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Empossado por Lula, Boulos diz que vai percorrer o país e dialogar com todos, "menos com quem trai o Brasil"

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Cadu Gomes / Vice-Presidência da República

Em uma solenidade rápida no Palácio do Planalto, que durou cerca de 40 minutos, mas com a presença de muitos integrantes de movimentos sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou o seu novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos. Lula, de camisa social preta, sem terno e gravata, não falou na solenidade. 

 

Após ser empossado e do discurso de despedida do titular anterior da pasta, Márcio Macêdo, o novo ministro pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da operação policial no Rio de Janeiro que deixou um total de 119 mortos, entre eles quatro policiais. 

 

Na solenidade, que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de diversos outros ministros e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, Guilherme Boulos disse que a missão que recebeu do presidente Lula foi a de “colocar o governo na rua”. 

 

“Temos a missão de ajudar nessa reta final do terceiro mandato do presidente Lula, para colocar o governo na rua, rodar todos o cantos desse país, ouvir as pessoas, conversar olho no olho, ter a humildade de ouvir críticas e ao mesmo tempo apresentar o que o nosso governo tem feito pelo povo brasileiro”, disse o novo ministro. 

 

Boulos explicou que a sua proposta como ministro da Secretaria Geral da Presidência será a de “dialogar com todo mundo”, inclusive com quem não concorda ou apoio o governo. O ministro disse que vai procurar entregadores e motoristas de aplicativo, população em situação de rua, pessoas da periferias, assim como católicos, evangélicos e “gente de todas as religiões”.

 

“A gente sabe que as políticas que mudam a vida das pessoas não nascem só de palácios e gabinetes. Elas nascem do povo, dos territórios populares, das ruas. O presidente Lula sabe bem disso”, disse o ministro. 

 

Por algumas vezes em seu pronunciamento o ministro Guilherme Boulos citou a defesa do governo e o apoio ao projeto que tenta acabar com a jornada de trabalho 6x1. O projeto é de autoria da companheira de bancada do ministro, a deputada Erika Hilton (Psol-SP). 

 

“Os trabalhadores não aguentam mais a vergonhosa escala de trabalho 6x1”, declarou Boulos, sendo muito aplaudido pelos integrantes dos movimentos sociais. 

 

O novo ministro também criticou, no seu discurso, adversários do governo a quem nomeou como ‘inimigos da democracia”. Guilherme Boulos declarou que com quem “trai o Brasil” não haverá diálogo por parte do governo Lula.

 

“Nossa missão é de dialogar com todos. Mas não tem diálogo com quem ataca a democracia e trai o Brasil. Esses queriam ver a gente morto. Mas aqui, como diria Ariano Suassuna, é madeira que cupim não rói. Aos inimigos da democracia e do Brasil temos duas coisas a dizer: o Brasil é dos brasileiros e sem anistia”, finalizou Boulos, enquanto os convidados gritavam “sem anistia”.