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Artigos

Nestor Mendes Jr.
Adeus ao passarinheiro do Rio Almada
Fotos: Acervo pessoal/ Nestor Mendes Jr.

Adeus ao passarinheiro do Rio Almada

Carlos Elysio de Souza Libório estava em sua sala de diretor de Jornalismo da Rede Bahia, na Estrada de São Lázaro, quando a secretária Lúcia Nunes adentrou e disse: “Dr. Libório, o pessoal da portaria está avisando que deixaram uma ave para o senhor”. Liboreta – para os íntimos – se enfureceu: “Dona Lúcia, pegue logo isso, já, porque posso ser preso pelo Ibama”. Era um curió que o sambista maragojipano Edil Pacheco – também apreciador do belíssimo canto do Sporophila angolensis – tinha deixado de presente para o amigo.

Multimídia

André Fraga destaca importância da COP30 e explica papel do Brasil no debate climático global

André Fraga destaca importância da COP30 e explica papel do Brasil no debate climático global
O vereador André Fraga (PV), representante da pauta ambiental na Câmara Municipal de Salvador, afirmou que a COP30 representa uma oportunidade estratégica para o Brasil assumir um papel mais ativo no enfrentamento da crise climática global. A declaração foi feita durante entrevista ao Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

ibge

São Francisco do Conde ocupa a segunda melhor posição de PIB per capita do país, aponta IBGE
Foto montagem: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

Dados consolidados referentes ao exercício de 2023 apontam que o município de São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, detém o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, com o valor aproximado R$ 684 mil por habitante. O desempenho da cidade é impulsionado pela atividade de refino de petróleo, setor que também posicionou bem outras cidades do ranking nacional.

 

A liderança do país segundo levantamento do IBGE pertence a Saquarema (Rio de Janeiro), com R$ 722,4 mil por habitante, devido à extração de petróleo e gás. O grupo dos dez maiores PIB's per capita do país concentra 3,4% do PIB nacional, embora abrigue apenas 0,3% da população brasileira. A média nacional no período foi registrada em R$ 53,9 mil.


E A BAHIA?
Dados consolidados referentes ao exercício de 2023 apontam que o município de São Francisco do Conde detém o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, com o valor de R$ 684.319,23. 

 

Outros municípios no Oeste Baiano, como São Desidério e Formosa do Rio Preto, também se destacam no ranking por sua capacidade de produção agropecuária.  Em lista dos 10 municípios da Bahia com os maiores PIBs per capita em 2023:

  1. São Francisco do Conde - R$ 684.319,23

  2. São Desidério - R$ 259.713,10

  3. Formosa do Rio Preto - R$ 205.989,92

  4. Jaborandi - R$ 164.727,19

  5. Correntina - R$ 117.274,03

  6. Luís Eduardo Magalhães - R$ 107.118,26

  7. Pojuca - R$ 94.490,87

  8. Camaçari - R$ 91.283,07

  9. Riachão das Neves - R$ 87.644,68

  10. Mucuri - R$ 82.350,03

 

Em cidades como Pojuca, Camaçari e São Francisco do Conde, localizadas na Região Metropolitana de Salvador, têm sua economia voltada principalmente para o refino de petróleo e a indústria, impulsionando seus PIB's per capita.


Os municípios com menor produção segundo os mesmos dados, todos estão abaixo de R$ 10 mil por habitante, são eles os municípios dos menores PIB's per capita em 2023:

  1. Mansidão - R$ 8.462,31

  2. Lamarão - R$ 9.234,88

  3. Jussara - R$ 9.284,49

  4. Bom Jesus da Serra - R$ 9.492,91

  5. Presidente Jânio Quadros - R$ 9.667,50

  6. Santanópolis - R$ 9.692,77

  7. Érico Cardoso - R$ 9.707,09

  8. Serra Preta - R$ 9.738,74

  9. Buritirama - R$ 9.792,24

  10. Ibitiara - R$ 9.915,96

 

Esses municípios apresentam um PIB per capita significativamente mais baixo, o que pode refletir uma dependência maior de atividades de subsistência e uma base econômica. Confira em um mapa ilustrativo do BN com os valores de cada município baiano:

 

Fim de ano aquece mercado de trabalho e vagas temporárias viram porta de entrada para emprego fixo, diz especialista
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O fim do ano aquece tradicionalmente o mercado de trabalho, e 2025 não foge à regra. Com o aumento da demanda no comércio, na indústria, na logística e nos serviços, empresas em todo o país abrem centenas de vagas temporárias para atender ao movimento intenso típico desse período. Para quem está desempregado, esse pode ser exatamente o momento de retomar a carreira.

 

O cenário geral também é favorável. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro, mantendo um dos níveis mais baixos desde 2012. Na Bahia, o índice ficou em 8,5%, o menor da série histórica recente, embora ainda acima da média nacional. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, a especialista em recrutamento Rafaela Régis destacou que o último trimestre deste ano tem favorecido diversos setores, colaborando para o surgimento de novas oportunidades. À reportagem, ela também ressaltou a importância das vagas temporárias, explicando que, atualmente, elas também costumam funcionar como um processo seletivo ampliado.

 

“O mercado está reagindo melhor do que muita gente imagina. Há oportunidades surgindo em diversos setores, especialmente neste último trimestre. Temporário não significa instável. Pelo contrário: para muitas empresas, é uma forma de observar, em tempo real, quem entrega resultado, quem tem atitude e quem se adapta rápido. Esses profissionais saem na frente quando a temporada vira e chegam as vagas permanentes”, explicou a consultora.

 

Segundo a especialista, características simples fazem diferença hora da contratação efetiva. Qualidades como assiduidade, responsabilidade, boa comunicação, organização e vontade genuína de aprender costumam chamar a atenção dos recrutadores.

 

“O básico nunca sai de moda. Em um mercado tão competitivo, quem demonstra postura profissional desde o primeiro dia passa raramente despercebido”, diz.

 

Rafaela destaca que o final do ano é “um ponto de virada” para quem está buscando trabalho. E lista estratégias práticas para quem quer aproveitar o momento envolve tópicos como encarar a vaga temporária como oportunidade real, atualizar o currículo e perfis profissionais, fazer cursos rápidos e estratégicos, se preparar para entrevistas e construir conexões. 

 

"Torne visíveis suas habilidades, resultados e interesses. Um currículo estruturado e um perfil ativo no LinkedIn já fazem você pular etapas. Também busque se aperfeiçoar com cursos em atendimentos, logística, vendas e ferramentas digitais aumentam a empregabilidade de forma imediata. Pesquise sobre a empresa, sobre o setor e treine respostas. Demonstração de preparo conta muito. E mais: networking não é uma fórmula de mágica, mas abre portas que muitas vezes não aparecem nos sites de vagas", sugeriu a especialista.

 

O LINKEDIN
A psicóloga e analista de gente e gestão, com experiência em talent hacking, Maria Victoria de Alencar avalia que o LinkedIn é, hoje, uma ferramenta relevante principalmente para cargos mais corporativos, mas exige cautela no uso. Segundo ela, a plataforma funciona como um espaço de construção de marca pessoal e profissional, o que pode tanto favorecer quanto dificultar processos seletivos.

 

De acordo com a especialista, o LinkedIn “é sim muito útil” para quem atua ou busca posições em ambientes corporativos, especialmente por facilitar o networking. Ela pondera, no entanto, que recrutadores não costumam analisar todas as postagens de um candidato, nem chamá-lo apenas pela frequência de publicações. Ainda assim, destaca que conteúdos consistentes ajudam a fortalecer conexões profissionais.

 

“Quanto mais você posta conteúdo relevante, não apenas postagens vazias, você tende a construir uma rede de conexões que dialoga com você. Antes mesmo de postar, comentar de forma qualificada nas publicações de outras pessoas já ajuda a criar pontes”, explica.

 

Maria Victoria ressalta que esse movimento deve ser feito com atenção, já que tudo o que é publicado pode ser visto por futuros gestores, colegas ou contratantes. Para ela, o LinkedIn consolida uma imagem que passa a ser associada diretamente ao profissional.

 

“O LinkedIn acaba construindo uma marca pessoal e profissional que será associada a você. Isso pode ser muito útil, mas também pode prejudicar, dependendo de como essa imagem é construída”, afirma.

 

Sobre o impacto do comportamento nas redes sociais, a especialista pondera que não são todas as empresas que investigam perfis além do LinkedIn. Ainda assim, ela reconhece que, em alguns casos, publicações podem influenciar decisões de contratação, sobretudo em cargos mais estratégicos.

 

Ao Bahia Notícias, ela cita como exemplo postagens excessivamente negativas ou reclamações frequentes sobre empregadores, que podem gerar interpretações desfavoráveis.

 

“O que você posta pode influenciar, sim, se você será chamado para uma posição ou não. Não por todo mundo, mas por alguém. Existem denúncias justas, claro, mas também há postagens muito ‘reclamonas’ que acabam gerando julgamentos. Alguém sempre vai interpretar isso mal”, comentou.

 

Para quem foi demitido e busca recolocação no mercado, Maria Victoria aponta que o primeiro passo é acionar a rede de contatos. “Falar com amigos, ex-colegas, família. Se as pessoas conhecem seu trabalho e confiam em você, tendem a ajudar e indicar oportunidades”, destaca.

 

Além disso, ela recomenda ajustar cuidadosamente o currículo e o perfil no LinkedIn, manter perseverança e entender que procurar emprego é, por si só, um trabalho exigente. “É um processo demandante, então é preciso se estruturar emocionalmente para fazê-lo com qualidade”, afirma.

 

A especialista também observa que o mercado tende a absorver com mais facilidade profissional em contextos semelhantes aos que já vivenciaram. “É mais fácil ser contratado para cargos e ambientes parecidos com aqueles em que você já atuou. O contexto importa tanto quanto a função”, explica.

 

Por fim, Maria Victoria aponta que ferramentas digitais e inteligência artificial podem auxiliar na preparação para entrevistas e na adaptação de currículos. Segundo ela, plataformas que simulam entrevistas ou permitem treinar respostas podem ajudar candidatos a entender melhor o perfil das vagas e se preparar com mais segurança. Durante a entrevista ela também sugeriu a plataforma www.salariotransparente.com.br

 

“Olha, essa é uma plataforma voltada para salário, mas também tem uma parte para você se cadastrar que dá para você treinar, fazer entrevista com IA. Vale ressaltar que você pode fazer entrevista com IA utilizando qualquer plataforma, é só você fazer um prompt bom”, explicou Maria Victoria de Alencar.

Setor de serviços registra alta na Bahia entre setembro e outubro de 2025, diz IBGE
Foto: Agência Brasil/Arquivo

O volume de serviços prestados na Bahia seguiu em alta (0,6%) na passagem de setembro para outubro de 2025, na série com ajuste sazonal (que retira do cálculo o efeito de eventos/datas recorrentes como Carnaval, Páscoa etc.).

 

Segundo IBGE, este foi o segundo resultado positivo consecutivo, após 5 meses entre quedas e estabilidade nos serviços baianos nessa comparação. Também foi superior ao nacional (0,3%), embora apenas o 12º melhor índice entre as 27 unidades da Federação. Entre setembro e outubro, o setor de serviços mostrou avanços em 15 dos 27 estados, liderados por Acre (10,0%), Piauí (7,3%) e Mato Grosso do Sul (6,3%).

 

Por outro lado, Tocantins (-5,7%), Distrito Federal (-3,9%) e Mato Grosso (-3,3%) apresentaram as piores retrações no comparativo com o mês anterior. Já frente ao mesmo mês (outubro) de 2024, o volume dos serviços baianos voltou a cair (-2,8%), retornando a sequência de resultados negativos, após ter registrado variação positiva em setembro (que havia sido de 0,3%). 

 

O desempenho, ficou bem abaixo do nacional (2,2%) e foi o 4º recuo mais intenso entre os estados, acima apenas dos registrados em Tocantins (-8,4%), Amazonas (-5,2%) e Rio Grande do Sul (-3,7%). Nessa comparação, o volume dos serviços cresceu em 17 das 27 unidades da Federação, lideradas por Rondônia (16,5%), Distrito Federal (7,8%) e Mato Grosso do Sul (5,6%).

 

Os serviços baianos sustentam resultados negativos tanto no acumulado no ano de 2025 (-1,1%) quanto nos 12 meses encerrados em outubro (-0,9%). Nos dois casos, os índices estão abaixo dos verificados no Brasil como um todo (2,8% em ambos os acumulados), sendo ainda os 4ºs menores dentre os estados.

 

COMPARAÇÃO COM 2024
O recuo do volume de serviços prestados na Bahia em outubro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024 (-2,8%), foi concentrado em duas das cinco atividades investigadas pelo IBGE: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-6,9%) e serviços prestados às famílias (-4,9%). 

 

Os transportes, atividade com o maior peso na composição do setor de serviços na Bahia, tiveram a queda mais profunda e deram a principal contribuição para a retração geral no mês. O segmento retomou a sequência de resultados negativos, iniciada em dezembro de 2024, depois de ter registrado alta em setembro (1,7%), e apresenta o pior resultado no acumulado em 2025 (-3,3%). 

 

Já os serviços prestados às famílias tiveram o quinto recuo consecutivo(-4,7%) e sustentam o segundo pior resultado no ano (-1,4%). Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (2,5%), com o segundo maior aumento entre as atividades, foram os que mais ajudaram a segurar a queda geral do setor de serviços baiano em outubro. O segmento teve um segundo resultado positivo consecutivo, mas ainda apresenta recuo no acumulado em 2025 (-0,3%).

 

Os outros serviços tiveram o maior aumento no volume prestado (10,1%) e também foram importantes para evitar uma retração maior do setor como um todo no estado, em outubro. A atividade cresce há 14 meses seguidos (desde setembro de 2024) e tem o melhor resultado no acumulado em 2025 (9,4%).

IBGE prevê queda na safra baiana de 2026, enquanto Conab projeta crescimento no ciclo 2025/2026, avalia SEI
Foto: Mateus Pereira / GOVBA

O Brasil deve enfrentar um novo cenário no campo em 2026. Após safra recorde de grãos em 2025, o IBGE divulgou um segundo prognóstico para o próximo ciclo agrícola, prevendo queda de 4,7% na produção baiana. O recuo deve ser impulsionado principalmente pela redução no rendimento da soja e pela baixa rentabilidade do algodão, dois pilares da produção nacional.

 

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), analisado pela SEI e divulgado nesta quinta-feira (11), a Bahia deve encerrar 2025 com 12,8 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas. O resultado representa crescimento de 12,8% frente a 2024 e consolida o estado como uma das principais forças agrícolas do país. O desempenho é sustentado pelo avanço da área plantada, que chegou a 3,65 milhões de hectares, e pelo aumento do rendimento médio, agora em 3,52 t/ha, alta de 9,8%.

 

SOJA
A soja, carro-chefe da produção baiana, deve fechar 2025 com 8,61 milhões de toneladas, alta de 14,3%. O rendimento de 4 t/ha impulsiona o resultado. Para 2026, porém, o cenário muda. O IBGE aponta queda de 5,7% na produção, reflexo do baixo ritmo de expansão da área plantada, causado pelos preços desestimulantes da commodity no mercado internacional.

 

ALGODÃO 

Outro destaque negativo no prognóstico de 2026 é o algodão, que deve recuar 17,5%. O setor enfrenta custo de produção elevado e preços pouco atrativos, reduzindo margens de lucro.

 

Ainda assim, em 2025 a Bahia mantém posição de destaque. São 1,79 milhão de toneladas, o que consolida o estado como maior produtor do Nordeste e segundo maior do Brasil, atrás do Mato Grosso.

 

MILHO E FEIJÃO 

O milho deve encerrar 2025 com 2,74 milhões de toneladas (+18,2%). A primeira safra cresceu 24,6%, enquanto a segunda deve avançar 5,3% Para 2026, o prognóstico mostra queda na 2ª safra (-11,5%), mas crescimento na 1ª safra (+8,1%). No feijão, a safra 2025 deve somar 187 mil toneladas (-15,8%). O IBGE prevê para 2026 recuo na 2ª safra (-14,9%), mas forte alta na 1ª (+35,3%).

 

Ainda segundo a SEI, o café colheu 262 mil toneladas (+5,1%); arábica cai 14,6% e canéfora sobe 19,3%. A cana-de-açúcar obteve 6,24 milhões de toneladas (+12,6%). O cacau chegou a 119 mil toneladas (+7%). Na fruticultura, banana (+4,8%), laranja (+0,3%) e uva (+84,4%). No caso da mandioca foram 907 mil toneladas (+14,7%), e o tomate expressou queda expressiva de 48,4%.

 

PROJEÇÃO DA CONAB

Enquanto o IBGE projeta queda na produção, a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] indica tendência oposta. O terceiro levantamento para a safra 2025/2026 estima 14,6 milhões de toneladas, alta de 4,4%. O crescimento é impulsionado pela expansão da área plantada em 181 mil hectares (+4,6%), totalizando 4,1 milhões de ha. O destaque é a soja, que deve expandir 201 mil ha.


A Conab prevê aumento de 9,4% na área de soja, totalizando 2,34 milhões de ha, com produção estimada em 9,25 milhões de toneladas (+4,5%). Mesmo com o avanço, a produtividade deve cair 4,5%. Algodão, milho, feijão e sorgo também avançam.

 

O primeiro deve bater 2,05 milhões de toneladas (+2,5%). O segundo 2,87 milhões de toneladas (+2,2%), com forte peso da 1ª e 3ª safra. Já o feijão pode chegar a 347 mil toneladas (+19,4%), favorecido pelas chuvas no oeste baiano, e o sorgo 798 mil toneladas (+2,1%).

PIB brasileiro fica abaixo do esperado com resultado de 0,1% no terceiro trimestre de 2025
Foto: Arquivo Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou praticamente estável no terceiro trimestre de 2025, registrando um pequeno crescimento de 0,1%. Quando comparado, entretanto, ao mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 1,8% neste terceiro trimestre. 

 

A composição do resultado do PIB teve uma influência positiva a partir de maior crescimento da Agropecuária (0,4%) e da Indústria (0,8%). Já o percentual verificado para o setor de Serviços, que tem maior peso na economia, ficou praticamente estável (0,1%), ajudando a taxa geral a ficar nos mesmos 0,1%.

 

Esses foram alguns dos resultados do Sistema de Contas Nacionais, divulgado na manhã desta quinta-feira (4) pelo IBGE. 

 

O percentual apurado ficou levemente abaixo do esperado. A expectativa em pesquisa do mercado financeiro era de crescimento de 0,2% na comparação com o trimestre anterior. 

 

O estudo do IBGE mostra que, em valores correntes, o PIB brasileiro no terceiro trimestre chegou a R$ 3,2 trilhões. O Valor Adicionado dos três grandes segmentos da economia foi de R$ 176,2 bilhões para a Agropecuária, R$ 682,2 bilhões para a Indústria e R$ 1,9 trilhão para os Serviços.

 

Pelo lado das despesas, o Consumo das Famílias (0,1%) ficou praticamente estável e o Consumo do Governo cresceu 1,3%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

 

O avanço de 1,8% apurado na comparação com o mesmo período do ano anterior se deve principalmente à Agropecuária, que cresceu 10,1% em relação a 2024. Esse crescimento foi puxado por aumentos acima de 10% na produção de três culturas com safras significativas no terceiro trimestre: milho (23,5%), laranja (13,5%) e algodão (10,6%). 

 

Na mesma comparação, a Indústria cresceu 1,7%, puxada pela alta de 11,9% nas Indústrias extrativas, com a maior extração de petróleo e gás. A Construção também cresceu (2,0%). 

 

Por outro lado, houve quedas nas Indústrias de transformação (-0,6%) e em Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,0%).

 

O setor de Serviços (1,3%) avançou frente ao mesmo período de 2024. Os principais resultados positivos vieram de Informação e comunicação (5,3%), Transporte, armazenagem e correio (4,2%) e Atividades imobiliárias (2,0%). 
 

Mais de 8 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2023 e 2024, aponta IBGE
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Cerca de 8,6 milhões de pessoas saíram da pobreza e outras 1,9 milhão deixaram a condição de miséria no Brasil entre 2023 e 2024. É o que apontam os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3). Segundo o estudo, a proporção da população na pobreza caiu de 27,3% em 2023 para 23,1% em 2024.

 

Este é o menor nível já registrado desde 2012, quando começa a série histórica do IBGE. Segundo o levantamento, no ano passado, o Brasil tinha 48,9 milhões de pessoas que viviam com menos de US$ 6,85 por dia, o equivalente à cerca de R$ 694 por mês, em valores corrigidos. O valor é o limite que o Banco Mundial define como linha da pobreza. Em 2023, o contingente na pobreza era de 57,6 milhões de brasileiros.

 

Foi a terceira queda consecutiva deste indicador, que vem diminuindo anualmente desde 2022, após atingir seu percentual mais alto em 2021, com 36,8%, ou 76,9 milhões de pessoas, na pandemia de Covid-19. No caso da extrema pobreza, o Brasil vivenciou também redução das pessoas que viviam com renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 218 mensais em valores corrigidos. 

 

De 2023 para 2024, esse contingente passou de 9,3 milhões para 7,4 milhões, ou seja, 1,9 milhão de pessoas deixaram a condição. Essa evolução fez com que a proporção da população na extrema pobreza recuasse de 4,4% para 3,5%, a menor já registrada.

 

RETRATOS DA POBREZA
Regionalmente, o Nordeste teve a maior redução anual na proporção de pobres em sua população: de 47,2% em 2023 para 39,4% em 2024, uma queda de 7,8 pontos percentuais. A proporção de pobres na Região Sul foi a menor do país em 2024: 11,2%.

 

Entre as disparidades de gênero, a pobreza atinge, proporcionalmente, mais as mulheres (24%) do que os homens (22,2%). As taxas de pobreza e extrema pobreza chegaram, respectivamente, a 4,5% e 30,4%, entre as mulheres pretas ou pardas, enquanto entre os homens brancos os percentuais foram de 2,2% e 14,7%.

 

No panorama de raça ou etnia, as pessoas pretas e pardas, juntas, representavam 56,8% do total da população e 71,3% dos pobres do país. Entre as pessoas pretas, 25,8% eram pobres e, entre as pardas, 29,8% estavam nessa condição, enquanto a prevalência da pobreza entre as pessoas brancas era de 15,1%. Cerca de 3,9% das pessoas de cor ou raça preta e 4,5% das pardas eram extremamente pobres em 2024 (contra 2,2% entre brancos).

 

Entre as crianças e adolescentes de 0 a 14 anos de idade, 5,6% eram extremamente pobres e 39,7% eram pobres, proporções superiores às da população com 60 anos ou mais de idade: 1,9% e 8,3%, respectivamente.
 

Com queda de preços na energia elétrica, inflação registrou 0,09% em outubro, menor índice no período desde 1998
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que revela a inflação oficial do país, registrou um resultado de 0,09% no mês de outubro. Este percentual é o menor para o período desde 1998, quando o índice foi de 0,02%.

 

Além de ter o menor resultado em 27 anos, a inflação oficial recuou 0,39% entre setembro e outubro deste ano, caindo de 0,48% no mês retrasado para 0,09%. A queda acentuada se deu principalmente por preços menores na energia elétrica residencial,  com a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1.

 

Os números do IPCA foram apresentados nesta terça-feira (11) pelo IBGE. De acordo com o órgão, no ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%. 

 

O indicador menor em outubro teve forte influência graças à diminuição de preços no gasto da energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,39%. Outros destaques na composição da redução no IPCA foram as quedas nos preços de aparelhos telefônicos (-2,54%) e no seguro voluntário de veículos (-2,13%).

 

O IPCA de outubro revelou também uma interrupção na sequência de quedas que vinha acontecendo no grupo alimentação e bebidas. Os preços desse grupo apresentaram estabilidade em relação a setembro, variando 0,01%. 

 

Na composição do resultado geral do IPCA de outubro, os preços do setor de alimentação acabaram não exercendo pressão, e a variação de 0,01% é a menor para um mês de outubro desde 2017, quando foi de -0,05%. 

 

Já a alimentação no domicílio caiu 0,16%, com destaque para as quedas do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). Dentre as altas, estão a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).

 

Na análise regional, os índices apontam que a maior variação foi registrada na cidade de Goiânia (0,96%), impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (6,08%) e da gasolina (4,78%). A menor variação (-0,15%) foi registrada em São Luís, em função da queda do arroz (-3,49%) e da gasolina (-1,24%), e em Belo Horizonte, com destaque para as quedas na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-2,71%).

 

A cidade de Salvador, que em setembro havia tido uma inflação de 0,17%, registrou queda no indicador oficial e fechou outubro em 0,06%. O resultado ficou abaixo da média nacional do IPCA, que foi de 0,09%.

 

No ano de 2025, a inflação total na capital baiana está em 3,17%, abaixo do total apurado pelo IBGE para o país, que ficou em 3,73%. Já no acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação registra 4,39% em Salvador, também abaixo da média nacional para o mesmo período, que é de 4,68%. 
 

Apenas 12 prefeituras baianas contam com restaurante popular e 9 têm cozinha comunitária, revela IBGE
Foto: Reprodução / Prefeitura de Paulo Afonso

O Suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024 divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (7) apontou baixa cobertura de equipamentos públicos voltados à segurança alimentar em prefeituras da Bahia.

 

No ano passado, apenas 12 dos 417 municípios baianos, ou 2,9% do total, contavam com restaurante popular mantido pela gestão municipal. No total, eram 22 restaurantes populares no estado, sendo que 18 serviam apenas uma refeição por dia.

 

As cidades que dispunham do serviço eram Alagoinhas, Brumado, Dom Basílio, Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Ribeira do Amparo, Salvador, São Félix do Coribe e Vitória da Conquista.

 

A proporção baiana é inferior à média nacional (3,8%), equivalente a 212 cidades em todo o país. Entre os estados, a Bahia ocupa a 14ª posição no ranking. O Maranhão (14,7%), o Rio de Janeiro (12%) e o Amazonas (9,7%) lideram a lista. Já Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul não contam com o serviço.

 

COZINHAS COMUNITÁRIAS MAIS RARAS

O número de municípios com cozinhas comunitárias é ainda menor. Em 2024, nove cidades baianas (2,2%) mantinham o serviço, em um total de 11 unidades em funcionamento — apenas cinco delas serviam três ou mais refeições por dia.

 

Os municípios com cozinhas comunitárias eram Biritinga, Lauro de Freitas, Malhada de Pedras, Maraú, Nova Canaã, Nova Redenção, Paulo Afonso, Santa Inês e Santo Estêvão. A Bahia também ficou abaixo da média nacional (5,1%), com a 13ª maior proporção entre os estados. O ranking é liderado por Pernambuco (67,6%), Ceará (19%) e Alagoas (6,9%). Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e o Distrito Federal não têm cozinhas comunitárias.

 

BANCO DE ALIMENTOS

O levantamento aponta que apenas 16 municípios baianos (3,8%) contavam com Banco de Alimentos sob responsabilidade da gestão municipal. As cidades que tinham o equipamento eram Belo Campo, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Camaçari, Carinhanha, Cocos, Ibotirama, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paratinga, Paulo Afonso, Piatã, Salvador, Serra do Ramalho, Sítio do Mato e Teixeira de Freitas.


A proporção baiana é ligeiramente menor que a nacional (4,1%), mas o estado ocupa a 9ª posição no país. Minas Gerais (10,1%), São Paulo (8,5%) e Ceará (7,3%) lideram. Já Amazonas, Roraima, Amapá e Alagoas não têm o serviço.

 

MERCADOS PÚBLICOS 

Apesar dos baixos índices nos programas de alimentação, a Bahia se destaca na gestão de mercados públicos. Mais da metade das cidades do estado (213 municípios, ou 51,1%) têm mercado público administrado pela gestão municipal, um total de 345 mercados, dos quais 327 (94,8%) estão sob responsabilidade exclusiva das prefeituras.

 

A proporção é superior à nacional (29,2%), mas coloca a Bahia apenas na 12ª posição entre os estados. O Acre (77,3%), o Amazonas (74,2%) e o Ceará (73,9%) lideram o ranking. Além disso, nove municípios (2,2%) têm mercados públicos estaduais, e sete (1,7%) contam com mercados mantidos por entidades privadas.

 

SACOLÕES E QUITANDAS PÚBLICAS AINDA SÃO EXCEÇÃO

Em 2024, apenas Paulo Afonso tinha um sacolão ou quitanda pública mantida pela gestão municipal, em parceria com entidades privadas.

 

Em todo o país, apenas 27 cidades abrigavam esse tipo de equipamento, distribuídas em 12 unidades da Federação. Já os sacolões privados estavam presentes em dez municípios baianos.

Bahia tinha 61,4% de prefeituras com alguma estrutura de segurança alimentar em 2024, aponta IBGE
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A Bahia registrou, no ano passado, 256 dos 417 municípios (61,4%) com algum tipo de estrutura de gestão na área de segurança alimentar e nutricional. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e faz parte do Suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024. O dado é superior à média nacional, que foi de 50,7% (2.826 dos 5.570 municípios).

 

Segundo o IBGE, as estruturas municipais variam entre secretarias exclusivas, setores subordinados a outras pastas ou vinculados diretamente ao Executivo local. Entre os estados, a Bahia ocupou a 10ª posição nacional (excluindo o Distrito Federal) em proporção de municípios com esse tipo de estrutura.

 

O ranking foi liderado por Amapá (93,8%), Ceará (85,9%) e Maranhão (80,2%), enquanto Goiás (22,0%), Acre (22,7%) e Mato Grosso do Sul (27,8%) apresentaram os menores índices. Ainda segundo o levantamento, entre 2023 e 2024, o número de cidades baianas com estrutura na área de segurança alimentar aumentou 6,2%, passando de 241 para 256.

 

No mesmo período, o avanço nacional foi de 0,9%, de 2.799 para 2.826 municípios. Na Bahia, acrescenta a pesquisa, apenas 14 cidades (5,5%) tinham uma secretaria municipal exclusiva voltada ao tema. A maioria (222 municípios, ou 86,7%) tinha o setor subordinado a outra secretaria, sendo que, em 185 deles, se vinculava à área de assistência social.

 

Ainda conforme o suplemento, o problema ainda atingia 2,1 milhões de residências (37,8%), onde moravam 5,8 milhões de pessoas (39,1% da população), apesar da redução em relação a anos anteriores. Em 2023, por exemplo, 321 municípios baianos (77%) realizaram ações de promoção do acesso da população a alimentos, proporção superior à média nacional de 71,5% (3.985 municípios).

 

CESTAS BÁSICAS

Com esse índice, a Bahia ficou em 9º lugar no ranking nacional, liderado por Alagoas (89,2%), Espírito Santo (85,9%) e Ceará (85,9%). O IBGE ainda informou que a distribuição de cestas básicas foi a ação mais comum, presente em 315 municípios.

 

Outras iniciativas incluíram a oferta de refeições prontas (41 cidades), benefícios monetários (18 cidades) e ações diversas (50 municípios). Ainda em 2023, 342 municípios baianos (82%) ofertaram o Benefício Eventual da Assistência Social a famílias em situação de insegurança alimentar — também acima da média nacional, de 78,3% (4.363 municípios).

 

O estado ocupou a 12ª posição no ranking, liderado por Sergipe (93,3%), Espírito Santo (91,0%) e Paraíba (89,7%). Entre os municípios baianos que ofereciam o benefício, 98% (335) distribuíam cestas básicas aos beneficiários.

 

Em 85 cidades, o auxílio incluía distribuição de alimentos in natura, e em 22, benefício monetário. No total, 247,5 mil famílias receberam o Benefício Eventual da Assistência Social na Bahia, o 5º maior contingente entre os estados. No Brasil, 3,3 milhões de famílias foram contempladas.

 

Em julho passado, um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) informou que o Brasil tinha deixado o Mapa da Fome. Com isso, o país ficava abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.

 

O Brasil já tinha alcançado o patamar em 2014, mas retornou ao Mapa da Fome entre 2018 e 2020. (Atualizado às 12h36)

Cidades do amor: IBGE revela cidades com maior número de uniões conjugais na Bahia
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Em algumas cidades baianas, o amor ainda está no ar. Os dados do índice de “nupcialidade” do Censo do IBGE de 2022, divulgados nesta quarta-feira (5), revelam as três cidades baianas que possuem os maiores índices de uniões conjugais, sejam elas formais ou informais. Segundo o levantamento, a Bahia possui 48% de sua população com mais de 10 anos de idade vivendo relacionamentos conjugais, registrados em cartório ou não, mas três cidades superam a média estadual e se tornam a “cidade do amor”. 

 

Na Bahia, em 2022, 193 dos 417 municípios tinham mais da metade da população de 10 anos ou mais de idade vivendo em união conjugal, mas os principais eram Feira da Mata, na região do Velho Chico, com 60,0% da população com mais de 10 anos vivendo em uniões conjugais. Em seguida, vem Brejo Velho (59,0%), na Bacia do Rio Corrente, e Rio do Antônio (58,8%), no sertão produtivo. Na lanterna dos casamentos, Anguera (40,6%) e Teodoro Sampaio (40,6%) e Tanquinho (40,4%), todas na região do Portal do Sertão, tinham os menores percentuais. 

 

Por outro lado, existem aqueles municípios em que o amor ficou mais esquecido. O mesmo levantamento do IBGE destaca as cidades que possuem o maior número de pessoas “descasadas” ou “solteironas” e Salvador é uma delas. 

 

No Brasil, a capital baiana fica de fora da “trilha do amor” e é considerada a principal entre os “descasados”, ou seja, pessoas que já viveram uniões conjugais mas não vivem mais. Esse grupo representava 23,8% da população soteropolitana em 2022, ou 511.638 pessoas. Ou seja, 1 em cada 5 moradores de 10 anos ou mais de idade em Salvador já haviam vivido em união conjugal, mas não viviam mais. 

 

A participação do grupo de “descasados” na população soteropolitana ficava discretamente acima da de Porto Alegre no Rio Grande do Sul (23,7%); em 3º lugar vinha o Rio de Janeiro (RJ) (22,7%). Quando analisadas variações de porcentagem, entre os censos de 2010 e 2022, Salvador foi a capital que teve o maior ganho de participação de pessoas “descasadas”: o índice foi de 18,3% em 2010, para 23,8% em 2022, registrando mais 5,5% pontos percentuais. 

 

Além de ter a maior proporção de “descasados”, a capital baiana possui a 2ª menor proporção, entre as capitais, de pessoas “casadas”, ou seja, pessoas de 10 anos ou mais que viviam em união conjugal. Ao todo, eram 963.209 mil baianos, sendo 44,7% da população. Nesse sentido, Salvador só ficava acima de São Luís no Maranhão (44,5%).

 

Salvador também possui uma grande população de “solteirões”, aquelas que não viviam e nunca viveram em união conjugal. Em 2022, 3 de cada 10 moradores da capital (31,5%), o equivalente a 679.425 pessoas, nunca tinham vivido em união conjugal. No entanto, o número caiu significativamente em comparação a 2010, quando os “solteirões” somavam 877.876 pessoas, ou 37,7% da população.

 

Mas para além da capital, se destacam entre os “descasados” as cidades de Almadina (27,0%), no Litoral sul; Gongogi (26,7%), no Médio Rio de Contas; e Cachoeira (26,5%), no Recôncavo baiano. Por outro lado, os menores índices de pessoas que já viveram uniões conjugais, mas não vivem mais estavam localizadas em Lagoa Real (11,6%), no Sertão baiano; Tabocas do Brejo Velho (11,2%), na Bacia do Rio Corrente; e Tanque Novo (10,3%) também no sertão baiano.

 

No caso dos “solteirões”, os municípios com maior porcentagem da população que nunca viveu em união conjugal na população de 10 anos ou mais eram Ipecaetá (38,2%), no Portal do Sertão; Mansidão (37,9%), na Bacia do Rio Grande; e Antônio Cardoso (37,3%), também no Portal do Sertão. Os menores percentuais estavam em Nova Ibiá (26,1%), Mutuípe (26,0%) e Várzea do Poço (25,4%).

Fim do romance? Bahia tem a segunda maior população de “descasados” do Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil

Ao menos um a cada 5 baianos já viveu uma união conjugal, seja um casamento formal ou não, mas não vivem mais. Essa população foi nomeada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como os “descasados”, que, na Bahia, representam ao menos 20,4% das pessoas com mais de 10 anos de idade. Os dados compõem o índice de “nupcialidade” do Censo do IBGE de 2022, divulgados nesta quarta-feira (5). 

 

Segundo o levantamento, a Bahia possui a segunda maior população de “descasados” do Brasil, com mais de 2,5 milhões de pessoas descasadas, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que possui um índice de 21,4%. Além dos números atuais, o que chama atenção, é o crescimento deste grupo entre um censo e outro. Em 2010, os “descasados” eram 15,6%, e em 12 anos o número avançou 4,8%. O mesmo aconteceu no Brasil como um todo: Há 14 anos, o país possuía um índice de 14,6% da população e em 2022 o número chegou a 18,6%.

 

Apesar dos números, o romance ainda não foi esquecido na Bahia. O IBGE ainda contabilizou o número de pessoas que ainda vivem em união conjugal. Em 2022, quase metade dos baianos (48%) com mais de 10 anos, cerca de 5.967.653 pessoas, viviam em uma união conjugal, sejam casamentos religiosos e/ou civis ou uniões consensuais, registradas ou não. 

 

Acontece que em comparação com o país, a Bahia ainda fica atrás de outros estados na “corrida dos casamentos”. A proporção de uniões conjugais na Bahia, em 2022, ainda era a 5ª menor entre os estados (48%), ficando abaixo da média nacional, que era de 51,3%. Nesse cenário, o estado ficou atrás apenas do Rio de Janeiro (48,6%), Amazonas (48,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amapá (47,1%).

 

Entre casados e “descasados” a Bahia ainda possui um grande índice de pessoas que nunca viveram uma união conjugal. Em 2022, 3 de cada 10 baianos eram “solteirões” e nunca tinham vivido uma relação conjugal, cerca de 31,0% ou 3,8 milhões de pessoas com 10 anos ou mais. Ao contrário dos demais grupos, o índice de “solteirões” diminuiu entre 2010 e 2022: Há 14 anos, essa população representava 37,4% dos baianos. 

 

PERFIL DAS UNIÕES CONJUGAIS NA BAHIA
Os dados do Censo ainda detalham os formatos de união conjugal na Bahia. Segundo o levantamento, a Bahia viveu um “boom” dos casamentos civis entre 2010 e 2022. Os casados apenas no civil eram pouco mais de 1 milhão de baianos há 14 anos e se tornaram 1,2 dos cidadãos do estado em 2022, saindo de 18,4% para 21,4% das uniões do estado. 

 

Em contraponto, os casamentos apenas religiosos diminuíram: eram 358.101 de baianos casados nesse modelo em 2010 (6,5%) e se tornaram 262.044 em 2022 (4,4% do total). Os casamentos que unem o civil e o religioso aumentaram numericamente, saindo de 1,624 milhão para 1,689 em 12 anos, mas diminuíram proporcionalmente, de de 29,3% em 2010 para 28,3% do total de uniões conjugais em 2022.

 

Já o número de uniões consensuais, sejam elas registradas em cartório ou não, cresceu 8,1% (de 2.536.025 para 2.740.716) e continuou predominante entre os tipos de união conjugal na Bahia, mas manteve sua participação no total praticamente estável, em 45,9%.

Maria e José são nomes mais populares da Bahia, revela censo 2022
Foto: Unsplash / Aditya Romansa

O Censo Demográfico 2022 confirmou que os nomes Maria e José continuam liderando o ranking dos mais populares na Bahia, repetindo o padrão observado em 2010. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1 em cada 10 mulheres baianas (10,7%) se chama Maria, o que corresponde a 783.021 pessoas — o equivalente a 5,5% da população do estado. Entre os homens, José segue na dianteira, com 361.017 registros (5,3%).

 

O nome Maria se manteve no topo entre as mulheres e registrou crescimento de 2,5% em 12 anos — eram 763.662 em 2010. O segundo nome feminino mais comum é Ana, com 273.416 mulheres, um aumento de 26,7% desde o último Censo.

 

A novidade no ranking feminino foi a ascensão de Júlia, que subiu da 28ª para a 3ª posição entre 2010 e 2022, totalizando 36.337 mulheres. O nome registrou alta de 60,1%, ganhando 13.725 novos registros no período.

 

Fecham o top-5 os nomes Adriana (33.139 mulheres) e Rita (31.887), ambos com queda em relação a 2010. Já Josefa, que ocupava o 5º lugar em 2010, saiu do ranking principal e passou a ser o 12º nome mais frequente.

 

Entre as crianças nascidas entre 2020 e 2022, os nomes mais populares na Bahia foram Maria (40.082), Ana (20.998), Laura (8.309), Alice (6.913) e Luna (5.258), indicando uma tendência de renovação nos registros femininos.

 

Embora José continue sendo o nome masculino mais popular, o número de registros caiu 13,6% entre 2010 e 2022 — de 417.671 para 361.017 homens. Em contrapartida, João se consolidou como o nome preferido entre os nascidos a partir dos anos 2000, com 219.615 registros, alta de 13,7%.

 

O nome Antônio, que ocupava a segunda posição, caiu para terceiro lugar, com 168.589 registros, uma redução de 16,7%. A principal novidade foi a entrada de Pedro no top-5, com 96.901 registros, crescimento de 35,7% desde 2010. O nome Carlos completa o ranking, enquanto Paulo deixou a lista principal.

 

Entre os nascidos entre 2020 e 2022, os nomes masculinos mais comuns foram João (16.693), Davi (10.352), Enzo (10.063), Arthur (9.610) e Miguel (9.457), evidenciando uma mudança nas preferências das famílias baianas.

 

Na capital, Maria também se mantém como o nome mais popular, com 116.625 registros, embora tenha apresentado leve queda de 2,1% desde 2010. Em seguida vêm Ana (50.689), Rita (8.525), Júlia (7.806) e Patrícia (7.369).

 

Entre os homens soteropolitanos, José segue em primeiro, com 38.359 registros, mas apresentou queda de 23,3% frente a 2010. Completam o top-5: Antônio (27.977), João (27.867), Carlos (19.607) e Paulo (15.931).

 

O levantamento também revelou que a Bahia é um dos dois únicos estados brasileiros, ao lado de Sergipe, em que o sobrenome Santos é o mais comum. Ele aparece em 1 a cada 4 moradores (26,3%), totalizando 3,7 milhões de pessoas.

 

O segundo sobrenome mais popular é Silva, presente em 17,6% da população (2,48 milhões), seguido por Souza (8,4%), Oliveira (8,1%) e Jesus (7,6%).

 

O caso de Jesus chama atenção: das 2,8 milhões de pessoas com esse sobrenome no país, 37,7% vivem na Bahia — cerca de 1,07 milhão. Todos os dez municípios com maior concentração de pessoas com sobrenome Jesus estão no estado, liderados por Presidente Tancredo Neves (29,2%), Teolândia (29,0%) e Piraí do Norte (26,0%).

 

Em Salvador, os cinco sobrenomes mais frequentes em 2022 foram Santos (605.141 pessoas), Silva (322.839), Souza (150.350), Jesus (149.985) e Oliveira (148.223).

Número de cidades com transporte por aplicativo na Bahia cresce 84% em quatro anos, revela IBGE
Luís Eduardo Magalhães / Foto: Reprodução / iBahia

O número de municípios baianos com transporte por aplicativo [a exemplo de Uber e 99] cresceu 84,6% entre 2020 e 2024, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE.

 

Conforme o levantamento, o serviço está presente em 48 dos 417 municípios da Bahia, o que representa 11,5% do total. Apesar da expansão, a proporção ainda é inferior à média nacional (26,3%), sendo a 8ª menor do país. Em 2020, apenas 26 cidades baianas contavam com transporte por aplicativo.

 

O crescimento coloca o estado na 12ª posição nacional em ritmo de expansão, em um ranking liderado por Tocantins (+266,7%), Roraima (+200%) e Pernambuco (+150%).


POUCA MUDANÇA EM OUTROS MODAIS
Entre 2020 e 2024, a Bahia apresentou pequenas variações em outros meios de transporte. O número de municípios com serviço de van caiu de 364 para 350 (-3,8%), enquanto os que oferecem táxi e mototáxi registraram ligeira alta, passando de 317 para 318 (+0,3%) e de 316 para 317 (+0,3%), respectivamente.

 

O número de cidades sem nenhum tipo de transporte público ou privado apurado também aumentou, passando de 12 para 19 (+58,3%), o equivalente a 4,6% dos municípios baianos. O índice, no entanto, é menor que o nacional (8,1%).


GRATUIDADE E CICLOVIAS
A pesquisa também revelou que 63 municípios baianos (15,1%) oferecem gratuidade total no transporte coletivo, sendo que em 33 cidades (7,9%) o benefício vale todos os dias. No Brasil, a média é de 11,7% das cidades com transporte gratuito diário.

 

Outro destaque na pesquisa foi o crescimento das ciclovias. Entre 2020 e 2024, o número de municípios baianos com infraestrutura cicloviária passou de 79 para 87, um avanço de 10,1%, superior ao crescimento nacional de 6%.

Apenas um terço de prefeituras da Bahia conta com estrutura para políticas de igualdade racial, aponta IBGE
Cachoeira é das poucas com órgão / Foto: Reprodução / Bahia Econômica

A Bahia é o estado brasileiro com maior proporção de pessoas pretas (24,4%) e o segundo com mais pessoas pretas ou pardas (80,7%). No entanto, apenas 136 dos 417 municípios do estado contam com alguma estrutura administrativa de promoção à igualdade racial. As informações são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024 divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (31).

 

A proporção, embora superior à média nacional (23,9%), coloca a Bahia apenas na 9ª posição entre os estados brasileiros. Acre (81,8%), Amapá (75%) e Rio de Janeiro (46,7%) lideram o ranking. Santa Catarina (8,1%) e Tocantins (8,6%) amargam entre os últimos colocados.


Conforme o estudo, dos 136 municípios baianos com órgãos voltados à igualdade racial, apenas cinco contam com secretarias exclusivas para o tema. São os casos de Cachoeira, Campo Formoso, Itaguaçu da Bahia, Salvador e Saubara.

 

Em 89,7% dos casos, essas estruturas estão subordinadas a outras secretarias, principalmente à de Assistência Social. Em três em cada quatro cidades com órgãos dedicados ao tema (75,7%), existem programas ou ações voltados à população negra, índice acima da média nacional (67,2%).
 

 

A Bahia também se destaca pelo número de municípios com ações para quilombolas (63,2%) e povos de terreiro (61%). Por outro lado, apenas 20,6% dos municípios com estrutura de igualdade racial desenvolvem políticas para a população indígena, proporção abaixo da média nacional (28,5%).

 

O dado contrasta com o Censo 2022, que aponta a Bahia como o segundo estado com maior população indígena do país, com cerca de 230 mil pessoas distribuídas em 411 municípios.
 

FALTA DE ORÇAMENTO
Mesmo com 136 prefeituras atuando na área, somente 13 municípios baianos (3,1%) previram recursos orçamentários para políticas de igualdade racial em 2023. Apesar de pequena, a proporção foi superior à média nacional (1,8%).

 

Entre as cidades que destinaram verbas, apenas Alagoinhas, Camaçari, Feira de Santana e Salvador conseguiram executar mais de 90% do orçamento previsto. Outras, como Pojuca e Santa Bárbara, não aplicaram os recursos.


PROGRAMAS MAIS COMUNS
O tipo de ação mais adotado pelas gestões municipais foi o de promoção da igualdade racial e combate ao racismo, presente em 146 cidades (35%). Em seguida, vêm políticas de liberdade religiosa (22,8%) e educação para relações étnico-raciais (22,5%).

 

Mesmo assim, quase metade das prefeituras baianas (48,9%) não desenvolvem nenhuma política ou programa voltado à igualdade racial. Ainda assim, o estado apresenta um desempenho melhor que a média nacional (64,5%). 
 

DENÚNCIAS DE RACISMO
Em 134 dos 417 municípios (32,1%), há órgãos responsáveis por receber e acompanhar denúncias de discriminação racial, número próximo à média nacional (31,9%). O ranking é liderado por Rio de Janeiro (52,2%), Pernambuco (49,2%) e Alagoas (45,1%).

Censo Étnico: Indígenas baianos possuem 5° menor taxa de identificação étnica do país
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil

Apenas 4 em cada 10 pessoas que se declararam indígenas na Bahia informaram pertencer a pelo menos um grupo ou etnia. Em números absolutos, somente 88.417 dos 229,4 mil indígenas informaram algum tipo de identificação étnica, o equivalente a 38,5% do total da população indígena. É o que apontam os dados referentes ao Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, divulgados nesta sexta-feira (24). 

 

Com estas estatísticas, a taxa de declaração de etnia indígena na Bahia ficou abaixo da média nacional. Em 2022, no Brasil, 74,5% das pessoas indígenas, ou 1,2 milhão das 1,6 milhão, informaram ao menos uma etnia, povo ou grupo. A taxa baiana foi a 5° menor do país nesse sentido, ficando atrás apenas de Sergipe (33,3%), Rio de Janeiro (33,6%), Goiás (33,9%) e Distrito Federal (38,1%). 

 

Entre as pessoas indígenas que não registraram identificação étnica no Censo, quase metade (41,1%), ou o equivalente a 94.327 mil, declarou não saber dizer sua etnia. Outras 38.543 pessoas indígenas apenas não responderam (16,8% do total), enquanto os que possuíam etnias mal definidas ou não determinadas somaram 8.156 declarações (3,6% do total de pessoas indígenas na Bahia).

 

O IBGE destaca que os dados de identificação étnica na Bahia tem forte relação com o perfil dessa população no estado. Entre os indígenas que desconheciam ou não informaram suas raízes étnicas, 92,5% residem fora das Terras Indígenas e 78,5% vivem nas áreas urbanas. 

 

Por outro lado, praticamente todas (99,4% ou 17.116) as pessoas indígenas que moravam nas Terras Indígenas baianas em 2022 declararam etnia. Entre os indígenas baianos que residiam fora das Terras Indígenas, mas em área rurais, quase metade (49,8%) informou ao menos uma etnia. As que viviam em área urbana, no entanto, tiveram a menor proporção de declaração de etnia (30,1%). 

 

HISTÓRICO ÉTNICO NA BAHIA 
Entre 2010 e 2022, Bahia foi o estado com o 2º maior aumento absoluto do número de etnias indígenas, ficando com a 3ª maior diversidade do país. Segundo o levantamento, apesar da declaração de etnia indígena ter recuado na Bahia em 2022, a diversidade de pertencimento cresceu no estado, de 165 etnias indígenas informadas no Censo 2010 para 233 registradas no último Censo.

 

Em retrospecto, nos 12 anos entre os estudos, o número absoluto de pessoas que informaram pertencer a pelo menos uma etnia indígena chegou perto de triplicar, passando de 32.273, em 2010, para 88.417, em 2022, com um ganho de 174,0%. No entanto, a participação deste grupo no total da população cai de 52,9% para 38,5%. Isso porque o total de pessoas indígenas cresceu bem mais do que o número das que declararam etnia.

 

Entre os que informaram não saber sua etnia e os que não responderam, o número também cresceu. Na Bahia do ano de 2010, 37,0% dos indígenas não sabia a própria etnia, frente a 6,2% que não declararam; 12 anos depois, o primeiro grupo cresce 41,1%, e o segundo também sobe para 16,8% do total em 2022.

Número de trabalhadores por aplicativo cresce 25% no Brasil e chega a 1,7 milhão
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

O Brasil registrou um aumento de 25,4% no número de pessoas que trabalham por meio de aplicativos, entre 2022 e 2024. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o contingente de trabalhadores nessa condição passou de 1,3 milhão, no Censo de 2022, para quase 1,7 milhão, neste ano.

 

Os dados fazem parte do módulo sobre trabalho por meio de plataformas digitais. Em números absolutos seria mais de 335 mil pessoas a mais. Proporcionalmente, os trabalhadores por meio de aplicativos eram 1,5% dos 85,6 milhões de ocupados em 2022, proporção que alcançou 1,9% dos 88,5 milhões de ocupados em 2024. 

 

Para a pesquisa, o IBGE considerou quatro tipos de aplicativos mais populares, sendo os de transporte a modalidade mais utilizada: aplicativos de transporte particular de passageiros (excluindo táxi), modelo em que 53,1% dos trabalhadores atuam; aplicativos de entrega de comida, produtos etc, que registra 29,3% dos trabalhadores; aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais, com 17,8% das respostas; e aplicativos de táxi, com 13,8%. 

 

Na categoria serviços profissionais estão casos como designers, tradutores e até telemedicina, quando o médico usa a plataforma digital para captar pacientes e realizar consultas, por exemplo. Do 1,7 milhão de trabalhadores, 72,1% têm a atividade classificada como operador de instalação e máquinas e montadores, que é, segundo o IBGE, a categoria que abrange os motoristas e motociclistas. 

 

Enquanto na população brasileira ocupada, 44,3% dos trabalhadores são informais, entre os plataformizados, como chama o IBGE, esse percentual salta para 71,1%. Na classificação do IBGE, trabalhadores informais são aqueles que estão empregados sem carteira assinada e quem trabalha por conta própria, mas sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 

 

Os pesquisadores identificaram os seguintes vínculos entre os plataformizados: 86,1% trabalham por conta própria, enquanto 6,1% são empregadores; 3,9% são empregados sem carteira assinada e 3,2% são empregados com carteira assinada. Um exemplo de empregador é o dono de um restaurante que vende refeições por meio de aplicativo. 

 

Perfil do trabalhador 
Ao traçar o perfil do trabalhador “plataformizado”, a Pnad identificou que 83,9% deles são homens, proporção bem acima do patamar no universo da população ocupada como um todo (58,8% são homens).  

 

As mulheres somam 16,1% entre as plataformizadas e 41,2% na população ocupada brasileira. Quanto à faixa etária, os pesquisadores identificaram que 47,3% dos trabalhadores por aplicativo têm de 25 a 39 anos, e 36,2% têm de 40 a 59 anos. 

 

Ao classificar os trabalhadores por escolaridade, seis em cada dez tinham ensino médio completo e superior incompleto. Em números, são: 59,3% possuem médio completo e superior incompleto; 16,6% superior completo; 14,8% tem fundamental completo e médio incompleto; e 9,3% não possuem instrução e fundamental incompleto.

Comércio brasileiro tem crescimento de 0,2% em agosto e reverte quatro meses de resultados negativos, revela IBGE
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Depois de quatro meses registrando resultados negativos, o comércio brasileiro se recuperou em agosto e obteve um resultado de crescimento de 0,2% nas vendas do setor. Foi o que revelou a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quarta-feira (15) pelo IBGE.

 

Os dados do levantamento revelam que neste ano de 2025, o varejo acumulou crescimento de 1,6%. Já o acumulado de 12 meses apresenta um resultado de 2,2%, a menor taxa de crescimento desde janeiro de 2024, apesar de ser o 35º resultado positivo do varejo nesta comparação.

 

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho. Frente a agosto de 2024, houve queda de 2,1%, completando três meses de perdas. 

 

A pesquisa mostra também que houve taxas positivas na passagem de julho para agosto em cinco dos oito setores do comércio varejista. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), tecidos, vestuário e calçados (1), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%) foram os três setores responsáveis pela taxa positiva de agosto. 

 

As duas outras taxas positivas foram em móveis e eletrodomésticos (0,4%) e híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

 

Já as taxas negativas ficaram por conta de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%), combustíveis e lubrificantes (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).

 

Na comparação interanual, o varejo registra crescimento pelo quinto mês consecutivo. Os destaques ficam por conta de três setores, que somaram, cada um, 0,2 ponto percentual ao total de 0,4% do varejo. 

 

O primeiro, móveis e eletrodomésticos (2,7%), mostra manutenção do ritmo de crescimento. Em seguida, vem o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%), somando trinta meses de crescimento. O terceiro destaque fica por conta de outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1%), que completa cinco meses consecutivos de resultados positivos, após queda de 6,2% em março de 2025.

 

Segundo a pesquisa do IBGE, as demais taxas positivas foram tecidos, vestuário e calçados (0,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (0,5%) e combustíveis e lubrificantes (0,4%).
 

Censo dos Professores: Categoria é a 4° maior entre os trabalhadores baianos e possui uma renda 40% maior no país
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Brasil possui mais de 3,1 milhões de professoras e professores registrados, formando a nona principal categoria de trabalhadores brasileiros. É o que apontam os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2022. Nesta quarta-feira (15), dia em que se comemora o Dia Mundial dos Professores, o Bahia Notícias divulga as informações sobre o perfil básico e de renda dos profissionais da educação. 

 

Segundo o levantamento, os profissionais da educação representavam 3,6% de todas os 87,8 milhões de pessoas que trabalhavam na época. Na Bahia, o grupo ganha ainda mais peso: os profissionais da educação somam 375,8 mil pessoas trabalhando na seção de atividade de educação no ano da pesquisa. Proporcionalmente, a categoria é a quarta (4°) maior do estado, representando 7,0% do total de 5,4 milhões de trabalhadores baianos. 

 

Em termos de gênero, oito em cada dez profissionais da educação brasileira são mulheres, 78,3% (2,4 milhões). No estado o contingente é ligeiramente menor, chegando a 76,9% (289,1 mil). Entre homens e mulheres, a maior parte dos trabalhadores da educação na Bahia são negros de pele parda (53,5%), cerca de 201 mil, resultado que difere do país, em que 53,3% dos profissionais são pessoas brancas (1,7 milhão).

 

Quando divididos em subcategorias de nível de ensino, 4 em cada 10 professores brasileiros, ou cerca de 1,2 milhão, atuam no ensino fundamental, entre o 1° e 9° ano do ensino básico. 439 mil, ou 1 em cada 10, atuam no ensino pré-escolar, com crianças entre 0 a 6 anos, majoritariamente. Outros 115,3 mil professores trabalham no ensino superior e apenas 36,9 professores nas redes de ensino médio. 

 


Gráfico elaborado por Eduarda Pinto / Bahia Notícias

 

RENDA DOS PROFESSORES 
A média geral de renda dos profissionais do ensino é de R$ 4.017. 
Segundo informações divulgadas pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning International Survey – Talis) 2024, divulgada neste ano apenas 22%, ou seja, menos de um quarto dos professores brasileiros entrevistados "concordaram" ou "concordaram fortemente" que estariam satisfeitos com seus salários.

 

No entanto, apesar da insatisfação, a renda da categoria é cerca de 40% maior que o rendimento médio de todas as pessoas que trabalham no país (R$ 2.850,6) e era o 18º mais alto entre os 49 subgrupos de ocupação. Na Bahia, demonstram uma realidade mais escassa. A média de rendimento dos professores era de R$2.785,1, em 2022, mas o valor ainda representava um índice de superávit similar (43%) em relação ao rendimento médio do estado, que era de R$ 1.944,9.

 

Os números do Censo detalham uma realidade complexa: a disparidade de renda entre os profissionais da educação no Brasil. O grupo com maior renda registrada na categoria é o dos professores de ensino superior.

 

Segundo o Censo, a média de renda dos profissionais que atuam em universidades brasileiras é de R$ 10.454, um valor 75,2% maior que a renda registrada pelos professores de artes (R$ 2.589), grupo menos valorizado da categoria. 

 

Observando apenas as etapas escolares, os professores e professoras do ensino pré-escolar possuem a menor média salarial entre colegas: R$ 3.387. Professores do ensino fundamental recebem, em média, R$ 3.968, e os do ensino médio ganham R$ 4.645, em média. Outros professores de idiomas ou de música tem remuneração média entre R$ 3 mil e R$ 3.098. 

 

O BN considerou ainda os cuidadores de idiomas e ajudantes de professores. No que diz respeito a estes grupos, renda flutua entre R$ 1.369, para os cuidadores, e R$ 1.789 para os ajudantes. 

Censo do IBGE revela que mulheres têm mais estudo, mas ganham menos que homens
Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

As mulheres possuem maior nível de escolarização, mas ainda são minoria no mercado de trabalho e recebem rendimentos menores do que os homens. É o que mostra o módulo sobre Trabalho e Rendimento do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são da Agência Brasil. 

 

No ano em que a pesquisa foi realizada, 62,9% dos homens com mais de 14 anos estavam trabalhando, enquanto entre as mulheres esta proporção era de 44,9%. Assim, apesar de serem 52% da população geral, as mulheres eram apenas 43,6% da força de trabalho em 2022. O cenário só se modifica no que diz respeito a três dos dez grandes grupos de ocupação: mulheres eram a maioria dos profissionais das ciências e intelectuais, dos trabalhadores de apoio administrativo e dos trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados. 

 

Na outra ponta, menores presenças femininas foram identificadas entre os operadores de instalações e máquinas e montadores e membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares. Já a análise por atividades, mostrou que elas são maioria absoluta nos serviços domésticos, com 93,1%, e também são mais de 70% dos trabalhadores da saúde humana e serviços sociais e da educação.

 

RENDA 
No que tange à renda, a média masculina foi de R$ 3.115 mensais, R$ 609 a mais do que a média feminina, que ficou em R$ 2.506. A diferença aumenta conforme o grau de instrução. O IBGE identificou que 28,9% das trabalhadoras tinha ensino superior completo, contra 17,3% dos trabalhadores homens, mas ainda assim a renda delas é 40% menor que a masculina.

 

Entre os trabalhadores com ensino superior completo, enquanto os homens ganhavam em média R$ 7.347, as mulheres recebiam cerca de 60% deste valor, ou seja, R$ 4.591. Considerando cor ou raça, a menor quantia foi declarada pelos trabalhadores indígenas, R$1.653 mensais, seguida pelas pessoas pretas, R$2.061. Na outra ponta, os trabalhadores de cor ou raça amarela recebiam R$5.942, e os brancos, R$3.659.

 

De maneira geral, as pessoas pretas, pardas e indígenas apresentaram renda inferior, não somente com relação aos brancos e amarelos, mas na comparação com a média nacional, independente do grau de instrução. Mas isso se intensifica na análise apenas dos trabalhadores com ensino superior completo: indígenas recebiam menos da metade do valor pago às pessoas amarelas, R$3.799 contra R$8.411. A diferença entre pretos e brancos também é significativa: R$4.175, diante de R$6.547.

 

O próprio grau de instrução também revelou grandes discrepâncias. Entre as pessoas brancas e amarelas, a proporção de pessoas com ensino superior superou a de trabalhadores sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Mas o inverso ocorre entre os pretos pardos e indígenas, e no ultimo caso, enquanto 34,7% dos trabalhadores não completou sequer o ciclo educacional mais básico, apenas 12,4% concluíram o ensino superior.

Uma em cada dez pessoas passava mais de uma hora no caminho de casa para o trabalho na Bahia
Foto: Divulgação

Dados do Instituto brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) mostraram que em 2022, na Bahia, 452.089 pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas e que trabalhavam fora do domicílio passavam uma hora ou mais no deslocamento para o trabalho. Elas representavam 10,4% dos trabalhadores do estado.

 

Desse total, na Bahia, 374.747 pessoas levavam de uma a duas horas (8,6% do total); 44.789 pessoas (1,0%) gastavam entre duas e quatro horas; e 32.553 pessoas (0,7%) passavam mais de quatro horas no caminho para o trabalho. A proporção de pessoas ocupadas que levavam mais de uma hora para chegar ao trabalho, na Bahia, teve um leve aumento frente a 2010, quando era de 9,4%.

 

O índice do estado, em 2022, estava levemente abaixo do nacional. No país como um todo, onde 12,2% dos trabalhadores passavam mais de uma hora no deslocamento diário para o trabalho, o que representava 8.665.158 pessoas. 

 

No ranking de estados, o Rio de Janeiro tinha a maior proporção de trabalhadores que levavam uma hora ou mais para chegar ao trabalho (23,9%), seguido por Amazonas (17,3%) e São Paulo (16,1%). A Bahia ficava na 9ª posição. Entre os municípios baianos, Taperoá tinha a maior proporção de pessoas que levavam mais de uma hora para chegar ao trabalho, com 26,9% dos trabalhadores nesta condição. Em seguida vinham Salvador (22,6%) e Ouriçangas (21,0%).

 

 

 

NÚMEROS EM SALVADOR
Em Salvador, a proporção das pessoas que passavam uma hora ou mais no caminho para o trabalho também mostrou leve crescimento entre 2010 e 2022, passando de 22,0% para 22,6%, o que representava um total de 195.338 trabalhadores. 

 

Entre as capitais, Salvador tinha a 3ª maior proporção de pessoas que demoravam mais de uma hora indo para o trabalho, atrás de São Paulo/SP (29,5%) e Rio de Janeiro/RJ (27,9%). Por outro lado, na Bahia, 4 em cada 10 trabalhadores (1.563.087 ou 36,0%) levava menos de 15 minutos para chegar no trabalho. O índice era o 8º menor do país, quase idêntico ao nacional (35,8%).

 

O município baiano com a maior proporção de trabalhadores que chegavam ao trabalho em até 15 minutos era Ipupiara (75,5%), seguido por Santa Cruz da Vitória (67,5%) e Firmino Alves (66,3%). Salvador tinha a menor proporção do estado e a 2ª mais baixa entre as capitais do país, com 15,2%, só maior do que a verificada em São Paulo/SP (14,9%).

Censo 2022: Metade da população baiana vive com até meio salário mínimo; veja renda da sua cidade
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Quase metade da população da Bahia (48%) tinha, em 2022, rendimento médio mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo, o equivalente a R$ 606 naquele ano. O número representa 6,77 milhões de pessoas, de acordo com o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE. O valor é inferior à linha de pobreza do Banco Mundial, fixada em R$ 636 para países de renda média-alta, como o Brasil.

 

Embora seja o quarto estado mais populoso do país, a Bahia tem o segundo maior contingente de pessoas com renda per capita até meio salário mínimo, atrás apenas de São Paulo (8,9 milhões). Em 317 dos 417 municípios baianos (76%), mais da metade dos moradores vivia nessa faixa de renda. Os maiores percentuais foram observados em Buritirama (73,3%), Pilão Arcado (72,0%) e Piraí do Norte (71,7%).

Apenas dez cidades baianas (2,4%) registravam rendimento médio domiciliar per capita acima de um salário mínimo (R$ 1.212) em 2022. Lauro de Freitas (R$ 1.879,69), Salvador (R$ 1.770,35) e Luís Eduardo Magalhães (R$ 1.644,88) lideravam o ranking. No extremo oposto, Buritirama, Pilão Arcado e Ipecaetá tinham rendas médias inferiores a R$ 520.

 

No geral, o rendimento médio per capita baiano era de R$ 1.079,17, 34% menor que a média nacional (R$ 1.638,06) e 11% abaixo do salário mínimo vigente. O estado ocupava a 8ª pior posição do país nesse indicador.

 

Em 2022, apenas 47,1% da população baiana com 14 anos ou mais estava ocupada, o 10º menor nível do país. No Brasil, o índice era de 53,5%. Apenas 53 municípios baianos (12,7%) tinham mais da metade dos habitantes em idade ativa trabalhando, destaque para Luís Eduardo Magalhães (66,8%), Porto Seguro (63,5%) e São Miguel das Matas (63,3%).

 

Os menores níveis de ocupação foram registrados em Jaborandi (17,7%), Mansidão (18,9%) e Morpará (19,9%).

 

O rendimento médio do trabalho na Bahia era de R$ 1.944,86, o terceiro mais baixo do país, à frente apenas de Maranhão e Piauí. Lauro de Freitas (R$ 3.178,64) e Salvador (R$ 2.964,38) apresentavam os maiores salários médios do estado, enquanto Mulungu do Morro (R$ 805,03) tinha o terceiro menor salário do Brasil.

 

Quatro em cada dez trabalhadores baianos (40,1%) atuavam em comércio (16,8%), agropecuária (14,1%) e construção (9,2%). A agropecuária tem maior peso na Bahia do que na média nacional, onde ocupa a quarta posição entre as atividades que mais empregam.

 

Apesar de as mulheres representarem 52,2% da população em idade de trabalhar, elas não eram maioria em nenhuma cidade baiana entre os ocupados. Salvador tinha a maior proporção feminina (48,3%).

 

Mulheres predominavam em apenas 6 das 22 seções de atividade, especialmente em serviços domésticos (93,5%), educação (76,9%) e saúde (76,6%).

 

A diferença salarial também persistia: o rendimento médio das mulheres (R$ 1.811,73) era 11,2% menor que o dos homens (R$ 2.040,67). As maiores desigualdades estavam em saúde (-44,2%), atividades financeiras (-34,6%) e gestão de resíduos (-45,1%).

 

Em apenas quatro setores, construção, indústrias extrativas, eletricidade e gás, e transporte, as mulheres recebiam mais do que os homens, justamente nas áreas em que menos trabalhavam.

Bahia é 3º maior polo turístico do Brasil e cerca de 1,6 milhão de baianos viajaram pelo país em 2024
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Entre 2023 e 2024, a Bahia registrou o maior aumento no número total de viagens nacionais entre os estados do Brasil. Segundo as informações do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado contabilizou mais de 140 mil novas viagens nacionais, passando de 1,851 milhão para 1,991 milhão. 

 

O levantamento é feito em convênio com o Ministério do Turismo e indica que a Bahia se manteve como 3º principal destino turístico dos brasileiros, apresentando o maior aumento absoluto do número de viagens e o maior ganho de participação no total de viagens nacionais, de um ano para o outro. Segundo o PNADC Turismo, o estado ficou atrás apenas de São Paulo, que contabilizou 4,353 milhões de viagens em 2024, porém 343 mil a menos do que em 2023, e Minas Gerais, com 2,029 milhões de viagens em 2024, mas 75 mil a menos do que em 2023. 

 

A Bahia foi, ainda, um dos nove estados para os quais o número de viagens domésticas em 2024 superou a marca pré-pandêmica de 2019, em que foram registradas 1,745 milhão de viagens com a Bahia como principal destino. O crescimento fez a Bahia ter o maior ganho de participação, como destino, no total de viagens realizadas no Brasil, de 9,3% em 2023 para 10,0% em 2024. 

 

Ao contrário da Bahia, o Brasil registrou uma variação negativa de 0,5% entre 2023 e 2024, saindo de 19,981 milhões de viagens domésticas para 19,888 milhões, uma diminuição de menos 93 mil em um ano. O total de viagens domésticas realizadas pela população brasileira, em 2024, continuou 1,2% menor do que o registrado antes da pandemia, em 2019, quando haviam sido realizadas 20,136 milhões de viagens. 

 

BAIANOS VIAJANTES
O total de viagens que tinham a Bahia como origem, ou seja, foram realizadas por pessoas que moravam no estado, também aumentou pelo segundo ano consecutivo. Os baianos realizaram 1,611 milhão de viagens em 2023 e 1,803 milhão em 2024, o que representou um aumento de mais 192 mil viagens, em um ano. Desse total de viagens, 1,786 milhão (99,1%) foram domésticas e 17 mil (0,9%), internacionais.

 

Este resultado do estado também foi melhor do que o nacional. A população brasileira realizou 20,576 milhões de viagens em 2024, discretamente menos 25 mil viagens do que em 2023, que registrou 20,601 milhões. Enquanto as viagens domésticas diminuíram, as internacionais tiveram um aumento de 11,0%, passando de 620 mil para 688 mil, entre um ano e outro.

Taxa de desemprego em 5,6% repete recorde histórico, com crescimento da população ocupada em todo o país
Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Assim como havia ocorrido no trimestre encerrado em julho, a taxa de desemprego no Brasil medida ao final de agosto repetiu o percentual de 5,6%, o menor registro da série histórica iniciada em 2012. O indicador recuou nas duas comparações: -0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior (6,2%) e -1 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024 (6,6%).

 

Os números foram apresentados nesta terça-feira (30) pelo IBGE, por meio do seu levantamento da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). 

 

Segundo o IBGE, a população ocupada em todo o país, de 102,4 milhões de trabalhadores, cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 555 mil pessoas) no trimestre e 1,8% (mais 1,9 milhão) no ano.

 

Já o contingente de pessoas desocupadas, de 6,084 milhões, atingiu o menor patamar da série histórica medida pelo IBGE agora no trimestre junho-julho-agosto. A Pnad Contínua mostra que houve recuo nas duas comparações em relação às pessoas desocupadas: -9% (menos 605 mil de pessoas) no trimestre e -14,6% (menos 1 milhão de pessoas) no ano.

 

Outro recorde medida pela Pnad Contínua diz respeito ao número de empregados com carteira assinada no setor privado: os 39,1 milhões de empregados é o maior número desde o início da série histórica, com estabilidade no trimestre e alta de 3,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) no ano.

 

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 3,3% (menos 464 mil pessoas) no ano.

 

O IBGE também apurou que o rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.488) ficou estável no trimestre e cresceu 3,3% no ano. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 352,6 bilhões) cresceu em ambas as comparações: 1,4% (mais R$ 4,9 bilhões) no trimestre e 5,4% (mais R$ 17,9 bilhões) no ano.

 

A taxa de informalidade foi de 38% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 37,8 % (ou 38,6 milhões) no trimestre anterior e 38,9% (ou 39,1 milhões) no trimestre encerrado em agosto de 2024.

 

De acordo com o IBGE, a população ocupada (102,4 milhões) cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 555 mil pessoas) no trimestre e 1,8% (mais 1,9 milhão) no ano.
 

Prévia do IBGE sobre inflação registra forte alta em setembro, puxada principalmente por preços da energia elétrica
Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

Devido principalmente ao aumento de preços da energia elétrica, o indicador que apresenta a prévia da inflação de setembro registrou forte alta de 0,48%, após ter tido índice negativo em agosto, de -0,14%. Foi o que mostrou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (25). 

 

O aumento de preços entre agosto e setembro, que chegou a 0,62% de variação, acabou por anular a forte queda verificada no período anterior. Entre os meses de julho e agosto, houve uma queda de 0,47% no IPCA-15, e o resultado de setembro é o maior no ano desde março, quando ficou em 0,64%.

 

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,32%, acima dos 4,95% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2024, a taxa havia sido de 0,13%.

 

O maior impacto positivo para a composição do índice de 0,48% veio do grupo Habitação, com 3,31% no mês. Em agosto, o grupo Habitação havia observado uma queda de 1,13%. 

 

Após a queda de 4,93% no mês passado, os preços da energia elétrica residencial, subitem com maior impacto positivo no IPCA-15 de setembro (0,47%), subiram 12,17%, contribuindo para o resultado do grupo. Houve o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. 

 

Além disso, segundo o IBGE, a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionou R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Também ocorreu reajuste tarifário de 4,25% em Belém (11,38%), a partir de 7 de agosto.

 

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,02%) foi reajustada em 4,97% em Salvador (0,31%), a partir de 18 de julho, e o resultado do gás encanado (0,19%) foi consequência do aumento de 6,41% nas faturas em Curitiba (3,32%), a partir de 1° de agosto.

 

Além de Habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de setembro: Vestuário (0,97%), Saúde e cuidados pessoais (0,36%), Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Alimentação e bebidas (-0,35%), Transportes (-0,25%), Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) apresentaram variação negativa.

 

Já no grupo de Alimentação e bebidas, o recuo (-0,35%) em setembro foi o quarto seguido. Em agosto, esse grupo recuou 0,53%. A alimentação no domicílio teve redução de 0,63% nos preços em setembro, ante a variação de -1,02% observada em agosto. 

 

As quedas de preços do tomate (-17,49%), da cebola (-8,65%), do arroz (-2,91%) e do café moído (-1,81%) impactaram o resultado. No lado das altas destacaram-se as frutas, cujos preços subiram, em média, 1,03%.

 

Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu desaceleração de agosto (0,71%) para setembro (0,36%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 1,44% em agosto para 0,70% em setembro) e da refeição (de 0,40% para 0,20%).

 

Quanto aos índices regionais, todas as capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta de preços em setembro. A maior variação foi registrada em Recife (0,80%), por conta das altas da energia elétrica residencial (10,69%) e da gasolina (4,78%).

 

Entre todas as capitais pesquisadas para a composição do IPCA-15, a cidade de Salvador registrou o terceiro resultado mais baixo. A capital baiana teve a prévia de inflação de 0,32%. 

 

No resultado do trimestre, o IPCA-15 de Salvador foi de 0,24%, abaixo da média nacional de 0,67% no mesmo período. Em relação ao indicador dos últimos 12 meses, a capital do Estado da Bahia registrou 4,74%, bem abaixo da média para todo o país, que foi de 5,32%.
 

Taxa de desemprego no país cai para 5,6% no trimestre encerrado em julho e bate novo recorde histórico
Foto: Divulgação Agência Brasília

A menor taxa de desocupação em um trimestre desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012, além de novo recorde na quantidade de trabalhadores ocupados e o registro do menor contingente de pessoas desocupadas desde o último trimestre de 2013.

 

Esses foram alguns dos resultados que mostram um momento de aquecimento do mercado de trabalho brasileiro, conforme divulgou o IBGE nesta terça-feira (16). Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua relativa à situação do emprego no Brasil nos meses de maio, junho e julho deste ano.

 

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação desse trimestre pesquisado caiu para 5,6%, a menor taxa da série histórica deste indicador. No último trimestre apurado, a taxa estava em 5,8%, e no anterior, em 6,2%. 

 

A diferença do último trimestre apurado em comparação com o mesmo período do ano passado mostra uma forte queda na desocupação no espaço de um ano. No trimestre maio-junho-julho de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,8%, caindo em um ano para 5,6%.

 

No trimestre, a população desocupada caiu para 6,118 milhões, o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,100 milhões). Já a população ocupada, ou seja, o total de trabalhadores do país, bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões. 

 

De acordo com a Pnad Contínua, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) manteve o percentual recorde: 58,8%. Além disso, o número de empregados com carteira assinada também foi recorde, chegando a 39,1 milhões.

 

A população fora da força de trabalho ficou em 65,6 milhões, mostrando estabilidade nas duas comparações. Além disso, a população desalentada caiu para 2,7 milhões, recuando 11,0% (332 mil pessoas a menos) no trimestre e mostrando redução de 15,0% (menos 475 mil pessoas) no ano. 

 

A alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior foi puxada por três dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,7%, ou mais 206 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,0%, ou mais 260 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou mais 522 mil pessoas).

 

No trimestre encerrado em julho, a taxa de informalidade chegou a 37,8%, ligeiramente menor que a do trimestre móvel anterior (38,0%) e inferior, também, à do mesmo período do ano passado (38,7%). No entanto, o total de trabalhadores sem vínculo formal (38,8 milhões) teve ligeira alta frente ao trimestre anterior (38,5 milhões) e ao mesmo período de 2025 (38,7 milhões). 

 

Na avaliação do mercado no setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada foi recorde (39,1 milhões), mostrando estabilidade no trimestre e crescendo 3,5% (mais 1,3 milhão de pessoas) no ano. O contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) também foi recorde, crescendo 1,9% (mais 492 mil pessoas) no trimestre e 4,2% (mais 1 milhão) no ano. 

 

Em decorrência dos aumentos no número de trabalhadores e no seu rendimento médio, a massa de rendimento médio real também bateu novo recorde, chegando a R$ 352,3 bilhões e crescendo em ambas as comparações: 2,5% (mais R$ 8,6 bilhões) no trimestre e 6,4% (mais R$ 21,3 bilhões) no ano. Já o rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.484, crescendo 1,3% no trimestre e 3,8% no ano. 
 

Avança na Câmara projeto que beneficia 21 categorias de profissionais de eventos com enquadramento como MEI
Foto: Reprodução Redes Sociais

Depois de aprovado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, já tramita na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados o projeto modifica o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e entre outras iniciativas, promove o enquadramento de profissionais de eventos entre as atividades que podem ser formalizadas no regime de Microempreendedor Individual (MEI). 

 

O PL 102/2025, de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS), tem entre os seus objetivos principais o de formalizar e ampliar a proteção social dos profissionais do setor de eventos. Segundo o autor do projeto, a iniciativa busca garantir maior segurança jurídica para quem atua no setor e incentiva o desenvolvimento do mercado.

 

A proposta busca modificar a Lei Complementar nº. 123 de 14 de dezembro de 2006, que instituiu no país o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. De acordo com o texto do projeto, no total, a mudança no texto do Estatuto vai beneficiar 21 categorias de profissionais do setor de eventos. 

 

São as seguintes as categorias que podem se tornar MEI: técnico de sistemas audiovisuais; mecânico de manutenção de máquinas; carpinteiro (cenário); montador de andaimes; eletricista de instalação (cenário); garçom; maître; chefe de cozinha; trabalhador auxiliar de alimentação; vigia; segurança de evento; faxineiro; recepcionista; organizador de evento; fotógrafo e videomaker para eventos; designer de iluminação; profissional de decoração e cenografia; locação de equipamentos para eventos; produtor cultural ou de eventos; DJ e músico de eventos.

 

Conforme foi discutido durante a votação do projeto na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, atualmente cerca de nove milhões de empregos diretos e indiretos são gerados pelo setor de eventos no Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho e Previdência. 

 

De acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), o setor hoje engloba 77 mil empresas, gerando R$ 291 bilhões de faturamento anual, e representa 3,8% do PIB. No tocante ao emprego, o setor gera 93 mil vagas de emprego formal e 112 mil vagas informais.

 

Apesar desses números, como destaca o deputado Bibo Nunes, a informalidade ainda predomina no setor. O deputado do PL gaúcho lembra que dados do IBGE indicam que 39,1 milhões de brasileiros trabalham de maneira informal, sem acesso a benefícios previdenciários. No setor de eventos, essa realidade seria agravada devido à natureza eventual e sazonal das atividades, que não se encaixam nos modelos tradicionais de contratação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 

 

“Diante desse quadro, a presente proposta busca corrigir essa lacuna, promovendo a inclusão definitiva das atividades do setor de eventos no regime do MEI, garantindo que os profissionais do segmento possam atuar de maneira formalizada, com acesso a benefícios previdenciários e fiscais, além da possibilidade de emissão de notas fiscais, acesso a crédito e segurança jurídica para empresas e trabalhadores, além do fortalecimento do pleno emprego ao setor e a possibilidade de crescimento econômico no país”, afirmou o autor do projeto.

 

Se for aprovado na Comissão de Finanças e Tributação, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, antes de seguir para o Plenário. Caso haja algum requerimento de urgência aprovado, o projeto pode ter sua tramitação acelerada e passar a ser analisado diretamente no plenário.
 

Com quedas de preços maiores em alimentação, habitação e transportes, mês de agosto registra deflação de -0,11%
Foto: Vitor Vasconcelos / SECOM-PR

Graças a quedas acentuadas de preços nos setores de Habitação, Alimentação e Transportes, a inflação brasileira registrou deflação no mês de agosto, com resultado negativo de -0,11%. Foi o que revelou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (10). 

 

A deflação registrada pelo IBGE em agosto ficou 0,37 ponto percentual abaixo da taxa de 0,26% de julho. E o resultado de -0,11% é o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 (-0,02%), além de ter sido o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). 

 

No ano, o IPCA acumula alta de 3,15%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. 

 

A variação e o impacto negativo mais intensos vieram do grupo Habitação (-0,90% e -0,14 p.p.), devido à queda na energia elétrica residencial (-4,21%), subitem que exerceu o impacto mais intenso no índice (-0,17 p.p.). 

 

Também tiveram quedas em agosto o grupo Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.) e Transportes (-0,27% e -0,06 p.p.), que exercem maior peso na composição do IPCA juntamente com Habitação.

 

Além deles, Comunicação e Artigos de residência também tiveram deflação (ambos com -0,09% de variação) e os demais grupos registraram variações e impactos positivos:  Educação (0,75%), Saúde e cuidados pessoais (0,54%), Vestuário (0,72%) e Despesas pessoais (0,40%).

 

Habitação saiu de um aumento de 0,91% em julho para uma queda de 0,90% em agosto. Essa queda, segundo o IBGE, configurou o menor resultado para um mês de agosto desde o Plano Real. 

 

O grupo foi influenciado pela energia elétrica (-4,21% e -0,17 p.p.), com queda em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, apesar de estar em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. 

 

Já o grupo Alimentação e bebidas (-0,46%), de maior peso no índice, teve deflação pelo terceiro mês consecutivo (-0,18% em junho e -0,27 em julho). A queda de agosto foi influenciada pela alimentação no domicílio, com -0,83%, após redução de 0,69% em julho. 

 

O IBGE destaca as reduções de preços no tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). Já a alimentação fora do domicílio desacelerou na passagem de julho (0,87%) para agosto (0,50%). 

 

Transportes saiu de 0,35% em julho para -0,27% em agosto. O resultado reflete a queda nas passagens aéreas (-2,44%) e nos combustíveis (-0,89%). 

 

Pelo lado das altas, o grupo Educação variou 0,75% em agosto com a incorporação de reajustes nos cursos regulares (0,80%), principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,26%) e ensino fundamental (0,65%). A alta dos cursos diversos (0,91%) foi influenciada pelos cursos de idiomas (1,87%).

 

No Vestuário (0,72%), destacam-se as altas na roupa masculina (0,93%) e nos calçados e acessórios (0,69%). Em Saúde e cuidados pessoais (0,54%), sobressaem as altas nos itens de higiene pessoal (0,80%) e no plano de saúde (0,50%).

 

Quanto aos índices regionais, a cidade de Vitória (ES) apresentou a maior variação (0,23%) por conta da energia elétrica residencial (7,02%) e da taxa de água e esgoto (4,64%). A menor variação (-0,40%) foi registrada em Goiânia e Porto Alegre, devido às quedas na energia elétrica residencial (-7,77% e -6,68%) e na gasolina (-2,20% e -2,69%).

 

Em Salvador, depois de já ter registrado 0,02% em julho, houve nova queda no índice e a capital baiana verificou deflação de -0,08% em agosto. No ano, a inflação em Salvador está em 2,94% (abaixo da média nacional de 3,15%), e no acumulado dos últimos 12 meses, a capital da Bahia registra 4,94% (também abaixo do total para o país, que é de 5,13%). 
 

Com preços de alimentos em queda, prévia da inflação tem menor resultado desde setembro de 2022
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Com -0,14%, o mês de agosto registrou a menor prévia de inflação mensal desde setembro de 2022. Esse foi o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE. 

 

O indicador negativo, que revela uma deflação em agosto, levou o IPCA-15 a acumular uma alta de 3,26% e, em 12 meses, 4,95%, abaixo dos 5,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, o IPCA-15 foi de 0,19%.

 

A variação negativa da prévia da inflação em agosto foi impactada principalmente pelo grupo Habitação (-1,13%), devido à forte queda nos preços da energia elétrica residencial (-4,93%), subitem que exerceu o impacto mais intenso no índice (-0,20%. Também registraram quedas em agosto os grupos Alimentação e bebidas (-0,53% e -0,12% de impacto) e Transportes (-0,47% e -0,10%).

 

O bom resultado do IPCA-15 no mês de agosto teve forte influência do grupo Habitação, que saiu de um aumento de 0,98% em julho para uma queda de 1,13% em agosto. O grupo foi influenciado pela energia elétrica, que recuou 4,93% em agosto. Também em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,29%) contemplou o reajuste de 4,97%, em Salvador (4,64%), vigente desde 18 de julho. 

 

Já o grupo Alimentação e bebidas (-0,53%) mostrou resultado negativo pelo terceiro mês consecutivo, intensificando a queda em relação aos meses de julho (-0,06%) e junho (-0,02%). A alimentação no domicílio recuou 1,02% em agosto, com destaque para as quedas da manga (-20,99%), da batata-inglesa (-18,77%), da cebola (-13,83%), do tomate (-7,71%), do arroz (-3,12%) e das carnes (-0,94%). 

 

Em mão oposta, a alimentação fora do domicílio subiu 0,71% em agosto, em virtude das altas no lanche (1,44%), segundo maior impacto positivo no índice (0,03 p.p.), e na refeição (0,40%).

 

Entre as cidades pesquisadas pelo IBGE, São Paulo (0,13%) foi a única área com variação positiva, por conta das altas dos cursos regulares (1,14%) e da higiene pessoal (1,33%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,61%), influenciada pela queda nos preços da energia elétrica (-6,47%) e da gasolina (-2,75%).

 

A cidade de Salvador teve uma queda ainda maior do que a média nacional. O IPCA-15 na capital baiana em agosto foi de -0,23, uma queda mais acentuada do que os -0,14% registrados em todo o país. 

 

No ano, o IPCA-15 para a cidade de Salvador ficou em 3,05% (abaixo dos 3,26% de todo o país). E na variação acumulada dos últimos 12 meses, a capital baiana também ficou abaixo da média nacional, registrando 4,77% contra 4,95% que foi o indicador geral brasileiro.
 

Bahia é o estado com maior aumento no acesso ao saneamento em 2024, mas segue atrás da média nacional
Foto: Valter Pontes / Secom

A Bahia foi o estado com maior avanço no acesso ao saneamento básico. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (22). Segundo o levantamento, a Bahia garantiu o acesso esgotamento sanitário ligado a rede geral a 8,1 milhões de pessoas entre 2023 e 2024, em números absolutos. 

 

O número representa 55,5% dos baianos com acesso a banheiro, sanitário ou buraco para dejeções que possuíam ligação à rede geral ou rede pluvial de esgoto em 2024. Entre 2023 e 2024, a proporção de moradores em domicílios com banheiro e ligados à rede geral de esgoto avançou 3,9%, ou seja, mais 580 mil pessoas atendidas pelo serviço, em um ano, o maior aumento absoluto do país.

 

No entanto, apesar dos resultados positivos, em termos proporcionais, a Bahia ainda fica atrás da média nacional, em que 62,3% das pessoas moravam em domicílios com banheiro e ligados à rede coletora de esgoto em 2024 no Brasil. A Bahia ficou em 9º lugar entre os estados brasileiros, com São Paulo (91,4%), Distrito Federal (89,2%) e Minas Gerais (83,0%) liderando a lista. 

 

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Para o IBGE, o saneamento básico é composto pelos seguintes índices: esgotamento, coleta de lixo e abastecimento de água. Os resultados da PNADC também registram os demais índices. Na Bahia, no último ano, 85,6% das pessoas tinham o seu lixo doméstico coletado por serviço de limpeza, cerca de 12,693 milhões de baianos. Entre eles, a maioria (75,7%), cerca de 11,227 milhões, tem o lixo coletado diretamente porta a porta, e, e outros 1,466 milhão (9,9%) são atendidos indiretamente, por meio de caçamba.

 

De um ano para o outro, 2023 e 2024, a proporção de moradores em domicílios com coleta direta ou indireta de lixo cresceu de 83,0% para 85,6%. Assim, mais 398 mil pessoas atendidas, a Bahia também liderou o crescimento nacional em números absolutos. 

 

Apesar das altas taxas, o índice baiano segue atrás do nacional. Em todo o país, 92,5% das pessoas possuem acesso à coleta de lixo, colocando a Bahia na 21ª posição entre os 27 estados, ou a 7ª menor no cenário nacional. Os melhores indicadores estão em São Paulo (99,2%), Distrito Federal (99,1%), e Rio de Janeiro (98,9%).

 

Já o abastecimento por rede geral de água é o que menos avança na Bahia, segundo o IBGE. Entre 2023 e 2024, o estado cai do 15º para o 16º percentual de população atendida entre os estados. No primeiro ano em questão, 84,3% dos baianos tinham acesso ao saneamento básico, ou seja, cerca de 12,598 milhões e no ano seguinte, a taxa subiu para apenas 85%, com 118 mil a mais de um ano para o outro.

 

A proporção de pessoas abastecidas por água da rede ainda se manteve ligeiramente menor do que a nacional, que é de 85,7%, deixando o estado na 16ª maior taxa entre os 27 estados. Os maiores percentuais de moradores com acesso à rede de água estavam em São Paulo (96,5%), Distrito Federal (96,3%), e Mato Grosso do Sul (90,4%).

Inflação foi de 0,26% em julho, com alimentação em queda e alta na energia elétrica; Salvador teve IPCA de 0,02%
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Devido aos novos aumentos de preços na energia elétrica residencial, principalmente em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, a inflação oficial não desacelerou como previsto, e fechou o mês de julho em 026%. O resultado ficou 0,02% acima da inflação de junho (0,24%), e igualou o percentual verificado em maio. 

 

Com o resultado de julho, a inflação acumulada neste ano é de 3,26% e, nos últimos 12 meses, de 5,23%. Esses e outros dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE, com a apresentação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Segundo o IBGE, o resultado de julho recebeu como maior impacto o aumento na energia elétrica residencial, que influenciou em 0,12% no índice final, assim como havia acontecido nos meses de maio (0,14%) e junho (0,12%). Se não fosse esse aumento na energia elétrica, o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%, conforme informou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves. 

 

O especialista explicou que de janeiro a julho, a energia elétrica residencial acumulou uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual (0,39%) no resultado total do IPCA em 2025 (3,26%). “Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%”, concluiu Gonçalves.

 

Ainda no grupo Habitação (0.91%), houve reajustes na taxa de água e esgoto (0,13%) em algumas áreas, como os 4,97% em Salvador (2,16%) a partir de 18 de julho. Ainda pelo lado das altas, o grupo Despesas pessoais (0,76%) teve a segunda maior variação e impacto no mês de julho. A alta foi impulsionada pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar (11,17%).

 

Pelo lado das quedas, destacam-se os grupos Alimentação e bebidas (-0,27%) e Vestuário (-0,54%). O grupo Alimentação e bebidas ficou negativo pelo segundo mês consecutivo (em junho, a variação foi de -0,18%). 

 

O IBGE avaliou que a queda agora em julho foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,69%), com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% em junho para 0,87% em julho, com destaque para o subitem lanche, que subiu de 0,58% em junho para 1,90% em julho.

 

Quanto aos índices regionais, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%) por conta da passagem aérea (13,56%) e da energia elétrica residencial (10,56%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,19%) em razão da queda na batata-inglesa (-33,84%) e na energia elétrica residencial (-1,39%).

 

A cidade de Salvador teve o sexto melhor resultado entre todas as capitais pesquisas pelo IBGE, com IPCA de 0,02% em julho. O índice de julho ficou bem abaixo do que havia sido verificado em junho, quando a inflação foi de 0,29% na capital baiana. 

 

No ano, Salvador registrou uma inflação total de 3,02%, abaixo da média nacional de 3,26%. E o resultado dos últimos 12 meses também coloca a capital da Bahia abaixo do que foi verificado em todo o país: 5,06% em Salvador contra 5,23% da média nacional.
 

Produção industrial da Bahia sobe 2,1% em junho, aponta IBGE
Foto: Manu Dias / GOVBA

A produção industrial da Bahia cresceu 2,1% em junho de 2025 em relação a maio, após queda de 3,9% no mês anterior. Na comparação com junho de 2024, o avanço foi de 0,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, analisados pela SEI [Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia].  

 

No acumulado do semestre, a alta foi de 0,7% e, nos últimos 12 meses, de 2%. Entre os setores que mais cresceram em junho estão Derivados de petróleo (+7,2%), Indústria extrativa (+3,9%), Produtos de borracha e plástico (+1,9%) e Metalurgia (+1,6%).

 

A principal queda foi em Produtos químicos (-8,5%), seguida por recuos em celulose e papel, couro e calçados, bebidas e minerais não metálicos.

 

No primeiro semestre, Derivados de petróleo (+7,6%) e Máquinas e materiais elétricos (+26,7%) lideraram as altas.

Desemprego cai abaixo de 6% pela primeira vez na série histórica e rendimento médio também bate recorde
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Menor taxa de desocupação já verificada desde 2012, maior quantidade de funcionários com carteira assinada em toda a série histórica, recorde no rendimento médio mensal e na soma das remunerações de todos os trabalhadores. Esses foram alguns dos bons resultados da pesquisa Pnad Contínua do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (31). 

 

De acordo com a pesquisa, realizada no trimestre de abril a junho deste ano, foram diversos recordes verificados na série histórica desde o início da Pnad Contínua. Um deles foi registrado na taxa de desocupação no Brasil, que chegou a 5,8%. O resultado representou uma redução de 1,2% em relação ao trimestre de janeiro a março de 2025 (7,0%) e queda de 1,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (6,9%). 

 

Este dado revela a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica, em 2012. “O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

 

Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões.

 

Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024. 

 

A Pnad Contínua apurou que de abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas. 

 

Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9% ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1%. O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.

 

Em relação à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), o resultado no trimestre foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). 

 

A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual. 

 

O estudo do IBGE ressaltou também que o contingente de ocupados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39 milhões, resultado superior (0,9%) ao apresentado no trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Outro dado que superou as expectativas do IBGE diz respeito ao rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos. Este dado chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar recorde. 

 

Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano. 
 

Prévia da inflação interrompe quatro meses de queda e sobe a 0,33% em julho; Salvador está abaixo da média nacional
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Depois de quatro meses de queda, o indicador que revela a prévia da inflação oficial brasileira voltou a subir no mês de julho. É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE. 

 

De acordo com o indicador, a prévia da inflação de julho apresentou alta de 0,33%, após o índice de 0,26% registrado em junho. Apesar da subida, o resultado de julho ainda está menor do que o verificado em maio, que foi de 0,36%.

 

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa havia sido de 0,30%.

 

O índice apurado neste mês ficou mais alto também do que o verificado em julho do ano passado, quando o IPCA-15 foi de 0,30%. Na série histórica, esse patamar de 0,33% é o maior em um mês de julho desde 2021. 

 

Segundo o IBGE, a maior variação de preços em julho veio do grupo Habitação, com 0,98%. Além de Habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%). 

 

Por outro lado, os grupos de Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) mostraram variação negativa, enquanto Educação (0,00%) teve variação nula.

 

Responsável pela maior variação e o maior impacto no índice, o grupo Habitação mostrou desaceleração em relação a junho, quando subiu 1,08%. O aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial contribuiu para o resultado do grupo. 

 

Já o grupo Transportes apresentou aceleração de junho (0,06%) para julho (0,67%). A alta foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86%) e pelo transporte por aplicativo (14,55%). 

 

Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).

 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), o subitem plano de saúde subiu 0,35%, consequência da incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso dos planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, valendo a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026, enquanto para aqueles contratados antes da Lei, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, dependendo do plano.  

 

A queda de preços de Alimentação e bebidas (-0,06%) em julho foi a segunda seguida. Em junho, esse grupo recuou 0,02%. A alimentação no domicílio teve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. As quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) impactaram o resultado. No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.  

 

Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu aceleração de junho (0,55%) para julho (0,84%), em virtude dos aumentos do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição (de 0,60% em junho para 0,65% em julho).    

 

A respeito dos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%).

 

A cidade de Salvador foi a terceira entre todas as capitais com o menor resultado para julho, com IPCA-15 de 0,15%. Enquanto a média nacional subiu de 0,26% para 0,33% em julho, a capital baiana teve movimento inverso, com uma forte queda de 0,42% em junho para 0,15% em julho. 

 

No ano, a inflação medida pelo IPCA-15 em Salvador está em 3,29%, menor do que a média nacional de 3,40%. E no indicador da prévia da inflação dos últimos 12 meses, a capital baiana aparece com média também menor do que a média nacional (4,90% na Bahia contra 5,30% em todo o Brasil). 
 

Idosos impulsionam crescimento da população online na Bahia
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil

Em 2024, mais da metade da população idosa baiana, aqueles com mais de 60 anos, acessaram a internet. A adaptação desse grupo as novas ferramentas digitais alavancou o número total de pessoas que acessaram a Internet na Bahia de 2023 e 2024, chegando a 88,5% da população de 10 anos ou mais de idade. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADC) sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta quinta-feira (24). 

 

Ao total, 11,652 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet na Bahia, o que representava 9 em cada 10 pessoas, nessa faixa etária. Esse grupo cresceu 3,6% frente a 2023, quando havia 11,244 milhões de usuários de Internet no estado. 

 

O levantamento aponta que quase metade (45,6%) dos novos internautas, cerca de 186 mil dos 408 mil, que passaram a acessar a Internet no estado, entre 2023 e 2024, tinham 60 anos ou mais de idade. Esse grupo se tornou o terceiro mais representativo entre os internautas baianos, representando 13,6% do total de internautas baianos, e ficando atrás apenas dos grupos de 30 a 39 anos (que representam 18,8% de todos os internautas do estado) e de 40 a 49 anos (2,119 milhões ou 18,2% do total).

 

No entanto, em ternos proporcionais ao tamanho de cada grupo etário, os maiores internautas do estado são os jovens de 20 a 24 anos (97,7%) e adultos de 25 a 29 anos (96,8%).

 

POPULAÇÃO OFF-LINE 
Apesar do crescimento da participação dos idosos na população “online”, esse grupo ainda é maioria quando se trata da população fora da Internet, ou offline. O IBGE aponta que pouco mais da metade das pessoas que não acessaram a Internet em 2024, na Bahia, eram idosas de 60 anos ou mais. Ao todo, 1,511 milhão de pessoas de 10 anos ou mais de idade não haviam utilizado a Internet, na Bahia, em 2024. 

 

O perfil desse grupo também era maioritariamente masculina e de baixa instrução, especialmente chegando ao ensino fundamental incompleto. Em números absolutos, 824 mil das 1,5 milhão de pessoas offline eram homens até 2024 (54,5%); no caso dos idosos, eles eram, 843 mil das 1,5 milhão de pessoas offline (55,8%). As pessoas sem instrução ou que não chegaram a concluir o ensino fundamental eram 8 em cada 10 (85,0%) das que não utilizaram a Internet (1,285 milhão das 1,511 milhão).

 

A PNADC indica ainda que o motivo mais citado para não acessar a Internet, no estado, foi não saber como fazer isso. Ao todo, 55,8% das pessoas que não acessaram a rede indicaram que não sabiam utilizar plataformas online. A falta de necessidade, foi o motivo indicado por 18,3% das pessoas em 2024, segundo motivo mais citado. Outras questões como o custo do serviço ou equipamento (respondido por 12,8% dos entrevistados), a indisponibilidade do serviço (2,3%), a falta de tempo (1,0%) e a preocupação com privacidade ou segurança (3,1%) também foram mapeadas pelo levantamento. 

 

BRASIL X BAHIA 
Pelo terceiro ano consecutivo, a Bahia teve o 2º aumento absoluto mais expressivo entre as 27 unidades da Federação no uso de Internet. A taxa de crescimento baiana (+3,6%) continuou superior à nacional e representou mais 408 mil novos internautas, entre 2023 e 2024. Em números, a Bahia ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, que registrou mais 417 mil pessoas acessando a Internet. 

 

No Brasil na totalidade, o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade que acessaram a Internet cresceu 2,1% entre 2023 e 2024, passando de 164,528 milhões para 167,999 milhões (mais 3,471 milhões de internautas de um ano para o outro). 

Preta, jovem e alfabetizada: Estudo do IBGE traça perfil da população em Unidades de Conservação na Bahia
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (11), traçou o perfil dos 1.354.144 baianos que vivem nas áreas de Unidades de Conservação (UCs) no estado. Conforme o Censo de 2022, a população dessas áreas é mais preta, jovem e alfabetizada que as demais na Bahia. 

 

No que tange ao perfil de gênero, 693.559 pessoas que vivem nas UCs são mulheres, o que representa 51,2% do total dessas áreas. A proporção é levemente menor que a registrada na população total do estado, que 51,7% de residentes do sexo feminino.

 

“Se a população das UCs baianas é levemente menos feminina do que a população geral do estado, ela é, por outro lado, mais jovem e mais preta”, é o que indica o IGBE. Segundo o levantamento, 22,2% das unidades de conservação possuem entre 0 e 14 anos, cerca de 2% a mais que o percentual geral do estado. Consequentemente, a proporção de pessoas idosas com 60 anos ou mais é menor nas Unidades de Conservação: sendo de 12,9%, frente ao percentual estadual que é de 15,3% da população.

 

Em relação à cor ou raça, nas Unidades de Conservação baianas, a maioria da população, cerca de 56,8%, se autodeclarou parda, assim como no estado na totalidade, 57,3%. Porém, a proporção de pessoas pretas era maior nessas áreas, o equivalente a 26,1% dos habitantes, frente aos 22,4% do total da população.

 

Ao contrário do que ocorreu no cenário nacional, na Bahia, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais dentro das UCs era inferior à do total do estado. Nas unidades baianas, 118.837 moradores nessa faixa de idade não eram alfabetizados, 11,3% do total. No estado, essa taxa era de 12,6%. Nacionalmente, a taxa de analfabetismo nas UCs era de 8,8% enquanto a total era 7,0%, em 2022.

 

MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO
O IBGE apontou ainda que o acesso ao saneamento básico é um dos principais gargalos na realidade de quem vivem em Unidades de Conservação. Na Bahia, 4 em cada 10 moradores (39,1%) de Unidades de Conservação possuem alguma precariedade em relação ao saneamento básico.

 

O Censo de 2022 mapeou o acesso ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Ao total, 527.087 moradores das Unidades de Conservação da Bahia possuíam alguma precariedade em relação a algum desses serviços. O número representa 39,1% dos moradores de domicílios particulares dessas áreas.

 

A taxa baiana é levemente inferior à nacional, onde 40,3% dos moradores das UCs (ou 4.725.613 pessoas) possuem ao menos uma precariedade em relação a estes serviços. Em números absolutos, 

 

  • Esgotamento sanitário: 35% dos moradores de UCs baianas (471.954) utilizavam fossa rudimentar, buraco, vala, córrego, mar ou outra forma, ou não tinham esgotamento devido à inexistência de banheiro, ou sanitário.
  • Abastecimento de água: 123.866 baianos (9,2%) que viviam em UCs não possuíam água canalizada até o domicílio proveniente de rede geral, poço, fonte, nascente ou mina
  • Coleta de lixo: 14,5% dos moradores dessas áreas na Bahia (195.771) não tinham o seu lixo coletado, tendo ele queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, encosta ou área pública, ou com outro destino.
     
Inflação medida pelo IPCA registra 0,24% em junho com primeira queda nos preços de alimentos em nove meses
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Depois de uma queda acentuada entre abril e maio, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho teve apenas leve variação para baixo, fechando o mês em 0,24%. Foi o que mostrou o indicador divulgado nesta quinta-feira 10) pelo IBGE. 

 

Em maio a inflação oficial havia sido de 0,26%, e agora em junho portanto houve uma queda de 0,02%. No ano, a inflação acumulada, segundo o IBGE, é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%. 

 

O resultado do IPCA de junho foi influenciado, principalmente, pela alta da energia elétrica residencial, que, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, registrou aumento de 2,96% no mês. Em todo o primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial já subiu 6,93%, registrando o principal impacto positivo individual (0,27%) no resultado acumulado de 2025. 

 

Em relação aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco. Já a menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).

 

Na cidade de Salvador, a alta de preços em junho foi de 0,29%, acima da média nacional de 0,24%. Apenas quatro capitais registraram inflação maior do que Salvador. 

 

No ano, a inflação acumulada em Salvador está em 3%, praticamente igual ao que foi verificado para todo o país (2,99%). Já nos últimos 12 meses, o IPCA para a capital baiana foi de 5,23%, abaixo da média nacional, que ficou em 5,35%. 

 

Outro impacto na composição da inflação oficial de junho saiu da alta de preços do grupo Habitação (0.99%). Esse resultado foi influenciado principalmente pela alta na taxa de água e esgoto (0,59%). 

 

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,18%) nos últimos nove meses. O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). No lado das altas, destaca-se o tomate (3,25%).

 

Já a alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche passou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.

 

O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês (0,05%), aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta.

 

Nos preços do grupo Vestuário (0,75%), destacam-se as altas na roupa masculina (1,03%), nos calçados e acessórios (0,92%) e na roupa feminina (0,44%). As demais variações e impactos no IPCA de junho foram: Saúde e cuidados pessoais (0,07%); Despesas pessoais (0,23%); Comunicação (0,11%); Educação (0,00%); e Artigos de residência (0,08%).
 

IBGE: taxa de desemprego no país cai a 6,2% em maio e emprego com carteira assinada bate recorde
Foto: Governo do Paraná

Depois de ter subido a 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a taxa de desemprego no Brasil teve uma expressiva queda nos meses de março, abril e maio, e encerrou o período chegando a 6,2%. O resultado ficou próximo à taxa mais baixa já registrada na série histórica, que foi de 6,1% no trimestre setembro-outubro-novembro de 2024. 

 

Além da redução de 0,6% na taxa de desocupação, o mercado de trabalho atingiu um patamar recorde no contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado: esse número chegou a 39,8 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em maio, com crescimento de 3,7% ante igual trimestre do ano passado. 

 

Esses são alguns dos resultados apresentados pela Pnad Contínua Mensal, elaborada pelo IBGE. O estudo foi divulgado na manhã desta sexta-feira (27). 

 

De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio de 2025, de 6,2%, resultou em uma queda de 1% frente ao mesmo trimestre do ano de 2024 (7,1%). Essa taxa atual, quando comparada ao primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela queda ainda maior, já que naquela ocasião, em maio de 2023, o desemprego estava em 8,3%. 

 

Outro destaque da Pnad Contínua divulgada nesta sexta foi a quantidade de desalentados em todo o país. Este dado mostrou fortes quedas, de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.    

 

Os números do IBGE revelam também que de março a maio de 2025, cerca de 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil. Na comparação com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), no qual 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 8,6%, equivalente a menos 644 mil pessoas. 

 

Por outro lado, comparado a igual trimestre do ano anterior, quando existiam 7,8 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 12,3%, uma redução de 955 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio deste ano era de aproximadamente 103,9 milhões, avanço de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 101,3 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,5%, expansão de 0,6% ante o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (58%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), esse indicador teve variação positiva de 1%.          

 

Outro dado positivo revelado pela Pnad Contínua está na taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada). Essa taxa ficou em 14,9%, caindo 0,8% na comparação com o trimestre anterior (15,7%). 

 

O estudo mostra ainda que houve evolução no rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos, que chegou a R$ 3.457 no trimestre de março a maio de 2025. Esse resultado registrou crescimento de 3,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. 

 

E por fim, foi verificado um novo recorde na massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores). Essa massa de rendimento real atingiu R$ 354,6 bilhões, subindo 1,8% no trimestre, um acréscimo de R$ 6,2 bilhões, e aumentando 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano. 
 

IPCA-15 de junho registra 0,26% e confirma trajetória de queda da inflação, com redução no preço dos alimentos
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Confirmando tendência de queda na alta de preços que já vem acontecendo desde o mês de março, a prévia da inflação do país ficou em 0,26% em junho. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (26) pelo IBGE. 

 

O IPCA-15 iniciou essa trajetória de queda ao baixar de 1,23% em fevereiro para 0,64% em março. De lá pra cá, houve queda para 0,43% em abril, 0,36% em maio e mais uma redução de 0,10% agora em junho, fechando em 0,26%. 

 

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,39%.

 

Segundo o IBGE, o grupo de maior impacto no índice de 0,26% em junho foi o de Habitação, com alta de 1,08%, seguido de Vestuário (0,51%). Já o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,02%), após nove meses consecutivos de alta.

 

Os subitens de maior impacto positivo no índice foram energia elétrica residencial, com avanço de 3,29%, influenciada pela mudança na bandeira tarifária. Em seguida, vêm café moído (2,86%), ônibus urbano (1,39%), taxa de água e esgoto (0,94%), refeição (0,60%) e plano de saúde (0,57%), todos com impacto de 0,02 p.p.

 

Em relação aos impactos negativos, os maiores vieram da alimentação no domicílio, com destaque para os preços do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%) e do arroz (-3,44%). A queda nos preços da gasolina (-0,52%) foi responsável por 0,3% de impacto no IPCA-15 de junho.

 

No grupo Habitação, a alta na energia elétrica residencial está relacionada à bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos, que passou a vigorar em junho, e aos reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (6,82%), a partir de 28 de maio; 3,33% em Recife (4,58%), a partir de 29 de abril; 2,07% em Salvador (2,30%), a partir de 22 de abril.

 

Os destaques no grupo Vestuário (0,51%) ficam por conta das altas nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%). O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,29%), neste mês, foi influenciado pelo plano de saúde (0,57%).

 

Os combustíveis recuaram 0,69% em junho (ante o aumento de 0,11% em maio), com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).

 

A alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, ante o aumento de 0,30% em maio, influenciada pelas quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%).

 

Já a alimentação fora do domicílio (0,55%) desacelerou em relação ao mês de maio (0,63%), em virtude da desaceleração do lanche (de 0,84% em maio para 0,32% em junho). Por outro lado, a refeição passou de 0,49% em maio para 0,60% em junho.

 

Em relação aos índices regionais, a maior de preços foi registrada em Recife (0,66%), por conta das altas da energia elétrica residencial (4,58%) e da gasolina (3,44%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,10%).

 

A cidade de Salvador teve a quinta maior taxa de inflação entre todas as capitais pesquisas, registrando 0,42% no mês de junho. O resultado ficou acima da média nacional, que foi de 0,26% para o período. Nos últimos dois meses a capital baiana vinha observando resultados menores do que a média nacional. 

 

No resultado trimestral, entretanto, a capital da Bahia ficou com 0,89%, abaixo da média nacional de 1,05%. Outro dado que mostrou Salvador melhor do que o resultado para todo o país foi na avaliação do indicador nos últimos 12 meses: enquanto em todo o Brasil o IPCA-15 marcou 5,27% no período, a capital baiana marcou 4,86%, o que lhe confere a terceira melhor posição entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. 
 

Senado mantém texto da Câmara e confirma aumento de 513 para 531 na quantidade de deputados federais
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Por 41 votos a favor e 33 contra, o Senado aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei complementar 177/2023, que aumenta de 513 para 531 a quantidade de deputados federais na Câmara. Como o projeto também foi aprovado na Câmara, o projeto segue agora para sanção presidencial. 

 

Por ser um projeto de lei complementar, eram necessários 41 votos para a aprovação da matéria no Senado, e o número, portanto, ficou no limite mínimo exigido.

 

A proposta original foi apresentada pela deputada Dani Cunha (União-RJ), para atender exigência feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao Congresso ajustar a representação parlamentar conforme o censo de 2022. O STF concedeu ao Congresso o prazo de 30 de junho para promover a redivisão das vagas, sob pena de transferência da responsabilidade de estabelecer a nova distribuição para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

A exigência de redistribuição foi resultado de uma ação impetrada pelo estado do Pará, que argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010, por conta das mudanças populacionais. A decisão do STF previa a manutenção dos 513 deputados federais com redistribuição de 14 cadeiras, tomando como base legislação de 1993.

 

O texto do projeto previa que sete estados perdessem vagas para outros. Desta forma, Rio de Janeiro perderia quatro cadeiras; Paraíba, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul perderiam duas cadeiras cada um; Pernambuco e Alagoas perderiam uma cadeira cada um.

 

O relator do projeto na Câmara, deputado Damião Feliciano (União-PB), atendendo sugestão feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estabeleceu no texto da proposição um novo critério. Pelo dispositivo, nenhum estado poderia perder representantes, mesmo que tenha registrado redução populacional. 

 

Pelo texto da matéria, da forma como foi aprovada no plenário da Câmara e depois ratificada pelo Senado, a nova distribuição de vagas ficaria assim: Pará e Santa Catarina - mais quatro deputados; Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte - mais dois; Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná - mais uma vaga. As outras unidades da federação não sofreram alterações em sua composição.

 

No Senado, o projeto foi relatado por Marcelo Castro (MDB-PI), que manteve o texto que havia sido aprovado na Câmara. A sessão desta quarta foi realizada com o plenário praticamente vazio, já que o presidente Davi Alcolumbre permitiu o regime de votação semipresencial. 

 

Alguns poucos senadores presentes no plenário defenderam o adiamento da votação, e criticaram o aumento no número de deputados federais. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, disse que pesquisas revelaram que a maioria da população é contra a elevação da quantidade de cadeiras de 513 para 531. 

 

Antes da apreciação do mérito da proposta, o senador Davi Alcolumbre colocou em votação um requerimento de urgência para a votação do projeto na sessão desta quarta. A urgência foi aprovada com 43 votos a favor e 30 contrários. A quantidade de votos a favor estimulou o presidente do Senado a seguir com a apreciação do projeto. 

 

Na discussão sobre a proposta de aumento na quantidade de deputados, alguns poucos se manifestaram contra o projeto. Eduardo Girão, Cleitinho (Republicanos-MG) e Damares Alves (Republicanos-DF) foram alguns que se posicionaram de forma contrária à proposta. 

 

A criação de novas cadeiras implicará impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano, segundo informações da Diretoria-Geral da Câmara. Esse valor, de acordo com o relator, Marcelo Castro, será absorvido pelas previsões orçamentárias de 2027, quando começa a próxima legislatura com a nova quantidade de deputados.

 

Outro impacto que deverá ser alocado é o de emendas parlamentares que os novos representantes passarão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.

 

Além disso, conforme determina a Constituição Federal, o número de deputados estaduais mudará porque a Assembleia Legislativa deve ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados com uma trava de 36. Se atingido esse número, o total será os 36 mais o quanto passar de 12 na bancada federal.

 

Dessa forma, estados que passam de oito deputados federais (24 estaduais) para dez terão assembleias com 30 deputados estaduais (três vezes mais).
 

Senado pode votar nesta terça o projeto que aumenta quantidade de deputados federais de 513 para 531
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Logo após a realização da reunião conjunta do Congresso Nacional, nesta terça-feira (17), está programada uma sessão deliberativa do Senado, e um dos itens na pauta é o projeto de lei complementar que amplia o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Se o Senado não fizer alterações no texto, a proposição seguirá para sanção presidencial.

 

Antes da votação do mérito, os senadores precisarão aprovar primeiro um requerimento para impor urgência à tramitação da matéria. O relator do PLP 177/2023 é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Para aprovação do projeto, são necessários 41 votos favoráveis. 

 

Na Câmara, o projeto, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado com 270 votos a favor (207 parlamentares foram contra a proposta). O projeto é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote uma mudança na legislação e redistribua a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada unidade da federação.  

 

A exigência foi determinada a partir de uma ação do governo do Pará no STF, que apontou omissão do Poder Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional auferida pelo IBGE. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.

 

Inicialmente, o projeto estipulava um aumento de 513 para 527 deputados. O relator na Câmara, Damião Feliciano (União-PB), entretanto, ao apresentar o seu parecer, elevou a quantidade de deputados federais para 531, alegando ajustes necessários devido às mudanças populacionais. 

 

Damião Feliciano argumentou que a perda de representantes significaria também perda de recursos em emendas parlamentares, aumentando a desigualdade regional (somente o Nordeste perderia oito vagas). Se o projeto não for aprovado, segundo o deputado, alguns estados ganharão até quatro vagas, mas outros, como Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul podem perder cadeiras no parlamento.  

 

De acordo com o texto que foi aprovado na Câmara e agora será apreciado no Senado, a nova distribuição de vagas ficaria assim:

 

Amazonas: mais 2 deputados
Ceará: mais 1 deputado
Goiás: mais 1 deputado
Minas Gerais: mais 1 deputado
Mato Grosso: mais 2 deputados
Pará: mais 4 deputados
Paraná: mais 1 deputado
Rio Grande do Norte: mais 2 deputados
Santa Catarina: mais 4 deputados

 

O prazo concedido pelo STF acaba em 30 de junho, por isso o Congresso tenta acelerar a análise da matéria. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a inclusão desse item na pauta do plenário do Senado atende a um pedido feito pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

A nova quantidade de deputados passa a valer a partir da legislatura eleita em 2026. De acordo com o relator na Câmara, o impacto anual previsto com esse aumento de vagas na Câmara é de R$ 64,6 milhões por ano, valor que, segundo ele, seria absorvido pelo atual orçamento da Câmara, sem custo adicional. 

 

Damião Feliciano disse ainda que, segundo a última estimativa de reajuste dos limites dos órgãos para os próximos quatro anos, feita pelo Ministério do Planejamento, o Orçamento de 2027 já terá margem para pagar o custo milionário do aumento do número de deputados.
 

Queda no preço dos alimentos faz inflação desacelerar para 0,26% em maio; Salvador tem alta do índice em relação a abril
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Depois de ter chegado a 1,31% em fevereiro, a inflação oficial brasileira entrou em rota de queda, e neste mês de maio, pela terceira vez consecutiva, registrou desaceleração. A taxa de inflação, que em abril foi de 0,43%, caiu ainda mais, registrando 0,26% em maio. 

 

Foi o que revelou nesta manhã de terça-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. De acordo com o indicador, a inflação acumulada no ano de 2025 é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, está em 5,32%. 

 

De acordo com o IBGE, a desaceleração dos índices inflacionários em maio se deu por conta principalmente de quedas de preços em dois dos três principais grupos que possuem maior peso na formação do IPCA. Enquanto Alimentação e bebidas e Transportes tiveram redução de preços (os alimentos caíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, e em Transportes houve redução de 0,37%), o setor de Habitação teve alta de 1,19%, refletindo no resultado final do IPCA.

 

O grupo Habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial, principal impacto no índice do mês, com 0,14%. Já o grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%. 

 

Contribuíram para o resultado de maio as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).

 

Já no grupo Transportes, a queda de 0,37% contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, exercendo -0,08% de impacto, com destaque para os recuos na passagem aérea (-11,31%) e combustíveis (-0,72%). Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).

 

As demais variações no IPCA de maio foram: Saúde e cuidados pessoais (0,54%); Vestuário (0,41%); Despesas pessoais (0,35%); Comunicação (0,07%); Educação (0,05%); e Artigos de residência (-0,27%).

 

Na análise dos indicadores por região, a maior variação de preços (0,82%) ocorreu em Brasília por conta da alta da energia elétrica residencial (9,43%) e da gasolina (2,60%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,00%) em razão da queda no ovo de galinha (-9,09%) e no arroz (-6,26%).

 

A cidade de Salvador desponta com o sexto pior resultado entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. Depois de ter tido um resultado mais baixo em abril, com 0,16%, a inflação acelerou na capital baiana e chegou a 0,35% em maio, acima da média nacional, de 0,26%. 

 

Já no ano de 2025, a capital baiana chegou a 2,71%, um resultado melhor do que a inflação para o país (2,75%). No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice ainda melhor do que o obtido em todo o país: 4,89% na capital baiana contra 5,32% na média nacional. 
 

Salvador passa a ter menos da metade da população católica; capital tem maior proporção de público sem religião
Foto: Max Haack/Secom

Salvador passou, pela primeira vez, em 2022, a ter menos da metade de sua população católica. Os católicos somavam 947.032 na capital baiana, representando 44,0% das pessoas de 10 anos ou mais de idade. 

 

A população católica soteropolitana é a 6ª maior entre os municípios brasileiros (Salvador tem a 5ª maior população total), e a sua participação no geral (44,0%) é apenas a 23ª, entre as 27 capitais, ou seja, a 5ª menor, num ranking liderado por Teresina/PI (70,2% de católicos), Aracaju/SE (60,4%) e Fortaleza/CE (60,0%).

 

Depois dos católicos, em Salvador, os evangélicos eram o grupo religioso mais representativo, somando 523.449 pessoas ou 24,3% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 7ª maior população evangélica do país, mas a proporção no total era apenas a 22ª ou a 6ª menor entre as capitais.

 

As pessoas adeptas de umbanda ou candomblé vinham a seguir, na capital baiana, somando 59.925, que representavam 2,8% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 4ª maior população adepta de religiões de matriz africana, abaixo de São Paulo/SP (233.027), Rio de Janeiro/RJ (196.313) e Porto Alegre/RS (75.744). Em termos percentuais, ficava em 3º lugar entre as capitais, atrás de Porto Alegre/RS (6,4%) e Rio de Janeiro/RJ (3,6%).

 

Já os espíritas somavam 51.765 ou 2,4% da população de 10 anos ou mais de idade em Salvador, que tinha, entre as capitais, o 6º maior número absoluto, mas apenas a 14ª participação de pessoas dessa religião no total de habitantes.

 

Assim como ocorria no estado em geral, em Salvador, os sem religião formavam o terceiro grupo mais numeroso, depois de católicos e evangélicos: 398.068 pessoas, representando 18,5% da população de 10 anos ou mais (quase 2 em cada 10). 

 

O município tinha a 3ª maior população sem religião do país, atrás apenas de São Paulo/SP (1,4 milhão) e Rio de Janeiro/RJ (889 mil), e foi, pelo terceiro Censo Demográfico consecutivo, a capital com maior proporção de pessoas sem religião no total de habitantes de 10 anos ou mais de idade (já havia liderado em 2000 e 2010).

Puxado principalmente pelo desempenho do agro, PIB brasileiro cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025
Foto: Divulgação

Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.

 

O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

 

O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.

 

De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%). 

 

Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%. 

 

Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).

 

“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade. 

 

Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).

 

Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.

 

Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
 

Taxa de desemprego medida pelo IBGE mostra estabilidade, mas resultado é o menor da história para o trimestre
Fonte: Sindicato dos Comerciários de São Paulo

Apesar de ter se mantido estável em relação ao período anterior, a taxa de desocupação no Brasil no trimestre de fevereiro a abril de 2025, de 6,6%, registrou o patamar mais baixo da série histórica para o período finalizado em abril. Foi o que divulgou nesta quinta-feira (29) o IBGE, ao apresentar os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 

 

Em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano, a taxa atual de desemprego caiu 0,1%, já que no período anterior o resultado havia sido de 6,5%. O resultado confirma um cenário de estabilidade no mercado de trabalho no país. 

 

“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, explica o analista da Pnad Contínua do IBGE, William Kratochwill. 

 

De acordo com o levantamento, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 15,4% no trimestre encerrado em abril. Esse resultado também foi considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de 2%.

 

De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. Frente ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), no qual 7,2 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador ficou estável. 

 

Por outro lado, de acordo com os números apresentados pelo IBGE, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,2 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 11,5%, uma redução de 941 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

A Pnad Contínua também mostra que a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril deste ano era de aproximadamente 103,3 milhões, significando estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 100,8 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,5 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,2%, ficando estável ante o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (58,2%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,3%), esse indicador teve variação positiva de 0,9%.

 

Outro dado apresentado pela pesquisa do IBGE diz respeito à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), que foi de 37,9%, equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,3%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%). 

 

A queda na informalidade, como afirma o IBGE, é consequência da estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) na comparação trimestral e aumento de 2,1% no confronto anual.           
 

Prévia da inflação medida pelo IBGE desacelera e fica em 0,36% em maio; Salvador tem o segundo menor índice entre as capitais
Foto: Reprodução Redes Sociais Grupo EDP

Nas últimas semanas, os preços seguiram tendência de queda iniciada em março, e a prévia da inflação caiu de 0,43% em abril para 0,36% agora em maio. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador que representa a prévia da inflação oficial, e que foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE.

 

O resultado deste mês foi menor do que o verificado em maio de 2024, quando foi registrada alta de 0,44%. No ano de 2025, o acumulado no indicador está em 2,80%, e na contagem dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,40%. 

 

Ao contrário dos meses anteriores, houve menor impacto na formação do indicador da prévia da inflação do grupo de Alimentação e Bebidas, que experimentou uma forte desaceleração, caindo de 1,14% em abril para 0,39%. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%). 

 

Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%). Destaca-se ainda o lanche, que havia subido 1,23% em abril e desacelerou para 0,84% em maio.

 

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumentos, com destaques Vestuário (0,92%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). 

 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,91%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

 

No resultado do grupo Habitação (0,67%), sobressai a energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos. 

 

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). Já o menor resultado ocorreu em Curitiba (0,18%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (10,13%) e das frutas (4,13%).

 

A cidade de Salvador teve o segundo índice mais baixo do IPCA-15 entre todas as capitais pesquisadas, registrando 0,20% em maio. No mês de abril, o resultado da prévia da inflação na capital baiana havia sido de 0,27%. 

 

No ano de 2025, a prévia da inflação em Salvador registra o percentual de 2,70%, abaixo da média nacional de 2,80%. Na variação acumulada de 12 meses, o indicador na capital da Bahia marcou o total de 4,68%, bem abaixo da média nacional, que foi de 5,40%. 

 

A prévia da inflação oficial no acumulado de 12 meses em Salvador só é maior entre as capitais do que a verificada em Recife, que marcou 4,28%. 
 

Analfabetismo de pessoas com deficiência é quatro vezes maior no país
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é quatro vezes maior do que na população geral em 2022, para pessoas com 15 anos ou mais. É o que apontam os dados o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (23). A taxa de pessoas com deficiência analfabetas é de 21,3%, e entre sem deficiência é de 5,2%.

 

Em números absolutos, segundo o IBGE, 2,9 milhões de um total de 13,6 milhões de pessoas com deficiência no país, com 15 anos ou mais, não sabiam ler nem escrever. As informações são da Agência Brasil. 

 

Para o Censo 2022, pessoas com deficiência são aquelas que têm impossibilidade ou grande dificuldade para enxergar, ouvir, andar e pegar objetos pequenos. Também entram na estatística aqueles nessa faixa etária que, por alguma limitação nas funções mentais, não conseguem ou têm muita dificuldade para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar e estudar, entre outras atividades.

 

A taxa de escolarização também reforça a disparidade entre aqueles com deficiência e os sem deficiência. Segundo o IBGE, 63,1% das pessoas com 25 anos ou mais, com deficiência, não tinham instrução ou nem sequer haviam completado o ensino fundamental. Isso é quase o dobro do percentual (32,3%) de pessoas sem deficiência nessa situação.

 

Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência, nessa mesma faixa etária, haviam concluído o ensino superior; 17,8%, o ensino médio; e 11,8% o ensino fundamental. Os percentuais para pessoas sem deficiência são superiores em todos os níveis: ensino superior completo (19,5%), médio completo (33,9%) e fundamental completo (14,3%).

 

AUTISMO 
O Censo também analisou a escolarização de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA). A proporção de pessoas com autismo, com 25 anos ou mais, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto chega a 46,1%, acima da taxa de 35,2% da população total.

 

“A maior parte das pessoas com 25 anos ou mais de idade com TEA estão no grupo sem instrução com ensino fundamental incompleto, é quase a metade. E é [um percentual] bem maior do que na população total”, afirma o pesquisador do IBGE Raphael Fernandes.

 

Aqueles com superior completo, com autismo, com 25 anos ou mais, são 15,7%, ante os 18,4% da população geral. Os percentuais de pessoas com autismo, nessa faixa etária, que concluíram o ensino médio (25,4%) e o fundamental (12,9%), também são inferiores àqueles registrados pela população geral (32,3% e 14%, respectivamente).

 

Em relação à taxa de escolarização no entanto, a situação é diferente: o índice de pessoas de 6 anos ou mais com autismo que estudam (36,9%) supera o da população geral (24,3%).

 

A vantagem das pessoas com TEA concentra-se nas populações com 18 a 24 anos (30,4%, ante 27,7% na população geral) e com 25 anos ou mais (8,3%, ante 6,1% na população geral). Nas faixas etárias menores, no entanto, as taxas de escolarização da população com TEA são inferiores à da população geral: 6 a 14 anos (94,4%, ante 98,3%) e 15 a 17 anos (77,3% ante 85,3%). As informações são da Agência Brasil. 

Casamentos registram queda pelo segundo ano consecutivo na Bahia; apenas uniões homoafetivas aumentam
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os casamentos registraram queda na Bahia, em 2023. Segundo dados das Estatísticas do Registro Civil 2023, divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (16), foram realizados 57.565 casamentos civis (formais) em 2023, o que representa 4,9% a menos do que em 2022 (60.534). 

 

O recuo foi o segundo consecutivo e bem mais intenso do que o registrado entre 2021 e 2022, que havia sido de -0,9% ou menos 563 uniões. Excluindo o ano de 2020, em que se deu o início da pandemia, o ano de 2023 registrou menor número de casamentos civis realizados na Bahia desde 2013, quando haviam sido formalizadas 54.804 uniões no estado.

 

Quando analisada a capital baiana, a redução no total de casamentos foi mais acentuada: 976 a menos do que em 2022, o equivalente a -7,7%, indo a 11.622. Deixando de fora 2020, foi o menor número de uniões formais na capital baiana em oito anos, desde 2015, quando haviam sido registrados 11.332 casamentos civis.

 

Segundo o IBGE, a queda generalizada foi especialmente puxada pelas uniões heterossexuais (homem e mulher), já que as uniões formais entre pessoas do mesmo sexo aumentaram entre 2022 e 2023, especialmente os casamentos entre mulheres. 

 

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Entre os casamentos totais realizados, as uniões heterossexuais representaram 99,4% do total, porem tendo uma queda de 5% entre um ano e outro (de 60.225 em 2022 para 57.21 em 2023); enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ainda que fossem minoria, registraram um aumento de 14,2% entre um ano e outro, indo de 309 em 2022 para 353 no ano seguinte.

 

O aumento de uniões homossexuais vem registrado na Bahia desde 2018, excluindo o ano de 2020. Entre 2022 e 2023, o incremento foi puxado exclusivamente pelos casamentos entre mulheres, que passaram de 185 para 239. O número de uniões entre dois homens caiu de 124 para 114, no período.

 

Salvador registrou situação semelhante. Entre 2022 e 2023, os casamentos entre pessoas de sexos diferentes, 98,5% do total, caíram de 12.449 para 11.445 (-8,1%), enquanto aqueles entre pessoas do mesmo sexo aumentaram de 149 para 177 (+18,8%). Apenas as uniões entre mulheres cresceram, de 89 para 120, enquanto aquelas entre homens diminuíram um pouco, de 60 para 57.

 

No Brasil como um todo, foram realizados 940.799 casamentos civis em 2023, o que representou uma queda de 3,0% em relação ao ano anterior. Desses, 11.198 foram entre pessoas do mesmo sexo, que aumentaram (+1,6%) frente a 2022 (mais 176).

 

DIVÓRCIOS NA BAHIA 
Ao contrário dos casamentos na Bahia, que estiveram em queda, o total de divórcios na Bahia em 2023 foi o maior nos 14 anos da série histórica recente das Estatísticas do Registro Civil para o indicador, iniciada em 2009.

 

O crescimento percentual no número de divórcios foi de 15,4%, ficando acima do verificado no cenário do Brasil, onde o número de dissoluções aumentou 4,9% frente a 2022. A Bahia foi uma das 19 unidades federativas em que o divórcio teve alta. 

 

Salvador liderou o número absoluto de divórcios entre as capitais brasileiras. Na capital baiana, foram registrados 6.420 divórcios judiciais ou por escritura em 2023, o que configura mais 1.526 dissoluções em um ano (32,4%) em comparação a 2022, quando o total já havia crescido 45,2% frente a 2021. 

 

O aumento numérico dos divórcios contribui para a progressiva diminuição do tempo médio de duração dos casamentos. Na Bahia, em 2009, as pessoas que se divorciavam tinham ficado casadas, em média, por 18,5 anos; em 2019, as uniões, no estado, tinham durado uma média de 15,2 anos; já em 2023, os casais que se divorciaram tinham ficado juntos por 14,8 anos, em média.

 

Apesar dos números, a Bahia era, em 2023, o 9º estado em que os casamentos mais duravam, num ranking liderado por Piauí (17,5 anos), Rio Grande do Sul (16,7 anos) e Maranhão (15,8). No Brasil como um todo, os casamentos que acabaram em 2023 tinham durado, em média, 13,8 anos.

IBGE: 6 em cada 10 municípios baianos tiveram redução no número de nascimentos entre 2022 e 2023
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Além da capital baiana, outros 236 municípios baianos também registraram queda no número de nascimentos e registros entre 2022 e 2023. O número equivale a 6 em cada 10 (56,8%) cidades do estado. Os números são das Estatísticas do Registro Civil 2023, divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (16).

 

Superando Salvador, que contabilizou uma queda de 4,9%, os municípios com maior déficit no número de nascimentos e registros foram Mata de São João, com uma retração de 21,3%, após o número decair de 662 nascimentos em 2022 para 521 no ano seguinte; Alagoinhas, teve 200 nascimentos a menos em 2023 (1.816 em 2022 para 1.616), o equivalente a uma queda de 11,0%; e Lauro de Freitas, que registrou uma queda 2.536 nascimentos em 2022, para 2.363 em 2023, o equivalente a 6,8% de diminuição.

 

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No entanto, outros municípios registraram um aumento absoluto no total de nascimentos entre 2022 e 2023. Foi o caso de Barreiras, que teve o maior aumento absoluto no total e crianças nascidas entre 2022 e 2023, que foi de 170 crianças a mais. Assim, foram registrados 2.349 nascimentos em 2022 e para 2.519, em 2023, um crescimento equivalente a +7,2%.

 

Porto Seguro também obteve crescimento de 2.670 em 2022, para 2.836 em 2023, ou seja, foram 166 nascimentos a mais, o equivalente a 6,2%; e Luís Eduardo Magalhães, que passou de 2.089 nascimentos em 2022 para 2.225 em 2023, o que representa mais 136 nascimentos, um crescimento de 6,5%. 

 

Considerando os extremos de um período maior, entre 2001 e 2023, quase 9 em cada 10 municípios da Bahia tiveram queda nos nascimentos: 374 de 417, ou 89,7%.

Desocupação aumenta no primeiro trimestre de 2025 e a Bahia tem a segunda maior taxa entre os estados
Foto: Governo de Sergipe

A taxa de desocupação média em todo o país no primeiro trimestre de 2025 cresceu 0,8% em relação ao período anterior, e houve aumento do desemprego em 12 das 27 Unidades da Federação, com a Bahia registrando o segundo maior índice de desocupados.

 

Esses são alguns dos resultados da Pnad Contínua Trimestral divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O estudo mostrou que a taxa de desocupação brasileira passou dos 6,2% verificados no último trimestre do ano passado para 7% nos três primeiros meses deste ano. Apesar de ter subido 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre, o índice caiu 0,9% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, quando o desemprego foi de 7,9%. 

 

Nos números estaduais, a Bahia, com desocupação de 10,9%, só ficou atrás da taxa registrada em Pernambuco (11,6%). Entre os estados que tiveram maior índice, logo depois aparecem o Piauí (10,2%), o Amazonas (10,1%) e o Rio Grande do Norte (9,8%). Na Bahia, a taxa de desocupação cresceu de 9,9% no último trimestre de 2024 para os atuais 10,9%.

 

A taxa de desocupação (7%) foi de 5,7% para os homens e 8,7% para as mulheres no primeiro trimestre de 2025. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%) e acima para os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).

 

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).

 

Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 15,9%. O Piauí (34,0%) teve a maior taxa de subutilização, seguido por Bahia e Alagoas (ambos com 27,5%).

 

No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,6%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%), e os menores, no Maranhão (51,8%), Piauí (52,0%) e Pará (55,1%).

 

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,3%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,6%), Maranhão (32,7%) e Amazonas (31,2%), e os menores, do Distrito Federal (19,0%), Tocantins (20,6%) e Mato Grosso do Sul (21,2%).

 

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%).

 

O rendimento médio real mensal habitual dos trabalhadores, de acordo com a Pnad Contínua, foi de R$ 3.410. Houve alta em ambas as comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.371) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.279). 

 

Nas comparações trimestral e anual, as regiõees Nordeste (R$ 2.383) e Sul (R$3.840) tiveram expansão estatisticamente significativa dos rendimentos no 1 º trimestre de 2025, enquanto houve estabilidade nas demais regiões. Os maiores rendimentos médios foram do Centro-Oeste (R$ 3.848), Sul (R$ 3.840) e Sudeste (R$ 3.814), enquanto os menores foram do Nordeste (R$ 2.383) e do Norte (R$ 2.649).

 

A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. A cada trimestre, dois mil entrevistadores integrados às mais de 500 agências da rede de coleta do IBGE visitam uma amostra de 211 mil domicílios, percorrendo cerca de 3.500 municípios situados nas 27 unidades da federação do país.

Indústria baiana registra crescimento de 1,6% entre fevereiro e março, diz IBGE
Foto: Reprodução / CNI / José Paulo Lacerda

A produção industrial baiana cresceu 1,6% entre fevereiro e março deste ano. É o que apontam os dados da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (14). O crescimento estadual foi um pouco maior do que o registrado no Brasil todo, de 1,2%, e o 7º mais intenso dentre as outras regiões analisadas.

 

O IBGE revela que o avanço ocorreu após um recuo registrado entre janeiro e fevereiro, de -2,7%. Com os resultados deste mês, a indústria da Bahia acumula alta de 2,4% na produção, no primeiro trimestre de 2025, frente ao período homólogo. Fica acima do país como um todo (1,9%) e é o 4º melhor desempenho entre os 18 locais, 8 deles mostrando altas nesse acumulado.

 

Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana também continua aumentando (2,5%), chegando à sua 11ª alta acumulada consecutiva. O índice segue, porém, abaixo do nacional (3,1%) e é apenas o 8º entre os 18 locais pesquisados, 14 dos quais avançam.

 

Na comparação com março de 2024, a produção industrial da Bahia também aumentou (3,9%), voltando a crescer, após a redução de fevereiro (-1,5%). Também na comparação entre os anos, a Bahia teve um desempenho maior que a média do país, que foi de 3,1%. Neste cenário, o estado ficou atrás apenas do Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%), Pará (9,1%) e Mato Grosso do Sul (7,6%). 

 

O avanço da produção industrial da Bahia frente a março/24 (3,9%) foi consequência de alta registrada exclusivamente na indústria de transformação (5,2%), visto que a produção da indústria extrativa apresentou sua sexta queda consecutiva (-17,3%). 

 

Mas a maior contribuição para o resultado positivo da indústria baiana, em março, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que teve o segundo maior crescimento de produção (14,0%), mas é o segmento com maior peso na estrutura industrial do estado.

 

Por outro lado, com a maior queda, a fabricação de produtos químicos (-11,3%) foi a principal influência de baixa na produção industrial da Bahia, em março. Com resultados negativos em todos os meses de 2025, o segmento acumula a maior retração no primeiro trimestre do ano (-7,0%).

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O Cacique precisa urgentemente começar a separar quem é fã de quem é hater. Mas tem um monte de gente que já está cobrando a conta do ano que vem (e outros já tem as dívidas a pagar). Só que nem tudo são flores pra oposição também. Que o diga AlôPrates. Mas até hater às vezes pode ser fã - tipo Marcinho preocupado com Regis Redondo. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Hugo Motta

Hugo Motta
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento". 

 

Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

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O vereador André Fraga (PV) é o entrevistado do Projeto Prisma desta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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