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Artigos

Marcio Luis Ferreira Nascimento
O Segredo no Fim do Túnel Quântico
Foto: Acervo pessoal

O Segredo no Fim do Túnel Quântico

Um dos objetivos da ciência é avançar em direção ao desconhecido, trazendo benefícios à humanidade. Não à toa vivemos um mundo de informação digital como nunca antes visto, em boa parte devido ao conhecimento por meio da mecânica quântica, a física que descreve o comportamento de partículas muitíssimo pequenas, de dimensões atômicas.

Multimídia

João Roma relembra retomada de diálogo com ACM Neto: “Foi um momento difícil, mas tivemos uma boa conversa”

João Roma relembra retomada de diálogo com ACM Neto: “Foi um momento difícil, mas tivemos uma boa conversa”
O presidente do PL na Bahia, João Roma, relembrou, durante participação no Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias, a retomada do diálogo com o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), que completará um ano em dezembro.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

eleicoes 2026

Filiado ao PSD, deputado Cafu Barreto encaminha apoio a ACM Neto nas eleições 2026
Foto: AL-BA

Após o Nelson Leal anunciar saída da base do governo Jerônimo Rodrigues, outro deputado estadual deve estar de malas prontas para migrar para oposição no estado. O deputado Cafu Barreto deve prestar apoio a candidatura do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, ao governo da Bahia no próximo ano. 

 

Segundo informações apurados pela reportagem com interlocutores da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a nova aliança teria sido firmada, após uma reunião entre Neto e Cafu, no final da manhã desta sexta. O parlamentar é considerado estratégico devido a localização da base eleitoral dele, nas imediações de Irecê, onde Cafu foi prefeito de Ibititá e mantém vínculos fortes.

 

A confirmação do apoio deve ser anunciada pelos dois ainda nesta sexta. Algumas pendências para confirmar o apoio ainda estariam sendo debatidas para o "fechamento" da parceria para o pleito futuro. 

Moraes agenda visita de Tarcísio a Bolsonaro em 10 de dezembro e apoio à candidatura pode sair nesta data
Foto: Reprodução Redes Sociais

Apesar de a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação de uma visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, “na data mais breve possível”, o ministro Alexandre de Moraes programou o encontro apenas para o dia 10 de dezembro. Nesta quinta-feira (13), o ministro divulgou uma extensa lista de visitas a Bolsonaro, e o nome do governador foi parar no fim da fila. 

 

A nova lista de visitantes se inicia a partir do momento em que se finaliza a lista anterior, que tem o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) como último beneficiado com a liberação de acesso ao ex-presidente. Nikolas passou quase três meses meses aguardando o atendimento do seu pedido para visitar Jair Bolsonaro.

 

Melhor sorte na fila de novos visitantes teve o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O governador, que viu sua aprovação dar um salto após a operação policial que resultou na morte de 117 supostos criminosos e quatro policiais, recebeu a autorização para visitar Bolsonaro no dia 26 de novembro.

 

O deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de lei do governo federal que busca endurecer as penas para bandidos pertencentes a facções criminosas, vai poder se encontrar com Bolsonaro no dia 1º de dezembro. Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi autorizado a a visitar o ex-presidente no dia 9 de dezembro, um dia antes de Tarcísio. 

 

A última visita autorizada por Alexandre de Moraes foi a do deputado federal Sanderson (PL-RS), que poderá ir ao encontro de Jair Bolsonaro no dia 11 de dezembro. Em Brasília, especula-se no meio político que após essa data poderia vir a ser expedido o mandado de prisão do ex-presidente pelo STF.

 

No pedido feito por Tarcísio de Freitas a Alexandre de Moraes, afirmou-se haver a “necessidade de diálogo direto com o presidente”, referindo-se a Bolsonaro, o que justificaria a visita “na data mais breve possível”. Há a possibilidade de Bolsonaro definir, nesse encontro, se anunciará um eventual apoio a uma candidatura do governador de São Paulo à presidência da República em 2026. 

 

Segundo matéria do site Metropoles, interlocutores de Tarcísio de Freitas afirmam que ele impôs uma condição para disputar a presidência da República no ano que vem: ter o aval não só de Jair Bolsonaro como o da família do ex-presidente.

 

A matéria cita que fontes próximas ao governador disseram que ele será candidato ao Palácio do Planalto “caso essa seja a vontade” do ex-presidente, mas teria ponderado também ser inviável concorrer sob fogo cruzado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

 

Na semana passada, Eduardo Bolsonaro voltou à carga contra Tarcísio, chamando-o de “candidato do sistema” e afirmando que o pai foi “sequestrado” politicamente. 

 

Em entrevista nesta quinta (13) ao programa "Pingos nos Is", da Jovem Pan, Eduardo Bolsonaro, evitou comentar sobre a candidatura de Tarcísio de Freitas à presidência em 2026. "Prefiro me esquivar dessa pergunta e esperar a água passar embaixo da ponte, as coisas se fixarem, para eu poder colocar o meu posicionamento, mas eu diria que haveria outro candidato", disse Bolsonaro.

Genial/Quaest: aumentou de 51% para 53% percentual de pessoas que dizem que não votariam para reeleger Lula
Foto: Cadu Gomes/VPR

Cresceu de outubro para agora, em novembro, a rejeição ao nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à reeleição, enquanto por outro lado, foi reduzida ou permaneceu estável a porcentagem de pessoas que dizem não votar nos principais adversários do petista. Esses são alguns dos resultados apresentados pela nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (13). 

 

A Genial/Quaest apresentou a seus entrevistados uma lista de eventuais candidatos a presidente em 2026, e perguntou a eles em quem votariam e em quem não votariam. O presidente Lula, por exemplo, teve 45% de pessoas que disseram que votariam nele, mas um total de 53% que afirmaram que não votariam.

 

A rejeição ao nome do presidente aumentou em relação à pesquisa de outubro. Naquele levantamento, Lula teve 47% de indicação de voto e 51% de entrevistados que se negavam a indicá-lo como seu candidato. 

 

O segundo colocado em percentual de apoio como candidato foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de estar inelegível para 2026. Bolsonaro teve 36% de indicações de voto, contra 60% que dizem que não votariam nele para presidente. 

 

Os números do ex-presidente melhoraram em relação à pesquisa passada. O apoio à sua eleição passou de 34% para 36%, enquanto a rejeição ao seu nome caiu de 63% para 60%. 

 

Confira abaixo os presidenciáveis e o percentual de pessoas que dizem que votariam neles caso fossem candidatos:

 

Lula - 45% (era 47% em outubro)
Jair Bolsonaro - 36% (34% em outubro)
Tarcísio de Freitas - 30% (26%)
Michelle Bolsonaro - 28% (27%)
Ciro Gomes - 27% (25%)
Ratinho Junior - 26% (23%)
Eduardo Bolsonaro - 21% (20%)
Romeu Zema - 16% (14%)
Ronaldo Caiado - 15% (14%)
Renan Santos - 3% (não foi listado na pesquisa anterior)

 

A lista abaixo mostra a porcentagem de pessoas que dizem que não votariam nos nomes listados como candidatos em 2026, na ordem do mais rejeitado para o menos:

 

Eduardo Bolsonaro - 67% (era 68% em outubro)
Michelle Bolsonaro - 61% (também 61% em outubro)
Jair Bolsonaro - 60% (63% em outubro)
Ciro Gomes - 57% (60%)
Lula - 53% (51%)
Tarcísio de Freitas - 40% (41%)
Ratinho Junior - 37% (40%)
Romeu Zema - 35% (34%)
Ronaldo Caiado - 34% (32%)
Renan Santos - 23% (não foi listado na pesquisa anterior)

 

Um outro recorte da pesquisa Quaest mostra que 24% dos eleitores afirmam que um nome nem ligado a Lula, nem a Bolsonaro seria o melhor resultado da eleição em 2026. Outros 23% acham melhor Lula ganhar de novo; 17%, alguém de fora da política; 15%, que Bolsonaro volte a ser elegível e vença.

 

Veja abaixo os números da Quaest:

 

Para o Brasil hoje, qual seria o melhor resultado da eleição?

 

Um nome nem ligado a Lula, nem a Bolsonaro: 24%
Lula ganhar de novo: 23%
Alguém de fora da política: 17%
Bolsonaro voltar a ser elegível e vencer: 15%
Alguém apoiado pelo Bolsonaro: 11%
Alguém apoiado pelo Lula: 5%
Não souberam ou não responderam: 5%

 

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 

"Candidatos governistas" e "votos em regiões distintas" seriam pontos fortes para PSB receberem deputados estaduais do PP; entenda
Foto: Divulgação

A migração dos deputados estaduais do PP para o PSB segue sendo costurada. Com acenos positivos dos parlamentares e do partido, alguns temas têm sido debatidos, inclusive como seria a distribuição de votos e como seria viável a chegada dos deputados ao partido. No somatório, a filiação é vista com bons olhos por boa parte dos participantes do movimento. 

 

De acordo lideranças, deputados e interlocutores de ambos grupos, dos deputados estaduais do PP e o PSB, existe uma vontade “mútua”. Um dos motivos, que seria o principal “entrave” é a acomodação dos votos pela Bahia, pensando na viabilidade eleitoral de todos os candidatos, e que já estaria pacificado. Os possíveis seis candidatos de mandato — dois do PSB e quatro do PP — já partiriam de um ponto em comum, todos ligados ao governo. 

 

Além disso, as regiões de obtenção de votos na Bahia encontraria entendimento. Para os nomes do PSB, o do atual secretário de Desenvolvimento Econômico Angelo Almeida e da deputada Fabíola Mansur, a chegada de votos não passaria por problema. Angelo tem ligação com a região de Feira de Santana, já Fabíola com identificação com Salvador e alguns outros municípios do interior, como Irecê. Apesar disso, Fabiola ainda segue com sua permanência em dúvida

 

A outra deputada eleita pelo partido, Soane Galvão, não irá disputar a reeleição. A parlamentar é esposa do ex-prefeito de Ilhéus Marão, que recentemente se filiou ao Avante e representará o grupo na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa. 

 

Dos deputados do PP que podem migrar, também não existiria conflito. Entre eles, o deputado Antônio Henrique possui suas bases eleitorais no Oeste da Bahia, Hassan Youssef tem a maioria dos votos na região de Jequié. Outros dois nomes também tem votos mais “espalhados” pelo interior da Bahia, não conflitando entre ele e os demais, no caso de Eduardo Salles e do deputado Niltinho. 

 

DIÁLOGO AMPLO
Com o anúncio da saída dos deputados estaduais do Progressistas, após a federação da sigla com o União Brasil, o movimento passou a ser debatido nos bastidores da política baiana nos últimos meses. Isso porque, parlamentares do grupo iniciaram e oficializaram a debandada do partido, para encontrar abrigo em outras siglas do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), visando a disputa eleitoral de 2026. 

 

Dos partidos da base, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) passou a iniciar negociações com alguns dos nomes ligados ao PP, a exemplo do deputado estadual Niltinho. Um novo capítulo passou a fazer parte deste enredo iniciado neste ano e que ainda se arrasta. Segundo informações obtidas pela reportagem do Bahia Notícias, o PSB iniciou tratativas para filiar o deputado Mário Negromonte Jr. 

 

Além das discussões para estadual, a formação de uma chapa para deputados federais também está em debate. O diálogo segue sendo feito pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o presidente nacional do PSB, João Campos. Além disso, a dirigente estadual, deputada federal Lídice da Mata, também teria dado aval para a chegada do novo membro. O chefe do Executivo baiano teria apontado que o parlamentar da AL-BA deveria migrar para um partido considerado de centro. 

Angelo Almeida confirma candidatura a AL-BA e deixa em aberto o sonho de governar Feira de Santana: “Contribuir para a democracia”
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

O atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) e deputado licenciado, Angelo Almeida (PSB), confirmou sua candidatura à reeleição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). No Projeto Prisma, nesta segunda-feira (3), o parlamentar conta que a decisão já foi acertada junto a gestão do seu partido, PSB. 

 

“Em 2026, seguramente é buscar mais uma vez o diálogo e me lançar na jornada política eleitoral pelo meu partido, PSB, com a certeza que vou, com certeza, contribuir para a democracia”, afirma. Ao falar sobre a campanha política, o deputado relembrou sua trajetória de candidaturas vitoriosas e outra nem tanto. 

 

Natural de Feira de Santana, o então odontologista vinculado ao PDT, se candidatou à Câmara Municipal de Feira de Santana em 2004, e foi derrotado. No pleito seguinte, em 2008, se elegeu para a vaga no legislativo municipal e a partir daí passou a buscar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A cadeira própria no parlamento baiano só chegou em 2022, após ter ficado na suplência em duas campanhas, em 2014 e 2018.

 

“A única eleição que eu ganhei de primeira foi a de 2008, como vereador, e 2022, como deputado, com 80 mil votos. Mas isso me fortaleceu muito, desde a derrota em 2004, mas isso me fortaleceu muito e isso me deu uma musculatura para construir a política da forma que eu sempre fiz. Acreditando que em 2026, por exemplo, pode ser um ano de muita afirmação para mim.”

 

Questionado sobre as eleições municipais de 2028, o Angelo Almeida respondeu, sem citar a possibilidade tentar concorrer à prefeitura da Princesa do Sertão, que sua meta é fortalecer a participação do PSB na Bahia. “Estou buscando, junto com a presidente [a deputada federal, Lídice da Mata], construir um PSB forte, fortalecer o nosso partido, o PSB merece ser um partido fortalecido na Bahia e eu espero contribuir com isso”, concluiu.

 

Confira o trecho: 

 

Marão oficializa pré-candidatura à AL-BA em 2026; Soane declinará de reeleição para apoiar marido
Foto: Reprodução / Políticos do Sul da Bahia

O ex-prefeito de Ilhéus, no Sul, Mário Alexandre [o Marão], anunciou oficialmente no último sábado (2) a pré-candidatura a deputado estadual nas eleições de 2026. O anúncio confirma o retorno de Marão ao cenário político baiano e marca uma nova fase dentro do grupo político que comanda o município há quase uma década.

 

Segundo o Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias, a companheira do ex-gestor, Soane Galvão, não deve disputar a reeleição para apoiar o projeto político do marido.

 

Em declaração pública, Soane afirmou que a escolha do nome de Mário Alexandre foi uma decisão coletiva do grupo político, visando fortalecer a representação de Ilhéus e do Sul da Bahia na Assembleia Legislativa (AL-BA).

 

Durante o encontro, realizado na casa dele, Marão usava uma camisa laranja, cor do Avante, partido cotado para ser a nova morada do ex-gestor, que está ainda no PSD, legenda com o maior número de prefeituras na Bahia e liderado pelo senador Otto Alencar. (Atualizado às 12h28)

Voto distrital misto: Câmara avalia projeto que muda formato de eleições legislativas
Foto: Roque de Sá / Agência Senado

A Câmara dos Deputados prepara a votação de um projeto que prevê instituir o voto distrital misto para eleição de deputados e vereadores a partir de 2030. O projeto foi proposto pelo ex-deputado José Serra (PSDB-CE) e estava engavetado na Casa desde 2017. O texto prevê uma mudança no atual modelo de eleição do legislativo. 

 

Hoje, deputados federais, estaduais e vereadores são eleitos pelo modelo proporcional. Nesse modelo, o eleitor pode votar no candidato ou no partido/ coligação. Quantos mais votos o partido/federação obtiver, mais cadeiras no parlamento ele conquista. Essas cadeiras vão sendo preenchidas pelos seus deputados mais votados.

 

No modelo proposto, o Distrital misto, os candidatos são divididos em distritos eleitorais, como bairros e microrregiões. Eles só disputam naquele distrito, onde só votam os moradores daquela área. 50% das vagas são preenchidas pelos mais votados. Os outros 50% são preenchidos entre os partidos mais votados, seguindo uma lista fechada de candidatos definida pelo partido.

 

Segundo informações do g1, no sistema distrital misto tradicional, o eleitor votaria novamente, dessa vez, em um partido. Mas o relator, deputado Domingos Neto (PSD-CE), disse que a ideia é instituir o voto único, aproveitando o voto no candidato para a legenda à qual ele pertence.

 

Ou seja, ao votar num candidato, o eleitor vota automaticamente no partido desse político. Assim, os partidos mais votados elegerão, 50% das vagas, obedecendo à lista fechada pré-definida pela legenda.

Cármen Lúcia adia julgamento no TSE sobre a criação do partido Missão, formado por integrantes do MBL
Foto: Reprodução Redes Sociais

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, adiou para a próxima semana a análise do processo que pode levar à criação do partido Missão, formado por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo Cármen Lúcia, o relator do processo, ministro André Mendonça, não pôde comparecer à sessão desta quinta-feira (30). 

 

Caso o TSE autorize, o Missão terá seu registro oficializado e se transformará será o 30º partido político em atividade no país. O objetivo dos integrantes da legenda é ter o partido apto para participar das disputas eleitorais de 2026. O pedido de criação do Missão foi formalizado em julho.

 

Em setembro, o Ministério Público Eleitoral deu o aval para criação da nova sigla. O vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Barbosa, indicou que o grupo cumpriu os requisitos para a criação do partido, o que inclui mais de 500 mil assinaturas e a elaboração do programa e do estatuto.

 

“Requerente cumpriu a fase administrativa e atendeu as exigências necessárias para a perfectibilização do pedido de registro do partido político”, registrou Barbosa.

 

O presidente do Missão, quando for oficializada a sua existência como partido político, será o dirigente do MBL, Renan Ferreira dos Santos. O Missão usará o número 14, que durante 45 anos pertencia ao PTB. 

 

O número ficou livre após o PTB se fundir ao Patriota, em 2023, com a criação posterior do PRD, que utiliza o número 25.
 

Empossado por Lula, Boulos diz que vai percorrer o país e dialogar com todos, "menos com quem trai o Brasil"
Foto: Cadu Gomes / Vice-Presidência da República

Em uma solenidade rápida no Palácio do Planalto, que durou cerca de 40 minutos, mas com a presença de muitos integrantes de movimentos sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou o seu novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos. Lula, de camisa social preta, sem terno e gravata, não falou na solenidade. 

 

Após ser empossado e do discurso de despedida do titular anterior da pasta, Márcio Macêdo, o novo ministro pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da operação policial no Rio de Janeiro que deixou um total de 119 mortos, entre eles quatro policiais. 

 

Na solenidade, que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de diversos outros ministros e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, Guilherme Boulos disse que a missão que recebeu do presidente Lula foi a de “colocar o governo na rua”. 

 

“Temos a missão de ajudar nessa reta final do terceiro mandato do presidente Lula, para colocar o governo na rua, rodar todos o cantos desse país, ouvir as pessoas, conversar olho no olho, ter a humildade de ouvir críticas e ao mesmo tempo apresentar o que o nosso governo tem feito pelo povo brasileiro”, disse o novo ministro. 

 

Boulos explicou que a sua proposta como ministro da Secretaria Geral da Presidência será a de “dialogar com todo mundo”, inclusive com quem não concorda ou apoio o governo. O ministro disse que vai procurar entregadores e motoristas de aplicativo, população em situação de rua, pessoas da periferias, assim como católicos, evangélicos e “gente de todas as religiões”.

 

“A gente sabe que as políticas que mudam a vida das pessoas não nascem só de palácios e gabinetes. Elas nascem do povo, dos territórios populares, das ruas. O presidente Lula sabe bem disso”, disse o ministro. 

 

Por algumas vezes em seu pronunciamento o ministro Guilherme Boulos citou a defesa do governo e o apoio ao projeto que tenta acabar com a jornada de trabalho 6x1. O projeto é de autoria da companheira de bancada do ministro, a deputada Erika Hilton (Psol-SP). 

 

“Os trabalhadores não aguentam mais a vergonhosa escala de trabalho 6x1”, declarou Boulos, sendo muito aplaudido pelos integrantes dos movimentos sociais. 

 

O novo ministro também criticou, no seu discurso, adversários do governo a quem nomeou como ‘inimigos da democracia”. Guilherme Boulos declarou que com quem “trai o Brasil” não haverá diálogo por parte do governo Lula.

 

“Nossa missão é de dialogar com todos. Mas não tem diálogo com quem ataca a democracia e trai o Brasil. Esses queriam ver a gente morto. Mas aqui, como diria Ariano Suassuna, é madeira que cupim não rói. Aos inimigos da democracia e do Brasil temos duas coisas a dizer: o Brasil é dos brasileiros e sem anistia”, finalizou Boulos, enquanto os convidados gritavam “sem anistia”.
 

TSE pode oficializar na próxima quinta-feira a criação do partido Missão, fundado por integrantes do MBL
Foto: Reprodução Redes Sociais

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, marcou para a sessão da próxima quinta-feira (30) o julgamento do pedido para a criação do Missão, o partido criado pelos integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Se houver uma maioria de votos favoráveis à homologação da sigla entre os sete ministros do TSE, o Missão se tornará o 30º partido com funcionamento autorizado no Brasil. 

 

O relator do pedido de criação do partido é o ministro André Mendonça. Os ministros vão analisar a posição apresentada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Barbosa, que indicou que o Missão cumpriu todos os requisitos exigidos para a criação de um partido político, entre eles ter mais de 500 mil assinaturas certificadas pela Justiça Eleitoral.

 

“Requerente cumpriu a fase administrativa e atendeu as exigências necessárias para a perfectibilização do pedido de registro do partido político”, afirmou Barbosa.

 

Segundo informações divulgadas pelo site G1, o TSE já validou cerca de 590 mil assinaturas de apoio à formalização do partido, número que supera em 42.900 o mínimo exigido pela legislação eleitoral, que era de 547 mil apoios certificados. 

 

Nos documentos apresentados ao TSE, o Missão indica que utilizará o número 14 nas urnas eletrônicas, que foi usado durante muitos anos pelo PTB. Caso tenha sua inscrição homologada, a nova legenda terá direito a recursos do fundo eleitoral para financiamento de campanhas nas eleições de 2026.

 

Segundo o estatuto submetido ao TSE, a nova sigla se define como um partido de “caráter liberal” e defensor de um Estado “enxuto e funcional”. O documento também mostra que a legenda defende a implementação de uma reforma administrativa no Brasil.

 

O novo partido deve ser presidido por Renan Ferreira dos Santos, dirigente e um dos fundadores do MBL. Em entrevista ao Bahia Notícias, no mês de julho, Renan garantiu que há planos para lançar algum candidato pelo partido em 2026. Segundo ele, não há possibilidade de apoiar um nome de outro partido para presidente no primeiro turno.

 

“Para lançar a candidatura de 2026, tem eu [Renan] e o Danilo Gentili, mas ainda nada certo. Zero chance de apoiar algum nome de fora”, avaliou Renan. 

 

O dirigente do MBL também esclareceu que um dos principais objetivos do partido é “ficar conhecido no Brasil e mostrar uma proposta revolucionária para o país”.

 

Além desses membros, o Missão deve contar com o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), cofundador do MBL, que confirmou, em conversa com o Bahia Notícias, sua transferência para o novo partido já na próxima janela partidária, prevista pela legislação para sete meses antes das eleições de 2026. 

 

“Me transfiro já na próxima janela partidária e serei, com muita honra, o primeiro deputado federal do partido Missão, já disputando a reeleição pelo meu partido nas eleições do ano que vem”, adiantou Kataguiri.

 

O parlamentar também avaliou que o Missão se posiciona como um partido “verdadeiramente de direita” e que, por não dispor de fundo eleitoral e tempo de televisão, deve ter dificuldade para atrair deputados de outras legendas. Segundo ele, o partido “vai iniciar restrito nesses aspectos”.

 

Em suas redes sociais, o Missão apresenta algumas bandeiras de luta que adotará a partir da oficialização da sua criação, tais como: Endurecimento das leis penais; fim dos privilégios do funcionalismo; industrialização do Nordeste; guerra contra o tráfico de drogas; respeito à responsabilidade fiscal; prioridade para a educação básica; combate à corrupção.
 

Coronel suscita indicar Eleusa Coronel na vice de Jerônimo, mas "relação" com MDB prevalece com aceno a prefeitos
Foto: Divulgação

A escancarada disputa para ver quem integrará a chapa majoritária governista na Bahia segue opondo estratégias e movimentos nos bastidores. Com o senador Jaques Wagner (PT) apontando para a prerrogativa de disputar a reeleição, o também senador de mandato Angelo Coronel (PSD) pode não ter o mesmo cenário. Com o ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) pleiteando o espaço, Coronel ainda segue se movimentando e buscando alternativas políticas para o ano de 2026. 

 

Nas últimas semanas, uma articulação passou a ser aventada pelo entorno do senador Coronel: a indicação de Eleusa Coronel, esposa do parlamentar, como vice na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT). De acordo com políticos aliados a Coronel, o Partido dos Trabalhadores “entregaria quase tudo, menos a vaga do Senado”, que seria destinada ao ministro da Casa Civil Rui Costa. Com isso, Coronel teria escalado Eleusa, como possível indicação a vice, contemplando, de certa forma, os desejos do senador.

 

A “ideia”, reforçada em um vídeo recente das redes sociais de Coronel, onde ele aponta que Eleusa “está fora da política”. “Está mordida pela mosca azul […] Tudo pode acontecer, inclusive nada”, complementou o deputado. Mesmo com a “alternativa”, Coronel manteria cautela nos bastidores, já que o movimento atingiria diretamente um dos partidos aliados ao mandato do senador: o MDB. A indicação de Eleusa tiraria da disputa o atual vice-governador Geraldo Jr. da possibilidade de reeleição, por tabela tirando o MDB da chapa. 

 

Como estratégia para manter a viabilidade eleitoral, buscando estar na chapa em 2026, Coronel possui um trunfo: prefeitos aliados — de diversos partidos, inclusive do MDB. Com essa frente “suprapartidária”, Coronel segue nutrindo o desejo de estar na chapa, inclusive acenando para o próprio MDB. O agrado foi correspondido. O presidente de honra do MDB Bahia, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, sinalizou que Coronel deve ter apoio de diversos prefeitos baianos à reeleição, incluindo os do MDB. 

 

“No próprio MDB. Dos 32 prefeitos, a grande maioria já nos procurou para dizer que gostaria de ficar com o Angelo Coronel”, apontou Lúcio ao OffNews, durante evento do MDB baiano, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), na última sexta-feira (24). 

 

Os “acenos” não pararam por aí. Ainda no evento, Coronel indicou, em previsão otimista, que o atual presidente estadual do MDB, Jayme Vieira Lima Filho, deverá ter votação “expressiva” em 2026. “Eu não tenho dúvida que será deputado federal eleito com mais de 200 mil votos, sendo um dos cinco mais votados na Bahia”, acrescentou o senador. 

 

Em reuniões periódicas com prefeitos, Coronel nutre o desejo de se manter na chapa, sinalizando também a importância de ter o apoio “massivo” dos mesmo, como forma de “contornar” o desejo do PT em ter a chapa com três nomes do partido. Outro critério, este não desejado por Coronel, é o que o ministro Rui Costa indica, o da realização de pesquisas para avaliar a maior aprovação da população baiana, para montar a chapa. “Coronel prefere ver quem tem mais prefeitos do que quem tem mais percentual em pesquisas”, indicou outro aliado próximo. 

 

CONVERSAR, CONVERSAR E CONVERSAR…
O diálogo segue imperando, pelo menos na teoria, na relação entre o senador Coronel e o ministro Rui Costa. Em entrevista à rádio 93 FM, de Jequié, durante agenda com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), Rui reforçou que segue conversando sobre a formação da chapa. 

 

“Você sabe que na política só tem um jeito de resolver as coisas: conversar, conversar, conversar. Quando a conversa cansa, as pessoas buscam uma solução. Assim que estou fazendo — conversando com todos. Recentemente fui jantar na casa de Ângelo Coronel, com o senador Otto Alencar e o deputado Diego Coronel. Jantamos, batemos um papo. Agora vou convidá-los para jantar em minha casa, em Brasília, e seguir conversando”, indicou Rui. 

 

Em busca da “tranquilidade”, Rui apontou também que existem outras alternativas. “Você tem uma chapa para compor, tem outras funções públicas relevantes, outros espaços políticos. Existem várias formas de as pessoas serem reconhecidas e desempenharem um papel na política. Vamos buscar esse arranjo”, afirmou.

Arthur Maia reforça impacto de Bolsonaro na direita brasileira e projeta eleições de 2026: “A direita não é o Bolsonaro”
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

O deputado federal baiano, Arthur Maia (União), reforça que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve um papel importante no debate político brasileiro e deve, indiretamente, continuar influenciando a direita brasileira. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (27), o parlamentar baiano afirma que o discurso do ex-presidente fez com que as pessoas pudessem assumir publicamente que são de direita. 

 

“O Bolsonaro teve um papel significativo no cenário debate brasileiro na medida em que o movimento que ele fez, sobretudo no ano de 2018, fez com que as pessoas pudessem assumir, no Brasil, publicamente, que são de direita. Antigamente, era quase como você jogar uma pedra na cruz quando você dizia que era de direita. O Bolsonaro normalizou isso”, afirmou o representante do União Brasil. 

 

Autointitulado como representante da centro-direita, Maia reforça que “A direita não é o Bolsonaro, é isso que tem que ficar claro”. “Eu sou um deputado de centro-direita, sou um deputado democrata e eu não acredito em um modelo político que é proposto por Bolsonaro”.

 

Ele explica: “Porque eu acho que o líder político tem que ter uma responsabilidade propositiva, o Bolsonaro, eu pelo menos nunca vi, em nenhum momento, o Bolsonaro ir para um meio de comunicação propor algo construtivo, fazer uma fala sobre projeto de educação, falar sobre segurança pública, não existe isso. Bolsonaro quando está falando, ele está falando, ele está agredindo questões de gênero, agredindo o Supremo Tribunal Federal, atacando qualquer coisa, mas do ponto de vista da vida dos brasileiros, não tem nada de novo”. 

 

Ao falar sobre os impactos dessa divisão política no mandato e, possivelmente, no pleito de 2026, Arthur Maia indica que “nessa legislatura que a gente está vivendo, acho que ninguém aguenta mais olhar para a cara do Lula e do Bolsonaro”. No entanto, considerando as projeções de vitória do Lula, ele indica: “Agora, hoje o Lula está ganhando de W.O. porque, até agora, a direita viveu todo o processo do 08 de janeiro e a condenação do Bolsonaro, mas uma coisa é certa, a direita terá um candidato e não será o Bolsonaro”, confirma. 

 

Ele cita os principais nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná; Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais e Ronaldo Caiado (União), governador do Goiás, como pré-candidatos ao pleito. 

 

“A campanha política presidencial sempre permite que haja esse nível de crescimento e haja coisas novas”, completa. Neste sentido, o deputado relembra um diálogo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, então deputado federal, durante a campanha presidencial de 2018. Arthur Maia conta que, na época, o próprio Bolsonaro sugeriu que deveria apoiar Geraldo Alckmin em um segundo turno da eleição, devido a sua baixa expressividade de intenções de voto. 

 

“Ele achava que o representante anti-petista que iria para o segundo turno era o Geraldo Alckimin. Pois bem, logo depois teve a facada contra o Bolsonaro, e o resto da história todos nós conhecemos. Bolsonaro vira presidente. Então, eu acho que uma campanha presidencial tem muita volatilidade, alguém que hoje é desconhecido, pode virar presidente”, disse. 

 

“O fato é que teremos uma eleição entre dois modelos de pensamento: um modelo de pensamento da centro-direita e um modelo da esquerda. Não se engane, que o Lula vai ter grande dificuldade para enfrentar essa eleição, sobretudo contra um candidato que não tem as pestes de rejeição que o Bolsonaro tinha na eleição passada”, conclui. 

 

Confira o trecho:

 

Paraná Pesquisas: Lula lidera 1º turno em todos os cenários para 2026
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como líder em todos os cenários eleitorais para 2026, segundo levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (27). 

 

A pesquisa entrevistou 2.020 eleitores em 162 municípios brasileiros entre os dias 21 e 24 de outubro, revelando que, apesar da vantagem no primeiro turno, o atual mandatário enfrenta situação de empate técnico com três dos quatro adversários testados em simulações de segundo turno.

 

O estudo apresenta quatro configurações diferentes para o primeiro turno, nas quais o percentual de Lula varia entre 37% e 37,6%. Na simulação que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, o petista registra 37% das intenções de voto, contra 31% do ex-mandatário.

 

 

O trabalho de campo abrangeu todas as unidades federativas para garantir representatividade nacional dos resultados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

 

No primeiro cenário testado, além de Lula (37%) e Bolsonaro (31%), aparecem o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PSDB), com 7,5%; o governador de Santa Catarina, Ratinho Júnior (PSD), com 6%; o governador mineiro Romeu Zema (Novo), com 4,7%; e o governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), com 3,2%. Nesta configuração, 4,8% dos entrevistados não souberam responder ou não opinaram, enquanto 5,8% indicaram que não votariam em nenhum dos nomes ou escolheriam a opção branco/nulo.

 

 

Na simulação que substitui Jair por Michelle Bolsonaro, Lula mantém 37,3% das intenções de voto, enquanto a ex-primeira-dama alcança 28%. Neste cenário, Ratinho Júnior obtém 8,5%, Ciro Gomes 8,2%, Caiado 4,2% e Zema 2%. Os indecisos somam 5,5%, e 6,2% rejeitam todas as opções apresentadas.

 

 

Quando confrontado com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente registra sua maior vantagem numérica: 37,4% contra 22,3%. Nesta configuração, Ciro aparece com 9%, seguido por Ratinho Júnior (8,1%), Zema (5,7%) e Caiado (4,1%). Os indecisos representam 5,8% e os votos brancos/nulos totalizam 7,6%.

 

 

A diferença mais expressiva ocorre no quarto cenário, onde Lula registra 37,6% e o senador Flávio Bolsonaro (PL) 19,2%. Nesta simulação, Ratinho Júnior atinge seu melhor desempenho com 9,6%, seguido por Ciro Gomes (8,9%), Zema (6,2%) e Caiado (4,8%).

 

As projeções de segundo turno mostram um quadro mais competitivo. Em um eventual confronto com Jair Bolsonaro, Lula teria 44,9% contra 41,6% do ex-presidente. Contra Michelle Bolsonaro, o atual mandatário registraria 44,7% contra 41,6% da ex-primeira-dama. Na disputa com Tarcísio, Lula aparece com 44,9% contra 40,9%. A maior vantagem seria contra Flávio Bolsonaro, com 46,7% para Lula e 37% para o senador.

 

 

Considerando a margem de erro de 2,2 pontos percentuais, configura-se empate técnico nos cenários de segundo turno contra Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, já que a diferença entre os candidatos é inferior a 4,4 pontos percentuais, o dobro da margem estabelecida pelo instituto.

Lula confirma disputa por quarto mandato durante visita oficial à Indonésia
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que disputará as eleições presidenciais brasileiras em 2026 durante encontro oficial com o presidente indonésio Prabowo Subianto.

 

Na madrugada desta quinta-feira (23), os dois líderes assinaram diversos memorandos e acordos de cooperação em Jacarta, capital da Indonésia, abrangendo setores como agricultura, energia, comércio, educação, defesa, ciência e tecnologia.

 

Os documentos firmados entre Brasil e Indonésia buscam intensificar as relações bilaterais entre os países, que juntos representam um mercado de quase 500 milhões de habitantes. A aproximação ocorre em um contexto de busca por maior autonomia comercial e fortalecimento do multilateralismo.

 

Durante o encontro, os presidentes discutiram temas como a situação em Gaza, reforma do Conselho de Segurança da ONU e o papel do Brics. Ambos manifestaram posições alinhadas sobre questões internacionais, incluindo os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.

 

O intercâmbio comercial entre Brasil e Indonésia apresentou crescimento expressivo nas últimas duas décadas. Os valores saltaram de US$ 2 bilhões para US$ 6,5 bilhões nesse período. A Indonésia ocupou a quinta posição entre os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro em 2024.

 

"É quase inexplicável, para as nossas sociedades, como é que dois países importantes no mundo, como Indonésia e Brasil, com quase 500 milhões de habitantes, só tenham um comércio de US$ 6 bilhões. É pouco", afirmou Lula durante o encontro.

 

O presidente brasileiro também destacou: "Por isso, vamos fazer um esforço muito grande para trabalhar muito para que Indonésia e Brasil se transformem em dois parceiros fundamentais na geografia econômica do mundo", acrescentando que os dois países são "nações determinadas a assumir o lugar que nos corresponde em uma ordem em profunda transformação".

 

O presidente Prabowo indicou que existe potencial para que o comércio bilateral alcance US$ 20 bilhões nos próximos anos. Como parte dos esforços para fortalecer os laços entre as nações, o presidente indonésio anunciou a inclusão do português entre as línguas prioritárias do sistema educacional de seu país.

 

Em seu discurso, Lula defendeu que Brasil e Indonésia possam utilizar suas próprias moedas nas transações comerciais bilaterais. "Indonésia e Brasil não querem uma segunda Guerra Fria. Nós queremos comércio livre. E, mais ainda: tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas", declarou.

 

Sobre a governança global, o presidente brasileiro defendeu uma reforma integral do Conselho de Segurança da ONU para resolver a "falta de representatividade e presente paralisia" da entidade, e ressaltou a "importância crescente do Brics como plataforma de defesa dos interesses de desenvolvimento do Sul Global".

 

Em relação à situação no Oriente Médio, Lula declarou: "Nossos governos estão unidos contra o genocídio em Gaza e continuarão a defender a solução de dois Estados como único caminho possível para a paz no Oriente Médio". Prabowo concordou, mencionando que os dois países têm "comportamentos semelhantes em assuntos como os dos conflitos na Palestina e na Ucrânia".

 

Na área de cooperação para o desenvolvimento, Lula mencionou: "Além disso, sabemos que não há desenvolvimento sustentável sem superar a fome e a pobreza. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a presidência brasileira do G20, contou desde o início com o apoio da Indonésia".

 

Ao confirmar sua candidatura para as eleições de 2026, Lula afirmou: "Vou disputar um quarto mandato no Brasil. Digo isso porque ainda vamos nos encontrar muitas vezes. Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano. Mas eu estou preparado para disputar outras eleições e tentar fazer com que a relação entre Indonésia e Brasil seja por demais valorosa".

Após expressiva votação em 2022, Ceuci Nunes descarta nova candidatura para eleições de 2026
Foto: Tito Ferreira / Bahia Notícias

O Partido dos Trabalhadores (PT) não deve contar com o nome da infectologista, Ceuci Nunes, para às eleições de 2026. Isso porque, a médica, que foi candidata a deputada estadual pela sigla petista em 2022, revelou ao Bahia Notícias que não será candidata no próximo pleito, que vai eleger nomes para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Câmara dos Deputados, Senado Federal, e para o Governo da Bahia e presidência da República. 

 

Atual presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), Ceuci apontou à reportagem que não almeja disputar um cargo nas urnas do próximo ano. 

 

“Estou gostando muito do que estou fazendo. Minha prioridade agora é cumprir esses compromissos da BahiaFarma. Temos compromissos assinados com o Ministério da Saúde, com as universidades, com parceiros nacionais e internacionais que não quero interromper. Então assim, não está na minha perspectiva essa questão de candidatura neste momento”, afirmou. 

 

Mesmo contabilizando 36.992 votos, com maioria em Salvador e Amargosa, a dirigente da BahiaFarma, descartou colocar seu nome na disputa em uma candidatura e indicou que não tem o desejo de participar do processo eleitoral. 

 

“Não tenho pensado [em eleições], meu desejo agora é concretizar todos esses projetos que eu e minha equipe nos dedicamos muito, e botar a BahiaFarma para fazer medicamento para o SUS. O meu principal desejo agora é exatamente este", garantiu. 

 

A médica ainda avaliou seus dois anos de gestão à frente da farmacêutica e laboratório público do estado. “Acho que se a BahiaFarma produzir os medicamentos para vender para o SUS e funcionar totalmente, eu sei que realizei o meu sonho. Tem sido uma construção coletiva, claro que estou na liderança, mas temos uma equipe muito capacitada e que realmente veste a camisa da e todos apaixonados pelo SUS”, concluiu. 

 

COTADA PARA VICE 
No ano passado, durante os debates para a composição da chapa de oposição ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), o nome de Ceuci surgiu para ocupar a candidatura de vice-prefeita, do grupo composto por Geraldo Jr. (MDB). No entanto, Nunes, vinculada ao grupo petista, não cedeu à pressão e recusou o convite para ser vice na chapa encabeçada por Geraldo Jr. (MDB). 

 

Segundo informações apuradas pela reportagem, nos bastidores a médica teria dito a amigos que sofreu pressão do senador Jaques Wagner (PT) e do deputado federal Jorge Solla (PT) para aceitar a vaga, mas recuou e não quis aceitar a missão. 

 

Com isso, o nome da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Fabya Reis (PT), foi escolhido para ser candidata a vice. Após não aceitar o convite, ela divulgou uma nota de agradecimento ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e aos partidos que compõem o grupo, aproveitando para reforçar que a escolha do nome de Fabya Reis foi um acerto, exaltando outras grandes mulheres que também estavam na lista. 

 

Ceuci disse na época que não seguiu no projeto após avaliar todos os compromissos profissionais já assumidos, tanto na função de médica, como na de professora de medicina e trabalhos de assistência à população

 

A médica, é uma das mais renomadas e obteve o trabalho reconhecido durante o período mais agudo da pandemia da Covid-19, quando comandava o Instituto Couto Maia, um dos hospitais mais modernos, especializado em doenças infectocontagiosas do Brasil. Ela também era coordenadora nacional do movimento “Médicas e Médicos pela Democracia”.

 

Ela também foi um dos nomes cotados para assumir a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no governo Jerônimo Rodrigues (PT). Todavia, a vaga ficou com Roberta Santana.

Wagner descarta saída do PSD da base do governo baiano e prega unidade entre aliados
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

 

O senador Jaques Wagner descartou a possível saída do PSD da base do Governo da Bahia nas eleições de 2026. O posicionamento ocorreu durante entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (20), durante o Encontro Estratégico: Parceria que Transforma, evento realizado pela UPB. 

 

Segundo o petista, o PSD baiano não deve seguir a a determinação nacional de deixar a sigla como oposição ao governo do presidente Lula. Ele afirmou que o grupo deve continuar junto para às eleições de 2026. 

 

“Acho que nem todos os partidos vão conseguir ter uma unidade nacional. Aqui na Bahia, eu creio que nossa base vai se manter unida, eu tenho insistido em dizer isso. As pessoas querem apostar numa divisão, mas não haverá. Mas eu não acho que necessariamente haverá um alinhamento geral. Alguns partidos haverá um alinhamento geral, o PT, o PSB, o PCdoB, talvez o PDT, que depende muito da realidade local de cada partido. Então, a realidade do PSD aqui na Bahia é muito ligado com a gente. Essa caminhada foi feita junto, o crescimento do governo dos partidos foi feito junto. Então, aqui eu acho e tenho convicção que a gente estará junto”, contou. 

 

Wagner comentou sobre a aproximação do prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo junto com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). 

 

"Prefiro não me antecipar à fala da própria pessoa. O Zé Ronaldo é um prefeito de uma cidade extremamente importante. Tem evidentemente as convicções políticas dele. Faz um processo de conversa muito bom como fez comigo também agora com o governador Jerônimo. E se você perguntar qual o meu desejo esse depende dele[ Zé Ronaldo]”, comentou. 

Semana tem possível encontro entre Lula e Trump na Malásia, mas antes pode sair o indicado do presidente ao STF
Foto: Montagem com imagem Divulgação Casa Branca / Arquivo Agência Brasil

A semana em Brasília tem grande parte das atenções voltadas a decisões que serão tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da viagem que fará à Ásia. Lula, que nesta segunda lança um programa para facilitar a reforma de residências de famílias de baixa renda, pode decidir já nesta segunda-feira (20) o nome do seu indicado para virar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Existe a possibilidade de que Lula anuncie o advogado-geral da União, Jorge Messias, como seu escolhido, apesar da defesa feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e por ministros do STF, em prol do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente, entretanto, já teria indicado a seus auxiliares que iria indicar Messias.

 

Nesse começo de semana também pode sair o anúncio, por Lula, da entrada do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) em seu governo. A transformação de Boulos em ministro vem sendo trabalhada há alguns meses pelo Palácio do Planalto, e há a sinalização de que desta vez será mesmo efetivada.

 

Também há a expectativa pela viagem do presidente Lula à Indonésia e à Malásia. Lula vai participar da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, e é possível que nas atividades em Kuala Lumpur, haja um encontro com o presidente norte-americano Donald Trump. 

 

Uma eventual reunião ainda está sendo acertada e o encontro na Malásia não deverá ser um compromisso para negociações. A ideia é que seja apenas uma conversa informal, para selar um novo momento entre os dois países para discussão do tarifaço e de futuras cooperações, como no caso da exploração de minerais de terras raras.

 

Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.

 

PODER EXECUTIVO

 

O presidente Lula iniciou sua semana nesta segunda (20) em uma reunião com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges. Logo depois, às 10h, Lula foi para o Palácio Itamaraty, onde participa da solenidade de entrega de credenciais de novos embaixadores no Brasil.

 

Depois de almoço com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente Lula participará de cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar o programa Reforma Casa Brasil. O programa vai disponibilizar R$ 40 bilhões em crédito para reformas e melhorias em moradias populares em todo o país.

 

A iniciativa, desenvolvida pelos ministérios das Cidades e da Fazenda em parceria com a Caixa Econômica Federal, tem como público-alvo famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação.

 

A agenda de Lula nesta segunda ainda prevê uma reunião, às 17h, com o presidente mundial do Grupo XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group), Yang Dong Sheng. Logo depois, às 18h, Lula se reúne com o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

 

Lula deve anunciar ao secretário a sua troca na pasta pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP). O presidente Lula quer que Boulos reorganize a ligação do governo com os movimentos sociais, já com vistas às eleições de 2026.

 

Ainda fora da agenda, está prevista uma reunião, nesta segunda (20) ou no máximo na terça (21), entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). É provável que Lula comunique a Alcolumbre sua escolha pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Luís Roberto Barroso. 

 

Aguarda-se em Brasília que Lula faça a indicação oficial de Messias antes de sua viagem à Indonésia, agendada para a próxima quarta (22). No mesmo dia da viagem, o presidente Lula deve anunciar o programa Município Mais Seguro. A iniciativa é destinada a fortalecer e qualificar as Guardas Municipais em todo o país.

 

Ainda na quarta, o presidente Lula inicia viagem à Ásia, que se iniciará em Jacarta, na Indonésia, onde terá compromissos na quinta (23) e na sexta (24). Naquele país, Lula fará uma visita oficial ao presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, como uma forma de retribuir a visita do líder a Brasília em julho.

 

De lá, Lula embarcará para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participará da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Na cúpula, é esperado que Lula se encontre com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

 

O encontro será apenas amistoso, sem uma reunião formal entre os dois. Os governos do Brasil e dos Estados Unidos estão articulando uma reunião de trabalho conjunta, a ser realizada antes do final do ano.

 

Na agenda da divulgação de indicadores econômicos, o destaque é a apresentação dos números do IPCA-15 do mês de outubro. O indicador apresenta os resultados da prévia da inflação mensal no país. 

 

PODER LEGISLATIVO

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reúne os líderes partidários nesta terça (21) para definir a pauta de votações no plenário durante a semana. Um dos temas que Motta quer priorizar é o pedido de urgência para o projeto de lei que garante a gratuidade da bagagem de mão em voos nacionais e internacionais. 

 

A proposta, apresentada pelo deputado Da Vitória (PP-ES), proíbe a cobrança por malas pequenas (de até 10 a 12 quilos) que os passageiros colocam no compartimento superior. A iniciativa ganhou força após Latam e Gol lançarem uma tarifa que não dá direito a mala de mão em voos internacionais.

 

Com esta nova tarifa mais econômica lançada, o passageiro só pode levar gratuitamente um item pessoal, como bolsa ou mochila que caiba embaixo do assento. O presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a cobrança como “abuso” e afirmou que pretende acelerar a tramitação do PL 5041/2025, do deputado Da Vitória. 

 

“A Câmara não vai aceitar esse abuso. O consumidor vem em primeiro lugar”, declarou Motta na semana passada. “Vamos pautar a urgência do projeto que garante o direito do passageiro de levar consigo uma mala de mão e um item pessoal sem cobrança adicional”, completou. 

 

Na reunião de líderes, a oposição pretende retomar a pressão pela votação do projeto de anistia a presos e condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), ainda não apresentou o seu parecer, mas já adiantou que focará apenas na redução de penas.

 

A oposição diz que não aceita votar o projeto se for apenas para reduzir as penas dos condenados do 8 de janeiro e até por tentativa de golpe, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Já alguns partidos governistas e de esquerda dizem que votarão contra inclusive no caso da redução de penas, e com esse impasse, o projeto pode sofrer mais um adiamento nesta semana. 

 

No Conselho de Ética, nesta terça (21), será realizado o sorteio de dois nomes para a lista tríplice para análise da representação que pede a suspensão dos mandatos de parlamentares que obstruíram a Mesa Diretora, depois que os deputados Zé Haroldo Cathedral e Castro Neto, sorteados anteriormente, desistiram. 

 

O Senado também terá uma semana movimentada de votações no plenário, e o destaque da pauta anunciada pelo presidente Davi Alcolumbre é a retomada da análise do projeto de lei complementar (PLP) 168/2025, que cria mecanismos fiscais excepcionais para compensar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras. 

 

A proposta, de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) e relatada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), foi aprovada em texto-base em setembro e volta à pauta para votação dos destaques. O PLP 168/2025 busca criar um “espaço fiscal temporário” no arcabouço orçamentário para permitir que o governo financie ações emergenciais voltadas às empresas afetadas pelas tarifas americanas.

 

Na prática, o texto do senador Jaques Wagner autoriza a União a realocar despesas e renúncias fiscais sem que esses gastos sejam contabilizados nas metas de resultado primário nem nos limites de despesa do novo regime fiscal. O projeto também amplia o Reintegra, programa que devolve parte dos tributos pagos por exportadores. 

 

Além desse projeto, os senadores devem votar medidas voltadas à área social, de saúde e igualdade de gênero, entre elas o Programa Nacional de Cuidados Paliativos, a ampliação de datas comemorativas ligadas aos direitos das mulheres e o incentivo ao diagnóstico de autismo em adultos e idosos. Na área da saúde, o destaque é o PL 2.460/2022, de autoria da deputada Luisa Canziani (PSD-PR), que institui o Programa Nacional de Cuidados Paliativos.

 

A iniciativa busca garantir atendimento integral a pacientes com doenças crônicas ou em estágio avançado, oferecendo suporte físico, psicológico e social a eles e às famílias. O texto prevê ainda formação específica para profissionais de saúde e inclusão dos cuidados paliativos nas políticas do SUS.

 

Outro projeto relevante na pauta é o PL 4.540/2023, de autoria do deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), que altera a Lei nº 12.764/2012 para incentivar a investigação diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em pessoas adultas e idosas. A proposta reconhece que muitos brasileiros só recebem diagnóstico tardiamente, o que dificulta o acesso a políticas públicas e benefícios sociais. 

 

Na quarta (22), o Senado realiza uma sessão especial para lançar o programa “Zap Delas - Senado”, voltado à inclusão digital e combate à violência contra a mulher por meio do uso de aplicativos de mensagens.

 

Também será apreciado o PL 2.562/2025, de autoria da deputada Soraya Santos (PL-RJ), que propõe alterar a legislação para incluir o Dia Nacional da Mulher e o Dia Internacional das Meninas no calendário oficial. A ideia é valorizar o papel feminino e incentivar políticas públicas voltadas à equidade de gênero.

 

A pauta da semana inclui ainda dois projetos de decreto legislativo (PDLs) com foco nas relações internacionais:

 

  • PDL 552/2021 - aprova o Tratado de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, que reforça a cooperação em investigações criminais.
  • PDL 480/2023 - ratifica a Convenção sobre Facilitação do Tráfego Marítimo Internacional, atualizada pela Organização Marítima Internacional, visando modernizar o comércio marítimo.

 

Já a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS ouve, nesta segunda (20), duas peças centrais na investigação dos descontos indevidos: Tonia Andrea Inocentini Galleti, ex-membro do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB).

 

Tonia Galleti foi convocado para prestar depoimento sobre o bloqueio de suas denúncias e pedidos de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com associações e sindicatos. A oitiva foi solicitada por cinco parlamentares: Izalci Lucas (PL-DF), Damares Alves (Republicanos-DF), Beto Pereira (PSDB-MS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Duarte Jr. (PSB-MA).

 

Por sua vez, Gomes será ouvido no papel de investigado, em resposta de requerimentos de sete parlamentares: Fabiano Contarato (PT-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Rogério Correia (PT-MG), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES). O depoente foi identificado por investigações da Polícia Federal como possível operador do esquema de fraudes no INSS.

 

PODER JUDICIÁRIO

 

Nesta segunda (20), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participa, por videoconferência, da Conferência Magna sobre ‘Democracia: a dignidade humana e o dever de solidariedade”, no encerramento do Fórum DiversaMente – Neurodiversidade, Justiça Cognitiva e Democracia.

 

Na terça (21), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) continua o julgamento do núcleo quatro da trama golpista, conhecido como o “núcleo de desinformação”. A sessão começa com a apresentação do voto do relator, Alexandre de Moraes. 

 

Na sequência votarão os demais ministros: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Com o andamento rápido da última sessão de julgamento, na semana passada, a expectativa é que o julgamento seja concluído ainda nesta segunda sessão, com a análise do mérito e definição das penas em eventual condenação.

 

Na quarta (22) haverá sessão ordinária de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Estão na pauta, a partir das 14h: Reestruturação do Gaeco-RJ (ADI 7170) - discute a validade de resolução do MP-RJ que reestruturou o Gaeco e atribuiu a membros do MP a tarefa de presidir e conduzir investigações criminais. 

 

Inelegibilidade do Executivo (RE 1355228) - ação que discute se a substituição do chefe do Poder Executivo por breve período, em razão de decisão judicial, é causa legítima de inelegibilidade para um mandato consecutivo. 

 

Luis Tibé (Inq 3744) - STF analisa se recebe a denúncia contra o deputado federal Luís Tibé (Avante-MG) pelo suposto crime de peculato por meio de notas frias apresentadas à Câmara para reembolso de serviços gráficos ao seu gabinete.

 

Na quinta (23), no plenário do STF haverá sessão ordinária de julgamento que inclui os processos remanescentes das sessões de outubro, além das seguintes ações, a partir das 14h: Nepotismo (RE 1133118) - discute se a proibição do nepotismo abrange a nomeação de parentes para cargos políticos, como os de secretário municipal e estadual ou de ministro de Estado. 

 

Imposto sobre grandes fortunas (ADO 55) - analisa se o Congresso foi omisso ao não aprovar lei complementar para instituir o imposto sobre grandes fortunas.

 

Ainda na quinta (23), o STF realizará uma audiência pública sobre a rastreabilidade e a transparência das emendas parlamentares. O objetivo é discutir mecanismos para garantir maior clareza no uso dos recursos públicos destinados por emendas.
 

Renan Calheiros quer desmembrar projeto da isenção do IR e mudar texto de Lira; governo se preocupa com prazos
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Duas semanas após a aprovação na Câmara dos Deputados, por unanimidade, do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil, o governo vê com preocupação o andamento da proposta no Senado. 

 

Isso porque o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), além de ter marcado diversas audiências públicas para discutir o projeto, agora fala em desmembrar o texto e até em retomar a taxação de aplicações financeiras que fazia parte da medida provisória 1303/2025, arquivada por vencimento do prazo de validade.

 

Renan Calheiros disse nesta quinta-feira (16) a jornalistas que o relator da matéria na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), teria incluído em seu parecer trechos estranhos ao texto inicial enviado ao Congresso pelo governo Lula. Para Renan, essas mudanças precisariam ser revistas. 

 

O relator se posicionou nesta quinta-feira (16), após audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos, a favor da ideia de desmembrar o texto do projeto da isenção do IR. A ideia do senador alagoano seria aprovar no plenário e encaminhar para sanção presidencial os pontos consensuais, como a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. 

 

Em relação às compensações pela perda de receita com a medida, a ideia de Renan Calheiros é a de analisar separadamente os trechos incluídos por Arthur Lira durante a discussão da proposta na Câmara. O relator também quer rever a decisão de Lira de manter a isenção de IR para os dividendos superiores a R$ 50 mil que serão distribuídos até dezembro.

 

O texto aprovado pela Câmara preservou os dividendos apurados até o fim do ano da retenção de 10%, inclusive o estoque de anos anteriores ainda não distribuído. Renan disse acreditar que esse dispositivo acarretará fraudes, pois as empresas poderão programar neste ano o pagamento de dividendos até 2028.

 

Ao contrário do relator, o governo não deseja que haja o desmembramento do projeto. Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a posição do governo de concordância com o texto de Arthur Lira foi esclarecida aos técnicos do Senado em uma reunião realizada na noite de quarta (15). 

 

O encontro foi realizado no gabinete do senador Renan Calheiros, e contou com a presença do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

 

“O desmembramento do projeto não está na mesa. Eu participei da reunião com esse questionamento da consultoria, estava o Barreirinhas e o assessor dele, e a mim me pareceu que foi tudo esclarecido”, afirmou Jaques Wagner a jornalistas após a audiência na CAE.

 

Para as lideranças do governo no Congresso, um eventual desmembramento do projeto do Imposto de Renda causaria problemas políticos e jurídicos. Há ainda a preocupação de que a matéria possa acabar retornando para a Câmara, e que acabe não sendo aprovada neste ano. 

 

O projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil é a prioridade máxima do governo Lula neste ano. Para que produza efeitos junto à população em 2026, o projeto precisa ser aprovado até o final deste ano. 
 

Jerônimo justifica proximidade com Zé Cocá com relação "umbilical" com Jequié e evita politizar assunto
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), destacou, em declaração recente, uma série de ações e investimentos previstos para o município de Jequié e cidades vizinhas. O chefe do Executivo estadual afirmou que mantém diálogo constante com o prefeito Zé Cocá e que o governo trabalha em projetos nas áreas de infraestrutura, saúde e educação, além de parcerias com o governo federal e prefeituras locais.

 

“Com o Zé Cocá, fizemos uma reunião anteontem e tratamos de três ou quatro projetos importantes, entre eles a conclusão do mercado municipal. É possível que já possamos dar a ordem de serviço em breve”, disse o governador. A aproximação entre o governador e o prefeito de Jequié é avaliada como uma prévia do que pode acontecer em 2026, com a possibilidade de Zé Cocá apoiar a reeleição de Jerônimo.

 

Na área da saúde, Jerônimo informou que o governo estadual levará a Jequié uma agenda intensa de entregas, incluindo enfermarias e UTIs no Hospital Prado Valadares, além da construção de três unidades básicas de saúde e uma UPA, com recursos do Estado, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da própria prefeitura.

 

O governador também mencionou obras de mobilidade urbana e infraestrutura econômica, como intervenções no Centro Industrial e em vias importantes do município. Um dos pontos de destaque é o anel viário que liga a BR-116 a outras rodovias da região, obra considerada estratégica para o escoamento e o trânsito de veículos.

 

“Estamos aguardando a publicação da federalização desse anel e a licitação da obra, que é muito importante. Quem vem de Salvador, de Conquista e vai seguir para Ipiaú, Jequié ou Iguaí, hoje tem que passar por dentro de Jequié, o que é muito ruim. A ideia é resolver isso com o novo anel viário”, explicou.

 

Jerônimo também confirmou que visitará a cidade no dia 23 de outubro, quando fará anúncios e entregas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). “Jequié é uma cidade que me acolheu. Fiz o ensino fundamental e médio lá, e tenho uma relação umbilical com o município. Eu quero fazer por Jequié e vou fazer”, afirmou.

 

Outro tema abordado foi o aeroporto de Jequié, que, segundo o governador, enfrenta dificuldades operacionais por conta da neblina e das chuvas. O governo está realizando estudos técnicos para avaliar a viabilidade de um novo aeroporto em Itiruçu ou Jaguaquara, com o objetivo de garantir condições mais adequadas para pousos e decolagens, inclusive noturnos.

 

Por fim, Jerônimo informou que no sábado (18) participará de atividades em Lafayette Coutinho, incluindo entregas e anúncios de novas obras. Com isso, o governador destacou que chegará a 361 municípios visitados desde o início da gestão.

Rui diz que candidatura ao Senado será discutida no fim do ano e critica uso político de emendas parlamentares
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que ainda não há definição sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026, e que as conversas sobre o tema serão intensificadas na virada do ano. Segundo ele, a decisão será tomada de forma coletiva, considerando o cenário político nacional e as prioridades do governo.

 

“Estamos conversando todos os dias e haveremos de intensificar as conversas na virada do ano, porque temos que discutir a política no país inteiro”, disse o ministro na manhã desta sexta-feira (17).

 

Durante a entrevista, Rui Costa aproveitou para criticar a atuação de parte do Congresso Nacional, citando o que classificou como “uso absurdo e imoral das emendas parlamentares” e destacando a diferença entre dois grupos políticos no país.

 

“Há um grupo que defende PEC de blindagem e esse uso absurdo das emendas, que está virando assunto judicial e criminal. É o mesmo grupo que é contra isenção de Imposto de Renda e que, historicamente, foi contra o acesso dos pobres e dos negros à universidade por meio das cotas”, afirmou.

 

Rui destacou ainda o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na defesa dos interesses populares, citando o veto presidencial a propostas que, segundo ele, iriam contra a população. “O Lula está se destacando como aquele que não deixa dúvida. Tentaram aprovar a chamada PEC da bandidagem, e o presidente foi claro: se aprovarem, eu veto. E graças a Deus o povo se mobilizou, o Congresso recuou”, declarou.

 

Para o ministro, o debate político em 2025 será fundamental para definir o tipo de Congresso que a população quer eleger nas próximas eleições. “Mais do que nunca, é preciso que o povo pense não apenas em votar no presidente ou nos governadores, mas também em qual Congresso quer para o país”, afirmou.

 

Rui Costa defendeu que o país precisa de parlamentares mais alinhados com os anseios da população, tanto no âmbito federal quanto estadual. “Precisamos ter deputados e senadores sintonizados com o desejo do povo. Esse será o debate que teremos no próximo ano”, concluiu.

Jerônimo reforça parceria com Zé Cocá, confirma presença em aniversário de Jequié e relação pode definir apoio em 2026
Foto: Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) confirmou presença nas comemorações do aniversário de Jequié, entre os dias 23 e 25 de outubro, em mais uma sinalização de sua aproximação política com o prefeito Zé Cocá (PP), que apoiou ACM Neto (União) nas eleições de 2022 para o Palácio de Ondina.

 

O petista deve inaugurar uma praça construída com recursos municipais, além de assinar ordens de serviço e licitações para obras do Estado. O convite foi feito pessoalmente na terça-feira (15) por Cocá, durante encontro em Salvador, acompanhado do deputado estadual Hassan Iossef (PP), aliado do governador e principal articulador do prefeito na Assembleia Legislativa.

 

Além disso, informações obtidas com interlocutores do governador e do prefeito de Jequié apontam que a relação tem ficado cada vez mais "estreita". Um dos "sintomas", também, foi a ausência de convite de Zé Cocá para o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). O BN apurou que, apesar de externar o desejo em contar com Cocá em uma eventual chapa ao governo da Bahia no ano que vem, os dois políticos não tem mantido contato direto, sendo o último logo após a eleição de 2022. 

 

A relação entre Jerônimo e Cocá vem se estreitando desde o início do ano, após o governador chamar o prefeito para uma audiência na capital. Em abril, o petista passou três dias em Jequié a convite do gestor municipal. Por outro lado, desde a campanha de 2022 que ACM Neto e Zé Cocá não se falam. Nem mesmo por telefone. 

 

Ao contrário do governador, desde o término do último pleito estadual que Neto nunca foi convidado por Cocá para visitar Jequié, mesmo em ocasiões especiais, a exemplo do São João, ao contrário do governador, que esteve na cidade nos festejos juninos. Apesar disso, o ex-prefeito de Salvador costuma elogiar o progressista publicamente, colocando-o como uma das alternativas para uma eventual composição de chapa majoritária em 2026. 

 

“Cocá quer o apoio do governo para levar obras estruturantes não apenas para Jequié, mas para toda aquela região. E o governador já deixou claro o interesse de atender a esses pleitos. Esse trabalho articulado será fundamental para o desenvolvimento da nossa região. Sobre 2026, vou defender que o prefeito esteja, sim, no mesmo palanque do governador", afirmou Hassan.

 

Entre as obras prioritárias para o município está o novo aeroporto de Jequié, que será construído entre Jaguaquara e Itiruçu. Jerônimo deve levar Cocá a Brasília para tratar do tema com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e outros representantes do governo federal. Outra prioridade é o asfaltamento da estrada que liga o centro de Manoel Vitorino ao distrito de Catingal, essencial para o escoamento da produção agrícola.

 

Durante a agenda que começa no dia 23, Jerônimo também deve visitar Lafayete Coutinho e Manoel Vitorino, cidades administradas por prefeitos ligados a Cocá e Hassan, que hoje exercem influência direta sobre 17 prefeituras da região de Jequié. O atual prefeito de Jequié, inclusive, administrou Lafayete Coutinho antes de ser deputado estadual e ser eleito para a Cidade Sol. O gesto reforça o papel estratégico do grupo na recomposição política do governador no interior e indica que Zé Cocá deve estar ao lado de Jerônimo em 2026.

Otto avalia que permanência de Rui como ministro cabe a Lula e reforça pacto político na Bahia
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a decisão sobre uma eventual permanência do ministro da Casa Civil, Rui Costa, no governo federal, em vez de disputar as eleições estaduais, é uma questão exclusiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em tom conciliador, o presidente do PSD na Bahia ressaltou que a base aliada na Bahia mantém um pacto sólido, sustentado pela confiança e pela unidade entre Lula, Rui Costa, o senador Jaques Wagner e o governador Jerônimo Rodrigues.

 

“Essa é uma questão interna do presidente da República. É ele que vai decidir como vai aceitar, como vai fazer. Eu sou aliado e luto, como sempre, pela sustentação da aliança, que é muito sólida. É um pacto de solidez muito grande com Lula, com Wagner, com Rui e com Jerônimo. Então nós vamos encontrar uma solução lá na frente”, afirmou Otto.

 

Segundo o senador, qualquer definição sobre o papel de Rui Costa no cenário eleitoral será tomada no “primeiro ou no terceiro andar do Palácio do Planalto”, em referência ao gabinete do presidente Lula, ou no “COI com Jerônimo”, como se refere ao núcleo político do governo baiano.

 

“Quem vai decidir isso são os dois que vão para a reeleição. Sempre quem vai para a reeleição coordena e organiza a sua reeleição. O que vai organizar a de Lula é Lula”, pontuou o senador.

 

Otto Alencar reforçou ainda que não há pressa nem ansiedade quanto às definições políticas de 2026. Ele destacou sua postura de serenidade e compromisso com o trabalho parlamentar. Caso Rui seja candidato ao Senado, como almeja, é especulada a saída de Angelo Coronel (PSD) da chapa majoritária de 2026, formando o que os petistas chamam de "chapa dos sonhos" com dois ex-governadores, incluindo ele próprio e Wagner, e o atual governador como candidato à reeleição.

 

“Eu não tenho pressa para isso, não tenho ansiedade. Sou muito tranquilo, a minha vida sempre foi serena. Estou cumprindo meu mandato e tenho procurado trabalhar com dedicação, como fiz ao longo da minha vida inteira, muito intensa no trabalho. Vamos aguardar os fatos”, declarou.

 

O senador reafirmou a confiança na manutenção da aliança que sustenta o grupo político no estado e no governo federal. Para ele, os compromissos firmados entre as lideranças do campo governista devem ser honrados.

 

“Acho que não vamos ter problema. Compromisso é para ser cumprido. Há uma frase em latim que diz pacta sunt servanda, que significa que o pacto deve ser cumprido. Ou então dictum et factum: dito e feito. Diga e faça. É por aí”, completou.

Hamilton Assis confirma candidatura a deputado federal em meio a processo de cassação na Câmara de Salvador
Foto: Antonio Queirós / CMS

O vereador Hamilton Assis (PSOL) confirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, sua candidatura a deputado federal nas eleições de 2026. Segundo ele, a decisão tem como principal objetivo fortalecer o partido na disputa nacional e ajudar o PSOL a ultrapassar a cláusula de barreira na Câmara dos Deputados.

 

“Em função dos desafios que estão colocados para o partido em 2026, principalmente a necessidade de ultrapassar a cláusula de barreira e a falta de nomes competitivos para ajudar o partido nessa tarefa, o partido foi convencido, pelos meus companheiros, a colocar meu nome à disposição para ser candidato a deputado federal”, explicou Hamilton.

 

O parlamentar revelou ainda que seu nome chegou a ser cogitado para disputar o governo da Bahia, mas a legenda optou por lançar a pré-candidatura de Ronaldo Mansur.

 

“O partido avaliou a possibilidade de uma candidatura minha ao governo, mas decidiu priorizar o nome de Ronaldo Mansur para essa disputa. Assim, eu topei o desafio de concorrer à Câmara dos Deputados, até mesmo porque, na condição de vereador, isso não afeta o meu mandato”, afirmou.

 

Hamilton também comentou sobre os nomes cotados para concorrer à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Ele defendeu a reeleição do deputado Hilton Coelho e destacou as pré-candidaturas de Kleber Rosa e Jonathas Monteiro como fundamentais para o fortalecimento da bancada do PSOL no estado.

 

“A gente pretende priorizar a reeleição do mandato do companheiro Hilton, que é nossa prioridade. O partido sempre trabalha com essa lógica, especialmente quando se trata de um mandato que tem se posicionado de forma efetiva na AL-BA. Temos também o companheiro Jonathas Monteiro, que foi o segundo mais votado do PSOL e sai da região de Feira de Santana com mais de 30 mil votos, além de Kleber Rosa, que teve um desempenho extraordinário nas eleições municipais de 2024 e vai disputar uma vaga de deputado estadual”, disse.

 

Segundo informações obtidas pelo BN, o PSOL está confiante em conquistar duas cadeiras na Assembleia Legislativa e quer entrar na disputa por uma terceira vaga nas eleições do próximo ano.

 

MOMENTO
A confirmação da candidatura de Hamilton Assis a deputado federal se dá em meio a um processo de cassação movido contra ele por conta de um episódio de invasão do Centro de Cultura da Câmara de Salvador. Em outro momento da entrevista, o vereador comentou sobre o caso e afirmou que a Corregedoria deve arquivar o pedido, apresentado por um cidadão, identificado como Pedro Ivo Rodrigues Cortes, sob acusação de quebra de decoro parlamentar após a ocupação do plenário por professores.

 

Segundo o psolista, não há materialidade nas denúncias, e a acusação de que teria participado do ato é “infundada”, já que ele não estava presente no dia da ocupação.

Caiado negocia deixar União após indicativo de preferência por Tarcísio ou Ratinho à Presidência em 2026
Foto: Raffa Neddermeyer / Agência Brasil

O governador de Goiás e então pré-candidato à presidência, Ronaldo Caiado, estaria negociando uma saída do União Brasil diante das dificuldades enfrentadas para garantir uma eventual candidatura à Presidência. Integrantes da cúpula do União Brasil avaliam que a prioridade é garantir a unidade com outros partidos de direita e centro-direita, sugerindo nomes como os dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

 

As informações são do O Globo. O Solidariedade, que deve formar uma federação com o PRD, já manifestou interesse em receber Caiado e fornecer apoio na pretensão de concorrer ao Palácio do Planalto. O presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SP), acompanha a movimentação e vem negociando com Caiado.

 

“A gente tem conversado, mas nada oficial. Estou aguardando o posicionamento dele, se o União Brasil vai dar legenda. Se for candidato (à Presidência) e quiser vir para o Solidariedade, eu tenho que conversar com a federação, mas a gente não teria dificuldade de dar a legenda ao Caiado”, afirmou o parlamentar.

 

Caiado não se manifestou. A reportagem do jornal O Globo apurou, junto a auxiliares do governador de Goiás, que as negociações com o Solidariedade estão em andamento, mas que ainda não há uma conclusão para acordo. O entorno de Caiado indica que o objetivo principal é continuar no União Brasil e tentar o aval para a candidatura. 

 

A dificuldade se tornou clara conforme a fala do presidente do PP, Ciro Nogueira, em entrevista ao O Globo, destacando Tarcísio ou Ratinho como os candidatos que uniriam a oposição. Nas redes sociais, Caiado reagiu à exclusão e chamou Ciro de “quase ex-senador”. O PP negocia uma federação com o União Brasil, o que obrigaria as duas siglas a terem o mesmo candidato.

Lula diz que não quer saída de Rui Costa, mas afirma que não impedirá candidatura de ministros
Foto: Reprodução / YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (8), que não gostaria que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixasse o governo federal, mas ressaltou que não pretende impedir que integrantes de sua equipe concorram nas eleições de 2026. A declaração foi dada em entrevista a rádio Piatã FM.

 

“O problema que eu tenho é que eu não gostaria que o Rui deixasse o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir sacrifício do ministro que tem oportunidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para ser candidato”, declarou Lula.

 

Durante o discurso, o presidente destacou a importância da renovação de lideranças políticas no país e elogiou o grupo político baiano ligado ao PT. “Eu não vou impedir o crescimento e o surgimento de novas lideranças do Brasil, porque o Brasil está precisando. E o Rui é uma liderança extraordinária da Bahia”, afirmou.

 

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Lula também relembrou a trajetória eleitoral do ex-governador Jaques Wagner, de quem é aliado histórico, e ressaltou a força política do PT na Bahia.

 

“Quando o Jaques foi candidato a primeira vez, ele tinha 3% das intenções de voto, e Paulo Souto tinha 60%. Eu não queria que o Jaques fosse candidato. Ele foi e se elegeu no primeiro turno. Foi reeleito no primeiro turno, e elegeu o Rui, que também foi reeleito no primeiro turno”, disse.

 

O presidente ainda mencionou o atual governador Jerônimo Rodrigues, destacando o potencial político do grupo baiano.

 

“Sou muito grato ao Jaques, muito grato ao Rui e muito grato ao Jerônimo, que é uma promessa política extraordinária a nível nacional. O Jerônimo é, efetivamente, um menino de ouro. Acho que a Bahia merece um governador da qualidade dele”, concluiu Lula.

Na Bahia, Lula deve fazer convite para Rui "comandar" governo em 2026 e manter Coronel em chapa, dizem aliados
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará na Bahia, nesta quinta-feira (9). Com agenda em Camaçari, para a inauguração da fábrica da montadora chinesa BYD, e em Maragogipe, para anúncio de investimentos da Petrobras e do Ministério de Portos e Aeroportos, Lula pode trazer na bagagem outra oferta, porém, para o ministro da Casa Civil, Rui Costa. 

 

Aliados do presidente Lula tem indicado ao Bahia Notícias que o presidente irá formalizar um “convite” ao ministro, para que ele seja o responsável pela gestão federal - uma espécie de primeiro-ministro, durante o período de campanha, em 2026. O “apelo” para Rui “comandar” o governo e centralizar as demandas durante a atuação política de Lula a partir do próximo ano, além de demonstrar prestígio, desataria o impasse da chapa majoritária na Bahia. 

 

Os recentes movimentos de Rui, de reafirmar a própria candidatura ao Senado, podem ter como resposta do presidente Lula o convite ao ministro. O ato seria o “primeiro passo” de uma articulação mais ampla, garantindo a possibilidade reeleição de Angelo Coronel, com a presença do senador Jaques Wagner (PT) na chapa e conservando a parceria do PT com o PSD no âmbito estadual. Ao ex-governador Rui Costa seria prometida a vaga para disputar o Senado, em 2030, quando o finaliza o mandato do senador Otto Alencar — que se aposentaria da política. 

 

Para além do protagonismo nacional, a atuação de Lula também iniciaria o processo de pacificação nacional com o PSD, conforme indicaram os mesmos aliados do presidente. A relação ainda teria arestas por aparar, principalmente com relação ao nome que o partido apoiaria para a presidência da República, onde também possui um pré-candidato, o governador do Paraná, Ratinho Jr., Além disso, a relação do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seria outro ponto a ser “contornado” mediante a ação nacional de pacificação. 

 

BIRRA PASSADA?
A escolha do senador Angelo Coronel para a chapa majoritária nesta eleição carrega também a escolha feita em 2018. Anteriormente, ao BN, interlocutores do PT na Bahia indicaram que Lula possuiria uma certa “birra” com Coronel, não somente por conta da atuação do senador após ser eleito. Aliados ao governo baiano também confidenciaram que, já em 2018, durante o processo de escolha de Coronel para integrar a chapa majoritária, em uma troca com a então senadora eleita pelo grupo, a atual deputada federal Lídice da Mata (PSB), Lula já teria sinalizado resistência na escolha. 

 

Inclusive, um caso específico, durante um evento pré-eleitoral, na residência do deputado federal Valmir Assunção (PT) traduziria a birra. Lula teria sido direto sobre o desejo de não trocar Lídice por Coronel. “Mas precisa mesmo trocar? Acho melhor não”, revelou a fonte ao Bahia Notícias.

 

FUTURO

Como não há um sucessor definido para Lula, Rui Costa também deve ficar de olho nessa possibilidade. Caso assuma o “comando” do governo em 2026, durante a campanha eleitoral, o ministro da Casa Civil permaneceria fortalecido em um virtual segundo mandato, mantendo-o como uma opção para herdar o legado político do presidente.

 

O interesse de Rui em ser candidato à presidência da República não é novo e esbarra em outros nomes, considerados mais próximos de Lula e do PT de São Paulo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Candidato substituto de Lula em 2018, o futuro do ex-prefeito de São Paulo também é incerto em 2026, quando pode ser lançado no pleito ao Senado ou ao governo paulista — para enfrentar um franco-favorito Tarcísio de Freitas (Republicanos), cuja própria candidatura não é confirmada.

PP decide afastar André Fufuca da vice-presidência do partido por desobedecer ordem de sair do governo Lula
Foto: Reprodução Redes Sociais

Em nota oficial assinada por seu presidente, o senador Ciro Nogueira (PI), o PP anunciou nesta quarta-feira (8) que afastou o ministro do Esporte e deputado licenciado, André Fufuca (MA) de todas as decisões partidárias. Ciro, na nota, afirma que Fufuca foi afastado da função de vice-presidente nacional do partido, assim como de presidente do Diretório Estadual no Maranhão. 

 

Segundo o presidente do PP, a decisão foi tomada em função do descumprimento de determinação dada para que ele deixasse o seu cargo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Progressistas comunica que, diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência do partido”, diz a nota.

 

“O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, completa o comunicado. 

 

No mês de setembro, o PP havia concedido um prazo de um mês para que André Fufuca deixasse o cargo de ministro do Esporte. Esse prazo teria expirado no último domingo, 5 de outubro. 

 

Fufuca não só não deixou o cargo, como ainda participou, na última segunda (6), de evento ao lado do presidente Lula no Maranhão. O evento, na cidade de Imperatriz, teve como objetivo entregar unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. 

 

Mesmo com ultimato de seu partido para que deixasse o governo, Fufuca se pronunciou durante o evento, e disse que seguiria junto com o governo Lula.

 

“Presidente, é uma honra colaborar com seu governo. É uma honra saber que eu faço parte como ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que eu falo em alto e bom som, presidente. Eu estou com Lula. Eu estou com o Lula do Bolsa Família, eu tô com o Lula do Vale Gás, o Lula do Pé de Meia”, disse o ministro na solenidade em Imperatriz.

 

A permanência de Fufuca no governo pode ser confirmada também por publicação feita no Diário Oficial desta quarta. Um despacho assinado pelo presidente da República autoriza o afastamento do ministro para um evento esportivo no Chile.

 

Fufuca teve viagem autorizada pelo presidente Lula para participar, como representante do governo, da Assembleia Geral Ordinária da Panam Sports, de 9 a 11 de outubro, em Santiago, no Chile.

 

A exigência do PP para a saída de Fufuca do ministério chegou a ser criticada pelo presidente Lula durante uma entrevista no Maranhão na última segunda (6). Lula chamou de “pequenez” a possibilidade de o PP e o União Brasil punirem os ministros André Fufuca e Celso Sabino (União), por decidirem continuar em seus cargos.

 

“Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez, sabe? De achar que atrapalhar um ministro que está fazendo um bom trabalho, deixar de ser ministro por quê? Por raiva, por inveja, por disputa política”, declarou Lula.

 

“Quando chegar a época das eleições cada um vai pro canto que quiser. Eu não vou implorar pra nenhum partido ficar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo. Eu não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado não”, acrescentou o líder petista.
 

Haddad diz que tarifa zero no transporte público deve ser bandeira de Lula em 2026
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta terça-feira (7), que a proposta de tarifa zero no transporte público brasileiro deve integrar a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Em entrevista à Record, o ministro afirmou que um estudo técnico sobre a viabilidade da medida está em andamento por determinação de Lula.

 

"Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana", disse Haddad.

 

Mais tarde, no ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, Haddad destacou que o governo quer levantar alternativas para melhorar o transporte urbano. "Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor, mas estamos neste momento fazendo uma grande radiografia", disse.

 

"Quanto custa o setor, quanto o poder público está colocando de subsídio no setor, quanto as empresas mediante vale-transporte estão aportando para o setor, quanto está saindo do bolso do trabalhador, quais os gargalos tecnológicos, quais as oportunidades tecnológicas. Estamos fazendo um mapeamento. Vamos perseverar nesses estudos para apresentar uma radiografia do setor e verificarmos quais as possibilidades de melhorar isso que tem um apelo social muito forte”, completa. 

PT do Rio de Janeiro tenta convencer Neguinho da Beija-Flor a se candidatar ao Senado, mas cantor é filiado ao PL
Foto: Reprodução Redes Sociais

Depois de ter anunciado sua aposentadoria como intérprete nos desfiles de carnaval da escola Beija-Flor de Nilópolis, Neguinho da Beija-Flor, de 75 anos, pode enveredar pela carreira política em 2026. O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, está conduzindo uma articulação para convencer o veterano intérprete a se candidatar ao Senado no Rio de Janeiro pelo partido do presidente Lula. 

 

A ideia do vice-presidente do PT é transformar Neguinho da Beija-Flor no grande nome da esquerda para enfrentar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que lidera todas as pesquisas para ser reeleito em 2026. O PT do Rio de Janeiro já discute a possibilidade de incluir o nome do sambista em pesquisas de intenção de voto para testar sua viabilidade eleitoral.

 

Washington Quaquá declarou em suas redes sociais que a candidatura do mais famoso intérprete do carnaval carioca contaria com apoio expressivo dentro do partido. A movimentação de Quaquá, entretanto, pode atrapalhar os planos do PT de apostar na candidatura da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que também vem aparecendo bem colocada nas últimas pesquisas.

 

“Para tirar Flávio Bolsonaro do Senado, Neguinho da Beija-Flor é candidato. Um cara do povo, com raiz na Baixada, que entende o Rio. Um candidato para unir”, declarou Quaquá em suas redes sociais em foto ao lado do sambista.

 

O vice-presidente do PT destaca que Neguinho da Beija-Flor representa “um símbolo de identidade e resistência cultural da Baixada Fluminense”. O dirigente afirma que a trajetória do intérprete, que ganhou diversos títulos com a sua escola, é marcada pela ligação com Nilópolis e com a Baixa Fluminense. 

 

“Sua popularidade e reconhecimento como voz do povo dão a ele uma base social significativa, capaz de mobilizar apoios e unir diferentes setores em torno de sua candidatura”, diz Quaquá.

 

Apesar da intenção do grupo de petistas do Rio de Janeiro de contar com Neguinho da Beija-Flor no partido, será preciso primeiro convencer o sambista a deixar a sigla inimiga. Segundo o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, Neguinho é filiado, desde 2013, ao PL, partido que hoje representa o bolsonarismo. Na certidão de filiação de Neguinho, a situação dele consta como “regular” na legenda do ex-presidente.
 

PoderData: cresceu nos últimos meses o percentual dos que acham o governo Lula melhor do que o de Bolsonaro
Foto: Reprodução Redes Sociais

Uma pesquisa que questiona os brasileiros se o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria melhor ou pior do que o do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), é mais um levantamento que revela a recuperação do líder petista nos últimos meses. A pesquisa que compara o governo atual com o anterior foi divulgada nesta semana pelo instituto PoderData. 

 

Segundo o PoderData, tanto quem acha que o governo Lula é melhor do que o de Bolsonaro como aqueles que enxergam o contrário, que a administração atual é pior do que anterior, tiveram 38% de percentual entre os entrevistados. Para outros 22% os dois governos são iguais.

 

A diferença principal da pesquisa atual para o levantamento feito em julho está na mudança dos percentuais. Os que acreditam que o governo Lula é melhor do que o de Bolsonaro subiram de 33% em julho para 38% agora no final de setembro. Já os que enxergam o terceiro mandato do líder petista pior do que a gestão de Jair Bolsonaro tiveram redução de 40% na sondagem anterior para 38% na atual.

 

No pior momento do governo Lula, verificado no levantamento do PoderData feito em maio, apenas 30% dos entrevistados acham a administração atual melhor do que a anterior, enquanto 45% achavam que o mandato do petista era pior do que o conduzido por Bolsonaro. A diferença, há cerca de cinco meses, era de 15% contra Lula. 

 

Esses últimos cinco meses mostraram, portanto, uma redução total dessa diferença de 15%, com o empate atual entre os que acham que Lula é melhor e os que vêm o petista pior do que Jair Bolsonaro.

 

As taxas mais altas entre os que acham o governo Lula melhor do que o de Bolsonaro aparecem em meio às mulheres (39%), aos mas jovens (55%), aos moradores do Nordeste (46%), a quem tem apenas o ensino fundamental (43%), e no grupo de pessoas que ganham de dois a cinco salários mínimos (42%). 

 

Já os que afirmam que Lula tem um governo pior do que o de Bolsonaro estão principalmente entre os homens (41%), na população de 25 a 44 anos (46%), em meio aos moradores do Centro-Oeste (53%), a quem tem o ensino médio (46%) e para quem ganha mais de cinco salários mínimos (39%). 

 

Os dados foram coletados pelo instituto PoderData de 27 a 29 de setembro de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 178 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
 

Em meio a debates para eleições de 2026, Jerônimo se reúne com bancada estadual do PSD
Foto: Divulgação

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT), o senador Otto Alencar, os nove deputados estaduais do PSD e a secretária de Desenvolvimento Urbano do Estado, Jusmari Oliveira, deputada licenciada do PSD, se reuniram na manhã desta quinta-feira (02).  

 

Além de ouvir as considerações do governador e do secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, os deputados apresentaram suas demandas, fizeram sugestões e agradeceram a atenção dada aos municípios. Segundo a sigla, o encontro foi o segundo do tipo realizado pelo governador, que na semana passada recebeu a bancada estadual do PT.

 

Presidente Estadual do PSD, Otto Alencar destacou o resultado positivo da reunião que serviu também para fortalecer a parceria com o governo Jerônimo.  

 

“A reunião foi muito positiva, deputados e deputadas colocaram as suas demandas e reivindicações ao governador, alguns atendidos e outros por atender ainda, como é da política. Nós vamos colaborar com o governador, procurar da melhor forma possível ajudá-lo. Ele tem feito a parte dele com muita dedicação, muito trabalho, o governador trabalha, então tem uma expectativa muito positiva depois dessa reunião para continuarmos no caminho certo”, disse Otto.

 

A deputada Ivana Bastos, presidente da Assembleia Legislativa, destacou que com o trabalho conjunto os investimentos estão chegando nos municípios e aproveitou para reafirmar o compromisso com o Governador. 

 

“Nós, ali na Assembleia Legislativa, temos esse compromisso de cuidar da Bahia estar ao lado do Governador Jerônimo para que a Bahia avance cada vez mais”, afirmou.

 

Já o governador agradeceu o empenho do PSD na defesa do governo e garantiu que a parceria segue fortalecida. 

 

“Saio daqui muito contente. Quero agradecer mais uma vez e encaminhar um abraço para todos os prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, candidatos a vereador, lideranças, presidentes do PSD na Bahia inteira. Dizer da minha alegria de ter um partido parceiro e amigo”, finalizou.

Lula lidera pesquisa sobre quem seria um bom presidente em 2027; família Bolsonaro tem os piores índices
Foto: Ricardo Stucker/ PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em primeiro lugar em uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (2) e que fez abordagem diferente à população a respeito dos virtuais candidatos a presidente em 2026. O instituto Ipespe perguntou aos entrevistados não em quem votariam, mas quem as pessoas acreditam que seria um bom presidente.

 

Neste quesito, o presidente Lula foi quem teve a maior quantidade de menções positivas, com 47%. O resultado mostrou forte melhora de Lula em relação à pesquisa anterior, que apurou que apenas 39% consideravam que ele daria um bom presidente a partir de 2027. 

 

Na sequência, os que foram melhor avaliados com potencial de ser um bom presidente são os seguintes nomes:

 

Jair Bolsonaro (35%), Tarcísio de Freitas (33%), Fernando Haddad (32%), Michelle Bolsonaro (25%), Ratinho Jr. (23%), Romeu Zema (20%), Eduardo Bolsonaro (20%), Ronaldo Caiado (16%), Flávio Bolsonaro (16%), Eduardo Leite (11%). 

 

Na lista de 11 nomes apresentada aos entrevistados, o Ipespe também questionou quem não daria um bom presidente em 2027. Nesse recorte, Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresentaram o índice mais baixo, com 50%.

 

Confira abaixo como ficou o índice de rejeição na visão dos entrevistados, que apontaram quem não daria um bom presidente:

 

Flávio Bolsonaro (74%), Eduardo Bolsonaro (69%), Michelle Bolsonaro (66%), Jair Bolsonaro (62%), Eduardo Leite (63%), Ronaldo Caiado (59%), Romeu Zema (56%), Ratinho Jr. (55%), Fernando Haddad (54%), Tarcísio de Freitas (50%) e Lula (50%). 

 

No caso da avaliação do líder petista, assim como subiu a quantidade de pessoas que disseram ver ele como alguém que daria um bom presidente, caiu o percentual contrário, de quem não o vê nessa condição. Na pesquisa anterior, realizada em maio, 57% não viam Lula como um bom candidato a presidente, percentual que caiu para 50% agora em setembro.

 

O levantamento do Ipespe foi realizado entre os dias 19 e 22 de setembro deste ano. Foram entrevistados 2,5 mil pessoas a partir de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,45%.

Site afirma que Bolsonaro teria concordado em apoiar Tarcísio de Freitas como candidato a presidente em 2026
Foto: Reprodução Redes Sociais

Segundo informações da coluna da jornalista Andreza Matais, do site Metrópoles, nesta quarta-feira (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro teria dado aval ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que ele dispute as eleições presidenciais de 2026. 

 

A colunista afirma que um acordo neste sentido teria sido costurado entre Bolsonaro e os líderes do PP e do União Brasil. A dúvida agora seria em torno do momento adequado para o anúncio da decisão.  

 

O governador de São Paulo terá um encontro com Jair Bolsonaro na próxima segunda (29). Tarcísio foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para visitar o ex-presidente, que se encontra em prisão domiciliar, cumprida na sua casa no bairro Jardim Botânico, em Brasília.

 

De acordo com a coluna do Metrópoles, há um grupo que defende esperar até dezembro ou janeiro, sob o argumento de que isso livraria Tarcísio de ser acusado pelos eleitores de usar o governo de São Paulo como trampolim para o Planalto. Outros acreditam que Bolsonaro é quem vai definir o calendário para o anúncio.

 

Por enquanto, o governador de São Paulo segue afirmando que pretende ser candidato à sua reeleição. Essa declaração foi dada na semana passada, quando ele disse que não pretendia disputar a eleição presidencial em 2026.

 

“Eu pretendo concorrer à reeleição”, disse Tarcísio na última quarta (17), durante coletiva em Araçatuba, no interior de São Paulo.

 

A depender da conversa com Jair Bolsonaro na próxima segunda, essa posição do governador de São Paulo pode vir a ser modificada, no sentido da candidatura presidencial com apoio oficial do ex-presidente.
 

Adolfo Menezes rejeita candidatura a federal e deixa vaga do TCE em aberto: “Tem mais tranquilidade”
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

O deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), comentou sobre as possibilidades para o seu futuro político. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (22), o deputado negou a possibilidade de concorrer ao Congresso Nacional em 2026, mas deixou o caminho aberto para outra empreitada. 

 

“Eu respeito a todos que estão lá [no Congresso], a todos que estão aqui, mas querem chegar lá, mas eu nunca tive vontade, então a hipótese maior é que eu continue como deputado estadual”, reforça o deputado. 

 

Adolfo não nega, no entanto, que haja outras opções em vista, como ocupar uma das vagas disponíveis no Tribunal de Contas do Estado. A nomeação ocorre após votação e eleição interna na Assembleia Legislativa. 

 

Em resposta sobre a possibilidade de ocupar um cargo vitalício no TCE, Menezes indica que “gosto muito do que faço, até porque foram muito anos, uma vida inteira praticamente na política”. Sem negar ou confirmar uma candidatura, ele reitera: “Sou de uma família de políticos e vivi a vida inteira na política, então é claro que eu quero continuar na política, mas sempre tem um lado [positivo]. Como conselheiro, você tem mais tranquilidade, mas caso aconteça, eu vou acabar não saindo da política”, destaca. 

 

Ele reforça que, mesmo que opte por concorrer a uma das vagas do Tribunal, ele deve manter sua influência política. “Eu também não posso jogar meu patrimônio de votos fora, então possa ser que minha esposa seja candidata em algum lugar, mas é uma hipótese, isso nos só vamos decidir no ano que vem”, conclui. 

 

Confira o trecho: 

 

Rumores da desistência de ACM Neto em disputa pelo governo se sustentam por incômodo de aliados; entenda
Foto: Divulgação

Têm tomado tração rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), estaria avaliando a hipótese de não concorrer ao governo da Bahia em 2026. O movimento é celebrado por adversários, enquanto aliados enxergam com ceticismo qualquer movimento nesse sentido. No entanto, mesmo diante da emergência do tema, o entorno de ACM Neto evita falar abertamente sobre o tema, ainda que o incômodo exista com as abordagens.

 

Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o ex-prefeito reage a sucessivas tentativas de aliados em firmar compromissos eleitorais com antecedência, causando constrangimento e o tornando uma espécie de apagador de incêndios criados por outrem. Publicamente, ninguém reclama das atuações desses aliados, porém é crescente a “indignação” do núcleo mais próximo ao ainda pré-candidato ao governo baiano.

 

Dentre as indisposições, há a ofensiva do governo de Jerônimo Rodrigues (PT) para, desde 2023, “capturar” grupos políticos que no ano anterior marcharam ao lado do ex-prefeito. Somado a isso, um interlocutor revelou que pré-candidatos a deputados federal e estadual têm agido de maneira acintosa para “criar dificuldades para vender facilidades”. A pressão estaria tirando a paciência não somente de ACM Neto, mas também daqueles compartilham perspectivas semelhantes do ponto de vista eleitoral.

 

“Querem que ACM Neto assuma compromissos desde agora, como se fosse possível. Não é ano de política, isso deveria acontecer só no próximo ano. Tem gente querendo fechar lista de candidatos, como se isso fosse possível agora”, reclamou uma figura ligada ao ex-prefeito, em condição de anonimato. As queixas recorrentes, de falta de atenção a críticas pelo “sumiço” do pré-candidato do União Brasil a governador da Bahia, fazem crescer um mal-estar, cujos esforços para superação geram ainda mais tensão no grupo.

 

A leitura é que, por mais que virtualmente não haja uma candidatura a presidente de oposição definida, a musculatura do ex-prefeito para enfrentar Jerônimo Rodrigues garantiria desempenho bom para os oposicionistas locais. Por isso, quem trata como factível o abortamento prematuro da campanha é visto com reticência pela coxia do União Brasil na Bahia. “Querem que ACM Neto seja candidato nas condições deles, quando as condições para candidatura têm que vir do próprio ACM Neto”, sugere um dos articuladores.

 

Todavia, os rumores de uma eventual desistência da candidatura, a tanto tempo das definições, acendem o alerta para o futuro político de ACM Neto. “Seria a morte política dele”, vaticina um aliado.

 

FUTURO E POSSIBILIDADES
Os encontros recentes com aliados, seja durante agendas no interior do estado ou até mesmo em Brasília, como aconteceu na última quarta-feira (17), ilustram o tom da “antecipação” das negociações para disputa do próximo ano. Mesmo sem pressa, Neto sofrido também com a ameaça de alguns aliados próximos, indicando que a incerteza de uma candidatura na Bahia, ou até mesmo a possibilidade de integrar uma chapa nacional, pode repercutir na relação. 

 

A ideia de “repetição” do cenário apresentado em 2018, quando o então prefeito da capital baiana refugou em ir ao embate estadual com o governador da época Rui Costa (PT), indicando o atual prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (União) para a empreitada, ainda assusta alguns. O pleito seria de “carimbar” antecipadamente a presença nas eleições, confirmando a chapa que puxaria os candidatos a proporcional pelo grupo, mantendo um cenário “mais estável” para uma disputa extremamente concorrida e difícil, apontam aliados do ex-prefeito. 

 

Com o “sinal amarelo” de Neto, alguns nomes também estariam ensaiando uma “condicionante” para conseguir uma liberação em garantir sua eleição legislativa, caso ele não esteja nas urnas baianas. Presentes em algumas reuniões, aliados próximos indicaram a reportagem que “a incerteza pode gerar dissidentes”. 

Bruno Reis e ACM Neto ainda divergem sobre estratégia de composição de partidos para disputa pelo governo em 2026; entenda
Foto: Valter Pontes/SECOM

Muito ou pouco? Pensando na formatação da melhor estratégia eleitoral para a disputa ao governo da Bahia, em 2026, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) já deixou claro que não quer se preocupar com o número de partidos. Em declaração recente ao Projeto Prisma, do Bahia Notícias, Neto sinalizou que não quer “repetir erros” e indicou que deseja contar com cinco partidos no arco de aliança. Porém, no grupo de aliados, há quem discorde. 

 

Um dos mais próximos ao ex-prefeito, o atual gestor da capital baiana Bruno Reis (União) teria opinião distinta sobre o número de partidos no grupo. Segundo aliados próximos aos dois políticos, Bruno ainda teria a ideia de ampliar o número de partidos para conseguir ter “o maior número de candidatos” nas eleições de 2026. “Bruno tem um perfil de montador de legenda, entende que quanto mais candidatos, melhor”, indicou um interlocutor ao atual prefeito. 

 

Conhecido por conseguir realizar a estruturação de partidos, o prefeito já teria sinalizado aos mais próximos que poderia realizar a montagem de legendas menores. A iniciativa serviria para conseguir compensar o espaço perdido com a federação entre PP e União Brasil — juntos, os partidos terão 40 candidatos — já que a Bahia possui 39 cadeiras disponíveis na disputa, no caso da Câmara dos Deputados. Com um foco mais direto para a eleição da Câmara, a ideia ainda segue em debate. 

 

A ideia de Bruno conflita com o projeto de ACM Neto. “Uma das coisas que a gente errou foi ter tido 13 partidos políticos. A gente começou a inventar candidatos, pessoas que não tinham densidade eleitoral. Hoje, meu desejo é montar uma equação com cinco, talvez seis partidos, e está tudo certo. Existe uma base de partida nossa de construção, sendo a nossa fortaleza, é o que me importa tentar organizar”, disse durante o bate-papo.

 

Focado na “construção” dos mais próximos, Neto indicou que o foco seria na montagem do União Brasil e PP, com a federação, PSDB, Republicanos e PL. “Esses cinco partidos são a nossa base de partida, se esses cinco estiverem juntos em torno de uma única candidatura, esse candidato já vai ter mais tempo de televisão do que o PT, mais estrutura eleitoral em termos de recursos eleitorais. Está bom aqui, para que vou ter 13? Ao contrário, se quero fazer um trabalho de mudança política na Bahia, eu não posso chegar cheio de compromisso, com tudo já ocupado”, emendou Neto.

 

Em 2022, ACM Neto contou com uma coligação que teve 13 partidos: União Brasil, PP, Republicanos, PSDB, PDT, PSC, Solidariedade, Cidadania, Podemos, PRTB, PTB, DC e PMN. Com o cenário, Neto conseguiu “ampliar” o número de candidatos, porém segundo o ex-prefeito a “montagem” teria custado um tempo desnecessário para o sucesso nas urnas. 

 

BRUNO REIS E OS PARTIDOS
A “habilidade” de montador de partidos de Bruno se reflete nas eleições disputadas pelo gestor. Em 2024, o prefeito contou com 15 partidos em seu arco de apoio, com. Federação PSDB-Cidadania, Republicanos, PP, PDT, PTB, Podemos, PSC, DC, PRTB, União Brasil, Solidariedade e PMN. Outra prova da atuação de Bruno na gestão das chapas foi sua primeira eleição na capital, em 2020, quando, montou um “exército” de candidatos a vereador. Ao todo também foram 15 legendas. 

Inelegível? Marcell Moraes nega impedimento para eleição em 2026 e nega acirramento para Senado: “Acho que é fácil”
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

O ex-deputado estadual pelo PSDB, Marcell Moraes, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por campanhas irregulares na eleição de 2018, anunciou, nesta terça-feira (16), a sua pré-candidatura ao Senado Federal em 2026, pelo Partido Renovação Democrática (PRD). O procedimento do ex-legislador no TSE, em 2028, resultou na cassação do mandato o qual foi eleito, em 2018, e na sua inegibilidade por oito anos.

 

Em entrevista sobre a sua disponibilidade para concorrer às eleições de 2026, o pré-candidato afirmou que o prazo para a sua inegibilidade termina no ano que vem. “A partir do prazo de eleição de 2018. Então, de 2018 para 2026, constata o prazo do dia do que eu tomei a posse aqui. Eu não estou inelegível de posse, de forma alguma, estou elegível e com vontade de mudar essa Bahia”, afirmou. 

 

O político, que ficou conhecido como “protetor dos animais”, avaliou ainda as suas chances de chegar às vagas baianas no Senado, frente a possíveis adversários como Rui Costa, Jaques Wagner e Ângelo Coronel. Segundo ele, o caminho é “fácil”. 

 

“Acho que é fácil, porque é só votar um que defende gente, e outro vai votar em um que defende bicho. As pessoas vão ter a oportunidade de escolher, ‘eu voto em quem defende pessoas’ e vai ter a oportunidade também de votar nas pessoas que defendem animal”, conclui. 

Zé Coca indica prazo para confirmar posicionamento sobre 2026 e atrela entregas a adesão ao governo: "Ficaria difícil dizer não"
Foto: Divulgação

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), afirmou nesta sexta-feira (5), em conversa com o Bahia Notícias, que pretende anunciar até dezembro quem irá apoiar na disputa para o governo da Bahia em 2026. Ele também se disse lisonjeado ao ser lembrado na corrida para o Senado, conforme levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado em julho pelo site. 

 

"Vou discutir isso [da disputa para o governo] em dezembro. Nesse momento estou mais preocupado em cuidar dos assuntos de Jequié, da gestão. Além disso, vou tratar da majoritária de uma forma ampla, ouvindo toda a nossa microrregião, pois a luta que temos travado não é somente pelo avanço do nosso município", declarou Cocá. 

 

Ele admitiu, no entanto, que as conversas administrativas com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) podem avançar para a consolidação de uma aliança eleitoral se os compromissos institucionais feitos com Jequié e região, a exemplo de investimentos em obras estruturantes, se concretizarem. "Nesse caso, ficaria difícil até dizer não", ponderou. 

 

Cocá negou que esteja conversando sobre eleições com o governo ou com a oposição, liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). Reeleito em 2024 com quase 92% dos votos e líder político de um bloco formado por cerca de 50 colegas prefeitos, ele não descartou participar de uma chapa majoritária, se for convidado - o progresssita costuma ser cotado também para a vice. 

 

"Não posso dizer que dessa água não beberei. Fiquei muito feliz ao aparecer pontuado nessa pesquisa ao Senado sem nunca dizer que era candidato. Acho que isso é muito consequência do nosso trabalho tanto na Prefeitura quanto em defesa da pauta municipalista", declarou. O prefeito de Jequié, que já presidiu a União dos Municípios da Bahia (UPB) e já foi deputado estadual, apareceu com 4,6% dos votos na pesquisa de julho do instituto Paraná. 

 

Sobre a federação do PP com o União Brasil, Zé Cocá afirmou que a aliança visa atender principalmente a interesses nacionais das duas siglas, sem levar em conta os impactos e alianças regionais. 

 

"Vamos avaliar agora para ver o que vai acontecer. Eu estou confortável porque, a princípio, não sou candidato em 2026. Se eventualmente eu participar de uma chapa majoritária, teremos que analisar o caminho. Defendo, inclusive, que haja autonomia do PP sobre o posicionamento na Bahia, como sempre ocorreu", pregou. 

 

Aliado de Cocá na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Hassan Iossef deve deixar o PP porque está na base do governo. Já o deputado federal João Leão (PP), também próximo do prefeito de Jequié, prefere marchar com ACM Neto.

Paraná Pesquisas: No Distrito Federal, Lula perde de Jair Bolsonaro e Michelle, mas ganha de Tarcísio de Freitas
Montagem com fotos: Antonio Cruz/Marcelo Camargo/ABr / Mônica Andrade/Governo SP

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro venceriam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Distrito Federal se as eleições fossem hoje. Em um terceiro cenário, entretanto, Lula derrotaria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

 

Esses são alguns dos resultados de um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas com eleitores do Distrito Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 27 de agosto. 

 

No primeiro cenário apresentado pelo Paraná Pesquisas aos entrevistados, o ex-presidente Bolsonaro, que está inelegível, alcança 36,8% das intenções de voto no Distrito Federal, contra 27,1% de Lula. 

 

Outros nomes que aparecem na simulação são do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 10,5%; do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9,5%; do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), com 3,2%; e do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,6%. 

 

No segundo cenário, Michelle Bolsonaro lidera com 31,4%, contra 27,2% de Lula. Logo depois, na sequência, estão Caiado (13,1%), Ciro Gomes (9,9%), Ratinho Junior (4,7%) e Helder Barbalho (0,6%). 

 

O terceiro cenário opõe o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas. Lula aparece na frente, com 27,4% das intenções de voto, contra 22,5% de Tarcísio. O detalhe é que o presidente Lula tem praticamente a mesma porcentagem dos outros cenários. 

 

No terceiro cenário, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem seu melhor resultado, com 14,2%. Logo depois aparecem Ciro Gomes, com 12,3%; Ratinho Junior com 5,2%; e Helder Barbalho, com 0,7%. 

 

Para realizar o levantamento, o Paraná Pesquisas entrevistou 1.510 pessoas no Distrito Federal. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos. 
 

Incentivada por Janja, Margareth Menezes prepara candidatura a federal e movimenta setor cultural por votos
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

As já disputadas cadeiras para representar a Bahia na Câmara dos Deputados, em Brasília, deve ganhar um novo nome em breve. Com diversas pré-candidaturas ligadas ao governo e a oposição já definidas, o Partido dos Trabalhadores deve ganhar mais uma "jogadora": a ministra da Cultura Margareth Menezes. 

 

Ainda sem comentar o assunto, existe uma forte tendência de que a atual ministra confirme seu nome na disputa, movimentando ainda mais o cálculo eleitoral do PT, incluindo as legendas que podem permanecer federadas com a sigla, o PCdoB e o PV. O primeiro "ensaio" da ministra na disputa foi revelado pelo articulista político Victor Pinto, ao indicar a possibilidade de uma candidatura. 

 

Dentro do PT, duas correntes ainda acompanham o processo de candidatura da ministra. Um dos campos ainda analisa com cautela o movimento, já que a chegada de um nome de “expressão” para a disputa, poderia impactar diretamente nas contas de outras candidaturas. A defesa seria manter Margareth no debate público, ampliando o impacto da ministra no campo político e projetar uma candidatura em outra eleição, até em 2030. Apesar disso, outra vertente incentiva a ministra ir à disputa.

 

Internamente, com os mais próximos, “Maga” ainda não sinaliza com firmeza a candidatura. Porém, um novo elemento pode impactar diretamente na decisão da ministra, já que a primeira-dama, Janja da Silva, tem influenciado o processo. Um projeto para a formação de uma “bancada de Janja” tem sido articulado e, o movimento, incluiria Margareth Menezes. Janja estaria, nos bastidores, incentivando algumas ministras a disputarem uma vaga na Câmara, incluindo também Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil, e Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil. 

 

Como “aceno recente”, Janja esteve em Salvador, prestigiando a celebração dos 20 anos da Fábrica Cultural, fundação ligada a Menezes, onde reforçou apoio ao empreendedorismo feminino na Bahia. O evento, ocorrido em agosto, também serviu para aproximar ainda mais Margareth do desejo de Janja no incentivo à candidatura. 

 

Apesar disso, a política tem um tempo próprio. Lideranças petistas no estado tem sinalizado uma certa cobrança para uma definição sobre a candidatura da ministra. “Ela está ainda na indefinição. Mas, hoje, muito mais inclinada a ser [candidata]. Na política existe uma cobrança para a definição. No PT [a vaga para federal] vai ser disputada”, indicou um aliado próximo à ministra. 

 

Mesmo com o “desafio” de angariar votos, a ministra também olha para concorrentes internos que podem fazer seu "voto de opinião" minguarem. Como exemplo, a candidatura de Olívia Santana (PCdoB), dentro da Federação, poderia dificultar o recebimento de votos na capital baiana. Dentro do PT, outro nome ainda pode dificultar a vida da ministra, pela ligação com o voto feminino: Moema Gramacho. A ex-prefeita de Lauro de Freitas ainda não sinalizou pela candidatura. 

 

Com isso, a ideia de ter Margareth na chapa também tem impulsionado algumas lideranças a repensar o futuro. Com o voto mais ligado as pautas culturais, a ministra pode realocar outra candidatura, no caso, a da atual presidente da Funarte, a ex-vereadora de Salvador Maria Marighela. 

 

Candidata a deputada em 2022, Marighella estava articulando sua candidatura no próximo ano, pensando na manutenção dos 53.364 votos que conseguiu na última eleição federal. Porém, com o movimento de Margareth, a atual gestora da Funarte já teria se conformado em pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) onde existiria uma maior possibilidade de êxito na eleição, também contando com uma “dobradinha” com a ministra. Além disso, após deixar a Câmara de Salvador, seu "impacto eleitoral" não seria o mesmo. 

 

CENÁRIO DIFÍCIL 

Ainda que conte com o apoio de Janja na disputa e tenha o Ministério da Cultura para alavancar votos, a ministra Margareth não deve ter facilidade em se eleger, caso decida ir para o pleito. A leitura feita por alguns líderes do grupo petista na Bahia é que, para conseguir pensar em um mandato como deputada federal, em 2026, a ministra terá que dispor de pelo menos 100 mil votos. 

 

Para conseguir um desfecho positivo, a ministra também estaria contando com um reforço local: o secretário de Cultura Bruno Monteiro. A "amplitude" da campanha de Margareth poderia ser impactada pelo direcionamento de Monteiro, que detém a relação no interior do estado com gestores culturais, conselheiros e lideranças ligadas ao setor. Em 2022, o próprio Bruno Monteiro fez uma forte atuação para a campanha de Marighella, podendo agora também auxiliar a "dobradinha cultural" no pleito. 

Com manobra de Alcolumbre, Senado aprova projeto que enfraquece Lei da Ficha Limpa; baianos votaram a favor
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Com 50 votos a favor e 4 contra, foi aprovado no Senado, na tarde desta terça-feira (2), o 192/2023, que altera a Lei da Ficha Limpa (Lei 134/2010) e flexibiliza as regras de inelegibilidade. Como já foi aprovado também na Câmara, o projeto segue agora para sanção presidencial. 

 

O PLP 192/2023, de autoria da deputada Dani Cunha (PSD-RJ), promove significativas alterações na Lei da Ficha Limpa, unificando os prazos de inelegibilidade e enfraquecendo as restrições atuais. A votação da proposta vinha sendo adiada desde o ano passado, e nesta semana, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), permitiu a votação em modo remoto, para dificultar a obstrução da matéria. 

 

Alcolumbre inclusive desceu da Mesa Diretora e anunciou que iria votar a favor do projeto. Caso as alterações propostas no texto do projeto sejam sancionadas integralmente, políticos que já enfrentaram condenações e se encontravam barrados pela Lei Ficha Limpa, como o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o ex-deputado federal Eduardo Cunha, poderão estar aptos a se candidatar já nas eleições de 2026.

 

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que pode vir a ser um dos principais beneficiados com a futura nova lei, é pai da deputada Dani Cunha, autora do projeto. 

 

O relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA) unifica em oito anos o prazo em que os candidatos ficam impedidos de disputar eleições por condenação judicial, cassação ou renúncia de mandato. O projeto estabelece que esse prazo passa a contar a partir da condenação em segunda instância. Hoje, os oitos anos contam somente a partir do final da pena.  

 

A proposta aprovada no Senado estabelece que o período de inelegibilidade será fixo em oito anos, a partir de eventos como a perda do mandato, renúncia do cargo, ou condenação em segunda instância, independentemente da conclusão das penas. Ou seja, o projeto tornará menor o tempo de inelegibilidade. Se aprovado, o texto passa a valer para casos de inelegibilidade já definidos, e não apenas para as próximas condenações. 

 

Por meio de emenda proposta pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), uma solução foi encontrada para permitir que os prazos de inelegibilidade se somem apenas em casos específicos, como crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, visando pacificar discordâncias entre as lideranças.

 

Outra alteração significativa na proposta é o aumento das exceções à aplicação da inelegibilidade em casos de improbidade administrativa, além de estabelecer um limite de 12 anos de inelegibilidade quando houver múltiplas condenações. Esses novos parâmetros podem efetivamente criar um caminho mais fácil para políticos anteriormente condenados que desejam retornar à vida pública.

 

Os três senadores da Bahia - Angelo Coronel (PSD), Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) - votaram a favor da aprovação do projeto. 
 

Sinal amarelo no grupo de ACM Neto: Movimentações de alguns pode fazer ruir a unidade do grupo inteiro
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

As recentes movimentações do grupo político liderado por ACM Neto estariam expondo uma realidade incômoda: falta comando e há excesso disputas internas. À medida que se aproximam as eleições estaduais do próximo ano, em vez de apresentar coesão e estratégia, o grupo estaria dando demonstrações de desorganização e fragilidade, consequência direta da ausência de liderança firme.

 

Acordos políticos firmados por aliados vêm sendo desrespeitados de forma aberta, evidenciando que a palavra empenhada deixou de ter valor dentro da própria base. Essa postura não só alimenta rivalidades internas, como começa a projetar a imagem de um grupo dividido, mais preocupado em disputar cargos do que em construir um projeto sólido para a Bahia.

 

São constantes as reclamações sobre investidas de integrantes de peso sobre bases eleitorais de colegas, principalmente de Elmar Nascimento, Elinaldo Araújo e Igor Dominguez, que tem incomodado bastante os colegas. Recentes movimentações tem funcionado como rastro de pólvora, prestes a incendiar o grupo inteiro.

 

Nesse contexto, salta aos olhos o silêncio de ACM Neto, que se mantém distante das quebras de compromissos e da disputa desenfreada por espaços. Um deputado ouvido, que preferiu o anonimato, desabafou “o que se espera de um líder é a capacidade de arbitrar conflitos e impor disciplina política. No entanto, Neto tem se esquivado do papel de comando, permitindo que o desgaste cresça e fragilize ainda mais o grupo”.

 

Por outro lado, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, tem adotado uma postura que agrava ainda mais a instabilidade. Ao tentar emplacar a candidatura de Igor Dominguez, seu chefe de Gabinete por mais justificável que seja, tem sido percebido por alguns como falta de compromisso com a coletividade da base.

 

Se não houver uma intervenção imediata e firme, o grupo corre o risco de chegar às próximas eleições dividido e enfraquecido, incapaz de competir em condições de vitória. O momento exige um freio de arrumação urgente. Sem isso, o que deveria ser um projeto político consistente pode se transformar em palco de disputas pessoais e, inevitavelmente, em derrota.

Senadores aprovam na CCJ projeto que altera Código Eleitoral com inclusão do voto impresso
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Logo após a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do projeto que estabelece uma reforma em diversos pontos do Código Eleitoral, aconteceu uma reviravolta que levou à aprovação de um destaque que institui o voto impresso no Brasil. 

 

O destaque, de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), foi aprovado por 14 votos a favor e 12 contrários. Com isso, o texto do projeto do novo Código Eleitoral segue ao plenário com a inclusão do texto relativo ao voto impresso. 

 

Pelo texto aprovado na reunião da CCJ desta quarta-feira (20), “a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado”. 

 

Na defesa da sua emenda, o senador Esperidião Amin afirmou que o voto impresso terá como vantagem o fato de aumentar a confiança da população no processo eleitoral, além de servir como um meio mais seguro de auditoria de processo eletrônico de votação.

 

"Não estou falando de sistema eleitoral, estou falando da auditabilidade do voto. Na maior democracia do mundo - que não é a americana nem a brasileira, é a da Índia, com 1 bilhão de eleitores, e a eleição dura cinco, seis semanas -, há um grande número de analfabetos. A urna eletrônica é auditável. Ou seja, é um meio que dá segurança. Não é voto impresso, é voto impresso para fim de auditoria", afirmou Amin.

 

O projeto aprovado de forma simbólica pela Comissão é de autoria da Câmara dos Deputados. O relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), fez diversas alterações no texto que saiu da Câmara. Caso o relatório de Castro seja aprovado no plenário, o projeto retornará para nova votação na Câmara. 

 

Entre as mudanças feitas pelo relator no texto, foi limitado a no máximo oito anos o prazo em que um político fica inelegível por conta da Lei Ficha Limpa. O relator também reduziu para um ano a quarentena para que juízes, promotores e policiais possam se candidatar a cargos eletivos. Essa quarentena só vai valer a partir das eleições municipais de 2028.

 

Por outro lado, o senador Marcelo Castro manteve a cota de 20% para cadeiras de mulheres na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores.
 

Lídice da Mata garante que PSB Bahia “ficará com Jerônimo” apesar de federação com Cidadania
Foto: Bahia Notícias

A deputada federal Lídice da Mata falou sobre a federação formada pelo PSB e o Cidadania, destacando que a proposta é unitária, tendo sido decidida em âmbito nacional. Segundo ela, que preside o PSB na Bahia, “geralmente o partido que é mais forte no estado assume a primeira direção”, mas, como a federação tem duração prevista de quatro anos, há espaço para revezamentos, se necessário.

 

Questionada sobre a pertinência da federação diante de dissoluções de outras alianças, Lídice afirmou que a medida é importante para fortalecer o partido: “O partido que fica sozinho tem um esforço muito maior para formar suas chapas e, portanto, crescer e ter vitórias maiores. Eu acho imprescindível para o PSB fazer federação”.

 

A deputada também ressaltou que a federação deve ser feita com partidos de posições políticas aproximadas e baseada em acordos de projeto para o futuro. Quando questionada sobre a possibilidade do PSB na Bahia passar para o lado de ACM Neto, ela afirmou que “o PSB da Bahia ficará com Jerônimo”.

 

A deputada destacou que a prioridade do partido continua sendo o crescimento e a formação das chapas para eleições futuras. Ela citou que espera que a negociação com o Cidadania seja “vitoriosa e proveitosa”.

 

Sobre a participação do PSB na chapa majoritária estadual, Lídice afirmou que o partido deseja compor o grupo e colocar nomes à disposição, citando que o ex-deputado federal Bebeto Galvão é atualmente o primeiro suplente do senador Jacques Wagner.

Esposo de prefeita de Conquista inicia articulação para disputar vaga de deputado
Foto: Reprodução / Blog do Anderson

Já de olho nas eleições 2026, começam a surgir nomes no cenário político de Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano. Um deles é o de Wagner Alves, esposo da prefeita Sheila Lemos (União). Segundo o Blog do Anderson, parceiro do Bahia Notícias, nesta semana, a prefeita confirmou que as articulações políticas seguem em andamento.

 

Wagner Alves poderá disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ou até na Câmara dos Deputados. A pré-candidatura recebeu elogio do ex-vereador José William e deve seguir costurando outros apoiadores.

Disputa pelo PRD aquece bastidores da política e vem mexendo no tabuleiro de possíveis filiações
Foto: Arquivo / Câmara dos Deputados

A disputa pelo controle do PRD na Bahia, protagonizada pelo deputado federal Elmar Nascimento (União) e pelo atual presidente Francisco Elde, pupilo de Bruno Reis, tem oferecido mais bastidores do que perspectivas reais para os pré-candidatos a deputado estadual. Os potenciais nomes estão sendo atraídos por promessas que, no mínimo, beiram ao devaneio político.

 

Elmar, que almeja transformar o PRD em um trampolim para o seu projeto de poder estadual, vem percorrendo o interior do estado distribuindo generosas promessas: a cada novo filiado disposto a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), oferece de 10 a 15 mil votos “garantidos”, além, claro, de prometer robustas cifras oriundas do fundo eleitoral. Um marketing de filiação de alto custo e baixa sustentabilidade, especialmente vindo de quem ainda enfrenta grandes dificuldades para consolidar a eleição de seu próprio primo, o deputado estadual Júnior Nascimento (União).

 

Júnior, aliás, foi salvo na última eleição por uma margem apertada de votos e chega ao PRD com o desafio de sobreviver politicamente em um cenário cada vez mais competitivo. Diversos ex-prefeitos da sua região, hoje pré-candidatos com força eleitoral consolidada, a exemplo de Luciano Pinheiro (PDT), de Euclides da Cunha; Dr. Thiago Gilleno (PSD), de Ponto Novo; Carlinhos Sobral (MDB), de Coronel João Sá; Elinaldo Araújo (União), de Camaçari; e Ditinho Lemos (União), de Santo Antônio de Jesus, vêm avançando sobre suas bases, criando um ambiente de fragilidade crescente em torno de seu nome.

 

Para piorar o quadro, o ingresso do deputado estadual Marcinho Oliveira (União) no PRD, nome com expectativa de votação expressiva, e do deputado estadual Paulo Câmara (PSDB), que também busca sobreviver, evidencia que o partido tende a ter um quociente limitado e disputado. Ou seja: se o partido não garante sequer a reeleição de figuras com mandato, o que dizer das promessas feitas aos novatos?

 

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Enquanto isso, Bruno Reis, embora também envolvido na disputa pelo comando do PRD, parece não depositar plena confiança no partido. Seu candidato, Igor Domingues, já é ventilado nos bastidores como possível filiado ao PL, um movimento que demonstra com clareza a percepção de que, sob controle de Elmar, o PRD talvez seja apenas um partido de promessas, e não de viabilidade eleitoral real.

 

No final das contas, a briga pelo PRD revela muito mais sobre os projetos pessoais dos seus protagonistas do que sobre qualquer construção partidária sólida. Resta saber se os que hoje são atraídos pelas promessas de votos e recursos já perceberam e também estão jogando, diante da possibilidade de que no PRD de Elmar, pode não haver espaço nem para os da família. (Atualizado às 09h47)

Jânio Natal nega candidatura ao Governo da Bahia e reforça compromisso com Porto Seguro
Foto: Reprodução / Prefeitura Municipal de Porto Seguro

O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), negou nesta terça-feira (5) qualquer articulação política para disputar o Governo da Bahia ou compor uma chapa como vice nas eleições de 2026. A resposta vem após a circulação de informações em sites e redes sociais apontando que o nome de Jânio estaria sendo cogitado por lideranças do PL, incluindo o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto.

 

Em nota ao Bahia Notícias, a gestão alega haver uma tentativa de adversários políticos de criar instabilidade. "Não existe qualquer conversa nesse sentido. Meu compromisso é com Porto Seguro. Estou totalmente focado na gestão da nossa cidade", confirma a prefeitura.

Valdemar Costa Neto sinaliza apoio a prefeito de Porto Seguro para sucessão estadual na Bahia
Foto: Reprodução / Blog Políticos do Sul da Bahia

Com as eleições no cenário político baiano está agitado com as recentes movimentações envolvendo o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL). Ele tem estreitado laços com o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que chegou a se hospedar na casa do gestor no litoral norte de Salvador.

 

Fontes próximas ao partido contaram ao Blog dos Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias que Jânio Natal está sendo considerado por Valdemar Costa Neto como um possível candidato ao Governo da Bahia nas eleições de 2026.

 

Embora a ideia ainda esteja em fase inicial, ela já é vista como uma possibilidade real entre as lideranças do PL no estado. Vale lembrar também do nome do ex-ministro João Roma liderança regional do partido que segue em apoio ao ex-presidente Bolsonaro, apesar da ilegibilidade.

 

 

A eventual pré-candidatura de Jânio Natal representaria uma aposta do Partido Liberal em um nome com forte apelo popular, especialmente nas regiões sul e extremo sul da Bahia, onde o prefeito possui grande influência política. Até o momento, não há uma confirmação oficial por parte de Jânio Natal ou da direção estadual do PL.

 

Nos bastidores, essa articulação é vista como mais uma peça no tabuleiro da oposição ao atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), que buscará manter seu grupo político no poder pela quarta eleição consecutiva.

ACM Neto diz que Jerônimo "tem mais problemas" que ele para alianças em 2026 e cita PSD
Foto: Reprodução / Youtube

O ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto (União), afirmou que a base governista do governador Jerônimo Rodrigues (PT) “tem mais problemas” do que a oposição liderada por ele, no que diz respeito a manutenção e formação de alianças para a disputa eleitoral de 2026. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (28), o líder do União Brasil na Bahia rebateu às críticas do governo de que as alianças oposicionistas estariam fragilizadas. 

 

Em sua resposta, ACM Neto citou a situação da base petista com PSD e suas figuras como Otto Alencar e Angelo Coronel. “Qual é maior debate político que ocorre hoje, de mudança ou não de lado? É alguém que está me deixando ou é o PSD que pode deixar o Governo? Ou é a turma do PT que quer fazer chapa puro-sangue e pode tirar Coronel e Otto da equação? Então, eles têm lá as críticas deles que usam como querem, mas desconsideram que eles próprios tem mais problemas do que a gente”, alfineta. 

 

O ex-prefeito da capital baiana contextualiza ainda que essas movimentações são naturais na disputa política e indica que “ainda tem muita água para rodar de baixo dessa ponte”. “Você pode ver que essas mudanças de lideranças políticas são coisas que acontecem na vida política com muita ocorrência. Na campanha passada, de 2022, a principal mudança que aconteceu na Bahia foi o apoio de João Leão, que era vice-governador de Rui Costa, que nos apoiou e trouxe o Progressistas para nos apoiar”, relembra. 

 

“Então, não significa que é só em uma direção, existem movimentos nas duas direções. Segundo, os partidos políticos ainda têm muito a acontecer. Acho que ainda tem muita água para rodar de baixo dessa ponte”, diz ele, se referindo a disputa eleitoral de 2026.

 

O opositor do governo do estado aponta ainda que “tem um outro elemento que precisa ser colocado na mesa. A gente sabe que o grupo de lá reúne Governo do Estado e Governo Federal, isso tem uma natural força de atração na máquina política. Só que candidatura de oposição é de povo, não de política”, completa. 

 

Confira o trecho:

 

"Fico lisonjeado mas não me divide, meu projeto está na Bahia", diz ACM Neto sobre eventual composição nacional como vice
Foto: Bahia Notícias

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, afirmou que não cogita disputar cargos fora da Bahia nas eleições de 2026. A declaração foi feita em resposta a especulações veiculadas na imprensa nacional que o apontam como possível candidato a vice-presidente da República em uma eventual chapa encabeçada, por exemplo, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

 

“Fico lisonjeado e feliz de ver meu nome especulado na imprensa nacional com a possibilidade de ser candidato a vice. Mas confesso que isso não me divide, nem minha atenção e nem meu pensamento, porque eu não cogito essa hipótese, meu projeto está na Bahia. Meu desejo é contribuir com meu estado, se possível como candidato a governador”, afirmou ACM Neto durante entrevista ao Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias.

 

Sobre outros possíveis caminhos eleitorais, o ex-prefeito reiterou que seu foco permanece no cenário estadual: “Eu sei que é cedo para dizer que descarta qualquer outra possibilidade, mas hoje eu não penso em nenhuma outra: não penso em ser candidato ao Senado, a deputado e nem a vice. Se não der para ser candidato a governador do estado, eu vou ser cabo eleitoral, é o que está na minha cabeça”, disse.

 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O Cacique foi quem apareceu, mas a verdade é que mais gente penou sem tradutor na vinda de Macron pra Salvador. O Ferragamo teve que cobrar as dívidas com Bob Filho, que botou seu inglês Fisk pra jogo. E o pobre do presidente francês ficou sem tradução de Brown também. Antes o Ferragamo investisse mais num cursinho do Nupel. Enquanto isso, o Galego segue dando aulas de política e de "povo". E, graças ao Bengala, Step vai poder adicionar mais um "ex" na sua bio do Instagram. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Xororó

Xororó
Foto: GNT

"Tem uma cicatriz". 


Disse o cantor cantor Xororó, da dupla com Chitãozinho ao comentar no 'Que História É Essa, Porchat?', que foi atingido por um tiro de festim durante um espetáculo. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista secretária de Educação da Bahia Rowenna Brito

Projeto Prisma entrevista secretária de Educação da Bahia Rowenna Brito
Secretária de Educação da Bahia, Rowenna Brito, é o entrevistada Projeto Prisma nesta segunda-feira (17). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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