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gleisi hoffmann
Em meio às tensões nas relações com o Congresso Nacional, que levaram à derrubada do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo federal acelerou nos últimos dias o empenho e o pagamento de emendas parlamentares.
A demora na liberação das emendas vem sendo apontado como um dos principais motivos para o aumento da insatisfação dos parlamentares com o governo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, alega que o atraso na votação do Orçamento de 2025, aliado à mudança nas regras da execução das emendas, vem levando a uma maior lentidão tanto no empenho das verbas, quanto no pagamento.
Até esta segunda-feira (30), o governo federal empenhou R$ 3,1 bilhões em emendas. A fase de empenho das emendas significa que o governo reservou parte do Orçamento para assegurar que o gasto possa ser realizado futuramente.
Esse valor de empenho das emendas estava em cerca de R$ 1 bilhão na última quarta (25), quando deputados e senadores decidiram aprovar o projeto de decreto legislativo que derrubou a medida do governo relativa ao IOF.
Nesse mesmo dia da derrubada do decreto, o valor efetivamente pago das emendas parlamentares mal ultrapassava R$ 400 milhões. Essa etapa, diferente do empenho, é contabilizada quando o dinheiro efetivamente sai dos cofres públicos para a prefeitura, órgão público ou instituição indicadas por deputados e senadores.
Do meio da semana passada até esta segunda, o Ministério de Relações Institucionais acelerou a liberação de recursos, e o montante efetivamente pago chegou a R$ 940 milhões. Dos R$ 50 bilhões destinados ao pagamento de emendas parlamentares neste ano de 2025, o governo Lula só pagou até agora, na metade do ano, um percentual de 1,9% do total previsto no Orçamento da União.
Em um plenário com menos de 10% dos deputados, foi aprovado por 383 votos a favor, e 98 contra, o PDL 214/2025, que susta o decreto editado pelo governo federal que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O projeto agora segue para o Senado, e caso também seja aprovado, o decreto governamental será anulado.
O projeto não estava na pauta da sessão plenária desta quarta-feira (25), e a decisão de sua votação na sessão de hoje foi anunciada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no final da noite desta terça (24). O anúncio surpreendeu o Palácio do Planalto e lideranças governistas.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), criticou a decisão do presidente da Câmara, ainda mais pelo fato de a sessão desta quarta contar com os deputados de modo remoto, sem a obrigação da presença em plenário. Para Lindbergh, a votação da derrubada do decreto é uma “temeridade”.
“Foi uma temeridade do presidente Hugo Motta pautar um tema de tamanha importância sem os deputados aqui em Brasília. A derrubada do decreto significará automaticamente o contingenciamento de programas sociais, afetando os mais pobres”, reclamou o líder do PT.
Durante toda a manhã, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tentou falar com o presidente da Câmara, sem sucesso. A ministra convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, com líderes do governo e de partidos da base aliada, para avaliar se o governo poderia derrotar o projeto.
A posição da Câmara contrária ao governo já apareceu no início da Ordem do Dia no plenário. O líder do PT, Lindbergh Farias, apresentou requerimento de retirada de pauta do projeto, mas após rápida discussão, o pedido de adiamento recebeu apenas 104 votos a favor, e 349 contrários, o que já mostrou um cenário amplamente favorável à aprovação do projeto.
Na semana passada, a Câmara aprovou, por 346 votos a favor e 97 contra, a urgência para a tramitação do projeto de decreto legislativo que susta o decreto governamental. Na ocasião, a urgência foi colocada para o PDL 214/2025, de autoria do líder da Oposição, deputado Zucco (PL-RS).
O presidente da Câmara, entretanto, decidiu na noite desta terça anexar este PDL e outros 14 projetos sobre o mesmo tema.
Para relatar o projeto diretamente no plenário, Hugo Motta escolheu o deputado oposicionista Coronel Chrisóstomo (PL-RO). O deputado recentemente apresentou o requerimento de criação da CPI do INSS, que acabou sendo engavetada pelo presidente da Câmara.
Para Lindbergh Farias, a nomeação do deputado Coronel Chrisóstomo foi uma provocação feita pelo presidente da Câmara. O líder do PT disse ter sido surpreendido com a escolha, e chamou o relator de “bolsonarista histriônico”.
“A nomeação do coronel Chrisóstomo como relator significa que não há espaço nenhum para qualquer tipo de diálogo. É um grave erro. Foi uma provocação infantil”, disse o petista a jornalistas no início da tarde.
Para tentar agradar aos parlamentares, nos últimos dias, o Palácio do Planalto acelerou o empenho de emendas parlamentares. Até esta quarta, o governo já havia empenhado R$ 1,73 bilhão, com R$ 831 apenas nos últimos dias. O valor pago, entretanto, segue baixo, com valores despendidos de cerca de R$ 5,1 milhões.
Apesar da tentativa de acelerar o empenho das emendas, o governo acabou sofrendo uma derrota ainda mais contundente do que o que foi verificado na votação da urgência, quando 346 deputados aprovaram o requerimento. Desta vez, no projeto, foram 349 votos pela derrubada do decreto presidencial.
Inicialmente o governo editou o decreto 12.466, no dia 22 de maio, para elevar as alíquotas do IOF. Um dia depois, em 23 de maio, editou outro decreto, o 12.467, modificando alguns pontos da medida anterior, em um recuo após diversas críticas recebidas pela equipe econômica.
Posteriormente, logo depois de uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (União-Ap), o governo editou um terceiro decreto, o 12.499, em 11 de junho, modificando pontos do decreto anterior. É este último decreto que, a depender da decisão do Senado, pode vir a ser derrubado pelo Congresso Nacional.
Nos bastidores, o presidente do Senado já articula com líderes partidários para colocar o PDL em votação o mais rápido possível, assim que o texto chegar da Câmara. Se aprovado pelas duas Casas, o texto segue para promulgação e, ao ser publicado no Diário Oficial da União, anularia as alterações promovidas pelo governo no IOF.
O principal problema para o governo, nesse cenário da derrubada do decreto, seria a perda de arrecadação. A equipe econômica estimava arrecadar cerca de R$ 10 bilhões neste ano de 2025 com o decreto. A versão original, publicada em maio e reeditada em junho, previa uma arrecadação de aproximadamente R$ 20 bilhões.
Para compensar a perda de receitas em relação ao decreto inicial, o governo editou uma medida provisória (MP) com medidas alternativas que, em 2025, devem gerar cerca de R$ 10 bilhões para os cofres públicos.
Líderes partidários da Câmara dos Deputados relataram aos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) a percepção de que integrantes do governo federal têm influenciado decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, em ações que tratam da execução de emendas parlamentares.
As queixas foram apresentadas durante uma reunião realizada na segunda-feira (16), na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília, segundo relataram três participantes do encontro. De acordo com um dos líderes presentes, foi transmitida aos ministros a avaliação de que, no plenário da Câmara, “a voz corrente” é de que o governo federal atua em uma espécie de “jogo casado” com Dino.
Ainda conforme relatos, Rui Costa e Gleisi Hoffmann negaram qualquer tipo de interferência do Executivo nas decisões do Judiciário.
Desde o ano passado, deliberações de Flávio Dino sobre o cumprimento das emendas parlamentares têm gerado atritos entre os Poderes.
As informações são da Folha de S.Paulo.
Por 346 votos a favor e 97 contra, foi aprovada, na noite desta segunda-feira (16), a urgência para o projeto que susta o decreto do governo federal que modificou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação do mérito do projeto, entretanto, ainda não tem data definida.
O requerimento de urgência foi aprovado para acelerar a tramitação do PDL 314/2025, de autoria do deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição. O projeto foi apresentado em 11 de junho, e com a urgência, será apreciado diretamente no plenário, sem passar por comissões.
Diversos partidos da base aliada do governo defenderam a aprovação da urgência. Partidos como União Brasil, PSD, PP, Republicanos e até o PDT, que possuem ministros no governo, orientaram seus membros a votarem a favor de acelerar a tramitação do projeto.
A proposição do deputado Zucco foi protocolada no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que modificou as alíquotas do IOF ajustadas no documento anterior. Na justificativa do projeto, o líder da oposição afirmou que o IOF é um imposto extrafiscal que somente pode ser utilizado como instrumento para controle da política econômica, e seria inadmitido, portanto, seu uso para qualquer efeito arrecadatório.
“Resta nítido não ter o Ministério da Fazenda capturado a aversão do Parlamento e da sociedade com a majoração de tributos: quando uma medida fracassa, simplesmente se apresenta outra, sempre com o mesmo formato: mais arrecadação, mais exação, mais pressa, como se política tributária fosse exercício de tentativa e erro. Neste figurino, o Congresso vira laboratório, e a sociedade paga a conta”, afirmou o deputado no texto do seu projeto que susta o decreto do governo.
“O decreto do governo federal é de igual sorte inoportuno e inconstitucional, devendo ser imediatamente sustado pelo Parlamento”, defendeu o deputado do PL gaúcho.
Se o projeto de decreto legislativo for aprovado no plenário da Câmara, seguirá para o Senado. Caso também seja aprovado pelos senadores, o projeto é promulgado e o decreto do governo que reajustou as alíquotas do IOF será invalidado.
Antes do início da sessão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em conversa com jornalistas, afirmou que a aprovação da urgência é uma mensagem dos parlamentares ao governo.
Segundo Motta, há um esgotamento entre os deputados de medidas que buscam elevar a arrecadação apenas levando em conta o aumento de impostos, e não o corte de gastos.
“O governo está entendendo esta mensagem. Será simbólica pelo sentimento da Casa e vamos aguardar os próximos passos. A Câmara vai continuar defendendo o que é melhor para o Brasil”, afirmou Motta.
Antes de chegar na Câmara, o deputado Hugo Motta recebeu na residência oficial a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que buscaram negociar que o plenário votasse a urgência, mas deixasse o mérito para a próxima semana.
A semana na política em Brasília já começou neste domingo (8), com a reunião entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de diversos líderes partidários das duas casas do Congresso Nacional, para tratar do aumento nas alíquotas do Imposto sobre Movimentações Financeiras (IOF).
No encontro, o governo e o Congresso chegaram a um acordo sobre as novas medidas que precisam ser tomadas para aumentar a arrecadação e garantir o cumprimento do arcabouço fiscal. As medidas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que baterá o martelo antes do envio da medida provisória ao Congresso.
No Congresso, a semana será de pauta cheia tanto na Câmara quanto no Senado. E no Judiciário, um dos destaques serão o início dos depoimentos de alguns dos envolvidos no plano para a realização de um golpe de estado, antes da posse do presidente Lula. Entre os que serão interrogados está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Confira abaixo um resumo da agenda da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula iniciou a semana ainda na França, onde cumpriu diversas agendas desde a última quarta (4). Nesta segunda (9), Lula já participou da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, na cidade francesa de Nice.
Na sua fala no encontro, o presidente Lula disse que o Brasil está comprometido a ratificar o Tratado do Alto Mar ainda este ano, para assegurar a gestão transparente e compartilhada da biodiversidade além das fronteiras nacionais.
“Não podemos permitir que ocorra com o mar o que aconteceu no comércio internacional, cujas regras foram erodidas a ponto de deixar a OMC inoperante. Evitar que os oceanos se tornem palco de disputas geopolíticas é uma tarefa urgente para a construção da paz”, disse Lula.
Após a abertura da Conferência, o presidente Lula seguiu para a cidade de Lyon, onde visitou a sede da Interpol, hoje sob o comando do brasileiro Valdecy Urquiza. Na entidade, Lula assinou uma declaração de intenções entre o Brasil e a organização. O presidente também foi homenageado com uma medalha pela Interpol, pelos esforços do governo brasileiro no combate aos crimes transnacionais.
Após a agenda na sede da Interpol, o presidente Lula seguiu para a Ilha do Sal, em Cabo Verde. De lá seguirá viagem para o Brasil, com chegada prevista em Brasília já à noite.
Nesta terça (10), o presidente Lula terá uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddd. O ministro vai detalhar junto a Lula as medidas acertadas com os presidentes da Câmara e do Senado para elevar a arrecadação, e bater o martelo da medida provisória que será enviada ao Congresso Nacional.
Na quinta (12), o presidente Lula recepcionará no Palácio do Planalto a princesa Kako, sobrinha do atual imperador do Japão, Naruhito. A princesa chegou ao Brasil na última quinta (5) para uma visita de dez dias, com escalas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Maringá (PR), Rolândia (PR), Londrina (PR), Campinas (SP), Foz do Iguaçu (PR), Campo Grande (MS) e Brasília (DF).
A visita da princesa Kako faz parte das celebrações dos 130 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão. É possível que a princesa também esteja presente em uma sessão solene que será realizada pela Câmara dos Deputados, na quarta (11), em homenagem ao aniversário das relações entre Brasil e Japão.
Já na sexta (13), o presidente Lula participa da Reunião de Cúpula Brasil-Caribe, em Brasília. O evento deverá contar com a presença de chefes de Estado e de Governo, assim como de representantes dos países do Caribe.
A Cúpula Brasil-Caribe será realizada sob o lema “Aproximar para Unir”, discutirá caminhos para fortalecer o diálogo e promover ações em torno de cinco eixos: segurança alimentar e nutricional; mudança do clima; transição energética; gestão integral de riscos e desastres; e conectividade Brasil-Caribe.
A agenda do presidente Lula na semana será finalizada com uma viagem no domingo (15) para o Canadá. Naquele país, o presidente brasileiro participará da reunião do G7, grupo das maiores economias mundiais.
No calendário da divulgação de indicadores da economia, nesta terça (10), o IBGE apresenta os resultados do IPCA, que registra a inflação oficial do país. No mesmo dia o IBGE apresenta os índices da construção civil.
Na quarta (11), será vez do IBGE divulgar a pesquisa industrial mensal. Na quinta (12), o instituto apresenta os resultados do comércio no mês de março, além da produção agrícola brasileira no mesmo período.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pautou para esta semana uma série de projetos de lei que tratam de temas como a regulamentação de programas de milhagem de companhias aéreas até a criação de indenizações para fiscais agropecuários. Além disso, o plenário poderá decidir sobre a votação em regime de urgência de novas propostas.
Entre os destaques da pauta está o Projeto de Lei 3179/24, do deputado Domingos Sávio (PL-MG), que cria uma indenização e um adicional para auditores fiscais federais agropecuários, auxiliares de fiscalização e médicos veterinários que atuam em inspeção permanente de produtos de origem animal.
Outro projeto que pode ser votado é o PL 711/22, do ex-deputado Jeronimo Goergen (RS), que institui o Fundo Nacional para Prevenção, Proteção e Defesa Agropecuária Contra Calamidades (Fundeagro). O fundo, estruturado como associação privada sem fins lucrativos, reunirá recursos para ações de defesa agropecuária e poderá pagar indenizações a produtores que tenham perdas decorrentes de ações sanitárias oficiais.
Também está na pauta o PL 2767/23, do deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), que regulamenta os programas de milhagem das companhias aéreas. O projeto proíbe restrições abusivas à venda de milhas por consumidores e limitações à quantidade de passagens que podem ser resgatadas, entre outras medidas.
Além desses, outros projetos relevantes previstos para votação incluem:
PL 4035/23, que institui agosto como mês de combate às desigualdades; PL 1663/23, que revoga dispositivos da CLT; PL 6020/23, que trata do crime de descumprimento de medida protetiva em caso de violência doméstica; PL 4149/04, que altera regras sobre posse de armas de fogo; PL 2583/20, que cria a Estratégia Nacional de Saúde para incentivar a indústria nacional; PL 2215/23, que institui os Centros Comunitários da Paz; PL 2978/23, que aperfeiçoa a governança das Sociedades Anônimas do Futebol; PL 4497/24, que trata da regularização de registros imobiliários em faixas de fronteira.
O plenário também poderá votar requerimentos de urgência para outros projetos. Caso a urgência seja aprovada, essas propostas poderão ser analisadas diretamente pelo plenário, sem a necessidade de passar por comissões.
Entre esses projetos estão o PL 3097/24, que institui sanções para gestores que não executarem recursos de emendas parlamentares no prazo de 60 dias; e o PL 892/25, que cria o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (PRESIQ).
No Senado, um dos destaques da pauta do plenário agendada pelo presidente Davi Alcolumbre é o projeto que endurece a punição para crimes sexuais contra mulheres. Também pode ser votado um PL que aumenta as penas para crimes cometidos em instituições de ensino, estão na pauta das sessões deliberativas.
Para a sessão de terça (10), os senadores poderão votar o PL 419/23, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que elimina benefícios de redução de pena com base na idade do agressor em casos de violência sexual contra mulheres. Hoje, o Código Penal prevê que ter menos de 21 anos ou mais de 70 anos pode atenuar a pena e reduzir o prazo de prescrição.
Ainda na terça, o plenário poderá analisar o PDL 725/2024 - Atualiza a Política Nacional de Defesa (1ª sessão de discussão) ;o PDL 465/2022, sobre o Acordo de serviços aéreos entre Brasil e Israel; e o PRS 11/2025, que impõe transparência em operações de crédito de estados e municípios.
Para a sessão de quarta (11), pode ser votado o PL 3613/23, do Poder Executivo, que agrava as penas para crimes cometidos em escolas. Casos como homicídio, lesão corporal dolosa gravíssima e lesão corporal seguida de morte passarão a ser classificados como crimes hediondos se ocorrerem em instituições de ensino.
Outros itens da pauta da quarta: PL 4870/2024, que cria a Política de incentivo à visitação em unidades de conservação (urgência pendente); o PDL 725/2024, que terá a 2ª sessão de discussão da Política de Defesa Nacional; o PDL 466/2022, que aprova o Tratado de Budapeste sobre patentes.
Para quinta (12), estarão em votação na sessão deliberativa apenas tratados internacionais. São eles o PDL 292/2024, da Promoção da circulação de talentos no Espaço Ibero-Americano; o PDL 553/2021, que propõe cooperação jurídica civil com a Ucrânia; o PDL 228/2024, que ratifica a Convenção de Singapura sobre mediação internacional; e o PDL 166/2022, que trata da Cooperação policial no Mercosul.
PODER JUDICIÁRIO
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta segunda (9), a partir das 14h, o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do “núcleo 1” da ação penal que apura um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. O interrogatório é etapa essencial da fase de instrução penal, onde são colhidas novas provas no processo.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, será o primeiro a depor, conforme determina a legislação para réus colaboradores. Em seguida, serão ouvidos os outros réus em ordem alfabética. Eles serão questionados sobre sua vida pessoal e sobre se são verdadeiras as acusações que lhes são feitas.
Entre as perguntas, devem estar questões sobre participação em reuniões para articular o plano de golpe, sobre a minuta de decreto que instalaria estado de exceção no país, e sobre incentivo à desconfiança nas urnas eletrônicas.
O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da tramitação da ação penal no STF. Quando encerrados os interrogatórios, defesa e acusação terão o prazo de cinco dias para requerer diligências complementares, ou seja, novas investigações ou medidas consideradas necessárias.
Depois dessa fase, o acusados deverão apresentar suas alegações finais, no prazo de 15 dias. A Primeira Turma do STF reservou a semana inteira para a tomada desses depoimentos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro será o sexto a falar. O último, Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, será o único a prestar depoimento por videoconferência, já que está preso.
A disposição dos réus nas cadeiras, presencialmente, será:
Mauro Cesar Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo); Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin); Almir Garnier (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Jair Bolsonaro, ex-presidente; e Paulo Sergio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
Já no plenário físico, na próxima quarta (11), será retomado o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados pelos usuários. Os ministros julgam a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o dispositivo, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Até agora já votaram quatro ministros: Luiz Fux, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e André Mendonça. Faltam votar os ministros Kássio Nunes, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Edson Fachin.
Apresentada desde o início do ano como uma das saídas para melhorar a gestão federal nesta reta final do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma ministerial empacou nas últimas semanas, e poucas trocas aconteceram nos últimos meses no primeiro escalão do governo. Para complicar a situação, faltam apenas dez meses para a desincompatibilização dos ministros que desejam disputar as eleições de 2026, o que dificulta a atração de nomes para ingressar na Esplanada dos Ministérios.
Além de não conseguir efetuar medidas com que contava para melhorar a relação com os partidos que dão sustentação ao governo no Congresso Nacional, o presidente Lula deve enfrentar, no ano que vem, uma saída em massa de ministros que vão disputar algum cargo nas eleições de outubro.
Há uma perspectiva de que mais de 20 ministros dos atuais 38 se desincompatibilizem para disputar algum cargo nas próximas eleições. E diante do impacto que será para o governo essa saída em massa de ministros, há a perspectiva de que o presidente Lula faça novas mudanças optando por nomes que permaneçam no governo até o final de 2026.
Um desses nomes seria o do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), cotado para entrar na Secretaria-Geral da Presidência no lugar do atual titular, Márcio Macêdo. Boulos já deu declarações de que, se ingressar no governo, não pretende disputar as eleições.
Entre os atuais ministros, há a avaliação que não sairão de seus postos para disputar as eleições os seguintes nomes:
Camilo Santana (Educação), Wolney Queiroz (Previdência Social), Márcia Lopes (Mulheres), Esther Dweck (Gestão e Inovação), General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Messias (Advocacia Geral da União), José Múcio (Defesa), Frederico Siqueira Filho (Comunicações), Sidônio Palmeira (Secom), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Vinícius de Carvalho (CGU), Marina Silva (Meio Ambiente) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Caso os demais ocupantes de cargos de ministros confirmem suas candidaturas, todos deverão deixar seus cargos até o início de abril do próximo ano. Esse é o prazo previsto pela Justiça Eleitoral para respeitar o prazo de desincompatibilização, que exige o afastamento de ocupantes de cargos do Executivo ao menos seis meses antes do pleito.
Entre os ministros que poderiam sair do governo para se candidatar estão os seguintes nomes:
Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais); Alexandre Padilha (Saúde); Alexandre Silveira (Minas e Energia); André de Paula (Pesca e Aquicultura); André Fufuca (Esportes); Anielle Franco (Igualdade Racial); Carlos Fávaro (Agricultura); Celso Sabino (Turismo); Fernando Haddad (Fazenda); Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio); Jader Filho (Cidades); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); Luiz Marinho (Trabalho); Márcio França (Empreendedorismo); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Simone Tebet (Planejamento); Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Waldez Góes (Integração).
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias sobre as pesquisas eleitorais divulgadas em 25 estados (Roraima e Santa Catarina ainda não tiveram sondagens para 2026) revela que ministros do governo Lula já aparecem em boa situação em eventuais candidaturas aos governos estaduais ou ao Senado. Não há pesquisas para a Câmara dos Deputados ou assembleias legislativas.
Veja abaixo algumas das pesquisas divulgadas recentemente e como os ministros aparecem em disputas para as quais tiveram seus nomes testados pelos institutos. Em alguns estados há mais de um cenário para Senado ou governo.
Região Nordeste
Alagoas
Governo
Renan Filho (MDB) - 43,5% (Ministro dos Transportes)
JHC - 43% (PL)
(Instituto Falpe)
Bahia
Senado
Rui Costa (PT) - 43,8% (Ministro da Casa Civil)
Jaques Wagner (PT) - 34%
(Paraná Pesquisas)
Maranhão
Senado
Carlos Brandão (PSB) – 43,2%
Weverton Rocha (PDT) – 41,1%
Eliziane Gama (PSD) – 18,5%
Pedro Lucas (União Brasil) – 12,8%
André Fufuca (PP) – 12,1% (Ministro dos Esportes)
(Paraná Pesquisas)
Pernambuco
Senado
Humberto Costa (PT): 31%
Anderson Ferreira (PL): 21%
Silvio Costa Filho (Republicanos): 15% (Ministro dos Portos e Aeroportos)
(Real Time Big Data)
Região Centro-Oeste
Mato Grosso
Governo
Janaína Riva (MDB) - 21,9%
Wellington Fagundes (PL) - 19,4%
Otaviano Pivetta (Republicanos) - 16,9%
Jayme Campos (União Brasil) - 11,8%
Carlos Fávaro (PSD) - 4,3% (Ministro da Agricultura)
Senado
Mauro Mendes (União Brasil) - 60,8%
Janaína Riva (MDB) - 29,2%
Pedro Taques - 18,3%
Jayme Campos (União Brasil) - 15,1%
José Medeiros (PL) - 13%
Carlos Fávaro (PSD) - 11,2% (Ministro da Agricultura)
(Paraná Pesquisas)
Mato Grosso do Sul
Senado
Reinaldo Azambuja (PSDB) - 38,3%
Simone Tebet (MDB) - 29,2% (Ministra do Planejamento)
Região Sudeste
Minas Gerais
Senado
Romeu Zema (Novo) - 52,7%
Rodrigo Pacheco (PSD) - 24,3%
Carlos Viana (Podemos) - 18,9%
Newton Cardoso Jr. - 12%
Eros Biondini (PL) - 11,2%
Alexandre Silveira (PSD) - 9,2% (Ministro das Minas e Energia)
(Paraná Pesquisas)
Rio de Janeiro
Senado
Flávio Bolsonaro (PL) – 39,8%
Benedita da Silva (PT) – 27,2%
Clarissa Garotinho (União) – 18,4%
Alessandro Molon (PSB) – 15,1%
Anielle Franco (PT) – 14,5% (Ministra da Igualdade Racial)
(Paraná Pesquisas)
São Paulo
Senado
Primeiro cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Fernando Haddad (PT) - 32,3% (Ministro da Fazenda)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Geraldo Alckmin (PSB) - 34,6% (Vice-Presidente)
Capitão Derrite (PL) - 23,6%
Ricardo Salles (Novo) - 14,4%
Luiz Marinho (PT) - 11,8% (Ministro do Trabalho)
(Paraná Pesquisas)
Governo
Primeiro cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 42,1%
Geraldo Alckmin (PSB) - 21,1%
Erika Hilton (PSOL) - 9,4%
Alexandre Padilha (PT) - 5,5% (Ministro da Saúde)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 46,5%
Márcio França (PSB) - 11,9% (Ministro do Empreendedorismo)
Erika Hilton (Psol) - 9,7%
Alexandre Padilha (PT) - 7,1% (Ministro da Saúde)
Região Sul
Paraná
Senado
Ratinho Junior (PSD) - 62,3%
Roberto Requião (PDT) - 26,8%
Beto Richa (PSDB) - 25,2%
Filipe Barros (PL) - 19,8%
Gleisi Hoffmann (PT) - 16,3% (Ministra das Relações Institucionais)
(Paraná Pesquisas)
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez uma declaração, nesta terça-feira (6), minimizando a decisão do PDT de deixar a base do governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados. Segundo a ministra, o governo petista respeita a decisão e ainda conta com o apoio do partido.
"Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país", declarou a ministra.
A decisão da sigla foi tomada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar a decisão de demitir o ministro da Previdência, Carlos Lupi, fazendo um processo de "fritura pública" e de desrespeito com o partido.
Em uma reunião que durou mais de cinco horas, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, com 15 votos favoráveis e apenas quatro contrários, o relatório apresentado pelo deputado Ricardo Maia (MDB-BA), e decidiu suspender Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses.
Em seu voto, o relator acatou representação assinada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pedia a suspensão contra o deputado do PL por ter quebrado o decoro ao proferir manifestações ofensivas contra a atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman.
Na última terça (29), Gilvan da Federal se referiu à Gleisi como “amante” e disse que ela “deve ser uma prostituta do caramba”. O deputado falava sobre uma suposta lista de beneficiados de valores repassados pela Odebrecht apresentada no âmbito das investigações decorrentes da Operação Lava Jato.
“Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina para políticos. Eu citei aqui o nome de Lindinho, de amante, que deve ser uma prostituta do caramba, aí teve um deputado aqui que se revoltou”, disse durante sessão.
Na mesma lista da Odebrecht, “Lindinho” seria o deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), líder do PT e marido de Gleisi.
Hugo Motta havia pedido inicialmente uma suspensão de seis meses para Gilvan da Federal. O deputado Ricardo Maia havia concordado com o prazo, mas apresentou um novo relatório um pouco antes do início da reunião do Conselho com a mudança da punição para três meses.
A suspensão, na avaliação de Ricardo Maia, é “uma resposta firme e simbólica à gravidade dos fatos, sem antecipar julgamento definitivo, resguardando-se o devido processo legal e a ampla defesa”.
A suspensão aprovada pelo Conselho de Ética, presidido pelo deputado Leur Lomanto Jr (União-BA), já está valendo, e Gilvan da Federal disse no Conselho de Ética disse que não recorrerá da decisão no Plenário da Câmara. O deputado prometeu “ter equilíbrio e sensatez diante de agressões’ e assumiu o compromisso de ter um comportamento diferente quando retornar da suspensão.
“Se a minha punição servir para que os deputados da esquerda respeitem os da direita ou que sejam punidos também, eu sou um homem honrado, vou ser punido de cabeça erguida”, afirmou.
A representação da Mesa Diretora se baseou na Resolução 11/24, que conferiu à própria Mesa a prerrogativa de propor a suspensão cautelar do mandato. A resolução fixa prazos rápidos e assegura a ampla defesa, com previsão de recurso ao Plenário.
O senador Humberto Costa (PT) foi efetivado, na manhã desta quinta-feira (20), como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele ocupa a vaga deixada pela ministra do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann (PT).
Por conta da efetivação do presidente, também foi necessária a nomeação de um vice-presidente para tomar conta da antiga vaga de Humberto Costa, que ficou por conta da aprovação do ex-presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação.
Segundo informações, estavam presentes na reunião da legenda nomes representativos como do ministro da Casa Civil Rui Costa, do senador Jaques Wagner, do secretário de Comunicação do governo federal, Sidônio Palmeira e da ministra da Cultura Margareth Menezes.
Em solenidade nesta terça-feira (18) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o projeto que é considerado a sua prioridade máxima neste ano de 2025: ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para R$ 5 mil.
A medida será enviada ainda hoje ao Congresso Nacional para iniciar sua tramitação, mas só entrará em vigor em 2026. A proposta apresenta um alívio também para pessoas físicas que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Pelo texto do projeto apresentado pelo governo, todos os rendimentos de até R$ 5 mil serão isentos. Mas, para evitar uma mudança abrupta de cobrança de imposto, haverá uma escadinha entre esse valor e R$ 7 mil, beneficiando mais pessoas.
Atualmente, a faixa de isenção vai até 2.259,20, mas há um desconto automático de R$ 564,80, de modo a garantir que fique isento quem ganha até R$ 2.824 (valor que era equivalente a dois salários mínimos no ano passado). Acima desse valor há quatro faixas de tributação, que vão de 7,5% a 27,5%.
Além do presidente Lula, a solenidade contou com a presença do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), do senador Weverton (PDT-MA), que representou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de diversos ministros do governo, como Fernando Haddad, da Fazenda. Também estava presente o vice-presidente Geraldo Alckmin, além de líderes partidários, deputados e senadores.
A solenidade foi aberta com uma fala da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“Esse projeto que o presidente Lula está enviando ao Congresso é um projeto que faz justiça. É uma questão de justiça. Ele isenta os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês, alíquota zero, portanto retira qualquer incidência do Imposto de Renda, e reduz também a incidência do Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem de R$ 5 a 7 mil por mês”, disse a ministra.
Segundo Gleisi, a proposta vai ter impacto na vida de 10 milhões de brasileiros. Somados a outros 10 milhões que já eram isentos por receber até dois salários mínimos, seriam 20 milhões os trabalhadores beneficiados com a isenção do Imposto de Renda.
“Essa renda em circulação significa crescimento da economia, significa a roda da economia girando. Mas a proposta também faz um resgate importante, porque não tínhamos a correção da tabela desde 2015, ficou apenas a isenção de um salário mínimo. Com Lula em 2023, passamos a isenção para dois salários mínimos, e isso deu impacto grande no consumo e na renda das famílias”, afirmou Gleisi Hoffmann.
A ministra de Relações Institucionais, que assumiu o cargo na semana passada, ainda fez um elogio ao ministro Fernando Haddad, com quem ela não mantinha boas relações até recentemente, quando ainda exercia o cargo de deputada federal e presidente do PT. Gleisi disse que a equipe de Haddad trabalhou com seriedade no projeto, que agora “alcançou a maturidade” para poder ser apresentado à sociedade.
O alívio para o contribuinte a partir da entrada em vigor da isenção custará R$ 27 bilhões por ano aos cofres públicos, de acordo com o ministro Fernando Haddad. A estimativa é cerca de R$ 5 bilhões inferior ao cálculo de R$ 32 bilhões apresentado no fim do ano passado.
Para compensar essa perda de receita, o governo espera arrecadar R$ 25,22 bilhões com a chamada “taxação dos ricos”. Se implementada, a mudança afetará um pequeno grupo de contribuintes, cerca de 100 mil pessoas no topo da pirâmide econômica brasileira.
A proposta é progressiva e inclui todas as formas de renda, desde salários até aluguéis e dividendos. Vale ressaltar que a cobrança incidirá apenas sobre a diferença entre o imposto já recolhido e o valor total devido.
Por exemplo, se um contribuinte pagou 8% de IR, ele precisará complementar com 2% para alcançar os 10%, no caso de rendimentos acima de R$ 1 milhão. Esse princípio se aplica proporcionalmente às demais faixas de renda.
Após se reunir nesta quarta-feira (12) inicialmente com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e depois com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) fechou com o governo um acordo para o remanejamento de verbas do Orçamento de modo a garantir recursos para o vale gás e o programa Pé-de-Meia. Segundo disse o senador, que é o relator do Orçamento da União de 2025, serão alocados os R$ 3 bilhões necessários para garantir o vale gás em 2025, e também foi equacionada a questão do Pé-de-Meia, que tem R$ 1 bilhão e ainda precisa de R$ 11 bilhões.
No encontro do senador Coronel com a ministra Gleisi, também participaram da conversa o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). De acordo com o senador baiano, ainda foram definidos outros ajustes e cortes que serão feitos no Orçamento antes de sua votação.
“Foram reuniões muito boas. Chegamos a algumas conclusões, de algumas rubricas, como na questão do vale gás, onde vamos alocar os R$ 3 bilhões necessários para fazer frente ao pagamento em 2025, porque só temos R$ 600 milhões no Orçamento. Também equacionamos a questão do Pé-de-Meia, que já tem R$ 1 bilhão no Orçamento, e precisa ainda de R$ 11 bi. O TCU já facultou ao governo inserir esses valores no Orçamento durante 120 dias, então depois o governo irá mandar PLNs cada hora que for necessário para fazer frente ao pagamento do programa”, declarou o senador Angelo Coronel.
Segundo o relator do Orçamento, os outros itens negociados com o governo foram meras formalidades. Coronel afirmou que a equipe econômica do governo Lula também mandou sugestões de cortes em algumas rubricas, que serão agora analisadas por ele antes da apresentação do relatório final, que deve acontecer no próximo domingo (16).
“Provavelmente vamos seguir essas diretrizes do Executivo onde a gente pode fazer o corte. O orçamento não é do Congresso, o Orçamento é do Poder Executivo, então nada como o Poder Executivo informar ou os indicar aonde deveremos cortar. Portanto, qualquer corte que vamos fazer será de comum acordo com o governo, para que não haja problema de descontinuidade em alguma rubrica. Mas não vejo maiores problemas, e devemos ajustar e levar a voto na semana que vem”, garantiu o senador.
O cronograma apresentado pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Julio Arcoverde (PP-PI), prevê que após a apresentação do relatório pelo senador Angelo Coronel, no domingo, será aberto o prazo para os destaques feitos por parlamentares. Na terça (18) deve ser lido e votado o relatório, e se for aprovado, será necessário o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), marcar uma sessão conjunta para a conclusão da votação da lei orçamentária.
Nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann já iniciou uma série de conversas com parlamentares para estreitar relações e negociar a pauta de interesse do Palácio do Planalto. Nesta terça-feira (11), a nova ministra se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e à noite, promoveu um jantar que contou com a presença dos líderes do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), do PSD, Antonio Brito (BA) e do PP, Dr. Luizinho (RJ).
Mais cedo, a ministra havia reunido lideranças e parlamentares de partidos de esquerda. No almoço, foram discutidos os projetos considerados prioritários pelo governo para tentar melhorar a aprovação do presidente Lula, como, por exemplo, o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Nesta quarta (12), Gleisi Hoffmann terá um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e também se reunirá com o relator do Orçamento da União, senador Angelo Coronel (PSD-BA), para discutir ajustes no texto. A preocupação do governo é a de garantir os recursos para a continuidade do programa Pé-de-Meia.
A votação do Orçamento de 2025, que deve acontecer na próxima semana, é o primeiro desafio da nova ministra no lugar que era ocupado por Alexandre Padilha. O governo precisa aprovar o projeto da lei orçamentária para conseguir liberar recursos e não atrasar o andamento de programas.
Enquanto inicia uma peregrinação junto a líderes para conversar a respeito da pauta de interesse do governo, e também para tenta garantir que atuará em sintonia com o Congresso na liberação dos recursos das emendas parlamentares, a nova ministra também organiza a equipe que estará junto com ela na pasta. Segundo o site Metrópoles, Gleisi já teria decidido colocar como chefe de Gabinete o médico e diplomata Marcelo Costa, e para a Assessoria de Comunicação da Secretaria será nomeado o jornalista Ricardo Amaral, que atuava como assessor de imprensa do PT.
Ainda segundo o site, a nova ministra deve manter o ex-deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) no órgão, mas trocando ele da Secretaria Especial de Assuntos Federativos para a Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares. E para a Secretaria-Executiva, o nome mais cotado é o de José Zunga Alves, petista que atua no meio sindical de Brasília há muitos anos, ex-presidente da CUT-DF e que é amigo pessoal do presidente Lula.
Em meio ao início de sua atuação como nova articuladora política do presidente Lula, a ministra Gleisi Hoffmann teve uma má notícia: pesquisa do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta terça (11), mostra que a população brasileira não acredita que a chegada dela ao governo contribuirá para a melhoria da aprovação do presidente.
Segundo a pesquisa Real Time Big Data, 71% dos entrevistados disseram não acreditar que ela possa ajudar na popularidade de Lula e na sua pretensão de reeleição em 2026. A pesquisa também revelou que Gleisi Hoffman é pouco conhecida pelos brasileiros, sendo que 64% disseram não saber quem é a nova ministra do governo Lula e apenas 36% dos entrevistados confirmaram que a conhecem.
Entre os entrevistados que declararam conhecer Gleisi, a Big Data perguntou se o presidente Lula teria feito uma boa escolha para articulação política do governo. Um total de 62% respondeu “não”, e apenas 16% disseram “sim”. Os outros 22% não souberam responder.
O levantamento também revelou que a ministra Gleisi Hoffmann foi mal avaliada em relação ao seu desempenho à frente do Partido dos Trabalhadores. No total, 62% dos entrevistados disseram que ela “não desempenhou um bom papel” enquanto presidente nacional do PT. Os que responderam “sim” chegaram a 12% e os que não souberam responder foram 16%.
O Realtime Big Data ouviu 1.200 pessoas entre os dias 10 e 11 de março, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou que se reunirá nesta quarta-feira (12) com a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para debater ajustes no projeto do Orçamento da União 2025, que ele relata na Comissão Mista de Orçamento. Coronel teve encontro nesta terça (11) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e disse que espera entregar o seu relatório até o próximo domingo (16).
"Na próxima segunda-feira será aberto o prazo para destaques, e deveremos votar o projeto na CMO na terça-feira, e se der, ainda encaminharemos para votação no Congresso. Mas o mais razoável é que no Congresso Nacional, seja votado na quarta-feira, em virtude de ser uma peça polêmica, e podemos ter muitos destaques, e se tivermos muitos destaques, pode levar mais tempo para que a gente chegue a voto na CMO", disse o senador.
Coronel disse nesta tarde que o governo federal fez algumas reivindicações, que devem ser conversadas na reunião desta quarta com Rui Costa e Gleisi Hoffmann. O senador disse que tem que avaliar como inserir esses pedidos no Orçamento, porque os valores não podem ser mudados.
"O que podemos fazer é cortar de um lado para colocar de um outro lado. Esperamos que até o domingo estejamos com isso tudo organizado e a gente possa apresentar a peça orçamentária para análise", disse o senador baiano.
A intenção do governo é a de encaixar o programa Pé-de-Meia no projeto do orçamento. O senador Angelo Coronel disse que também está em negociação uma solução para os recursos do Auxílio Gás.
"Se for entrar o Pé-de-Meia e entrar o vale gás, o valor pode chegar até mais de R$ 20 bilhões. Estamos falando só de vale gás e de Pé-de-Meia aproximadamente R$ 15 bilhões de custo, então já é um valor elevado com mais R$ 11,5 bilhões das emendas de comissão, só aí já estamos falando de R$ 20 ou 25 bilhões", disse Coronel.
"Estamos trabalhando para que reduza ao máximo essa cifra e também que o governo indique onde serão feitos os cortes", acrescentou o senador.
Com elogios à atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e destaque ao papel do ministro do STF, Alexandre de Moraes na defesa da democracia, tomou posse nesta segunda-feira (10) como nova ministra das Relações Institucionais a deputada federal Gleisi Hoffmann. Na solenidade que aconteceu em um Palácio do Planalto lotado, Gleisi foi empossada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pasta deixada por Alexandre Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde.
No seu pronunciamento, a nova ministra que estará à frente da articulação política do governo Lula disse que irá trabalhar pela consolidação de uma base de apoio estável, já a partir da votação do projeto da lei orçamentária de 2025. Segundo o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Júlio Arcoverde, o Orçamento da União deve ser votado no próximo dia 19.
Gleisi Hoffmann destacou no seu discurso que uma de suas prioridades na pasta será a aprovação da mudança no Imposto de Renda, com a isenção para pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. Gleisi declarou que ajudará na consolidação da pauta econômica do governo e fez elogios ao trabalho do ministro Haddad.
“Estarei aqui para ajudar a consolidar as pautas econômicas deste governo, pautas que você conduz e que estão colocando o Brasil de volta na rota do emprego, do crescimento e da renda”, disse Hoffmann se dirigindo diretamente ao ministro da Fazenda.
A nova ministra salientou que a aprovação do projeto que incluirá mais brasileiros na faixa de isenção do Imposto de Renda é uma questão de justiça.
“Essa medida vai ajudar milhões de brasileiros e brasileiras com absoluta neutralidade fiscal, como já antecipou o ministro Fernando Haddad”, ressaltou Gleisi.
Sobre o trabalho que terá pela frente, de comandar a articulação entre o Palácio do Planalto e os parlamentares, a nova ministra destacou que é esse trabalho será realizado com reconhecimento das diferenças políticas, respeito aos adversários e cumprimento de acordos.
“Chego para somar em um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e seus movimentos. Chego para colaborar com todos os ministros, respeitando os espaços e as competências de cada um”, disse Gleisi.
A posse da nova ministra das Relações Institucionais contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, além de diversos ministros do governo, lideranças do Congresso, parlamentares, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, membros do governo e militantes do PT. Gleisi, que teve seu nome muito aplaudido pela primeira-dama Janja, fez questão de agradecer pela presença na solenidade do ex-presidente José Sarney.
Ex-senadora, ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann vinha presidindo o PT desde 2017, e se licenciou do posto para assumir o Ministério. Na semana passada, a Comissão Executiva Nacional do partido escolheu o senador Humberto Costa (PE) como presidente interino até que seja realizada a eleição do novo comandante da sigla, marcada para 6 de julho.
Um dos momentos mais aplaudidos no discurso de Gleisi Hoffmann no Palácio do Planalto aconteceu quando ela destacou o papel do ministro Alexandre de Moraes na defesa da democracia e da soberania nacional. Gleisi também relembrou a eleição de 2022 e disse que, além de vencer nas urnas pela vontade popular, Lula derrotou “a trama golpista que culminaria com os atentados de 8 de janeiro de 2023”.
“Respeitamos e temos relações com todos, mas o Brasil é dos brasileiros e brasileiras”, declarou a petista.
Ao final do pronunciamento da ministra de Relações Institucionais, a solenidade no Palácio do Planalto foi encerrada. O presidente Lula não discursou no evento.
O senador Humberto Costa (PE) foi escolhido para substituir a deputada federal Gleisi Hoffmann, nova secretária de Relações Institucionais, na posição de presidente do PT até o dia 6 de julho, quando acontecem novas eleições internas. A informação foi confirmada em reunião na sede do partido em Brasília. Esta confirmação ainda há de ser feita em reunião no diretório nacional do Partido.
O senador já declarou que planeja ficar até o fim do cargo interino, mas não descarta uma possível candidatura para as eleições do partido. Entretanto, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva é o nome preferido do presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva.
“A minha interinidade será até a eleição direta. Houve dentro da CNB uma unanimidade à minha indicação. A minha ideia é um mandato tampão, ser interino, até para que possa cumprir a responsabilidade de conduzir o processo de eleição interna. Poder ser candidato à frente, eu posso, mas tenho outras responsabilidades dentro e fora do Senado”, disse Humberto, após o fim da reunião.
Conforme a Comissão de Ética da Presidência e com o estatuto do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, por ser indicada por Lula para ser ministra da SRI, será obrigada a deixar a presidência interna.
Em coletiva com a imprensa neste sábado (02), na Praça do Campo Grande, em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) elogiou a nomeação recente de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
"Olha a alegria, nós vamos ter uma mulher dirigindo a coordenação política do governo federal. E não é qualquer mulher. Gleisi dirige o Partido dos Trabalhadores [PT]. Gleisi foi ministra da presidenta Dilma, deputada federal. Então, tem um potencial muito forte, o Lula sabe o que está fazendo", elogia o governador.
Questionado sobre as recentes articulações com o Partido Progressistas (PP) com a racha do partido e o alinhamento à base do Governo estadual, Jerônimo Rodrigues respondeu, mas garante que defende o diálogo com o PP e PDT, tanto no âmbito federal quanto estadual.
"Tanto o PP, quanto o PDT também, nós estamos dialogando aqui e preparando. Caso haja um alinhamento federal, vai ser fácil para nós aqui. Caso não haja, quero dialogar para ver como a gente continua com essa aproximação. Inclusive, se o alinhamento, o alinhamento é programático. Assim como nós temos uma boa relação com o PCdoB, com o PSB, com o PSD, com o Verde e com o Avante", diz o governador.
A deputada federal Alice Portugal (PT) rasgou elogios a petista Gleisi Hoffmann, que foi escolhida como ministra das Relações Institucionais do governo Lula, e também comentou a chegada de Alexandre Padilha a pasta de saúde, em entrevista coletiva, realizada na Praça do Campo Grande, neste domingo (2).
“A Gleisi [Hoffmann] deu mostras de uma tenacidade incrível. Poucas pessoas suportariam o que ela suportou no período do Impeachment, a prisão ilegal de Lula. Foi presidente do maior partido de esquerda da América Latina. A virtude de ser um deputado federal a frente da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) é que temos apenas 150 parlamentares apoiando lula. Então, é preciso dialogar com todos e ela tem essa condição política. Ela não tem o estilo do baiano, aquele sorriso fácil, mas é uma pessoa séria, cumpridora dos acordos e espero que ela consiga fazer esse upgrade nas relações institucionais”, afirmou a parlamentar.
Alice também comentou sobre a escolha de Alexandre Padilha (PT) para a pasta da saúde. “Padilha já foi ministro da saúde, é médico sanitarista, viveu no Amazonas por muito tempo, conhecendo o drama da população indígena, tem relação com as universidades. Apesar de nós aplaudirmos o trabalho de Nísia [Trindade], Padilha cumprirá as expectativas depositadas nele”, projetou.
O deputado federal Antonio Brito (PSD) avaliou a chegada de sua colega de parlamento, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (28), Brito revelou que conversou com a ex-presidente do PT e também comentou sobre a queda de popularidade de Lula nas pesquisas.
Sobre a chegada de Hoffmann na SRI, Brito contou que ligou para a deputada e desejou boa sorte nos trabalhos na pasta de articulação. Na entrevista, o parlamentar também ressaltou que o PSD vem mantendo um alinhamento com o governo federal na Câmara dos Deputados.
“Eu falei com a Gleisi, desejei a ela boa sorte. Nós do PSD estamos cooperando com o governo do presidente Lula, e a mudança do Padilha que está indo para a Saúde e a Gleisi na Articulação contará também com o apoio da bancada federal nos bons projetos que o governo tenha e que esteja de acordo com a bancada federal que é uma das bancadas da Câmara dos Deputados que mais apoia as boas propostas do governo para o Brasil”, disse Brito.
Sobre a queda de popularidade Lula nas pesquisas, O deputado afirmou que a avaliação do governo, de fato, deve ser realizada no segundo biênio deste ano. Na oportunidade, o parlamentar também afirmou que o governo está realizando uma reforma ministerial para reverter a situação.
“A pesquisa é uma fotografia do momento. Eu entendo que o presidente a partir da mudança na Saúde, agora nas Relações Institucionais, pelo que nós temos líderes de partido conversado, haverão novas mudanças dentro da sua estrutura ministerial, ele prepara o segundo bieno desse terceiro mandato dele para que ele possa buscar estar bem posicionado, cumprir o que ele prometeu à população. Então, a gente só vai poder avaliar isso no ano que vem, quando o governo tiver no período do tanto de conclusão do seu mandato”, avaliou o parlamentar.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (28), a atual presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
A pasta é responsável pela articulação política do governo federal. A deputada assume o lugar de Alexandre da Padilha, que foi remanejado para o Ministério da Saúde, após o desligamento de Nísia Trindade.
A posse da presidente nacional do PT como ministra acontece no dia 10 de março, segunda-feira.
O presidente Lula tem feito reclamações da falta de articulação com o Congresso Nacional. Em conversa sobre a sucessão do ministério, o petista disse que deve a Hoffmann a chance para sua capacidade de articulação.
A Secretaria de Relações Institucionais é responsável pela relação do governo com o legislativo.
Em postagem nesta quinta-feira (20) na sua conta na rede X, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que toda vez que o presidente Lula (PT) “está nas cordas”, acontecem “muitas coisas” com integrantes da oposição. O ex-presidente sugere que a denúncia formulada contra ele e outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) teria sido enviada ao Supremo Tribunal Federal para “abafar” o mau momento de Lula nas pesquisas.
“Toda vez que Lula está nas cordas (sem picanha, sem cervejinha, sem chicória, sem café, sem ovos, monitoramento do Pix, escândalos com ministros, gastos estratosféricos sem responsabilidade e o povo pagando aumentos exorbitantes de impostos sem o mínimo retorno), coincidentemente muitas coisas acontecem, sempre mirando o outro lado”, declarou Bolsonaro no X.
O comentário do ex-presidente foi rebatido também na rede X pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). A deputada disse que ele, Bolsonaro, é que “estaria nas cordas”, e que se faz de vítima toda vez que é “confrontado com a verdade”.
“Toda vez que Jair Bolsonaro se vê confrontado com a verdade, com os crimes que cometeu contra o país e a democracia, ele se faz de vítima e tenta jogar a culpa nos outros”, escreveu a presidente do PT.
Segundo Gleisi, não há como Bolsonaro tentar “desviar do assunto” e “atacar” o presidente Lula por “problemas que ele tenta de verdade resolver“. A deputada cita a denúncia da PGR contra Bolsonaro e diz que ela “não nasceu anteontem”, e é um “resultado de dois anos de investigação” e que cumpriu “rigorosamente todas os ritos do devido processo legal”.
“A denúncia contra Bolsonaro e seus cúmplices é o resultado do que eles fizeram para usurpar o poder e a soberania do povo nas eleições de 2022“, afirmou a petista.
Gleisi finaliza sua postagem chamando Jair Bolsonaro de “inelegível“.
“A culpa é sua, inelegível! E Quem está nas cordas é você e prestes a se tornar réu por muitos crimes. Sem anistia!“, finalizou a presidente do PT, cotada para se tornar ministra do governo Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não decidiu se vai realizar uma reforma ministerial em seu governo, e não conversou ainda com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), sobre eventual entrada dela em alguma pasta na Esplanada. A certeza foi dada pelo próprio presidente Lula, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (30) no Palácio do Planalto.
Lula respondeu a uma pergunta da imprensa sobre mudanças em seu ministério a partir do mês de fevereiro, e quem ele poderia tirar para possíveis entradas de Gleisi Hoffmann, além do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O presidente não confirmou qualquer mudança, elogiou o seu ministério atual, e disse que a imprensa será a primeira a saber caso ele promova alguma troca de ministro, como, por exemplo, da deputada Gleisi, cotada para assumir a secretaria-geral da Presidência da República.
“A companheira Gleisi já foi chefe da Casa Civil do governo Dilma. Eu estava preso e fui um dos responsáveis que ela virasse presidente do nosso partido. A Gleisi é um quadro muito refinado, politicamente tem pouca gente nesse país mais refinado que a Gleisi. O pessoal dizia que ela era muito radical para ser presidente do PT, mas pra ser presidente do PT tem que falar a linguagem do PT. Então ela tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora não tem nada definido, eu não conversei com ela, ela não conversou comigo, eu ainda não sentei pra decidir se vou trocar ou não alguns ministros, agora vocês podem ter certeza que o dia que eu trocar, vocês saberão de primeira mão”, disse Lula.
Em outro momento da entrevista, Lula disse ter dado risadas da declaração do ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que afirmou que, se a eleição presidencial ocorresse hoje, o petista não seria reeleito.
“Comecei a rir [da crítica]. Ele disse que, se a eleição fosse hoje, eu perderia, mas olhei no calendário e vi que a eleição é só daqui a dois anos, então fiquei despreocupado“, disse Lula aos jornalistas.
Durante participação em um evento empresarial nesta quarta (29), Kassab reconheceu a força política de Lula, mas afirmou que “se fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam a eleição”. As críticas mais contundentes de Kassab foram direcionadas à política econômica do governo, personificada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Haddad não consegue se impor no governo. Um ministro da economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, disse o presidente do PSD.
Para Lula, Kassab foi “injusto” com um “ministro extraordinário”. Para o presidente, não há margem para criticar um trabalho que, diante de um “Congresso desfavorável”, conseguiu aprovar a PEC da Transição, o arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária.
“Só por isso Haddad deveria ser elogiado pelo Kassab”, concluiu o presidente Lula.
Lançado inicialmente por movimentos sociais e entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), um manifesto contra a elaboração, pelo governo federal, de um projeto para promover cortes de gastos na administração pública foi endossado por partidos de esquerda e criou tensão no Palácio do Planalto. O manifesto defende que os indicadores mostram uma economia em plena recuperação, e que os cortes não seriam necessários diante de números como o PIB em alta e a taxa de ocupação batendo recordes seguidos.
Nesta segunda-feira (11), PT, PDT, PSOL e PCdoB chancelaram o manifesto contra o corte de gastos em áreas sociais e ratificaram as críticas dos movimentos contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O manifesto acusa o ministro de ceder à pressão do mercado financeiro e de lobistas, e dizem que ele se rendeu às mesmas pressões na época da aprovação do novo arcabouço fiscal.
Falando em nome do PT, partido que preside, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) assinou o manifesto, apesar de o corte de gastos estar sendo debatido pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gleisi vem se colocando como uma das principais críticas, dentro do PT, das ações do ministro Fernando Haddad, e defende a tese de que o mercado financeiro e a imprensa econômica não podem ditar as regras para o país, principalmente se as medidas vierem a prejudicar as classes mais pobres.
Além de assinar manifesto com críticas ao ministro da Fazenda, Gleisi Hoffmann também se envolveu em uma discussão via redes sociais com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A presidente do PT criticou artigo de Bolsonaro publicado na Folha de S.Paulo, e disse que ver o ex-presidente defender a democracia seria parecido com ler uma opinião de um assassino defendendo o direito à vida.
"Ele é o chefe de uma extrema direita que prega o ódio e pratica a violência contra qualquer opositor, até mesmo em seu campo. É repugnante essa tentativa de normalizar um extremista", disse a petista.
A resposta do ex-presidente Jair Bolsonaro na rede X foi sucinta, mas provocou uma enxurrada de comentários e compartilhamentos: "a amante está nervosa", afirmou.
Bolsonaro se referiu à deputada do PT com o apelido que foi imputado a ela na época da operação Lava Jato, quando veio a público uma lista de parlamentares supostamente ajudados pela Construtora Odebrecht, com os seus respectivos apelidos. "Amante" era como a Odebrecht chamava a hoje presidente do PT.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve atitude mais diplomática em relação ao manifesto que o criticou. Haddad disse que as divergências sobre o pacote de cortes de gastos "são naturais" e "fazem parte do processo democrático".
"É natural que haja o debate. Nós estamos muito seguros do que estamos fazendo. Controlar a inflação é parte do nosso trabalho. Manter a atividade econômica é parte do nosso trabalho. É um equilíbrio. É um equilíbrio entre variáveis importantes para todos os brasileiros. Manter a sustentabilidade da economia brasileira", finalizou o ministro.
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, fez uma série de postagens em sua conta na rede X (ex-Twitter) com fortes críticas à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de promover um novo aumento na taxa básica de juros. Na noite desta quarta-feira (6), o Copom decidiu por unanimidade aumentar em 0,5% a Selic, elevando os juros anuais de 10,75 para 11,75%.
Gleisi Hoffman tem sido uma das parlamentares governistas que de forma mais veemente tem criticado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por liderar a subida dos juros.
"Copom mantém a sabotagem à economia do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo", disse Gleisi em sua primeira postagem.
Em uma segunda postagem, a presidente do PT eleva ainda mais o tom nas críticas principalmente à nota divulgada pelo Comitê de Política Monetária para justificar a decisão de elevar novamente a taxa de juros.
"A nota do Copom para explicar a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado. Chega a projetar uma taxa Selic de 14,5% se não houver ´mudanças estruturais´ no orçamento. Uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, pra tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo", afirmou.
A deputada petista voltou no meio da tarde desta quinta (7) a falar no assunto com novas críticas ao Banco Central e também à rede X, que agregou à postagem anterior dela um comentário de um internauta que apresenta uma espécie de contexto da decisão do BC de elevar a Selic. Gleisi Hoffmann desaprovou a iniciativa da rede X de colar o comentário no tuíte. Segundo a plataforma, o X não define as notas de contexto e sim os usuários.
"Engraçado esse X, colocar na capa de meu twitter um comentário de usuário dizendo ser um esclarecimento, com conteúdo político. Qual é o critério da seleção? Eu sei quem são os diretores do BC, e vou continuar criticando a autoridade monetária toda vez que achar que estão errando na decisão. E aumentar 0,5 ponto na selic é desastroso para o nosso país", reclamou a deputada do PT do Paraná.
Depois da "bronca" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do seu próprio partido, o PT, em evento na semana passada no qual o líder petista criticou o resultado das eleições municipais e defendeu a necessidade de mudança na linguagem da sigla, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), disse que esses temas serão debatidos internamente no mês de dezembro.
O PT já havia programado a realização de um seminário para discutir a realidade política brasileira e os desafios que o partido tem enfrentado, e após a crítica feita por Lula, a comunicação dos petistas com a população deve se tornar um dos temas principais do encontro. Os resultados de primeiro e segundo turno nas eleições deste ano também devem entrar no cardápio principal dos assuntos a serem debatidos internamente pelo PT.
A depender das primeiras pesquisas divulgadas nos últimos dias sobre as disputas em segundo turno, que ainda movimentam 51 municípios acima de 200 mil eleitores, muitas críticas ainda devem surgir sobre o desempenho do PT nas principais cidades brasileiras. E números não faltarão para medir a situação do partido do presidente Lula, já que, segundo levantamento do Bahia Notícias, somente nas capitais nesta semana serão 108 sondagens de intenções de voto que serão divulgadas até o próximo domingo (20).
Algumas dessas pesquisas já saíram, e revelam que assim como no primeiro turno, o quadro de dificuldades continua sendo a realidade do PT nesta curta campanha de segundo turno. O partido está envolvido em quatro disputas nas capitais e tem candidatos em outras nove cidades acima de 200 mil eleitores.
Em Porto Alegre (RS), por exemplo, a sondagem do Paraná Pesquisas mostra um cenário difícil para uma das principais apostas do PT nessas eleições, a deputada federal Maria do Rosário, que faz parte da Executiva Nacional do partido e é a 2ª Secretária da Mesa Diretora da Câmara. Segundo a pesquisa, o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) lidera a disputa na capital gaúcha com 56,8% das intenções de voto, contra 33,6% de Maria do Rosário.
A situação para o PT também não está fácil em Natal, capital do Rio Grande do Norte. De acordo com pesquisa Futura Inteligência/100% Cidades divulgada nesta segunda (14), a candidata petista Natália Bonavides tem 36,5% de intenções de voto, bem atrás do deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), que lidera a disputa com 56,6%. Não se pode esquecer que o Rio Grande do Norte é governado pela petista Fátima Bezerra.
Em São Paulo, o PT não tem candidato mas apostou suas fichas na candidatura do deputado Guilherme Boulos, do Psol. O presidente Lula inclusive participará de eventos de campanha de Boulos para tentar ajudá-lo a crescer nas pesquisas, já que na última delas, da Real Time Big Data, o candidato do Psol aparece com 39%, bem abaixo do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que está com 53%.
Outro cenário complicado para o PT está na capital do Mato Grosso, Cuiabá. Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda (14) mostra o deputado federal Abílio Brunini (PL) na liderança com 52,4% das intenções de voto. Já o candidato do PT, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), aparece com 45,6%.
Ainda nas capitais, naquela em que o PT tem a sua maior chance de vencer, Fortaleza (CE), o cenário é de total equilíbrio e imprevisibilidade na disputa. Pesquisa do Instituto Real Time Big Data divulgada nesta terça (15) revela um cenário de empate entre os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), cada um com 50% dos votos válidos. A margem de erro dessa pesquisa é de três pontos, pra mais ou pra menos.
Já nas outras cidades acima de 200 mil eleitores que tiveram pesquisas divulgadas, os candidatos do PT também enfrentam dificuldades neste segundo turno. Em Anápolis, por exemplo, no estado de Goiás, Antônio Gomide, do PT, alcançou 32,2% na pesquisa do Instituto Gazeta divulgada nesta segunda (14). Seu adversário, Márcio Correa, do PL, tem larga margem de diferença na primeira posição, com 56,7%.
Outro candidato petista que está em segundo lugar nas pesquisas é o ex-tesoureiro do partido, Fillipi Junior, atual prefeito de Diadema (SP). Segundo pesquisa do Paraná Pesquisas desta segunda (14), Fillipi estaria com 43,4% das intenções de voto, contra 45,6% do primeiro colocado, o empresário Taka Yamauchi, do MDB.
A cidade baiana de Camaçari é outra que mostra o candidato do PT saindo em segundo lugar após o primeiro turno. De acordo com o levantamento realizado pelo instituto P&A, o candidato Flávio Matos (União Brasil) aparece com 50,8% das intenções de voto, contra 49,2% registrados pelo ex-prefeito Luiz Caetano (PT), o que configura um cenário apertado neste segundo turno.
As demais cidades em que o PT disputa o segundo turno - Caucaia (CE), Olinda (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Mauá (SP), Sumaré (SP) - ainda não tiveram pesquisas divulgadas. Até esta terça (15), nos quatro confrontos diretos entre PT e PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro está ganhando em duas cidades e há empate em Fortaleza. Pelotas, que tem Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL) disputando a prefeitura, ainda não teve pesquisa divulgada.
A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, esteve na Bahia participando das campanhas de Zé Neto (PT), em Feira de Santana, e Waldenor Pereira (PT), em Vitória da Conquista, durante esta terça-feira (1º). A parlamentar também irá para o município de Camaçari e Lauro de Freiras nesta quarta (2) para alavancar a candidatura de Luiz Caetano (PT) e Rosalvo (PT), respectivamente.
No primeiro dia de visita à Bahia, Gleisi explicou que presidente Lula não pôde estar presente nas campanhas devido à intensa agenda da Presidência. "Mas eu não poderia deixar de vir aqui e trazer um abraço grande e forte de toda a direção nacional do PT e também do presidente Lula. Ele gostaria de ter tido tempo, gostaria de ter se dedicado aí pelas campanhas, mas a agenda da presidência, vocês estão vendo que está muito pesada, muita coisa acontecendo no Brasil, muita coisa pra cuidar", disse.
Em Conquista e Feira, Gleisi convocou a militância para se mobilizar ainda mais na reta final da campanha e destacou que as articulações na formação das coligações, que contam com um grande número de partidos, também fortalece as chances de vitória.
“É uma alegria estar aqui, eu conheço o Waldenor, meu colega, meu companheiro de bancada da Câmara Federal. Aliás, o deputado, com muitas qualidades, de muita seriedade e competência, que a gente tem uma grande referência. Você vai fazer falta lá, viu? Você vai ficar aqui como bom prefeito a fazer falta lá, de verdade", disse Gleisi.
Sobre Zé Neto, Gleisi disse que também sentirá falta do deputado federal licenciado da Câmara, em Brasília, que acredita ser o próximo prefeito de Feira de Santana.
"Você fazer muita falta, mas lá a gente dá um jeito de te substituir, aqui você é insubstituível, aqui você tem que ser o prefeito. Então fico muito feliz de estar aqui. Saiba que você foi desde o início você uma candidatura prioritária nossa. A gente bolou fazer todas as coisas possíveis para estar com você, para te ajudar e apostamos muito nisso. E achamos que está na hora de Feira de Santana ser governada pelo PT e receber o tratamento adequado que merece, aproveitando a parceria com Lula e Jerônimo".
A deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, fez um mea culpa em relação ao apoio dela e do partido ao projeto aprovado no final de 2023 que regulamentou o funcionamento das empresas de apostas esportivas no Brasil, as chamadas "bets".
Diversos parlamentares, como a própria Gleisi, apresentaram propostas para mudar o texto chancelado por eles mesmos no ano passado. Isso ocorre em meio a denúncias envolvendo bets, o surgimento de dados mais robustos sobre impactos na vida cotidiana e embates de setores como o varejo e o de bancos.
Em declaração ao jornal Folha de S.Paulo, a deputada petista disse que é necessário que os parlamentares analisem novamente o tema das bets ainda neste ano. Segundo ela, é preciso fazer uma "avaliação crítica" do que ocorreu no país desde a aprovação do projeto.
"Subestimamos os efeitos nocivos e devastadores sobre o que isso causa à população brasileira. É como se a gente tivesse aberto as portas do inferno, não tínhamos noção do que isso poderia causar", disse a deputada.
Gleisi Hoffmann disse ainda à Folha que vai procurar o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para propor um esforço dos parlamentares até o final do ano com análise de projetos sobre o assunto. A deputada do PT cita principalmente a "ação muito ofensiva das casas de jogos" e o uso de publicidade extrema que estaria levando cada vez mais pessoas a jogarem e se endividarem.
"Precisamos fazer alguma coisa neste ano, temos que ter noção do que causamos, a nossa responsabilidade, e o que pode ser feito. Isso também é responsabilidade do Congresso", afirmou a presidente do PT.
Estudos recentes mostram que houve, de um ano pra cá, uma explosão de gastos das famílias com as apostas online e também outras modalidades, como o Jogo do Tigrinho. Foi o caso de levantamento apresentado nesta semana pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo a entidade, apostas online deixaram um total de 1,3 milhão de brasileiros inadimplentes no primeiro semestre deste ano.
O estudo revela ainda que entre junho de 2023 e junho de 2024, os consumidores gastaram cerca de R$ 68,2 bilhões em apostas, valor que representa 0,62% do PIB, 0,95% do consumo total e 22% da massa salarial. A CNC inclusive ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal alegando a inconstitucionalidade do projeto que regulamentou as apostas esportivas no Brasil.
Sobre o tema das bets, a deputada Gleisi Hoffmann protocolou projeto na Câmara, no dia 11 deste mês, que busca vedar ações de comunicação, de publicidade e de marketing das chamadas apostas de quota fixa. O PL 3518/2024 busca alterar o projeto das bets aprovado em dezembro de 2023 para impor restrições severas à propaganda das empresas de apostas, com a descrição inclusive das sanções a quem desrespeitar essa norma.
Para Gleisi Hoffmann, é preciso que o Congresso promova debates e estudos para avaliar como a população brasileira está sendo estimulada e incentivada a gastar cada vez mais com os sites de apostas e cassinos online.
"Precisamos proteger os consumidores, especialmente aqueles mais vulneráveis, dos potenciais riscos associados ao aumento da exposição às apostas e jogos de azar. Ademais, o projeto de lei busca alinhar as práticas de mercado com os princípios de responsabilidade social e proteção ao consumidor", justifica a deputada petista em sua proposta.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, fez crítica à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros. Na noite desta quarta-feira (18), o Copom decidiu, de forma unânime, elevar em 0,25% a Selic, de 10,5% para 10,75%. Este foi o primeiro aumento nos juros no governo Lula.
Segundo Ricardo Alban, a alta da Selic não apenas impõe custos desnecessários sobre a economia, como coloca o Brasil na contramão do que a maioria dos países, desenvolvidos ou em desenvolvimento, vem fazendo. O presidente da CNI também diz que a alta dos juros prejudica a criação de emprego e renda para a população.
“É emblemático que no mesmo dia em que os Estados Unidos decidem baixar a taxa básica após meses, o Brasil resolva o contrário, elevar a Selic. Torna a nossa diferença de juros reais ainda mais grave e cria condições desfavoráveis ao investimento no país. Até que ponto a especulação do mercado futuro de juros influencia as narrativas da expectativa de inflação futura?”, questionou Alban.
O dirigente da principal entidade do setor industrial afirmou ainda que esse aumento na taxa de juros “joga contra” a recuperação da indústria de transformação e do investimento, que começou a ganhar tração recentemente, após terem registrado queda em 2023.
“Por tudo isso, fica claro que subir a Selic foi uma decisão totalmente equivocada do BCB. Nesse contexto, é fundamental que o BCB retome os cortes na taxa de juros quanto antes. Apenas com um ambiente de menor custo de financiamento é que as empresas conseguirão viabilizar projetos de investimento essenciais para o aumento da produtividade e da capacidade produtiva, com ganhos para o crescimento da economia”, conclui Ricardo Alban.
Quem também fez comparações entre a decisão tomada pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, de cortar em 0,5% a taxa de juros de lá, e o aumento promovido pelo Copom no Brasil foi a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Para a deputada, que no Congresso Nacional é uma das principais críticas da atuação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, a medida prejudica a população e favorece os agentes do mercado financeiro.
“Além de prejudicar a economia, o aumento vai custar mais R$ 15 bilhões na dívida pública. Dinheiro que sai da educação, saúde, meio ambiente para os cofres da Faria Lima. Não temos inflação que justifique isso!”, disse a deputada petista.
Da parte do governo, nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deram ainda declarações públicas sobre o aumento da Selic. Quem comentou a decisão do BC foi o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Em conversa com o colunista Tales Faria, do site Uol, Alckmin disse ter considerado errada a decisão de ontem do BC, elevando a 10,75% ao ano a taxa Selic.
“Ter a segunda maior taxa de juros do mundo, não é um indicador justo para o Brasil”, declarou o vice-presidente.
No meio sindical, a elevação da Selic pelo Copom também foi recebida com críticas. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a medida boicota a economia e aprofunda a carga pesada de juros sobre governo e população. Já Força Sindical classificou a decisão de “prêmio aos especuladores”, além de penalizar os menos favorecidos economicamente e atrapalhar as campanhas salariais deste semestre.
Após o PT emitir nota reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro nas eleições para presidente da Venezuela e, inclusive, elogiar o povo venezuelano pelas eleições pacíficas, embora uma série de manifestações da população e da oposição já tenham sido realizadas desde que Maduro foi declarado vencedor, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou reportagem de O Globo, que acusou o PT de apoiar um golpe.
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Gleisi afirma que “quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal O Globo, jamais o PT”. A parlamentar contextualiza citando a parcialidade do jornal durante o período da ditadura militar e cita que “no quesito soberania nacional, o histórico de entreguismo e subserviência do Globo a interesses estrangeiros não credencia o jornal a atacar o PT e nossas resoluções internas”.
Quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal @JornalOGlobo, jamais o PT. Foi assim no golpe do parlamentarismo contra o presidente João Goulart em 1961. Foi assim em 1964 e ao longo de vinte anos de ditadura, incluindo o AI-5. Foi assim no…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 30, 2024
Em uma manhã de vitórias e derrotas para atletas brasileiros de diversas modalidades nos Jogos Olímpicos de Paris, o PT conseguiu atrair para si o foco das flechadas e pancadas em meio ao caos pós-eleições na Venezuela. Em uma nota divulgada na noite deste segunda-feira (29), a Executiva Nacional do PT afirmou que o processo eleitoral que reelegeu Nicolás Maduro no fim de semana foi uma “jornada pacífica, democrática e soberana”, e a posição petista vem causando uma enxurrada de críticas nas redes sociais.
Na nota, assinada pela presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o PT cumprimentou o povo venezuelano pela eleição de Maduro. O partido disse ainda ter certeza que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) “dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.
“Importante que o presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa”, afirma a nota assinada por Gleisi Hoffmann.
A postagem feita pela presidente petista, com a nota do partido, já recebeu nesta manhã mais de três mil comentários, a grande maioria com fortes críticas e xingamentos à deputada. O partido saiu na frente até mesmo do governo federal, que por meio do Itamaraty, não parabenizou Maduro pela vitória e defendeu que sejam divulgadas as informações das mesas de votação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não se pronunciou a respeito do resultado eleitoral na Venezuela. Na rede X, entretanto, o silêncio presidencial vem sendo visto como apoio a Maduro e tem avançado nos trending topics durante a manhã desta terça a hashtag #lulaapoiaditador, com quase 40 mil menções.
Confira abaixo algumas reações nas redes sociais a respeito da nota emitida pela Executiva Nacional do PT:
“Afirmaram que houve uma jornada pacífica democrática e soberana e chamaram um ditador de presidente. Este é o PT”.
Nikolas Ferreira (PL-MG)
“O PT soltou uma nota tratando a fraude de Nicolás Maduro como uma vitória. São defensores de ditadores, isso sim!”.
Kim Kataguiri (União-SP)
“Para surpresa de zero pessoas o PT apoia ditaduras sanguinárias e repressoras. Aguardando agora o grande amigo de maduro se manifestar … tem método.”
Senador Rogério Marinho (PL-RN)
“A vergonhosa nota de apoio do PT ao tirano de Caracas e à fraude eleitoral contra o povo da Venezuela confirma os piores receios de que o partido de Lula oferece riscos à democracia”.
Sérgio Moro (União-PR)
“Com o PT é assim: nada é tão ruim que não possa piorar. O PT aplaude a democracia do faz de conta na Venezuela”.
Deputada Rosangela Moro (União-PR)
“O PT lançou uma nota vergonhosa na noite desta segunda-feira parabenizando a Venezuela pela “reeleição de Maduro” em um “processo pacífico, democrático e soberano”. Parece piada, mas não é.”
Deltan Dallagnol, ex-deputado federal
“O PT, mais uma vez, se mostra comprometido com o erro e com a defesa de ditaduras. Em nota oficial elogia o processo eleitoral da Venezuela e considera Maduro democraticamente reeleito.”
João Amoedo, ex-candidato a presidente da República
“O PT sendo PT e provando não ter nenhum apreço pela democracia. Calam e apoiam a fraude eleitoral na Venezuela! Aqui no Brasil gritam e perseguem adversários políticos. Já ali na Venezuela, onde o GOLPE e a FRAUDE eleitoral são flagrantes, emitem nota de apoio ao ditador Maduro, pensando que o povo é idiota!”.
Deputado Delegado Zucco (PL-RS), que presidiu a CPI do MST e apresentou pedido de impeachment do presidente Lula
“Há um ano Lula dizia que Maduro era vítima de uma narrativa criada pela Direita. Hoje, o PT emite nota e diz que farsa eleitoral na Venezuela foi “democrática”. Está claro para quem quiser ver. Só se engana quem realmente quer. Eles não têm qualquer compromisso com a verdade, muito menos com a democracia.”
Deputado estadual Leandro de Jesus (PL-BA)
"Como um partido que se diz democrata como o PT, pode cometer a absurda leviandade de saudar a maior fraude e farsa eleitoral já cometida na America Latina e reverenciar o seu mentor o ditador Maduro ?”.
Roberto Freire, ex-presidente do Cidadania
“Não é possível que ainda tem gente acreditando que pt e lula defendem a democracia…”
Flavio Bolsonaro (PL-RJ)
“Infelizmente, a política foi tomada pela ambição pelo poder. O medo do destrono GRITA, fazendo com que valores sejam colocados de lado, valores esses responsáveis por colocar o PT como uma esperança de transformação e respeito à democracia. Serei criticado? Sempre! Ambos os lados me detestam mas o meu lado é o Brasil. E NÃO VENHAM ME APERREAR, obrigado!”
Gil do Vigor, ex-BBB
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), decidiu sair a campo para combater a atual onda de memes que têm o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como alvo. Depois de alguns dias de silêncio desde que as redes sociais foram inundadas com memes que buscam atrelar à imagem de Haddad a postura de criador de impostos e taxas, os dirigentes do PT decidiram se movimentar.
Segundo Gleisi Hoffmann, os “ataques” ao ministro da Fazenda não seriam memes, mas pura desinformação. A presidente do PT disse acreditar que o “sucesso” do terceiro mandato do presidente Lula estaria por trás das críticas ao ministro que comanda a economia do país.
“Os ataques mentirosos contra o ministro Haddad são mais uma prova de que a economia do país está melhorando, e isso deixa a oposição apavorada”, disse Gleisi.
“A arrecadação está crescendo por dois motivos: o aquecimento da atividade econômica e a ação firme da Fazenda contra as distorções no cálculo de impostos. Vamos em frente. Continuaremos incomodando essa gente que torce contra o Brasil”, completou a presidente do PT.
Apesar da crítica da presidente do PT aos inimigos do governo, as postagens que estão viralizando nas redes sociais, segundo empresas de monitoramento da internet, estão sendo multiplicadas por perfis tanto de direita quanto de esquerda.
Já o alvo dos memes, o ministro Fernando Haddad, tem reagido com indiferença às postagens nas redes sociais. Em conversas com aliados, o ministro afirmou que está focado no trabalho para que o projeto político do governo Lula seja bem-sucedido.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República também não se pronunciou sobre a onda de memes. As postagens que ganharam força nos últimos dias, mostram principalmente paródias de superproduções cinematográficas que se utilizam o rosto do ministro, e que impulsionam apelidos como “Taxad”.
Diversos outros trocadilhos aparecem nos memes para criticar Fernando Haddad, tais como “Zé do Taxão”, “MadTax’, “Rombocop”, “Taxman”, entre outros. As muitas brincadeiras se repetem em diversos tipos de postagem, replicadas em inúmeros compartilhamentos e envios de mensagens.
A iniciativa para carimbar a imagem do comandante da equipe econômica como alguém que só quer saber de cobrar mais impostos e taxas do contribuinte levou a brincadeira até mesmo a Nova York. Um meme que se utilizou de foto do ministro em imagem manipulada de cartaz de filme foi reproduzido em telão da Times Square, um dos pontos mais famosos da cidade de Nova York.
O meme, que afirma ser Haddad o “Taxa Humana” – em uma paródia do filme Tocha Humana – foi divulgado pelo estudante brasileiro Hugo Montan, de 19 anos. Em conversa com o site Poder360, o jovem disse ter agido sozinho, que desembolsou US$ 45 para publicar o meme no telão, e que chegou a temer por represálias após a repercussão da sua ação.
O ato político e cultural em defesa da democracia, realizado no Dia Nacional de Mobilização, neste sábado (23), Pelourinho, contou com líderes políticos, como a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann; o presidente do PT Bahia, Éden Valadares; parlamentares petistas, secretários de Estado, movimentos sociais e de outros partidos políticos. A mobilização foi promovida para reafirmar a proteção à democracia e pedir a não anistia aos responsáveis pelas tentativas de golpe no Brasil em janeiro de 2023, após a eleição do presidente Lula, além de relembrar os 60 anos da ditadura militar no país.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu que a democracia brasileira deva ser preservada continuamente e destacou que é preciso estar atento para que não ocorram novas tentativas de golpe. "E para a gente relembrar o que foi 64 para a gente nunca mais ter ditadura no Brasil. Acho que a luta pela democracia é essencial no nosso campo, sem democracia a gente não tem conquistas, a gente não tem espaço para luta, para a fala. Então relembrar que nós tivemos em um passado recente, de 40 anos na ditadura, foi ruim para o Brasil do ponto de vista da democracia, é importante. E também para relembrar os atos recentes, porque a nossa democracia foi atacada. O governo de Bolsonaro foi um governo que atacou o tempo inteiro a democracia, e quando o presidente Lula se elegeu, que ele não queria isso, não pretendiam isso, criaram uma ofensiva", disse Gleisi, ao se referir à tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e criticar duramente os pedidos de anistia aos responsáveis.
Sobre os pedidos de anistia, o deputado federal pelo PT, Valmir Assunção, destacou que os ataques às sedes dos três poderes foram planejados. "Acredito que quem participou, quem foi identificado, quem dirigiu, quem participou indiretamente, quem financiou, essas pessoas estão sendo julgadas, estão sendo condenadas. Não cabe à Câmara Federal fazer um projeto de anistia para essas pessoas, não cabe porque vai dar um mal exemplo para a sociedade. Ou seja, se isso acontecer, dar anistia significa que qualquer cidadão pode cometer qualquer crime, em qualquer momento, que o parlamento brasileiro vai dar anistia? Não pode isso. É uma regra do jogo estabelecido, ter a Constituição Federal estabelecida, nós não podemos abrir mão".
O parlamentar petista ressaltou que a retomada de fazer atos unificados é fundamental para a democracia. "Porque em uma democracia você precisa de um governo que seja democrático, como nós temos com o presidente Lula e o governador Jerônimo, mas também é preciso que os movimentos sociais, populares e sindicais sejam fortes, e quando unifica um ato desse com diversos, isso fortalece também os movimentos. Ou seja, fortalece a democracia. Agora nós temos que entender que democracia significa o povo ter direito a trabalho, ao salário, à educação, à saúde, a oportunidades. E isso nós temos construído todos os dias, e o governo Lula está fazendo um esforço muito grande para isso, mas é preciso do povo nas ruas para concretizar isso", disse Valmir.
Estiveram presentes no ato em Salvador mais de 40 movimentos sociais, como o de mulheres, negro, LGBTQIA+, de moradia, de terra, representações sindicais e associações. A prefeita de Lauro Freitas, Moema Gramacho, falou sobre a união dos partidos, da militância, dos movimentos e da sociedade civil para fortalecer a democracia. “É essa resistência que nos fez sobreviver à ditadura, que nos fez sobreviver a todos os golpes, é essa resistência que vai nos fazer não arredar um milímetro de exigir a punição dos responsáveis pelos golpes, inclusive por esse último golpe. E, portanto, companheiros e companheiras, nós temos que estar juntos contra toda e qualquer forma de genocídio, de opressão, de tentativa de acabar com a democracia”, disse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sondado a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, para assumir o Ministério da Justiça.
De acordo com informações do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, publicadas nesta quinta-feira (21), a conversa entre os dois foi em novembro, antes de Lula indicar Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme divulgado, Gleisi teria dito a Lula que "não se via nesse papel, e disse acreditar que tem uma missão a cumprir no PT". Missão dada pelo próprio Lula, inclusive.
A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, em postagem nas suas redes no feriado de 15/11, fez duras críticas aos jornais O Globo e Estado de S.Paulo, assim como à imprensa em geral, por conta de editoriais sobre declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da postura de Israel no conflito com o Hamas. Gleisi chamou os jornais de “arrogantes” e “mesquinhos”, e acusou a imprensa de querer “censurar” as declarações do presidente sobre o conflito no Oriente Médio.
“É impressionante a arrogância dos editoriais do Globo e Estadão de hoje. Querem censurar o presidente Lula, determinar as palavras que ele pode ou não pode dizer sobre o massacre da população civil em Gaza. A mesma censura que nos impõem sobre manifestações em solidariedade aos palestinos ao redor do mundo. Precisamos recorrer à mídia estrangeira para saber das marchas de centenas de milhares na Europa e até nos EUA, porque os donos da nossa imprensa não admitem que há dois lados nessa guerra, não apenas o que eles apoiam”, disse a presidente do PT.
Os editoriais que irritaram a presidente do PT foram publicados nas edições de O Globo e do “Estadão” nesta quarta (15). O jornal do Rio de Janeiro declarou que o presidente Lula deveria ter mais equilíbrio ao tratar do conflito entre Israel e o Hamas, e que ele teria feito um “paralelo descabido” entre a situação de ambos.
“Lula tem o direito de ir receber brasileiros e palestinos que nada têm a ver com a guerra. Mas, de um líder, exige-se mais comedimento nas palavras – e, sobretudo, mais equilíbrio em um conflito que mobiliza tanta dor e paixão”, afirma o editorial de O Globo.
O “Estadão” pesa ainda mais a mão nas críticas. Com o título “Lula e a má-fé da esquerda”, o jornal Estado de S.Paulo diz que Lula, ao chamar de “terrorista” a reação israelense ao massacre promovido pelo Hamas, teria distorcido o cenário de guerra e confirmado o “ranço ideológico da esquerda primitiva”.
O jornal de São Paulo afirma também que desde os tempos de sindicalista, Lula construiu sua mitologia reduzindo tudo a uma luta entre patrão e trabalhador, ou opressor e oprimido, considerando ainda que todos os oprimidos seriam moralmente superiores.
“O oprimido da vez é o Hamas, em cuja defesa Lula se empenha com denodo, desprezando cruelmente a dor dos judeus massacrados em Israel – país que, afinal, para muitos esquerdistas, nem deveria existir”, conclui o “Estadão”.
Para a deputada Gleisi Hoffmann, os jornais estariam se aferrando a uma “discussão bizantina” sobre o emprego da palavra terrorismo. Segundo a presidente do PT, por trás das críticas da imprensa a Lula estaria uma sanção à retaliação “bárbara e desproporcional” do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel.
“Primitivo é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. Desequilíbrio é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. Descabido é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas. Lula elevou o Brasil a um protagonismo inédito na diplomacia internacional, até por expor corajosamente os limites do sistema unipolar em que vivemos. É isso que incomoda tanto os donos mesquinhos da nossa imprensa”, concluiu a deputada petista.
Único jornal que ainda não havia criticado as falas de Lula sobre Israel (e não foi alvo, ainda, da fúria da presidente do PT), a Folha de S.Paulo publicou nesta quinta (16) um editorial na mesma linha de O Globo e o “Estadão”. Com o título “Falsa equivalência”, a Folha é categórica ao afirmar que o presidente brasileiro agrediu Israel e mortos ao comparar a ação do Estado judeu, “passível de críticas”, ao Hamas.
Para o jornal paulista, ao “abrir a boca” sobre o conflito, Lula, “como de costume”, teria pronunciando mistificações e impropriedades, incompatíveis com o cargo que ocupa.
“O petista encontrou tempo posteriormente até para passar vergonha científica, associando o uso de bombas à mudança climática. A falsa equivalência de Lula, que agora pode prejudicar novas repatriações, não se sustenta. Em nome de sua vaidosa busca por destaque global e exalando o DNA do PT, ele agrediu não só Israel, mas a memória dos 1200 mortos e 240 reféns vítimas do Hamas”, afirma o editorial da Folha de S.Paulo.
Até o final da manhã desta quinta, a presidente nacional do PT ainda não havia se pronunciado a respeito do editorial da Folha. Em uma postagem na rede X nesta manhã, Gleisi voltou a criticar o “Estadão”, mas desta vez sobre o caso da visita da chamada “Dama do Tráfico” do Amazonas aos ministérios da Justiça e de Direitos Humanos.
A deputada petista disse que na cobertura deste caso, o jornal estaria fazendo o jogo da “escória bolsonarista” para desgastar o governo Lula, e novamente criticou o tipo de jornalismo praticado pelo Estado de S.Paulo.
“Uma pergunta fica no ar: por que o Estadão logo de cara não deu que a indicação das pessoas é de responsabilidade estadual? O objetivo era criar um auê contra o governo alimentando o bolsonarismo? Acho que o jornal ainda tá preso naquele editorial vergonhoso da escolha difícil e usa métodos sórdidos, como expôr salários de funcionários como se fosse crime ganhar salário do governo. Ultrapassado e enviesado esse jornalismo, hein?!”, afirmou Gleisi.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi internada nesta quinta-feira (29), no Hospital DF Star, em Brasília, com obstrução coronária. O problema foi detectado durante um check-up.
Gleisi não apresentou sintoma algum, apesar de a obstrução ser grande: 90%. Os médicos, de acordo com O Globo, decidiram deixá-la em observação durante a noite e hoje optaram pela cirurgia de revascularização do miocárdio, a chamada ponte de safena e implante de mamária, que desviam sangue da aorta para as artérias coronárias.
Gleisi ficará internada ao menos por uma semana. Mais cedo, ela confirmou, em postagem na rede social X (antigo Twitter), que será submetida a um procedimento cirúrgico e afirmou que "está tudo certo".
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), internada em hospital de Brasília por causa de uma obstrução coronária nesta sexta-feira (29), passará por um procedimento cirúrgico, após exames. A informação foi divulgada por Gleisi por meio de suas redes sociais. Em sua conta oficial no X (antigo Twitter), a deputada tranquilizou apoiadores e afirmou que "está tudo certo".
"Vou passar por um procedimento cirúrgico, resultado de exames que fiz ontem, mas está tudo certo, estou bem e sendo cuidada. Nesse momento, quero agradecer todo o carinho que tenho recebido da militância, companheiros e companheiras que querem notícias, e vamos repassar, e que estão torcendo por mim", escreveu Gleisi.
As artérias coronárias são os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração. O tratamento pode ocorrer por forma medicamentosa ou cirúrgica, dependendo da avaliação médica.
O G1 entrou em contato com a assessoria do PT, que informou que mais informações sobre o quadro de saúde da presidente do partido devem ser divulgadas até o fim do dia.
Foto: Reprodução/Twitter
A presidente do PT, deputada Glesi Hoffmann, foi internada nesta quinta-feira (28) em Brasília para investigar uma obstrução coronária.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a parlamentar descobriu o problema ao realizar exames de rotina. O problema foi detectado com exames mais completos do sistema circulatório.
Ainda conforme divulgado, os médicos decidiram realizar mais exames para entender a extensão do problema e possíveis tratamentos, inclusive o cirúrgico.
Gleisi está internada no hospital DF Star e passa bem, sem sintomas, segundo pessoas que conversaram com a petista.
O Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA) promoveu na sexta-feira (25), o Encontro Territorial de Salvador e validou em conjunto com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o nome do deputado estadual Robinson Almeida (PT) como pré-candidato à prefeitura de Salvador. Estiveram presentes no encontro dirigentes estaduais e municipais, a deputada Neusa Cadore, o deputado federal Zé Neto, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, os vereadores Thiago Ferreira, Arnando Lessa, Marta Rodrigues e Suíca.
No encontro, Robinson Almeida falou sobre o orgulho de ter sido escolhido para representar o PT na eleição para prefeito. “Fui me convencendo de que se um de nós não se habilitasse para dizer que essa é uma tarefa coletiva talvez a gente não tivesse esse momento agora de apresentar uma candidatura própria, e eu aceitei o desafio e com muito orgulho e alegria porque para mim não muda nada na minha forma de agir politicamente. Estou deputado estadual, já fui deputado federal, já fui secretário de estado, mas eu me acho mesmo é um militante. Socialista de base. É isso que tenho a oferecer, não tenho mais nada a oferecer senão a companhia de alguém que compartilha da mesma visão de mundo de vocês, de alguém que vai vocalizar e que vai representar um novo projeto de cidade”, disse.
A presidente nacional do PT parabenizou o partido pela iniciativa. “É importante a gente ter essa unidade na Federação, a unidade dos partidos do nosso campo democrático, progressista, popular porque sozinho ninguém chega a lugar nenhum. Então a gente tem que ter sandália da humildade para conversar e construir. Tenho certeza que o partido aqui está preparado para isso. Tenho certeza também que vocês vão conversar com nosso governador Jerônimo, isso vai dar resultado positivo. Está na hora do PT, desse campo nosso governar Salvador. A gente já mostra para a Bahia como se governa com os nossos programas, com os nossos projetos. Então fico muito feliz de estar aqui nesse momento em que o PT de Salvador e o PT baiano lançam essa pré-candidatura para a gente construir”, ressaltou.
Já o presidente do PT Bahia, Éden Valadares, reiterou a importância de um projeto alternativo e que priorize as pessoas. “Nós estamos em uma cidade que está cansada de obra de fachada cansada de meio fio. É muito paralelepípedo, é muita tinta e pouca gente. Salvador não cuida nem dos seus nem dos que o visitam, Salvador não cuida dos que moram aqui, nem daquele que querem nos visitar precisamos recolocar o ser humano no centro da cidade, precisamos falar de milhares de soteropolitanos que são reféns do seu território por não ter nem dinheiro para se locomover porque a cidade não é feita para quem quer andar. Só é feita para asfalto e pneu. Então temos que colocar o que o Lula faz que é cuidar de gente na centralidade em salvador, colocar o que Jerônimo, o que Rui, o que Wagner fizeram: colocar gente em primeiro plano. Não é o milhão, não é o bilhão, é mudar a vida das pessoas para melhor. E nos historicamente com a decisão tomada pelo PT de Salvador, pela validação nossa do Diretório Estadual e da companheira Gleisi Hoffmann estamos apresentando o que a gente tem de melhor como pré-candidato do PT de Salvador, o companheiro Robinson Almeida”.
A presidente do PT Salvador, Cema Mosil, reforçou a importância do encontro, sobretudo com a representação na mesa de Gleisi Hoffmann. “Ela veio aqui para saber um pouco como estamos pensando para sentir um pouco do nosso termômetro, da temperatura que está já cidade de Salvador em relação ao PT. Por consenso e unanimidade nós definimos a importância da candidatura própria para Salvador e nós pensamos cada vez mais em aproximar o programa do presidente Lula, o programa do governador Jerônimo em uma conexão muito forte com a cidade, porque estes programas trazem as políticas públicas que faltam à população de Salvador”, afirmou.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, revelou, em entrevista ao Bahia Notícias, que havia uma descrença quanto à viabilidade das federações partidárias, procedimento adotado, pela primeira vez, nas eleições de 2022.
Diferentemente das alianças partidárias, que têm caráter temporário, na federação dois ou mais partidos se unem como se fossem um partido único e essa união tem a prerrogativa de durar até o fim do mandato dos candidatos eleitos nessa composição.
“A federação foi um desafio, poucos acreditavam que nós íamos conseguir avançar. E ela foi muito importante para 2022 porque ela foi o núcleo dos partidos que deram condições para gente fazer uma aliança mais ampla. E nós queremos reproduzir isso nas eleições municipais”, explicou. Nesta sexta-feira, Gleisi Hoffmann se reuniu com os presidentes dos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV), em Salvador.
De acordo com a dirigente, no dia 11 de setembro o PT irá realizar uma reunião na direção nacional da federação, com o objetivo de fazer alguns ajustes no estatuto de forma a adequar o documento para a disputa municipal, estadual e nacional.
“Agora, a gente irá fazer essas adequações. Então, a partir do dia 11 nós já vamos fazer uma orientação a todo o partido e a todos os partidos da federação, em âmbito nacional, para gente começar a constituir as comissões provisórias municipais”, adiantou.
Nacionalmente, o PT faz parte da federação com PSOL e Rede e tem alianças com outros partidos, como o PSB e PDT.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que a legenda está discutindo a possibilidade de lançar candidatura própria nas principais capitais do País e que, em Salvador, será ampliado o diálogo com os partidos da base, e também os da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), visando “retomar o protagonismo para governar essa cidade”.
Nesta sexta-feira (25), o nome do deputado estadual Robinson Almeida (PT) foi lançado como pré-candidato ao pleito municipal de 2023, após decisão consensual dos membros dos Diretórios Municipal e Estadual do partido.
“Eu acho a indicação de Robinson Almeida muito importante. Agora, claro, nós vamos conversar com as outras forças políticas, tanto da federação, como dos partidos que fazem parte da base de apoio do governo estadual, e também os que compuseram a aliança nacional, e tenho certeza que a gente vai fazer uma belíssima campanha aqui em Salvador. Vamos retomar o protagonismo e vamos governar essa cidade”, afirmou Gleisi Hoffman, que participou, na capital baiana, do Encontro Territorial do PT realizado nesta sexta-feira (25).
Sobre as eleições em outros estados, Hoffmann adiantou que a estratégia do partido é avaliar as capitais que têm mais viabilidade. “Aonde nós pudermos ter condições de formar aliança, nós vamos fazer. Temos uma aliança que nós fizemos em nível nacional com um núcleo de partidos que foi muito importante para gente fazer a frente ampla. Além da federação com o PCdoB e PV, nós temos a federação com o PSOL e a Rede. Ainda temos o PSB e, agora, o PDT que se une também a nós nessa caminhada. Então, nós queremos priorizar esse conjunto de partidos, sem detrimento dos outros partidos que compõem a base dos nossos governos. Mas, nós achamos que essa política com os partidos da base fortalece a centro-esquerda e é importante para nós”, explicou.
A presidente ainda frisou que a estratégia do partido tem anuência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele estará junto conosco nessa caminhada. Ele não irá se furtar, não. Ele tem estimulado muito para que a gente faça essa política de alianças e a gente possa progredir”, reiterou.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que a nomeação do ex-governador da Bahia, Rui Costa, como ministro da Casa Civil foi uma “sensibilidade muito grande do presidente Lula ao fazer uma composição com uma representação tão importante do nordeste brasileiro”.
De acordo com a dirigente, “os nossos políticos, os políticos do PT, têm que ter muito destaque porque o Lula ganhou na Bahia, ganhou no nordeste”, afirmou. O papel da Casa Civil, ministério central do governo, é de coordenar a integração entre os ministérios da Esplanada, ações do governo federal, além de ajudar na articulação política junto ao Congresso Nacional.
Gleisi Hoffmann participa, na noite desta sexta-feira (25), do Encontro Territorial do PT Bahia no Grande Hotel da Barra, em Salvador. Ao longo do dia, a parlamentar cumpriu uma extensa agenda com os presidentes da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) onde foram discutidos os desafios que se impõem ao instituto, que marchou unido nas eleições de 2022.
Os presidentes da Federação Brasil da Esperança - PT, PCdoB e PV - se reuniram nesta sexta-feira (25) para debater com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, os desafios que se impõem ao instituto. Estiveram presentes os presidentes do PT, Éden Valadares, do PCdoB, Davidson Magalhães, e do PV, Ivanilson Gomes, além do pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Robinson Almeida, do deputado Euclides Fernandes, da deputada e pré-candidata a prefeita de Salvador, Olívia Santana, e do suplente do senador Otto Alencar, Terence Lessa.
Na reunião, Gleisi afirmou que a Federação foi muito importante para união dos partidos na eleição de 2022. “Ela, na realidade, foi o ponto focal para a gente expandir uma aliança em torno do presidente Lula. Aqui vocês já tinham uma aliança, mas do ponto de vista nacional foi muito importante, que aí nos fizemos a Federação PSOL, Rede, veio o PSB, o Solidariedade, vieram outros partidos. Então eu queria saudar isso porque não é fácil. Um partido só não é fácil, imagine três. Mas acho que a gente teve muita sintonia, trabalhou quase tudo por consenso”, disse Gleisi ao afirmar que o atual desafio é reproduzir esse modelo nos municípios, fazendo as adequações necessárias.
Na Bahia, o presidente do PT reforçou que o clima entre as legendas que compõem a Federação é de muita cumplicidade. “Um clima muito bom, conseguindo dar um ritmo de reunir os deputados da federação, os federais conversam muito. É quase um terço da Assembleia só da nossa Federação”, afirmou Éden, reforçando a necessidade de ampliar a representação institucional nos municípios. ”Não estabelecemos meta de número, mas esperamos que a Federação possa protagonizar eleições na Bahia”, acrescentou.
O pré-candidato do PT e líder da Federação na Alba, Robinson Almeida, disse que a expectativa é ter mais agilidade para organizar e tornar o instituto mais acessível a todos do ponto de vista do funcionamento. “O PT fez agora uma rodada em todos os Territórios de Identidade do estado, e em boa parte desses encontros os petistas iam procurar a gente para saber como cuidar da federação local. Então creio que há uma vontade, uma necessidade de disparar essa coisa organizativa da Federação nos municípios para tratar os problemas políticos. E que a gente pudesse fazer um mutirão para que esse processo político seja tratado com antecedência”.
O presidente do PV afirmou que a reunião do Diretório Nacional da Federação, marcada para 11 de setembro, será importante para definir mais diretrizes e destacou a possibilidade da pequena reforma eleitoral beneficiar os processos organizativos para o pleito de 2024. “Isso aí vai nos dar inclusive, quando muitas lideranças ficarem sabendo disso, vão querer vir para a Federação porque nos coloca numa situação de vantagem. Nós do PV temos uma relação muito boa com Éden, com Davidson, e estamos aguardando uma conversa com o governador para construir as nossas candidaturas”, destacou.
Presidente do PcdoB, Davidson Magalhaes entende que o maior desafio da Federação é o debate político de hegemonia na sociedade brasileira. “Essa Federação poderia ser o embrião de articulação política desse campo progressista. Então nós precisamos ver a Federação pela mesma a expectativa de experiência de outros países para fazer essa disputa no campo da sociedade brasileira. A Federação é um instrumento importante, nós precisamos da organicidade, entender a Federação como a articulação de um campo político para disputar a hegemonia na sociedade”, disse Davidson.
O Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA) realiza, nesta sexta-feira (25), no Grande Hotel da Barra, às 17 horas, o último Encontro Territorial em Salvador, com o objetivo de aprofundar o diálogo sobre as eleições municipais no maior colégio eleitoral do estado e discutir e apontar soluções para os problemas da capital baiana. A reunião marca o encerramento dos encontros realizados em todos os Territórios de Identidade do estado e contará com as presenças da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e dos dirigentes do PT Bahia e em Salvador, Éden Valadares e Cema Mosil, respectivamente, assim como de deputados, vereadores e lideranças políticas.
“Com a nossa bancada, com a nossa militância, nossos dirigentes estaduais, vamos conversar sobre o PT, sobre esse momento, sobre o governo do presidente Lula e os nossos desafios”, disse Gleisi Hoffmann sobre o encontro, onde também serão discutidas estratégias para 2024. Com a pré-candidatura em Salvador ainda indefinida, apesar de quadros já terem se colocado à disposição, o partido vai reafirmar durante o encontro a defesa da unidade do grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues.
“Nosso objetivo é chegar o mais unido possível já no primeiro turno das eleições”, disse Éden Valadares, ao enfatizar: "Com a liderança do nosso governador, vamos dialogar com a Federação e com os partidos aliados em busca de um consenso sobre a candidatura mais competitiva para defendermos um projeto de cidade alternativo ao que aí está”.
Éden disse ainda que a sigla está comprometida em apresentar propostas para promover as transformações que Salvador precisa. “O PT enquanto partido que historicamente defendeu e lutou pelos direitos e melhorias da qualidade de vida do povo tem muito a contribuir para construção de um projeto de uma cidade mais inclusiva e menos desigual. O grupo de Bruno Reis administra a cidade há mais de dez anos e não tem uma gestão voltada para combater as desigualdades. O resultado desse tipo gestão é que Salvador é a terceira cidade do país em número de extremamente pobres, e nós estamos desafiados a trabalhar para transformar essa realidade", afirmou.
Presidente do PT Salvador, Cema Mosil acrescentou que o Encontro Territorial de Salvador será um momento oportuno para fortalecer a política ideológica do PT e construir a tática eleitoral coletivamente. “Ainda mais na cidade de Salvador em que precisamos do aprofundamento do diálogo e das estratégias do PT para 2024. Salvador é gerida por uma oposição que não trata a qualidade de vida das pessoas como prioridade. Temos sérios problemas na educação, na saúde, na mobilidade, na questão da moradia”, afirmou Cema.
O deputado Charles Fernandes (PSD-BA) foi o responsável por evitar que uma briga entre bolsonaristas e petistas descambasse para as vias de fato na sessão plenária da Câmara na noite desta segunda-feira (3). O deputado presidia a sessão quando seu colega Abílio Brunini (PL-MT) pediu a palavra para contrapor um discurso do petista Lindbergh Farias, no qual disse que Jair Bolsonaro será preso. Brunini fez ataques a Lindbergh, chamado de "Lindinho", e à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a quem ele se referiu como "amante".
Em defesa da deputada Gleisi, sua namorada, Lindbergh subiu o tom e chamou Brunini de "desqualificado". Nessa hora Charles Fernandes cortou o microfone do Plenário e pediu calma aos deputados, lembrando que cada um precisava respeitar o direito do outro a se expressar. Com microfones cortados, a briga acabou por se dissipar rapidamente.
Charles Fernandes evita briga entre Lindbergh e bolsonarista no Plenário da Câmara: https://t.co/tcURKETrjP pic.twitter.com/BQllK3DU2B
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 4, 2023
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.