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Menor taxa de desocupação já verificada desde 2012, maior quantidade de funcionários com carteira assinada em toda a série histórica, recorde no rendimento médio mensal e na soma das remunerações de todos os trabalhadores. Esses foram alguns dos bons resultados da pesquisa Pnad Contínua do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (31).
De acordo com a pesquisa, realizada no trimestre de abril a junho deste ano, foram diversos recordes verificados na série histórica desde o início da Pnad Contínua. Um deles foi registrado na taxa de desocupação no Brasil, que chegou a 5,8%. O resultado representou uma redução de 1,2% em relação ao trimestre de janeiro a março de 2025 (7,0%) e queda de 1,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (6,9%).
Este dado revela a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica, em 2012. “O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões.
Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024.
A Pnad Contínua apurou que de abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas.
Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.
Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9% ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1%. O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.
Em relação à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), o resultado no trimestre foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%).
A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual.
O estudo do IBGE ressaltou também que o contingente de ocupados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39 milhões, resultado superior (0,9%) ao apresentado no trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Outro dado que superou as expectativas do IBGE diz respeito ao rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos. Este dado chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar recorde.
Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.
Depois de quatro meses de queda, o indicador que revela a prévia da inflação oficial brasileira voltou a subir no mês de julho. É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.
De acordo com o indicador, a prévia da inflação de julho apresentou alta de 0,33%, após o índice de 0,26% registrado em junho. Apesar da subida, o resultado de julho ainda está menor do que o verificado em maio, que foi de 0,36%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa havia sido de 0,30%.
O índice apurado neste mês ficou mais alto também do que o verificado em julho do ano passado, quando o IPCA-15 foi de 0,30%. Na série histórica, esse patamar de 0,33% é o maior em um mês de julho desde 2021.
Segundo o IBGE, a maior variação de preços em julho veio do grupo Habitação, com 0,98%. Além de Habitação, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%).
Por outro lado, os grupos de Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) mostraram variação negativa, enquanto Educação (0,00%) teve variação nula.
Responsável pela maior variação e o maior impacto no índice, o grupo Habitação mostrou desaceleração em relação a junho, quando subiu 1,08%. O aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial contribuiu para o resultado do grupo.
Já o grupo Transportes apresentou aceleração de junho (0,06%) para julho (0,67%). A alta foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86%) e pelo transporte por aplicativo (14,55%).
Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), o subitem plano de saúde subiu 0,35%, consequência da incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso dos planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, valendo a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026, enquanto para aqueles contratados antes da Lei, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, dependendo do plano.
A queda de preços de Alimentação e bebidas (-0,06%) em julho foi a segunda seguida. Em junho, esse grupo recuou 0,02%. A alimentação no domicílio teve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. As quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) impactaram o resultado. No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.
Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu aceleração de junho (0,55%) para julho (0,84%), em virtude dos aumentos do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição (de 0,60% em junho para 0,65% em julho).
A respeito dos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%).
A cidade de Salvador foi a terceira entre todas as capitais com o menor resultado para julho, com IPCA-15 de 0,15%. Enquanto a média nacional subiu de 0,26% para 0,33% em julho, a capital baiana teve movimento inverso, com uma forte queda de 0,42% em junho para 0,15% em julho.
No ano, a inflação medida pelo IPCA-15 em Salvador está em 3,29%, menor do que a média nacional de 3,40%. E no indicador da prévia da inflação dos últimos 12 meses, a capital baiana aparece com média também menor do que a média nacional (4,90% na Bahia contra 5,30% em todo o Brasil).
Em 2024, mais da metade da população idosa baiana, aqueles com mais de 60 anos, acessaram a internet. A adaptação desse grupo as novas ferramentas digitais alavancou o número total de pessoas que acessaram a Internet na Bahia de 2023 e 2024, chegando a 88,5% da população de 10 anos ou mais de idade. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADC) sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta quinta-feira (24).
Ao total, 11,652 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet na Bahia, o que representava 9 em cada 10 pessoas, nessa faixa etária. Esse grupo cresceu 3,6% frente a 2023, quando havia 11,244 milhões de usuários de Internet no estado.
O levantamento aponta que quase metade (45,6%) dos novos internautas, cerca de 186 mil dos 408 mil, que passaram a acessar a Internet no estado, entre 2023 e 2024, tinham 60 anos ou mais de idade. Esse grupo se tornou o terceiro mais representativo entre os internautas baianos, representando 13,6% do total de internautas baianos, e ficando atrás apenas dos grupos de 30 a 39 anos (que representam 18,8% de todos os internautas do estado) e de 40 a 49 anos (2,119 milhões ou 18,2% do total).
No entanto, em ternos proporcionais ao tamanho de cada grupo etário, os maiores internautas do estado são os jovens de 20 a 24 anos (97,7%) e adultos de 25 a 29 anos (96,8%).
POPULAÇÃO OFF-LINE
Apesar do crescimento da participação dos idosos na população “online”, esse grupo ainda é maioria quando se trata da população fora da Internet, ou offline. O IBGE aponta que pouco mais da metade das pessoas que não acessaram a Internet em 2024, na Bahia, eram idosas de 60 anos ou mais. Ao todo, 1,511 milhão de pessoas de 10 anos ou mais de idade não haviam utilizado a Internet, na Bahia, em 2024.
O perfil desse grupo também era maioritariamente masculina e de baixa instrução, especialmente chegando ao ensino fundamental incompleto. Em números absolutos, 824 mil das 1,5 milhão de pessoas offline eram homens até 2024 (54,5%); no caso dos idosos, eles eram, 843 mil das 1,5 milhão de pessoas offline (55,8%). As pessoas sem instrução ou que não chegaram a concluir o ensino fundamental eram 8 em cada 10 (85,0%) das que não utilizaram a Internet (1,285 milhão das 1,511 milhão).
A PNADC indica ainda que o motivo mais citado para não acessar a Internet, no estado, foi não saber como fazer isso. Ao todo, 55,8% das pessoas que não acessaram a rede indicaram que não sabiam utilizar plataformas online. A falta de necessidade, foi o motivo indicado por 18,3% das pessoas em 2024, segundo motivo mais citado. Outras questões como o custo do serviço ou equipamento (respondido por 12,8% dos entrevistados), a indisponibilidade do serviço (2,3%), a falta de tempo (1,0%) e a preocupação com privacidade ou segurança (3,1%) também foram mapeadas pelo levantamento.
BRASIL X BAHIA
Pelo terceiro ano consecutivo, a Bahia teve o 2º aumento absoluto mais expressivo entre as 27 unidades da Federação no uso de Internet. A taxa de crescimento baiana (+3,6%) continuou superior à nacional e representou mais 408 mil novos internautas, entre 2023 e 2024. Em números, a Bahia ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, que registrou mais 417 mil pessoas acessando a Internet.
No Brasil na totalidade, o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade que acessaram a Internet cresceu 2,1% entre 2023 e 2024, passando de 164,528 milhões para 167,999 milhões (mais 3,471 milhões de internautas de um ano para o outro).
Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (11), traçou o perfil dos 1.354.144 baianos que vivem nas áreas de Unidades de Conservação (UCs) no estado. Conforme o Censo de 2022, a população dessas áreas é mais preta, jovem e alfabetizada que as demais na Bahia.
No que tange ao perfil de gênero, 693.559 pessoas que vivem nas UCs são mulheres, o que representa 51,2% do total dessas áreas. A proporção é levemente menor que a registrada na população total do estado, que 51,7% de residentes do sexo feminino.
“Se a população das UCs baianas é levemente menos feminina do que a população geral do estado, ela é, por outro lado, mais jovem e mais preta”, é o que indica o IGBE. Segundo o levantamento, 22,2% das unidades de conservação possuem entre 0 e 14 anos, cerca de 2% a mais que o percentual geral do estado. Consequentemente, a proporção de pessoas idosas com 60 anos ou mais é menor nas Unidades de Conservação: sendo de 12,9%, frente ao percentual estadual que é de 15,3% da população.
Em relação à cor ou raça, nas Unidades de Conservação baianas, a maioria da população, cerca de 56,8%, se autodeclarou parda, assim como no estado na totalidade, 57,3%. Porém, a proporção de pessoas pretas era maior nessas áreas, o equivalente a 26,1% dos habitantes, frente aos 22,4% do total da população.
Ao contrário do que ocorreu no cenário nacional, na Bahia, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais dentro das UCs era inferior à do total do estado. Nas unidades baianas, 118.837 moradores nessa faixa de idade não eram alfabetizados, 11,3% do total. No estado, essa taxa era de 12,6%. Nacionalmente, a taxa de analfabetismo nas UCs era de 8,8% enquanto a total era 7,0%, em 2022.
MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO
O IBGE apontou ainda que o acesso ao saneamento básico é um dos principais gargalos na realidade de quem vivem em Unidades de Conservação. Na Bahia, 4 em cada 10 moradores (39,1%) de Unidades de Conservação possuem alguma precariedade em relação ao saneamento básico.
O Censo de 2022 mapeou o acesso ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Ao total, 527.087 moradores das Unidades de Conservação da Bahia possuíam alguma precariedade em relação a algum desses serviços. O número representa 39,1% dos moradores de domicílios particulares dessas áreas.
A taxa baiana é levemente inferior à nacional, onde 40,3% dos moradores das UCs (ou 4.725.613 pessoas) possuem ao menos uma precariedade em relação a estes serviços. Em números absolutos,
- Esgotamento sanitário: 35% dos moradores de UCs baianas (471.954) utilizavam fossa rudimentar, buraco, vala, córrego, mar ou outra forma, ou não tinham esgotamento devido à inexistência de banheiro, ou sanitário.
- Abastecimento de água: 123.866 baianos (9,2%) que viviam em UCs não possuíam água canalizada até o domicílio proveniente de rede geral, poço, fonte, nascente ou mina
- Coleta de lixo: 14,5% dos moradores dessas áreas na Bahia (195.771) não tinham o seu lixo coletado, tendo ele queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, encosta ou área pública, ou com outro destino.
Depois de uma queda acentuada entre abril e maio, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho teve apenas leve variação para baixo, fechando o mês em 0,24%. Foi o que mostrou o indicador divulgado nesta quinta-feira 10) pelo IBGE.
Em maio a inflação oficial havia sido de 0,26%, e agora em junho portanto houve uma queda de 0,02%. No ano, a inflação acumulada, segundo o IBGE, é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%.
O resultado do IPCA de junho foi influenciado, principalmente, pela alta da energia elétrica residencial, que, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, registrou aumento de 2,96% no mês. Em todo o primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial já subiu 6,93%, registrando o principal impacto positivo individual (0,27%) no resultado acumulado de 2025.
Em relação aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco. Já a menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).
Na cidade de Salvador, a alta de preços em junho foi de 0,29%, acima da média nacional de 0,24%. Apenas quatro capitais registraram inflação maior do que Salvador.
No ano, a inflação acumulada em Salvador está em 3%, praticamente igual ao que foi verificado para todo o país (2,99%). Já nos últimos 12 meses, o IPCA para a capital baiana foi de 5,23%, abaixo da média nacional, que ficou em 5,35%.
Outro impacto na composição da inflação oficial de junho saiu da alta de preços do grupo Habitação (0.99%). Esse resultado foi influenciado principalmente pela alta na taxa de água e esgoto (0,59%).
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,18%) nos últimos nove meses. O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). No lado das altas, destaca-se o tomate (3,25%).
Já a alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche passou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.
O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês (0,05%), aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta.
Nos preços do grupo Vestuário (0,75%), destacam-se as altas na roupa masculina (1,03%), nos calçados e acessórios (0,92%) e na roupa feminina (0,44%). As demais variações e impactos no IPCA de junho foram: Saúde e cuidados pessoais (0,07%); Despesas pessoais (0,23%); Comunicação (0,11%); Educação (0,00%); e Artigos de residência (0,08%).
Depois de ter subido a 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a taxa de desemprego no Brasil teve uma expressiva queda nos meses de março, abril e maio, e encerrou o período chegando a 6,2%. O resultado ficou próximo à taxa mais baixa já registrada na série histórica, que foi de 6,1% no trimestre setembro-outubro-novembro de 2024.
Além da redução de 0,6% na taxa de desocupação, o mercado de trabalho atingiu um patamar recorde no contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado: esse número chegou a 39,8 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em maio, com crescimento de 3,7% ante igual trimestre do ano passado.
Esses são alguns dos resultados apresentados pela Pnad Contínua Mensal, elaborada pelo IBGE. O estudo foi divulgado na manhã desta sexta-feira (27).
De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio de 2025, de 6,2%, resultou em uma queda de 1% frente ao mesmo trimestre do ano de 2024 (7,1%). Essa taxa atual, quando comparada ao primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela queda ainda maior, já que naquela ocasião, em maio de 2023, o desemprego estava em 8,3%.
Outro destaque da Pnad Contínua divulgada nesta sexta foi a quantidade de desalentados em todo o país. Este dado mostrou fortes quedas, de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.
Os números do IBGE revelam também que de março a maio de 2025, cerca de 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil. Na comparação com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), no qual 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 8,6%, equivalente a menos 644 mil pessoas.
Por outro lado, comparado a igual trimestre do ano anterior, quando existiam 7,8 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 12,3%, uma redução de 955 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.
Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio deste ano era de aproximadamente 103,9 milhões, avanço de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 101,3 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,5%, expansão de 0,6% ante o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (58%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), esse indicador teve variação positiva de 1%.
Outro dado positivo revelado pela Pnad Contínua está na taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada). Essa taxa ficou em 14,9%, caindo 0,8% na comparação com o trimestre anterior (15,7%).
O estudo mostra ainda que houve evolução no rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos, que chegou a R$ 3.457 no trimestre de março a maio de 2025. Esse resultado registrou crescimento de 3,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
E por fim, foi verificado um novo recorde na massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores). Essa massa de rendimento real atingiu R$ 354,6 bilhões, subindo 1,8% no trimestre, um acréscimo de R$ 6,2 bilhões, e aumentando 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano.
Confirmando tendência de queda na alta de preços que já vem acontecendo desde o mês de março, a prévia da inflação do país ficou em 0,26% em junho. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (26) pelo IBGE.
O IPCA-15 iniciou essa trajetória de queda ao baixar de 1,23% em fevereiro para 0,64% em março. De lá pra cá, houve queda para 0,43% em abril, 0,36% em maio e mais uma redução de 0,10% agora em junho, fechando em 0,26%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 5,27%, abaixo dos 5,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,39%.
Segundo o IBGE, o grupo de maior impacto no índice de 0,26% em junho foi o de Habitação, com alta de 1,08%, seguido de Vestuário (0,51%). Já o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda (-0,02%), após nove meses consecutivos de alta.
Os subitens de maior impacto positivo no índice foram energia elétrica residencial, com avanço de 3,29%, influenciada pela mudança na bandeira tarifária. Em seguida, vêm café moído (2,86%), ônibus urbano (1,39%), taxa de água e esgoto (0,94%), refeição (0,60%) e plano de saúde (0,57%), todos com impacto de 0,02 p.p.
Em relação aos impactos negativos, os maiores vieram da alimentação no domicílio, com destaque para os preços do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%) e do arroz (-3,44%). A queda nos preços da gasolina (-0,52%) foi responsável por 0,3% de impacto no IPCA-15 de junho.
No grupo Habitação, a alta na energia elétrica residencial está relacionada à bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos, que passou a vigorar em junho, e aos reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (6,82%), a partir de 28 de maio; 3,33% em Recife (4,58%), a partir de 29 de abril; 2,07% em Salvador (2,30%), a partir de 22 de abril.
Os destaques no grupo Vestuário (0,51%) ficam por conta das altas nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%). O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,29%), neste mês, foi influenciado pelo plano de saúde (0,57%).
Os combustíveis recuaram 0,69% em junho (ante o aumento de 0,11% em maio), com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).
A alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, ante o aumento de 0,30% em maio, influenciada pelas quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,55%) desacelerou em relação ao mês de maio (0,63%), em virtude da desaceleração do lanche (de 0,84% em maio para 0,32% em junho). Por outro lado, a refeição passou de 0,49% em maio para 0,60% em junho.
Em relação aos índices regionais, a maior de preços foi registrada em Recife (0,66%), por conta das altas da energia elétrica residencial (4,58%) e da gasolina (3,44%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,10%).
A cidade de Salvador teve a quinta maior taxa de inflação entre todas as capitais pesquisas, registrando 0,42% no mês de junho. O resultado ficou acima da média nacional, que foi de 0,26% para o período. Nos últimos dois meses a capital baiana vinha observando resultados menores do que a média nacional.
No resultado trimestral, entretanto, a capital da Bahia ficou com 0,89%, abaixo da média nacional de 1,05%. Outro dado que mostrou Salvador melhor do que o resultado para todo o país foi na avaliação do indicador nos últimos 12 meses: enquanto em todo o Brasil o IPCA-15 marcou 5,27% no período, a capital baiana marcou 4,86%, o que lhe confere a terceira melhor posição entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE.
Senado mantém texto da Câmara e confirma aumento de 513 para 531 na quantidade de deputados federais
Por 41 votos a favor e 33 contra, o Senado aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei complementar 177/2023, que aumenta de 513 para 531 a quantidade de deputados federais na Câmara. Como o projeto também foi aprovado na Câmara, o projeto segue agora para sanção presidencial.
Por ser um projeto de lei complementar, eram necessários 41 votos para a aprovação da matéria no Senado, e o número, portanto, ficou no limite mínimo exigido.
A proposta original foi apresentada pela deputada Dani Cunha (União-RJ), para atender exigência feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou ao Congresso ajustar a representação parlamentar conforme o censo de 2022. O STF concedeu ao Congresso o prazo de 30 de junho para promover a redivisão das vagas, sob pena de transferência da responsabilidade de estabelecer a nova distribuição para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A exigência de redistribuição foi resultado de uma ação impetrada pelo estado do Pará, que argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010, por conta das mudanças populacionais. A decisão do STF previa a manutenção dos 513 deputados federais com redistribuição de 14 cadeiras, tomando como base legislação de 1993.
O texto do projeto previa que sete estados perdessem vagas para outros. Desta forma, Rio de Janeiro perderia quatro cadeiras; Paraíba, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul perderiam duas cadeiras cada um; Pernambuco e Alagoas perderiam uma cadeira cada um.
O relator do projeto na Câmara, deputado Damião Feliciano (União-PB), atendendo sugestão feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estabeleceu no texto da proposição um novo critério. Pelo dispositivo, nenhum estado poderia perder representantes, mesmo que tenha registrado redução populacional.
Pelo texto da matéria, da forma como foi aprovada no plenário da Câmara e depois ratificada pelo Senado, a nova distribuição de vagas ficaria assim: Pará e Santa Catarina - mais quatro deputados; Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte - mais dois; Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná - mais uma vaga. As outras unidades da federação não sofreram alterações em sua composição.
No Senado, o projeto foi relatado por Marcelo Castro (MDB-PI), que manteve o texto que havia sido aprovado na Câmara. A sessão desta quarta foi realizada com o plenário praticamente vazio, já que o presidente Davi Alcolumbre permitiu o regime de votação semipresencial.
Alguns poucos senadores presentes no plenário defenderam o adiamento da votação, e criticaram o aumento no número de deputados federais. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, disse que pesquisas revelaram que a maioria da população é contra a elevação da quantidade de cadeiras de 513 para 531.
Antes da apreciação do mérito da proposta, o senador Davi Alcolumbre colocou em votação um requerimento de urgência para a votação do projeto na sessão desta quarta. A urgência foi aprovada com 43 votos a favor e 30 contrários. A quantidade de votos a favor estimulou o presidente do Senado a seguir com a apreciação do projeto.
Na discussão sobre a proposta de aumento na quantidade de deputados, alguns poucos se manifestaram contra o projeto. Eduardo Girão, Cleitinho (Republicanos-MG) e Damares Alves (Republicanos-DF) foram alguns que se posicionaram de forma contrária à proposta.
A criação de novas cadeiras implicará impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano, segundo informações da Diretoria-Geral da Câmara. Esse valor, de acordo com o relator, Marcelo Castro, será absorvido pelas previsões orçamentárias de 2027, quando começa a próxima legislatura com a nova quantidade de deputados.
Outro impacto que deverá ser alocado é o de emendas parlamentares que os novos representantes passarão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.
Além disso, conforme determina a Constituição Federal, o número de deputados estaduais mudará porque a Assembleia Legislativa deve ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados com uma trava de 36. Se atingido esse número, o total será os 36 mais o quanto passar de 12 na bancada federal.
Dessa forma, estados que passam de oito deputados federais (24 estaduais) para dez terão assembleias com 30 deputados estaduais (três vezes mais).
Senado pode votar nesta terça o projeto que aumenta quantidade de deputados federais de 513 para 531
Logo após a realização da reunião conjunta do Congresso Nacional, nesta terça-feira (17), está programada uma sessão deliberativa do Senado, e um dos itens na pauta é o projeto de lei complementar que amplia o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Se o Senado não fizer alterações no texto, a proposição seguirá para sanção presidencial.
Antes da votação do mérito, os senadores precisarão aprovar primeiro um requerimento para impor urgência à tramitação da matéria. O relator do PLP 177/2023 é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Para aprovação do projeto, são necessários 41 votos favoráveis.
Na Câmara, o projeto, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi aprovado com 270 votos a favor (207 parlamentares foram contra a proposta). O projeto é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote uma mudança na legislação e redistribua a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada unidade da federação.
A exigência foi determinada a partir de uma ação do governo do Pará no STF, que apontou omissão do Poder Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional auferida pelo IBGE. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.
Inicialmente, o projeto estipulava um aumento de 513 para 527 deputados. O relator na Câmara, Damião Feliciano (União-PB), entretanto, ao apresentar o seu parecer, elevou a quantidade de deputados federais para 531, alegando ajustes necessários devido às mudanças populacionais.
Damião Feliciano argumentou que a perda de representantes significaria também perda de recursos em emendas parlamentares, aumentando a desigualdade regional (somente o Nordeste perderia oito vagas). Se o projeto não for aprovado, segundo o deputado, alguns estados ganharão até quatro vagas, mas outros, como Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul podem perder cadeiras no parlamento.
De acordo com o texto que foi aprovado na Câmara e agora será apreciado no Senado, a nova distribuição de vagas ficaria assim:
Amazonas: mais 2 deputados
Ceará: mais 1 deputado
Goiás: mais 1 deputado
Minas Gerais: mais 1 deputado
Mato Grosso: mais 2 deputados
Pará: mais 4 deputados
Paraná: mais 1 deputado
Rio Grande do Norte: mais 2 deputados
Santa Catarina: mais 4 deputados
O prazo concedido pelo STF acaba em 30 de junho, por isso o Congresso tenta acelerar a análise da matéria. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a inclusão desse item na pauta do plenário do Senado atende a um pedido feito pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A nova quantidade de deputados passa a valer a partir da legislatura eleita em 2026. De acordo com o relator na Câmara, o impacto anual previsto com esse aumento de vagas na Câmara é de R$ 64,6 milhões por ano, valor que, segundo ele, seria absorvido pelo atual orçamento da Câmara, sem custo adicional.
Damião Feliciano disse ainda que, segundo a última estimativa de reajuste dos limites dos órgãos para os próximos quatro anos, feita pelo Ministério do Planejamento, o Orçamento de 2027 já terá margem para pagar o custo milionário do aumento do número de deputados.
Depois de ter chegado a 1,31% em fevereiro, a inflação oficial brasileira entrou em rota de queda, e neste mês de maio, pela terceira vez consecutiva, registrou desaceleração. A taxa de inflação, que em abril foi de 0,43%, caiu ainda mais, registrando 0,26% em maio.
Foi o que revelou nesta manhã de terça-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. De acordo com o indicador, a inflação acumulada no ano de 2025 é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, está em 5,32%.
De acordo com o IBGE, a desaceleração dos índices inflacionários em maio se deu por conta principalmente de quedas de preços em dois dos três principais grupos que possuem maior peso na formação do IPCA. Enquanto Alimentação e bebidas e Transportes tiveram redução de preços (os alimentos caíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, e em Transportes houve redução de 0,37%), o setor de Habitação teve alta de 1,19%, refletindo no resultado final do IPCA.
O grupo Habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial, principal impacto no índice do mês, com 0,14%. Já o grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%.
Contribuíram para o resultado de maio as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
Já no grupo Transportes, a queda de 0,37% contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, exercendo -0,08% de impacto, com destaque para os recuos na passagem aérea (-11,31%) e combustíveis (-0,72%). Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).
As demais variações no IPCA de maio foram: Saúde e cuidados pessoais (0,54%); Vestuário (0,41%); Despesas pessoais (0,35%); Comunicação (0,07%); Educação (0,05%); e Artigos de residência (-0,27%).
Na análise dos indicadores por região, a maior variação de preços (0,82%) ocorreu em Brasília por conta da alta da energia elétrica residencial (9,43%) e da gasolina (2,60%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,00%) em razão da queda no ovo de galinha (-9,09%) e no arroz (-6,26%).
A cidade de Salvador desponta com o sexto pior resultado entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. Depois de ter tido um resultado mais baixo em abril, com 0,16%, a inflação acelerou na capital baiana e chegou a 0,35% em maio, acima da média nacional, de 0,26%.
Já no ano de 2025, a capital baiana chegou a 2,71%, um resultado melhor do que a inflação para o país (2,75%). No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice ainda melhor do que o obtido em todo o país: 4,89% na capital baiana contra 5,32% na média nacional.
Salvador passou, pela primeira vez, em 2022, a ter menos da metade de sua população católica. Os católicos somavam 947.032 na capital baiana, representando 44,0% das pessoas de 10 anos ou mais de idade.
A população católica soteropolitana é a 6ª maior entre os municípios brasileiros (Salvador tem a 5ª maior população total), e a sua participação no geral (44,0%) é apenas a 23ª, entre as 27 capitais, ou seja, a 5ª menor, num ranking liderado por Teresina/PI (70,2% de católicos), Aracaju/SE (60,4%) e Fortaleza/CE (60,0%).
Depois dos católicos, em Salvador, os evangélicos eram o grupo religioso mais representativo, somando 523.449 pessoas ou 24,3% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 7ª maior população evangélica do país, mas a proporção no total era apenas a 22ª ou a 6ª menor entre as capitais.
As pessoas adeptas de umbanda ou candomblé vinham a seguir, na capital baiana, somando 59.925, que representavam 2,8% da população de 10 anos ou mais de idade. Salvador tinha a 4ª maior população adepta de religiões de matriz africana, abaixo de São Paulo/SP (233.027), Rio de Janeiro/RJ (196.313) e Porto Alegre/RS (75.744). Em termos percentuais, ficava em 3º lugar entre as capitais, atrás de Porto Alegre/RS (6,4%) e Rio de Janeiro/RJ (3,6%).
Já os espíritas somavam 51.765 ou 2,4% da população de 10 anos ou mais de idade em Salvador, que tinha, entre as capitais, o 6º maior número absoluto, mas apenas a 14ª participação de pessoas dessa religião no total de habitantes.
Assim como ocorria no estado em geral, em Salvador, os sem religião formavam o terceiro grupo mais numeroso, depois de católicos e evangélicos: 398.068 pessoas, representando 18,5% da população de 10 anos ou mais (quase 2 em cada 10).
O município tinha a 3ª maior população sem religião do país, atrás apenas de São Paulo/SP (1,4 milhão) e Rio de Janeiro/RJ (889 mil), e foi, pelo terceiro Censo Demográfico consecutivo, a capital com maior proporção de pessoas sem religião no total de habitantes de 10 anos ou mais de idade (já havia liderado em 2000 e 2010).
Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.
O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.
De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%).
Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%.
Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade.
Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).
Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.
Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
Apesar de ter se mantido estável em relação ao período anterior, a taxa de desocupação no Brasil no trimestre de fevereiro a abril de 2025, de 6,6%, registrou o patamar mais baixo da série histórica para o período finalizado em abril. Foi o que divulgou nesta quinta-feira (29) o IBGE, ao apresentar os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano, a taxa atual de desemprego caiu 0,1%, já que no período anterior o resultado havia sido de 6,5%. O resultado confirma um cenário de estabilidade no mercado de trabalho no país.
“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, explica o analista da Pnad Contínua do IBGE, William Kratochwill.
De acordo com o levantamento, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 15,4% no trimestre encerrado em abril. Esse resultado também foi considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de 2%.
De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. Frente ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), no qual 7,2 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador ficou estável.
Por outro lado, de acordo com os números apresentados pelo IBGE, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,2 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 11,5%, uma redução de 941 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.
A Pnad Contínua também mostra que a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril deste ano era de aproximadamente 103,3 milhões, significando estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 100,8 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,5 milhões de pessoas).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,2%, ficando estável ante o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (58,2%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,3%), esse indicador teve variação positiva de 0,9%.
Outro dado apresentado pela pesquisa do IBGE diz respeito à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), que foi de 37,9%, equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,3%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%).
A queda na informalidade, como afirma o IBGE, é consequência da estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) na comparação trimestral e aumento de 2,1% no confronto anual.
Nas últimas semanas, os preços seguiram tendência de queda iniciada em março, e a prévia da inflação caiu de 0,43% em abril para 0,36% agora em maio. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador que representa a prévia da inflação oficial, e que foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE.
O resultado deste mês foi menor do que o verificado em maio de 2024, quando foi registrada alta de 0,44%. No ano de 2025, o acumulado no indicador está em 2,80%, e na contagem dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,40%.
Ao contrário dos meses anteriores, houve menor impacto na formação do indicador da prévia da inflação do grupo de Alimentação e Bebidas, que experimentou uma forte desaceleração, caindo de 1,14% em abril para 0,39%. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%).
Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%). Destaca-se ainda o lanche, que havia subido 1,23% em abril e desacelerou para 0,84% em maio.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumentos, com destaques Vestuário (0,92%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,91%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.
No resultado do grupo Habitação (0,67%), sobressai a energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). Já o menor resultado ocorreu em Curitiba (0,18%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (10,13%) e das frutas (4,13%).
A cidade de Salvador teve o segundo índice mais baixo do IPCA-15 entre todas as capitais pesquisadas, registrando 0,20% em maio. No mês de abril, o resultado da prévia da inflação na capital baiana havia sido de 0,27%.
No ano de 2025, a prévia da inflação em Salvador registra o percentual de 2,70%, abaixo da média nacional de 2,80%. Na variação acumulada de 12 meses, o indicador na capital da Bahia marcou o total de 4,68%, bem abaixo da média nacional, que foi de 5,40%.
A prévia da inflação oficial no acumulado de 12 meses em Salvador só é maior entre as capitais do que a verificada em Recife, que marcou 4,28%.
A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é quatro vezes maior do que na população geral em 2022, para pessoas com 15 anos ou mais. É o que apontam os dados o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (23). A taxa de pessoas com deficiência analfabetas é de 21,3%, e entre sem deficiência é de 5,2%.
Em números absolutos, segundo o IBGE, 2,9 milhões de um total de 13,6 milhões de pessoas com deficiência no país, com 15 anos ou mais, não sabiam ler nem escrever. As informações são da Agência Brasil.
Para o Censo 2022, pessoas com deficiência são aquelas que têm impossibilidade ou grande dificuldade para enxergar, ouvir, andar e pegar objetos pequenos. Também entram na estatística aqueles nessa faixa etária que, por alguma limitação nas funções mentais, não conseguem ou têm muita dificuldade para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar e estudar, entre outras atividades.
A taxa de escolarização também reforça a disparidade entre aqueles com deficiência e os sem deficiência. Segundo o IBGE, 63,1% das pessoas com 25 anos ou mais, com deficiência, não tinham instrução ou nem sequer haviam completado o ensino fundamental. Isso é quase o dobro do percentual (32,3%) de pessoas sem deficiência nessa situação.
Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência, nessa mesma faixa etária, haviam concluído o ensino superior; 17,8%, o ensino médio; e 11,8% o ensino fundamental. Os percentuais para pessoas sem deficiência são superiores em todos os níveis: ensino superior completo (19,5%), médio completo (33,9%) e fundamental completo (14,3%).
AUTISMO
O Censo também analisou a escolarização de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA). A proporção de pessoas com autismo, com 25 anos ou mais, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto chega a 46,1%, acima da taxa de 35,2% da população total.
“A maior parte das pessoas com 25 anos ou mais de idade com TEA estão no grupo sem instrução com ensino fundamental incompleto, é quase a metade. E é [um percentual] bem maior do que na população total”, afirma o pesquisador do IBGE Raphael Fernandes.
Aqueles com superior completo, com autismo, com 25 anos ou mais, são 15,7%, ante os 18,4% da população geral. Os percentuais de pessoas com autismo, nessa faixa etária, que concluíram o ensino médio (25,4%) e o fundamental (12,9%), também são inferiores àqueles registrados pela população geral (32,3% e 14%, respectivamente).
Em relação à taxa de escolarização no entanto, a situação é diferente: o índice de pessoas de 6 anos ou mais com autismo que estudam (36,9%) supera o da população geral (24,3%).
A vantagem das pessoas com TEA concentra-se nas populações com 18 a 24 anos (30,4%, ante 27,7% na população geral) e com 25 anos ou mais (8,3%, ante 6,1% na população geral). Nas faixas etárias menores, no entanto, as taxas de escolarização da população com TEA são inferiores à da população geral: 6 a 14 anos (94,4%, ante 98,3%) e 15 a 17 anos (77,3% ante 85,3%). As informações são da Agência Brasil.
Os casamentos registraram queda na Bahia, em 2023. Segundo dados das Estatísticas do Registro Civil 2023, divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (16), foram realizados 57.565 casamentos civis (formais) em 2023, o que representa 4,9% a menos do que em 2022 (60.534).
O recuo foi o segundo consecutivo e bem mais intenso do que o registrado entre 2021 e 2022, que havia sido de -0,9% ou menos 563 uniões. Excluindo o ano de 2020, em que se deu o início da pandemia, o ano de 2023 registrou menor número de casamentos civis realizados na Bahia desde 2013, quando haviam sido formalizadas 54.804 uniões no estado.
Quando analisada a capital baiana, a redução no total de casamentos foi mais acentuada: 976 a menos do que em 2022, o equivalente a -7,7%, indo a 11.622. Deixando de fora 2020, foi o menor número de uniões formais na capital baiana em oito anos, desde 2015, quando haviam sido registrados 11.332 casamentos civis.
Segundo o IBGE, a queda generalizada foi especialmente puxada pelas uniões heterossexuais (homem e mulher), já que as uniões formais entre pessoas do mesmo sexo aumentaram entre 2022 e 2023, especialmente os casamentos entre mulheres.
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Entre os casamentos totais realizados, as uniões heterossexuais representaram 99,4% do total, porem tendo uma queda de 5% entre um ano e outro (de 60.225 em 2022 para 57.21 em 2023); enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ainda que fossem minoria, registraram um aumento de 14,2% entre um ano e outro, indo de 309 em 2022 para 353 no ano seguinte.
O aumento de uniões homossexuais vem registrado na Bahia desde 2018, excluindo o ano de 2020. Entre 2022 e 2023, o incremento foi puxado exclusivamente pelos casamentos entre mulheres, que passaram de 185 para 239. O número de uniões entre dois homens caiu de 124 para 114, no período.
Salvador registrou situação semelhante. Entre 2022 e 2023, os casamentos entre pessoas de sexos diferentes, 98,5% do total, caíram de 12.449 para 11.445 (-8,1%), enquanto aqueles entre pessoas do mesmo sexo aumentaram de 149 para 177 (+18,8%). Apenas as uniões entre mulheres cresceram, de 89 para 120, enquanto aquelas entre homens diminuíram um pouco, de 60 para 57.
No Brasil como um todo, foram realizados 940.799 casamentos civis em 2023, o que representou uma queda de 3,0% em relação ao ano anterior. Desses, 11.198 foram entre pessoas do mesmo sexo, que aumentaram (+1,6%) frente a 2022 (mais 176).
DIVÓRCIOS NA BAHIA
Ao contrário dos casamentos na Bahia, que estiveram em queda, o total de divórcios na Bahia em 2023 foi o maior nos 14 anos da série histórica recente das Estatísticas do Registro Civil para o indicador, iniciada em 2009.
O crescimento percentual no número de divórcios foi de 15,4%, ficando acima do verificado no cenário do Brasil, onde o número de dissoluções aumentou 4,9% frente a 2022. A Bahia foi uma das 19 unidades federativas em que o divórcio teve alta.
Salvador liderou o número absoluto de divórcios entre as capitais brasileiras. Na capital baiana, foram registrados 6.420 divórcios judiciais ou por escritura em 2023, o que configura mais 1.526 dissoluções em um ano (32,4%) em comparação a 2022, quando o total já havia crescido 45,2% frente a 2021.
O aumento numérico dos divórcios contribui para a progressiva diminuição do tempo médio de duração dos casamentos. Na Bahia, em 2009, as pessoas que se divorciavam tinham ficado casadas, em média, por 18,5 anos; em 2019, as uniões, no estado, tinham durado uma média de 15,2 anos; já em 2023, os casais que se divorciaram tinham ficado juntos por 14,8 anos, em média.
Apesar dos números, a Bahia era, em 2023, o 9º estado em que os casamentos mais duravam, num ranking liderado por Piauí (17,5 anos), Rio Grande do Sul (16,7 anos) e Maranhão (15,8). No Brasil como um todo, os casamentos que acabaram em 2023 tinham durado, em média, 13,8 anos.
Além da capital baiana, outros 236 municípios baianos também registraram queda no número de nascimentos e registros entre 2022 e 2023. O número equivale a 6 em cada 10 (56,8%) cidades do estado. Os números são das Estatísticas do Registro Civil 2023, divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (16).
Superando Salvador, que contabilizou uma queda de 4,9%, os municípios com maior déficit no número de nascimentos e registros foram Mata de São João, com uma retração de 21,3%, após o número decair de 662 nascimentos em 2022 para 521 no ano seguinte; Alagoinhas, teve 200 nascimentos a menos em 2023 (1.816 em 2022 para 1.616), o equivalente a uma queda de 11,0%; e Lauro de Freitas, que registrou uma queda 2.536 nascimentos em 2022, para 2.363 em 2023, o equivalente a 6,8% de diminuição.
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No entanto, outros municípios registraram um aumento absoluto no total de nascimentos entre 2022 e 2023. Foi o caso de Barreiras, que teve o maior aumento absoluto no total e crianças nascidas entre 2022 e 2023, que foi de 170 crianças a mais. Assim, foram registrados 2.349 nascimentos em 2022 e para 2.519, em 2023, um crescimento equivalente a +7,2%.
Porto Seguro também obteve crescimento de 2.670 em 2022, para 2.836 em 2023, ou seja, foram 166 nascimentos a mais, o equivalente a 6,2%; e Luís Eduardo Magalhães, que passou de 2.089 nascimentos em 2022 para 2.225 em 2023, o que representa mais 136 nascimentos, um crescimento de 6,5%.
Considerando os extremos de um período maior, entre 2001 e 2023, quase 9 em cada 10 municípios da Bahia tiveram queda nos nascimentos: 374 de 417, ou 89,7%.
A taxa de desocupação média em todo o país no primeiro trimestre de 2025 cresceu 0,8% em relação ao período anterior, e houve aumento do desemprego em 12 das 27 Unidades da Federação, com a Bahia registrando o segundo maior índice de desocupados.
Esses são alguns dos resultados da Pnad Contínua Trimestral divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O estudo mostrou que a taxa de desocupação brasileira passou dos 6,2% verificados no último trimestre do ano passado para 7% nos três primeiros meses deste ano. Apesar de ter subido 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre, o índice caiu 0,9% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, quando o desemprego foi de 7,9%.
Nos números estaduais, a Bahia, com desocupação de 10,9%, só ficou atrás da taxa registrada em Pernambuco (11,6%). Entre os estados que tiveram maior índice, logo depois aparecem o Piauí (10,2%), o Amazonas (10,1%) e o Rio Grande do Norte (9,8%). Na Bahia, a taxa de desocupação cresceu de 9,9% no último trimestre de 2024 para os atuais 10,9%.
A taxa de desocupação (7%) foi de 5,7% para os homens e 8,7% para as mulheres no primeiro trimestre de 2025. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%) e acima para os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).
Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 15,9%. O Piauí (34,0%) teve a maior taxa de subutilização, seguido por Bahia e Alagoas (ambos com 27,5%).
No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,6%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%), e os menores, no Maranhão (51,8%), Piauí (52,0%) e Pará (55,1%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,3%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,6%), Maranhão (32,7%) e Amazonas (31,2%), e os menores, do Distrito Federal (19,0%), Tocantins (20,6%) e Mato Grosso do Sul (21,2%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%).
O rendimento médio real mensal habitual dos trabalhadores, de acordo com a Pnad Contínua, foi de R$ 3.410. Houve alta em ambas as comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.371) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.279).
Nas comparações trimestral e anual, as regiõees Nordeste (R$ 2.383) e Sul (R$3.840) tiveram expansão estatisticamente significativa dos rendimentos no 1 º trimestre de 2025, enquanto houve estabilidade nas demais regiões. Os maiores rendimentos médios foram do Centro-Oeste (R$ 3.848), Sul (R$ 3.840) e Sudeste (R$ 3.814), enquanto os menores foram do Nordeste (R$ 2.383) e do Norte (R$ 2.649).
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. A cada trimestre, dois mil entrevistadores integrados às mais de 500 agências da rede de coleta do IBGE visitam uma amostra de 211 mil domicílios, percorrendo cerca de 3.500 municípios situados nas 27 unidades da federação do país.
A produção industrial baiana cresceu 1,6% entre fevereiro e março deste ano. É o que apontam os dados da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (14). O crescimento estadual foi um pouco maior do que o registrado no Brasil todo, de 1,2%, e o 7º mais intenso dentre as outras regiões analisadas.
O IBGE revela que o avanço ocorreu após um recuo registrado entre janeiro e fevereiro, de -2,7%. Com os resultados deste mês, a indústria da Bahia acumula alta de 2,4% na produção, no primeiro trimestre de 2025, frente ao período homólogo. Fica acima do país como um todo (1,9%) e é o 4º melhor desempenho entre os 18 locais, 8 deles mostrando altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana também continua aumentando (2,5%), chegando à sua 11ª alta acumulada consecutiva. O índice segue, porém, abaixo do nacional (3,1%) e é apenas o 8º entre os 18 locais pesquisados, 14 dos quais avançam.
Na comparação com março de 2024, a produção industrial da Bahia também aumentou (3,9%), voltando a crescer, após a redução de fevereiro (-1,5%). Também na comparação entre os anos, a Bahia teve um desempenho maior que a média do país, que foi de 3,1%. Neste cenário, o estado ficou atrás apenas do Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%), Pará (9,1%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).
O avanço da produção industrial da Bahia frente a março/24 (3,9%) foi consequência de alta registrada exclusivamente na indústria de transformação (5,2%), visto que a produção da indústria extrativa apresentou sua sexta queda consecutiva (-17,3%).
Mas a maior contribuição para o resultado positivo da indústria baiana, em março, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que teve o segundo maior crescimento de produção (14,0%), mas é o segmento com maior peso na estrutura industrial do estado.
Por outro lado, com a maior queda, a fabricação de produtos químicos (-11,3%) foi a principal influência de baixa na produção industrial da Bahia, em março. Com resultados negativos em todos os meses de 2025, o segmento acumula a maior retração no primeiro trimestre do ano (-7,0%).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta semana o mapa-múndi oficial, de forma invertida: agora o Sul aparece no topo da imagem. Com o Brasil no centro da imagem, o mapa é lançado no ano em que o país preside o Brics, ganhando ativa participação nos debates e perspectivas do Sul Global e do cenário mundial.
O novo mapa também traz destacados os países que compõe o Mercosul, os países de língua portuguesa e do bioma amazônico, a cidade do Rio de Janeiro, como capital do Brics, a cidade de Belém, como capital da COP30, e o Ceará como sede do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global - Novos Indicadores e Temas Estratégicos para o Desenvolvimento e a Sustentabilidade na Era Digital, em junho, em Fortaleza.
Em vídeo publicado no site do IBGE, a diretora de Geociências do instituto, Maria do Carmo Dias Bueno, afirmou que o Sul apontado para cima e o Norte apontado para baixo do mapa não constituem erro ou engano. As informações são da Agência Brasil.
“Foi proposital. Afinal de contas, o apontamento dos pontos cardeais é uma convenção cartográfica e não se constitui em um erro técnico. Aliás, alguns estudiosos apontam essa questão da convenção norte-sul com tendo alguns vieses. Por exemplo, temos um viés sutil em que algumas pessoas, ao verem um mapa, com o Norte apontado para cima, atribuem questões boas e valores mais ricos a coisas que estão localizadas na parte superior do mapa. E, ao mesmo tempo atribuem coisas ruins, valores mais baixos de imóveis, e pobreza, a coisas relacionadas no mapa na porção inferior, ou seja, na porção sul do mapa”, afirmou Maria.
Quase metade da população quilombola da Bahia reside em áreas urbanas. Ao total, 52,0% dos 397.502 quilombolas baianos ainda vivem áreas rurais, enquanto 48% formam uma população quilombola urbana. A Bahia possui a maior população quilombola do país. Os dados de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (09), revelam o perfil e a realidade socioeconômica destes grupos.
Na época, a Bahia possuía também a maior população urbana quilombola do país, enquanto ficava atrás apenas do Maranhão no contexto rural. No que se refere ao perfil da comunidade quilombola, a comunidade é um pouco mais masculina do que a população geral: são cerca de 97,9 homens por 100 mulheres, frente a 93,6 homens por 100 mulheres na população em geral.
Conforme o levantamento, a população quilombola é mais jovem, mais masculina e menos alfabetizada em comparação a população geral. O Bahia Notícias realizou detalhamento setorial dos dados do levantamento.
Foto: Montagem / Bahia Notícias
PERFIL QUILOMBOLA NA BAHIA
Ao falar sobre o perfil da comunidade quilombola na Bahia, o IBGE aponta que em termos de idade e gênero, o grupo que reside na área rural é bem mais jovem e um pouco menos masculina do que o total de habitantes.
Nas áreas rurais, os homens já são maioria, desta forma, a população quilombola possui razão de 103,1 homens por 100 mulheres, frente ao total da população rural, que é de 108,4 homens por 100 mulheres. Entre os quilombolas de zonas urbanas, por sua vez, a contagem era de 92,6 homens para cada 100 mulheres entre a comunidade quilombola, maior que a razão para o total da população nesses locais 89,5 homens para cada 100 mulheres.
Em sua análise, o Instituto define que “a maior presença de homens entre quilombolas se relaciona com o fato de essa população ser mais jovem, ou seja, ter um menor índice de envelhecimento”. A ligação entre as informações é clara: o índice de pessoas idosas na população quilombola é de 60,8 para a cada 100 pessoas de até 14 anos. Enquanto na população baiana em geral, o número chega a 75,4 idosos por 100 pessoas até 14 anos de idade.
O cenário é mais preocupante na zona rural, onde a razão é de 59,9 idosos quilombolas para cada 100 pessoas até 14 anos, enquanto no cenário da população rural em geral a razão é de 85,5 idosos por 100 pessoas até 14 anos. O cenário faz com que a média de idade da população quilombola seja de 32 anos, para quilombolas em geral, enquanto a média da população baiana é de 35 anos.
ANALFABETISMO E SANEAMENTO BÁSICO
No que tange ao desenvolvimento socioeconômico da comunidade quilombola, o IBGE analisou a taxa de analfabetismo do grupo e o índice de acesso aos três tipos de saneamento básico.
Taxa de analfabetismo de quilombolas urbanos na Bahia é bem maior do que no total da população urbana do estado. São 13,7% de pessoas quilombolas analfabetas frente aos 9,0% da população em geral. Entre os quilombolas da zona rural a taxa de analfabetismo é significativamente menor do que a registrada para os quilombolas baianos em contexto rural: sendo 13,7% na zona urbana e 18,3% na zona rural. Destes, 22,6% (35.893, em números absolutos) não sabem ler nem escrever.
Para falar de saneamento básico, o IBGE considera a caracterização adotada pelo Plano Nacional de Saneamento (PLANSAB). A definição de saneamento básico inclui, portanto, acesso adequado simultâneo aos três serviços: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação do lixo.
Na Bahia, quase metade dos domicílios quilombolas urbanos (47,5%) e 9 em cada 10 dos rurais não têm acesso adequado a saneamento básico. Nas áreas urbanas, 47,5% dos domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos uma pessoa quilombola possuíam déficit em algum critério: “Ou não eram atendidos por abastecimento de água canalizada por rede geral, poço, fonte, nascente ou mina; e/ou tinham como destino do esgoto uma fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma; e/ou não eram servidos por coleta direta (porta a porta) nem indireta (por caçamba) de lixo”, explica a descrição do Instituto.
No contexto urbano, 47,5% das residências quilombolas possuem alguma inadequação nos serviços de saneamento. O número é quase o dobro do índice verificado para o total de domicílios: 25,4% deles. Na área rural, a inadequação no acesso ao saneamento básico também é maior entre os domicílios quilombolas. 94,4% deles, ou 66.388 em número absolutos, conviviam com alguma precariedade no abastecimento de água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo. Entretanto, a situação era bem próxima à verificada para todos os domicílios rurais do estado, dos quais 93,4% tinam alguma inadequação nos três serviços de saneamento.
Após registrar 0,56% em março, a inflação oficial brasileira ficou em 0,43% no mês de abril. Foi o que afirmou o IBGE, que nesta sexta-feira (9) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o IBGE, o acumulado dos últimos 12 meses subiu de 5,48% em março para 5,53% em abril. Neste ano de 2025, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,38%.
Mais uma vez, o grupo Alimentação e bebidas (0,82%) exerceu o maior impacto no índice. Destaque também para a alta de preços no grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,18%). Já o grupo Transportes (-0,38%) foi o único a registrar queda, influenciando a taxa em -0,08%.
Apesar da forte influência na inflação de abril, o grupo Alimentação e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% no mês passado. A alimentação no domicílio registrou alta de 0,83% e a alimentação fora do domicílio, 0,80%. Contribuíram para esse resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, destaca-se o arroz (-4,19%).
Já no grupo Saúde e cuidados pessoais (1,18%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (2,32%), que exerceram o maior impacto positivo individual no índice geral (0,08%). A alta foi ocasionada pela autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março.
Em relação ao único grupo que revelou queda de preços, o de Transportes (-0,38%), o resultado foi influenciado pela queda da passagem aérea (-14,15%) e dos combustíveis (-0,45%). Todos os combustíveis vieram com variação negativa em abril: óleo diesel, com -1,27%; gás veicular, com -0,91%; etanol, com -0,82%; e gasolina, com -0,35%.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,95%) ocorreu em Porto Alegre por conta da alta da energia elétrica residencial (3,37%) e do tomate (45,96%). A menor variação ocorreu em Brasília (0,04%), em razão da queda nas passagens aéreas (-7,46%) e da gasolina (-1,69%).
Em Salvador, a inflação no mês de abril foi de 0,16%, mais alta apenas que Goiânia (0,14%) e Brasília (0,04%). Em março a alta de preços na capital baiana havia sido de 0,41%.
No ano, a inflação oficial na capital do Estado da Bahia foi de 2,34%, abaixo da média nacional de 2,48%. No acumulado de 12 meses, o resultado em Salvador foi de 5,13%, bem menor do que a alta verificada para todo o país (5,53%).
Com 270 votos a favor e 207 contrários, foi aprovado na noite desta terça-feira (6), no plenário da Câmara dos Deputados, o projeto que prevê o aumento de 513 para 531 na quantidade de deputados federais. O projeto agora segue para o Senado.
Antes de votarem o mérito do projeto, os deputados haviam aprovado um requerimento para que a matéria fosse apreciada com urgência na sessão desta terça. Apesar da obstrução feita pelo PL e a oposição, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu garantir a aprovação da proposta.
O projeto de lei complementar (PLP) 177 de 2023, relatado pela deputado Damião Feliciano (União-PB), é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote uma mudança na legislação e redistribua a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada unidade da federação (UF).
A exigência foi determinada a partir de uma ação do governo do Pará no STF, que apontou omissão do Poder Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional auferida pelo IBGE. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.
Em sua decisão, os ministros do STF determinaram que, caso o Congresso não atualize a representação parlamentar por estado até o dia 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fixar, até 1º de outubro de 2025, o número de deputados para a legislatura que começará em 2027. Para fazer essa definição, o TSE usaria os dados do Censo de 2022.
Nesse caso, alguns estados ganhariam até quatro vagas, mas outros, como Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul poderiam perder cadeiras no parlamento federal.
Inicialmente, o projeto estipulava um aumento de 513 para 527 deputados. O deputado Damião Feliciano, entretanto, ao apresentar o seu parecer, elevou a quantidade de deputados federais para 531, alegando ajustes necessários devido às mudanças populacionais.
Na justificativa do projeto, a autora, deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ), afirma que o Censo de 2022 trouxe várias inconsistências que prejudicaram alguns estados e muitos municípios, sem detalhar em que se baseou essa informação.
"O censo determina o cálculo do repasse dos recursos distribuídos da União e participações em fundos constitucionais, sendo neste caso um risco de perda financeira relevante para alguns entes", disse a deputada.
Já o relator disse que optou por uma abordagem política em vez do cálculo diretamente proporcional previsto na Lei Complementar 78/93, revogada pelo novo texto. "Estamos a falar de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%", afirmou.
Damião Feliciano argumentou que a perda de representantes significaria também perda de recursos em emendas parlamentares, aumentando a desigualdade regional (somente o Nordeste perderia oito vagas). "Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos", disse.
De acordo com o texto que foi aprovado no plenário, a nova distribuição de vagas ficaria assim:
Pará e Santa Catarina - mais quatro deputados; Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte - mais dois; Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná - mais uma vaga. As outras unidades da federação não sofreram alterações em sua composição.
Por conta da alteração na quantidade de deputados na Câmara, os mesmos estados beneficiados sofrerão alterações também nas suas assembleias legislativas. No total, as assembleias passarão a ter 1089 deputados estaduais, contra os 1059 atuais.
A nova quantidade de deputados passa a valer a partir da legislatura eleita em 2026. De acordo com o relator, o impacto anual previsto com esse aumento de vagas na Câmara é de R$ 64,6 milhões por ano, valor que, segundo ele, seria absorvido pelo atual orçamento da Câmara, sem custo adicional.
O relator afirma que, segundo a última estimativa de reajuste dos limites dos órgãos para os próximos quatro anos, feita pelo Ministério do Planejamento, o Orçamento de 2027 já terá margem para pagar o custo milionário do aumento do número de deputados.
Veja abaixo como votaram os deputados da Bahia:
A favor do projeto
Alex Santana (Republicanos)
Alice Portugal (PCdoB)
Antonio Brito (PSD)
Arthur O. Maia (União)
Bacelar (PV)
Charles Fernandes (PSD)
Claudio Cajado (PP)
Dal Barreto (União)
Daniel Almeida (PCdoB)
Diego Coronel (PSD)
Elmar Nascimento (União)
Félix Mendonça Jr (PDT)
Gabriel Nunes (PSD)
Ivoneide Caetano (PT)
João Leão (PP)
João Carlos Bacelar (PL)
Jorge Solla (PT)
Joseildo Ramos (PT)
Josias Gomes (PT)
Leo Prates (PDT)
Leur Lomanto Jr. (União)
Lídice da Mata (PSB)
Márcio Marinho (Republicanos)
Mário Negromonte J (PP)
Neto Carletto (Avante)
Otto Alencar Filho (PSD)
Pastor Isidório (Avante)
Paulo Azi (União)
Paulo Magalhães (PSD)
Ricardo Maia (MDB)
Rogéria Santos (Republicanos)
Valmir Assunção (PT)
Waldenor Pereira (PT)
Zé Neto (PT)
Contra o projeto
Capitão Alden (PL)
Roberta Roma (PL)
Não votaram
Adolfo Viana (PSDB)
José Rocha (União)
Raimundo Costa (Podemos)
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), agendou como primeiro item da pauta na sessão deliberativa desta terça-feira (6) o requerimento de urgência do projeto que permite ampliar o número de deputados federais dos atuais 513 para um total de 527. O projeto, da deputada Dani Cunha (União-RJ), altera a Lei Complementar 78/93, que disciplina a fixação do número máximo de deputados federais.
O requerimento estava na pauta da sessão que foi realizada na noite desta segunda (5), mas diante do baixo quórum, o presidente da Câmara preferiu deixar para a tarde de hoje. Na sessão de ontem, por conta da obstrução dos parlamentares do PL e da oposição, em 2h30 de duração da Ordem do Dia, os deputados conseguiram votar apenas o texto-base do projeto que institui o Dia Marielle Franco (Dia Nacional das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos).
A votação do projeto que pode mudar a quantidade de deputados atende decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu o prazo até o dia 30 de junho para que o Congresso Nacional faça a revisão do número de deputados por estado. O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Poder Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional verificada no Censo do IBGE. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.
Caso a Câmara não aprove o projeto dentro do prazo estipulado, a tarefa da redistribuição das vagas ficará com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O tribunal teria, então, até o dia 1º de outubro de 2025 para realizar a mudança, um ano antes da eleição de 2026.
Pelo critério estabelecido na Lei Complementar 78/93, e com a mudança verificada no contingente populacional dos estados, alguns estados ganhariam cadeiras e outros perderiam. Entre os que iriam ganhar estaria Pará e Santa Catarina, com quatro vagas; Amazonas com mais duas; e Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais contariam com mais uma cadeira no plenário.
Na lista dos estados que perderiam deputados em sua bancada estão: Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul cederiam duas vagas; Alagoas e Pernambuco teriam menos uma cadeira. O estado mais prejudicado seria o Rio de Janeiro, cuja bancada teria menos quatro parlamentares.
Originário de um estado que iria perder deputados, o presidente da Câmara, Hugo Motta, encampou a proposta para que não seja realizada uma redistribuição das vagas, mas o aumento de 14 cadeiras. Desta forma, a medida agradaria os estados que iriam diminuir de tamanho e também os que necessitam elevar a quantidade de vagas para atender os novos cálculos populacionais e a decisão do STF.
Pela proposta de Hugo Motta, os novos deputados iriam para os estados do Pará, Santa Catarina, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. As demais unidades federativas continuariam com seu mesmo tamanho.
Se o requerimento de urgência for aprovado, o projeto pode vir a ser votado ainda nesta terça, ou na sessão desta quarta (7). O relator será o deputado Damião Feliciano (União-PB).
Apesar de registrar nova queda em relação ao mês anterior, a prévia da inflação de abril ainda mostra que os preços seguem em alta, principalmente nos grupos de alimentação e de saúde e cuidados pessoais. Foi o que revelou nesta sexta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE.
Segundo o indicador, a prévia da inflação ficou em 0,43% em abril, 0,21% abaixo da alta de 0,64% verificada em março. O resultado de abril ficou ainda menor do que a forte elevação de preços apurada em fevereiro, quando o IPCA-15 marcou 1,23%, o maior resultado mensal desde abril de 2022.
No acumulado no ano, o IPCA-15 ficou em 2,43%, enquanto o total para o período de 12 meses foi de 5,49%. Em abril de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,21%.
Os números da prévia de abril foram influenciados principalmente pelas altas de 1,14% no grupo de Alimentação e bebidas, e de 0,96% no grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, os dois grupos respondem por 88% do índice do mês.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados positivos. A única variação negativa em abril foi no grupo Transportes (-0,44%).
A alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%). Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%) em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).
Além de Alimentação e bebidas, o grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,96%) também exerceu forte influência no índice geral, com a contribuição dos itens higiene pessoal (1,51%), produtos farmacêuticos (1,04%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e plano de saúde (0,57%).
Regionalmente, nove das onze capitais pesquisadas pelo IBGE registraram altas. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,88%), por conta das altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,13%), que apresentou queda nos preços do etanol (7,60%) e da gasolina (3,70%).
A cidade de Salvador teve o terceiro menor resultado no mês de abril, com 0,27%. O índice ficou bem abaixo do que havia sido apurado em março, quando o IPCA-15 da capital baiana foi de 0,58%. A alta de 0,27% também ficou menor do que a média nacional de 0,43%.
No acumulado de 12 meses, o indicador registrado em Salvador, de 5,38%, também foi menor do que a média nacional (5,49%). Já no total do ano de 2025, a capital baiana registrou aumento de preços de 2,50%, maior do que a média nacional, que foi de 2,43%.
Levantamentos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma perspectiva de crescimento significativo na safra de grãos da Bahia em 2025.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, referente a março e analisado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima uma produção de 12,2 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas para a safra de 2025. Esse volume representa um aumento de 7,3% em relação à safra de 2024.
A Conab, em seu sétimo levantamento para o ciclo 2024/2025, também projeta um cenário otimista, com expectativa de crescimento de quase 8% na produção de grãos em comparação com o ciclo anterior. A estatal também prevê aumento tanto na área plantada quanto na produtividade.
Segundo o IBGE, a área plantada de grãos na Bahia para 2025 está estimada em 3,67 milhões de hectares, um aumento de 3,2% em relação a 2024. Com isso, o rendimento médio das lavouras de grãos no estado deve alcançar 3,33 toneladas por hectare, um avanço de 4,0% em relação à safra anterior.
A produção de soja, um dos principais destaques, é estimada pelo IBGE em 8,33 milhões de toneladas, um crescimento de 10,6% em relação a 2024, com uma área plantada de aproximadamente 2,14 milhões de hectares. O rendimento médio de 3,89 toneladas por hectare contribui significativamente para esse desempenho positivo. A Conab, por sua vez, é ainda mais otimista para a soja, projetando uma produção de 8,71 milhões de toneladas, um aumento de 16,5%.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), tem uma produção estimada em 1,78 milhão de toneladas pelo IBGE, um aumento de 0,7% em relação a 2024. A Bahia se mantém como o maior produtor do Nordeste e o segundo do Brasil. A Conab também prevê um crescimento expressivo de 15,8% na produção de algodão, alcançando 1,95 milhão de toneladas.
Para o feijão, o IBGE estima um leve aumento de 0,2% na produção, totalizando 223 mil toneladas. Já para o milho, a estimativa das duas safras anuais é de 2,36 milhões de toneladas, um aumento de 1,7%. No entanto, a Conab diverge, prevendo uma queda de 14,3% na produção total de milho, estimada em 2,53 milhões de toneladas, atribuída a adversidades climáticas.
Em relação a outras culturas, o IBGE estima um aumento de 6,8% na produção de café, alcançando 266 mil toneladas. A produção de cana-de-açúcar deve ter um leve recuo de 1,0%, enquanto a de cacau aponta para um crescimento de 7,0%. Na fruticultura, destacam-se as variações positivas para banana, laranja e uva. A produção de mandioca também deve ter um aumento significativo de 14,7%.
Apesar de algumas divergências pontuais entre os levantamentos do IBGE e da Conab para culturas específicas como o milho e o feijão, ambas as instituições convergem na expectativa de um crescimento geral robusto da safra de grãos na Bahia em 2025, impulsionado principalmente pela soja e pelo algodão.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra a inflação oficial do país, apresentou boas e más notícias para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O IPCA foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (11).
A principal boa notícia foi a queda vertiginosa da inflação entre os meses de fevereiro e março. Se em fevereiro o IPCA havia registrado o resultado de 1,31%, o patamar mais alto para um mês desde março de 2022, agora em março houve uma queda de 0,75%, e a inflação oficial ficou em 0,56%.
As más notícias começam na apuração da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que chegou a 5,48% em março, acima dos 5,06% verificados no mês anterior. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%, e em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Outra má notícia foi a verificação de que todos os grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês. O principal destaque negativo, mais uma vez, foi o grupo Alimentação e bebidas, que acelerou de 0,70% para 1,17%, com impacto de 0,25 ponto percentual no índice geral.
No total, o grupo Alimentação e bebidas respondeu por 45% do índice oficial do mês. As principais altas foram no tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovo de galinha (13,13%), que juntos responderam por 25% da inflação de março. O café moído já acumula uma alta de 77,78% nos últimos 12 meses.
O grupo Transportes, com variação de 0,46%, teve o segundo maior impacto (0,09%) em março, mas desacelerou em relação a fevereiro (0,61%). O resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea, que registrou o terceiro maior impacto individual no índice, ao passar de -20,46 em fevereiro para 6,91% em março.
Por outro lado, os combustíveis (0,46%) desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Já o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.
A cidade de Salvador teve resultado de 0,41% no mês de março, abaixo da média nacional de 0,56%. No ano de 2025, entretanto, a capital baiana registrou aumento de preços de 2,18%, acima da média para o país, que foi de 2,04%.
No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador também registrou inflação maior do que a média nacional. Enquanto o resultado do país ficou em 5,48%, a capital baiana teve alta de preços de 5,63%.
O calor humano e a efervescência da coletividade baiana não chegou para todos na capital. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (28), em comemoração aos 476 anos da primeira capital do Brasil, revelam que Salvador é a 5° capital com a maior proporção de pessoas que vivem sozinhas.
O número, que pode indicar a maior concentração de pessoas solteiras na cidade, aponta que, em 2022, haviam 237.756 residências onde vivia só uma pessoa, o equivalente a 24,8% do total. No entanto, alguns bairros concentram a maior porcentagem de moradias em que uma pessoa vive sozinha.
Entre eles, está o bairro de Dois de Julho, onde 812 residências eram ocupadas por só uma pessoa, em 2022. O número representava 45,2% do total de domicílios do bairro. Na mesma região, no bairro do Centro, outros 1.515 domicílios eram ocupados por “supostos solteiros”. O número equivale a 39,6% do total de residências.
Cartão postal de Salvador, o bairro da Barra também chama a atenção pelo número de residências ocupadas por uma só pessoa. Em 2022, haviam 2.867 residências onde vivia só uma pessoa, o equivalente a 39,3% do total.
Numa capital tão multicultural quanto Salvador, a diversidade é motivo de orgulho. Segundo informações divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (28), em comemoração aos 476 anos da primeira capital do Brasil, Salvador possui 6.751 casais homoafetivos.
Conforme os dados de 2022, o número representa 0,70% do total de arranjos domiciliares. No entanto, em alguns bairros, a diversidade é ainda maior. Em regiões como o Dois de Julho, a Barra e o Rio Vermelho, a proporção de lares homoafetivos é ainda maior que a média municipal.
O maior número de casais registrados está em um dos bairros mais boêmios da cidade. No Rio Vermelho, foram recenseados 152 casais do mesmo sexo, que representa 1,9% dos arranjos domiciliares. É o 2º maior número absoluto entre os bairros.
No maior cartão postal do estado, no bairro da Barra, haviam 148 casais homoafetivos. O número representa 2,0% dos arranjos domiciliares. Por fim, o bairro com a maior porcentagem de lares homoafetivos é Dois de Julho, com 2,1% dos arranjos domiciliares sendo compostos por casais homoafetivos. Em números absolutos, foram registrados 37 casais em 2022.
Como já dizia o canto baiano Márcio Victor, em Salvador cenas de “mulheres no comando, mulheres no poder” são comuns! Informações divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (28), em comemoração aos 476 anos da primeira capital do Brasil, apontam que Salvador, além ser a capital mais feminina - com quase 55% da população composta por mulheres -, é a terceira capital brasileira com mais mulheres na chefia de domicílios.
Em 2022, 535.085 domicílios soteropolitanos tinham uma mulher como responsável, o que representava 55,8% do total. A realidade é ainda mais palpável nas regiões de Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio, e nos bairros de Nova Esperança e São João do Cabrito. Nesses locais, mais de 6 em cada 10 residências são chefiadas por mulheres.
Durante a pesquisa, Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio possuia 203 domicílios chefiados por mulheres, o que representava 69,3% do total, o equivalente a 7 em cada 10. No bairro de Nova Esperança, 63,4% dos domicílios, o equivalente a 3.839 casas, eram chefiados por mulheres em 2022. Por fim, em São João do Cabrito, 4.647 residências tinham uma mulher como responsável, ou 61,4% do total do bairro.
A situação só se inverte em 10 bairros da cidade. Segundo o IBGE, entre os bairros em que mais da metade dos domicílios chefiados por homens, lideram o Horto Florestal (61,1%), Porto Seco Pirajá (58,8%), Mares e Piatã (53,6% cada um).
Depois de registrar o recorde histórico de 6,1% no trimestre de setembro a novembro de 2024, a taxa de desocupação subiu 0,7% e registrou 6,8% no período dezembro-janeiro-fevereiro. Apesar do mau resultado, a desocupação ficou 1,1% menor em comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior (dezembro de 2023 a fevereiro de 2024), quando a taxa foi estimada em 7,8%.
Esses foram alguns dos resultados apresentados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE, ao divulgar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) que avalia o mercado de trabalho no país.
O estudo do IBGE revela que a população desocupada no Brasil cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024.
Já a população ocupada do país recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Entretanto, esse contingente ainda está 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Um dos resultados positivos do estudo revela que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Houve alta nas duas comparações da pesquisa: 1,1% (ou mais 421 mil pessoas com carteira assinada) no trimestre e 4,1% (ou mais 1,6 milhão de trabalhadores) no ano.
De acordo com a Pnad Contínua, o nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 58% no trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, apresentando uma redução de -0,8 ponto percentual frente ao trimestre de setembro a novembro de 2024 (58,8%).
Em relação a igual trimestre do ano anterior, este indicador apresentou variação positiva (0,9%), quando o nível da ocupação no Brasil foi de 57,1%.
O contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, foi estimado em 110,1 milhões de pessoas. Observou-se que esta população apresentou uma redução de -539 mil pessoas (-0,5%), quando comparada com o trimestre de setembro a novembro de 2024.
Apesar do aumento da população desocupada, o rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas teve crescimento de 1,3% frente ao trimestre de setembro a novembro de 2024. Esse rendimento médio foi estimado em R$ 3.378, o que significa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Outro recorde na série histórica da pesquisa do IBGE foi verificado na massa de rendimento real habitual, que chegou a R$ 342 bilhões. Esse tópico do levantamento mostrou que foi mantida a estabilidade no trimestre.
Apesar da forte alta nos preços do ovo de galinha, do tomate e do café moído, o indicador que revela a prévia da inflação brasileira desacelerou em relação a fevereiro e registrou 0,64% no mês de março. O resultado ficou 0,59% abaixo do que foi registrado em fevereiro, quando houve variação de preços de 1,23%.
Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (27) com a divulgação, pelo IBGE, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O indicador representa uma prévia da inflação oficial.
O resultado do IPCA-15 foi influenciado, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas (alta de 1,09%) e Transportes, que subiu 0,92%. O acumulado registrado pelo indicador em 12 meses ficou em 5,26%, e no ano de 2025 já registra um total de 1,99%. Em março de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,36%.
O patamar alcançado neste mês de março, de 0,64%, não vinha sendo atingido desde fevereiro do ano passado, quando o indicador chegou a 0,78%.
No grupo Alimentação e bebidas (1,09%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março. Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).
A alimentação fora do domicílio (0,66%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,56%), em virtude da alta da refeição (0,43% em fevereiro para 0,62% em março). O lanche (0,68%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,77%).
No grupo Transportes (0,92%), o destaque são os combustíveis (1,88%), com alta nos preços do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%) e da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%).
Quanto aos índices regionais, todas as capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta no mês de março. A maior variação foi registrada em Curitiba (1,12%), por conta das altas da gasolina (7,06%) e do etanol (6,16%). Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (0,34%).
A cidade de Salvador teve resultado de 0,58% em março, muito abaixo do que foi apurado em fevereiro (1,36%), e menor também do que a média nacional de 0,64%. A capital baiana foi a quarta cidade com menor índice de inflação.
Entretanto, na variação acumulada no período de 12 meses, a capital da Bahia tem resultado maior do que a média nacional: 5,43%, acima dos 5,26% para todo o país. No acumulado deste ano de 2025, Salvador também tem aumento de preços maior do que a média nacional, registrando 2,23% contra 1,99% para o país.
Enquanto a capital baiana ocupa a 9º posição em ranking de cidades mais influentes do Brasil, mais da metade dos municípios baianos não apresentavam nenhum nível de centralidade na gestão do território. Conforme o estudo Gestão do Território, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado, nesta quarta-feira (26), os maiores centros de gestão do território são os municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro e Camaçari.
O nível de centralidade de cada município é estabelecido a partir da existência e da intensidade das ligações e relacionamentos entre entes econômicos (empresas) e políticos (instituições dos governos federal e estadual) neles localizados.
Na Bahia, 227 dos 417, municípios baianos, o equivalente a 54,4%, não tinham, ao mesmo tempo, unidades de empresas multilocalizadas e das instituições públicas federais e estaduais descentralizadas. A proporção é positiva em comparação ao cenário nacional. No país, 60,9% dos municípios, um total de 3.394 cidades, não possuíam as duas estruturas.
Salvador e Feira de Santana, os dois municípios mais populosos do estado, lideram tanto na gestão empresarial quanto na gestão pública. No que diz respeito a gestão empresarial, a cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) aparece em terceiro lugar, seguido por Camaçari e Vitória da Conquista. No que se refere gestão pública, se destacam as cidades de Vitória da Conquista, Juazeiro e Barreiras entre as cinco mais influentes.
Salvador fica atrás de Fortaleza e Recife em ranking de cidades mais influentes do Brasil e Nordeste
A capital baiana despontou como o 9º mais importante centro de gestão do território dentre os municípios brasileiros e o 3º da região Nordeste em 2024. É o que aponta o estudo Gestão do Território, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado, nesta quarta-feira (26). A classificação é definida de acordo com sua centralidade do município, ou seja, sua capacidade de comando e controle na rede urbana nacional.
O nível de centralidade de cada município é estabelecido a partir da existência e da intensidade das ligações e relacionamentos entre entes econômicos (empresas) e políticos (instituições dos governos federal e estadual) neles localizados.
Nos critérios específicos, Salvador obteve o 12º maior índice de intensidade das ligações empresariais e o 9º maior índice de centralidade da gestão pública. No entanto, a capital baiana ficou atrás de Recife (Pernambuco) e Fortaleza (Ceará) em todos os cenários. No índice de gestão pública, as capitais “vizinhas” ranquearam na 4ª e 8º posição, respectivamente; já Nas ligações empresariais, Fortaleza apareceu na 7ª posição, enquanto Recife despontou em 10ª.
No cenário nacional, São Paulo (São Paulo), Brasília (Distrito Federal) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), foram apontados como os maiores centro de gestão do país, sendo Brasília a líder no índice de centralidade da gestão pública e São Paulo a mais importante em intensidade das ligações empresariais.
Na edição de 2024 do estudo, com dados de 2011, Salvador tinha o 9º maior índice de intensidade empresarial, entre os municípios brasileiros e o 2º do Nordeste, só abaixo de Recife. Em dez anos, a capital baiana perdeu três posições no ranking nacional e uma posição no ranking regional, sendo superada por Fortaleza.
Em janeiro deste ano, a produção industrial da Bahia registrou aumento de 2% em comparação ao mês de dezembro de 2024, o que representa o quarto melhor resultado entre todos os estados brasileiros, só atrás do Ceará (7,9%), de São Paulo (2,4%) e do Rio de Janeiro (2,3%). As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (18).
Apesar de estar entre as oito das 15 unidades da federação que obtiveram taxas positivas de crescimento na produção industrial, o resultado de janeiro ficou abaixo do que foi apurado em dezembro do ano passado. Naquele mês, o IBGE atestou que a produção industrial baiana cresceu 2,8%, um forte avanço em relação à taxa negativa de 0,8% verificada em novembro.
Outro dado que mostra o bom resultado da produção na Bahia neste começo de ano está na comparação com o mesmo período de 2024. Segundo o IBGE, houve crescimento em janeiro de 2025 de 4,3% em relação ao que foi apurado em janeiro do ano passado, avanço que ficou acima da média nacional (1,4%) e foi a terceira taxa mais expressivo entre todos os estados pesquisados, atrás apenas de Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%).
Na média móvel trimestral, a Bahia também se destacou em relação à grande maioria dos estados pesquisados. Nada menos que dez dos 15 estados pesquisados tiveram taxas negativas de crescimento no trimestre terminado em janeiro. Já a Bahia ficou com o segundo melhor resultado para o período (1,4%), atrás apenas do Amazonas (2,2%) e à frente do Rio de Janeiro (0,9%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial brasileiro avançou 2,9% em janeiro deste ano, com taxas positivas em dezesseis dos 18 locais pesquisados para a composição deste indicador. Em relação à avaliação dos últimos 12 meses, a Bahia teve uma expansão de 2,4% no período, abaixo, portanto, da média nacional de 2,9%. Esse resultado coloca a Bahia apenas como o 11º estado no acumulado de 12 meses.
O bom resultado no mês de janeiro na produção baiana, de acordo com o IBGE, tem como principal influência e peso na indústria do estado a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (9,9%). A segunda maior contribuição para garantir a Bahia com a quarta maior taxa de crescimento entre os estados pesquisados está na fabricação de produtos de borracha e material plástico (8,8%). Essa atividade acumula 15 meses seguidos de alta (desde outubro de 2024) e apresenta crescimento expressivo na avaliação dos últimos 12 meses (10,5%).
A safra brasileira de grãos em 2024/2025 deve bater o recorde histórico de 316,4 milhões de toneladas obtido em 2023, mas há divergências em relação às estimativas apresentadas nesta quinta-feira (13) por dois órgãos do governo federal. Enquanto o levantamento divulgado pelo IBGE aponta que a safra será de 323,8 milhões de toneladas neste ano, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) projeta um número ainda maior: 328,3 milhões.
Os números apresentados pelo IBGE fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que mostram um resultado 10,6%, ou 31,1 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). A pesquisa do IBGE, entretanto, revelou uma redução de 0,5% nas previsões feitas em janeiro deste ano, quando o órgão previa que a safra seria de 322,2 milhões de toneladas.
Já o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 feito pela Conab, que é uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, revela um aumento de 10,3% em comparação com o volume obtido no ciclo anterior. A estimativa aponta que haverá um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas, levando a produção total no Brasil a 328,3 milhões.
Apesar de divergirem no total da produção, os dois órgãos possuem a mesma avaliação a respeito da expansão da área plantada no país. IBGE e Conab apontam que o recorde na produção de grãos é resultado de uma área plantada que atingiu 81,6 milhões de hectares, assim como é reflexo da recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare.
Os levantamentos dos dois órgãos também possuem discordâncias em relação às estimativas para a produção de soja. Para o IBGE, a soja deve registrar aumento de 13,4% em comparação à safra do ano passado, chegando a 164,4 milhões de toneladas. Este patamar já representaria um recorde em relação ao que foi produzido na safra recorde de 2023.
A Conab, entretanto, possui números ainda mais otimistas na avaliação da produção de soja. De acordo com o órgão, a safra de soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada.
A Companhia avalia que após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas no mês de janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida. A Conab afirma ainda que os rendimentos obtidos até o momento têm superado as expectativas iniciais em estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
Em relação à produção agrícola nas regiões brasileiras, o estudo do IBGE revela que todas as cinco tiveram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (10,7%), Sul (11,7%), Sudeste (12,1%), Nordeste (10,2%) e Norte (3,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Nordeste (0,3%), a Sudeste (1,2%) e a Centro-Oeste (0,6%), enquanto a Região Norte (-0,1%) e a Sul (-3,2%) apresentaram declínios.
O IBGE mostra ainda que o estado do Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,8%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (27,0%), Sudeste (9,0%), Nordeste (8,8%) e Norte (5,8%).
As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (940 856 t), em Minas Gerais (341 149 t), no Paraná (284 300 t), na Bahia (76 400 t) e no Maranhão (15 655 t). As variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-3 214 922 t), em Rondônia (-26 497 t), em Alagoas (-771 t) e no Rio de Janeiro (-265 t).
Depois de registrar um resultado de apenas 0,16% em janeiro deste ano, a inflação no país teve forte aceleração e fechou fevereiro em 1,31%. Foi o que revelou nesta quarta-feira (12) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador do IBGE que indica a inflação oficial brasileira.
Puxada principalmente pela alta de preços nos setores de Educação e Habitação, o IPCA subiu 1,15% entre janeiro e fevereiro de 2025. No ano, o indicador oficial da inflação acumula alta de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.
Em fevereiro do ano passado, o índice oficial de inflação havia ficado em 0,83%. O resultado de 1,31% verificado neste mês de fevereiro é o mais alto no IPCA desde março de 2022, quando o indicador ficou em 1,62%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70%), seguido de Habitação (4,44%). Também foram verificadas altas de preços nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% da aceleração no índice IPCA de fevereiro.
No grupo Educação (4,70%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).
Já no grupo Habitação (4,44%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,56%). O resultado mostrou um avanço de 16,80% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (14,21%), em função da incorporação do Bônus de Itaipu.
Em relação aos preços do grupo Alimentação e bebidas (0,70%), o IBGE verificou que a alimentação no domicílio subiu 0,79% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação a janeiro (1,07%). Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%).
“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, e, também, pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, esclarece Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IPCA.
No lado das quedas destacam-se as altas de preços da batata inglesa (4,10%), do arroz (1,61%) e do leite longa vida (1,04%). A alimentação fora do domicílio (0,47%) também desacelerou em relação ao mês de janeiro (0,67%), com os subitens lanche (0,66%) e refeição (0,29%) mostrando variações inferiores às observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).
Quanto aos índices nas capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do IPCA, a maior variação ocorreu em Aracaju (1,64%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (19,20%) e da gasolina (3,29%). A cidade de Salvador foi a nona capital com maior índice de inflação, ao registrar 1,38% em fevereiro. O resultado ficou acima da média nacional de 1,31%.
No ano de 2024, a inflação na capital baiana ficou em 1,76%, resultado superior à média para todo o país, que foi de 1,47%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado para a cidade de Salvador foi de 5,37%, também bem acima da média nacional, que foi de 5,06%.
Entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE, a capital da Bahia despontou com o quarto pior resultado no acumulado dos últimos 12 meses.
A pesquisa industrial mensal - Produção Física (PIM-PF), realizada no último mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o bom desempenho da indústria baiana no ano de 2024, que cresceu 2,7%, impulsionada, principalmente, pelo setor de refino de petróleo.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o vice-presidente de operações da Acelen, Celso Ferreira, explicou como o crescimento da produção petrolífera e de derivados em 2024 na Refinaria de Mataripe, localizada na Região Metropolitana de Salvador, ajudou nos números positivos do cenário industrial no estado.
“Desde que a Acelen assumiu a Refinaria de Mataripe [em 2022], aumentou a capacidade de produção em mais de 4%, crescendo de 289 mil barris de petróleo dia (kbpd) para 302kbpd, além de ter alcançado vários recordes de produção ao longo do ano passado”, disse o executivo.
Celso ressaltou que a Acelen atingiu números satisfatórios na produção de querosene de avião (QAV) e diesel. “A companhia elevou o teor de médios (diesel S10+diesel S500 + MGO +QAV) da refinaria de 34,0% em 2022 para 40,5% em 2024, e atingiu o recorde anual de produção de 5.170 mil metros cúbicos”.
“A refinaria encerrou o ano de 2024 com uma marca histórica na produção de Querosene de Aviação (QAV), com 607 mil metros cúbicos (m³) do combustível que abastece aviões e helicópteros equipados de turbina a jato, turboélices ou turbo-fans. O resultado é 60% maior que os 383 mil m³ obtidos em 2023”, acrescentou.
PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO
O vice-presidente lembrou que o crescimento da produção energética entre 2024 e 2034 foi estipulado em 7% pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para ele, as perspectivas da Acelen, também, são positivas para este ano.
“Em janeiro de 2025 alcançamos o maior fator de utilização da refinaria (91%) e um novo recorde mensal de produção de QAV, atingindo 68 mil metros cúbicos mensais, o que corresponde a 6% acima do recorde anterior, registrado em julho/24”, pontuou.
Mesmo com a escalada na produtividade do setor do refino de petróleo, o executivo faz ressalvas quanto ao aproveitamento deste cenário pela população baiana, quanto aos preço dos combustíveis praticados no varejo.
“A estabilidade ou competitividade dos preços dos combustíveis na Bahia depende de fatores como o valor do barril de petróleo, o dólar e cenários socioeconômicos, que podem influenciar nos preços do petróleo”, salientou.
A média baiana de frequência escolar, na população com idade de 4 a 17 anos, supera a média nacional. É o que apontam os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quarta-feira (26 de fevereiro). Os índices revelam que houve aumento na regularidade de estudantes matriculados em creches ou escolas em território baiano.
O levantamento de 2022, aponta que, na Bahia, 87,7% das crianças com a idade de 4 a 5 anos frequentavam a escola, enquanto a média nacional era de 86,7%. No grupo de 6 a 14 anos, a frequência escolar na Bahia chegou a 98,4% em 2022, enquanto a média do país registrou 98,3%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, a Bahia também apresentou resultados acima da média nacional, com 85,8% desses frequentando as escolas, sendo que, no Brasil, a média era de 85,3%, em 2022.
Além do aumento da frequência bruta na escola, também houve avanços no nível de instrução das populações baiana e soteropolitana, entre os censos de 2000 e 2022, com crescimento da proporção de pessoas que tinham concluído o Ensino Básico (até o Ensino Médio). Em 2000, eram apenas 17,9%, elevando para 29,8%, em 2010, e agora, em 2022, chegando a 43,2%.
Para Rowenna Brito, secretária da Educação da Bahia, “os dados do Censo Demográfico 2022 comprovam que os investimentos do Governo do Estado na permanência escolar têm gerado resultados concretos e positivos. A ampliação do acesso à educação e o fortalecimento de programas como o Bolsa Presença e o Mais Estudo garantem que nossos estudantes permaneçam na escola e tenham melhores condições de aprendizado. Seguimos trabalhando para que a Educação na Bahia seja cada vez mais inclusiva e transformadora, impactando diretamente a vida das famílias e o futuro da nossa juventude”.
Depois de uma queda acentuada no mês de janeiro deste ano em relação a dezembro de 2024, o IPCA-15, indicador que registra a prévia da inflação oficial do país, disparou agora em fevereiro e marcou o maior índice mensal desde abril de 2022. O IPCA-15 ficou em 1,23% agora em fevereiro, resultado 1,12% maior do que os 0,11% de janeiro.
Os números foram apresentados pelo IBGE na manhã desta terça-feira (25). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,34% e, nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,96%, acima dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,78%.
De acordo com o IBGE, o aumento acelerado do indicador em fevereiro foi puxado principalmente pelas fortes altas dos grupos Habitação (4,34% e impacto de 0,63 ponto percentual) e Educação (4,78% e 0,29% de impacto). O número de 1,23% neste mês representou ainda o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando ficou em 1,42%.
No grupo Habitação (4,34%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,54 p.p.), ao avançar 16,33% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-15,46%), em função da incorporação do bônus de Itaipu.
A pesquisa mostrou que no grupo Habitação, pesou no resultado final o resultado dos aumentos na taxa de água e esgoto (0,52%), decorrentes do reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte (3,60%) e do reajuste de 6,45% nas tarifas de uma das concessionárias em Porto Alegre (1,79%), vigentes desde 1º de janeiro.
Já no grupo Educação (4,78%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
No grupo Alimentação e Bebidas (0,61%), a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as da cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,17%), o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
O IBGE mostrou também que a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Tanto a refeição (0,43%) quanto o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
Quanto aos índices regionais nas capitais pesquisadas pelo IBGE, a maior variação foi observada em Recife (1,49%), por conta das altas da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,99%) em razão das quedas das passagens aéreas (-26,67%) e do arroz (-2,67%).
A cidade de Salvador teve o terceiro maior índice entre todas as capitais pesquisas, registrando 1,36% no IPCA-15 de fevereiro. A alta na capital baiana foi maior do que o resultado nacional, de 1,23%.
No ano de 2025, Salvador já tem uma alta de preços acumulada de 1,64%, também acima da média nacional para o mesmo período, de 1,34%. No acumulado dos últimos 12 meses, a cidade baiana apresenta um resultado total de 5,07% no IPCA-15, acima da média nacional de 4,96%. O resultado anual coloca Salvador como a quarta capital com maior inflação entre todas as pesquisadas pelo IBGE.
Depois de dias de tensão e debates acalorados por conta da denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, a semana de pré-Carnaval em Brasília deve ser marcada por um clima mais ameno. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, terá uma agenda cheia de viagens, além de reuniões para tratar da reforma ministerial.
Uma das viagens será para o estado de São Paulo, onde o presidente estará ao lado do governador Tarcísio de Freitas para o lançamento do edital do projeto do túnel submerso que ligará Santos ao Guarujá. Já em pleno Carnaval, no sábado, Lula vai a Montevidéu para a posse do presidente do Uruguai, Yamandu Orsi.
No Congresso, a semana será de menos intensidade, com apenas uma sessão de votação agendada na Câmara, e a possibilidade de o Senado enforcar esses próximos dias. No Judiciário, a expectativa é pela discussão em torno das emendas parlamentares. O ministro Flávio Dino, do STF, pretende reunir representantes do governo e do Congresso para discutir a nova sistemática de indicação e pagamento das emendas.
A semana de pré-Carnaval também será recheada de números sobre a economia brasileira. O IBGE divulga a prévia da inflação de fevereiro, além de dados sobre emprego e desemprego.
Confira abaixo a agenda da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula inicia a semana realizando uma viagem para o Rio Grande do Sul, onde participa da assinatura do primeiro contrato do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. Lula saiu cedo nesta manhã de segunda (24) com destino à cidade gaúcha de Pelotas. Depois da solenidade no Estaleiro Ecovix, em Rio Grande, Lula retornará para Brasília.
Apesar de estar fora da agenda, é possível que o presidente Lula receba no Palácio do Planalto no final da tarde desta segunda o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O encontro seria para discutir as mudanças que Lula quer fazer na articulação política do governo. Lula já teria decidido retirar o ministro Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais e transferi-lo para a pasta da Saúde.
Na quinta (27), Lula viajará para o Estado de São Paulo. Na cidade de Santos, o presidente participará, ao lado do governador Tarcísio de Freitas, do lançamento do edital de concessão do túnel Santos-Guarujá. Os custos da obra, estimados em R$ 6 bilhões, serão divididos entre os governos federal e o de São Paulo.
No sábado (1°), já em pleno Carnaval, o presidente Lula viaja para Montevidéu. Na capital uruguaia, Lula participará da posse do novo presidente do Uruguai, Yamandu Orsi.
No calendário da divulgação de indicadores da economia, está previsto para esta terça (25) a divulgação, pelo IBGE, da prévia da inflação para o mês de fevereiro. Os números serão apresentados por meio do IPCA-15.
Na quarta (26), será a vez do IBGE divulgar resultados preliminares do Censo Escolar 2022. O órgão apresentará dados de frequência escolar, nível de instrução, número médio de anos de estudo e área do curso de graduação concluído. No mesmo dia, o Ministério do trabalho divulga dados sobre empregabilidade no Brasil.
Na quinta (27), o IBGE divulga a taxa de desemprego para o país no mês de janeiro. Os dados serão apresentados por meio da Pnad Contínua. Na sexta (28), o IBGE apresenta sua pesquisa para o Rendimento Domiciliar Per Capita.
PODER LEGISLATIVO
Na semana pré-carnaval, a Câmara tem sessão presencial convocada para a tarde da próxima terça-feira (25), quando está prevista a votação de 14 projetos de lei. Entre os destaques estão o PL 6980/17, que altera regras do FGTS e o PL 3339/24, que endurece penas para queimadas.
Também estão previstos o PL 4043/24, que reduz tributos para o pequeno exportador, e o PLP 167/24, que facilita, para o pequeno empresário, a devolução de crédito de impostos já pagos de produtos exportados. Os projetos integram o Programa Acredita Exportação.
Ainda não há definição da presidência se haverá sessão deliberativa na quarta (26). Na agenda do plenário para este dia consta apenas a realização de uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Na terça (25), está prevista a eleição para o comando da bancada evangélica. Ao contrário de outros anos, não há consenso para uma candidatura única. Gilberto Nascimento (PSD-SP) é o favorito ao cargo, em disputa contra os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ) e Greyce Elias (Avante-MG), que tem o objetivo de se tornar a 1ª mulher a liderar a Frente Parlamentar Evangélica.
Em relação ao impasse na distribuição das comissões da Câmara dos Deputados entre os partidos, está prevista uma reunião de líderes no dia 13 de março, para tentar solucionar o impasse. Os líderes vão discutir a distribuição das comissões permanentes e os procedimentos de funcionamento do Plenário. Entre as discussões sobre as comissões, há a possibilidade de os presidentes serem indicados pelos líderes e todos serem eleitos por aclamação, caso haja acordo.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) ainda não agendou a realização de sessões no plenário para esta semana. É provável que não aconteçam votações de projetos nos próximos dias, por ser uma semana de pré-Carnaval.
Na agenda das comissões do Senado, apenas uma delas agendou uma reunião para esta semana. Para a próxima quarta (26), o novo presidente da Comissão de Agricultura, Zequinha Marinho (Podemos-PA), marcou reunião para a votação de requerimentos pendentes de apreciação desde o ano passado.
Na próxima quinta (27), deve acontecer a reunião convocada pelo ministro Flávio Dino, do STF, para a busca de uma conciliação entre os poderes em relação ao encaminhamento das emendas parlamentares. Dino convidou para a reunião os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre, além de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do autor da ação sobre emendas no STF, o Psol.
O objetivo de Dino com a audiência é acompanhar a execução das medidas determinadas e compreender o planejamento de ações futuras, pelos Poderes Executivo e Legislativo, para o integral cumprimento das decisões do STF. O ministro também quer esclarecer eventuais questionamentos dos representantes do Legislativo e do Executivo acerca das providências adotadas e seus efeitos.
PODER JUDICIÁRIO
Na agenda do Judiciário, estão previstos para esta terça (25) alguns julgamentos na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Na pauta estão a revisão da vida toda e outro julgamento sobre reivindicação para o Novo Código Florestal ser aplicado retroativamente a um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado antes de sua vigência, permitindo a prorrogação do cumprimento das medidas acordadas.
No plenário do STF, na sessão de quarta (26), deve ser julgado recurso extraordinário, com repercussão geral, sobre incidência de Imposto sobre Serviços (ISS) na etapa intermediária de produção.
Para a sessão da quinta (27) no plenário está pautada ação que requer a declaração de inconstitucionalidade de um inciso do Código Penal Brasileiro. O dispositivo estabelece como causa de aumento de pena dos crimes contra a honra o fato de ter sido cometido contra servidor público, no exercício de suas funções.
Destaque ainda na semana do Judiciário para o plenário virtual do STF, que começará a julgar na sexta (28) o primeiro caso sobre suspeitas relacionadas ao pagamento de emendas parlamentares. Os deputados Josimar Maranhãozinho (MA), Bosco Costa (SE) e Pastor Gil (MA) são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cobrarem propina de R$ 1,6 milhão de José Eudes Sampaio Nunes, ex-prefeito da cidade de São José do Ribamar (MA).
O salário médio do trabalhador baiano foi o terceiro pior do Brasil em 2024, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14). Conforme a pesquisa, o rendimento médio dos trabalhadores na Bahia é de R$ 2.165 mensais.
Os dados se basearam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. No ranking, a Bahia ficou atrás apenas dos estados do Ceará (R$ 2.071) e Maranhão (R$ 2.049). O cenário nacional, a média de rendimentos entre os trabalhadores é de R$ 3.225.
A média brasileira de 2024 foi considerada record, puxada especialmente por oito estados que registraram rendimentos mensais dos trabalhadores acima da média nacional, sendo eles Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907), Paraná (R$ 3.758), Rio de Janeiro (R$ 3.733), Santa Catarina (R$ 3.698), Rio Grande do Sul (R$ 3.633), Mato Grosso (R$ 3.510), Mato Grosso do Sul (R$ 3.390) e Espírito Santo (R$ 3.231).
O valor da média salarial dos baianos está 32,8% abaixo da média nacional e 57% abaixo do Distrito Federal, que possui a maior média entre as federações. Confira o ranking completo, em ordem decrescente:
Distrito Federal, R$ 5.043
São Paulo, R$ 3.907
Paraná, R$ 3.758
Rio de Janeiro, R$ 3.733
Santa Catarina, R$ 3.698
Rio Grande do Sul, R$ 3.633
Mato Grosso, R$ 3.510
Mato Grosso do Sul, R$ 3.390
Espírito Santo, R$ 3.231
Brasil, R$ 3.225
Goiás, R$ 3.196
Rondônia, R$ 3.011
Minas Gerais, R$ 2.910
Amapá, R$ 2.851
Roraima, R$ 2.823
Tocantins, R$ 2.786
Rio Grande do Norte, R$ 2.668
Acre, R$ 2.563
Pernambuco, R$ 2.422
Alagoas, R$ 2.406
Sergipe, R$ 2.401
Amazonas, R$ 2.293
Paraíba, R$ 2.287
Pará, R$ 2.268
Piauí, R$ 2.203
Bahia, R$ 2.165
Ceará, R$ 2.071
Maranhão, R$ 2.049
Em 2024, a taxa anual de desocupação em todo o Brasil de 6,6%, a menor desde a série histórica de pesquisas iniciada em 2021, representou um recuo de 1,2 ponto percentual em relação ao resultado de 2023 (7,8%). A Bahia, entretanto, registrou, junto com o estado de Pernambuco, o maior percentual de desemprego no ano passado em relação a todas as outras unidades federativas: 10,8%.
Esses são alguns dos resultados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE. A pesquisa revelou os dados do último trimestre de 2024, e a consolidação dos números para o ano.
De acordo com o IBGE, houve estabilidade na taxa de desocupação brasileira, que variou de 6,4% no terceiro trimestre de 2024 para 6,2% no quarto. Quatro das cinco regiões do país tiveram pequena ou nenhuma redução de um trimestre para outro. O Nordeste permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões (8,6%).
Em 2024, as maiores taxas de desemprego do Brasil foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%). Já as menores ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).
Um total de 14 unidades da federação atingiram a menor taxa anual de desocupação de sua série histórica na pesquisa. Foram elas: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).
A Pnad Contínua revela ainda que a taxa média anual de informalidade para todo o país foi de 39% da população ocupada. As maiores médias anuais ficaram com Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%) e as menores, com Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).
Já a média anual do rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.225. As maiores médias foram do Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758). As menores médias foram apuradas no Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).
Em todo o Brasil, as pessoas ocupadas equivalem a 58,6% da população de 14 anos ou mais. Esse percentual é chamado de “nível da ocupação”, que também foi o maior da série histórica.
Os números apurados pelo IBGE incluem pessoas com qualquer tipo de ocupação, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos. Veja abaixo mais alguns destaques apresentados pela Pnad Contínua:
- Empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentaram 2,7%. Registraram queda o Ceará (-6,2%) e Rondônia (-5%).
- Empregados sem carteira assinada no setor privado aumentaram 6%. Oito estados registraram queda, sendo as maiores em Rondônia (-11,5%) e Mato Grosso do Sul (-10,5).
- Trabalhadores por conta própria tiveram alta de 1,9%. Seis UFs tiveram queda, com destaque para o Distrito Federal e o Acre, ambos com -9%, e a Bahia (-6,9%).
A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou o "Info Bahia 2025", um compêndio anual de dados socioeconômicos do estado, em formato de infográficos. Os dados mais recentes revelam que a população estimada da Bahia somava 14,8 milhões de habitantes em 2024. Cerca de 42% dessa população concentrava-se em apenas 18 municípios, apesar da vasta extensão territorial do estado, de 564,7 mil km².
Além da capital baiana, os municípios de Barreiras, Ilhéus, Feira de Santana, Porto Seguro, Jequié, Camaçari, Simões Filho, Juazeiro, Alagoinhas, Paulo Afonso, Lauro de Freitas, Teixeira de Freitas, Luis Eduardo Magalhães, Itabuna, Eunápolis, Vitória da Conquista e Santo Antonio de Jesus.
A população da Bahia era constituída majoritariamente por mulheres (92,3 homens para cada 100 mulheres), em idade adulta (41% tinham entre 30 e 59 anos) e negros (pardos somavam 57,4% e pretos, 22,5% da população total).
DADOS SOCIOECONÔMICOS
Em termos de geração de riqueza, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia em 2022 (ano mais recente consolidado) foi de R$ 402,6 bilhões (7ª economia do Brasil e 1ª do Nordeste), o que equivalia a 4% do PIB nacional e 29% do PIB da Região Nordeste. Essa riqueza gerada estava dividida entre os três grandes setores econômicos: Agropecuária (11,3% do PIB total), Indústria (26%) e Comércio e Serviços (62,7%).
Entre as atividades em destaque, por grandes setores, estão: produção de grãos no oeste baiano (Soja – 5,1% da produção nacional; Algodão – 19,4% da produção nacional; Milho – 2,3% da produção nacional); a indústria de transformação no entorno da Região Metropolitana de Salvador (Produtos químicos – 7,6% da produção nacional; Produtos petroquímicos – 3,9% da produção nacional); e comércio – pulverizado entre os municípios do estado.
A Bahia é o 9º estado em valor exportado. Em 2024, foram 22,4 bilhões de dólares exportados, o que equivalia a 3,4% das exportações nacionais e 47,2% das exportações da Região Nordeste. Os principais segmentos exportados pela Bahia são: Soja – US$ 3 bilhões; Petróleo e derivados – US$ 2,2 bilhões; Papel e celulose – US$ 1,5 bilhão. Os principais destinos das exportações são: China (28,6% em valor exportado); Singapura (9,2%) e Estados Unidos (7,5%).
O "Info Bahia" é um compêndio de dados socioeconômicos do estado elaborado desde 2018 para apresentar um panorama de fácil visualização para o público, com as informações mais atuais disponíveis. As principais fontes de dados são as bases do IBGE, como o Censo Demográfico de 2022 e a PNAD-C, e a base de PIB Municipal e Estadual, sendo uma parceria entre a SEI e o IBGE.
O setor de serviços no Brasil registrou um crescimento acumulado de 3,1% em 2024, marcando o quarto ano consecutivo de avanço, um feito inédito na série histórica iniciada em 2012.
Entre 2021 e 2024, a alta acumulada chegou a 27,4%. O resultado do último ano também superou o de 2023, que foi de 2,9%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos cinco segmentos analisados, quatro apresentaram desempenho positivo ao longo de 2024. Os destaques ficaram por conta dos serviços de informação e comunicação e dos serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com crescimento de 6,2%. Já os serviços prestados às famílias avançaram 4,4%, enquanto a categoria de outros serviços teve alta de 1,1%.
Por outro lado, o setor de transportes foi o único a registrar queda, com retração de 0,7%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, esse desempenho negativo está ligado à diminuição da receita obtida pelo transporte rodoviário de cargas, impactado pela menor safra colhida no ano passado.
DEZEMBRO
Em dezembro de 2024, o volume de serviços apresentou queda de 0,5%, sendo o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 1,9%. De acordo com Lobo, esse desempenho é influenciado pelo recorde registrado em outubro, que elevou a base de comparação. Na comparação com dezembro de 2023, o setor cresceu 2,4%.
Na passagem de novembro para dezembro, três das cinco atividades analisadas registraram retração. A maior queda foi observada na categoria de outros serviços (-4,2%), reflexo do mau desempenho dos serviços financeiros auxiliares. Também recuaram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e as atividades de informação e comunicação (-0,7%).
Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 0,8%, acumulando uma alta de 7,8% entre maio e dezembro de 2024. O setor de transportes apresentou leve recuperação de 0,1%, após a queda de 3,5% registrada em novembro.
O Carnaval de 2025 deve impulsionar a economia baiana com uma movimentação estimada em R$ 4,5 bilhões nos setores de comércio e turismo. A projeção, divulgada pela Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), tem como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa um crescimento real de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação.
A maior parte desse montante, R$ 4,1 bilhões, deve ser gerada pelo comércio varejista, especialmente em segmentos diretamente ligados à festa, como supermercados e vestuário. Segundo o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes, a demanda aumenta tanto por parte dos consumidores quanto dos empresários que reforçam os estoques de alimentos e bebidas para eventos, hotéis, dentre outros.
“No segmento de vestuário, é importante deixar claro que o dado não consegue captar as vendas de abadás dos trios de Salvador, por exemplo. Trata-se do varejo regular, estabelecido o ano todo”, esclarece o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze.
Já o setor de turismo deve movimentar aproximadamente R$ 400 milhões, abrangendo serviços como hospedagem, transporte rodoviário interestadual, agências de turismo e locação de veículos. Dietze ressalta que, embora o estudo não inclua serviços como traslados e passeios por limitações técnicas, a demanda por essas atividades também cresce significativamente no período.
Entre os fatores que impulsionam esse crescimento, destacam-se a melhora na condição econômica das famílias, com mais emprego, renda e acesso ao crédito, além do aumento do fluxo de turistas na Bahia. Além disso, a mudança no calendário influencia a comparação: em 2024, o Carnaval ocorreu em fevereiro, enquanto em 2025 a festa será em março.
“Como tecnicamente é inadequado comparar meses diferentes, a base de comparação de 2024 está sem o Carnaval, que traz um movimento maior. De qualquer forma, esse mesmo período do ano passado apresentou um incremento de 9%, o que significa, para a projeção atual de 10%, um resultado muito favorável”, explica o economista.
Outro fator positivo é o aumento no número de voos para os principais aeroportos do estado, como Salvador e Porto Seguro, o que deve ampliar a chegada de turistas e impulsionar ainda mais os gastos no comércio e no turismo local.
O ano de 2024 foi de crescimento para a indústria baiana. O setor cresceu 2,7% em função da alta na indústria de transformação (2,9%), onde sete das dez atividades investigadas mostraram resultados positivos, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os setores, a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis cresceu 4,2%, sendo a principal responsável pela expansão da indústria baiana, apesar de ocupar apenas a quinta posição entre os maiores aumentos anuais. O segmento, que representa quase um terço do valor industrial gerado no estado, teve seu terceiro ano consecutivo de crescimento.
Outro destaque positivo foi a fabricação de produtos químicos, que avançou 6,4% após dois anos de retração, sendo a segunda maior contribuição para o desempenho positivo da indústria.
Já o setor que registrou o maior crescimento percentual foi o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com alta de 26,1%, embora tenha menor influência no índice geral.
Por outro lado, três atividades encerraram o ano em queda. A maior retração foi observada na metalurgia (-12,6%), que registrou seu quinto ano seguido de perdas, acumulando resultados negativos em dez dos doze meses de 2024.
A segunda maior queda veio do setor de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, que encolheu 9,1%, revertendo o crescimento registrado em 2023.
Apesar de ainda ser pressionada pela alta de preços no setor de alimentação de bebidas, a prévia da inflação recuou agora em janeiro em relação ao mês de dezembro de 2024 e registrou o menor percentual dos últimos 12 meses. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE.
De acordo com o IPCA-15, a prévia da inflação oficial ficou em 0,11% neste mês de janeiro de 2025. O resultado ficou 0,23% abaixo da taxa de 0,34% registrada no mês passado. Em 12 meses, o indicador do IBGE acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%.
O grupo de Alimentação e Bebidas teve o maior impacto sobre a composição do indicador, ao registrar alta de 1,06% em janeiro e impacto de 0,23% no resultado geral. Outros sete grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em janeiro, e somente na área de Habitação foi registrado indicador negativo (-3,43%), resultado que ajudou a puxar para baixo o IPCA-15.
No grupo de Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%). Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).
Em relação aos índices regionais, a maior variação de preços foi observada em Goiânia (0,53%), capital de Goiás. Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).
Apesar de ter registrado uma forte queda em relação aos 0,66% registrados em dezembro do ano passado, o resultado da prévia da inflação em janeiro coloca Salvador como a cidade capital com maior variação de preços entre todas pesquisadas. A capital baiana fechou o IPCA-15 em 0,28%, bem acima da média nacional de 0,11%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a cidade de Salvador registrou aumento de 4,60%, também acima da média nacional para o período, que foi de 4,50%. Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do indicador, Salvador ficou com o quarto pior resultado no acumulado anual.
Apenas 6,2% dos municípios baianos possuem plano diretor de drenagem, revela o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) na pesquisa MUNIC 2024. A deficiência no planejamento pode agravar os riscos de inundações e outros problemas urbanos.
Ou seja, somente 26 dos 417 municípios do estado, representando 6,2% do total, possuem um plano diretor de drenagem e manejo de águas pluviais. Este percentual é significativamente menor que a média nacional de 14,3% e pode comprometer a eficácia dos sistemas de drenagem, aumentando os riscos associados às chuvas intensas.
Para a professora Elisabete Santos, coordenadora do grupo de ÁGUAS na Universidade Federal da Bahia (UFBA), a drenagem e o manejo de águas pluviais são essenciais para prevenir inundações, erosão do solo e contaminação de corpos d'água.
"Sim a adesão é muito baixa. Temos, hoje, a obrigação constitucional de elaborar e implementar planos diretores de desenvolvimento urbano e regionais e de planos específicos de saneamento, incluindo aí a drenagem urbana", comenta a professora.
Esses serviços envolvem a captação, condução e tratamento da água da chuva por meio de sistemas de microdrenagem e macrodrenagem, sendo cruciais para a segurança e sustentabilidade das áreas urbanas. Algumas prefeituras têm documentos detalhados em parceria com o Governo do Estado na proteção e combate a desastres ligados a chuvas; é o caso de Feira de Santana e Salvador.
Contudo, a imensa maioria das cidades baianas não se vê adequadamente preparada para essas tragédias. Exemplos disso são os municípios de Casa Nova, Barreiras e Teixeira de Freitas, que não aderiram ao plano detalhadamente.
“Planejamento é mais do que necessário para evitar e prevenir situações de risco. Mas não basta a ação de planejamento voltada ao risco. É preciso mudar a lógica que produz o risco. Que degrada e produz escassez e risco!", conta a professora.
Nem tudo é um desastre total, pois 388 dos 417 municípios da Bahia declararam possuir algum serviço de drenagem e manejo de águas pluviais, representando 93,0% do total.
Apesar de elevada, essa proporção é inferior à média nacional de 96,0% e posiciona a Bahia como o quinto estado com menor cobertura entre os 26 estados brasileiros. Em contraste, estados como Rondônia, Amazonas, Amapá, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul apresentam 100% de cobertura.
Contudo, o Bahia Notícias observou os 411 planos de governo dos prefeitos eleitos divulgados sobre a gestão dos municípios na Bahia, e somente 168 dos 411 têm alguma menção ou proposta que utilize a ideia de novo planejamento de drenagem, esgotamento e Plano Diretor Urbano com pautas ambientais. Isto é, 40% do total de municípios do estado.
Vale lembrar que muitos municípios precisam de um preparo de precaução em imudações, segundo dados AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo definido com uma nota em uma escala que varia de 0 a 1.
- De 0 a 0.19 — Risco Muito Baixo
- De 0.2 a 0.39 - Risco Baixo
- De 0.4 a 0.59 - Risco Médio
- De 0.6 a 0.79 - Risco Alto
- De 0.8 a 1 - Risco Muito Alto
Veja no mapa:
Embora 327 cidades baianas tenham 'alguma estrutura' organizacional para gerenciar a drenagem e o manejo das águas pluviais, nenhum município possui uma secretaria exclusiva para o tema. O mais comum é que essas atividades sejam subordinadas à secretaria ou setor de infraestrutura, como ocorre em 197 municípios.
A falta de um plano diretor específico pode resultar em uma gestão fragmentada e ineficaz, dificultando a implementação de soluções integradas e baseadas na natureza. Em 2023, apenas 75 municípios baianos utilizavam soluções naturais no manejo de águas pluviais, como valas de infiltração, renaturalização ou restauração de cursos d'água e canteiros pluviais ou jardins de chuva. A proporção de municípios que adotam essas práticas na Bahia (19,3%) está abaixo da média nacional (24,5%).
Os especialistas alertam que a implementação de planos diretores é fundamental para garantir que as medidas de drenagem e manejo de águas pluviais sejam eficazes e sustentáveis. Sem esses planos, os municípios arriscam enfrentar problemas recorrentes de inundações e degradação ambiental, afetando diretamente a qualidade de vida da população.
A implementação de um plano diretor de drenagem e manejo de águas pluviais é crucial para garantir a eficácia, sustentabilidade e segurança das áreas urbanas, além de ser essencial na prevenção a desastres naturais.
Graças à influência principalmente da alta de preços no grupo de Alimentação e Bebidas, a inflação oficial de dezembro acelerou em relação ao que havia sido apurado no mês passado, e fechou o ano acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, a inflação oficial foi de 0,52%em dezembro de 2024. O resultado ficou 0,13% acima da taxa de novembro (0,39%), embora tenha permanecido abaixo do índice registrado no mês de dezembro de 2023 (0,56%).
O resultado do mês de dezembro ficou abaixo das expectativas do mercado, que apostava em um IPCA de 4,9% no último mês do ano de 2024. Entretanto, apesar de menor do que o esperado, o índice oficial de inflação brasileiro fechou o ano acumulando alta de 4,83%, superando em 0,21% o IPCA de 2023 (4,62%) e ficando 0,33% acima do teto da meta, que era de 4,5%.
O resultado da inflação no ano de 2024 foi impactado principalmente pelos aumentos de preços do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63% percentuais para o IPCA do ano. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos sobre a inflação acumulada no ano passado. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
No cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31% para o resultado da inflação. A seguir, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses.
Por outro lado, preços das Passagens aéreas ajudaram a puxar o IPCA do ano para baixo, já que houve uma queda acumulada de 22,20% em 2024 e impacto de -0,21 p.p. no IPCA de 2024. Da mesma forma, alimentos como o Tomate e a Cebola fecharam o ano acumulando queda de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente), o que ajudou a segurar o aumento da inflação oficial.
Entre as 16 localidades onde o IBGE faz a pesquisa de preços para a composição do IPCA, São Luís, capital do Maranhão, com 6,51%, teve a maior inflação acumulada em 2024, principalmente por causa das altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%) vieram a seguir.
No mês de dezembro, Salvador foi a capital brasileira com a maior variação de inflação, chegando a 0,89%, muito acima da média nacional, de 0,52%. A segunda colocada no ranking das maiores altas de preços entre as capitais foi Goiânia (GO), com 0,8%, e logo depois São Luís, com 0,71%.
Na comparação com o mês de novembro, a inflação na capital baiana foi a que teve a maior evolução, passando de 0,28% no mês passado para 0,89% em dezembro, uma variação de 0,61%. No ano de 2024, a inflação total acumulada em Salvador foi de 4,68%, colocando a cidade como a nona com indicador mais alto entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE.
Os 4,68% de inflação acumulada na capital da Bahia em 2024, entretanto, estão abaixo dos 4,83% da média nacional.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Marcone Amaral
"A partir deste momento acho que iremos falar a mesma língua para que a gente possa em conjunto ajudando o clube".
Disse o deputado estadual Marcone Amaral (PSD) sobre diálogo com o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, para o avanço da SAF.