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Depois de quatro meses de queda, o indicador que revela a prévia da inflação oficial brasileira voltou a subir no mês de julho. É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.
De acordo com o indicador, a prévia da inflação de julho apresentou alta de 0,33%, após o índice de 0,26% registrado em junho. Apesar da subida, o resultado de julho ainda está menor do que o verificado em maio, que foi de 0,36%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa havia sido de 0,30%.
O índice apurado neste mês ficou mais alto também do que o verificado em julho do ano passado, quando o IPCA-15 foi de 0,30%. Na série histórica, esse patamar de 0,33% é o maior em um mês de julho desde 2021.
Segundo o IBGE, a maior variação de preços em julho veio do grupo Habitação, com 0,98%. Além de Habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%).
Por outro lado, os grupos de Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) mostraram variação negativa, enquanto Educação (0,00%) teve variação nula.
Responsável pela maior variação e o maior impacto no índice, o grupo Habitação mostrou desaceleração em relação a junho, quando subiu 1,08%. O aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial contribuiu para o resultado do grupo.
Já o grupo Transportes apresentou aceleração de junho (0,06%) para julho (0,67%). A alta foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86%) e pelo transporte por aplicativo (14,55%).
Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), o subitem plano de saúde subiu 0,35%, consequência da incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso dos planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, valendo a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026, enquanto para aqueles contratados antes da Lei, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, dependendo do plano.
A queda de preços de Alimentação e bebidas (-0,06%) em julho foi a segunda seguida. Em junho, esse grupo recuou 0,02%. A alimentação no domicílio teve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. As quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) impactaram o resultado. No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.
Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu aceleração de junho (0,55%) para julho (0,84%), em virtude dos aumentos do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição (de 0,60% em junho para 0,65% em julho).
A respeito dos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%).
A cidade de Salvador foi a terceira entre todas as capitais com o menor resultado para julho, com IPCA-15 de 0,15%. Enquanto a média nacional subiu de 0,26% para 0,33% em julho, a capital baiana teve movimento inverso, com uma forte queda de 0,42% em junho para 0,15% em julho.
No ano, a inflação medida pelo IPCA-15 em Salvador está em 3,29%, menor do que a média nacional de 3,40%. E no indicador da prévia da inflação dos últimos 12 meses, a capital baiana aparece com média também menor do que a média nacional (4,90% na Bahia contra 5,30% em todo o Brasil).
Depois de uma queda acentuada entre abril e maio, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho teve apenas leve variação para baixo, fechando o mês em 0,24%. Foi o que mostrou o indicador divulgado nesta quinta-feira 10) pelo IBGE.
Em maio a inflação oficial havia sido de 0,26%, e agora em junho portanto houve uma queda de 0,02%. No ano, a inflação acumulada, segundo o IBGE, é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%.
O resultado do IPCA de junho foi influenciado, principalmente, pela alta da energia elétrica residencial, que, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, registrou aumento de 2,96% no mês. Em todo o primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial já subiu 6,93%, registrando o principal impacto positivo individual (0,27%) no resultado acumulado de 2025.
Em relação aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco. Já a menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).
Na cidade de Salvador, a alta de preços em junho foi de 0,29%, acima da média nacional de 0,24%. Apenas quatro capitais registraram inflação maior do que Salvador.
No ano, a inflação acumulada em Salvador está em 3%, praticamente igual ao que foi verificado para todo o país (2,99%). Já nos últimos 12 meses, o IPCA para a capital baiana foi de 5,23%, abaixo da média nacional, que ficou em 5,35%.
Outro impacto na composição da inflação oficial de junho saiu da alta de preços do grupo Habitação (0.99%). Esse resultado foi influenciado principalmente pela alta na taxa de água e esgoto (0,59%).
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,18%) nos últimos nove meses. O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). No lado das altas, destaca-se o tomate (3,25%).
Já a alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche passou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.
O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês (0,05%), aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta.
Nos preços do grupo Vestuário (0,75%), destacam-se as altas na roupa masculina (1,03%), nos calçados e acessórios (0,92%) e na roupa feminina (0,44%). As demais variações e impactos no IPCA de junho foram: Saúde e cuidados pessoais (0,07%); Despesas pessoais (0,23%); Comunicação (0,11%); Educação (0,00%); e Artigos de residência (0,08%).
Confirmando tendência de queda na alta de preços que já vem acontecendo desde o mês de março, a prévia da inflação do país ficou em 0,26% em junho. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (26) pelo IBGE.
O IPCA-15 iniciou essa trajetória de queda ao baixar de 1,23% em fevereiro para 0,64% em março. De lá pra cá, houve queda para 0,43% em abril, 0,36% em maio e mais uma redução de 0,10% agora em junho, fechando em 0,26%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,39%.
Segundo o IBGE, o grupo de maior impacto no índice de 0,26% em junho foi o de Habitação, com alta de 1,08%, seguido de Vestuário (0,51%). Já o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,02%), após nove meses consecutivos de alta.
Os subitens de maior impacto positivo no índice foram energia elétrica residencial, com avanço de 3,29%, influenciada pela mudança na bandeira tarifária. Em seguida, vêm café moído (2,86%), ônibus urbano (1,39%), taxa de água e esgoto (0,94%), refeição (0,60%) e plano de saúde (0,57%), todos com impacto de 0,02 p.p.
Em relação aos impactos negativos, os maiores vieram da alimentação no domicílio, com destaque para os preços do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%) e do arroz (-3,44%). A queda nos preços da gasolina (-0,52%) foi responsável por 0,3% de impacto no IPCA-15 de junho.
No grupo Habitação, a alta na energia elétrica residencial está relacionada à bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos, que passou a vigorar em junho, e aos reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (6,82%), a partir de 28 de maio; 3,33% em Recife (4,58%), a partir de 29 de abril; 2,07% em Salvador (2,30%), a partir de 22 de abril.
Os destaques no grupo Vestuário (0,51%) ficam por conta das altas nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%). O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,29%), neste mês, foi influenciado pelo plano de saúde (0,57%).
Os combustíveis recuaram 0,69% em junho (ante o aumento de 0,11% em maio), com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).
A alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, ante o aumento de 0,30% em maio, influenciada pelas quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,55%) desacelerou em relação ao mês de maio (0,63%), em virtude da desaceleração do lanche (de 0,84% em maio para 0,32% em junho). Por outro lado, a refeição passou de 0,49% em maio para 0,60% em junho.
Em relação aos índices regionais, a maior de preços foi registrada em Recife (0,66%), por conta das altas da energia elétrica residencial (4,58%) e da gasolina (3,44%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,10%).
A cidade de Salvador teve a quinta maior taxa de inflação entre todas as capitais pesquisas, registrando 0,42% no mês de junho. O resultado ficou acima da média nacional, que foi de 0,26% para o período. Nos últimos dois meses a capital baiana vinha observando resultados menores do que a média nacional.
No resultado trimestral, entretanto, a capital da Bahia ficou com 0,89%, abaixo da média nacional de 1,05%. Outro dado que mostrou Salvador melhor do que o resultado para todo o país foi na avaliação do indicador nos últimos 12 meses: enquanto em todo o Brasil o IPCA-15 marcou 5,27% no período, a capital baiana marcou 4,86%, o que lhe confere a terceira melhor posição entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE.
Depois de ter chegado a 1,31% em fevereiro, a inflação oficial brasileira entrou em rota de queda, e neste mês de maio, pela terceira vez consecutiva, registrou desaceleração. A taxa de inflação, que em abril foi de 0,43%, caiu ainda mais, registrando 0,26% em maio.
Foi o que revelou nesta manhã de terça-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. De acordo com o indicador, a inflação acumulada no ano de 2025 é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, está em 5,32%.
De acordo com o IBGE, a desaceleração dos índices inflacionários em maio se deu por conta principalmente de quedas de preços em dois dos três principais grupos que possuem maior peso na formação do IPCA. Enquanto Alimentação e bebidas e Transportes tiveram redução de preços (os alimentos caíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, e em Transportes houve redução de 0,37%), o setor de Habitação teve alta de 1,19%, refletindo no resultado final do IPCA.
O grupo Habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial, principal impacto no índice do mês, com 0,14%. Já o grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%.
Contribuíram para o resultado de maio as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
Já no grupo Transportes, a queda de 0,37% contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, exercendo -0,08% de impacto, com destaque para os recuos na passagem aérea (-11,31%) e combustíveis (-0,72%). Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).
As demais variações no IPCA de maio foram: Saúde e cuidados pessoais (0,54%); Vestuário (0,41%); Despesas pessoais (0,35%); Comunicação (0,07%); Educação (0,05%); e Artigos de residência (-0,27%).
Na análise dos indicadores por região, a maior variação de preços (0,82%) ocorreu em Brasília por conta da alta da energia elétrica residencial (9,43%) e da gasolina (2,60%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,00%) em razão da queda no ovo de galinha (-9,09%) e no arroz (-6,26%).
A cidade de Salvador desponta com o sexto pior resultado entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. Depois de ter tido um resultado mais baixo em abril, com 0,16%, a inflação acelerou na capital baiana e chegou a 0,35% em maio, acima da média nacional, de 0,26%.
Já no ano de 2025, a capital baiana chegou a 2,71%, um resultado melhor do que a inflação para o país (2,75%). No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice ainda melhor do que o obtido em todo o país: 4,89% na capital baiana contra 5,32% na média nacional.
Nas últimas semanas, os preços seguiram tendência de queda iniciada em março, e a prévia da inflação caiu de 0,43% em abril para 0,36% agora em maio. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador que representa a prévia da inflação oficial, e que foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE.
O resultado deste mês foi menor do que o verificado em maio de 2024, quando foi registrada alta de 0,44%. No ano de 2025, o acumulado no indicador está em 2,80%, e na contagem dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,40%.
Ao contrário dos meses anteriores, houve menor impacto na formação do indicador da prévia da inflação do grupo de Alimentação e Bebidas, que experimentou uma forte desaceleração, caindo de 1,14% em abril para 0,39%. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%).
Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%). Destaca-se ainda o lanche, que havia subido 1,23% em abril e desacelerou para 0,84% em maio.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumentos, com destaques Vestuário (0,92%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,91%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.
No resultado do grupo Habitação (0,67%), sobressai a energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). Já o menor resultado ocorreu em Curitiba (0,18%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (10,13%) e das frutas (4,13%).
A cidade de Salvador teve o segundo índice mais baixo do IPCA-15 entre todas as capitais pesquisadas, registrando 0,20% em maio. No mês de abril, o resultado da prévia da inflação na capital baiana havia sido de 0,27%.
No ano de 2025, a prévia da inflação em Salvador registra o percentual de 2,70%, abaixo da média nacional de 2,80%. Na variação acumulada de 12 meses, o indicador na capital da Bahia marcou o total de 4,68%, bem abaixo da média nacional, que foi de 5,40%.
A prévia da inflação oficial no acumulado de 12 meses em Salvador só é maior entre as capitais do que a verificada em Recife, que marcou 4,28%.
Após registrar 0,56% em março, a inflação oficial brasileira ficou em 0,43% no mês de abril. Foi o que afirmou o IBGE, que nesta sexta-feira (9) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o IBGE, o acumulado dos últimos 12 meses subiu de 5,48% em março para 5,53% em abril. Neste ano de 2025, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,38%.
Mais uma vez, o grupo Alimentação e bebidas (0,82%) exerceu o maior impacto no índice. Destaque também para a alta de preços no grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,18%). Já o grupo Transportes (-0,38%) foi o único a registrar queda, influenciando a taxa em -0,08%.
Apesar da forte influência na inflação de abril, o grupo Alimentação e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% no mês passado. A alimentação no domicílio registrou alta de 0,83% e a alimentação fora do domicílio, 0,80%. Contribuíram para esse resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, destaca-se o arroz (-4,19%).
Já no grupo Saúde e cuidados pessoais (1,18%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (2,32%), que exerceram o maior impacto positivo individual no índice geral (0,08%). A alta foi ocasionada pela autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março.
Em relação ao único grupo que revelou queda de preços, o de Transportes (-0,38%), o resultado foi influenciado pela queda da passagem aérea (-14,15%) e dos combustíveis (-0,45%). Todos os combustíveis vieram com variação negativa em abril: óleo diesel, com -1,27%; gás veicular, com -0,91%; etanol, com -0,82%; e gasolina, com -0,35%.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,95%) ocorreu em Porto Alegre por conta da alta da energia elétrica residencial (3,37%) e do tomate (45,96%). A menor variação ocorreu em Brasília (0,04%), em razão da queda nas passagens aéreas (-7,46%) e da gasolina (-1,69%).
Em Salvador, a inflação no mês de abril foi de 0,16%, mais alta apenas que Goiânia (0,14%) e Brasília (0,04%). Em março a alta de preços na capital baiana havia sido de 0,41%.
No ano, a inflação oficial na capital do Estado da Bahia foi de 2,34%, abaixo da média nacional de 2,48%. No acumulado de 12 meses, o resultado em Salvador foi de 5,13%, bem menor do que a alta verificada para todo o país (5,53%).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira (7) a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano. O aumento de 0,5 ponto percentual foi aprovado por unanimidade entre os diretores do BC, incluindo o presidente da instituição, Gabriel Galípolo.
Com a decisão, a Selic atinge o maior nível desde julho de 2006, quando os juros chegaram a 15,25% ao ano, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No comunicado divulgado após a reunião, o Copom atribuiu a decisão ao cenário de incerteza no ambiente externo, com destaque para a política econômica dos Estados Unidos e seus reflexos no comércio global. A guerra tarifária iniciada pelo então presidente Donald Trump foi apontada como um fator que eleva o risco inflacionário no Brasil.
“A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária”, justificou o Copom.
O comitê também sinalizou que a próxima reunião deverá ser marcada por cautela, diante do avanço do ciclo de alta de juros e dos efeitos ainda não completamente sentidos na economia.
“O cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.”
Apesar de registrar nova queda em relação ao mês anterior, a prévia da inflação de abril ainda mostra que os preços seguem em alta, principalmente nos grupos de alimentação e de saúde e cuidados pessoais. Foi o que revelou nesta sexta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE.
Segundo o indicador, a prévia da inflação ficou em 0,43% em abril, 0,21% abaixo da alta de 0,64% verificada em março. O resultado de abril ficou ainda menor do que a forte elevação de preços apurada em fevereiro, quando o IPCA-15 marcou 1,23%, o maior resultado mensal desde abril de 2022.
No acumulado no ano, o IPCA-15 ficou em 2,43%, enquanto o total para o período de 12 meses foi de 5,49%. Em abril de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,21%.
Os números da prévia de abril foram influenciados principalmente pelas altas de 1,14% no grupo de Alimentação e bebidas, e de 0,96% no grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, os dois grupos respondem por 88% do índice do mês.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados positivos. A única variação negativa em abril foi no grupo Transportes (-0,44%).
A alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%). Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%) em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).
Além de Alimentação e bebidas, o grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,96%) também exerceu forte influência no índice geral, com a contribuição dos itens higiene pessoal (1,51%), produtos farmacêuticos (1,04%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e plano de saúde (0,57%).
Regionalmente, nove das onze capitais pesquisadas pelo IBGE registraram altas. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,88%), por conta das altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,13%), que apresentou queda nos preços do etanol (7,60%) e da gasolina (3,70%).
A cidade de Salvador teve o terceiro menor resultado no mês de abril, com 0,27%. O índice ficou bem abaixo do que havia sido apurado em março, quando o IPCA-15 da capital baiana foi de 0,58%. A alta de 0,27% também ficou menor do que a média nacional de 0,43%.
No acumulado de 12 meses, o indicador registrado em Salvador, de 5,38%, também foi menor do que a média nacional (5,49%). Já no total do ano de 2025, a capital baiana registrou aumento de preços de 2,50%, maior do que a média nacional, que foi de 2,43%.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse acreditar que o Brasil pode vir a se destacar no cenário internacional caso haja uma escalada da guerra tarifária entre China e Estados Unidos. Galípolo deu a declaração nesta terça-feira (22), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Para Galípolo, a diversificação da pauta comercial brasileira e a força do mercado interno são fatores de forte atração para investidores internacionais.
“A diversificação que o Brasil possui em sua pauta comercial, somada a um mercado doméstico relevante, passou a apresentar o país como um local de proteção. Na comparação com seus pares, o Brasil pode se destacar justamente por essa diversidade”, disse o presidente do BC.
A audiência pública desta terça foi convocada pelo presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Na sua fala, Galípolo disse que a guerra comercial atual pode provocar uma desaceleração econômica global mais intensa do que a prevista inicialmente, com efeito sobre os preços de mercado no Brasil e no mundo.
“O que estamos vendo agora é um movimento que pode caminhar para um cenário de aversão ao risco. Se essa guerra tarifária escalar, podemos ter uma desaceleração mais abrupta e mais forte da economia global”, alertou Galípolo.
Sobre a inflação, que se mostra em viés de alta desde o ano passado, o presidente do BC disse que há incômodo dentro do Comitê de Política Monetária (Copom) pelo fato de a inflação estar acima da meta estipulada. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2024 em 4,83%, acima da meta de 3% ao ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
“Obviamente, estamos todos no BC incomodados por não estarmos cumprindo a meta”, revelou o dirigente.
Ele salientou que, em relação às altas taxas de juros, sempre é questionado no exterior como é possível o país mostrar um dinamismo tão grande na economia mesmo com a Selic em patamares elevados. “Talvez existam alguns canais entupidos na política monetária, que acabam exigindo doses mais elevadas do remédio, ou seja, juros mais altos, para se obter o mesmo efeito”, afirmou.
Nesse processo de aumento da taxa de juros, Galípolo brincou dizendo que ao Banco Central sobra o papel de ser o “chato da festa” para tentar derrubar a taxa básica de juros.
"Quando a festa está ficando muito aquecida e o pessoal está subindo em cima da mesa, tira a bebida da festa. Mas também quando o pessoal está querendo ir embora, você fala: ‘Fica, está chegando mais bebida, fiquem tranquilos, vai ter música, podem continuar na festa’. Então você tem esse papel meio chato de ser o cara que está sempre na contramão", disse Galípolo.
Para o presidente do BC, a solução para o recuo na taxa de juros passa por reformas estruturais de longo prazo, muitas delas fora da alçada do Banco Central.
“Não vamos ter uma bala de prata. Vai ser preciso bastante debate com a sociedade”, colocou.
Ainda sobre os desafios estruturais para o funcionamento da política monetária no país, Gabriel Galípolo reforçou que um dos pilares da agenda do Banco Central é a normalização da política monetária, que ainda enfrenta entraves.
“Existe um debate fora do Brasil sobre como a economia brasileira segue dinâmica mesmo com uma taxa de juros restritiva. Isso sugere para nós que os mecanismos da política monetária no país talvez não tenham a mesma fluidez que em outras economias”, explicou.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra a inflação oficial do país, apresentou boas e más notícias para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O IPCA foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (11).
A principal boa notícia foi a queda vertiginosa da inflação entre os meses de fevereiro e março. Se em fevereiro o IPCA havia registrado o resultado de 1,31%, o patamar mais alto para um mês desde março de 2022, agora em março houve uma queda de 0,75%, e a inflação oficial ficou em 0,56%.
As más notícias começam na apuração da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que chegou a 5,48% em março, acima dos 5,06% verificados no mês anterior. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%, e em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Outra má notícia foi a verificação de que todos os grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês. O principal destaque negativo, mais uma vez, foi o grupo Alimentação e bebidas, que acelerou de 0,70% para 1,17%, com impacto de 0,25 ponto percentual no índice geral.
No total, o grupo Alimentação e bebidas respondeu por 45% do índice oficial do mês. As principais altas foram no tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovo de galinha (13,13%), que juntos responderam por 25% da inflação de março. O café moído já acumula uma alta de 77,78% nos últimos 12 meses.
O grupo Transportes, com variação de 0,46%, teve o segundo maior impacto (0,09%) em março, mas desacelerou em relação a fevereiro (0,61%). O resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea, que registrou o terceiro maior impacto individual no índice, ao passar de -20,46 em fevereiro para 6,91% em março.
Por outro lado, os combustíveis (0,46%) desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Já o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.
A cidade de Salvador teve resultado de 0,41% no mês de março, abaixo da média nacional de 0,56%. No ano de 2025, entretanto, a capital baiana registrou aumento de preços de 2,18%, acima da média para o país, que foi de 2,04%.
No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador também registrou inflação maior do que a média nacional. Enquanto o resultado do país ficou em 5,48%, a capital baiana teve alta de preços de 5,63%.
Crime e violência, inflação, pobreza e desigualdade social e saúde pública. Essas são atualmente as maiores preocupações da população brasileira.
Foi o que revelou uma pesquisa internacional divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Ipsos. O levantamento, chamado “What Worries the World”, mostra que os problemas na área da segurança pública se consolidaram como os que mais alarmam os brasileiros neste momento.
De acordo com a pesquisa, 43% dos entrevistados apontam o crime e a violência como uma de suas principais preocupações. Entre todos os países pesquisados pela Ipsos, apenas Chile (68%), México (58%) e Argentina (52%) possuem índices maiores do que o brasileiro em relação às aflições com os problemas no setor de segurança.
Em segundo lugar na lista dos temas que mais angustiam os brasileiros está a inflação, que inclusive vem sendo apontada como uma das principais causas da queda progressiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas. Esse tópico foi citado por 38% dos entrevistados como fator que gera angústia e preocupação.
Na sequência, pobreza e desigualdade social afligem 34% dos brasileiros, e os dramas da saúde pública em praticamente todo o país são o principal fator de preocupação para 32% da população. Por fim, com os mesmos 28% de citações, aparecem os temas da corrupção e dos impostos como fonte de inquietação.
Segundo análise do CEO da Ipsos, Marcos Calliari, em conversa com o jornal O Globo, o resultado da pesquisa revela a continuidade de uma “sensação de insegurança, especialmente nos grandes centros urbanos”. O especialista aponta também que a alta no temor da inflação reflete o impacto direto do aumento do custo de vida.
“A pesquisa mostra que a população responsabiliza o governo em relação aos problemas que encara no dia a dia. A deterioração da percepção sobre o país aconteceu muito rápido, e a tendência é de continuidade de queda da avaliação positiva da atuação da gestão federal”, avalia Calliari.
O relatório mostra que a população brasileira é a que mais se preocupa com ameaças contra o meio ambiente (13%). Por outro lado, o Brasil ocupa a última colocação na preocupação com o controle da imigração (1%) e aparece na vice-lanterna do ranking sobre o temor com o declínio da moralidade (4%).
Em relação à preocupação com o crescimento do extremismo, a média brasileira (9%) está numericamente abaixo da taxa global (10%).
A pesquisa “What Worries the World” foi realizada por meio de um painel on-line aplicado a 25.231 pessoas de 29 países, no período de 21 de fevereiro e 7 de março. No Brasil, foram cerca de mil respondentes entre 16 e 74 anos.
Aumentou a quantidade de brasileiros que enxergam a economia brasileira vivendo um mau momento, cresceu a crítica sobre a atuação do governo na geração de empregos, e dois terços da população avalia como ruim ou péssima a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate à inflação.
Esses são alguns resultados da pesquisa “Avaliação Nacional”, elaborada pelo instituto de pesquisa Futura. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (26).
Ao questionar seus entrevistados sobre a avaliação que fazem do momento da economia do país, 59,1% avaliaram ser “ruim” ou “péssimo” a situação econômica atual. Esse número era de 52,3% na última pesquisa feita pela Futura, em novembro do ano passado.
A porcentagem de pessoas que respondeu ver como “bom” ou “ótimo” o momento da economia praticamente se manteve inalterado entre as duas pesquisas: passou de 12,9% em novembro/2024 para 13,8% agora. Já a avaliação “regular” caiu de 33,4% na pesquisa anterior para 26,4% nessa nova sondagem.
A avaliação do governo Lula se mostrou ainda pior no aspecto do combate ao aumento de preços. Um total de 64,7% dos entrevistados enxergam o desempenho como ruim ou péssimo. Essa avaliação negativa cresceu 9,7% de novembro para cá, já que no levantamento anterior a quantidade de pessoas que disse ser “ruim” ou “péssima” a atuação do governo foi de 55%.
Nesse item, a pesquisa da Futura revela que caiu de 18,2% para 13,5% a porcentagem de entrevistados que afirmam ser “ótima” ou “boa” a forma como o governo Lula enfrenta o problema do aumento de preços.
Quando questionados sobre o mercado de trabalho durante o governo Lula, 42,8% avaliam a atuação do Executivo como ruim ou péssima, 28,1% disseram que é regular e 27,5% ótima ou boa.
A pesquisa “Avaliação Nacional” do Instituto Futura foi realizada com eleitores de 16 anos ou mais. A amostra do levantamento é de 1001 entrevistados, e tem margem de erro de 3,1 pontos para cima ou para baixo. A coleta foi realizada entre os dias 19 de março e 22 de março.
Apesar da forte alta nos preços do ovo de galinha, do tomate e do café moído, o indicador que revela a prévia da inflação brasileira desacelerou em relação a fevereiro e registrou 0,64% no mês de março. O resultado ficou 0,59% abaixo do que foi registrado em fevereiro, quando houve variação de preços de 1,23%.
Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (27) com a divulgação, pelo IBGE, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O indicador representa uma prévia da inflação oficial.
O resultado do IPCA-15 foi influenciado, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas (alta de 1,09%) e Transportes, que subiu 0,92%. O acumulado registrado pelo indicador em 12 meses ficou em 5,26%, e no ano de 2025 já registra um total de 1,99%. Em março de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,36%.
O patamar alcançado neste mês de março, de 0,64%, não vinha sendo atingido desde fevereiro do ano passado, quando o indicador chegou a 0,78%.
No grupo Alimentação e bebidas (1,09%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março. Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).
A alimentação fora do domicílio (0,66%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,56%), em virtude da alta da refeição (0,43% em fevereiro para 0,62% em março). O lanche (0,68%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,77%).
No grupo Transportes (0,92%), o destaque são os combustíveis (1,88%), com alta nos preços do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%) e da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%).
Quanto aos índices regionais, todas as capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta no mês de março. A maior variação foi registrada em Curitiba (1,12%), por conta das altas da gasolina (7,06%) e do etanol (6,16%). Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (0,34%).
A cidade de Salvador teve resultado de 0,58% em março, muito abaixo do que foi apurado em fevereiro (1,36%), e menor também do que a média nacional de 0,64%. A capital baiana foi a quarta cidade com menor índice de inflação.
Entretanto, na variação acumulada no período de 12 meses, a capital da Bahia tem resultado maior do que a média nacional: 5,43%, acima dos 5,26% para todo o país. No acumulado deste ano de 2025, Salvador também tem aumento de preços maior do que a média nacional, registrando 2,23% contra 1,99% para o país.
Na segunda reunião sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (19), de forma unânime, elevar em mais um ponto percentual a taxa básica de juros. A medida já era aguardada pelo mercado financeiro, e agora a Selic passou de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano.
O comunicado do Copom afirma que o cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista. O documento é assinado por todos os membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
"O Copom então decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 14,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", afirmam os membros do Comitê.
"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", diz ainda o comunicado do Banco Central.
A nova elevação na taxa coloca a Selic no maior patamar desde o ano de 2015, durante o governo Dilma Rousseff. Naquele ano, no mês de julho, o BC, presidido por Alexandre Tombini, aumentou a taxa básica de 13,75% para 14,25%, patamar mantido em diversas reuniões subsequentes até começar a cair para 14%, em outubro de 2016, já no governo Michel Temer.
Em julho de 2015, a então presidente Dilma enfrentava forte resistência no Congresso Nacional, com sua avaliação popular minada por uma economia brasileira em forte recessão e com inflação alta. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 3,5%, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,7%. A combinação de crise econômica e forte queda nas pesquisas ajudou a desencadear o processo de impeachment de Dilma, que se concretizou em 31 de agosto de 2016.
Agora, a taxa Selic chega aos mesmos 14,25% daquele período conturbado da economia e da vida política nacional, mas ao contrário daquele momento, os indicadores econômicos atuais estão longe de indicar um cenário de recessão. O PIB brasileiro cresce desde 2021. Só em 2023 e 2024, a alta foi de 3,2% e 3,4%, respectivamente.
Já a inflação, apesar de ter registrado em fevereiro a maior taxa para o período dos últimos 22 anos (1,31%), apresenta um resultado de 5,06% no acumulado dos últimos 12 meses. Em janeiro, esse acumulado anual estava em 4,56%.
Apesar de estar registrando alta, a inflação não apresenta o mesmo cenário de descontrole verificado em 2015, quando atingiu os mesmos 14,25% anuais de agora. Entretanto, a alta já era aguardada desde o ano passado e foi sinalizada ainda durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.
Na reunião de dezembro de 2024, a Ata do Copom apresentou a previsão de mais duas elevações na taxa Selic, como aconteceu nesses dois primeiros encontros de 2025 com a administração Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto. Analistas de mercado enxergam nesses reajustes quase programados uma estratégia pensada por Campos Neto para suavizar a transição de comando no BC e blindar o novo presidente Gabriel Galípolo.
Quando Lula tomou posse como presidente da República, em 1º de janeiro de 2023, a taxa básica de juros estava em 13,75%. Em setembro daquele ano o Copom iniciou uma trajetória de queda na taxa, e os juros chegaram a 10,5% em maio do ano passado.
Diante de um quadro de aumento maior da inflação em setembro de 2024, os membros do Copom iniciaram desta vez uma trajetória de alta, e com apenas cinco reuniões do colegiado, a taxa subiu 3,75%, chegando aos 14,25% de hoje, o maior patamar no governo Lula. Em resumo, o BC levou nove meses e meio para reduzir a taxa em 3,25%, mas apenas seis meses e meio para elevá-la em 3,75%.
De acordo com avaliações de consultorias do mercado financeiro, com a decisão tomada nesta noite, o Brasil passou a ter a quarta maior taxa real de juros do mundo. A taxa real brasileira chegou a 8,79%. A Turquia lidera o ranking com 11,9%, seguida por Argentina, com 9,35%, e Rússia, com 8,91%.
Para calcular o índice real, leva-se em conta a taxa de juros "a mercado", ou seja, um referencial do que seriam juros tomados em uma operação real, e a inflação projetada para os 12 meses consecutivos.
Depois de registrar um resultado de apenas 0,16% em janeiro deste ano, a inflação no país teve forte aceleração e fechou fevereiro em 1,31%. Foi o que revelou nesta quarta-feira (12) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador do IBGE que indica a inflação oficial brasileira.
Puxada principalmente pela alta de preços nos setores de Educação e Habitação, o IPCA subiu 1,15% entre janeiro e fevereiro de 2025. No ano, o indicador oficial da inflação acumula alta de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.
Em fevereiro do ano passado, o índice oficial de inflação havia ficado em 0,83%. O resultado de 1,31% verificado neste mês de fevereiro é o mais alto no IPCA desde março de 2022, quando o indicador ficou em 1,62%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70%), seguido de Habitação (4,44%). Também foram verificadas altas de preços nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% da aceleração no índice IPCA de fevereiro.
No grupo Educação (4,70%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).
Já no grupo Habitação (4,44%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,56%). O resultado mostrou um avanço de 16,80% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (14,21%), em função da incorporação do Bônus de Itaipu.
Em relação aos preços do grupo Alimentação e bebidas (0,70%), o IBGE verificou que a alimentação no domicílio subiu 0,79% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação a janeiro (1,07%). Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%).
“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, e, também, pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, esclarece Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IPCA.
No lado das quedas destacam-se as altas de preços da batata inglesa (4,10%), do arroz (1,61%) e do leite longa vida (1,04%). A alimentação fora do domicílio (0,47%) também desacelerou em relação ao mês de janeiro (0,67%), com os subitens lanche (0,66%) e refeição (0,29%) mostrando variações inferiores às observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).
Quanto aos índices nas capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do IPCA, a maior variação ocorreu em Aracaju (1,64%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (19,20%) e da gasolina (3,29%). A cidade de Salvador foi a nona capital com maior índice de inflação, ao registrar 1,38% em fevereiro. O resultado ficou acima da média nacional de 1,31%.
No ano de 2024, a inflação na capital baiana ficou em 1,76%, resultado superior à média para todo o país, que foi de 1,47%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado para a cidade de Salvador foi de 5,37%, também bem acima da média nacional, que foi de 5,06%.
Entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE, a capital da Bahia despontou com o quarto pior resultado no acumulado dos últimos 12 meses.
A pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o Instituto MDA, possui diversas más notícias para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pesquisa é abrangente, e além de mostrar a avaliação do governo e o desempenho do presidente Lula, revela expectativas da população a respeito de emprego, renda, educação, saúde e segurança para os próximos seis meses, assim como mostra a visão dos brasileiros a respeito da inflação e do cenário econômico do país.
E em meio a um dos principais problemas que incomodam a população no momento, a constante alta de preços e a perda do poder de compra do salário, a pesquisa mostra que o presidente Lula é visto como o maior responsável por esse problema. Para 41% dos entrevistados, Lula é o culpado principal pelo aumento de preços no país.
Na segunda posição dos principais culpados pela alta da inflação está as questões climáticas, com 11,2% das respostas. Na sequência dos vilões dos preços altos estão as políticas externas (9,5%), os produtores (8,6%), os comerciantes (5,3%), os governos estaduais (3,7%) e os governos municipais (1,4%). Para 10,5% dos entrevistados, todos esses vilões somados seriam os responsáveis pela alta da inflação.
Outra má avaliação do presidente Lula diz respeito à sua capacidade de tomar decisões. Para 38,5% dos entrevistados, a maioria das decisões do presidente é ruim. Outros 38,2% disseram que as decisões são boas e ruins de maneira igual, e apenas 20,9% consideram que as decisões de Lula são boas.
Em relação à habilidade do líder petista em solucionar crises, sejam elas econômicas, políticas ou sociais, 29,4% dizem ser péssima a gestão do presidente. Outros 12,3% dizem que a habilidade dele de decidir em meio às crises é ruim, 29,4% registram como regular, 17% avaliam que Lula é hábil nas crises, e apenas 8,7% registraram a resposta “ótima”.
Sobre o futuro do governo para os próximos meses, 62% disseram que a administração petista está no caminho errado. Somente 34,4% acreditam que o governo Lula seguirá no caminho certo até o final de 2026.
Para tentar fugir da queda acentuada nas pesquisas, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, tem colocado o presidente Lula para falar mais, tanto em entrevistas quanto em eventos durante viagens. Entretanto, a pesquisa CNT/MDA revelou que em relação aos discursos e falas do presidente, os números mostram uma outra má notícia para Lula.
Um total de 60,1% dos entrevistados afirmou que os discursos de Lula são desatualizados e repetitivos. Apenas 32% marcaram a opção de que os discursos do presidente são atualizados e propositivos.
Outro ponto de desgaste para a imagem do presidente Lula tem sido as gafes e gastos realizados por sua esposa, a primeira-dama Janja. A pesquisa também captou o mau humor da população em relação a ela: 38% dizem que Janja mais atrapalha do que ajuda o presidente, 40% afirmam que ela nem ajuda e nem atrapalha, e apenas 14,5% responderam que a primeira-dama mais ajuda do que atrapalha.
Também há notícias ruins para o presidente na disputa com o seu principal opositor, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na comparação entre os dois governos, 44,5% afirmam que Lula está pior do que o presidente anterior. A favor de Lula foram 36,4% que disseram que o atual governo é melhor do que o de Bolsonaro, e 17,2% acham que a administração atual está igual à anterior.
Diante de todas as avaliações negativas para o governo Lula, não poderia ser outro o resultado em relação às suas chances de reeleição do que a rejeição a um quarto mandato do líder petista. Um total de 64,8% dos entrevistados afirmou que Lula não merece ser reeleito, enquanto 31,7% dizem que ele merece a reeleição em 2026.
Ainda sobre a questão eleitoral, Lula teve uma boa notícia em relação à sua idade, afinal, ele estará com 80 anos na campanha de 2026. Para 43,6% dos entrevistados, a idade não é um fato relevante para a escolha do candidato. E enquanto 36,2% disseram que a idade avançada é um problema, por preferirem líderes mais jovens, 17,3% afirmam o contrário, que a idade é um fator de vantagem, por valorizarem líderes políticos mais experientes.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada com dados coletados de 19 a 23 de fevereiro. Foram 2002 entrevistas, por meio de coleta presencial e domiciliar distribuídas em 137 municípios, com margem de erro de 2,2%.
Depois de uma queda acentuada no mês de janeiro deste ano em relação a dezembro de 2024, o IPCA-15, indicador que registra a prévia da inflação oficial do país, disparou agora em fevereiro e marcou o maior índice mensal desde abril de 2022. O IPCA-15 ficou em 1,23% agora em fevereiro, resultado 1,12% maior do que os 0,11% de janeiro.
Os números foram apresentados pelo IBGE na manhã desta terça-feira (25). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,34% e, nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,96%, acima dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,78%.
De acordo com o IBGE, o aumento acelerado do indicador em fevereiro foi puxado principalmente pelas fortes altas dos grupos Habitação (4,34% e impacto de 0,63 ponto percentual) e Educação (4,78% e 0,29% de impacto). O número de 1,23% neste mês representou ainda o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando ficou em 1,42%.
No grupo Habitação (4,34%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,54 p.p.), ao avançar 16,33% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-15,46%), em função da incorporação do bônus de Itaipu.
A pesquisa mostrou que no grupo Habitação, pesou no resultado final o resultado dos aumentos na taxa de água e esgoto (0,52%), decorrentes do reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte (3,60%) e do reajuste de 6,45% nas tarifas de uma das concessionárias em Porto Alegre (1,79%), vigentes desde 1º de janeiro.
Já no grupo Educação (4,78%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
No grupo Alimentação e Bebidas (0,61%), a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as da cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,17%), o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
O IBGE mostrou também que a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Tanto a refeição (0,43%) quanto o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
Quanto aos índices regionais nas capitais pesquisadas pelo IBGE, a maior variação foi observada em Recife (1,49%), por conta das altas da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,99%) em razão das quedas das passagens aéreas (-26,67%) e do arroz (-2,67%).
A cidade de Salvador teve o terceiro maior índice entre todas as capitais pesquisas, registrando 1,36% no IPCA-15 de fevereiro. A alta na capital baiana foi maior do que o resultado nacional, de 1,23%.
No ano de 2025, Salvador já tem uma alta de preços acumulada de 1,64%, também acima da média nacional para o mesmo período, de 1,34%. No acumulado dos últimos 12 meses, a cidade baiana apresenta um resultado total de 5,07% no IPCA-15, acima da média nacional de 4,96%. O resultado anual coloca Salvador como a quarta capital com maior inflação entre todas as pesquisadas pelo IBGE.
“O povo vai voltar a comer a sua picanhazinha, a sua costela”. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante entrevista à Rádio Tupi. Lula explicou os fatores que levaram à alta no preço dos alimentos, e garantiu que haverá queda, principalmente na carne.
“O maior calor já feito na história desse país, muito fogo, e depois em alguns lugares, muita chuva, como no Rio Grande do Sul. Tudo isso tem interferência nos preços. Outra cosa que tivemos foi a gripe aviária nos Estados Unidos, e os Estados Unidos viraram importador do ovo brasileiro, o Vietnã, o Japão, o Brasil virou quase um supermercado do mundo. E não só queremos discutir com os empresários, nós queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro”, disse.
Lula disse que pretende realizar uma reunião com atacadistas para pensar em soluções para a queda no preço dos alimentos. Lula lembrou do projeto de reforma tributária aprovado recentemente pelo Congresso, que isenta a carne na cesta básica.
“Nós queremos baixar o preço dos alimentos. Na reforma tributária, a cesta básica é totalmente isenta de qualquer imposto, inclusive a carne, nós fizemos isso para baratear.
Agora, quando você tem momentos como esse que nós estamos vivendo, você não pode controlar do dia para a noite, mas o povo do Brasil pode ter certeza: nós vamos trazer os preços para baixo e as coisas ficarão mais acessíveis, porque se tem uma coisa que nós temos que cuidar com muito amor é a segurança alimentar”, disse o presidente.
Em outro momento da entrevista, Lula reclamou do preço do ovo, e criticou os produtores de alimentos por praticar preços altos mesmo com ganhos maiores na exportação, devido ao dólar alto.
“Eu sou uma pessoa que gosta de ovo. Eu muitas vezes prefiro um arrozinho com dois ovos fritos do que um bife, e eu sei que o ovo tá caro. Quando me disseram que o ovo estava R$ 40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo, é um absurdo mesmo. E nós vamos ter que fazer reunião com atacadistas para discutir como podemos trazer isso para baixo, porque o fato de estar vendendo produto em dólar que está alto não significa que tem que colocar para os brasileiros o mesmo preço que exporta”, defendeu o presidente.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ponderou que a instituição necessita ter dados econômicos e inflação analisados de forma mais clara. O dirigente deu essa declaração, em evento a empresários realizado nesta sexta-feira (14), após uma retrospectiva em que os mesmos dados acabaram se apresentando de uma maneira em que "pareciam confirmar uma tendência e, depois, isso não se confirmou".
"Por isso eu disse que é importante que o banco Central tenha o tempo necessário para consumir esses dados e ter clareza se não estamos assistindo simplesmente uma volatilidade que responde esses dados de alta frequência e ter certeza se estamos conseguindo observar uma tendência", analisou..
O presidente do BC também falou, na última quarta-feira (12), que o Brasil passará por momento "desconfortável" no âmbito econômico, de curto prazo. A entidade estima um possível estouro do teto da meta (4,5%), em junho deste ano, conforme o sistema de alvo contínuo em vigor.
Além disso, Galípolo também falou sobre a política de tarifas recíprocas imposta por Donald Trump, nos Estados Unidos, e sobre o que isso afeta ao Brasil. Segundo ele, o Brasil vai ser afetado, mas em menor intensidade, comparado com outros países como o México.
O mês de janeiro apresentou uma desaceleração (0,16%) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, após o mês de dezembro indicar um avanço de 0,52%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 4,56%, abaixo dos 4,83% registrados no encerramento de 2024.
A meta de inflação estipulada pelo Banco Central para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Apesar da desaceleração do IPCA em janeiro, o mercado financeiro segue projetando alta para a inflação ao longo do ano. De acordo com o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (10) pelo Banco Central, a expectativa dos analistas é de que o índice encerre 2025 com alta de 5,58%.
Essa foi a 17ª revisão consecutiva para cima. Para 2026, a projeção do mercado aponta uma inflação de 4,30%.
Memes e hashtag #Lulaenganouopobre criticam pedido de Lula para que o povo não compre produtos caros
A sugestão dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a população brasileira evite comprar produtos que estejam muito caros, em entrevista a algumas rádios, rendeu diversos memes nas redes sociais e está entre os assuntos mais comentados na plataforma X (antigo Twitter). Os internautas criticaram a declaração e relembraram as promessas de campanha de Lula de abaixar o valor da picanha.
Na rede X, a hashtag #Lulaenganouopobre está entre os cinco assuntos mais comentados da manhã desta sexta-feira (7). Diversos parlamentares de oposição postaram críticas utilizando a tag, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) gravou um vídeo ironizando a declaração de Lula, e dizendo que além de não comprar comida se ela estiver cara, o consumidor também devia parar de usar aparelhos elétricos para baixar a conta de luz ou deixar de andar de carro para gastar menos com gasolina.
O corte da declaração do presidente Lula também tem circulado em postagens de parlamentares de oposição e influenciadores de direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) replicou o vídeo, sem, no entanto, fazer comentários adicionais.
Na fala que está sendo explorada pela oposição, o presidente Lula também incentivou os consumidores a substituírem itens mais caros por produtos similares, com preços mais acessíveis. A intenção de Lula era a de sugerir que a população agisse para pressionar a redução dos preços e ajudar a controlar a inflação.
“Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o presidente na entrevista às rádios.
Entre os oposicionistas que fizeram críticas à fala de Lula está o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro. “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa. Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia. Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem”, publicou o senador em suas redes sociais.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos oposicionistas que na segunda (3) usou o boné com a inscrição “comida barata novamente Bolsonaro 2026), durante a sessão de abertura do ano legislativo, também não perdeu a chance de fustigar o presidente: “No governo Lula, se a comida tá cara, não compra. Se o aluguel tá caro, mora na rua. Se o remédio tá caro, morre. E assim segue o governo do cinismo, deixando o povo cada vez mais pobre enquanto sua família vive no luxo bancado pelo Brasil”.
Do lado do governo, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi um dos que saíram em defesa do presidente Lula, e ratificaram a posição de incentivar a população a não comprar alimentos caros, como forma de pressionar o setor a baixar os preços.
“Nós entendemos que o consumidor é o rei e ele é quem manda no sentido de fazer com que os produtos abaixem de preço”, afirmou o ministro.
Se a Justiça reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele deve sim ser candidato, mas se disputar a presidência da República nas próximas eleições, “vai perder de novo”. A afirmação foi feita nesta manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista para três rádios de Minas Gerais.
“Se a Justiça entender que ele (Bolsonaro) deve concorrer, ele concorre. E se for contra mim, vai perder de novo”, disse Lula.
Na entrevista para as rádios mineiras, que durou cerca de 45 minutos, o presidente Lula também criticou a apresentação de projetos para anistiar pessoas condenadas pelo vandalismo ocorrido em Brasília no dia 8 de janeiro. Lula deu uma estocada indireta no ex-presidente Jair Bolsonaro, ao dizer que “pessoas” que ainda nem foram condenadas já querem ser anistiadas, o que, para ele, representa uma confissão de culpa.
"Nem terminou o processo e as pessoas já querem anistia, ou seja, eles não acreditam que sejam inocentes? Eles deveriam acreditar na inocência e não ficar pedindo anistia antes de o juiz determinar qual é a punição ou se vai ter. Quando pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia é porque estão se condenando.", afirmou.
O presidente Lula também respondeu na entrevista a perguntas sobre as pesquisas que foram divulgadas nos últimos dias e que mostram a queda na aprovação e o aumento da desaprovação do governo federal. As pesquisas mostram ainda um maior pessimismo em relação à economia neste ano. Entretanto, mesmo com os números negativos, Lula ainda é favorito para vencer as eleições em 2026.
Ao comentar as pesquisas, Lula disse que não como elas estarem certas com dois anos de antecedência. Para o presidente, somente pesquisas realizadas a partir de abril do ano que vem começarão a traçar cenários mais compatíveis com a realidade da disputa presidencial. Lula disse ainda que os resultados vão melhorar quando o governo começar a fazer a “colheita” das entregas que fará à população.
"2025 será o ano de entrega do nosso governo. Passamos dois anos arrumando esse país, pegamos uma casa semidestruída. Agora é o ano da colheita que vamos fazer nesse país na questão do emprego, do salário, de rodovias, educação", disse Lula.
Sobre a questão da alta dos alimentos, um dos fatores que têm contribuído para a queda na popularidade do presidente e do governo, Lula disse na entrevista que o governo leva à sério o combate à inflação e que trabalha para que o aumento nos preços não prejudique ainda mais os brasileiros. O presidente disse ainda que está se reunindo com diversos setores para entender a alta de preços em alguns produtos.
“Nós levamos ela [a inflação] muito a sério e eu acho que ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é evitar que o preço dos alimentos continue prejudicando o povo brasileiro. E é por isso que temos feito reuniões sistemáticas com os setores. Por exemplo, a carne está muito alta. Nós temos outros produtos que estão altos. E nós precisamos com os setores discutir por que esses preços cresceram tanto de 12 meses pra cá”, afirmou.
Na noite desta quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina promoveu um corte em sua taxa básica de juros, reduzindo, por consequência, a sua taxa de juros real. Com isso, o Brasil assumiu a liderança como o país com o maior juro real do mundo.
O juro real é definido como a variação dos preços num país ao longo de um ano, descontando a inflação. A autoridade monetária argentina promoveu um corte de 3% na sua taxa básica de juros, saindo de 32% para 29% ao ano, devido a uma “consolidação, observada nas expectativas de menor inflação”.
Com isso, o juro real argentino caiu para 6,14%, deixando o país, agora, na 3ª colocação do ranking mundial. O Brasil, que possuia a 2ª maior taxa, com 9,18%, agora, assume a liderança, seguido pela Rússia, com uma taxa de 8,91%.
A vizinha sul-americana encerrou o ano de 2024 com uma inflação anual de 117,8%, valor considerado bastante alto. Ainda assim, a taxa representa uma drástica redução em relação aos 211,4% registrados em 2023. No Brasil, a taxa de juros, atualizada na última semana pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), é de 13,25%.
A pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (27), que revelou o aumento na desaprovação do governo federal, possui diversas outras más notícias para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além da percepção de que a condução da economia não tem sido boa, a chamada “crise do Pix” causou danos à imagem do governo, a alta no preço dos alimentos também danifica a visão dos brasileiros sobre a equipe do presidente, e até a comunicação está sendo criticada pela população.
Nesta semana, o presidente Lula pretende realizar reuniões para avaliar medidas que possam contribuir para uma redução no preço dos alimentos. A pesquisa Quaest mostra que essa ação do governo se torna fundamental para reverter a piora no humor da população brasileira a respeito do governo federal.
Para 39% dos entrevistados pela Quaest, a economia do país piorou (eram 40% em dezembro). Outros 32% dizem que a economia está regular (eram 30%), e para 25%, a situação econômica do país melhorou (eram 27% na última pesquisa).
O preço dos alimentos pode ter influência sobre essa piora na percepção dos brasileiros: 83% disseram que o preço dos alimentos nos mercados aumentou no último mês. Para 57%, teve aumento no preço do combustível e 62% apontaram aumento nas contas de água e luz. Perguntados sobre a proposta de mudar a validade dos alimentos, 63% disseram ser contra e 22% a favor.
Para metade da população (50%), o país está indo na direção errada e 39% avaliam que está no caminho certo. Em dezembro, 46% achavam que estava no rumo errado e 43% no caminho certo. Os entrevistados da Quaest foram questionados se acham que o presidente Lula é bem intencionado e o resultado foi quase um empate: 47% acham que o presidente é bem intencionado e 46%, que não é.
Em relação à polêmica envolvendo a medida tomada pela Receita Federal para aumentar a fiscalização sobre movimentações financeiras por meio do Pix, 66% dos entrevistados disseram que o governo mais errou do que acertou. Outros 19% acreditam que a administração petista acertou mais do que errou.
A comunicação do governo, que sofreu alteração neste mês de janeiro, com a entrada do publicitário baiano Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência da República, não tem sido bem avaliada pelos entrevistados. Um total de 53% disse que avaliam a comunicação governamental como negativa. Outros 23% consideram a comunicação regular, e apenas 18% a avaliam como positiva.
Ainda no campo da comunicação governamental, a população disse ter visto mais notícias negativas do que positivas sobre o governo Lula. Segundo a pesquisa, 43% disseram ver mais notícias negativas, 28% mais notícias positivas e 25% afirmaram que não têm ouvido notícias.
Em um questionamento espontâneo, no qual os entrevistados respondem sem a apresentação de cartões, a questão da regulação do Pix foi a notícia negativa mais mencionada pelos entrevistados. Um total de 11% considerou essa a pior notícia que ouviram sobre o governo Lula nas últimas semanas.
Após a questão da regulação do pix, apareceram como notícias mais negativas: Não faz o que promete/é corrupto: 3%; Aumento de preços/inflação: 2%; Aumento dos impostos: 2%; Aumento dos combustíveis/gasolina: 1%; Declarações sobre Sergio Moro/PCC: 1%; Falhas no Bolsa Família/Auxílio Reclusão: 1%; Postura negativa do presidente: 1%; Legalização do aborto: 1%; Viaja demais/que ele não para no Brasil: 1%; Outras: 29%; Não ouviu nenhuma notícia negativa: 28%; Não sabe/Não respondeu: 17%.
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2025. Foram entrevistados 4.500 eleitores em todo o Brasil, com uma margem de erro geral de um ponto percentual, para mais ou para menos.
A última semana do mês de janeiro em Brasília começa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promovendo reuniões e conversas em torno de três temas prioritários: o aumento dos preços dos alimentos e a busca por soluções para barateá-los, o início da nova política de deportações em massa do governo Donald Trump nos Estados Unidos, e a realização da reforma ministerial, com a mudança de ministros para dar mais espaço aos partidos da base aliada no Congresso Nacional.
Lula inicia sua agenda nesta segunda às 10hs30, em reunião no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para avaliar a posição do Brasil em relação às futuras deportações de brasileiros que estão sendo expulsos dos EUA. NO último sábado (25), o presidente ficou preocupado com a forma que os deportados foram tratados pelo governo norte-americano, ao chegarem no aeroporto de Manaus algemados e com as pernas acorrentadas.
Os brasileiros relataram ter sofrido agressões dos agentes de segurança do governo dos Estados Unidos. Em meio às denúncias, o Ministério das Relações Exteriores pediu explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última semana.
A agenda do presidente Lula para esta segunda possui ainda uma reunião às 14h40 com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Já às 15h, será a vez do presidente se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, acompanhado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O último compromisso do presidente Lula em sua agenda nesta segunda está marcado para as 16h, no Palácio do Planalto, na ocasião, Lula se reunirá com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Ainda nesta semana, o presidente Lula pretende realizar encontros com atacadistas e produtores de alimentos para discutir os preços no setor de alimentação no Brasil. O presidente também deve continuar se reunindo com a equipe econômica, com ministros como Carlos Fávaro, da Agricultura, e Rui Costa, da Casa Civil, em busca de encontrar soluções para, como ele disse em vídeo gravado neste fim de semana na Granja do Torto, “que a comida chegue mais barata à população, de acordo com o seu poder de compra”.
Também nesta semana, é possível que o presidente Lula participe de alguma forma da reunião de emergência convocada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A reunião será no próximo dia 30 de janeiro, para discutir temas como migração, em meio a polêmicas envolvendo a deportação de imigrantes ilegais pelos Estados Unidos. Lula deve definir com o ministro Mauro Vieira como se dará a participação brasileira no encontro.
No Congresso Nacional, deputados e senadores finalizam o recesso parlamentar para eleger no próximo sábado (1º de fevereiro) a nova composição das mesas da Câmara e do Senado, para o biênio 2025-2027. Na Câmara, a tendência é que seja eleito o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que costurou uma ampla aliança de partidos em torno de sua candidatura.
Motta deve suceder o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). O início da sessão para votação está previsto para 16h. Depois da eleição do novo presidente, serão realizadas as escolhas para os demais cargos da Mesa Diretora.
No Senado, o favorito para assumir o lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é o senador Davi Alcolumbre (União-AP). A sessão no Senado está prevista para começar às 10h. Alcolumbre disputa a presidência contra os candidatos Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES).
No Judiciário, essa será a última semana de recesso. A partir do dia 3 de fevereiro, serão iniciados os trabalhos no Supremo Tribunal Federal e nos demais tribunais superiores.
Apesar de ainda ser pressionada pela alta de preços no setor de alimentação de bebidas, a prévia da inflação recuou agora em janeiro em relação ao mês de dezembro de 2024 e registrou o menor percentual dos últimos 12 meses. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE.
De acordo com o IPCA-15, a prévia da inflação oficial ficou em 0,11% neste mês de janeiro de 2025. O resultado ficou 0,23% abaixo da taxa de 0,34% registrada no mês passado. Em 12 meses, o indicador do IBGE acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%.
O grupo de Alimentação e Bebidas teve o maior impacto sobre a composição do indicador, ao registrar alta de 1,06% em janeiro e impacto de 0,23% no resultado geral. Outros sete grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em janeiro, e somente na área de Habitação foi registrado indicador negativo (-3,43%), resultado que ajudou a puxar para baixo o IPCA-15.
No grupo de Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%). Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).
Em relação aos índices regionais, a maior variação de preços foi observada em Goiânia (0,53%), capital de Goiás. Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).
Apesar de ter registrado uma forte queda em relação aos 0,66% registrados em dezembro do ano passado, o resultado da prévia da inflação em janeiro coloca Salvador como a cidade capital com maior variação de preços entre todas pesquisadas. A capital baiana fechou o IPCA-15 em 0,28%, bem acima da média nacional de 0,11%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a cidade de Salvador registrou aumento de 4,60%, também acima da média nacional para o período, que foi de 4,50%. Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do indicador, Salvador ficou com o quarto pior resultado no acumulado anual.
Graças à influência principalmente da alta de preços no grupo de Alimentação e Bebidas, a inflação oficial de dezembro acelerou em relação ao que havia sido apurado no mês passado, e fechou o ano acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, a inflação oficial foi de 0,52%em dezembro de 2024. O resultado ficou 0,13% acima da taxa de novembro (0,39%), embora tenha permanecido abaixo do índice registrado no mês de dezembro de 2023 (0,56%).
O resultado do mês de dezembro ficou abaixo das expectativas do mercado, que apostava em um IPCA de 4,9% no último mês do ano de 2024. Entretanto, apesar de menor do que o esperado, o índice oficial de inflação brasileiro fechou o ano acumulando alta de 4,83%, superando em 0,21% o IPCA de 2023 (4,62%) e ficando 0,33% acima do teto da meta, que era de 4,5%.
O resultado da inflação no ano de 2024 foi impactado principalmente pelos aumentos de preços do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63% percentuais para o IPCA do ano. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos sobre a inflação acumulada no ano passado. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
No cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31% para o resultado da inflação. A seguir, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses.
Por outro lado, preços das Passagens aéreas ajudaram a puxar o IPCA do ano para baixo, já que houve uma queda acumulada de 22,20% em 2024 e impacto de -0,21 p.p. no IPCA de 2024. Da mesma forma, alimentos como o Tomate e a Cebola fecharam o ano acumulando queda de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente), o que ajudou a segurar o aumento da inflação oficial.
Entre as 16 localidades onde o IBGE faz a pesquisa de preços para a composição do IPCA, São Luís, capital do Maranhão, com 6,51%, teve a maior inflação acumulada em 2024, principalmente por causa das altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%) vieram a seguir.
No mês de dezembro, Salvador foi a capital brasileira com a maior variação de inflação, chegando a 0,89%, muito acima da média nacional, de 0,52%. A segunda colocada no ranking das maiores altas de preços entre as capitais foi Goiânia (GO), com 0,8%, e logo depois São Luís, com 0,71%.
Na comparação com o mês de novembro, a inflação na capital baiana foi a que teve a maior evolução, passando de 0,28% no mês passado para 0,89% em dezembro, uma variação de 0,61%. No ano de 2024, a inflação total acumulada em Salvador foi de 4,68%, colocando a cidade como a nona com indicador mais alto entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE.
Os 4,68% de inflação acumulada na capital da Bahia em 2024, entretanto, estão abaixo dos 4,83% da média nacional.
Apesar das expectativas de uma alta maior por conta da disparada do valor do dólar frente ao real e seus impactos na economia, a prévia da inflação desacelerou em dezembro em relação ao mês passado. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do IBGE, divulgado nesta sexta-feira (27), a inflação ficou em 0,34% em dezembro, ou 0,28 ponto percentual abaixo do resultado de novembro (0,62%).
O indicador que representa a prévia da inflação oficial acumulou alta de 4,71% até este mês de dezembro. No mês passado, esse número era de 4,35%, enquanto o acumulado de 12 meses era de 4,77%. Os 4,71% de fechamento do ano representa que a inflação ficou acima do teto da meta inflacionária definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5% para 2024.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a montagem do indicador, cinco tiveram alta no mês de dezembro. O grupo de Alimentação e bebidas foi responsável não só pela maior variação (1,47%), como também pelo impacto positivo mais acentuado (0,32%). A maior variação acumulada no ano (8,00%) e a maior contribuição (1,68%) para o resultado final foram desse mesmo grupo.
Em dezembro de 2024, vale mencionar também os resultados de Despesas pessoais (1,36% e 0,14%) e Transportes (0,46% e 0,09%). Pelo lado dos resultados negativos, o impacto mais expressivo em dezembro foi do grupo Habitação (-1,32%). Os demais ficaram entre o recuo de 0,52% de Artigos de residência, e o avanço de 0,34% de Vestuário.
No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio registrou variação de 1,56% em dezembro. Os aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%) contribuíram para esse resultado. No sentido oposto, destacaram-se a batata-inglesa (-9,85%), o tomate (-6,71%) e o leite longa vida (-2,42%).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou de 0,57% em novembro para 1,23% em dezembro. A refeição (1,34%) e o lanche (1,26%) tiveram variações superiores às observadas em novembro (0,38% e 0,78%, respectivamente).
Em Despesas pessoais, a alta do cigarro (12,78%) foi determinante para o desempenho do segmento. Isso foi consequência do aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro. Também houve altas nos subitens cinema, teatro e concertos (2,58%) e cabeleireiro e barbeiro (1,37%).
No lado das quedas de preços apuradas pela pesquisa do IBGE, cujo maior destaque foi o grupo Habitação, a energia elétrica residencial recuou 5,72% em dezembro, em decorrência do retorno da vigência da bandeira tarifária verde, a partir de 1º de dezembro, com a qual não há cobrança adicional nas faturas. Em novembro, vigorou a bandeira tarifária amarela. Ocorreram, ainda, reajustes tarifários nas seguintes capitais brasileiras: Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Goiânia.
Em relação aos índices regionais, nove das 11 capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta no indicador no mês de dezembro. A maior variação de alta de preços foi observada em Salvador (0,66%), por conta dos aumentos da gasolina (4,54%) e da passagem aérea (15,35%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (-0,04%), que registrou queda nos preços da energia elétrica residencial (-7,66%) e da gasolina (-3,03%).
Enquanto na média nacional o indicador que registra a prévia da inflação caiu de 0,62% em novembro para 0,34% agora em dezembro, em Salvador se deu o movimento contrário: a inflação subiu de 0,38% no mês passado para 0,66% neste mês atual, acima da capital com o segundo maior índice de aumento de preços, que foi Belém (PA), com 0,56%.
No último trimestre, a capital da Bahia registrou uma inflação total de 1,33%, ainda abaixo da média nacional para o mesmo período, que foi de 1,51%. Também no total para o ano de 2024 a capital baiana ficou abaixo da média para todo o país: Salvador teve inflação total de 4,67% nos últimos 12 meses, contra 4,71% para todo o país.
Em mais um avanço da pauta prioritária elencada pelo governo federal para esta última semana de trabalhos antes do recesso parlamentar, deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento aprovaram, na noite desta terça-feira (17), o relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O relatório, elaborado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), será agora analisado em sessão conjunta do Congresso, marcada para as 10h desta quarta (18).
O texto da LDO estabelece as prioridades e a meta fiscal da União para o ano seguinte, além de orientar a elaboração do próprio Orçamento, cujo texto ainda precisará passar pela Comissão de Orçamento. Havia uma forte preocupação do Palácio do Planalto e da equipe econômica do governo com a possibilidade de não aprovação da LDO ainda este ano, algo que jamais aconteceu.
O projeto acabou sendo aprovado com previsão de salário mínimo de R$ 1.502 para 2025. O valor é o mesmo previsto pelo Ministério da Fazenda quando o governo enviou o texto ao Congresso, em abril deste ano, e segue as regras atuais de valorização do salário mínimo, já que o projeto que muda a sistemática ainda não foi aprovado nas duas casas do Congresso.
Segundo o relator, Confúcio Moura, o valor previsto para o salário mínimo ainda pode vir a ser alterado, caso o pacote de cortes de gastos do governo seja mesmo aprovado esta semana.
A proposta aprovada na CMO manteve a meta de resultado primário para 2025 em zero, com margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Em valores absolutos, a LDO prevê que o resultado primário brasileiro poderá variar entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit primário de R$ 31 bilhões em 2025, considerando a margem de tolerância.
Anteriormente, o senador Confúncio Moura havia incluído no seu relatório a obrigação do governo federal de mirar apenas o centro da meta fiscal de déficit zero ao longo do ano, sem levar em conta a banda inferior. No entanto, o senador voltou atrás e retirou este trecho do parecer. Segundo ele, foram acolhidas 694 emendas ao texto, que possui cerca de mil páginas.
A LDO já contempla um déficit de R$ 30,9 bilhões que fica fora da meta de resultado primário. Também foram mantidos os resultados de estados e municípios, o déficit de R$ 6,2 bilhões das estatais e despesas do PAC de até R$ 5 bilhões.
O projeto da LDO também recebeu a inclusão de uma lista de despesas que não ficarão sujeitas a contingenciamento. Estão na relação despesas como as de universidades federais, programas de proteção a populações indígenas, a defensores de direitos humanos, ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente, o Fundo Nacional do Idoso e despesas com prevenção e mitigação de desastres naturais.
Outros três tipos de gastos relacionados ao setor agrícola foram incluídos na lista de despesas que são obrigações constitucionais ou legais da União. São subvenções econômicas para a formação de estoques reguladores, para comercialização de produtos agropecuários e para comercialização de produtos da agricultura familiar.
Também foi acrescentado no texto da LDO pelo senador Confúcio Moura um anexo de metas e prioridades a partir de sugestões de deputados e senadores. Esse anexo, juntamente com os programas previstos no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, poderão orientar a elaboração de emendas de bancadas estaduais ao Orçamento, por exemplo.
O relatório da LDO prevê ainda mudanças nas seguintes áreas:
- Bloqueio de emendas
As emendas individuais e de bancadas estaduais, que são impositivas, poderão sofrer bloqueios para evitar o descumprimento do limite de gastos do Executivo. O bloqueio será proporcional ao aplicado às demais despesas não obrigatórias.
- Fundo Partidário
O relator incorporou duas mensagens do Executivo para modificar o texto. Uma que reajusta o Fundo Partidário na mesma proporção que as demais despesas da Justiça Eleitoral, e outra que propõe novos critérios para transição de empresas estatais do orçamento geral para o orçamento de investimento.
- Transferências
Nas transferências para municípios, não serão vedados repasses para municípios com população inferior a 65 mil habitantes que estejam inadimplentes.
- Saúde
Foi ampliada a possibilidade de atendimento de entidades sem fins lucrativos prestadoras de serviços de saúde para permitir a realização de obras físicas.
- Emendas de transferência especial (Pix)
São emendas parlamentares individuais ao Orçamento. O relatório determina que seja informado previamente o plano de trabalho, com objeto e valor do repasse. A falta do plano pode implicar na suspensão da execução da emenda.
- Prioridade
Os autores das emendas parlamentares devem indicar a ordem de prioridade para a sua execução.
- Compensação
Dispensa a apresentação de medidas de compensação para as proposições legislativas que aumentem a despesa ou criem renúncia de receita em valor inferior a um milésimo por cento da Receita Corrente Líquida realizada em 2024. Isso deve corresponder a cerca de R$ 13 milhões.
- Sustentabilidade
A política de aplicação dos recursos da Finep deverá privilegiar projetos de redução do impacto ambiental nos biomas amazônico, Cerrado e Pantanal; resiliência climática das cidades e das atividades econômicas; descarbonização e transição energética. O Banco da Amazônia deverá apoiar projetos de adaptação às mudanças climáticas em qualquer área econômica.
- Ensino superior
Cria programação específica para incluir as transferências de recursos para Instituições Comunitárias de Educação.
- Altas Habilidades
Cria categorias de programação específicas para despesas com centros especializados no atendimento integral de pessoas com transtorno do espectro autista e com apoio à educação de pessoas com altas habilidades.
- Rodovias municipais
Abre a possibilidade de destinar recursos federais para a construção e a manutenção de rodovias estaduais e municipais destinadas à integração de modais de transporte ou ao escoamento produtivo; e para a malha hidroviária brasileira, utilizada para o transporte de carga e pessoas.
- Moradia
Permite que recursos do programa Moradia Digna sejam alocados para operações conjuntas com Parcerias Público-Privadas (PPP) na área de habitação.
- Fundo Nacional de Aviação
Os financiamentos do BNDES com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil destinarão 10% dos empréstimos a empresas aéreas para investimentos em melhorias no rastreamento de bagagens e animais.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) verificou que a inflação recuou para cinco das seis faixas de renda analisadas, em novembro deste ano, na comparação com o mês anterior.
A maior queda foi observada entre as famílias com renda muito baixa, para as quais a taxa recuou de 0,75% para 0,26%. O resultado foi provocado pela redução da tarifa de energia, apesar das altas nos alimentos.
As demais faixas de renda apresentaram as seguintes variações: renda baixa (de 0,71% para 0,32%), renda média-baixa (de 0,61% para 0,35%), renda média (de 0,54% para 0,39%) e renda média-alta (de 0,49% para 0,35%).
Apenas as famílias com renda alta tiveram um aumento na taxa de inflação no período (ao passar de 0,27% em outubro para 0,64% para novembro), devido à alta de 22,7% nas passagens aéreas.
As famílias com renda baixa tiveram a maior taxa de inflação no acumulado do ano (4,50%) e no acumulado de 12 meses (5,08%). Já aquelas de renda alta tiveram a menores taxas em ambas comparações: 3,86% no ano e 4,50% em 12 meses.
Depois de uma subida vertiginosa no mês de outubro em relação a setembro, chegando a 0,56%, a inflação oficial brasileira desacelerou e fechou novembro em 0,39%, resultado ainda influenciado, entretanto, pela alta no preço dos alimentos (1,55%). Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE.
O índice apurado pelo IBGE em novembro ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa de outubro. No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,76% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.
Por conta principalmente pelo aumento no preço das carnes, de 8,02%, o indicador oficial da inflação ficou em 0,39%, resultado, entretanto, que ficou abaixo também do que foi apurado em setembro (0,44%). O resultado de novembro também sofreu forte influência pelas altas no grupo Transportes (0,89%), impulsionado pelo aumento da passagem aérea (22,65%), e no grupo Despesas pessoais (1,43%), influenciado pelo aumento do cigarro (14,91%).
Em Alimentação e bebidas (1,55%), a alimentação no domicílio passou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro. Foram verificados pelo IBGE aumentos nos preços das carnes, com destaque para os seguintes cortes: alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Altas também foram observadas no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%).
Outro fator de pressão no grupo veio da alimentação fora do domicílio (0,88%), que registrou variação superior à do mês anterior (0,65%). O subitem refeição acelerou de 0,53% em outubro para 0,78% em novembro, enquanto o lanche passou de 0,88% em outubro para 1,11% em novembro.
Na divulgação dos resultados do IPCA, o gerente da pesquisa, André Almeida, destacou os motivos que levaram à alta de preços nos setores de alimentação e transportes.
"A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto. Já para os aumentos nas passagens aéreas, a proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta", explicou o gerente da pesquisa.
Nos indicadores regionais, todas as localidades pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos em outubro. A maior variação ocorreu em Rio Branco (0,92%), no Acre, influenciada pela alta das carnes (8,04%). A cidade de Salvador teve o quarto melhor resultado entre todas as capitais pesquisadas, registrando alta de 0,28% nos preços, abaixo da média nacional de 0,39%.
A capital baiana só não teve resultado melhor que Aracaju (SE), Vitória (ES) e Porto Alegre (RS). O índice de novembro em salvador mostrou queda expressiva em relação a outubro, quando o IPCA na cidade ficou em 0,48%.
No ano de 2024, o IBGE revela que na capital do Estado da Bahia, o IPCA ficou em 3,75% na variação acumulada nesses 11 meses, abaixo da média nacional de 4,29%. Já em relação aos últimos 12 meses, Salvador registrou inflação total de 4,62%, também abaixo da média nacional, que foi de 4,87% para o período.
A alta crescente de preços dos produtos de alimentação e bebidas continua impulsionando a inflação, e está levando os índices oficiais a estourarem o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. É o que revela o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), índicador que apresenta a prévia da inflação, e que foi divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE.
Segundo o IPCA-15, a prévia da inflação de novembro apresentou alta de 0,62%, após o índice ter registrado 0,54% em outubro. O aumento entre um mês e outro foi de 0,08 ponto percentual.
No ano, o IPCA-15 já acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, chegou a 4,77%. Esse resultado, que estourou o teto da meta para 2024 (4,5%), também ficou bem acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa di IPCA-15 foi de 0,33%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, oito tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Alimentação e bebidas (1,34% e 0,29 p.p.), grupo de maior peso no índice, que registrou aumento de preços pelo terceiro mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o recuo de -0,01% de Educação e o aumento de 0,83% em Despesas Pessoais.
No grupo Alimentação e Bebidas (1,34%), alimentação no domicílio acelerou de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-11,86%), o ovo de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% para 0,57%, no mesmo período, em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,70% em outubro para 0,38% em novembro). Por sua vez, a variação do lanche aumentou de 0,76% para 0,78%.
Em relação aos índices regionais, todas as onze capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em novembro. A maior variação de preços foi observada em Recife (0,94%), por conta da alta da gasolina (6,34%) e da passagem aérea (21,12%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,25%).
A cidade de Salvador, apesar de ter tido um aumento na prévia da inflação em relação ao resultado de outubro, teve o segundo menor índice entre as capitais pesquisas. A capital baiana registrou 0,38% em novembro, acima dos 0,28% de outubro, mas abaixo da média nacional, de 0,62%.
No ano, a cidade de Salvador verificou um resultado de 3,99%, bem abaixo da média nacional, que foi de 4,35%. Nesse quesito, a capital da Bahia tem o terceiro melhor resultado entre as 11 capitais. Já no acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice de 4,46%, também abaixo da média nacional, que foi de 4,77%.
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central revelou que as expectativas do mercado financeiro relacionadas a inflação e câmbio estão em alta, enquanto as relativas ao Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa básica de juros (Selic) ficam estagnadas.
No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), considerado a inflação oficial do país, o boletim apresenta expectativas de alta há seis semanas, chegando a 4,62% para o fechamento de 2024. Há uma semana, a expectativa era de que o ano fecharia com uma inflação de 4,59%. Há quatro semanas, a previsão era 4,39%.
Para 2025, as expectativas apresentadas no boletim semanal é de que o ano feche com uma inflação de 4,1%, acima das projeções apresentadas nas últimas quatro semanas, que variaram de 3,96% a 4,03%. O mercado projeta, para 2026, que o ano fechará com um IPCA de 3,65%. É a segunda semana seguida de alta.
A estimativa para 2024 mantém-se acima do teto da meta de inflação a ser perseguida pela autoridade monetária, de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua fixado em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O mercado financeiro mantém em 3,10% as expectativas de crescimento do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Para 2025 e 2026, as expectativas são de crescimento de 1,94% e 2%, respectivamente.
Também se mantém estável as expectativas do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) ao final do ano, em 11,75%. Este percentual tem se mantido estável há seis semanas consecutivas. Para 2025, é esperado que o ano feche com uma Selic de 11,5%; e para 2026, em 10%.
Impulsionada principalmente por aumentos de preços da energia elétrica residencial e no setor de alimentação, principalmente em relação às carnes, a inflação oficial brasileira acelerou no mês de outubro e chegou a 0,56%. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.
O resultado de outubro mostrou uma elevação de 0,12 ponto percentual em relação à inflação apurada no mês de setembro. No ano de 2024, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%. Esse valor anual estoura o teto da meta definida pelo governo federal, que é de 4,50%.
As maiores altas na composição do resultado final do IPCA vieram dos grupo Habitaçãos (impacto de 1,49%) e Alimentação e bebidas (1,06%). Segundo explicou o IBGE no comunicado à imprensa, em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46.
Em relação ao grupo de alimentação e bebidas, além do forte aumento das carnes (5,81%), houve elevação significativa na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Em relação às carnes, foram observados aumentos principalmente no acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).
A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.
De acordo com o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida, a variação mensal das carnes observada neste mês de outubro foi a maior desde novembro de 2020, quando o indicador foi de 6,54%.
“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explicou André.
Em relação aos dados regionais, todas as capitais pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços em outubro. A maior variação ocorreu em Goiânia (0,80%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (9,62%) e do contrafilé (6,53%). A menor variação ocorreu em Aracaju (0,11%).
A cidade de Salvador registrou no mês de outubro o quinto menor resultado entre todas as capitais pesquisas. A capital baiana teve inflação de 0,48% no mês passado, abaixo da média nacional de 0,56%.
No ano de 2024, o indicador oficial de inflação na cidade de Salvador alcança 3,46%, também abaixo da média para todo o país, que foi de 3,88%. E mais abaixo ainda do resultado nacional ficou o índice dos últimos 12 meses na capital baiana: 4,15% contra 4,76% em todo o país. Em Salvador a inflação não estorou o teto da meta, como no resultado do país.
A maioria dos brasileiros acredita que sua vida pessoal e familiar avançou ou ficou estável em relação ao ano passado, pelo quinto levantamento seguido em 2024. É o que revela o Radar da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 15 e 23 de outubro, com entrevistas realizadas com duas mil pessoas nas cinco regiões do País.
Segundo o levantamento, o patamar atual está quatro pontos percentuais abaixo do resultado apurado na pesquisa de fevereiro deste ano. Naquele momento, 83% afirmaram que sua vida pessoal e familiar estaria melhor do que no ano passado.
A pesquisa do Radar Febraban/Ipespe revela também que a inflação continua sendo uma das principais preocupações dos brasileiros neste ano. O levantamento mostrou que subiu de 74% para 77% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram em comparação com os últimos seis meses.
Já a percepção dos entrevistados a respeito da situação atual do país em comparação com 2023 mostra predominância de melhora ou estabilidade. A pesquisa mostrou que 72% avaliam que o país melhorou (40%) ou ficou igual (32%) em relação a 2023. No levantamento de setembro essa soma era de 74% (melhorou: 42%; ficou igual: 32%).
Em relação à visão sobre os indicadores econômicos do país para os próximos seis meses, o estudo revela que 64% apostam em aumento da inflação e do custo de vida; 62% acreditam que haverá aumento de impostos; e 64% creem em aumento do endividamento das pessoas e famílias. Outros 56% disseram acreditar que haverá progressivo aumento da taxa de juros do brasileira.
No recorte sobre as áreas que deveriam ser priorizadas pelo governo federal, o setor da saúde pública permanece como a primeira preocupação (33%) na visão dos brasileiros. Na sequência surgem como preocupações a questão do emprego e da renda, que inquietam 21% dos entrevistados, a educação, com 13% no ranking de prioridades, e inflação e custo de vidaque surgem com 10% no ranking das angústias da população. Fome e pobreza, assim como corrupção, aparecem 4% das menções na pesquisa.
Os membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciaram, neste começo de noite de quarta-feira (6), promover um aumento de 0,5% na taxa básica de juros, a Selic. Com o novo aumento, a taxa de juros da economia brasileira passou de 10,75% para 11,25% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade dos membros do Comitê.
O mercado financeiro já aguardava uma elevação na taxa Selic da ordem de 0,5%. Após a alta de 0,25% na ultima reunião, os analistas das instituições financeiras agora prevêem que o BC adote um tom mais agressivo em sua tentativa de conter o aumento da inflação.
Desde 2023, a taxa Selic passou por cortes significativos, saindo de 13,75% para 10,50% no mês de agosto. No entanto, com a mudança de cenário nos últimos meses principalmente no aumento de preços, a previsão é que a taxa Selic encerre o ano no patamar de 11,75%, o que implica em mais um aumento de 0,50 ponto percentual na última reunião do Copom neste ano, no mês de dezembro.
No comunicado à imprensa, os membros do Copom afirmam que a decisão pela elevação da taxa acontece porque o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que, para o Banco Central, suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação.
"Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes", afirma o comunicado.
Os membros do Comitê afirmam também que o cenário interno segue marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que, segundo eles, demanda uma política monetária mais contracionista.
"Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante", diz o Copom.
Sobre o ritmo de ajustes futuros na taxa Selic, o Copom afirma que o ciclo de aperto monetário será ditado pelo "firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".
Os temores da equipe econômica do governo Lula se confirmaram e os índices de inflação devem mostrar uma aceleração até maior do que o previsto neste final de ano. Pelo menos é o que sinaliza o indicador do IBGE que mostra a prévia da inflação oficial, o IPCA-15.
Divulgado nesta quinta-feira (24) pelo IBGE, o IPCA-15 fechou em 0,54%, muito acima dos 0,13% registrados em setembro. Os analistas de mercado projetavam um IPCA-15 de no máximo 0,50%.
A aceleração dos preços medida pelo indicador do IBGE revela uma mudança forte de rota desde o mês de maio, quando o IPCA-15 começou a cair. Foram quatro meses seguidos de queda no indicador inflacionário, até esta subida acelerada agora em outubro. Os 0,54% divulgados nesta quinta só perdem, neste ano de 2024, para o índice de 0,78% apurados em fevereiro.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,71% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,47%, acima dos 4,12% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2023, a taxa havia sido de 0,21%.
Com exceção da área de Transportes, cujos preços recuaram 0,33%, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês de outubro. O destaque foi a área de Habitação, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice.
Houve uma aceleração no resultado desse grupo de Habitação em relação a setembro, quando teve variação de 0,50%. Os grupos Alimentação e bebidas (0,87%) e Saúde e cuidados pessoais (0,49%) completam o ranking das três maiores variações neste mês.
No grupo Habitação (1,72%), o principal impacto para a formação do IPCA-15 veio da energia elétrica residencial, que passou de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir de 1º de outubro. Destaca-se, também, a alta do gás de botijão (2,17%).
Em Alimentação e Bebidas (0,87%), alimentação no domicílio registrou aumento de 0,95% em outubro, após três meses consecutivos de queda. Contribuíram para esse resultado os aumentos do contrafilé (5,42%), do café moído (4,58%) e do leite longa vida (2,00%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%).
Quanto aos índices regionais, todas as 11 capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em outubro. A maior variação foi observada em Goiânia (1,07%), por conta da alta da energia elétrica residencial (6,51%) e da gasolina (5,94%).
A cidade de Salvador teve o segundo menor resultado de aumento de preços em outubro, só perdendo para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A capital baiana registrou IPCA-15 de 0,28% em outubro, acima apenas de Porto Alegre, que teve índice de 0,17%.
No ano, Salvador apresenta um resultado de 3,60%, abaixo da média nacional de 3,71%. Já na avaliação dos últimos meses, a capital da Bahia registrou um IPCA-15 total de 3,95%, bem abaixo da média para todo o país, que foi de 4,47%.
Nesta quarta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando a inflação oficial, que aponta alta nos preços de 0,44% no mês de setembro. Essa é a maior variação para o mês desde 2021.
O segmento de habitação ajudou a puxar a alta, com a disparada, em 5,36%, dos preços da energia elétrica residencial no mês passado. Isso se deve pela mudança de bandeira tarifária afetada pela grave seca que atinge o país.
A bandeira passou de verde para vermelha patamar 1, o que gera uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido pelas famílias.
O grupo de Alimentação e bebidas também apresentou significativa alta e impactou a inflação do mês, com uma alta de 0,50%. A estiagem que atinge lavouras e a produção de carnes fez os preços de alimentos voltarem a acelerar depois de dois meses de queda.
O resultado de setembro veio 0,46 ponto percentual acima do registrado em agosto, quando o IPCA teve uma deflação de 0,02%, a única do ano até aqui. Em setembro de 2023, o IPCA teve alta de 0,26%.
A inflação brasileira agora acumula alta de 4,42% em 12 meses. O resultado final veio levemente abaixo do esperado pelo mercado financeiro, que projetava um avanço de 0,46% em setembro.
Confira o resultado dos grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: 0,50%;
Habitação: 1,80%;
Artigos de residência: -0,19%;
Vestuário: 0,18%;
Transportes: 0,14%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,46%;
Despesas pessoais: -0,31%;
Educação: 0,05%;
Comunicação: -0,05%.
Inflação oficial acelera para 0,44% puxada por alta na energia elétrica residencial e na alimentação
Os analistas do mercado financeiro, que desde a última segunda-feira (7) faziam as contas pra saber qual seria a inflação oficial do mês de setembro, quase cravaram o resultado em suas projeções. A maioria dos agentes do mercado apostavam em uma inflação de 0,45% no mês passado, e o índice oficial, divulgado nesta quarta (9) pelo IBGE, foi de 0,44%.
O resultado está no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentado pelo IBGE, e que revelou uma aceleração da inflação no país influenciada principalmente pelas altas no grupo Habitação, com os preços da energia elétrica residencial, e alimentação No mês passado o IPCA havia surpreendido os analistas do mercado ao registrar ligeira deflação, de 0,02%.
Com os 0,44% de setembro, o indicador ficou 0,46 ponto percentual acima da taxa de agosto (-0,02%). No ano, o IPCA acumula alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a variação havia sido de 0,26%.
Já aguardando um aumento expressivo na inflação, na última segunda (7) os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central por meio do Boletim Focus elevaram as suas projeções para a inflação ao final do ano. Os agentes do mercado aumentaram de 4,37% para 4,38% as suas estimativa para o IPCA de 2024.
Com essa perspectiva de inflação crescente, economistas analisam que deve aumentar nos próximos dias a volatilidade no mercado cambial. Essa instabilidade também promete crescer nas próximas semanas, à medida que cresce a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central adote um aumento mais agressivo de 0,50% na taxa de juros em sua próxima reunião, no mês de novembro.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para a formação do indicador da inflação, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, e Alimentação e bebidas (0,50%). Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de Despesas pessoais e o 0,46% de Saúde e Cuidados Pessoais.
Segundo o IBGE, o grupo de Alimentação e bebidas teve aumento de preços principalmente na alimentação no domicílio (0,56%), após dois meses seguidos de recuos. Esse resultado foi influenciado, em grande parte, pelo aumento nos preços da carne bovina e de algumas frutas, como laranja, limão e mamão.
De acordo com o gerente da pesquisa do IPCA no IBGE, André Almeida, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta de carnes ao consumidor.
"É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática", analisou o gerente do IBGE.
Ainda no setor de Alimentação e bebidas, foram observados aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranjapera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).
Em relação aos aumentos de preços de energia elétrica e sua contribuição para o maior aumento dos índices inflacionários em setembro, André Almeida destacou a influência da bandeira tarifária da energia elétrica residencial.
A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos", explica Almeida.
O resultado do IPCA de setembro registrou a terceira maior alta da inflação neste ano de 2024. Acima dos 0,44% do mês passado estão apenas os 0,83% de fevereiro e os 0,46% de maio.
Já sobre os índices regionais, todas as capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do IPCA apresentaram variação positiva em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%).
A cidade de Salvador teva a quinta menor taxa de inflação para o mês de setembro. Depois de registrar 0,03% em agosto, a capital baiana viu o IPCA acelerar para 0,28% no mês passado, número só maior que as cidades de Brasília (0,26%), Belém (0,18%), Recife (0,17%) e Aracaju (0,07%).
Neste ano de 2024, a inflação oficial na cidade de Salvador está em 2,96%, abaixo da média nacional de 3,31%. Já no resultado dos últimos 12 meses, a capital baiana 3,95%, também abaixo da mediana para todo o país, que ficou em 4,42%.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou as estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4% para 4,4%, e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 3,8% para 4,2%. O Ipea divulgou nesta quinta-feira (26) as projeções atualizadas para a inflação brasileira em 2024.
“A análise da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea é de que o ambiente inflacionário brasileiro vem se tornando menos favorável, gerando, assim, um aumento das expectativas de inflação. Diante de um desempenho mais forte do nível de atividade e seus impactos sobre um mercado de trabalho aquecido, a aceleração dos preços dos serviços livres, aliada aos efeitos da desvalorização cambial sobre os bens comercializáveis e novos focos de pressão sobre os preços dos alimentos, da energia e dos combustíveis, sinalizam que o processo de desinflação da economia brasileira tende a ser mais lento que o projetado no último trimestre”, diz o instituto.
Em agosto, a inflação brasileira registrou alta de 4,2% em 12 meses, repercutindo, sobretudo, os reajustes de 5,2% dos serviços livres e de 5,6% dos preços administrados. Em relação aos preços administrados, os reajustes da gasolina (8,7%), dos planos de saúde (8,7%) e dos medicamentos (6%) podem ser apontados como os principais focos de pressão inflacionária no período.
Segundo o Ipea, ainda que em menor intensidade, as altas apontadas pelos alimentos e pelos bens industriais refletem a aceleração dos preços, agrícolas e industriais, no atacado, refletindo o aumento dos custos de matérias primas, originados tanto pela aceleração das cotações das commodities no mercado internacional, quanto pela forte desvalorização cambial.
Em relação aos serviços livres, há pressão inflacionária por conta de uma demanda aquecida e pelo aumento dos custos relativos à mão de obra, ambos provenientes de um mercado de trabalho mais dinâmico. “A partir deste contexto mais desafiador, mesmo diante de um cenário de menor pressão de preços de alimentos, a piora na trajetória dos serviços livres, dos bens industriais e dos preços administrados, em relação à projetada anteriormente, gerou uma elevação das projeções para a inflação em 2024”, informa o Ipea.
Quanto à alimentação no domicílio, considerando a pressão causada pelos efeitos da seca sobre a produção de cereais, carnes, frutas e legumes, a taxa de inflação prevista passou de 5,9% para 5,6%, refletindo o alívio inflacionário vindo da queda de 2,3% observada no bimestre julho-agosto. Já as taxas de inflação dos bens industriais e a dos serviços livres, projetadas para 2024, aceleraram de 2,1% e 4,6% para 2,4% e 5%, respectivamente, refletindo, em ambos os casos, o aumento nos custos de produção, aliado à manutenção da demanda em patamar elevado.
A estimativa para a inflação dos preços administrados em 2024 também foi elevada, avançando de 4% para 4,7%, impulsionada pelo aumento dos combustíveis e da energia elétrica, efeito, no primeiro caso, do aumento do preço do petróleo e à desvalorização cambial, e no segundo caso, da estiagem sobre o nível dos reservatórios, gerando a necessidade do acionamento de bandeiras tarifárias de maior sobrepreço.
De acordo com o Ipea, diversos fatores contribuem para cenários de riscos para a inflação no curto prazo: o acirramento dos conflitos internacionais e seus efeitos sobre as cotações das commodities no mercado externo, além de novas desvalorizações cambiais originadas pela piora do ambiente fiscal e do prolongamento dos efeitos da seca sobre a produção de alimentos e energia podem desencadear uma piora no cenário inflacionário.
“Ainda assim, para 2025, as projeções do Grupo de Conjuntura do Ipea indicam que o processo de descompressão inflacionária pode ocorrer, diante de uma apreciação cambial derivada deste diferencial de juros. Conjugada à melhora das condições climáticas, com a possibilidade da trajetória de inflação mais benigna para os bens industriais e os alimentos, as previsões de projeções de inflação para 2025 feitas pelos pesquisadores, são de 3,9%, medida pelo IPCA, e de 3,8%, medida pelo INPC”, conclui o Ipea.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registra a prévia da inflação de setembro, continua em queda vertiginosa, mas para os baianos, o indicador não trouxe boas notícias. Os números mais recentes do IPCA-15 foram divulgados na manhã desta quarta-feira (25) pelo IBGE.
O resultado do IPCA-15 mostrou que a prévia da inflação de setembro ficou em 0,13%. Esta já é a quarta queda seguida deste indicador, que estava em 0,44% no mês de maio, e depois caiu para 0,39% em junho, 0,30% em julho e 0,19% em agosto. Esse resultado de setembro também foi o mais baixo dos últimos 12 meses.
Neste ano de 2024, o IPCA-15 acumula uma alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,35%.
A cidade de Salvador, entretanto, não tem motivos para comemorar a divulgação dos números mais recentes do IPCA-15. A prévia de setembro na capital baiana registrou uma alta de 0,35%, o resultado mais elevado dentre todas as cidades pesquisadas pelo IBGE.
Depois de Salvador ter aparecido com uma deflação de -0,11% em agosto, o melhor resultado entre todas as capitais pesquisadas, a cidade teve uma alta de cerca de 0,45% entre um mês e outro. Com isso, Salvador pulou de cidade com a prévia da inflação mais baixa em agosto para a capital com índice inflacionário mais alto em setembro.
No trimestre, Salvador registra um aumento de 0,35%, menor do que a média nacional, que é de 0,62%. Já no cálculo de 12 meses, a capital baiana registra um índice de 4,07%, também menor do que foi observado pelo IBGE para todo o Brasil, com total de 4,12%. Por conta da elevação de preços de agosto para setembro, Salvador está agora com o sexto pior índice inflacionário entre todas as capitais.
O IPCA-15 divulgado nesta quarta aponta que a maior variação (0,50%) e o maior impacto (0,08 ponto percentual) na composição do resultado nacional de 0,13% em setembro saíram do grupo Habitação. Outros seis grupos também tiveram alta.
Em Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro. Destaque também para a alta da taxa de água e esgoto (0,38%) após reajustes tarifários de redução média de 0,61% em São Paulo (-0,15%), a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (3,02%), a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza (5,23%), a partir de 5 de agosto.
O grupo de Alimentação e Bebidas, que tem forte peso na composição do índice, registrou aumento de 0,05%, após dois meses de queda nos preços. A alimentação no domicílio teve variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Contribuíram a queda o recuo nos preços da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%). No lado das altas, destacam-se o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%).
Segundo o IBGE, também teve alta nos preços a alimentação fora do domicílio (0,22%), com desaceleração em relação ao mês de agosto (0,49%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e da refeição (0,37% em agosto para 0,22% em setembro).
Os cenários interno e externo da economia, marcados por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, elevação das projeções inflacionárias e os movimentos abruptos do câmbio demandam uma política monetária mais contracionista, e novos ajustes na taxa básica de juros podem acontecer para cumprir o compromisso da autoridade monetária de fazer a inflação convergir para a meta estabelecida.
Essa posição que jsutifica a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central tomada na semana passada, de elevar de 10,5% para 10,75% a taxa básica de juros, foi apresentada na manhã desta terça-feira (24), com a divulgação da Ata do Copom. O documento detalha como se deu as discussões dos membros do Comitê na última semana, e as perspectivas para as reuniões futuras do órgão.
No documento, o Copom, que decidiu por unanimidade a elevação na taxa Selic, ressalta que a volatilidade da taxa de câmbio aumenta as dúvidas sobre o ritmo de desaceleração da economia global e a desinflação. Os membros do Comitê colocaram o câmbio e o que chamam de "incerteza global" como alguns dos principais fatores a demandam maior cautela na condução da política monetária no Brasil.
"O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", afirma o documento divulgado pelo Banco Central.
A ata do Copom reforçou que a estratégia para as próximas duas reuniões, que acontecerão em novembro e dezembro, continuará focada nos mecanismos de pressão da conjuntura externa sobre a inflação interna, com observação da evolução dos componentes sensíveis à atividade econômica e às projeções inflacionárias.
Depois da decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros, o mercado já ajustou suas estimativas para a Selic em 2024. No boletim Focus divulgado nesta segunda (23), a mediana para a Selic no final de 2024 voltou a subir, passando de 11,25% para 11,50%, confirmando que o mercado já espera pelo menos um aumento de 0,5 ponto porcentual nos juros nas próximas reuniões do Comitê.
Ainda na Ata do Copom, o Banco Central endureceu seus recados sobre a condução das contas públicas no Brasil. No documento, os membros do Copom classificaram a política fiscal como expansionista e frisaram que é importante para a condução dos juros uma política fiscal crível, previsível e transparente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira (23), durante uma conversa com jornalistas após reunião que teve em Nova Iorque, que o Brasil deve continuar a reduzir a sua taxa de inflação durante os próximos anos.
Haddad apontou que a política monetária global trouxe estresse para mercados emergentes, e afirmou que o Brasil pagou um preço mais alto por isso devido a questões domésticas.
O ministro ainda trouxe críticas à maquiagem nos números de inflação de 2022. Segundo Haddad, sem a desoneração dos combustíveis, a taxa seria de 8,25%. “Estamos pelo segundo ano com metade da inflação de dois anos atrás”, afirmou o ministro.
Haddad também reforçou o ponto de que o país segue uma tendência de crescimento nos últimos anos. “O Brasil, que se dizia que não ia crescer, vai crescer mais de 3% este ano”, afirmou. Segundo ele, as projeções da Fazenda para receita, despesa, PIB e inflação estão se confirmado, e, por conta disso, os números se acomodarão naturalmente.
ESPECIALISTAS PREVEM ALTA NA INFLAÇÃO
Segundo o Boletim Focus, sondagem do Banco Central (BC) à analistas de mercado, os economistas afirmaram uma expectativa de alta na inflação de 4,37% para este ano e de 3,97% para o próximo, maiores que as apresentadas no último boletim de semana passada: 4,35% e 3,95%, respectivamente.
O mercado também aumentou a expectativa para a taxa básica de juros. No relatório anterior, a taxa conhecida como SELIC tinha um valor de 11,25%, enquanto, no relatório mais recente, este valor chegou a 11,5%.
Segundo os cálculos da equipe econômica do governo, divulgados na semana passada, as estimativas de inflação para o ano chegam a 4,25%, abaixo da meta de 4,5%, estipulada como um limite do governo para o ano.
Como já era aguardado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (18), elevar em 0,25% a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Essa é a primeira vez que a taxa é elevada desde a reunião de junho de 2022, quando, naquela ocasião, ainda no governo Jair Bolsonaro, os juros subiram de 13,25% para 13,75%.
Diante da combinação de um cenário de atividade econômica aquecida, das incertezas do apoio político para o controle do crescimento das despesas obrigatórias, taxa de câmbio que segue desvalorizada e expectativas de inflação ainda desencoradas, os membros do Copom elevaram a Selic de 10,50% para 10,75%. Os analistas de mercado, que já aguardavam a elevação dos juros, afirmam que esse ritmo de alta deve continuar nas próximas reuniões do Comitê, em 6 de novembro e 11 de dezembro.
No comunicado da decisão, que foi unânime, os membros do Copom salientaram mais uma vez que não tolerarão desvios da inflação em relação ao centro da meta no horizonte que eles consideram relevante para a política monetária. O Copom renovou a promessa de vigilância e o firme compromisso de convergência da inflação à meta anual de 3,00%, com intervalo de tolerância de mais ou menos 1,50 ponto percentual, isto é, de 1,50% a 4,50%.
"Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação medida pelo IPCA cheio assim como medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes", afirma o comunicado do Copom.
Membros do governo deram declarações nos últimos dias de que o surpreendente resultado da inflação de agosto divulgada na semana passada pelo IBGE - ficou negativa em 0,02%, apresentando queda de 0,40% em relação ao mês anterior - poderiam reduzir as pressões para que o Copom promovesse um reajuste ainda maior na Selic. Antes de se saber os números do IPCA, o mercado vinha apostando em uma elevação de 0,50% na taxa de juros, o que não se confirmou.
Essa foi a primeira reunião do Copom após a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central no próximo ano. A indicação de Galípolo, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será votada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no dia 8 de outubro, e depois no Plenário.
O comunicado do Banco Central revela também preocupação dos membros do Comitê com o ambiente externo, que segundo eles, permanece desafiador, em função principalmente do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos.
"Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes", diz o comunicado.
Depois dos bons números verificados na queda do desemprego e no PIB do segundo trimestre (acima das expectativas do mercado), o governo Lula teve outra boa notícia na área econômica nesta terça-feira (10). Segundo o IBGE, a inflação oficial do país no mês de agosto teve índice negativo pela primeira vez neste ano, fechando em -0,02%.
O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto, apresentado pelo IBGE, foi melhor do que as estimativas dos analistas econômicos do mercado, que projetavam um índice positivo de 0,02%. A taxa de -0,02% em agosto revelou ainda uma queda de 0,40 ponto percentual em relação ao mês de julho (0,38%).
No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Novamente o resultado está abaixo do que foi previsto no Boletim Focus do Banco Central desta semana. Os especialistas do mercado consultados pelo BC haviam revisado suas expectativas pra a inflação ao final do ano, aumentando de 4,26% no boletim da semana passada para 4,30% a estimativa para o IPCA.
O resultado do IPCA de agosto foi influenciado principalmente pela queda na área de Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%). Também o grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%) puxou para baixo o índice oficial, com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).
Segundo a análise do IBGE, o principal fator que contribuiu para a queda nos preços de alimentos foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano em algumas regiões. "Esse clima favoreceu a produção de alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra", afirma o relatório do IBGE.
Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,33%) teve variação abaixo da registrada no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.
O grupo Transportes (0,00%) registrou estabilidade, apesar da alta de combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%). Entretanto, contribuiu para a estabilidade na área a forte queda nos preços das passagens aéreas (-4,93%).
"A queda no preço das passagens aéreas em agosto pode ser explicada por um movimento contrário ao observado em julho, mês de férias escolares, quando as passagens aéreas são mais demandadas por conta de viagens que as famílias realizam", afirma André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.
Nos índices regionais, sete das capitais pesquisadas pelo IBGE apresentaram variação positiva de preços, entre elas a cidade de Salvador. A capital baiana se apresentou com alta de 0,3% em agosto, o sexto maior índice entre todas as capitais.
Acima de Salvador aparecem Porto Alegre (0,18%), Brasília (0,17%), Vitória (0,14%), Belo Horizonte (0,13%) e São Paulo (0,10%). Na região Nordeste, a capital baiana teve o maior índice de inflação, acima de Fortaleza (0%), Recife (-0,07%), Aracaju (-0,33%) e São Luís (-0,54%), cidade que teve o melhor resultado no país.
Apesar de ter tido um resultado maior do que a média nacional, a inflação em Salvador em agosto (0,03%) foi menor do que a registrada em julho (0,18%). No ano de 2024, o IPCA da capital baiana registra um total de 2,68% (abaixo da média nacional de 2,85%), e na verificação de 12 meses, Salvador aparece com IPCA de 3,71% (também bem abaixo do total para o país, que foi de 4,24% nos últimos 12 meses).
Graças à desaceleração principalmente nos preços dos alimentos e das passagens áreas, a prévia da inflação de agosto teve expressiva queda e registrou 0,19%, o menor índice para o indicador neste ano de 2024. O resultado foi medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE na manhã desta terça-feira (27), e representa a prévia da inflação oficial.
O resultado do IPCA-15 ficou um pouco acima das estimativas do mercado, que apostavam em um índice de 0,17% em agosto. Entretanto, os 0,19% verificados pelo IBGE representam uma queda de 0,11% em relação aos 0,30% apurados em julho.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Nas previsões do mercado, o IPCA-15 ficaria em 4,33%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, oito tiveram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,83% e 0,17%), seguido por Educação (0,75% e 0,05%).
Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas apresentou queda pelo segundo mês consecutivo (-0,80% e -0,17%). Nesse grupo, a alimentação no domicílio (-1,30%) teve queda mais intensa do que a de julho (-0,70%).
De acordo com o IBGE, contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-26,59%), da cenoura (-25,06%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). No lado dos subitens em alta, destaca-se o café moído (3,66%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de julho (0,25%), em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).
Em relação aos índices regionais apurados nas capitais em que é realizada a pesquisa de preços do IBGE, a cidade de Salvador registrou a menor variação do indicador no mês de agosto (-0,11%). O resultado revelou uma acentuada redução em relação ao que foi apurado em julho, quando o IPCA-15 da capital baiana ficou em 0,11%.
O indicador na capital da Bahia foi puxado principalmente pelas quedas nos preços do tomate (-30,33%) e da cebola (-13,73%). No ano, a inflação medida pelo IPCA-15 em Salvador está em 2,95%, abaixo da média nacional, que é de 3,02%. Nos últimos 12 meses, o indicador registra aumento de preços de 3,68%, bem abaixo do número que foi apurado para todo o país, que foi de 4,35%.
Segundo o IBGE, para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de julho a 14 de agosto de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 15 de julho de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Salvador e outras dez capitais.
Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, ficou em 0,18% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O indicador teve importante aceleração frente a junho, quando havia sido negativo (-0,04%), mas ficou abaixo do verificado em julho de 2023 (0,25%). Também foi a menor inflação entre os 16 locais pesquisados separadamente no país, empatada com a do município de Aracaju/SE.
No Brasil como um todo, o IPCA de julho foi 0,38%. As maiores inflações ocorreram em São Luís/MA (0,53%), Rio Branco/AC (0,53%) e na RM São Paulo/SP (0,52%).
Com o resultado do mês, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 2,65% de janeiro a julho de 2024. Segue abaixo do índice nacional (2,87%) e é o 10º entre os 16 locais pesquisados. Também continua abaixo do registrado no mesmo período de 2023 (3,26%) e é a menor inflação acumulada, na RMS, em quatro anos: desde 2020, primeiro ano da pandemia, quando o acumulado tinha sido 1,34%.
Nos 12 meses encerrados em julho, a inflação na RM Salvador acumula alta de 3,86%, desacelerando um pouco em relação ao índice de junho (3,95%) e ficando abaixo do acumulado para o mesmo período em 2023 (4,05%). Também segue menor do que o acumulado no Brasil como um todo (4,50%), mantendo-se o 4º menor índice entre os 16 locais pesquisados.
TRANSPORTE PESOU
A inflação de julho na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de altas nos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. As despesas pessoais tiveram o maior aumento (1,13%) e exerceram a segunda principal pressão inflacionária no mês, puxada com mais força pela hospedagem (7,39%), que apresentou a segunda maior alta entre todos os produtos e serviços pesquisados para compor o IPCA.
Com o segundo maior aumento, os transportes (0,80%) foram os que mais contribuíram para a aceleração da inflação, na RM Salvador, devido ao seu peso nas despesas das famílias.
O grupo foi puxado pelas passagens aéreas, que tiveram a maior alta entre todos os produtos e serviços cobertos pelo índice de preços (24,96%) e também exerceram a maior pressão inflacionária individual no mês.
Os aumentos importantes em serviços relacionados ao turismo têm ligação com o fato de julho ser mês de férias escolares em algumas regiões do país, como o Sudeste.
A energia elétrica (2,04%) também foi uma pressão inflacionária relevante em julho, na RMS, puxando a alta do grupo habitação (0,52%). O aumento se deveu à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kwh consumidos.
Dentre os dois grupos de produtos e serviços do IPCA que mostraram deflação, alimentação e bebidas (-0,67%) foi o destaque, com a maior queda e a principal influência no sentido de segurar o custo de vida em julho, na RMS. Foi a primeira queda média de preços dos alimentos em sete meses (desde novembro de 2023).
Todos os 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em julho, na RMS, foram alimentos, liderados por cenoura (-25,95%), tomate (-22,31%) e mamão (-12,56%). Além deles, itens que têm pesos importantes nas despesas das famílias, como a cebola (-9,54%), o biscoito (-1,96%) e o queijo (-1,87%), também contribuíram para puxar o IPCA para baixo.
Já no grupo vestuário (-0,22%), a deflação teve maior influência das roupas femininas (-1,12%), sobretudo os vestidos (-2,43%).
A divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta sexta-feira (9) pelo IBGE mostrou que as férias escolares acabaram por gerar um aumento da inflação no mês de julho. Isso porque as férias levaram a um elevado aumento das passagens aéreas, e desta forma o IPCA fechou o mês passado com alta de 0,38%.
Além das passagens aéreas, que subiram 19,39%, o indicador oficial da inflação foi influenciado também pelo aumento nos preços da gasolina (3,15%) e nas tarifas de energia elétrica residencial (1,93%). Com isso, o resultado de julho ficou bem acima dos 0,21% observados no mês de junho.
A alta de 0,38% no IPCA ficou acima da média das estimativas de analistas do mercado financeiro, que projetavam um aumento de 0,35%. Com o resultado de julho, o indicador oficial do IBGE acumula agora uma inflação de 4,5% em 12 meses, batendo no patamar que indica o teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87%.
O resultado de julho ficou igual ao que foi verificado no mês de abril, mas ainda menor que os 0,46% de maio. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o IPCA foi ainda maior, já que em julho de 2023 a inflação oficial foi de 0,12%.
Em julho, houve alta de preços em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. A maior variação (1,82%) e também o maior impacto (0,37%) sobre o IPCA de julho veio do grupo Transportes, com Habitação a seguir (0,77% e 0,12%).
Já os preços do grupo Alimentação e Bebidas recuaram 1% e foram responsáveis pelo impacto negativo mais intenso sobre o IPCA de julho (-0,22%). Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho, após nove meses consecutivos de alta. Segundo o IBGE, o aumento da oferta de diversos produtos agrícolas contribuiu para a redução dos preços.
Entre as 16 capitais nas quais o IBGE coleta preços para o cálculo do IPCA, as maiores altas foram verificadas nas cidades de São Luís e Rio Branco (0,53%, ambas), sob influência do aumento de preços da gasolina (5,78% e 2,43%, respectivamente).
Por outro lado, os recuos na Alimentação no Domicílio, principalmente no preço do tomate, fizeram com que as regiões metropolitanas de Salvador e Aracaju tivessem as menores variações entre todas as capitais pesquisadas (0,18% em julho em ambas as cidades).
No ano, a capital baiana tem um resultado total de 2,65%, abaixo da média nacional, que chegou a 2,87%. Já em relação aos últimos 12 meses, Salvador tem uma inflação total de 3,86%, também abaixo da média para todo o país, que foi de 4,50%.
O patamar de 3,86% coloca a cidade de Salvador como a quarta capital brasileira com menor inflação na avaliação dos últimos 12 meses.
O IBGE divulgou na manhã desta quinta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registra a prévia oficial da inflação, e o resultado para o mês de julho ficou acima das estimativas do mercado. Segundo o IBGE, o IPCA-015 foi de 0,30%, abaixo dos 0,39% registrados em junho, entretanto, maior do que os 0,22% que era a média das previsões dos agentes financeiros.
Com o resultado de julho, a variação do IPCA-15 foi de 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa do indicador havia sido de -0,07%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do índice, sete tiveram alta em julho. O maior impacto para a formação do IPCA-15 de julho foi verificado no grupo Transportes (0,23%). Apenas o grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%) e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa.
No grupo Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio recuou 0,70% em julho. Contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). No lado das altas, destacam-se o aumento de preços do leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).
No grupo Transportes (1,12%), as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12% no índice de julho. Em relação aos combustíveis (1,39%), gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.
Quanto aos índices regionais, 10 das 11 capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em julho, e apenas Recife teve resultado negativo (-0,05%). Entre as outras 10 capitais, a cidade de Salvador foi a que teve o menor resultado do IPCA-15 em julho, com 0,11% de variação, bem abaixo do resultado nacional de 0,30%.
No ano de 2024, a capital baiana registra um resultado de 3,06%, acima da média para todo o país, que foi de 2,82%. No entanto, na variação acumulada de 12 meses, Salvador teve um índice de 4,31%, abaixo do total nacional de 4,45%.
A maior variação de preços entre as cidades brasileiras pesquisadas foi observada em Brasília (0,61%), por conta das altas da passagem aérea (13,68%), da taxa de água e esgoto (5,02%) e da gasolina (2,94%).
Após dois meses seguidos de alta devido principalmente pelo aumento de preços dos alimentos, a inflação oficial teve forte queda e fechou o mês de junho em 0,21%. Apesar de ainda ser puxada por uma alta de 0,44% no grupo de Alimentação e Bebidas, a inflação de junho ficou bem menor do que o esperado pelo mercado e com larga diferença para os 0,46% registrados em maio.
Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. De acordo com o indicador, neste ano de 2024, a alta de preços acumulada é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,23%.
O grupo que continua exercendo maior impacto no aumento de preços, o de Alimentação e Bebidas, também registrou queda acentuada, caindo de 0,62% em maio para 0,44% em junho. Na Alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%).
Segundo o IBGE, entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se os preços da cenoura (-9,47%), da cebola (-7,49%) e das frutas (-2,62%). Os produtos que registraram as maiores altas foram a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e o arroz (2,25%).
Também foi verificada redução na pesquisa sobre preços da Alimentação fora do domicílio, com variação de 0,37%, menos intensa do que a verificada em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.
Outra alta relevante registrada no IPCA de junho foi no grupo Habitação, cujos preços subiram 0,25%. Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e também pelos aumentos nos planos de saúde, de 0,37%.
No recorte da pesquisa do IBGE nas 16 capitais pesquisas, a capital da Bahia foi uma das três cidades que registraram variação negativa de preços. Salvador teve índice de -0,04% em junho, o que revelou uma forte queda da inflação em relação ao que foi medido em maio (0,58%). Recife (-0,09%) e Porto Alegre (-0,14%) foram as outras duas capitais com variação negativa.
Com o resultado de junho, a capital baiana acumula uma inflação de 2,46% no ano de 2024, abaixo da média nacional, que é de 2,46%. No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registra inflação de 3,93%, também abaixo do resultado para todo o país, que é de 4,23%. Apenas três capitais possuem índices melhores do que Salvador no resultado dos últimos 12 meses.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.