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economia baiana
Um grupo de trabalho foi criado nesta segunda-feira (14) para avaliar os impactos da taxação anunciada ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão foi tomada em reunião entre o governo da Bahia e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
O objetivo é formular estratégias que sirvam para proteger a economia baiana e garantam a manutenção dos investimentos, da geração de empregos e da renda no estado. Além disso, o grupo de trabalho buscará alternativas comerciais e ações articuladas para mitigar os efeitos negativos das novas tarifas.
O chamado tarifaço [de 50%, a maior entre todos os países com relação comercial com os EUA] deve começar a valer a partir de 1° de agosto. A reunião desta segunda contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, além de secretários estaduais e representantes do setor produtivo.
Durante a reunião, foi destacado que a política tarifária adotada pelos EUA poderá provocar instabilidade institucional e comercial, comprometendo a confiança no mercado norte-americano. Segundo os participantes, a utilização de mudanças unilaterais nas regras comerciais como instrumento político fere princípios de soberania e as normas que regem o livre mercado internacional.
Atualmente, os Estados Unidos representam 8,3% das exportações totais da Bahia. Entre os setores mais afetados caso a nova taxação seja confirmada estão os de celulose, derivados de cacau e pneus, todos com cadeias produtivas complexas que impactam significativamente a atividade econômica estadual. Também podem ser atingidos segmentos da indústria petroquímica, mineração e agronegócio.
A economia baiana registrou crescimento de 3,2% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2024. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (4) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com o último trimestre de 2024, o avanço foi de 0,9%. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2015 teve crescimento de 1,4%.
Já o PIB baiano totalizou R$ 138,5 bilhões em valores correntes. Desse montante, R$ 122,2 bilhões correspondem ao Valor Adicionado (VA) — indicador que mede a contribuição dos setores produtivos —, e R$ 16,3 bilhões são relativos aos impostos arrecadados no período.
Entre os setores econômicos, a agropecuária apresentou o maior crescimento no trimestre, com alta de 9,7%. Segundo a SEI, o desempenho foi puxado principalmente pelo aumento da produção agrícola nas principais culturas colhidas no período.
A indústria teve expansão de 4,8%, resultado influenciado pelas indústrias de transformação, que cresceram 5,9%, e pela construção civil, com alta de 6,8%. Já a produção de eletricidade, água e esgoto ficou estável (0,0%), enquanto a atividade extrativa mineral recuou 0,7%, impactada pela queda na produção de petróleo e gás natural.
O setor de serviços avançou 2,1% no trimestre, com destaque para atividades imobiliárias (+2,3%), transportes (+1,5%) e administração pública (+0,2%). O comércio ficou praticamente estável, com ligeira variação positiva de 0,1%, enquanto o grupo "outros serviços" cresceu 4,9%.
“Este resultado do PIB confirma o bom resultado econômico da Bahia, que cresceu acima do Brasil e que já vinha sendo apurado pelo aumento do emprego com mais de 40 mil novas vagas formais no ano, crescimento de 8,4% do turismo no trimestre e superávit na balança comercial baiana, revelando como a atração de investimentos locais correlacionada com as políticas que permitiram mais consumo das famílias vêm trazendo resultados econômicos positivos”, afirmou Armando Castro, diretor de Estatística da SEI.
As exportações da Bahia somaram 854 milhões de dólares em abril deste ano, uma queda de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume exportado também teve retração de 2%, reflexo sobretudo da desvalorização de 7,2% nos preços médios dos produtos embarcados pelo estado.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Segundo a SEI, o recuo nos preços de commodities importantes — como petróleo e produtos agrícolas — foi determinante para o resultado. A superintendência destacou que a expectativa de safra recorde em 2025, combinada com preços mais baixos e o excesso de oferta no mercado global, influenciou diretamente a queda nas cotações.
IMPORTAÇÕES
As importações também apresentaram desempenho negativo no mês, com recuo de 21,8% em relação a abril de 2024, totalizando 795,4 milhões de dólares. O volume desembarcado caiu 29,3%, resultado atribuído principalmente à desaceleração da atividade econômica.
BALANÇO DO ANO
Apesar do recuo em abril, no acumulado de 2025, as exportações baianas totalizaram 3,62 bilhões de dólares, um crescimento de 3,5% frente ao mesmo período do ano passado. Já as importações somaram 3,18 bilhões de dólares, com leve queda de 0,6%.
O saldo da balança comercial no quadrimestre foi positivo, com superávit de 441,6 milhões de dólares — alta de 48% na comparação com o mesmo intervalo de 2024. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) atingiu 6,81 bilhões de dólares, alta de 1,6%.
DESTAQUE
O setor agropecuário foi o único a registrar crescimento expressivo em abril, com aumento de 44,4% nas exportações. Em contraste, a indústria de transformação teve queda de 38,6%, enquanto a indústria extrativa recuou 19,2%.
Nas importações, houve aumento de 11,6% nas compras de bens intermediários. Por outro lado, as importações de combustíveis caíram 67,7% e as de bens de consumo recuaram 10,5%.
DESTINOS COMERCIAIS
A China, principal destino das exportações baianas, aumentou sua participação em 53,4% em abril, na comparação anual. No entanto, o desempenho no mercado asiático na totalidade foi negativo, com queda de 10,3%.
As exportações para a América do Norte cresceram 12,6%. Já as vendas para o Mercosul e para a União Europeia recuaram 29,1% e 3,3%, respectivamente.
Em março passado, as exportações baianas registraram receitas de 817,5 milhões de dólares. O volume é de aumento de 0,68% ante o mesmo mês do ano anterior. O resultado foi influenciado pelo aumento dos embarques, que cresceram 2,2% comparado com igual mês de 2024. Já os preços dos produtos exportados tiveram redução de 1,5%.
No caso das importações, a Bahia comprou 851,9 milhões de dólares no terceiro mês do ano, uma alta de 2,6%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (8) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Conforme o levantamento, mesmo com atraso em embarques, a soja apareceu com força em março. O crescimento nos embarques do setor foi de 13,4%, enquanto que o preço do grão caiu 13,8% em relação a março de 2024. Outro segmento que contribuiu para o crescimento das exportações no mês em análise foi a celulose, que somou 139,1 milhões de dólares, com aumento de 19% no volume embarcado e de 22,9% nas receitas. Os preços subiram 3,3% em março, contra mesmo mês do ano passado.
A SEI também aponta que uma combinação de fatores inesperados (a paralisação das operações de uma indústria chinesa que refletiu em uma demanda adicional de 200 mil toneladas de celulose por mês e a valorização cambial) têm sustentado aumentos consecutivos dos preços da celulose em 2025, mas incertezas quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda e ao impacto das tarifas americanas impõem cautela para os próximos meses.
Assim, soja e derivados, papel e celulose, derivados de petróleo e algodão e subprodutos – commodities que foram os principais segmentos da pauta baiana no primeiro trimestre – foram responsáveis até março por 84% do volume embarcado pelo estado no período.
IMPORTAÇÕES
No caso das importações, os dados mostram desembarque um pouco mais comportado em março. O valor importado cresceu 2,6%, com queda de volume de 10,5%. Março mostrou ainda uma desaceleração em relação ao conjunto do primeiro trimestre de 2025, que registrou alta de 9,2% em valor e queda de 5,1% no volume embarcado.
Na decomposição dos dados de março, chama a atenção uma importação ainda forte de bens intermediários. Essa categoria, que chegou a 65,5% do total das compras externas no mês, avançou 22% em valor e 2,5% em volume.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 108,8 bilhões em 2024, fechando o ano com ligeira retração no valor real (valor nominal, descontada a variação de preços) de 0,4%. O setor representou quase um quarto [22,5%] na economia baiana no ano passado.
No último trimestre de 2024, verificou-se retração de 0,7%. Os dados foram informados nesta segunda-feira (24) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Segundo a pasta, a redução do PIB do agronegócio baiano em 2024 se deve à queda na safra de grãos no estado, que encolheu 7,3%, devido a problemas climáticos, causados pelo fenômeno el niño.
O milho e a soja, que têm peso significativo no agro estadual, reduziram a colheita em 24,7% e 3,1%, respectivamente. Com isso, os preços dos produtos agropecuários tiveram uma elevação significativa no ano passado, fato que elevou a participação do agronegócio no PIB.
Ainda segundo a SEI, houve elevação de 21,1% para 22,5% no valor do agronegócio baiano entre 2023 e 2024. Impactaram o aumento nos preços dos principais produtos agropecuários do estado, a exemplo da laranja, café, cacau e boi gordo.
A pasta explica que o termo agronegócio se refere a um corpo composto pela agropecuária, além dos setores fornecedores de insumos, da agroindústria e de segmentos responsáveis pela distribuição, como comércio e transporte, dentre outros serviços.
As exportações da Bahia recuaram de 16,2% em novembro de 2024, totalizando 861,6 milhões de dólares, abaixo da média histórica para o mês. O declínio é atribuído à queda nos embarques de derivados de petróleo (-64,5%), papel e celulose (-23%), algodão (-7,8%) e petroquímicos (-2,5%).
Este é o terceiro mês consecutivo de contração no volume exportado pelo estado, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
No mercado externo, a China, principal destino das exportações baianas, viu uma queda de 7% no volume de compras, com uma retração de 17,4% no valor exportado em comparação com o mesmo mês de 2023. A soja e derivados continuam na liderança da pauta das exportações baianas, com 260,7 milhões de dólares, apesar de uma queda de 13% nas vendas. Essa redução é explicada pela queda de 17,4% nos preços, embora o volume embarcado tenha aumentado 5,4%, mesmo diante de uma redução na safra 2023/24, conforme dados do IBGE.
Em termos setoriais, todos os segmentos apresentaram queda em novembro: a Indústria de Transformação registrou 80,7 milhões de dólares (-23,8%), a Indústria Extrativa, US$ 47,6 milhões (-32%) e a Agropecuária, US$ 31 milhões (-6%).
No acumulado de janeiro a novembro, as exportações da Bahia somaram 10,76 bilhões de dólares, aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionado pela alta de preços (+6,2%), que compensou a leve redução de 0,85% no volume exportado.
IMPORTAÇÕES
Em contraste, as importações da Bahia continuaram a subir. Em novembro, o valor das compras externas aumentou 35,2%, totalizando 789,2 milhões de dólares. O crescimento é resultado sobretudo do aumento no volume de produtos importados (quantum), apesar da queda de 18,6% nos preços médios.
Desde o segundo trimestre de 2024, as importações vêm seguindo uma tendência de alta, com um aumento acumulado de 37,6% no volume importado até novembro, enquanto os preços médios caíram 27,3%.
A maior parte do aumento nas importações foi impulsionada pela categoria de combustíveis, com um aumento expressivo de 110% em novembro. No acumulado de 2024, as compras de combustíveis cresceram 80,2%, representando 45,4% do total das importações baianas.
Bens intermediários, que representam a maior parte das importações no ano (48,6%), registraram uma leve queda de 0,35% no comparativo anual, devido ao efeito preço. No entanto, o volume importado dessa categoria aumentou 22,6%.
Até novembro, as importações totais da Bahia 10,08 bilhões de dólares, marcando um aumento de 25,2%, cinco vezes superior ao crescimento das exportações no mesmo período. A depreciação do real frente ao dólar não deverá resultar em uma queda proporcional nas importações, uma vez que certos insumos industriais continuam a ser necessários para sustentar a expansão da atividade econômica no estado.
Em torno de 18 cidades baianas são consideradas com alto potencial de centro logístico. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (20), durante o evento Pensar a Bahia, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A pasta apresentava estudos complementares ao Plano Estratégico Ferroviário da Bahia.
A análise tomou como base indicadores de fluxos, cargas e diversidade de estabelecimentos logísticos. As cidades elencadas são: Alagoinhas, Barreiras, Brumado, Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mucuri, Salvador, Simões Filho, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.
“São locais que já têm atividade logística expressiva, bem acima da média do estado, e geralmente correspondem a entroncamentos rodoviários e/ou porto-aeroviários, são locus privilegiados que, sendo alvo de fomento ao desenvolvimento logístico, têm chance de alcançar maiores desdobramentos”, disse o especialista da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pelo estudo, Ramon César.
O plano estratégico, elaborado no ano passado, ainda sugere diversas alterações na malha ferroviária baiana, como a implantação do conceito de carga geral, criação de novos ramais e a unificação da bitola – atualmente é de um metro, para o padrão nacional que é de 1,60 m – entre outras recomendações.
O estudo ainda complementa o Plano com uma proposta de acesso ao Porto de Salvador e propõe tipologias de plataformas logísticas e modelos de governança para os clusters identificados nos municípios.
O estudo também apresenta a análise logística atual de grandes produtos da pauta de importação e exportação, a exemplo da soja, milho, containers e fertilizantes. Como exemplo, mostra que o algodão produzido em Luís Eduardo Magalhães tem 95% de sua carga escoada pelo Porto de Santos e apenas 4% por Salvador.
Os especialistas apontaram ainda a existência de poucas linhas regulares para a China e o leste asiático saindo diretamente da Bahia. O material poderá ser consultado em breve no site da SEI.
O Produto Interno Bruto (PIB) baiano do último trimestre de 2023 fechou com alta de 2,6% ante mesmo período do ano anterior. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (7) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Nos últimos três meses de 2023, o estado totalizou R$ 99,6 bilhões em atividade econômica, sendo R$ 83,7 bilhões referentes ao valor adicionado de mercadorias e serviços, e R$ 15,9 bilhões em impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Serviços alcançaram R$ 57,9 bilhões, Indústria R$ 22,5 bi e Agropecuária, R$ 3,3 bilhões.
Na comparação com os últimos três meses de 2022, o PIB da Bahia teve expansão em todos os setores: agropecuária, com taxa de 6,6%, indústria com alta de 5% e serviços, com 1,3%. O crescimento do setor agropecuário foi determinado pela produção de algodão, mandioca, milho e soja. A expansão de 5% do setor industrial foi determinada pela indústria de transformação (+5,5%), da geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (+9,4%) e da indústria extrativa (+2,4%). Enquanto a construção civil teve uma queda de 0,2%.
Apesar de não ter apresentado o mesmo desempenho dos demais setores em 2023, serviços também fechou o ano com saldo positivo (+1,3%). Enquanto as atividades outros serviços (+5,1%); comércio (+0,6%) e imobiliárias (+2,6%) cresceram de janeiro a dezembro, a administração pública – importante atividade para a economia baiana – e transportes exibiram resultados negativos com -1,9% e -2,6%, respectivamente.
BALANÇO DE 2023
No ano de 2023 a economia baiana registrou crescimento de 1,1% ante 2022. Segundo a SEI, o setor agropecuário puxou a elevação do PIB em 2023, com crescimento acumulado de 5,2%. O setor de serviços, que tem maior peso, teve expansão de 1,9%. Aqui, a maior variação foi observada em outros serviços (+6,1%), com destaque para as atividades profissionais e a atividade educação e saúde. Atividades imobiliárias também cresceram 2,5% no ano. Já o setor industrial apresentou queda de 1,7% no ano.
QUEDA NA INDÚSTRIA
O resultado negativo se deve às quedas das indústrias de transformação (-2,9%), extrativas (-8,5%) e construção civil (-0,7%); somente o segmento de geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água registrou desempenho positivo dentro desse setor (+4,7%).
O que esperar da economia baiana em 2024? A pergunta inadiável também passa por saber qual setor deve se destacar e qual deve sofrer. Outra questão é: a indústria baiana vai vingar? O setor baiano tem mostrado mais baixa do que a indústria brasileira durante anos. O semiárido baiano pode ser viável? Esta é outra indagação.
Para responder a essas e outras questões, o Bahia Notícias conversou com Luíz Mário Vieira, analista de conjuntura da SEI [Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia]. Segundo o também mestre em economia, falta ainda ao estado o fortalecimento do cooperativismo, relegado quase apenas à agricultura familiar.
“Se sabe que o cooperativismo foi o grande diferencial em outros estados, como os do Sul do país. Lá é algo muito forte. Eles lutam pela defesa dos interesses deles. E aqui é uma coisa bem isolada, ficando mais na agricultura familiar”, declarou. Clique aqui e confira a entrevista completa na Coluna Municípios.
Entre 2021 e 2022, houve crescimento real de 7,3% das atividades características do turismo. Os dados preliminares foram divulgados nesta terça-feira (19) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI). O resultado mostra participação de 3,2% do turismo na economia baiana e valor total de R$ 11,2 bilhões.
Além dos dados de 2022, a SEI apresenta os resultados consolidados de 2021 para as Regiões Turísticas do estado. As informações são relativas à participação das Atividades Características do Turismo (ACT) no Valor Adicionado do estado (VA) - variável que compõe o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e representa a riqueza produzida por cada atividade econômica.
Ano passado, a atividade de maior participação para o turismo baiano foi Alojamento e alimentação, respondendo por 54,6% do valor adicionado das ACT. Em relação a 2021, a atividade perde participação na composição das ACT em função da menor dinâmica no segmento de alimentação.
A atividade de Transportes, armazenagem e correio, segunda mais importante para o setor de turismo, aumentou a participação passando de 29,8% em 2021 para 32,2% em 2022. Esse movimento foi determinado pelo crescimento da movimentação de passageiros.
Outra atividade de destaque e que obteve ganho em participação foi Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços. Em 2022, a atividade representou 6,8% do turismo baiano, enquanto em 2021 a participação era de 5,7%.
RESULTADOS POR REGIÕES TURÍSTICAS
Os resultados de 2021 mostram que a região turística da Costa do Descobrimento é a que possui a maior dependência das Atividades Características do Turismo – 11,1% em 2020 e 16,9% em 2021. Ou seja, quase 1/7 do valor adicionado dessa região é gerado a partir das ACT. Outra região com destaque da ACT no Valor Adicionado é a Baía de Todos os Santos, a qual tem participação de 5,8% registrando aumento de 1,3 p.p entre 2020 e 2021.
Na sequência das regiões com maior dependência da atividade turística aparecem Costa do Cacau que passa de 3,4% em 2020 para 5,4% em 2021 e Costa do Dendê que sai de 3,2% em 2020 para 4,1% 2021.
Já quando analisamos a participação de cada região turística no valor adicionado das ACT em 2021, o destaque ficou para a região da Baía de Todos os Santos, que responde por 43,0% de todo valor adicionado das ACT, seguido das regiões turísticas de Costa dos Coqueiros com 10,3%, Costa do Descobrimento com 7,2% e Caminhos do Sertão com 7,1%.
A Bahia teve uma queda de 5,2% nas exportações no primeiro trimestre deste ano. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (12) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan). O valor alcançado foi de 2,47 bilhões de dólares. Segundo a pasta, o volume embarcado, por sua vez, teve crescimento de 8,8% no mesmo período (3,57 milhões de toneladas), mas foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%, determinando o resultado negativo no período.
A SEI também registrou queda nas importações baianas no primeiro trimestre de 2023. Uma baixa de 10,8%, atingindo 2,53 bilhões de dólares. A secretaria considera que a desaceleração da economia mundial e a mudança em direção ao protecionismo econômico têm resultado em uma tendência de preços menos aquecidos principalmente para commodities energéticas, como petróleo e minerais.
A expectativa de virada, acrescenta a autarquia, passa pela retomada da economia chinesa e pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reúne países exportadores da commoditie, elevando as cotações do produto a médio prazo. Também com o escoamento da safra de grãos, a partir de abril, há possibilidade de reversão já no próximo trimestre do atual cenário desfavorável.
No que diz respeito ao mês de março, as exportações registraram 944,6 milhões de dólares negociados, queda de 11,1%. O número foi puxado pela indústria de transformação, que respondeu pela maior retração no mês (-16%), pressionadas por uma redução expressiva nos embarques (-15,6%), nos preços (-25,7%) e, por conseguinte, nas receitas dos derivados de petróleo (-37,3%).
Este último setor ainda assim lidera a pauta no trimestre. “Apesar de o registro das exportações de petróleo ser tradicionalmente volátil, a queda nos preços vem ocorrendo nos últimos três meses do ano, resultado de bases mais altas de comparação e tendência, até então, de queda nas cotações do petróleo em razão da esperada desaceleração da economia global”, informa a autarquia.
As exportações da agropecuária vêm a seguir com uma redução de 14,4% em março. As vendas de soja e derivados, carro chefe do setor, lideraram a pauta no mês, mesmo com uma queda de 5% nas receitas e de 6% no volume embarcado.
A SEI informou que o único setor a ter resultado positivo no mês foi a indústria extrativa, uma alta de 41,8%, graças ao crescimento nas vendas de ouro em 145%.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.