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Artigos

Ana Angélica
SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida
Foto: Divulgação

SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida

O Projeto de Lei 4146/2020 regulamenta a profissão de gari e margarida em todo o país. E o SindilimpBA não poderia ficar de fora desta luta. Em Brasília, conseguimos apoios de peso para estudar a redação do PL. É preciso cobrar a tramitação do projeto, a categoria espera pela regulamentação há décadas. A sociedade precisa participar. Vamos acompanhar mais de perto e criar estratégias para ajudar na aprovação. Os profissionais na Bahia estão celebrando o dia dos garis e margaridas, justamente neste dia 16 de maio.

Multimídia

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"

Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"
O prefeito Bruno Reis rebateu, nesta quinta-feira (16), críticas que recebe de opositores políticos e nas redes sociais em relação a falta de árvores e a projetos de viadutos na cidade. Reis participou nesta manhã da abertura do 2º Congresso de Direito e Sustentabilidade, que acontece até esta sexta-feira (17) no Hotel Wish da Bahia.

Entrevistas

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber

Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber
Foto: Caroline Pacheco/Famecos/PUCRS
Quem não é visto, não é lembrado. Esta é uma “receita” que se tornou infalível, antes com o rádio, a TV e a mídia off, como santinhos e outdoors e logo depois com a internet e todas as suas redes sociais e plataformas.  A menos de seis meses para as eleições municipais, partidos e pré-candidatos estão em constantes articulações e principalmente correndo contra o tempo.

ibge

Bahia lidera ranking do desemprego no Brasil; veja os números do IBGE
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desocupação em todo o país alcançou o patamar de 7,9% no primeiro trimestre de 2024, o que representou um aumento de 0,5% na comparação com o quarto trimestre de 2023, e a Bahia foi o estado que registrou a maior taxa de desemprego no período (14%). Essas foram algumas das conclusões da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE.

 

A pesquisa revela que o crescimento da taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano foi registrado em oito Unidades da Federação. A desocupação cresceu em três regiões brasileiras – Nordeste (aumento de 10,4% para 11,1%), Sudeste (de 7,1% para 7,6%) e Sul (de 4,5% para 4,9%) – e ficou estável no Norte e no Centro-Oeste.

 

Os dados do IBGE mostram que depois de cair por três trimestres seguidos, a taxa de desocupação na Bahia subiu 1,3% entre os meses finais do ano passado e os três primeiros meses de 2024, chegando aos 14%. No primeiro trimestre de 2023, o desemprego na Bahia estava em 14,4%, caindo para 13,4% no segundo trimestre, 13,2% no terceiro e fechando o ano com 12,7% no último. 

 

Apesar do crescimento da taxa de desocupação neste primeiro trimestre, o resultado revelado pelo IBGE ainda é menor do que o verificado no mesmo período do ano passado na Bahia.

 

Na comparação entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024, o índice de desocupação no mercado de trabalho recuou em seis estados e no DF. O desemprego está menor no Amapá (de 14,2% para 10,9%), em Mato Grosso (de 3,9% para 3,7%), em Rondônia (de 3,8% para 3,7%), no Ceará (de 8,7% para 8,6%), em Sergipe (de 11,2% para 10%), no Piauí (de 10,6% para 10%) e no DF (de 9,6% para 9,5%). 

 

Em outro recorte da Pnad Contínua, o IBGE mostra que no primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio habitual no Brasil foi estimado em R$ 3.123, crescendo tanto em relação ao 4º trimestre de 2023 (R$ 3.077) quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004). Na Bahia, o rendimento médio dos trabalhadores subiu de R$ 1.988 verificados no último trimestre de 2024 para R$ 2.100 nos três primeiros meses de 2024, um aumento de 5,6%.

 

Na comparação trimestral, apenas a região Sul (R$ 3.401) apresentou crescimento, enquanto as demais regiões tiveram estabilidade nos resultados. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o rendimento cresceu no Norte, Sudeste e Sul, com as demais regiões em situação de estabilidade.

 

Segundo o IBGE, a massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi de R$ 308,3 bilhões, estável ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões) e maior do que no 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões). Todas as regiões tiveram aumento da massa de rendimento em ambas as comparações.

 

A pesquisa mostrou ainda que no primeiro trimestre de 2024, todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções. Entre as pessoas que procuravam trabalho por dois anos ou mais, o contingente caiu 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, indo de 2,2 milhões para 1,9 milhões. 

 

A Pnad Contínua também revela que as taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto. Todos esses grupos ficaram acima da média nacional (7,9%). No primeiro trimestre, essa taxa foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres.

 

Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,2%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (9,7%) e a dos pardos (9,1%) ficaram acima. Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 13,9%. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

 

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
 

Com alta em medicamentos e alimentos, inflação acelera para 0,38%; Salvador foi a 3ª capital com maior índice
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Após registrar 0,16% em março, a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou e fechou o mês de abril em 0,38%. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que projetava um índice entre 0,33% a 0,35% para o período. 

 

Apesar da alta em abril, no acumulado da inflação nos últimos 12 meses houve redução no indicador. De acordo com o IBGE, o IPCA fechou abril com resultado de 3,69% no acumulado de 12 meses, contra 3,93% verificados no mês anterior. 

 

O índice de 0,38% apurado pelo IBGE para o mês de abril também ficou abaixo do que havia sido registrado no mesmo período do ano passado: naquele mês, a inflação oficial chegou a 0,61%. Neste ano de 2024, o índice inflacionário alcançou 1,80%. 

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do IPCA, sete tiveram alta no mês de abril. Os grupos que registraram os maiores impactos no índice foram Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Alimentação e bebidas (0,70%), com 0,15%. 

 

Na sequência dos grupos com maiores altas, tanto Vestuário (0,55%) como Transportes (0,14%) contribuíram com 0,03% na composição do índice de abril. Os demais grupos pesquisados ficaram entre o -0,26% de Artigos de residência e o 0,48% de Comunicação.

 

No grupo Saúde e cuidados pessoais, a maior contribuição (0,10%) saiu dos aumentos de preços de produtos farmacêuticos (2,84%), após a autorização do reajuste de até 4,50% para os medicamentos, a partir de 31 de março. Destacam-se as altas do antidiabético (4,19%), do anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e do hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).

 

Em Alimentação e bebidas, pesou na composição do IPCA a alimentação no domicílio, que acelerou de 0,59% em março para 0,81% em abril. Foram observadas altas nos preços do mamão (22,76%), da cebola (15,63%), do tomate (14,09%) e do café moído (3,08%).

 

Nos índices das 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, somente Fortaleza (-0,15%) registrou queda de preços no mês de abril, principalmente por conta do recuo na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-3,80%). Já a maior variação ocorreu em Aracaju (0,78%), influenciada pelas altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).   

 

Depois de ter registrado aumento de preços de 0,16%, a cidade de Salvador verificou aceleração da inflação em abril, fechando o mês com índice de 0,63%, o terceiro maior entre as capitais pesquisadas e bem acima da média nacional, de 0,38%. 

 

No resultado dos últimos 12 meses, entretanto, a capital baiana tem uma inflação de 3,49%, abaixo da média do país, que ficou em 3,69%. Com a aceleração verificada em abril, o IPCA de Salvador no ano chegou a 1,90%, acima do total nacional, que foi de 1,80%. 
 

Industria baiana registra aumento de 3,3% no primeiro trimestre do ano
Foto: Reprodução / SEI-Bahia

A produção industrial baiana registrou uma sequência de aumentos no primeiro trimestre do ano, somando 3,3% ao total. No indicador acumulado dos últimos 12 meses, teve acréscimo de 0,1% em relação ao mesmo período anterior. Especialmente em março de 2024, a produção industrial, incluindo transformação e extrativa mineral, da Bahia registrou aumento de 0,5% em comparação ao mês imediatamente anterior, após ter registrado avanço em fevereiro, com taxa de 1,4%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 3,4%. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

O segmento de Derivados de petróleo (-8,6%) registrou a maior contribuição negativa, devido à redução na produção de óleo combustível, gasolina e GLP. Outros segmentos que registraram queda foram: Metalurgia (-31,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (-20,4%), Produtos de minerais não metálicos (-15,9%), Bebidas (-6,4%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,6%) e Produtos químicos (-0,3%). Por sua vez, o segmento de Celulose, papel e produtos de papel (32,4%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de pasta química de madeira. Outros resultados positivos no indicador foram observados em Indústrias extrativas (27,7%), Produtos alimentícios (4,6%) e Produtos de borracha e material plástico (4,7%). 

 

No primeiro trimestre de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, a indústria baiana apresentou crescimento de 3,3%, com oito das 11 atividades pesquisadas assinalando crescimento da produção. O setor de Derivados de petróleo (5,4%) registrou a maior contribuição positiva, graças ao aumento na produção de gasolina, óleo diesel e querosene de aviação. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Indústrias extrativas (36,3%), Celulose, papel e produtos de papel (9,1%), Produtos de borracha e de material plástico (7,6%), Produtos alimentícios (2,9%), Bebidas (2,7%), Produtos químicos (2,0%) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,9%). Por sua vez, o segmento de Metalurgia (-23,4%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e ferrocromo. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Produtos de minerais não metálicos (-12,2%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-3,4%).

 

No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana manteve-se estável com taxa de 0,1%. Quatro segmentos da indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para Derivados de petróleo (4,4%) com a maior contribuição positiva no indicador. Outros segmentos que registraram aumento foram: Produtos alimentícios (10,8%), Couro, artigos para viagem e calçados (5,0%), Produtos de borracha e material plástico (0,2%). Em contrapartida, os resultados negativos no indicador foram observados em Produtos químicos (-8,6%), Indústria extrativa (-6,0%), Metalurgia (-11,0%), Celulose, papel e produtos de papel (-1,2%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,2%) e Produtos de minerais não metálicos (-9,6%).

Vendas do varejo baiano registram alta de 3,1% em março, aponta SEI
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

As vendas do comércio varejista baiano cresceram 3,1% em março de 2024 na comparação com o mês de fevereiro. Já no indicador nacional houve estabilidade (0,0%), considerando a mesma base de comparação. Com relação a igual mês do ano anterior, a Bahia apresentou a taxa expressiva de 11,1%, segundo melhor dentre os estados, e 17ª taxa positiva consecutiva. No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas expandiram em 5,7%. 

 

Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

No trimestre, as variações também foram positivas em 11,4% e 5,9%, respectivamente no âmbito estadual e federal. A expansão nas vendas do varejo nesse período revela que o setor segue influenciado por fatores positivos como juros mais baixos, mercado de trabalho mais forte e transferências governamentais.

 

Em relação ao ano anterior, as vendas foram influenciadas por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o setor. Nesse mês houve desaceleração na elevação dos preços para o grupo Alimentos e bebidas.

 

De acordo com os dados do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou nos meses de fevereiro e março de 2024 as taxas de 0,95% e 0,53%, respectivamente. Também contribuiu a comemoração da Semana Santa, que neste ano ocorreu em março, ao invés de abril como verificado em 2023.

 

Por atividade, os dados revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (19,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,9%), Móveis e eletrodomésticos (4,9%) e Combustíveis e lubrificantes (0,8%).

 

Tecidos, vestuário e calçados (-16,5%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-28,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-37,9%) registraram taxas negativas. No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e Eletrodomésticos cresceram 21,6%, 6,5%, e 4,2%, respectivamente. 

 

Depois do segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, exerceram as maiores influências positivas Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. 

 

Outros artigos de uso pessoal é o segundo a influenciar as vendas no varejo baiano. Após sofrer os impactos de uma crise contábil em algumas empresas grandes atuantes no mercado que levou ao fechamento de lojas físicas, essa atividade que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc, registra pelo terceiro mês consecutivo comportamento positivo, tendo no mês de março a taxa expressiva de 22,9%, influenciado pelas vendas dos ovos de Páscoa.

 

O terceiro a influenciar as vendas do setor foi Artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos. O seu desempenho decorre da fraca base de comparação, uma vez que em igual mês do ano passado a taxa foi negativa (-0,1%).  Além disso, houve desaceleração no grupo Saúde e cuidados pessoais.

Bahia registra aumento de 3,6% no número de famílias com insegurança alimentar leve entre 2018 e 2023
Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

A Bahia registrou um aumento de 3,6% no número de famílias com insegurança alimentar leve, entre 2018 e 2023. Os números foram divulgados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (25). De acordo com o levantamento, a porcentagem representa mais 47 mil residências que enfrentam o problema. 

 

Com o novo dado, 1,346 milhão de domicílios do estado, cerca de 24,3% dos domicílios do estado passam pela dificuldade. A problemática afeta 4,1 milhões de pessoas na Bahia, um total de 26,9% da população. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 45,3% das casas baianas sofriam algum grau de insegurança alimentar.

 

Já o número de domicílios com algum grau de insegurança alimentar no estado obteve um aumento, de 0,04%, passando de 2,221 milhões, em 2018, para 2,222 milhões em 2023 (+ 1.000 residências). Isso significa que, no ano passado, em 2,222 milhões de residências na Bahia (de um total de 5,548 milhões) havia desde uma preocupação ou incerteza quanto a ter regularmente alimentos na quantidade necessária (insegurança leve) até a efetiva redução quantitativa e falta de comida (insegurança moderada), podendo chegar à ocorrência de fome (insegurança grave).

 

Apesar de o número absoluto de domicílios com algum grau de insegurança alimentar ter tido leve aumento no estado, o total de pessoas que viviam em residências nessa condição caiu 13,9%, de 7,387 milhões, em 2018, para 6,360 milhões em 2023 (menos 1,027 milhão de pessoas), mas ainda representavam 42,2% da população.

 

DADOS NO PAÍS 

No Brasil como um todo, a proporção de domicílios com insegurança alimentar também voltou a cair em 2023, na comparação entre 2017 e 2018. Em cinco anos, o índice passou de 36,7% para 27,6%. Apesar da queda, ainda está acima do resultado de 2013 (22,6%, o menor da série histórica).

 

Entre 2018 e 2023, o percentual de domicílios com algum grau de insegurança alimentar caiu em quase todos os estados brasileiros. A única exceção foi Sergipe, onde essa proporção cresceu de 48,5% em 2017-2018 para 49,2% em 2023.

Renda bate recorde com emprego aquecido e Bolsa Família ampliado em 2023, aponta IBGE
Foto: Arquivo / Agência Brasil

A renda média domiciliar per capita (por pessoa) subiu a R$ 1.848 por mês no Brasil em 2023. É o maior patamar de uma série histórica iniciada em 2012, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a 2022 (R$ 1.658), o rendimento teve alta de 11,5%. O recorde anterior da série havia sido alcançado em 2019 (R$ 1.744), antes da pandemia de Covid-19.

 

Os dados, ajustados pela inflação, integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua: Rendimento de Todas as Fontes 2023. De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, o levantamento vai além do mercado de trabalho e também traz informações de recursos obtidos pela população por meio de iniciativas como aposentadorias, pensões, programas sociais e aluguel.

 

O ano de 2023 marcou o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa do IBGE, um dos fatores por trás do recorde da renda per capita foi o aquecimento do mercado de trabalho, com mais pessoas ocupadas e aumento de salários.

 

Outras fontes também contribuíram para o avanço do indicador, incluindo aluguel e programas sociais como o Bolsa Família, diz o pesquisador. "Além do crescimento do benefício médio desse programa, houve expansão do percentual de domicílios beneficiados."

 

Conforme o IBGE, as transferências de renda do Bolsa Família, substituto do Auxílio Brasil, chegaram a 19% dos domicílios do país em 2023 –quase um em cada cinco lares. É o maior percentual da série histórica iniciada em 2012. Fontes aponta que o ganho real do salário mínimo também pode explicar o comportamento da renda per capita.Nesse sentido, o pesquisador lembra que o salário mínimo influencia não apenas o rendimento do trabalho. Também impacta aposentadorias, pensões e benefícios como o BPC/Loas –pago a pessoas com deficiência e de baixa renda.

 

RANKING

No ano passado, a renda média per capita avançou nas cinco grandes regiões do país. O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.237), e o Nordeste, o menor (R$ 1.146).

 

No recorte das unidades da federação, o Distrito Federal aparece no topo do ranking. O rendimento per capita local foi de R$ 3.215, seguido pelos resultados de São Paulo (R$ 2.414), Rio de Janeiro (R$ 2.305), Rio Grande do Sul (R$ 2.255) e Santa Catarina (R$ 2.224).

 

O Maranhão, por outro lado, registrou a menor renda per capita do país –a única abaixo de R$ 1.000. O valor local foi de R$ 969. Acre (R$ 1.074), Pernambuco (R$ 1.099), Alagoas (R$ 1.102) e Bahia (R$ 1.129) vêm na sequência.

 

RENDIMENTO

No Brasil, o rendimento de todos os trabalhos respondeu por 74,2% da composição da renda média domiciliar per capita em 2023. É a maior participação entre as fontes investigadas pela pesquisa, embora tenha ficado levemente abaixo da registrada em 2022 (74,5%).

 

Já as aposentadorias e pensões responderam por 17,5% da composição da renda per capita no ano passado, também abaixo de 2022 (18,1%). Enquanto isso, a categoria de outros rendimentos, que inclui os programas sociais, ganhou participação. Esse grupo respondeu por 5,2% da composição da renda em 2023, acima dos 4,6% do ano anterior.

Safra de grãos na Bahia deste ano deve ser 6,8% menor na comparação com 2024, estima IBGE
Foto: Wenderson Araújo / CNA

 

A produção de cereais, oleaginosas e leguminosas deve ser 11,3 milhões de toneladas para 2024, o que representa um recuo de 6,8% na comparação com a safra de 2023 – que registrou o melhor resultado da série histórica. Os dados constam no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de março, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

As áreas plantada e colhida estão estimadas em 3,55 milhões de hectares (ha), com avanço de 0,6% em relação à safra de 2023. Assim, o rendimento médio esperado (3,19 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia é estimado em 7,3% a menos na mesma base de comparação.

 

A produção de algodão (caroço e pluma) está estimada em 1,78 milhão de toneladas, que representa aumento de 2,4% em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra aumentou 4,1%, alcançando 379 mil ha em relação à safra de 2023. O volume de soja a ser colhido pode alcançar 7,35 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 2,8% sobre o verificado em 2023. A área plantada com a oleaginosa no estado está projetada em aproximadamente 2,0 milhões de ha.

 

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 2,42 milhões de toneladas, o que também representa declínio de 21,7% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 18,5% em relação à estimativa da safra anterior de 698 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,74 milhão de toneladas, 25,8% abaixo do que foi observado em 2023. Já o prognóstico para a segunda safra é de um recuo de 8,6% em relação à colheita anterior, totalizando 681 mil toneladas.

 

Para lavoura do feijão espera-se avanço de 1,0%, na comparação com a safra de 2023, totalizando 241 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 419 mil ha plantados, 0,5% maior que a da safra anterior. Estima-se que a primeira safra da leguminosa (143 mil toneladas) seja 0,5% inferior à de 2023, e que a segunda safra (98 mil toneladas) tenha uma variação positiva de 3,2%, na mesma base de comparação.

 

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,54 milhões de toneladas, revelando aumento de 1,4% em relação à safra 2023. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 123 mil toneladas, apontando um avanço de 2,7% na comparação com a do ano anterior.

 

Em relação ao café, está prevista a colheita de 270 mil toneladas este ano, 9,4% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 116 mil toneladas, com variação anual de 15,7%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 153 mil toneladas, 5,1% acima do nível do ano anterior.

 

As estimativas para as lavouras de banana (920 mil toneladas), laranja (628 mil toneladas) e uva (62 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 0,7%,      -1,0% e -5,4%, em relação à safra anterior.

 

O levantamento ainda indica uma produção de 925 mil toneladas de mandioca, 1,4% menor à de 2023. A produção de batata-inglesa, estimada em 335 mil toneladas, apresenta acréscimo de 0,9%; e a do tomate, estimada em 182 mil toneladas, aponta alta de 1,5% na comparação com a do ano anterior.

Inflação desacelera em março para 0,16%; Salvador tem forte queda de preços na comparação com fevereiro
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O governo do presidente Lula recebeu uma boa notícia do IBGE na manhã desta quarta-feira (10): a inflação oficial brasileira teve uma forte desaceleração em relação a fevereiro, e registrou alta de 0,16%. O resultado ficou 0,67% abaixo do mês de fevereiro, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou 0,83%. 

 

Segundo o IBGE, a inflação acumulada no ano está em 1,42%. Nos últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%. Em março de 2023, o índice havia sido de 0,71%, com uma queda pequena em relação a fevereiro, quando a inflação oficial havia chegado a 0,84%.

 

Nas avaliações regionais, a cidade de Salvador registrou inflação de 0,16% em março, com uma queda bem acentuada em relação ao aumento de preços de 0,96% de fevereiro deste ano. No ano, a inflação na capital baiana é de 1,26%, abaixo da média para o país, que ficou em 1,42%.

 

Em relação aos últimos 12 meses, a inflação oficial de Salvador ficou em 3,36%, bem abaixo dos 3,93% da média nacional. Dentre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, apenas quatro cidades registraram inflação no período de 12 meses menor da apresentada pela capital da Bahia. 

 

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE para a composição do índice oficial de inflação, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. O item de Alimentação e bebidas, um dos que mais vem causando preocupação para o presidente Lula, foi o que registrou o maior impacto (0,11%) e a maior variação (0,53%), embora a alta tenha ficado bem abaixo do aumento de preços que havia sido registrado em fevereiro (0,95%). 

 

A alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%). 

 

“Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, explicou o gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida. “O caso do ovo de galinha tem uma explicação própria: tratou-se de um período em que uma parcela da população faz a opção de não comer carne por questões religiosas, aumentando a demanda dessa proteína”, detalhou André Almeida.

 

Em relação à alimentação fora do domicílio, também houve desaceleração, com o indicador caindo de 0,49% em fevereiro para 0,35% em março. Já o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%).

 

O grupo Transportes revelou uma forte queda, dos 0,72% registrados em fevereiro para 0,33% em março. O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para 0,21%. Entre os combustíveis (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve alta, de 0,55%. Já gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços.

 

“Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”, justifico o pesquisador do IBGE. 
 

Indústria baiana registra aumento de 1,8% entre janeiro e fevereiro e de 6,1% frente a fevereiro de 2023
Foto: Divulgação / SEI

A Bahia registou, em fevereiro de 2024, um aumento de 1,8% na produção industrial (transformação e extrativa mineral), frente ao mês de janeiro, após ter registrado avanço de 1,9% no último. Em comparação com fevereiro de 2023, a indústria baiana cresceu cerca de 6,1%. É o que aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

No primeiro bimestre de 2024, o setor cresceu 7,1% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses teve acréscimo de 0,6%, em relação ao mesmo período anterior. Segundo a pesquisa, o referido crescimento de 6,1% teve contribuição de nove das 11 atividades pesquisadas. O setor de Derivados de petróleo (7,9%) registrou a maior contribuição, graças ao aumento na produção de gasolina, querosene de aviação e parafina. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Extrativa (54,6%), Produtos alimentícios (8,2%), Borracha e material plástico (14,0%), Couro, artigos para viagem e calçados (13,7%), Produtos químicos (2,4%), Bebidas (7,6%), Celulose, papel e produtos de papel (1,7%) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,6%). 

 

O segmento de Metalurgia, por sua vez, exerceu a principal influência negativa no período, com queda de -25,8%, devido à menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre; ouro; e ferrocromo. Outro resultado negativo no indicador foi observado no segmento de Minerais não metálicos, com -10,5%.    

Bahia tem 2º maior no número de divórcios no Brasil; números de casamentos caem
Foto: Freepik

Os divórcios seguiram em alta em 2022, tanto na Bahia quanto em Salvador, mostrando um segundo ano de aumento, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgada nesta quarta-feira (27), pelo IBGE.


No estado, foram registrados 23.712 divórcios judiciais ou por escrituras em 2022, número 23,2% superior ao de 2021 (19.244), que já havia sido 21,3% maior do que o registrado em 2020 (15.864). O aumento, entre 2021 e 2022, representou mais 4.468 divórcios realizados em um ano, no estado.


Com isso, o total de dissoluções na Bahia, em 2022, foi o maior em 4 anos e o segundo mais elevado nos 13 anos da série histórica recente das Estatísticas do Registro Civil para esse indicador, iniciada em 2009 - só ficando abaixo do número registrado em 2018 (24.952).


O crescimento percentual no total de divórcios na Bahia ficou bem acima do verificado no Brasil como um todo, onde o número de dissoluções aumentou 8,6% frente a 2021, chegando a 420.039. A Bahia teve a 7ª maior taxa de crescimento (23,2%) e o 2º maior aumento em termos absolutos de divórcios (4.468), menor apenas do que o verificado em São Paulo (5.898).


Em Salvador, foram registrados 4.849 divórcios judiciais ou por escritura em 2022, 43,8% a mais do que em 2021, quando o total já havia crescido 24,8% frente a 2020. Este segundo avanço representou mais 1.523 dissoluções em um ano.


O aumento dos divórcios contribui para a diminuição do tempo médio de duração dos casamentos. Na Bahia, em 2009, as pessoas que se divorciavam tinham ficado casadas, em média, por 18,5 anos; em 2019, as uniões, no estado, duravam uma média de 15,2 anos; já em 2022, os casais que se divorciaram tinham ficado juntos por 14,9 anos, em média.


Ainda assim, a Bahia era o 7º estado em que os casamentos mais duravam, num ranking liderado por Rio Grande do Sul (16,8 anos), Piauí (16,6) e Rio Grande do Norte (16 anos). No outro extremo, os casamentos acabavam mais cedo no Acre (10,5 anos), Rondônia (10,9) e Mato Grosso do Sul (11,6 anos). No Brasil como um todo, os casamentos que acabaram em 2022 tinham durado, em média, 13,8 anos.


CASAMENTOS EM QUEDA

Depois de ter registrado crescimento recorde em 2021, o número de casamentos civis voltou a cair, tanto na Bahia quanto em Salvador, em 2022. Na Bahia, em 2022, foram realizados 60.534 casamentos civis, 0,9% a menos do que em 2021 (61.097), o que representou menos 563 uniões em um ano.


Em Salvador, a redução no total de casamentos, em 2022, foi ainda mais intensa: -8,2%, indo a 12.598, 1.128 a menos do que em 2021.


Entre 2021 e 2022, na Bahia, embora os registros de casamentos entre mulheres e homens tenha caído, houve um aumento muito leve no número de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Já em Salvador, os casamentos entre pessoas de sexos diferentes diminuíram, e as uniões entre pessoas de mesmo sexo ficaram estáveis.


No estado, as uniões entre mulheres e homens, que representaram 99,5% do total, se reduziram em 0,9%, de 60.794 para 60.225 (menos 569). Já aquelas entre pessoas do mesmo sexo, bem menos numerosas, tiveram variação positiva de 2,0%, de 303 para 309 - apenas 6 casamentos a mais.


Esse incremento foi puxado exclusivamente pelos casamentos entre homens, que passaram de 118 para 124, entre 2021 e 2022. O número de uniões entre duas mulheres permaneceu o mesmo nos dois anos: 185.


Entre 2021 e 2022, em Salvador, os casamentos entre pessoas de sexos diferentes, 98,8% do total, caíram de 13.577 para 12.449, enquanto aqueles entre pessoas do mesmo sexo ficaram estáveis, em 149. As uniões entre mulheres cresceram, de 78 para 89 (14,1%), mas aquelas entre homens diminuíram, de 71 para 60 (-15,5%).

Menos estreias: 2022 registrou menor número de nascimentos de baianos em 26 anos
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A Bahia registrou em 2022 o menor número de nascimentos e registros de bebês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 173.686 baianos foram registrados no estado, o número é o menor em 26 anos, quando em 1996 173.087 crianças nasceram e foram registradas. A quantidade caiu no estado pelo quarto ano consecutivo. 

 

O número também é menor comparado a 2021, quando haviam nascido 184.430 pessoas, onde houve uma queda de 5,8% no número de registros na Bahia. Foi também a taxa de recuo mais intensa em 26 anos, desde os -6,3% de 1996. Isso representou menos 10.744 nascimentos em um ano. 

 

A redução em números absolutos (-10.744), na Bahia, foi a maior entre os estados, no período, enquanto a taxa de recuo (-5,8%) foi a 8ª mais expressiva. Entre 2021 e 2022, houve queda no total de nascimentos no Brasil como um todo e em 25 das 27 unidades da Federação.

 

Foram registrados no país 2.542.298 nascimentos em 2022, 93.556 a menos do que no ano anterior (-3,5%). Acima da Bahia, São Paulo (-10.658 nascimentos no período) e Maranhão (-8.877) mostraram as maiores reduções absolutas. Já Paraíba (-9,9%), Maranhão (-8,5%) e Sergipe (-7,8%) apresentaram as taxas de recuo mais intensas. Apenas Santa Catarina (+1.960 nascimentos entre 2021 e 2022, ou +2,0%) e Mato Grosso (+1.024 nascimentos ou +1,8%) tiveram altas nos números de crianças nascidas entre 2021 e 2022.

 

MUNICÍPIOS

O número de crianças nascidas também seguiu em queda em Salvador, mostrando o 5º recuo anual consecutivo. Em 2022, nasceram e foram registradas 27.037 pessoas na capital baiana, um número 5,3% mais baixo que o de 2021, com menos 1.508 nascimentos de um ano para o outro.

 

O total de crianças nascidas e registradas em Salvador em 2022 bateu o recorde anterior (de 2021) e foi o menor em 48 anos, desde 1974, início da série das Estatísticas do Registro Civil, quando 28.787 pessoas haviam nascido e sido registradas no mesmo ano.

 

Entre 2021 e 2022, 26 das 27 capitais apresentaram recuos nos números de nascimentos registrados. As maiores reduções em termos absolutos ocorreram em São Paulo/SP (menos 4.333 nascimentos), Rio de Janeiro/RJ (-3.432) e Brasília/DF (-2.030 (-1.341). Salvador ficou em 4º lugar. Já em termos percentuais, João Pessoa/PB (-11,2%), São Luís/MA (-8,7%) e Aracaju/SE (-7,0%) lideraram, e Salvador teve a 7ª taxa. Só Florianópolis/SC teve alta (+3,2% ou +187 nascimentos).

 

O número de crianças nascidas também seguiu em queda em Salvador, mostrando o 5º recuo anual consecutivo. Em 2022, nasceram e foram registradas 27.037pessoas na capital baiana, um número 5,3% mais baixo que o de 2021, com menos 1.508 nascimentos de um ano para o outro.

 

O total de crianças nascidas e registradas em Salvador em 2022 bateu o recorde anterior (de 2021) e foi o menor em 48 anos, desde 1974, início da série das Estatísticas do Registro Civil, quando 28.787 pessoas haviam nascido e sido registradas no mesmo ano.

 

Entre 2021 e 2022, 26 das 27 capitais apresentaram recuos nos números de nascimentos registrados. As maiores reduções em termos absolutos ocorreram em São Paulo/SP (menos 4.333 nascimentos), Rio de Janeiro/RJ (-3.432) e Brasília/DF (-2.030 (-1.341). Salvador ficou em 4º lugar. Já em termos percentuais, João Pessoa/PB (-11,2%), São Luís/MA (-8,7%) e Aracaju/SE (-7,0%) lideraram, e Salvador teve a 7ª taxa. Só Florianópolis/SC teve alta (+3,2% ou +187 nascimentos).

IPCA-15: prévia da inflação desacelera em março, mas preços de alimentos e bebidas continuam com forte alta
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Nas últimas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e auxiliares para pedir estratégias e ações que levassem à redução no preço dos alimentos e produtos básicos. Para o governo, a queda na aprovação do presidente, atestada por diversas pesquisas divulgadas neste mês de março, teria como uma das causas “o preço daquilo que vai na mesa do povo trabalhador”, como dito pelo próprio Lula.

 

Na manhã desta terça-feira (26), o Palácio do Planalto tem motivos para manter sua preocupação em atuar para reduzir os preços de alimentos e produtos. O IBGE divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), e os números mostram que a taxa de inflação continua sendo pressionada pelo grupo de Alimentação de Bebidas.

 

De acordo com o IBGE, a prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19% no índice geral. 

 

Apesar da forte queda no IPCA-15 entre fevereiro e março, a redução no aumento de preços dos alimentos foi baixa. O relatório do indicador no mês de fevereiro mostrou um aumento no grupo Alimentação e bebidas da ordem de 0,97%, apenas um pouco acima dos 0,91% verificados agora em março pelo IBGE.

 

Dentre os itens pesquisados no grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). 

 

Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). Já a alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

 

O resultado do IPCA-15 veio acima das expectativas do mercado financeiro. As expectativas eram de alta de 0,31% em março, chegando a 4,10% em 12 meses. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%. Na avaliação dos últimos 12 meses, o indicador acumulou alta de 4,14%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43% e 0,09%.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08%). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

 

Entre as capitais pesquisas, Salvador teve resultado de 0,23% em março, abaixo da média nacional de 0,36% no mesmo período. A capital baiana só perdeu para Goiânia (0,14% entre as cidades com menor aumento de preços no mês de março. Em 12 meses, a inflação em Salvador está em 3,53%, também abaixo da média nacional, de 4,14% no mesmo período. 
 

Nº de jovens estudantes na BA chega ao menor patamar desde 2016 após queda pelo 3º ano seguido, aponta IBGE
Foto: Antonio Queirós/GOVBA

A proporção de jovens de 18 a 24 anos que estudavam na Bahia, no ano passado, apresentou queda pelo 3º ano seguido, chegando ao menor patamar desde 2016. Entre 2022 e 2023 houve recuou de 30,4% para 29,9% desses jovens. Além disso, a proporção de pessoas que frequentavam creche, escola ou universidade na Bahia, independentemente da idade (taxa de escolarização), também seguiu em queda, chegando a 27,5%.

 

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Os dados são do módulo de Educação, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado do abandono precoce dos estudos, em 2023 a Bahia seguia como o estado com a menor proporção de jovens de 18 a 24 anos na universidade (17,1%) e passou também a ter o menor percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade com ensino superior (11,9%), no país.

 

O IBGE ainda aponta que, pelo segundo ano consecutivo, no estado, diminuiu a proporção de pessoas de 6 a 14 anos estudando em um nível adequado à sua idade (taxa de frequência escolar líquida), chegando ao menor patamar da série histórica. A queda foi concentrada nas crianças entre 6 e 10 anos, que cursavam os anos iniciais do Ensino Fundamental.

 

No entanto, em 2023, a média de anos de estudo (8,6) ficou estável na Bahia, mas não chegava ao Fundamental completo, e 53,2% dos adultos no estado não concluíram o Ensino Básico (Fundamental e Médio). Por outro lado, no ano passado, o número de pessoas analfabetas e a taxa de analfabetismo seguiram em discretos recuos no estado, chegando aos menores níveis na série histórica.

 

Entre 2022 e 2023, a proporção de pessoas de 15 a 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, na Bahia, também se reduziu, passando de 25,3% para 24,4%. Confira a tabela divulgada pelo IBGE:

 

 

COMPARAÇÃO NACIONAL

No Brasil como um todo, a taxa de escolarização também variou negativamente entre 2022 (27,2%) e 2023 (27,1%), mas numa intensidade menor do que na Bahia. Houve recuos em 15 das 27 unidades da Federação, e a redução baiana foi a 9ª maior.  No ano passado, no país, frequentavam a escola 38,7% das crianças de 0 a 3 anos; 92,9% na faixa de 4 a 5 anos; 99,4% das pessoas de 6 a 14 anos; 91,9% dos adolescentes de 15 a 17 anos; 30,5% dos jovens de 18 a 24 anos e 5,0% dos adultos de 25 anos ou mais.

IBGE revela que mais de 9 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos não trabalhavam e nem estudavam em 2023
Foto: Agência de Notícias IBGE

No ano de 2023, no Brasil, mais de 9 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos se encontravam na situação de não estudar e não trabalhar, não estudavam e nem trabalhavam, e dentre esse grupo, mulheres (25,6%) e pessoas pretas e pardas (22,4%) representam a maior porcentagem desse contingente. Essa informação está presente no módulo anual sobre Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, divulgado na manhã desta sexta-feira (22). 

 

De acordo com o relatório do IBGE, no ano de 2023, a população brasileira na faixa etária de 15 a 29 anos chegou a 48,5 milhões de pessoas, e 15,3% delas estavam ocupadas e estudando. Já o contingente de jovens que não estavam ocupados e estudando no ano passado chegou a 19,8% do total, e outros 25,5% não estavam ocupadas, porém estudavam, assim como 39,4% estavam ocupadas e não estudavam. 

 

Cerca de 25,6% das mulheres não estavam ocupadas, nem estudando ou se qualificando, enquanto 14,2% dos homens estavam nessa condição. Por outro lado, a proporção dos homens que apenas trabalhavam (47,3%) superava a das mulheres (31,3%) nessa condição.

 

Entre as pessoas brancas, 18,4% trabalhavam e estudavam, percentual maior que o das pessoas pretas ou pardas (13,2%). Por outro lado, o percentual de pretos ou pardos que não estudavam e não estavam ocupados (22,4%) foi bem superior ao dos brancos (15,8%) nessa condição.

 

“A proporção de jovens que não trabalham e também não estudam permanece muito elevada no Brasil, representando 19,8% da população brasileira. A taxa diminuiu em comparação aos últimos anos, mas ainda é um desafio para o país”, afirma Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE e coordenador da pesquisa.

 

O estudo do IBGE revela que as taxas de educação estão crescendo no Brasil desde o ensino básico até o ensino superior, mas o desafio da educação no país ainda continua. A Pnad Contínua mostra que apenas 19,7% da população tem ensino superior completo e o analfabetismo ainda é uma realidade, assim como cerca de 54,5% da população de 25 anos ou mais de idade tinha pelo menos o Ensino Básico obrigatório em 2023.

 

“Como destacado do estudo, mulheres e a população negra são a maioria. É um reflexo das desigualdades sociais e das dificuldades que se apresentam para essa parte da população. Muitos abandonam o ensino formal na busca de oportunidade de emprego, no entanto, enfrentam barreiras para inserção no mercado de trabalho”, diz o analista Jefferson Mariano, que reforça a necessidade de se avançar em políticas públicas voltadas para atender a essa parcela da população.

 

Analfabetismo ainda presente

 

No Brasil, é considerado alfabetizado quem sabe ler e escrever um bilhete simples. Segundo a PNAD, em 2023 havia 9,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que eram analfabetas no Brasil. Considerando o recorte por região, o Nordeste ainda segue com a maior porcentagem de brasileiros que não sabem ler e escrever (dados de 2023) entre pessoas com 15 anos ou mais: Nordeste: 11,2%; Norte: 6,4%; Sudeste: 2,9%; Sul: 2,8%; Centro-Oeste: 3,7%.

 

Quando o recorte é 60 anos ou mais, é possível ver uma aproximação da taxa de analfabetismo entre as regiões Norte e Nordeste: Norte: 22%; Nordeste: 31,4%; Sudeste: 8,5%; Sul: 8,8%; Centro-Oeste: 13,6%.

Com alta de 6,2% em janeiro, varejo baiano registra segundo maior crescimento do país, aponta SEI
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Com expansão de 6,2% no primeiro mês de 2024 em relação ao mês de dezembro do ano passado, o comércio varejista baiano obteve o segundo resultado mais expressivo entre os estados da federação, superior à taxa nacional (2,5%) e também o maior crescimento do varejo da Bahia desde 2017. 

 

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Os dados constam na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com o mês de janeiro do ano passado, a Bahia apresentou crescimento de  11,8%, terceira maior entre os estados, sendo o décimo quinto mês consecutivo no azul.

 

No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas cresceram 4,1%. No acumulado dos últimos meses, as variações também foram positivas em 5,5%, âmbito estadual, e 1,8% no federal. Em janeiro, a alta verificada nas vendas reflete a amenização da pressão dos preços em setores ligados ao consumo, como os ramos de hiper e supermercados, combustíveis e lubrificantes e artigos farmacêuticos.

 

Já em relação a 2023, a expansão nas vendas do varejo em janeiro revela que o setor segue influenciado por fatores positivos como juros mais baixos, mercado de trabalho mais forte, transferências governamentais, inflação controlada e melhora do nível de endividamento. Por atividade, em janeiro de 2024, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de janeiro de 2023, revelam que sete dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo.

 

SETORES

O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de:

 

  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (102,0%)
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,8%)
  • Combustíveis e lubrificantes (11,3%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,6%)
  • Móveis e eletrodomésticos (2,4%)
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (0,3%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-33,3%) - sendo o único a registrar retração. 

 

No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e Eletrodomésticos cresceram 18,1%, 3,9% e 1,2%, respectivamente.  Na série sem ajuste sazonal (comparação com janeiro de 2023), o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Combustíveis e lubrificantes e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos exerceram as maiores influências positivas para o setor. 

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo segmento de maior peso para o indicador de volume de vendas do comércio varejista manteve crescimento nas vendas pelo oitavo mês consecutivo. Esse comportamento é influenciado pela menor pressão dos preços e aumento da massa real de rendimento.

 

Combustíveis e lubrificantes volta a registrou o segundo melhor desempenho no mês analisado. O seu comportamento foi influenciado pela queda verificada nos preços dos combustíveis, principalmente para os preços da gasolina que registrou deflação de -0,93% de acordo com o IPCA de janeiro.

 

O terceiro a influenciar as vendas do setor foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. O seu desempenho decorre da fraca base de comparação, uma vez que em igual mês do ano passado a taxa foi negativa em -8,0%.  

Inflação acelera em fevereiro com alta na área de educação e Salvador tem terceiro maior índice entre capitais pesquisadas
Foto: Alexandre Campbell / Agência Brasil

Graças aos aumentos de preços das despesas escolares, típicas do período, a inflação oficial no Brasil acelerou e chegou a 0,83% em fevereiro, bem acima do resultado verificado em janeiro deste ano (0,42%). Foi o que revelou nesta terça-feira (12) o IBGE, ao divulgar os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que marca a inflação oficial do país. 

 

De acordo com o IBGE, o IPCA em 2024 já soma 1,25%. E o índice de inflação acumulado permanece estável, atingindo agora 4,50% em 12 meses (estava em 4,51%). 

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, sete tiveram alta no mês de fevereiro. A maior variação (4,98%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) vieram de educação. Outros destaques foram os grupos alimentação e bebidas (0,95% e 0,20%) e transportes (0,72% e 0,15%). Os demais grupos ficaram entre o -0,44% de vestuário e o 1,56% de comunicação.

 

“O resultado do IPCA se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, afirma o gerente da pesquisa, André Almeida. Segundo o estatístico, as maiores altas nos preços vieram do ensino médio (8,51%), ensino fundamental (8,24%), pré-escola (8,05%) e creche (6,03%).

 

Também tiveram aumento: curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%). Dessa forma, apenas o grupo Educação, com alta de 4,98% no mês passado, representou impacto de 0,29 ponto percentual na taxa geral.

 

Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu bem menos do que em janeiro: de 1,38% para 0,95%. Contribuíram para o resultado os aumentos de produtos como cebola (7,37%), batata inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e leite longa vida (3,49%).

 

Por outro lado, a alimentação fora do domicílio foi de 0,25%, no mês anterior, para 0,49%. Isso porque a refeição teve variação superior – de 0,17% para 0,67%. O lanche aumentou 0,25%, desacelerando.

 

Em Transportes (alta de 0,72%), o IBGE apurou aumentos em todos os combustíveis: etanol (4,52%), gasolina (2,93%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%). Já o táxi teve alta (0,64%), com reajustes no Rio de Janeiro, Salvador e em Belo Horizonte. Em contrapartida, os preços das passagens aéreas caíram: -10,71%, com impacto de -0,09 ponto.

 

Entre as regiões pesquisadas, a cidade de Salvador teve o terceiro maior índice de inflação entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE: 0,96%. O percentual em fevereiro ficou bem acima do que tinha sido verificado em janeiro, quando o IPCA da capital da Bahia havia sido de 0,13%.

 

Com a inflação em 0,96% no mês de fevereiro, Salvador só teve resultado melhor que Aracaju-SE (1,09%) e São Luís-MA (1,06%). No ano de 2024, a inflação da capital baiana está em 1,10%, e no resultado dos últimos 12 meses chegou a 3,65%. Apesar do aumento em fevereiro, o resultado da inflação nos últimos meses em Salvador ainda está bem abaixo da média nacional no mesmo período (4,50%). 
 

Estudo do IBGE revela que as mulheres estudam e trabalham mais e recebem 21% menos que os homens
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em 2022, o rendimento recebido pelas mulheres equivale a 78,9% dos homens, um quadro de desigualdade que vai piorando conforme aumenta a idade do grupo verificado. Em relação à ocupação, entre as mulheres de 25 a 54 anos, 63,3% estão ocupadas, enquanto entre os homens da mesma faixa etária, a taxa de ocupação é de 84,5%. Entre profissionais de ciências e intelectuais, o salário das mulheres representa apenas 63,3% do que recebem os homens.

 

Esses são alguns dos muitos dados apresentados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE com o estudo “Estatísticas do Gênero”. O instituto divulgou o estudo nesta manhã especialmente para o Dia Internacional da Mulher, com objetivo de mostrar o tamanho da desigualdade enfrentada pela mulher na sociedade brasileira. 

 

O levantamento mostra que no Brasil, as mulheres pretas ou pardas são mais afetadas pelas desigualdades na educação, no mercado de trabalho, na renda e na representatividade política do que as brancas. Elas dedicam mais tempo aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, têm menor taxa de participação no mercado de trabalho e menor percentual entre as ocupantes de cargos políticos. 

 

O estudo revela também que as mulheres pretas ou pardas representam a maior parte das vítimas de homicídios contra mulheres praticados fora do domicílio e têm maior percentual de pessoas em situação de pobreza.

 

Em 2022, as mulheres dedicaram quase o dobro de tempo que os homens aos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos. Essas tarefas consumiram 21,3 horas semanais delas contra 11,7 horas deles. 

 

O recorte por cor ou raça feito pelo IBGE também possibilita verificar essa diferença entre mulheres. As mulheres pretas ou pardas gastavam 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas. Já entre os homens não houve distinção significativa nesse recorte. Além disso, a diferença entre mulheres brancas e pretas ou pardas aumentou desde 2016, início da série histórica desse indicador.

 

Outro ponto do levantamento mostra que a presença de crianças de até seis anos de idade em casa desfavorece a participação das mulheres no mercado de trabalho, mas favorece os homens. Enquanto o nível de ocupação de mulheres que vivem com crianças nessa faixa etária cai para 56,6%, o de homens sobe para 89%. As pretas e pardas nessa situação são mais afetadas (51,7% de ocupação) que as brancas (64,2%).

 

De acordo com os pesquisadores, o tempo de dedicação das mulheres aos trabalhos domésticos não remunerados também influencia a jornada de trabalho cumprida por elas. Em 2022, 28,0% das mulheres ocupadas trabalhavam em tempo parcial (até 30 horas semanais), enquanto essa proporção era de 14,4% entre os homens. 

 

No estudo há também um recorte que mostra que o percentual era ainda maior entre as mulheres do Norte (36,9%) e do Nordeste (36,5%), além das pretas ou pardas (30,9%) quando comparadas às brancas (24,9%). A taxa de desocupação do total da população feminina (11,8%) também era maior que a dos homens (7,9%).

 

Outro dado ligado às características de inserção no mercado de trabalho é a maior taxa de informalidade delas (39,6%) em relação aos homens (37,6%). Esse tipo de ocupação, caracterizado pelo menor acesso aos direitos trabalhistas, também era mais presente entre pretos ou pardos do que entre a população branca. A diferença entre a taxa de informalidade das mulheres pretas ou pardas (45,4%) e dos homens brancos (30,7%) chegou a quase 15%.

 

O levantamento feito pelos pesquisadores do IBGE mostra que em 2022, a taxa de pobreza entre as mulheres pretas ou pardas foi de 41,3%, quase o dobro do percentual entre as brancas (21,3%). A mesma desigualdade similar é verificada entre os homens: em 2022, a taxa de pobreza foi estimada em 38,6% para os pretos ou pardos, acima da marca de 20,6% dos brancos.

 

As diferenças também aparecem na extrema pobreza. Em 2022, 8% das mulheres pretas ou pardas eram consideradas extremamente pobres no Brasil, mais do que o dobro do percentual entre as brancas (3,6%). Entre os homens, o mesmo indicador foi de 7,4% para pretos ou pardos. Também é mais do que o dobro da taxa de extrema pobreza dos brancos (3,4%).
 

PIB ficou em 2,9% no ano de 2023, puxado principalmente por recorde de crescimento da agropecuária
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

Com forte influência da atividade agropecuária e das atividades extrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo IBGE, por meio do seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

 

O indicador ficou dentro do que era aguardado pelos analistas de mercado, que projetavam um crescimento entre 2,9% e 3,1%. O Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por exemplo, apontava que a economia brasileira teria um crescimento de 3% em 2023. 

 

Os números apresentados pelo IBGE mostram que a agropecuária, com crescimento de 15,1% de 2022 para 2023, foi o principal motor do crescimento do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

 

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou, ao divulgar o resultado, que o recorde obtido pela Agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, foi influenciado principalmente pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da Agricultura. 

 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse Rebeca.

 

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

 

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

 

Assim como nas avaliações sobre a inflação de 2023, também em relação ao crescimento do PIB o mercado errou todas as suas projeções no começo do ano passado. Os primeiros boletins Focus do Banco Central em janeiro de 2023, com a média das estimativas de mais de 100 analistas e agentes do mercado, projetavam um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,77% ao final do ano. 

 

Em relação à inflação, o mercado, no começo de 2023, projetava que o ano fecharia com o IPCA na casa de 5,39%. Em janeiro, o IBGE anunciou que a inflação brasileira foi de 4,62% no ano de 2023. 

 

Durante ao ano, os analistas do mercado foram progressivamente revisando suas estimativas e elevando as previsões para o PIB, assim como rebaixaram a sua expectativa em relação à inflação. O último boletim Focus de 2023, em 26 dezembro, apontava um PIB de 2,92% para o ano passado, número que, afinal, se mostrou correto. 

 

Já em relação à inflação, o Boletim Focus de 26/12 indicava que o IPCA fecharia o ano em 4,46%. Com uma aceleração da alta de preços principalmente em dezembro, a inflação oficia acabou em 4,62%, ainda dentro do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,75%). 
 

 

Bahia teve a 5º pior renda per capita entre os estados em 2023, aponta IBGE
Foto: Claudia Cardozo / Bahia Notícias

Em 2023, o rendimento mensal domiciliar per capita médio na Bahia foi de R$ 1.139, o 5º menor entre os estados brasileiros. No Brasil, a renda média ficou em R$ 1.893. Os números foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (28).


Em relação ao apurado em 2022 (R$ 1.010), a renda domiciliar per capita média na Bahia teve um aumento nominal (desconsiderando a inflação do período) de 12,8%, em um ano, o que representou mais R$ 129.


No Brasil como um todo, a renda domiciliar per capita também cresceu em termos nominais frente a 2022, quando havia sido de R$ 1.625: 16,5% ou mais R$ 268. 


De 2022 para 2023, pelo segundo ano consecutivo, todas as 27 unidades da Federação registraram alta nominal da renda domiciliar per capita média.


MELHORA

De acordo com o IBGE, o aumento baiano foi o 6º menor do país em termos absolutos (+R$ 129) e apenas o 17º em termos percentuais (+12,8%).


Ainda assim, depois de dois anos perdendo posições no ranking estadual desse indicador, a Bahia subiu de 4º para 5º menor rendimento domiciliar per capita do país, superando Acre (R$ 1.095 em 2023) e desempatando de Pernambuco (R$ 1.113 em 2023). Manteve-se, porém, apenas como o 6º rendimento domiciliar per capita dentre os 9 estados do Nordeste.


No ano passado, Maranhão (R$ 945), Acre (R$ 1.095) e Alagoas (R$ 1.110) tinham os menores rendimentos domiciliares per capita do país. Os maiores estavam em Distrito Federal (R$ 3.357), São Paulo (R$ 2.492) e Rio de Janeiro (R$ 2.367).


Em 2023, o rendimento médio domiciliar per capita baiano (R$ 1.139) se manteve abaixo (-12,5%) do salário mínimo vigente (R$ 1.302), mas seguiu reduzindo essa distância, em relação ao verificado em 2021 (-23,4%) e 2022 (-16,7%). 

Prévia da inflação acelera para 0,78% em fevereiro, puxada por alta de preços nas áreas de educação e alimentação
Foto: Ravena Rosa / Agência Brasil

Influenciado principalmente pelos aumentos de preços na área de educação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para o mês de fevereiro registrou alta de 0,78%. O indicador, que representa a prévia da inflação, foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE. 

 

O resultado do IPCA-15 em fevereiro acelerou 0,47% em relação ao que foi apurado no mês de janeiro (alta de 0,31%). Os 0,78% registrados neste mês também foram mais altos do que os registros verificados em todos os últimos 11 meses. 

 

O grupo Educação forneceu a maior contribuição para a composição do IPCA-15 de fevereiro, principalmente por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo nos cursos regulares (6,13% e 0,27% de impacto no indicador. As maiores variações foram das altas de preços no ensino médio (8,58%), ensino fundamental (8,23%), pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também tiveram altas.

 

De acordo com o IBGE, em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 acumula alta de 1,09% e nos últimos 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,76%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, oito registraram alta em fevereiro. A exceção ficou com o grupo Vestuário, que registrou queda em fevereiro, com variação de -0,39% e impacto de -0,02% no índice geral.

 

Após o grupo Educação, as maiores altas de preços foram verificadas em Alimentação e bebidas, com alta de 0,97% e impacto de 0,20%, e Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10%). 

 

No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%). Em Saúde e cuidados pessoais (0,76%), o resultado foi influenciado pelos aumentos nos planos de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%).

 

Quanto aos índices regionais, todas as capitais pesquisadas registraram alta do indicador em fevereiro. A maior variação foi registrada em Goiânia (1,07%), por conta das altas da gasolina (7,28%) e dos cursos regulares (4,56%).

 

Salvador foi a quarta capital com maior alta de preços no mês de fevereiro (0,90%). O resultado ficou bem acima do que foi verificado em janeiro deste ano (0,35%). Nos últimos 12 meses, a capital da Bahia tem índice de inflação de 3,67%, resultado que só perde para o IPCA-15 de Recife no mesmo período (3,46%) entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. 
 

IBGE aponta cidades do Norte e Sudoeste baiano com piores índices de coleta de lixo
Foto: Reprodução / Blog do Waldiney Passos

Mesmo que 405 dos 417 municípios baianos, ou (97,1%) tenham aumentado os índices de coleta de lixo, o estado avançou apenas uma posição no ranking. Saiu da 7ª para a 8ª colocação. A Bahia ainda se mantém entre os dez com as mais baixas proporções de acesso à coleta de lixo. Os dados, que compreendem os anos 2010 e 2022, foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE e fazem parte do último Censo.  

 

Em relação ano passado, os menores percentuais em coleta de lixo ficaram com Campo Alegre de Lourdes, no Norte (25,6%); e Guajeru, no Sudoeste (30,3%), Lagoa Real (30,5%), Caetanos (31,1%) e Anagé (31,9%), todas as quatro no Sudoeste.

 

Na dianteira, com os melhores percentuais aparecem Madre de Deus (99,6%) e Lauro de Freitas (99,2%), na RMS; Luís Eduardo Magalhães (99,1%), no Extremo Oeste; Irecê (98,9%), no Centro Norte; e Salinas da Margarida, na RMS (98,9%).

 

O IBGE também apontou os municípios com maior e menor redução do serviço em 12 anos. Os maiores avanços ocorreram em Glória, no Norte (de 26,2% para 83,6% da população com coleta de lixo direta ou indireta); Dom Basílio, no Sudoeste (de 21,0% para 66,8%); e Aporá, no Agreste (de 43,4% para 84,0%).

 

As baixas mais notadas ocorreram em Ribeirão do Largo, no Sudoeste (de 55,1% para 48,4%); Floresta Azul, no Sul (de 77,7% para 75,3%;) e Ibirapitanga (de 64,8% para 62,4%), no Baixo Sul. 

Cidades da Chapada, Sudoeste e Agreste têm piores índices de rede de esgoto da Bahia, aponta IBGE
Foto: Divulgação

Em 2022, os municípios baianos com menor proporção de moradores em domicílios com rede de esgoto, ou fossa ligada, são: Novo Horizonte, na Chapada Diamantina; Bom Jesus da Serra, no Sudoeste; Matina, no Oeste; Acajutiba, no Agreste baiano; e Baianopólis, também no Oeste.

 

Os três primeiros têm índices de 0,1%, enquanto que os últimos dois, em 0,2%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, com base no Censo de 2022. Na parte de cima, com maior proporção do serviço figuram Itapetinga (94,8%) no Sudoeste; Salvador (94,7%), Madre de Deus na RMS, (92,0%); Itororó, no Sudoeste (86,9%) e Coaraci, no Sul (86,2%).

 

Ainda segundo o IBGE, entre 2010 e 2022, na Bahia, a proporção de moradores em domicílios sem banheiro e sem sanitário teve queda expressiva, foram de 8,6% para 1,3%. No entanto, ainda havia quase 182,5 mil pessoas vivendo nessas condições, o que coloca o estado com o segundo maior contingente entre as unidades da federação. O estado fica abaixo apenas do Maranhão (257.148 pessoas ou 3,8% dos habitantes).

 

Já entre 2010 e 2022, as cidades baianas com maior redução de domicílios com esgotamento foram: Itanagra, no Agreste (de 14,4% para 7,9%), Rodelas, no Norte (de 77,5% para 71,0%) e Itapeb, na Costa do Descobrimento (de 5,1% para 1,7%.

 

Os maiores avanços ocorreram em Luís Eduardo Magalhães (de 1,2% para 64,5% da população com acesso) e Barreiras, no Extremo Oeste (de 15,3% para 75,4%) e Várzea Nova, no Piemonte da Diamantina (de 4,5% para 60,4%).

Desemprego cai no 4º trimestre, mas Bahia ainda tem a 2ª maior taxa de desocupação do país
Foto: Jessica Candido/Agência IBGE Notícias

A taxa de desocupação no Brasil fechou o ano de 2023 em 7,8% em 2023, a população desocupada totalizou 8,5 milhões de pessoas ao final do ano passado, e a população ocupada atingiu 100,7 milhões de pessoas, o maior patamar da série histórica. Essas foram algumas das boas notícias presentes na pesquisa PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (16).

 

Segundo a PNAD Contínua, que é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país, a taxa de desocupação em 2023 teve queda de 1,8% em relação ao que foi verificado no final do ano de 2022. Em relação aos números da população desocupada, houve queda total de 1,8 milhão (ou 17,6%) no ano passado frente a 2022. Nesse período, 25 unidades da federação registraram queda no número de desocupados.

 

Com relação à população ocupada, o levantamento do IBGE constatou que ao final do ano passado, o contingente de 100,7 milhões de pessoas com emprego representou um crescimento de 3,8% na comparação com o que foi apurado no ano de 2022. A PNAD Contínua constatou ainda que no ano de 2023, houve queda na taxa de desocupação em 26 das 27 unidades da federação: a única exceção foi Roraima.

 

Na avaliação do 4º trimestre de 2023 em comparação com o 3º trimestre, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,4%, o que representou uma queda de 0,3% em relação ao período de julho a setembro (7,7%), e 0,5% frente ao mesmo trimestre de 2022 (7,9%). Apenas duas das 27 unidades da federação tiveram queda na taxa de desemprego no quarto trimestre, em comparação com o terceiro trimestre: Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e em Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%).

 

O Estado da Bahia observou uma queda na taxa de desocupação dos 13,3% registrados no 3º trimestre para 12,7% verificados no 4º trimestre. Durante todo o ano passado essa taxa foi caindo: era de 14,4% no 1º trimestre, desceu para 13,4% no 2º, foi a 13,3% no 3º e fechou o 4º trimestre de 2023 em 12,7%. 

 

Apesar da queda constante na taxa de desocupação, a Bahia registrou o segundo maior índice no quarto trimestre do ano passado, perdendo apenas para o Amapá (14,2%). O Estado de Pernambuco, que no 3º trimestre estava praticamente empatado com a Bahia (teve taxa de desocupação de 13,2%), verificou queda maior no último trimestre do ano passado, fechando o período em 11,9%, a terceira maior taxa entre as 27 unidades federativas. 

 

De acordo com a PNAD Contínua, a informalidade no mercado de trabalho também é mais presente nos estados nordestinos e da região Norte. Entre as unidades da federação, a maior taxa de informalidade do país foi registrada no Maranhão (57,8%), onde mais da metade da população ocupada exerce atividades informais. Outros estados com taxas acima de 50% foram Pará (57,4%), Amazonas (54,6%), Piauí (53,4%), Ceará (53,0%), Bahia (52,1%), Sergipe (51,9%), Paraíba (50,8%) e Pernambuco (50,7%). 

 

Tanto a taxa de desocupação dos homens quanto a das mulheres tiveram variações negativas entre o terceiro e o quarto trimestre, mas a diferença foi maior para eles. Enquanto a taxa das mulheres passou de 9,3% para 9,2%, a dos homens caiu de 6,4% para 6,0% no mesmo período, ou seja, apenas eles ficaram com o nível mais baixo que a média nacional (7,4%).

 

Em relação ao nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, a taxa foi de 68,0% para os homens e para 47,9% para as mulheres. Para o total da população, essa proporção foi de 57,6%.

 

Quando se considera o recorte por cor ou raça, apenas a taxa de desocupação dos brancos (5,9%) ficou abaixo da média nacional. A dos pretos (8,9%) e a dos pardos (8,5%) continuam acima do total da população. A diferença entre os grupos é praticamente igual à registrada no início da série histórica da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012, quando a taxa dos brancos era de 6,7%, a dos pretos correspondia a 9,7% e a dos pardos, a 9,2%. 

 

No país, o rendimento médio habitual foi de R$ 3.032 no quarto trimestre. Essa média ficou estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.007), encerrado em setembro. Na análise regional, o rendimento cresceu apenas no Norte (de R$2.362 para R$ 2.419). 

 

Em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 2.940), houve, segundo o IBGE, aumento de 3,1% na média nacional. Nessa comparação, o valor médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto as regiões Sul e o Centro-Oeste permanceram estáveis.

 

A amostra da pesquisa da PNAD Contínua por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
 

Safra de grãos baianos deve ter recuo de 9,1% em 2024
Foto: Divulgação / SEI

O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam recuo na estimativa da safra de grãos na Bahia. A redução é resultado dos efeitos do clima, incluindo o El Niño, que agravou a estiagem em todo o Nordeste.    

 

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 11 milhões de toneladas, representando um recuo de 9,1% em comparação com a safra de 2023, que teve o melhor resultado da série histórica do levantamento.

 

As áreas plantadas e colhidas estão estimadas em 3,57 milhões de hectares, um avanço de 1% em relação à 2023. O rendimento médio esperado da lavoura de grãos no estado é 2,6% menor na mesma base de comparação. O volume de soja a ser colhido deve chegar a uma queda de 5,9% sobre o verificado em 2023, correspondendo a 7,12 milhões de toneladas. A área plantada de soja ficou projetada em cerca de 2,0 milhões de hectares.

 

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, podem alcançar 2,39 milhões de toneladas, o que representa um declínio de 22,9% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 16,5% em relação à estimativa da safra anterior de 698 mil hectares. A primeira safra do cereal está projetada em 1,70 milhão de toneladas, 27,5% abaixo do que foi observado em 2023. Já o prognóstico para a segunda safra é de um recuo de 8,6% em relação à colheita anterior, totalizando 681 mil toneladas.

 

A produção de algodão está estimada em 1,81 milhão de toneladas, que representa aumento de 3,8% em relação ao ano passado. A área plantada com a fibra aumentou 4,1% para 379 mil hectares em relação à safra de 2023.

 

Para lavoura do feijão espera-se avanço de 0,6%, na comparação com a safra de 2023, totalizando 240 mil toneladas. A primeira safra da leguminosa está estimada em 142 mil toneladas, 1,1% inferior à de 2023, e a segunda safra deve ter uma variação positiva de 3,2%, na mesma base de comparação.

 

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estimou produção de 5,54 milhões de toneladas, revelando aumento de 1,4% em relação à safra 2023. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou projetada em 123 mil toneladas, apontando um avanço de 2,7% na comparação com a do ano anterior.

 

Em relação ao café, está prevista a colheita de 270 mil toneladas este ano, 9,4% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 116 mil toneladas, com variação anual de 15,7%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora teve previsão de 154 mil toneladas, 5,1% acima do nível do ano anterior.

 

Com relação à safra de milho, a expectativa é de que a safra atual seja bem menor que a anterior totalizando 2,48 milhões de toneladas. As principais contribuições provêm da primeira (1,53 milhões de toneladas) e da terceira (847 mil de toneladas) safra do cereal. A produção de milho na Bahia apresenta previsão de queda de 36,9% em relação ao período anterior.

Produção industrial baiana fecha 2023 em queda de quase 2%
Foto: José Paulo Lacerda / CNI

A indústria da Bahia fechou o ano de 2023 com uma queda acumulada de 1,8% na sua produção, retomando, assim, os resultados negativos, depois de ter apresentado crescimento em 2022 de 2,4% frente a 2021. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (8).


De novembro para dezembro do ano passado, a produção industrial da Bahia mostrou queda de 1,4%, após dois aumentos seguidos nessa comparação de 9,1% de setembro para outubro e 2,8% de outubro para novembro. 


O desempenho ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo 1,1% e foi o 11º entre os 15 locais com resultados para esse indicador, 5 dos quais mostraram recuos.


Já frente a dezembro de 2022, a atividade fabril baiana seguiu em alta de 5%, apresentando o terceiro resultado positivo consecutivo, nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior. 


O crescimento no estado de 1% superou o nacional e foi o 9º mais elevado, num contexto em que 12 dos 18 locais com resultados nessa comparação tiveram altas.


De acordo com o IBGE, nos 11 anos compreendidos entre 2003 e 2023, a indústria da Bahia teve aumento de produção apenas em 3 ocasiões: 2013 (+6,7%), 2018 (+0,8%) e 2022 (+2,4%). Nos 11 anos anteriores a esse período (de 2003, inclusive, a 2013), a situação foi justamente a inversa, e o estado só tinha apresentado quedas da produção em três momentos: 2003 (-1,0%), 2009 (-5,6%) e 2011 (-4,9%). 

IPCA registra 0,42% em janeiro com alta de alimentos; Salvador está entre as capitais com menor inflação anual no país
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Graças ao aumento de preços no grupo de alimentação e bebidas, a inflação oficial brasileira foi de 0,42% no mês de janeiro deste ano. Foi o que revelou o IBGE na manhã desta quinta-feira (8), ao divulgar os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registra a inflação oficial do país. 

 

Apesar da alta, a inflação no mês de janeiro desacelerou em relação à taxa de 0,56% apurada em dezembro do ano passado. O resultado de janeiro deste ano também é melhor se comparado com os 0,53% verificados no mesmo mês de 2023. Também houve queda no acumulado dos últimos 12 meses: em janeiro, o IPCA acumulou alta de 4,51% em um ano, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

 

Na avaliação do IBGE por cidades, a capital da Bahia, Salvador, foi uma das que verificou o menor aumento de preços no mês de janeiro. Assim como Porto Alegre, Salvador teve uma inflação em janeiro de 0,13%, maior apenas do que a de Brasília (-0,36%), e menor do que outras 13 capitais entre as 16 pesquisadas para a composição do IPCA.

 

A variação de preços na capital baiana no mês de janeiro também ficou bem menor do que a média verificada para o Brasil (0,42%). O índice de janeiro em Salvador (0,13%) também revelou uma queda acentuada em relação aos preços apurados no mês de dezembro de 2023 (0,84%). 

 

Com relação à avaliação dos últimos 12 meses, enquanto a variação de preços para todo o país ficou em 4,51%, o indicador do IBGE mostra uma inflação anual de 3,49% na capital baiana. Entre as 16 capitais pesquisadas, a inflação de 12 meses em Salvador só perde para São Luís (2,79%). 

 

De acordo com o IBGE, os 0,42% registrados neste começo de ano foram influenciados principalmente pelo aumento de 1,38% do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador (21,12%). Com esse resultado, os alimentos também exerceram o maior impacto sobre o índice do mês (0,29%). 

 

“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida. Segundo ele, esta é a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).

 

Nesse cenário, a alimentação no domicílio também ficou mais cara (1,81%), influenciada sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

 

Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou frente a dezembro (0,53%), com as altas menos intensas do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%). No mês anterior, os dois subitens haviam registrado aumento de 0,74% e 0,48%, respectivamente.

 

Por outro lado, o grupo de transportes, o segundo de maior peso no IPCA (20,93%), registrou deflação de 0,65%. Nos quatro últimos meses de 2023, houve uma alta acumulada de 82,03% nesse subitem.

 

Também no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). Já o gás veicular (5,86%) foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês. 
 

Bahia tem mais estabelecimentos religiosos do que de saúde e ensino juntos, aponta IBGE
Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

A Bahia possui mais de nove milhões de endereços, sendo o terceiro estado com a maior quantidade de registros do tipo no Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais. O detalhe é que, do total, 0,6% são estabelecimentos religiosos, o que equivale ao dobro dos estabelecimentos de ensino (0,3%) e o triplo em relação à saúde (0,2%), de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

De acordo com os dados, 6 em cada 10 municípios baianos (59,7% ou 249 de 417), incluindo Salvador, tinham mais estabelecimentos religiosos do que a soma dos estabelecimentos de ensino e saúde. Na Bahia, no Brasil como um todo e em outras 20 unidades da Federação, o total de estabelecimentos religiosos era maior (+18,5%) do que a soma dos totais dos estabelecimentos de ensino e saúde. Os 52.939 estabelecimentos religiosos encontrados no estado eram quase o dobro dos de ensino (28.315) e o triplo dos de saúde (16.347).

 

Em Salvador, havia 6.032 estabelecimentos religiosos (2,5 para cada 1.000 pessoas), o dobro do número de estabelecimentos de ensino (3.018). Mesmo assim, o município era a capital brasileira com o maior número de estabelecimentos de ensino por habitante: 1,3 para cada 1.000 pessoas.

 

O total de estabelecimentos religiosos soteropolitanos representava, ainda, quatro vezes o número de estabelecimentos de saúde no município (1.509). Entre as capitais, Salvador tinha o terceiro menor “per capita” de estabelecimentos de saúde: 0,6 para cada 1.000 pessoas, maior apenas do que os verificados em Goiás/GO (0,50/1.000 pessoas) e Manaus/AM (0,51/1.000 pessoas).

 

BAHIA E BRASIL

Quase 8 em cada 10 espécies de endereços encontradas na Bahia eram domicílios particulares (75,9%); 1 em cada 10 (11,4%) era estabelecimento com outra finalidade (comércio, serviços diversos etc.); 6,3%, estabelecimentos agropecuários; 5,2%, edificações em construção (residenciais ou não); 0,6%, estabelecimentos religiosos; 0,3%, de ensino; 0,2%, de saúde; e 0,1% era domicílio coletivo.

 

No Brasil, foram georreferenciadas 11,102 milhões de espécies de endereços, ou 55 para cada 100 habitantes. Embora tenha o 3o maior total de espécies de endereços georreferenciadas, a Bahia fica em 2o lugar nos números de estabelecimentos agropecuários (abaixo de Minas Gerais), de edificações em construção e de estabelecimentos de ensino (nesses dois últimos casos, abaixo de São Paulo). Já em relação às espécies de endereços por habitante, a Bahia, além de liderar no total, também tem os maiores números “per capita” de estabelecimentos de outras finalidades (7 para cada 100 pessoas) e de edificações em construção (3/100 pessoas). 

 

Embora fosse uma percentagem acima da verificada nacionalmente - no Brasil, os estabelecimentos religiosos eram 13,3% mais numerosos do que os de ensino e saúde juntos -, era apenas a 14a maior entre as 27 unidades da Federação. Rondônia (+100,8%), Amazonas (+95,4%) e Pará (+83,7%) tinham as maiores diferenças para cima, enquanto no Piauí (onde havia 15,3% menos estabelecimentos religiosos do que de ensino e saúde juntos), em Santa Catarina (-14,1%) e em São Paulo (-14,1%) estavam as diferenças mais expressivas para menos.

Produção industrial brasileira avança 1,1% em dezembro e fecha ano de 2023 com alta de 0,2%
Foto: André Motta de Souza/Divulgação Petrobras

A produção industrial brasileira ficou praticamente estável no ano de 2023 (0,2%), depois da queda de -0,7% registrada no ano anterior. Foi o que revelou a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (02) pelo IBGE. 

 

A pesquisa mostrou que de novembro para dezembro a atividade industrial no país cresceu 1,1%. No último mês do ano, a produção aumentou 1% em relação a igual período de 2022, na quarta alta seguida.

 

Na comparação com dezembro de 2022 (alta de 1%), o IBGE apurou resultados positivos em uma das quatro categorias econômicas, 12 dos 25 ramos, 32 dos 80 grupos e 44,6% dos 789 produtos pesquisados. O último mês do ano passado teve dois dias úteis a menos. 

 

Os destaques positivos foram registrados por indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios. Já entre as atividades com indicadores negativos destacam-se veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

 

O resultado geral da indústria m 2023 foi puxado pelas indústrias extrativas, cujo crescimento é sustentado tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro. Já a indústria de transformação, que tem a maior parte dos ramos industriais no campo negativo, teve um comportamento de menor intensidade e fechou o ano com um recuo de 1,0%, queda mais intensa do que a verificada em 2022, quando havia recuado 0,4%.

 

De acordo com declaração de André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal no IBGE, os resultados da indústria brasileira em 2023 estão sendo impactados pela gradual melhora dos indicadores macroeconômicos e de emprego e renda. 

 

“Esse avanço recente da produção industrial pode ser explicado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, com redução na taxa de desocupação e aumento na massa de rendimentos; e por uma inflação em patamares mais controlados, especialmente no segmento de produtos alimentícios”, disse Macedo. 

 

“Vale destacar também a contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às commodities. Também se observa, ao longo do ano, o início da flexibilização na política monetária com a redução na taxa de juros. São fatores importantes para se entender o movimento recente da indústria para o campo positivo”, ressaltou o responsável pela pesquisa.

Taxa de desemprego fechou ano de 2023 em 7,8%, menor patamar desde 2014, revela PNAD do IBGE
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil fechou o ano de 2023 em 7,8%, o menor patamar desde 2014, quando a taxa foi de 7%. Foi o que revelou na manhã desta quarta-feira (31) a PNAD Contínua do IBGE, o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país.

 

De acordo com o IBGE, o número final do ano passado foi puxado pelo aumento da população ocupada no país. A taxa de desocupação verificada no 4º trimestre de 2023 fechou em 7,4%, com um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre julho e setembro.

 

O resultado de 2023 confirma a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da Covid-19 em todo o país. O índice de 7,8% representa uma retração de 1,8% frente ao que foi apurado no ano de 2022, quando a taxa de desocupação marcou 9,6%.

 

Os números da PNAD Contínua mostram que houve queda na população desocupada média de 2022 para 2023: redução de 17,6%, chegando a 8,5 milhões de pessoas no final do ano passado. Por outro lado, população ocupada média voltou a bater o recorde da série e chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, crescimento de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e 3,8% acima do resultado de 2022. 

 

Em relação à média de pessoas ocupadas no Brasil quando foi iniciada a série histórica da PNAD Contínua em 2012 (89,7 milhões de pessoas), o resultado de 2023 representa um aumento de 12,3%. O nível médio da ocupação (percentual de ocupados na população brasileira em idade de trabalhar) também cresceu e chegou a 57,6% em 2023, 1,6% a mais que em 2022 (56,0%).

 

“A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série, iniciada em 2012”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. 

 

“Destaca-se, ainda, o aumento do número de carteira assinada, que chega ao seu maior nível da série”, complementa Adriana. Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) teve alta de 1,6% no trimestre e de 3% no ano, chegando ao ápice da série da PNAD Contínua: 37,973 milhões.

 

O contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado também mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, outro número que é o maior desde o início da série histórica. A pesquisa também mostra que o número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas. 

 

A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, alcançando 3,7 milhões de pessoas.

 

A PNAD Contínua revela ainda que o valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2% (ou R$199) na comparação com 2022. O resultado chega perto do maior patamar da série, em 2014 (R$ 2.989). 

 

Já o valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.
 

Prévia da inflação desacelera e fica em 0,31% no mês de janeiro, abaixo das estimativas do mercado
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (26) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que representa a prévia da inflação oficial do país, e o resultado surpreendeu o mercado. Segundo o IBGE, houve desaceleração nos preços e a prévia da inflação foi de 0,31% em janeiro, abaixo das estimativas de 0,47% de analistas econômicos.

 

O resultado de dezembro do IPCA-15 ficou 0,09% menor do que o índice apurado em dezembro do ano passado, que foi de 0,40%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,47%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.

 

Entre os nove grupos pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram do grupo Alimentação e Bebidas, com destaque para o aumento da batata-inglesa (25,95%), do tomate (11,19%), do arroz (5,85%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,94%). Já a alimentação fora do domicílio (0,24%) desacelerou em relação ao mês de dezembro (0,53%). 

 

Por outro lado, o grupo Transportes registrou queda no mês de janeiro, com variação de -1,13%. A passagem aérea, com queda de 15,24%, registrou o maior impacto individual negativo do mês (-0,16%). Em relação aos combustíveis (-0,63%), houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta. 

 

No grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,56%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (0,58%). Destacam-se também, segundo o IBGE, as altas de desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

 

No grupo Habitação (0,33%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,14%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), a partir de 1º de janeiro. Também provocou influência na alta deste grupo a apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), a partir de 22 de novembro.

 

Quanto aos índices regionais, dez áreas tiveram alta em janeiro. As maiores variações foram registradas em Belo Horizonte (0,88%), por conta das altas em ônibus urbano (9,33%) e na batata-inglesa (34,30%). A cidade de Salvador teve alta de preços em janeiro (0,35%) acima da média nacional de 0,31%. No resultado dos últimos 12 meses, entretanto, a capital baiana tem variação acumulada de preços de 3,97%, abaixo do total nacional, que foi de 4,47% para este período. 
 

Atividades turísticas têm queda em novembro, mas Bahia ainda tem 2º melhor resultado no acumulado de 2023
Foto: Manu Dias/GOVBA

Assim como aconteceu em outubro, as atividades turísticas no país tiveram nova queda no mês de novembro de 2023, com uma redução total de 2,4%, e o estado da Bahia foi um dos que mais contribuíram com o resultado negativo. Essas são algumas das conclusões retiradas da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (16) pelo IBGE.

 

Segundo a pesquisa, 10 das 12 cidades pesquisadas pelo IBGE tiveram um resultado negativo nas suas atividades turísticas. Enquanto a média nacional foi de queda de 2,4%, a Bahia, por exemplo, teve um resultado de -7%, ficando abaixo apenas do Ceará, que exerceu a maior influência negativa na composição do índice (-9,4%). 

 

Com as quedas de outubro e novembro, o setor de atividades turísticas registrou uma perda acumulada de 3,4% neste período. Desta forma, segundo o IBGE, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020, anterior à pandemia da Covid, e 5% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

 

O relatório apresentado pelo IBGE mostra que na comparação entre o mês de novembro de 2023 com o mesmo período de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 2,8%. Essa foi a 32ª taxa positiva seguida, impulsionada, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de serviços de bufê; restaurantes; locação de automóveis; espetáculos teatrais e musicais; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e hotéis. 

 

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o agregado especial de atividades turísticas se expandiu 7,5% frente a igual período do ano anterior. O resultado foi obtido graças a taxas positivas registradas em 11 das 12 cidades analisadas na pesquisa, com destaque principalmente para Minas Gerais (16,5%) e Bahia (12,6%).
 

Inflação acelera 0,56% no mês de dezembro e encerra 2023 em 4,62%, menor resultado desde 2020
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Noti?cias

O Brasil fechou ano de 2023 com uma inflação mais alta do que o esperado, mas ainda dentro do limite de tolerância estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CM). Foi o que revelou na manhã desta quinta-feira (11) o IBGE, ao divulgar o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que marca a inflação oficial no país. 

 

Segundo o IBGE, o mês de dezembro teve uma inflação de 0,56%, o que fez o IPCA fechar o ano de 2023 com uma alta acumulada de 4,62%. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional para o ano passado era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

 

A inflação oficial do Brasil fechou 2023 no menor nível anual desde 2020. Naquele ano, o índice oficial do IBGE registrou uma inflação de 4,52%. No ano seguinte, em que o mundo ainda enfrentava a epidemia da Covid, a inflação atingiu 10,06%. 

 

O resultado apresentado pelo IBGE para a inflação acabou saindo acima das expectativas do mercado financeiro. O último Boletim Focus do Banco Central, divulgado na última segunda (8), com as estimativas de analistas e especialistas de instituições financeiras, revelou uma previsão para a inflação na casa de 4,47% no fechamento de 2023.

 

O IPCA de dezembro maior do que o aguardado foi originado por uma subida de preços em todos os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa. A maior alta ocorreu no grupo de alimentação e bebidas (1,11%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). 

 

Os maiores aumentos de preços no setor de alimentos aconteceram com a batata-inglesa (19,09%), o feijão-carioca (13,79%), o arroz (5,81%) e as frutas (3,37%). Também houve alta registrada na alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).

 

No ano, a inflação acumulada de 4,62% ficou abaixo dos 5,79% registrados em 2022. O maior impacto nesse resultado de 2023 aconteceu no grupo Transportes (7,14%), principalmente por conta da alta acumulada da gasolina (12,09%). 

 

Em relação aos índices regionais, a cidade de Salvador, depois de ter registrado índice negativo de -0,17% em novembro, teve forte alta em dezembro e fechou o mês como a segunda capital no país com maior resultado para a inflação. Em dezembro a capital baiana teve inflação de 0,84%, abaixo apenas do que foi registrado em Rio Branco (AC), com 0,90%, e muito acima da média nacional de 0,56%.

 

Apesar da alta em dezembro, no acumulado do ano de 2023, a cidade de Salvador teve uma inflação total de 4,48%, abaixo da média nacional, que foi de 4,62%. Entre todas as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, apenas seis encerraram o ano de 2023 com um índice inflacionário menor do que Salvador. 
 

Puxada por alta no preço dos transportes, prévia da inflação para o mês de dezembro sobe mais do que o esperado
Foto: Bruno Concha / PMS

O IBGE divulgou na manhã desta quinta-feira (28) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, e o resultado foi acima do que era esperado pelos analistas do mercado. Segundo o IBGE, o IPCA-15 subiu 0,40% em dezembro, após ter registrado alta de 0,33% em novembro (em média o mercado aguardava subida de 0,27%). 

 

O resultado do IPCA-15 foi influenciado principalmente pela alta de 0,77% nos preços de transportes, puxado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e exerceram o maior impacto individual no mês. O subitem ônibus urbano (1,91%) também contribuiu para a alta no grupo transportes, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro.

 

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta na prévia de dezembro. Os grupos que mais contribuíram para uma inflação maior em dezembro foram as despesas pessoais (0,56%), alimentação e bebidas (0,54%) e habitação (0,48%). 

 

Por outro lado, nos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%). Já o gás veicular (0,08%) registrou alta de preços.

 

Com o resultado de dezembro, o acumulado da inflação na apuração de 12 meses fecha o ano em 4,72%. O índice está abaixo do que foi verificado em novembro (4,84%) e em outubro (5,05%). Já na comparação com dezembro de 2022, o indicador neste ano se encontra bem abaixo do ano passado, quando o IPCA-15 registrou alta de 5,90%. 

 

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano de 2023 foi de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite tolerado para a inflação deste ano é de 4,75%. Desta forma, o IPCA-15 verificado em dezembro (4,72%) mostra uma inflação que não estourou o teto da meta. 

 

O aumento de preços apurado para o mês de dezembro, de 0,40%, é o maior patamar do IPCA-15 desde maio, quando o IBGE divulgou um indicador de 0,51% naquele mês. O mês de 2023 com maior alta de preços verificados na elaboração do IPCA-15 segue sendo fevereiro, quando a prévia da inflação ficou em 0,76%. 

 

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, com diferença no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 14 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro (base).

 

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
 

Bahia se reconhece cada vez mais preta em 2022, afirma IBGE
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

“A população baiana se reconheceu ainda mais preta em 2022”, afirmou o diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), José Acácio Ferreira, com relação aos dados sobre Cor ou Raça na Bahia, de acordo com o Censo Demográfico de 2022. Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados em coletiva realizada na Casa do Olodum, em Salvador. 

 

Os números do IBGE colocam a Bahia como o estado com a maior concentração de pretos do Brasil (22,4%), seguido por unidades de outras regiões, como Rio de Janeiro (16,2%) e Tocantins (13,2%). A Bahia também entrou na lista de municípios com maior proporção de pretos no país, com Antônio Cardoso (55,1%) e Ouriçangas (52,8%), em segundo e terceiro lugar, respectivamente, atrás apenas de Serrano, no Maranhão (58,5%). Em apenas um município baiano, Dom Basílio, a participação percentual da população branca (50,9%) superou o índice da população negra (49,0%).

 

No que diz respeito aos jovens (idade de 15 a 29 anos), a participação percentual de negros superou a de brancos na mesma faixa etária, em relação à população total residente na Bahia em 2022, registrando percentuais de 18,2% e 4,1% respectivamente. Já com relação aos idosos (faixa etária de 60 anos ou mais), havia mais negros do que brancos naquele ano, com 11,5% e 3,6% do total de baianos respectivamente.

Bahia se mantém como estado com maior nº de quilombolas e segundo com mais indígenas, diz IBGE
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou o total das populações de indígenas e de quilombolas no país, a partir dos dados das últimas apurações do Censo Demográfico 2022. A população indígena no país é de 1.694.836, ou seja, 1.301 a mais do que os 1.693.535 da primeira apuração, divulgada em agosto deste ano. 

 

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Já a população quilombola é de 1.330.186, isto é, 2.384 a mais do que os 1.327.802 da primeira apuração, divulgada em julho deste ano pelo IBGE. Os indígenas representam 0,83% da população brasileira (203,1 milhões). E, segundo os dados mais recentes, 1,07 milhão deles vivem fora de terras delimitadas (63,25% do total), enquanto apenas 623 mil vivem nessas áreas (36,75%).  As informações são da Agência Brasil.

 

A Amazônia Legal tem 868,4 mil indígenas, ou 51,23% do total. Entre as regiões, a Norte concentra 753,8 mil deles (44,48% do total). Em seguida, aparecem as regiões Nordeste (com 529,1 mil, ou 31,22%), Centro-Oeste (com 200,2 mil ou 11,81%), Sudeste (com 123,4 mil ou 7,28%) e Sul (com 88,3 mil ou 5,21%). 

 

O Norte também tem a maior proporção de indígenas em sua população total (4,34%), enquanto o Sudeste tem a menor (0,15%). Já o maior percentual vivendo em terras indígenas ficou com o Centro-Oeste (57,06%). No Norte, a parcela é de 42,03%. 

 

Amazonas é o estado com maior população indígena (490,9 mil), seguido pela Bahia (229,4 mil). Roraima tem a maior proporção dessas pessoas em relação ao total de sua população (15,34%).

 

A terra indígena com maior população é TI Yanomami, com 27.178. Os indígenas se espalham por 4.833 municípios brasileiros, sendo que Manaus tem a maior população absoluta (71,7 mil) e Uiramutã (RR), a maior população relativa (96,6% do total dos habitantes). 

 

QUILOMBOLAS

Os quilombolas representam 0,66% da população brasileira. A proporção de pessoas vivendo fora de territórios quilombolas oficialmente reconhecidos é de 87,39% (1,07 milhão). A maioria da população quilombola vive no Nordeste (906,3 mil ou 68,14% do total). No Sudeste, são 182,4 mil (13,71%), enquanto no Norte são 167,3 mil (12,58%). Com populações menores, aparecem o Centro-Oeste (com 45 mil ou 3,38%) e Sul (com 29,1 mil ou 2,19%). 

 

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Entre os estados, a Bahia tem a maior população de quilombolas (397,5 mil), mas é o Maranhão que tem a maior proporção dessas pessoas entre sua população total (3,97%). Há presença de quilombolas em 1.700 municípios brasileiros, dos quais se destacam Senhor do Bonfim (BA), com 16 mil, Salvador, com 15,9 mil, e Alcântara (MA), com 15,6 mil. O município maranhense, aliás, tem a maior proporção quilombola no total de sua população (84,52%).

Salvador se consolida como a capital mais preta do Brasil, diz IBGE
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Salvador se manteve como a capital com maior proporção de população preta do Brasil, segundo os resultados da População por Cor ou Raça, do Censo Demográfico de 2022.


Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22), mostram que a população preta foi a única que cresceu 11% entre 2010 e 2022, chegando a pouco mais que 1/3 dos habitantes do município, ou seja 34,1%.


Com isso, a cidade se manteve a capital com maior proporção de pessoas pretas e a menor proporção de pessoas brancas (16,5%). Em números absolutos, São Paulo registrou o maior número de pessoas pretas com 1,16 milhão, seguido pelo Rio de Janeiro (968 mil) e por Salvador (825 mil). 


Em 2022, as pessoas pardas predominavam em 407 das 417 cidades da Bahia (97,6%), e o estado tinha 8 dos 9 municípios brasileiros onde predominavam pessoas pretas, liderados por Antônio Cardoso (55,1% de população preta), Ouriçangas (52,8%) e Cachoeira (51,8%). Pessoas brancas eram predominantes em apenas 2 municípios baianos: Dom Basílio (50,9% de pessoas brancas) e Ipupiara (49,2%);


Entre 2010 e 2022, na Bahia, as pessoas brancas, pardas e amarelas perderam participação em todos os grupos de idade da população total, enquanto as pretas e as indígenas ganharam.

Bahia tem 9 das 10 cidades do país com maior proporção de negros; Antônio Cardoso segue na liderança de índice no estado
Foto: Reprodução / Google Maps

Das dez cidades com maior proporção de pessoas negras [os que se consideram pretos e pardos] no Brasil, nove delas estão na Bahia. A primeira continua a ser Antônio Cardoso, no Portal do Sertão. O município tem 55,1% de negros e também é o segundo do país no quesito. Fica atrás apenas de Serrano do Maranhão (MA), com 58,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) e correspondem ao Censo 2022 do IBGE.

 

O segundo município com maior proporção de negros na Bahia é Ouriçangas, no Agreste baiano, com 52,8%; o terceiro é Cachoeira, com 51,8%; e o quarto é Santo Amaro, com 50,9%, as duas últimas no Recôncavo. A quinta cidade do estado em proporção é Conceição da Feira, no Portal do Sertão, com 50,3%;e a sexta é São Francisco do Conde, com 49,9%, na Região Metropolitana de Salvador (RMS)

 

A sétima é Pedrão, com 49,7%, também no Agreste baiano; a oitava é Salina das Margaridas, com 47,1%, no Recôncavo; e a nona é São Gonçalo dos Campos, com 47%, no Portal do Sertão.

 

Ainda segundo o IBGE, a Bahia continua a ser o estado brasileiro com maior proporção de pessoas pretas. Neste censo, o percentual foi de 22,4%. Em 2010, era de 17,1%. 

Volume de atividades turísticas na Bahia registra queda de 2,6% em outubro, aponta SEI
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil

Com uma queda de  2,6%, a Bahia apontou a quinta variação negativa mais expressiva no índice de atividades turísticas, após avançar 1,6% em setembro. Em termos regionais, sete dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de aceleração verificado na atividade turística nacional.

 

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Em outubro deste ano, o turismo no Brasil caiu 1,1% na comparação com o mês anterior, após ter avançado 1,5% em setembro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

De acordo com a entidade, no volume das atividades turísticas, quando comparado com o mês de outubro do ano anterior, o Brasil apresentou expansão de 6,5%. Em termos regionais, nove dos 12 locais pesquisados mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo. Nessa comparação, a Bahia (9,9%) apontou a quinta variação positiva mais expressiva e superior à média nacional.  

 

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 7,9%, nos dez primeiros meses do ano de 2023, frente a igual período de 2022. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa análise cabe destacar, que a Bahia (13,7%) apontou a segunda variação positiva mais expressiva e superior à média nacional.  

 

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 8,7%, nos últimos doze meses, frente a igual período do ano anterior. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. A Bahia (12,1%) apontou a sétima variação positiva mais expressiva entre os locais e superior à média nacional.

Volume de serviços na Bahia registra alta de 1,4% em outubro, diz SEI
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Em outubro, o volume de serviços na Bahia, na comparação com setembro, expandiu 1,4%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).  

 

Nessa comparação, a Bahia não acompanhou o mesmo comportamento que a média nacional (-0,6%), e recuperou parte da perda de 2,7% acumulada em entre agosto e setembro.  Entre os dez resultados apresentados no ano de 2023, essa é a sexta expansão registrada para esse tipo de comparação. 

 

Na comparação com outubro de 2022 o setor cresceu 5,9%. Quatro das cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (13,9%), que contabilizou a variação mais expressiva, seguida pela atividade de Serviços profissionais, administrativos e complementares (12,3%).

 

Depois Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,0%), Serviços prestados às famílias (3,0%). Por outro lado, as atividades de Outros serviços (-12,8%) registram recuo. Nessa análise cabe destacar, que o resultado da Bahia é superior à média nacional (-0,4%).  

 

De acordo com a SEI, na comparação com o acumulado dos dez primeiros meses do ano de 2022, o setor expandiu 6,9%. Todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (13,5%), que contabilizou a variação mais expressiva, seguida por Serviços prestados às famílias (8,7%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,9%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), e Outros serviços (2,4%). Nessa análise cabe também destacar, que o resultado da Bahia é superior à média nacional (3,1%). 

 

Já no acumulado dos últimos doze meses, em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor ampliou 6,4%. Todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (13,5%), que contabilizou a variação mais expressiva, seguida por Serviços prestados às famílias (8,7%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,9%).

 

Eles foram seguidos pelo setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), e Outros serviços (2,4%). Nessa análise cabe também destacar, que o resultado da Bahia é superior à média nacional (3,6%). 

Inflação sobe 0,28% em novembro puxada pela alta dos alimentos; Salvador registra variação negativa de preços
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Na véspera do anúncio do novo corte na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o IBGE divulgou o resultado da inflação no Brasil, que foi um pouco mais fraca do que o esperado para o mês de novembro. Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter ficado em 0,28%, acima dos 0,24% de outubro, a taxa dos últimos 12 meses se posicionou em 4,68%, abaixo, portanto, do teto da meta para este ano, que é de 4,75%.

 

No mês passado, o resultado auferido pelo IBGE para a inflação de 12 meses foi de 4,82% no mês. Para esse mês de novembro, a expectativa dos analistas de mercado era de que o IPCA ficaria em 4,70%. A queda no indicador da inflação já vinha sendo projetada pelo mercado: o boletim Focus do BC divulgado nesta segunda (11) mostrou uma redução de 4,54% para 4,51% nas projeções para a inflação ao final de 2023.

 

Os números do IPCA divulgados nesta terça-feira (12) revelam também que neste ano de 2023, a inflação oficial acumula alta de 4,04%. O resultado do IPCA reforça a visão do mercado financeiro de que o Copom vai realmente promover mais um corte de 0,5% na Selic, rebaixando a taxa básica de juros dos atuais 12,25% para 11,75% ao ano.

 

De acordo com o IBGE, o resultado do IPCA de novembro, acima do que foi verificado em outubro, foi influenciado principalmente pela alta de 0,63% do grupo Alimentação e bebidas. Esse grupo de preços registrou a maior variação e o maior impacto nos preços de novembro, acelerando ante o que foi apurado em outubro.

 

Dentro os preços apurados pelo IBGE, a maior alta veio da alimentação no domicílio, que subiu 0,75% em novembro. Esse percentual foi influenciado pelas altas da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

 

Segundo o IBGE, a alimentação fora do domicílio (0,32%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,42%). A alta da refeição (0,34%) foi menos intensa que a de outubro (0,48%). Já o subitem lanche (0,20%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,19%).

 

Nos índices regionais, a cidade de Salvador registrou inflação negativa em novembro, com o indicador chegando a -0,17%, neste mês de novembro. Dentre todas as regiões metropolitanas e municípios pesquisados pelo IBGE, apenas Recife (-0,29%) e São Luís (-0,39%) tiveram resultado melhor do que a capital da Bahia.

 

O resultado verificado pelo IBGE na cidade de Salvador revelou uma forte queda em relação ao IPCA de outubro. No mês passado a inflação em Salvador havia sido de 0,29%, e houve neste mês resultado negativo de -0,17%. No ano de 2023, a inflação na capital baiana está em 3,61%, abaixo da média nacional, que é de 4,04%. 

 

Também no resultado apurado pelo IBGE para os últimos 12 meses (de dezembro do ano passado a novembro desse ano), a região metropolitana de Salvador está bem abaixo da média nacional. A inflação de 12 meses na capital da Bahia ficou em 4,01%, enquanto o IPCA para todo o País foi de 4,68%. 

Um em cada cinco jovens na faixa etária dos 15 aos 29 anos pertencem à categoria dos "nem-nem", afirma IBGE
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Um total de 10,9 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos de idade não estudavam e nem trabalhavam ao final do ano de 2022. Essa quantidade de jovens representa 22,3% das pessoas que se situam nesta faixa etária no Brasil. Esses dados foram revelados esta quarta-feira (6) pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE.

 

Esse grupo de jovens que não trabalham e não estudam são conhecidos como “geração nem-nem”. Recentemente, o relatório Education at a Glance 2022 em parceria com OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)o revelou que o Brasil é o segundo país em todo o mundo, de um total de 37 analisados, com a maior proporção de jovens que não estudam ou trabalham. 

 

O levantamento apresentado nesta quarta pelo IBGE corrobora as informações do relatório Education at a Glance. A pesquisa do IBGE mostra que em 2022, 4,7 milhões de jovens não procuraram trabalho e nem gostariam de trabalhar. Entre esses jovens, dois milhões eram mulheres cuidando de parentes e dos afazeres domésticos.

 

Do total de 10,9 milhões identificados pelo IBGE como jovens na categoria “nem-nem”, 61,2% eram pobres, com renda domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 por dia, e 14,8% eram extremamente pobres, com renda domiciliar per capita abaixo de US$ 2,15 por dia, de acordo com as linhas de pobreza do Banco Mundial. No Nordeste, 75,5% dos jovens que não estudam e não se encontram ocupados estavam na pobreza e 22,5% na extrema pobreza. 

 

Entre esse contingente de jovens que não estudavam nem estavam ocupados em 2022, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas, 24,3% eram homens pretos ou pardos, 20,1% eram mulheres brancas e 11,4% eram homens brancos.

 

A redução do número de jovens que não estudam e não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa de jovens nesta condição não foi a menor da série. As menores taxas ocorreram em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%). A taxa de 2022 (22,3%) foi a terceira menor da série.

 

De acordo com o estudo, a explosão da pandemia de Covid-19 levou a proporção de jovens “nem-nem” a saltar de 24,1% em 2019 para 28% em 2020. Desde então, o número registrou duas quedas seguidas até chegar a este patamar verificado em 2022.

 

Para a analista do IBGE responsável pelo levantamento, Denise Guichard, essa é uma medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras.

 

“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, afirma Denise Guichard. 

 

Por nível de instrução, entre os jovens fora da escola e do mercado de trabalho com até o ensino fundamental incompleto, 23% eram extremamente pobres e 77,1% pobres. Dentre os que tinham ensino fundamental completo ou médio incompleto, eram 19,1% e 72,5%, respectivamente.
 

PIB revela desaceleração da atividade econômica no país, mas resultado foi melhor do que previa o mercado
Foto: Agência Petrobras

Apesar de apontar o esfriamento da atividade econômica brasileira, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 surpreendeu e ficou acima das expectativas dos analistas do mercado. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (5), o PIB variou 0,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre, o PIB havia subido 0,9% em relação ao período anterior.

 

Os dados divulgados pelo IBGE se colocaram acima das previsões médias dos analistas. A menor projeção apontava que haveria queda de 0,2% na comparação com o segundo trimestre do ano. Trimestral. Havia inclusive estimativas que apontavam uma queda do PIB de até 0,6% neste trimestre de julho a setembro. 

 

De acordo com o IBGE, no acumulado dos últimos quatro trimestres, terminados em setembro de 2023, o PIB cresceu 3,1%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O acumulado do ano foi de 3,2% frente ao mesmo período de 2022. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%. 

 

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Na composição do resultado atual de 0,1% neste trimestre em relação ao anterior, tanto o setor de Serviços quanto a Indústria avançaram 0,6% na mesma comparação, enquanto a Agropecuária recuou 3,3%. Nas atividades industriais, houve variações positivas das Indústrias extrativas (0,1%) e das Indústrias de transformação (0,1%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,6% e a Construção recuou 3,8%.

 

No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,2% em relação a igual período de 2022. Nessa comparação, a Agropecuária (18,1%), a Indústria (1,2%) e os Serviços (2,6%) ficaram no campo positivo. 

 

No setor de Serviços, houve alta em: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%), Informação e comunicação (3,8%), Transporte, armazenagem e correio (3,5%), Atividades imobiliárias (3,1%), Outras atividades de serviços (2,9%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,9%) e Comércio (0,9%).
 

Pnad Contínua do IBGE mostra que taxa de desocupação de trabalhadores recuou para 7,6%, a menor desde 2015
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil no trimestre de agosto a outubro recuou 0,3% em relação aos três meses anteriores e ficou em 7,6%. Os dados foram revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE. A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país.

 

De acordo com o estudo do IBGE, a taxa de desocupação de agosto, setembro e outubro é a menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%. A Pnad mostra que a população desocupada chegou a 8,3 milhões de pessoas, menos 261 mil (3,6%) do que no trimestre anterior.

 

Um outro relevante apresentado pelo IBGE mostra que a população ocupada neste trimestre chegou a 100,2 milhões de pessoas, o maior contingente já verificado pelo instituto desde o início da série histórica, no 1º trimestre de 2012. O número atual é 0,9% maior que no trimestre anterior (adição de 862 mil) e 0,5% maior que o mesmo período de 2022 (mais 545 mil). 

 

A taxa de desocupação vem caindo sistematicamente desde o trimestre de agosto-setembro-outubro de 2021. Naquele período, a desocupação estava em 12,1%. Oito semestres depois, essa taxa recuou 4,5% e chegou aos atuais 7,6%. Somente entre o trimestre fevereiro-março-abril deste ano e o atual houve queda de 0,9% entre os trabalhadores desocupados. 

 

A Pnad Contínua do IBGE revelou também que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (sem inclusão de trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões neste trimestre atual encerrado em outubro. Este é o maior contingente desde janeiro de 2015, quando registrou 37,5 milhões. 

 

O número de empregados com carteira de trabalho representa um crescimento de 1,6% (mais 587 mil) em comparação com o trimestre anterior e uma alta de 3% (adição de 1,1 milhão de pessoas) no comparativo interanual. Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável e fechou em 13,3 milhões.

 

“Isso mostra que tanto empregados como trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, resume Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

 

De acordo ainda com a Pnad Contínua do IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros foi estimado em R$ 2.999. O valor representa um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. 

 

Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 295,7 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,6%. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022, uma expansão de 4,7%.

Indicador sobre prévia da inflação acelera em novembro, mas Salvador registra a maior queda na variação de preços
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Puxada por aumento de preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registra a prévia da inflação, ficou em 0,33% no mês de novembro. O resultado, divulgado pelo IBGE na manhã desta terça-feira (28), revela um aumento de 0,12% em relação ao indicador no mês de outubro (0,21%). 

 

O principal impacto no cálculo do IPCA-15, de acordo com o IBGE, veio do grupo de Alimentação e bebidas, com aceleração de 0,82% no mês. O resultado divulgado nesta terça se colocou um pouco acima das expectativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta de 0,30% no índice em novembro.

 

No ano, o IPCA-15 já acumula uma alta de 4,30%. No resultado de 12 meses, o indicador está atualmente em 4,84%, abaixo dos 5,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2022, a taxa foi de 0,53%.

 

Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, houve forte impacto também em Despesas pessoais (0,52%) e Transportes (0,18%). No lado das quedas, o grupo Comunicação (-0,22% e -0,01 p.p.) recuou pelo terceiro mês consecutivo. 

 

Segundo o IBGE, a Alimentação no domicílio voltou a subir depois de cinco meses. Dentre os destaques estão a cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na ponta oposta, tiveram queda os preços do feijão-carioca (-4,25%) e do leite longa vida (-1,91%).

 

Em relação às capitais pesquisadas pelo IBGE, Salvador foi a que teve a maior variação negativa no IPCA-15 do mês de novembro, influenciado pela queda nos preços da gasolina (-4,00%). A capital da Bahia registrou variação de -0,12%, bem abaixo do resultado para o País, que foi de 0,33%. No ano, a variação acumulada de Salvador chegou a 3,77%, enquanto o índice brasileiro está em 4,30%. 

 

No resultado de 12 meses, a capital da Bahia registra uma variação de preços na casa de 4,14%. O indicador está bem abaixo do total para o País, que é de 4,84%. Somente uma capital entre todas as pesquisadas pelo IBGE está melhor do que Salvador no indicador de 12 meses: Rio de Janeiro, com 3,79%. 

IBGE aponta crescimento do turismo acima da média nacional
Foto: Divulgação / Setur

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que de janeiro a setembro deste ano o setor de turismo na Bahia cresceu 13,9%, enquanto no país o aumento foi de 7,9%. Comparando os dados atuais com os números de 2022, a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA), responsável pela análise dos dados, apontou que, em setembro, o aumento foi de 17,1% no estado e 6,4% do índice no Brasil. 

 

Segundo o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, os números devem ser comemorados, mas não devem gerar “acomodação”. "Não podemos e não vamos nos acomodar. Precisamos avançar mais, porque temos potencial para isso. Quero conclamar a todos os envolvidos, para que sigamos trabalhando firmes, em busca de resultados ainda mais expressivos", ressaltou o gestor. 

 

O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens na Bahia (Abav-BA), Jean Paul Gonze, também endossou os resultados. "Temos que comemorar, mas não vamos diminuir o ritmo de trabalho. As agências estão investindo em uma alta temporada de movimento histórico".

 

Como grandes beneficiários do turismo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, seccional Bahia (Abrasel), representada pelo presidente executivo Luiz Henrique do Amaral, comemorou os números: "o segmento gastronômico foi o que enfrentou maior dificuldade para se recuperar da pandemia, e está tendo a oportunidade de colher bons resultados com o crescimento contínuo do turismo no estado, que conta também com o esforço dos nossos associados", afirmou. 

Mais de 65% dos brasileiros desempregados são negros, aponta Dieese
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

 

Apesar de representar 56,1% da população em idade de trabalhar, os negros correspondem a mais da metade dos desocupados (65,1%). A análise é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

Dados compilados pela entidade revelam que a taxa de desocupação dos negros é sistematicamente maior do que dos demais trabalhadores. O levantamento foi feito com base nos dados do 2º trimestre de 2023, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

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A taxa de desocupação dos negros é de 9,5%, sendo 3,2 pontos percentuais acima da taxa dos não negros. No caso das mulheres negras, que acumulam as desigualdades de raça e de gênero, a taxa estava em 11,7%. O Dieese apontou que a inserção das mulheres negras no mercado de trabalho é mais difícil, mesmo no contexto atual de melhora da atividade econômica.

 

Para uma melhor base de comparação, a entidade lembrou que, no segundo trimestre de 2021, durante a crise econômica da pandemia de covid-19, a taxa de desocupação dos trabalhadores não negros atingiu este mesmo percentual (11,7%).

 

“Mesmo com a indicação do crescimento da atividade econômica, o mercado de trabalho continua reproduzindo as desigualdades sociais. Os trabalhadores negros enfrentaram mais dificuldades para conseguir trabalho, para progredir na carreira e entrar nos postos de trabalho formais com melhores salários. E as mulheres negras encaram adversidades ainda maiores do que os homens, por vivenciarem a discriminação por raça e gênero”, concluiu o relatório do Dieese.

 

CONDIÇÕES

Quando conseguem ocupação, as condições impostas aos negros são piores. Segundo avaliação do Dieese, em geral, essa parcela da população consegue se colocar em postos mais precários e têm maiores dificuldades de ascensão profissional. Apenas 2,1% dos trabalhadores negros – homens ou mulheres - estavam em cargos de direção ou gerência. Entre os homens não negros, essa proporção é de 5,5%.

 

Isso significa que apenas um em cada 48 trabalhadoras/es negros está em cargo de direção ou gerência, enquanto entre os homens não negros, a proporção é de um para cada 18 trabalhadores.

 

A proporção de negros empregadores também é menor: 1,8% das mulheres negras eram donas de negócios que empregavam funcionários, enquanto entre as não negras, o percentual foi de 4,3%. Entre os homens negros, o percentual ficava em 3,6%; entre os não negros, a proporção foi de 7%.

 

A informalidade é maior entre os negros. Quase metade (46%) dos negros ocupados estava em trabalhos desprotegidos, ou seja, empregados sem carteira, trabalho por conta própria, com empregadores que não contribuem para a Previdência ou trabalhadores familiares auxiliares. Entre os não negros, essa proporção foi de 34%.

 

CENÁRIO FEMININO

Uma em cada seis (15,8%) mulheres negras ocupadas trabalha como empregada doméstica, uma das ocupações mais precarizadas em termos de direitos trabalhistas e reconhecimento. As trabalhadoras domésticas negras sem carteira recebiam, em média, R$ 904 por mês, ou seja, valor R$ 416 abaixo do salário mínimo em vigência.

 

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“Na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida, não se pode deixar que mais da metade dos brasileiros seja sempre relegada aos menores salários e a condições de trabalho mais precárias apenas pela cor/raça ou pelo gênero”, apontou a entidade.

 

O levantamento revelou ainda que o fato de os negros estarem em maior proporção em postos de trabalho informais e com menor remuneração explica apenas parte da diferença de remuneração entre negros e não negros. No segundo trimestre de 2023, os negros ganhavam, em média, 39,2% a menos que os não negros.

Na Bahia, mulheres negras são mais afetadas pelo desemprego e representam 83,2% do total de domésticos sem carteira
Foto: Reprodução / Agência Brasil

O estado mais negro do Brasil, com mais de 80% da população se considerando preta ou parda, também se destaca pela desigualdade. A Bahia possui 83,2% do total de domésticos sem carteira em todo o estado.

 

O desemprego, a informalidade e o desalento tendem a atingir mais fortemente a população negra do que a branca, de acordo com um levantamento feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira (20).

 

No ano passado, na Bahia, os negros representavam 81,3% da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), mas, ao mesmo tempo, eram 85,3% dos desocupados, 84,9% dos desalentados e 84,3% dos subutilizados. O estudo da SEI teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2022.

 

O levantamento ainda aponta que a taxa de desocupação das pessoas com 14 anos ou mais de idade na Bahia foi de 14,3% em 2022, sendo que a taxa foi de 15,0% entre pessoas negras e de 11,5% entre pessoas brancas.

 

Além disso, a desocupação atingiu 19,1% das mulheres negras na força de trabalho correspondente no estado, o que, de acordo com a SEI, representa “maior dificuldade para as negras do que para as brancas (15,3%), os homens negros (11,9%) e os homens brancos (8,6%)”.

 

Em 2022, entre os ocupados na Bahia, 53,5% eram considerados informais (conjunto formado por empregado do setor privado sem carteira, trabalhador doméstico sem carteira, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar).


 

INFORMALIDADE E DESALENTO

A informalidade afetou 50,0% dos brancos e 54,1% dos negros. A desigualdade persistia quando se adicionava o recorte por gênero, mas colocava os homens negros na situação mais desfavorável nesse contexto, com uma taxa de informalidade de 55,5%.

 

O levantamento da SEI ainda aponta que o grau de informalidade foi de 53,0% para os ocupados brancos, 52,0% para as ocupadas negras e 45,8% para as ocupadas brancas.


 

Já o desalento possui taxa de 11,8% na Bahia em 2022, também costuma atingir mais intensamente pessoas negras (12,7%) do que brancas (8,3%). O desalento é descrito pela SEI como “situação daqueles fora da força de trabalho que estavam disponíveis para assumir um trabalho, mas não tomaram quaisquer providências por razões específicas de mercado”.

 

A desagregação adicional por gênero indicou a continuidade do desequilíbrio por raça ou cor no ano analisado, já que o desalento foi maior para homens negros (15,1%) do que brancos (11,0%) e maior para negras (11,4%) do que para brancas (6,8%).

Com alta de 1,6%, volume das atividades turísticas na Bahia volta a crescer e fica acima da média nacional, diz SEI
Foto: Tatiana Azeviche / Setur-BA

 

Após vir de queda de 1,4% em agosto deste ano na comparação com julho, o índice de atividades turísticas no Brasil expandiu 1,6% em relação ao mês anterior. Nessa comparação, a Bahia apontou a quarta variação positiva mais expressiva entre os locais pesquisados é superior à média nacional - que apresentou superávit de 1,5%.

 

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Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

De acordo com o Boletim da SEI, nove dos 12 locais pesquisados mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo. Nessa comparação, a Bahia (17,1%) apontou a segunda variação positiva mais expressiva entre os locais e superior à média nacional.

 

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 7,9%, nos nove primeiros meses do ano de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa análise cabe destacar, que a Bahia (13,9%) apontou a segunda variação positiva mais expressiva e superior à média nacional. 

 

O agregado especial de atividades turísticas no Brasil cresceu 9,2%, nos últimos doze meses, frente a igual período do ano anterior. Em termos regionais, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas. Nessa análise cabe destacar, que a Bahia (12,0%) apontou a terceira variação positiva mais expressiva entre os locais e superior à média nacional.

 

COMPARAÇÃO NACIONAL

Em setembro de 2023, o índice de atividades turísticas no Brasil apontou expansão de 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, após ter mostrado queda de 1,4% em agosto.

 

De acordo com a SEI, regionalmente, cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de expansão verificado na atividade turística nacional. As variações positivas mais expressivas ficaram com Rio de Janeiro (9,7%), seguido por Santa Catarina (6,2%) e Minas Gerais (2,1%).

 

Nessa comparação, a Bahia (1,6%) apontou a quarta variação positiva mais expressiva, após queda de 6,2% em agosto. Em sentido oposto, Ceará (-1,7%), Espirito Santo (-1,0%), e Distrito Federal (-0,7%) assinalaram os principais recuos. Em relação à receita nominal, nove dos 12 estados pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (2,3%).

 

O boletim ainda aponta destaque, em termos de variações mais expressivas, para o Rio de Janeiro (10,6%), seguido por Santa Catarina (6,9%) e Bahia (2,5%). Nessa comparação, a Bahia apontou a terceira variação positiva mais expressiva, após queda de 12,3% em agosto. Em sentido oposto, Distrito Federal (-2,1%), Rio Grande do Sul (-1,0%), e Espirito Santo (-0,3%), assinalaram os recuos.

“Baixo consumo e inflação” são responsáveis por queda de 0,4% do volume de serviços na Bahia em setembro, aponta SEI
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

 

Após registrar queda de 2,8% em agosto, o volume de serviços na Bahia volta a cair, mas dessa vez de maneira mais discreta, com retração de 0,4% na comparação com o mês anterior.

 

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

Apesar da queda em relação a agosto, na comparação com setembro de 2022, o setor cresceu 2,5%. Ainda assim, essa já é a quarta retração registrada para esse tipo de comparação no ano de 2023 no estado. A Bahia acompanhou a tendência nacional, já que a média para o conjunto dos estados foi de -0,3%.

 

De acordo com a SEI, o mês de setembro foi marcado pelo “baixo dinamismo no consumo dos serviços ofertados pelas empresas do setor, motivado pela inflação ainda elevada e pela queda da confiança empresarial no estado”.

 

ATIVIDADES

Três das cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima. De acordo com a SEI, os destaques foram as atividades de Serviços de informação e comunicação (11,6%), seguida pela atividade de Serviços prestados às famílias (7,8%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (6,0%).

 

Ainda segundo a Superintendência, por outro lado, as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,5%) e Outros serviços (-3,0%) recuaram. Nessa análise cabe destacar que o resultado da Bahia é superior à média nacional (-1,2%). 

 

Na comparação com o acumulado dos nove primeiros meses do ano de 2022, o setor expandiu 7,0%. Todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (13,5%), seguida por Serviços prestados às famílias (8,4%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%).

 

Outros serviços (4,9%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,5%) fecham a lista. Nessa análise a SEI destacou que o resultado da Bahia foi superior à média nacional (3,4%).

 

Já no acumulado dos últimos doze meses, em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor registrou ampliação de 6,3%. Mais uma vez, todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima.

 

O setor de Serviços de informação e comunicação (9,1%) apontou a variação mais expressiva, seguida por Outros serviços (8,5%), depois Serviços prestados às famílias (6,9%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,7%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (5,7%). Mais uma vez, nessa análise cabe também destacar, que o resultado da Bahia é superior à média nacional (4,4%).

Inflação oficial desacelera em outubro e Salvador tem aumento de preços acima da média nacional
Foto: Acervo IBGE

Depois de registrar 0,26% no mês de setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a cair e ficou em 0,24% agora em outubro. Foi o que revelou na manhã desta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar o indicador que representa a inflação oficial no Brasil. 

 

Apesar de o IPCA ter sido pressionado pelo aumento dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior, o resultado mostrou desaceleração e ficou abaixo das expectativas do mercado, que aposta em um índice de 0,29%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%, abaixo dos 5,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a variação havia sido de 0,59%.

 

O último boletim Focus do Banco Central, que registra estimativas de mais de 100 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, apresenta projeção de 4,63% para a inflação oficial ao final de 2023. 

 

De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação. Dentre eles, os destaques foram transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm maior peso no índice. Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%) que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

 

Já no grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%). A alimentação fora do domicílio (0,42%) também ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%) e do lanche (0,19%).

 

Em relação à inflação nas 16 capitais estudadas pelo IBGE, Salvador foi a cidade que teve a sexta maior aceleração nos preços, com 0,29% em outubro, puxada principalmente pela alta da taxa de água e esgoto (0,37%). Em setembro, Salvador havia registrado uma inflação de 0,05%. No ano, a capital baiana tem um índice inflacionário de 3,79%, um pouco acima da média nacional (3,75%). Já no acumulado de 12 meses, a cidade de Salvador registra uma inflação total de 4,46%, abaixo do IPCA verificado em todo o Brasil no mesmo período, que foi de 4,82%. 

 

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