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Com preços de alimentos em queda, prévia da inflação tem menor resultado desde setembro de 2022

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Com -0,14%, o mês de agosto registrou a menor prévia de inflação mensal desde setembro de 2022. Esse foi o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE. 

 

O indicador negativo, que revela uma deflação em agosto, levou o IPCA-15 a acumular uma alta de 3,26% e, em 12 meses, 4,95%, abaixo dos 5,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, o IPCA-15 foi de 0,19%.

 

A variação negativa da prévia da inflação em agosto foi impactada principalmente pelo grupo Habitação (-1,13%), devido à forte queda nos preços da energia elétrica residencial (-4,93%), subitem que exerceu o impacto mais intenso no índice (-0,20%. Também registraram quedas em agosto os grupos Alimentação e bebidas (-0,53% e -0,12% de impacto) e Transportes (-0,47% e -0,10%).

 

O bom resultado do IPCA-15 no mês de agosto teve forte influência do grupo Habitação, que saiu de um aumento de 0,98% em julho para uma queda de 1,13% em agosto. O grupo foi influenciado pela energia elétrica, que recuou 4,93% em agosto. Também em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,29%) contemplou o reajuste de 4,97%, em Salvador (4,64%), vigente desde 18 de julho. 

 

Já o grupo Alimentação e bebidas (-0,53%) mostrou resultado negativo pelo terceiro mês consecutivo, intensificando a queda em relação aos meses de julho (-0,06%) e junho (-0,02%). A alimentação no domicílio recuou 1,02% em agosto, com destaque para as quedas da manga (-20,99%), da batata-inglesa (-18,77%), da cebola (-13,83%), do tomate (-7,71%), do arroz (-3,12%) e das carnes (-0,94%). 

 

Em mão oposta, a alimentação fora do domicílio subiu 0,71% em agosto, em virtude das altas no lanche (1,44%), segundo maior impacto positivo no índice (0,03 p.p.), e na refeição (0,40%).

 

Entre as cidades pesquisadas pelo IBGE, São Paulo (0,13%) foi a única área com variação positiva, por conta das altas dos cursos regulares (1,14%) e da higiene pessoal (1,33%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,61%), influenciada pela queda nos preços da energia elétrica (-6,47%) e da gasolina (-2,75%).

 

A cidade de Salvador teve uma queda ainda maior do que a média nacional. O IPCA-15 na capital baiana em agosto foi de -0,23, uma queda mais acentuada do que os -0,14% registrados em todo o país. 

 

No ano, o IPCA-15 para a cidade de Salvador ficou em 3,05% (abaixo dos 3,26% de todo o país). E na variação acumulada dos últimos 12 meses, a capital baiana também ficou abaixo da média nacional, registrando 4,77% contra 4,95% que foi o indicador geral brasileiro.