da minha parte, trabalharemos com isenção e responsabilidade, tendo em vista a importância do tema para o Brasil. A história merece ter um esclarecimento do que de fato aconteceu no 8 de janeiro”, afirmou Maia.

 

Já os deputados da bancada baiana que defendem o governo Lula subiram o tom em relação à CPMI e afirmam que não só participarão ativamente das investigações, como comprovarão quem arquitetou e comandou a destruição dos prédios dos três Poderes em Brasília. É o caso do deputado Jorge Solla, do PT. Em enfático discurso na Tribuna da Câmara, na sessão em que foi lido o requerimento, disse que a criação da comissão de inquérito é um “tiro no pé” dado pela oposição, que, segundo ele, já estaria arrependida de ter se esforçado pela instalação do colegiado. 

 

“Essa CPMI vai acelerar a punição, vai acelerar a condenação, vai mostrar à opinião pública quem organizou a invasão dos prédios dos Poderes da República, quem financiou, quem flertou com o golpismo o tempo inteiro. Essa responsabilidade vai estar lá carimbada na CPMI dos atos do 8 de janeiro. Em vez de deixarem só os órgãos que deviam cuidar da investigação tratarem isso, acharam que iam ter um palanque para mudar a versão da história. Não podem mudar fatos. Não podem mudar a história”, disse o deputado.

 

Na mesma linha, o deputado Valmir Assunção (PT) disse que a bancada de oposição tanto lutou pela CPMI e agora está arriscada a ser alvo das investigações. “Os bolsonaristas queriam tanto uma CPI dos atos golpistas, pois vai ter e eles vão ser desmascarados. Estamos de olho nas investigações. Eu era contra essa CPI por achar que estaríamos gastando tempo com o óbvio, enquanto temos trabalho a fazer para reconstruir o país. Mas tanto insistiram que taí. Agora vamos publicizar ainda mais o golpismo promovido por Bolsonaro”, completou o deputado.

 

A deputada Alice Portugal (PCdoB) também defendeu a investigação pela CPMI, e disse que os atos de 8 de janeiro ficaram fortemente marcados na história do Brasil. “Um episódio vergonhoso e revoltante para todas e todos nós que defendemos o estado democrático de direito. É preciso que todos os envolvidos sejam punidos ao rigor da lei, todos que patrocinaram, organizaram e de algum modo foram coniventes devem ser imediatamente responsabilizados!”, afirmou.

Pacheco lê requerimento e CPMI dos atos antidemocráticos será instalada no Congresso
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, ao abrir nesta quarta-feira (26) a primeira sessão conjunta neste ano de 2023, fez a leitura do requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar os atos antidemocráticos realizados em Brasília no dia 08 de janeiro. Pacheco solicitou aos líderes de blocos e partidos que façam suas indicações de membros para compor a CPMI. A proporcionalidade partidária para indicação de componentes da comissão será divulgada ainda nesta semana. 


O requerimento para criação da CPMI que irá investigar os atos antidemocráticos e de vandalismo realizados em Brasília no dia 08 de janeiro é de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE). O deputado reuniu assinaturas de 217 deputados federais e 37 senadores, e desde o mês de fevereiro buscou convencer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) da necessidade de o Parlamento investigar a fundo as omissões e eventuais sabotagens que facilitaram a destruição dos prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional. 


“Parte da imprensa e do governo passaram as últimas semanas dizendo que essa CPMI é de interesse apenas dos parlamentares da oposição. Será mesmo? A meu ver, a instalação dessa comissão de inquérito é de interesse popular. O povo brasileiro quer a verdade sobre os atos do dia 08 de janeiro”, disse o deputado André Fernandes.


O prazo de funcionamento da comissão é limitado de acordo com o Regimento Comum. Inicialmente, são 120 dias para investigar os fatos e apresentar um relatório final. Esse prazo, entretanto, pode ser prorrogado, desde que não ultrapasse o período da legislatura em que for criada. O autor do requerimento, deputado André Fernandes, pediu o prazo de 180 dias para as investigações no colegiado.


Nos bastidores do Congresso, as conversas entre os líderes da Câmara e do Senado envolvem a indicação para os cargos de presidente e relator da CPMI. Enquanto o governo tenta emplacar seus aliados Omar Aziz e Renan Calheiros, ou na presidência ou na relatoria, pela Câmara, os nomes dos deputados André Fufuca (PP-MA) e Arthur Maia (União-BA) despontam como favoritos para presidir ou relatarem a comissão mista de inquérito.


Alguns partidos já estão se adiantando e anunciando quais serão os parlamentares indicados para compor o colegiado. O PL indicou que vai indicar, pelo Senado, Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e pela Câmara, André Fernandes (CE), Eduardo Bolsonaro (SP) e Delegado Ramagem (RJ).


Alguns nomes de parlamentares governistas também são cotados para figurarem na CPMI, como os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE), Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado federal André Janones (Avante-MG).

Ministro de Lula acusa militar ligado a Bolsonaro de ter colaborado com invasores do Palácio
Reprodução imagens do Palácio do Planalto

Após postar na madrugada desta segunda-feira (24), em sua conta no Twitter, que sete dos nove militares que trabalhavam para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) atuaram diretamente na segurança de Jair Bolsonaro em viagens presidenciais, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, voltou nesta tarde a fazer acusações sobre sabotagem ao governo durante a invasão ao Palácio do Planalto. Paulo Pimenta, no Twitter, divulgou uma sequência de vídeos das câmeras do Palácio e acusou o major do Exército José Eduardo Natale de colaborar com os invasores da sede do Poder Executivo. 

 

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Segundo afirmou o ministro Paulo Pimenta, o major José Eduardo Natale, que aparece em diversas imagens do circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, foi contratado para o GSI em novembro de 2020. No dia da invasão do Palácio, o oficial exercia o posto de coordenador de segurança de instalações presidenciais. Pimenta disse ainda que José Natale foi segurança de Bolsonaro durante o lançamento de sua pré-campanha em 2022, e o acompanhou em diversas viagens oficiais.

 

Nas postagens em sua conta no Twitter, Paulo Pimenta afirma que o major cumprimentou e forneceu água para os invasores do Palácio do Planalto. Em outro vídeo, o ministro diz que um dos vândalos quebrou o relógio Baltazar Martineau enquanto o major conversava com os terroristas. “Logo após a queda, o major chega na cena, vê o relógio quebrado e age como se nada tivesse acontecido”, completou Pimenta, dizendo ainda que depois de meia hora apenas conversando e oferecendo água para os terroristas, Eduardo Natale “pediu educadamente” para eles irem embora. 

 

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O requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro ainda nem foi lido, mas nas redes sociais, já está pegando fogo a guerra de narrativas entre governistas e oposicionistas sobre quem foi o responsável pelos trágicos acontecimentos daquele dia.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia
O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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