Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
agronegocio baiano
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 108,8 bilhões em 2024, fechando o ano com ligeira retração no valor real (valor nominal, descontada a variação de preços) de 0,4%. O setor representou quase um quarto [22,5%] na economia baiana no ano passado.
No último trimestre de 2024, verificou-se retração de 0,7%. Os dados foram informados nesta segunda-feira (24) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Segundo a pasta, a redução do PIB do agronegócio baiano em 2024 se deve à queda na safra de grãos no estado, que encolheu 7,3%, devido a problemas climáticos, causados pelo fenômeno el niño.
O milho e a soja, que têm peso significativo no agro estadual, reduziram a colheita em 24,7% e 3,1%, respectivamente. Com isso, os preços dos produtos agropecuários tiveram uma elevação significativa no ano passado, fato que elevou a participação do agronegócio no PIB.
Ainda segundo a SEI, houve elevação de 21,1% para 22,5% no valor do agronegócio baiano entre 2023 e 2024. Impactaram o aumento nos preços dos principais produtos agropecuários do estado, a exemplo da laranja, café, cacau e boi gordo.
A pasta explica que o termo agronegócio se refere a um corpo composto pela agropecuária, além dos setores fornecedores de insumos, da agroindústria e de segmentos responsáveis pela distribuição, como comércio e transporte, dentre outros serviços.
A agropecuária da Bahia aumentou as exportações em fevereiro deste ano em 37,7%, puxadas pelos embarques da esperada safra recorde de soja e pelo boom do café. Em relação ao total exportado pelo estado, a soma obtida foi de 753,5 milhões de dólares em fevereiro, uma queda de 0,96% ante o mesmo mês do ano anterior.
As importações, por sua vez, alcançaram 650,8 milhões de dólares, registrando um recuo de 0,81%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No primeiro bimestre deste ano, as exportações do estado acumularam 1,58 bilhão de dólares, uma redução de 10,1%; e as importações chegaram a 1,53 bilhão de dólares, uma alta de 13,3%. Com os resultados de fevereiro, a balança comercial da Bahia obteve um superávit acumulado de 47,4 milhões de dólares, abaixo 88,3% do obtido em igual bimestre de 2023, enquanto a corrente de comércio atingiu 3,11 bilhões de dólares, com leve aumento de 0,08% no comparativo interanual.
Ainda sobre as exportações baianas, a pasta informou que, em fevereiro, o desempenho negativo se deve à queda de 7,5% nos preços dos produtos ante fevereiro de 2023, mesmo com o volume embarcado no segundo mês deste aumentando em 7%.
Mesmo com o crescimento das exportações na agropecuária em 37,7%, a indústria de transformação e a indústria extrativa registraram queda de 16% e 36,8%, respectivamente. Segundo a SEI, o fato sinaliza o comportamento das exportações em 2025: “crescimento da agropecuária sustentado pelo aumento da safra estimada em 6,7%, mas com preços mais baixos, e menor crescimento da indústria tanto por conta da política monetária restritiva como pela perda de ritmo da economia global, causadas pelos muitos impulsos conflitantes do governo Trump, que tornaram incertos os rumos da economia americana e, com ele, os da economia mundial, envolta em ameaças de guerra comercial”.
As exportações brasileiras para a China, principal destino dos produtos baianos, caíram 5,1% em fevereiro, perante um ano antes. Já as vendas totais para a Ásia cresceram 11%. Na mesma base de comparação, as vendas para os EUA recuaram 15,5%, mas para a América do Norte subiram 10%, devido a demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro ligas.
Para a União Europeia as vendas também caíram 8,7%. A surpresa ficou por conta das exportações para o Mercosul, que registraram alta de 122,5%, devido a importações em grande volume de óleo diesel pela Argentina, que chegaram a 32 milhões de toneladas em fevereiro.
IMPORTAÇÕES
Nas importações de produtos baianos, houve aumento de 26,8% nas compras de produtos intermediários, queda de 64,7% na importação de combustíveis e expansão de 57% nas de bens de capital, além de 17,7% nas de bens de consumo.
A SEI informou também que houve queda de 29% no volume de compras externas do estado em fevereiro, ao passo que os preços dos produtos importados subiram 39,8%, sobretudo de cacau, fertilizantes, borracha, máquinas e equipamentos.
O governo do estado vai licitar a compra de equipamentos para o Cetab [Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia]. O comunicado foi feito nesta segunda-feira (4). Situado no bairro de Ondina em Salvador, o espaço tem sido alvo de críticas sobre a estrutura atual. O Cetab foi criado em 2016 logo após a extinção da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A).
O local oferece pesquisa e serviços laboratoriais para produtores rurais, como análises de solos e água, além de diagnósticos e controle de qualidade de produtos de origem vegetal e animal. O Cetab é vinculado à Secretaria de Agricultura Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri).
Em fevereiro do ano passado, o governo tinha informado um aporte de R$ 10 milhões para reforma do centro, como parte de um convênio com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Como a Seagri informou à época, o valor serviu também para a aquisição de equipamentos de última geração e alta sensibilidade.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 32,7 bilhões no segundo trimestre de 2023. Com isso, o setor representa 28,8% do PIB estadual para o período. No mesmo semestre do ano passado, o setor equivalia a 32% do PIB baiano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento estadual.
Conforme a pasta, a perda de participação de 3,2 pontos percentuais se deu, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos agropecuários. A Superintendência também informou que na comparação com valores correntes do segundo trimestre de 2023, houve uma retração nominal de 6,1%, o que equivale a R$ 2,1 bilhões a menos entre os trimestres.
Neste período, o Agregado II (agropecuária) foi o que mais influenciou na definição da taxa final (51,5%). Mesmo sendo a mais importante neste trimestre, a agropecuária registrou a maior queda de participação no PIB total ao recuar de 18,1% para 14,8%. Na sequência vem o Agregado IV (distribuição e comercialização), com 31,0%, Agregado III (indústria de processamento), com 11,3%, e o Agregado I (insumos), com 6,2%. Na comparação com o período do ano anterior, apenas o setor de distribuição e comercialização ampliou a participação na economia baiana. Saiu de 8,6% para 8,9% do PIB total.
“Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No segundo trimestre de 2023 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 4,6%, houve retração média de 10,3% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”, explica o coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano.
O órgão ainda declarou que o segundo trimestre é o mais importante para o agronegócio baiano. No período, a maior parte da produção agropecuária baiana se desenvolve, o que gera impactos não apenas na agropecuária, mas em toda a cadeia de produção e distribuição.
O município de Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste baiano, é considerado como capital do agronegócio baiano. Apesar da força econômica dos empresários da área, que são doadores de campanhas políticas, o prefeito da cidade, Júnior Marabá (União), disse que não há influência na administração municipal.
"Não existe interferência governamental. Existe discussão, troca de ideias. Eu lembro que quando tivemos a eleição em 2020, eu tive uma sensação, talvez única, que poucos políticos podem ter. Eu pude tirar o meu descanso pós-eleição, sentar e decidir quais seriam os meus secretários. Não tive indicação de secretariado nem de partido para ocupar pastas em meu governo", declarou.
Segundo Marabá, o grau de influência do agronegócio já não fica restrito às terras locais. "O agronegócio tomou uma proporção tão grande que muito do que se faz em Luís Eduardo Magalhães se discute na Federação, em Brasília, na bancada do agronegócio. Essa discussão já elevou o cenário municipal. Não fica mais no município. Hoje, a secretaria de agricultura [local] é voltada à agricultura familiar, não é voltada à agricultura de larga escala", completa.
Drones e tratores sem piloto são uns dos itens a serem exibidos durante a Bahia Farm Show, a feira internacional do agronegócio que ocorre neste ano entre os dias 6 e 10 de junho em Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste baiano. Segundo um dos organizadores do evento, Odacil Ranzi, os equipamentos são novidades no cultivo de lavouras, sobretudo na fruticultura.
“Tem trator que faz tudo sem necessidade de ter alguém operando. Ele faz todo trabalho por GPS, via satélite. No caso de drones, há uns que levam até 200 litros de líquidos. Eles são importantes para monitoramento de lavouras e ajudam também na pulverização de liquido em áreas específicas, como um terreno embaixo de uma rede elétrica”, detalha o gaúcho que mora há 43 anos no Oeste baiano e é presidente reeleito da Aiba [Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), organizadora do evento.
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
Os equipamentos têm origem estrangeira e desembarcam vindos de países como Estados Unidos, França, Inglaterra e Holanda. Basicamente voltada a negócios, a Bahia Farm Show está na 17ª edição e ocupa uma área de 20 hectares ao lado da BR-242 e perto do aeroporto da cidade. O estacionamento fica fora do espaço, e neste ano será ampliado.
A feira funciona das 9h às 19h e tem entrada gratuita para crianças de até 12 anos. Os demais pagam a diária de R$ 25. Ranzi diz que 20% dos ingressos são doados para ações no Hospital do Oeste, em Barreiras. No local não há venda de bebida alcoólica.
Mesmo com a crise econômica dos últimos anos, Ranzi acredita que o fato não prejudica o desempenho da feira. “No ano passado, nós tivemos 101 mil pessoas em cinco dias de evento. Fazia dois anos que não tinha a feira por causa da pandemia. O povo estava com vontade de ver as novidades das máquinas, tecnologia. Mesmo com crise econômica, o agro é uma máquina”, afirmou.
Na abertura da feira, o governador Jerônimo Rodrigues deve visitar o local. No ano passado, o evento gerou quase R$ 7,9 bilhões em negócios. Neste ano, a meta é passar desse valor. Odacil Ranzi informou ainda que o local também tem um espaço voltado para a agricultura familiar, ilhas de alimentação e pode ter até uma roda gigante. O custo da feira gira em torno de R$ 9 milhões para a Aiba.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.