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IBGE prevê queda na safra baiana de 2026, enquanto Conab projeta crescimento no ciclo 2025/2026, avalia SEI

Por Redação

Foto: Mateus Pereira / GOVBA

O Brasil deve enfrentar um novo cenário no campo em 2026. Após safra recorde de grãos em 2025, o IBGE divulgou um segundo prognóstico para o próximo ciclo agrícola, prevendo queda de 4,7% na produção baiana. O recuo deve ser impulsionado principalmente pela redução no rendimento da soja e pela baixa rentabilidade do algodão, dois pilares da produção nacional.

 

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), analisado pela SEI e divulgado nesta quinta-feira (11), a Bahia deve encerrar 2025 com 12,8 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas. O resultado representa crescimento de 12,8% frente a 2024 e consolida o estado como uma das principais forças agrícolas do país. O desempenho é sustentado pelo avanço da área plantada, que chegou a 3,65 milhões de hectares, e pelo aumento do rendimento médio, agora em 3,52 t/ha, alta de 9,8%.

 

SOJA
A soja, carro-chefe da produção baiana, deve fechar 2025 com 8,61 milhões de toneladas, alta de 14,3%. O rendimento de 4 t/ha impulsiona o resultado. Para 2026, porém, o cenário muda. O IBGE aponta queda de 5,7% na produção, reflexo do baixo ritmo de expansão da área plantada, causado pelos preços desestimulantes da commodity no mercado internacional.

 

ALGODÃO 

Outro destaque negativo no prognóstico de 2026 é o algodão, que deve recuar 17,5%. O setor enfrenta custo de produção elevado e preços pouco atrativos, reduzindo margens de lucro.

 

Ainda assim, em 2025 a Bahia mantém posição de destaque. São 1,79 milhão de toneladas, o que consolida o estado como maior produtor do Nordeste e segundo maior do Brasil, atrás do Mato Grosso.

 

MILHO E FEIJÃO 

O milho deve encerrar 2025 com 2,74 milhões de toneladas (+18,2%). A primeira safra cresceu 24,6%, enquanto a segunda deve avançar 5,3% Para 2026, o prognóstico mostra queda na 2ª safra (-11,5%), mas crescimento na 1ª safra (+8,1%). No feijão, a safra 2025 deve somar 187 mil toneladas (-15,8%). O IBGE prevê para 2026 recuo na 2ª safra (-14,9%), mas forte alta na 1ª (+35,3%).

 

Ainda segundo a SEI, o café colheu 262 mil toneladas (+5,1%); arábica cai 14,6% e canéfora sobe 19,3%. A cana-de-açúcar obteve 6,24 milhões de toneladas (+12,6%). O cacau chegou a 119 mil toneladas (+7%). Na fruticultura, banana (+4,8%), laranja (+0,3%) e uva (+84,4%). No caso da mandioca foram 907 mil toneladas (+14,7%), e o tomate expressou queda expressiva de 48,4%.

 

PROJEÇÃO DA CONAB

Enquanto o IBGE projeta queda na produção, a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] indica tendência oposta. O terceiro levantamento para a safra 2025/2026 estima 14,6 milhões de toneladas, alta de 4,4%. O crescimento é impulsionado pela expansão da área plantada em 181 mil hectares (+4,6%), totalizando 4,1 milhões de ha. O destaque é a soja, que deve expandir 201 mil ha.


A Conab prevê aumento de 9,4% na área de soja, totalizando 2,34 milhões de ha, com produção estimada em 9,25 milhões de toneladas (+4,5%). Mesmo com o avanço, a produtividade deve cair 4,5%. Algodão, milho, feijão e sorgo também avançam.

 

O primeiro deve bater 2,05 milhões de toneladas (+2,5%). O segundo 2,87 milhões de toneladas (+2,2%), com forte peso da 1ª e 3ª safra. Já o feijão pode chegar a 347 mil toneladas (+19,4%), favorecido pelas chuvas no oeste baiano, e o sorgo 798 mil toneladas (+2,1%).