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Já de olho nas eleições 2026, começam a surgir nomes no cenário político de Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano. Um deles é o de Wagner Alves, esposo da prefeita Sheila Lemos (União). Segundo o Blog do Anderson, parceiro do Bahia Notícias, nesta semana, a prefeita confirmou que as articulações políticas seguem em andamento.
Wagner Alves poderá disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ou até na Câmara dos Deputados. A pré-candidatura recebeu elogio do ex-vereador José William e deve seguir costurando outros apoiadores.
A disputa pelo controle do PRD na Bahia, protagonizada pelo deputado federal Elmar Nascimento (União) e pelo atual presidente Francisco Elde, pupilo de Bruno Reis, tem oferecido mais bastidores do que perspectivas reais para os pré-candidatos a deputado estadual. Os potenciais nomes estão sendo atraídos por promessas que, no mínimo, beiram ao devaneio político.
Elmar, que almeja transformar o PRD em um trampolim para o seu projeto de poder estadual, vem percorrendo o interior do estado distribuindo generosas promessas: a cada novo filiado disposto a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), oferece de 10 a 15 mil votos “garantidos”, além, claro, de prometer robustas cifras oriundas do fundo eleitoral. Um marketing de filiação de alto custo e baixa sustentabilidade, especialmente vindo de quem ainda enfrenta grandes dificuldades para consolidar a eleição de seu próprio primo, o deputado estadual Júnior Nascimento (União).
Júnior, aliás, foi salvo na última eleição por uma margem apertada de votos e chega ao PRD com o desafio de sobreviver politicamente em um cenário cada vez mais competitivo. Diversos ex-prefeitos da sua região, hoje pré-candidatos com força eleitoral consolidada, a exemplo de Luciano Pinheiro (PDT), de Euclides da Cunha; Dr. Thiago Gilleno (PSD), de Ponto Novo; Carlinhos Sobral (MDB), de Coronel João Sá; Elinaldo Araújo (União), de Camaçari; e Ditinho Lemos (União), de Santo Antônio de Jesus, vêm avançando sobre suas bases, criando um ambiente de fragilidade crescente em torno de seu nome.
Para piorar o quadro, o ingresso do deputado estadual Marcinho Oliveira (União) no PRD, nome com expectativa de votação expressiva, e do deputado estadual Paulo Câmara (PSDB), que também busca sobreviver, evidencia que o partido tende a ter um quociente limitado e disputado. Ou seja: se o partido não garante sequer a reeleição de figuras com mandato, o que dizer das promessas feitas aos novatos?
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Enquanto isso, Bruno Reis, embora também envolvido na disputa pelo comando do PRD, parece não depositar plena confiança no partido. Seu candidato, Igor Domingues, já é ventilado nos bastidores como possível filiado ao PL, um movimento que demonstra com clareza a percepção de que, sob controle de Elmar, o PRD talvez seja apenas um partido de promessas, e não de viabilidade eleitoral real.
No final das contas, a briga pelo PRD revela muito mais sobre os projetos pessoais dos seus protagonistas do que sobre qualquer construção partidária sólida. Resta saber se os que hoje são atraídos pelas promessas de votos e recursos já perceberam e também estão jogando, diante da possibilidade de que no PRD de Elmar, pode não haver espaço nem para os da família. (Atualizado às 09h47)
O prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), negou nesta terça-feira (5) qualquer articulação política para disputar o Governo da Bahia ou compor uma chapa como vice nas eleições de 2026. A resposta vem após a circulação de informações em sites e redes sociais apontando que o nome de Jânio estaria sendo cogitado por lideranças do PL, incluindo o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto.
Em nota ao Bahia Notícias, a gestão alega haver uma tentativa de adversários políticos de criar instabilidade. "Não existe qualquer conversa nesse sentido. Meu compromisso é com Porto Seguro. Estou totalmente focado na gestão da nossa cidade", confirma a prefeitura.
Com as eleições no cenário político baiano está agitado com as recentes movimentações envolvendo o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL). Ele tem estreitado laços com o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que chegou a se hospedar na casa do gestor no litoral norte de Salvador.
Fontes próximas ao partido contaram ao Blog dos Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias que Jânio Natal está sendo considerado por Valdemar Costa Neto como um possível candidato ao Governo da Bahia nas eleições de 2026.
Embora a ideia ainda esteja em fase inicial, ela já é vista como uma possibilidade real entre as lideranças do PL no estado. Vale lembrar também do nome do ex-ministro João Roma liderança regional do partido que segue em apoio ao ex-presidente Bolsonaro, apesar da ilegibilidade.
A eventual pré-candidatura de Jânio Natal representaria uma aposta do Partido Liberal em um nome com forte apelo popular, especialmente nas regiões sul e extremo sul da Bahia, onde o prefeito possui grande influência política. Até o momento, não há uma confirmação oficial por parte de Jânio Natal ou da direção estadual do PL.
Nos bastidores, essa articulação é vista como mais uma peça no tabuleiro da oposição ao atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), que buscará manter seu grupo político no poder pela quarta eleição consecutiva.
O ex-prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto (União), afirmou que a base governista do governador Jerônimo Rodrigues (PT) “tem mais problemas” do que a oposição liderada por ele, no que diz respeito a manutenção e formação de alianças para a disputa eleitoral de 2026. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (28), o líder do União Brasil na Bahia rebateu às críticas do governo de que as alianças oposicionistas estariam fragilizadas.
Em sua resposta, ACM Neto citou a situação da base petista com PSD e suas figuras como Otto Alencar e Angelo Coronel. “Qual é maior debate político que ocorre hoje, de mudança ou não de lado? É alguém que está me deixando ou é o PSD que pode deixar o Governo? Ou é a turma do PT que quer fazer chapa puro-sangue e pode tirar Coronel e Otto da equação? Então, eles têm lá as críticas deles que usam como querem, mas desconsideram que eles próprios tem mais problemas do que a gente”, alfineta.
O ex-prefeito da capital baiana contextualiza ainda que essas movimentações são naturais na disputa política e indica que “ainda tem muita água para rodar de baixo dessa ponte”. “Você pode ver que essas mudanças de lideranças políticas são coisas que acontecem na vida política com muita ocorrência. Na campanha passada, de 2022, a principal mudança que aconteceu na Bahia foi o apoio de João Leão, que era vice-governador de Rui Costa, que nos apoiou e trouxe o Progressistas para nos apoiar”, relembra.
“Então, não significa que é só em uma direção, existem movimentos nas duas direções. Segundo, os partidos políticos ainda têm muito a acontecer. Acho que ainda tem muita água para rodar de baixo dessa ponte”, diz ele, se referindo a disputa eleitoral de 2026.
O opositor do governo do estado aponta ainda que “tem um outro elemento que precisa ser colocado na mesa. A gente sabe que o grupo de lá reúne Governo do Estado e Governo Federal, isso tem uma natural força de atração na máquina política. Só que candidatura de oposição é de povo, não de política”, completa.
Confira o trecho:
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, afirmou que não cogita disputar cargos fora da Bahia nas eleições de 2026. A declaração foi feita em resposta a especulações veiculadas na imprensa nacional que o apontam como possível candidato a vice-presidente da República em uma eventual chapa encabeçada, por exemplo, pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Fico lisonjeado e feliz de ver meu nome especulado na imprensa nacional com a possibilidade de ser candidato a vice. Mas confesso que isso não me divide, nem minha atenção e nem meu pensamento, porque eu não cogito essa hipótese, meu projeto está na Bahia. Meu desejo é contribuir com meu estado, se possível como candidato a governador”, afirmou ACM Neto durante entrevista ao Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias.
Sobre outros possíveis caminhos eleitorais, o ex-prefeito reiterou que seu foco permanece no cenário estadual: “Eu sei que é cedo para dizer que descarta qualquer outra possibilidade, mas hoje eu não penso em nenhuma outra: não penso em ser candidato ao Senado, a deputado e nem a vice. Se não der para ser candidato a governador do estado, eu vou ser cabo eleitoral, é o que está na minha cabeça”, disse.
Durante entrevista ao Projeto Prisma, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, indicou que uma das estratégias que pretende adotar para a eleição de 2026 é "enxugar" o número de partidos aliados em uma eventual chapa. Com o desejo de disputar o governo da Bahia mais uma vez, ele aponta que é necessário organizar o que chama de "fortaleza", tendo uma composição entre cinco e seis partidos caminhando ao seu lado.
"Uma das coisas que a gente errou foi ter tido 13 partidos políticos. A gente começou a inventar candidatos, pessoas que não tinham densidade eleitoral. Hoje, meu desejo é montar uma equação com cinco, talvez seis partidos, e está tudo certo. Existe uma base de partida nossa de construção, que é a nossa fortaleza, é o que me importa tentar organizar", disse durante o bate-papo.
"Quem são? União Brasil e PP, que é a federação, PSDB, Republicanos e PL. Esses cinco partidos são a nossa base de partida, se esses cinco estiverem juntos em torno de uma única candidatura, esse candidato já vai ter mais tempo de televisão do que o PT, mais estrutura eleitoral em termos de recursos eleitorais. Está bom aqui, para que vou ter 13? Ao contrário, se eu quero fazer um trabalho de mudança política na Bahia eu não posso chegar cheio de compromisso, com tudo já ocupado", emendou.
O presidente do PDT da Bahia, Félix Mendonça Júnior, se reuniu nesta quarta-feira (23) com o secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, para tratar de investimentos em municípios onde o partido tem prefeitos, vice-prefeitos ou lideranças de peso. O pedetista assegurou que a participação da sigla no governo não foi pauta do encontro.
O deputado Félix Mendonça fez questão de assegurar que a ocupação de cargos no governo não foi tema da reunião. "Quando anunciamos o apoio ao governo, não o fizemos em troca de cargos. O que esperamos é que os municípios onde o partido tem uma atuação mais direta sejam contemplados com novas obras e ações", garante Félix ao Bahia Notícias.
Ao lado de Félix Mendonça Júnior, Adolpho Loyola recebeu o prefeito de Euclides da Cunha, Heldinho Macedo (PDT), e seu antecessor, Luciano Pinheiro (PDT), que é considerado uma das principais apostas do partido para "puxar" votos na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa. Também estiveram presentes no encontro o vice-prefeito de Serra do Ramalho, Aroldo Muniz (PDT), e o empresário Edilson Campos (PDT), que foi candidato a prefeito de Brotas de Macaúbas em 2024.
Luciano Pinheiro reforçou a confiança no crescimento do partido. "Não tenho dúvidas de que, ao lado do governador e com o apoio de Adolpho Loyola, o PDT vai crescer em 2026. Ingressar na base aliada foi a melhor decisão que tomamos", disse. Sobre a questão de cargos, Pinheiro reiterou a posição do partido: "Sobre essa questão de ocupar cargos, nosso partido tem excelentes quadros para liderar qualquer missão, se houver um convite de Jerônimo. Temos todas as condições de contribuir, mas nunca impomos essa condição".
O ex-prefeito ainda lembrou que, por meio da Secretaria Estadual de Educação, o governo já executa um projeto em parceria com os oito municípios administrados pelo PDT na Bahia, focado na área da educação em tempo integral. A iniciativa é coordenada pelo secretário-geral da legenda, Severiano Alves.
O deputado estadual Léo Prates (PDT) afirmou nesta terça-feira (2), durante o cortejo do 2 de julho, que seu desejo é permanecer no PDT, mas condicionou essa permanência à definição do partido sobre o apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2026.
“O meu desejo é permanecer no PDT. Tenho amigos no partido, gosto do PDT, mas é preciso ver se a gente acha uma equação amigável para isso. Com a exigência de que todo candidato apoie Jerônimo, e eu fazendo parte do grupo de ACM Neto, essa decisão precisa ser avaliada”, explicou.
Prates revelou ter conversado com lideranças de diferentes siglas e citou nomes como Márcio Marinho, Luiz Carlos, Ciro Nogueira, Cacá Leão, Mário Júnior, Paulo Azi, ACM Neto, além dos presidentes do PDT, Carlos Lupi e Félix Mendonça Júnior. Segundo ele, uma definição sobre sua filiação será tomada até fevereiro de 2025, de forma “amigável”.
O deputado também comentou a operação Overclean, que teve alvos ligados ao PDT e ao deputado federal Félix Mendonça Júnior. Para Prates, é preciso respeitar o princípio da presunção de inocência.
“A Constituição prega a presunção de inocência. A biografia do deputado Félix é honrada, ética. Nunca esteve envolvido em nada. Todos nós que estamos na vida pública estamos sujeitos a investigações. Confio na reputação, na trajetória e na conduta de Félix”, afirmou.
Entre os 11 vetos derrubados por deputados e senadores na sessão conjunta do Congresso Nacional, na última terça-feira (17), estava um que tratava das regras para o cálculo do Fundo Partidário, inserido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. Com a derrubada do veto, os partidos terão, até o final do ano, um reforço de R$ 164,8 milhões no orçamento da União destinado ao fundo.
Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula vetou o trecho que limitava o reajuste do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, conhecido como Fundo Partidário.
Ao derrubarem o veto, os parlamentares permitiram que volte a valer o que estava antes na LDO, que estabelecia que o valor do Fundo Partidário passaria a ser calculado com base no montante autorizado em 2016, corrigido pela inflação (IPCA) e acrescido de um ganho real, entre 0,6% e 2,5%, conforme as regras do novo Arcabouço Fiscal.
Antes da mudança promovida pelo Congresso na votação da LDO no final do ano passado, o fundo era reajustado apenas pela inflação acumulada desde 2016, o que limitava seu crescimento real. Com a derrubada do veto agora nesta semana, o valor passará a ter aumento real, acompanhando o crescimento da arrecadação federal, como já ocorre com outras despesas primárias do governo.
Defensores da derrubada do veto presidencial argumentaram que era necessário corrigir uma distorção na atualização dos valores do fundo, ainda baseada em uma regra de transição já superada com a adoção do novo arcabouço fiscal.
A vinculação do reajuste à nova regra fiscal, que permite ganho real além da inflação, alinha o Fundo Partidário ao tratamento dado a outras despesas obrigatórias da União. Parlamentares sustentaram que os partidos também têm direito a uma recomposição real de seus recursos.
Com a decisão, o valor total destinado aos partidos para este ano sobe de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,368 bilhão. Os principais beneficiados com a mudança são o PL, que terá um
acréscimo de R$ 23,8 milhões em relação ao recebido no ano passado, e o PT, com um aumento de R$ 18,8 milhões.
Veja abaixo quanto os principais partidos vão receber em fundo partidário em 2025 com o novo cálculo após a derrubada do veto, de acordo com estudos da Consultoria de Orçamento do Congresso:
PL - 194,1 milhões
PT - 153,2 milhões
União Brasil - 122,3 milhões
PP - 103 milhões
Republicanos - 93,8 milhões
PSD - 91,1 milhões
MDB - 90,7 milhões
Podemos - 57,9 milhões
PSB - 53,8 milhões
Psol - 51,6 milhões
PDT - 49,3 mihões
PRD - 35,2 milhões
Solidariedade - 33,4 milhões
PSDB - 30 milhões
Avante - 29,9 milhões
PCdoB - 20,2 milhões
Cidadania - 17,5 milhões
Rede - 13,4 milhões
PV - 13,3 milhões
A regra de distribuição do fundo segue critérios definidos em lei. Cerca de 95% do montante é repartido proporcionalmente ao desempenho dos partidos na eleição mais recente para a Câmara dos Deputados, com base no total de votos válidos recebidos pelas legendas. Os 5% restantes são divididos igualmente entre todas as siglas com registro regular no TSE.
O evento que celebrou o aniversário do vice-prefeito de Feira de Santana, Pablo Roberto, nesta terça-feira (17), contou com a presença do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto. No local, um encontro chamou a atenção: Neto esteve ao lado do prefeito da cidade José Ronaldo (União), logo após ser aventada a possibilidade de uma possível aproximação do gestor com a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o que movimentou os bastidores da política baiana.
Após o evento, Neto indicou a aproximação com Ronaldo, apontando diretamente que o grupo segue coeso. O ex-prefeito voltou ao município após ter estado recentemente para receber o título de cidadão feirense.
“Mais uma oportunidade de estar aqui em Feira de Santana. Estive há pouquíssimos dias para receber um título de cidadão, agora volto, nessa abertura dos festejos juninos do Estado da Bahia, e é claro para trazer a minha homenagem ao nosso aniversariante, vice-prefeito Pablo Roberto, e reafirmar a minha amizade e parceria com o nosso líder político, liderado pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho, pelos nossos vereadores, aproveitando já para começar essa movimentação do São João de 2025”, indicou Neto ao BN.
Com cenário ainda incerto, o movimento buscar manter a aliança com o prefeito, relação estremecida após a eleição de 2022. No processo de escolha do nome para vice-governador, na chapa do ex-prefeito, Zé Ronaldo era cotado para o posto, sendo nome favorito para a indicação. Entretanto, Neto definiu a empresária Ana Coelho como nome para a vice, deixando um desconforto na relação com Zé Ronaldo.
Em 2024, Ronaldo concorreu a prefeitura de Feira de Santana, saindo vitorioso da disputa. Logo após, alguns movimentos de diálogo com a gestão petista na Bahia ligaram o sinal de alerta para uma possível aliança em 2026, porém sem definições sobre o tema.
Cenário de empate com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e de liderança em relação a nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e o ex-candidato Ciro Gomes. Esses foram alguns dos resultados em simulações para as eleições de 2026 que inserem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra alguns dos seus eventuais adversários.
Os cenários estão presentes no levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta terça-feira (17). A pesquisa mostra, por exemplo, que nas respostas espontâneas dos entrevistados, Lula tem 22,5% das menções, e o ex-presidente Jair Bolsonaro aparece com 21,3%, em empate técnico.
Também foram citados, nas respostas espontâneas, os nomes de Tarcísio de Freitas (2,1%), Ciro Gomes (1,1%), Ronaldo Caiado (0,7%), Ratinho Jr. (0,7%) e Nikolas Ferreira (0,7%). Outros nomes receberam 2,7% das menções, e 39,8% não mencionaram nenhum nome como seu candidato em 2026.
No primeiro cenário apresentado aos entrevistados, com alguns nomes incluídos na ficha, o ex-presidente Jair Bolsonaro aparece com pouca diferença à frente de Lula (31,7% x 31,1%). Nesta simulação ainda pontuaram Ciro Gomes (10,2%), Ratinho Jr. (4,8%), Romeu Zema (3,4%) e Ronaldo Caiado (3,3%).
Já no segundo cenário, sem a presença de Bolsonaro, o presidente Lula assume a liderança, marcando 30,5% contra o segundo colocado, Tarcísio de Freitas, com 18,3%. Na sequência aparecem Ciro Gomes (14,6%), Ratinho Jr. (8,1%), Ronaldo Caiado (4,1%) e Romeu Zema (4%).
O terceiro cenário, com a inserção do nome do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), revela uma distância maior do presidente Lula em relação a seus adversários. Neste recorte, Lula aparece com 31,6%, contra 14,1% de Ciro Gomes, 13,6% de Eduardo Bolsonaro, 9% de Ratinho Jr., 5,9% de Romeu Zema e 5,9% de Ronaldo Caiado.
A pesquisa CNT apresenta um último cenário com o presidente Lula, desta vez com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como a candidata principal da direita. Os entrevistados escolheram desta forma os seus candidatos: Lula (31,2%), Michelle Bolsonaro (20,4%), Ciro Gomes (12,5%), Ratinho Jr. (7,7%), Romeu Zema (5,2%) e Ronaldo Caiado (5,1%).
Os entrevistados também opinaram em relação a cenários sem a presença do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro. No primeiro recorte sem os dois líderes, Ciro Gomes aparece como primeiro colocado, com 19,5%. Logo depois aparecem Tarcísio de Freitas (18%), Fernando Haddad (16,4%), Ratinho Jr. (10,7%), Ronaldo Caiado (5,2%) e Romeu Zema (4,2%).
O segundo cenário sem Lula e Bolsonaro é liderado por Michelle Bolsonaro, com 19,8%. Logo depois da ex-primeira-dama aparecem Ciro Gomes (19,1%), Fernando Haddad (16,9%), Ratinho Jr. (10,1%), Ronaldo Caiado (6%) e Romeu Zema (5,5%).
Para um eventual segundo turno, a pesquisa CNT/MDA apresentou quatro cenários. Confira abaixo os resultados:
1 - Jair Bolsonaro 43,9% x 41,4% Lula
2 - Lula 41,1% x 40,4% Tarcísio de Freitas
3 - Jair Bolsonaro 43,9% x 38,4% Fernando Haddad
4 - Tarcísio de Freitas 39% x 37% Fernando Haddad
Na preferência para o próximo presidente, observou-se na pesquisa um empate triplo entre correntes: 33% preferem candidato alinhado a Bolsonaro, 31% optam por candidato ligado a Lula e 31% buscam alternativa não associada a esses grupos políticos.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada de 7 a 11.jun.2025, com 2.002 entrevistas em 475 municípios de todas as regiões do país. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,2%.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro poderá disputar as eleições presidenciais de 2026 como candidata à vice-presidência, compondo uma eventual chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo integrantes do grupo político de Bolsonaro, a principal justificativa para que Michelle não lidere a chapa é o fato de nunca ter ocupado cargo eletivo. Para esse núcleo, o posicionamento como vice seria uma alternativa viável para consolidar apoio dentro da base bolsonarista e de outros setores estratégicos.
Tarcísio de Freitas é apontado como o nome de maior aceitação entre o Centrão, o mercado financeiro e parte significativa do eleitorado conservador. Com Bolsonaro inelegível para o próximo pleito, o governador paulista é considerado o principal nome do campo bolsonarista para disputar a Presidência.
Ainda conforme a avaliação interna, ao aceitar integrar a chapa como vice, Michelle abriria espaço para que outro aliado dispute a vaga ao Senado pelo Distrito Federal – cargo ao qual ela também é cotada.
As informações são do Metrópoles.
Faltando ainda 15 meses e meio para o dia das eleições gerais de 2026, que acontecerão em 4 de outubro, a movimentação atual de partidos e futuros candidatos está cada vez mais intensa, tanto da parte do governo quanto da oposição e também entre os partidos de centro, especialmente de olho no Senado.
E, em meio às especulações e composições que já se adiantam para 2026, as conversas e negociações de bastidores revelam que a disputa para as cadeiras de senadores prometem estar no topo das prioridades dos grupos político-partidários.
Na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao participar de um evento do PL Mulher em Brasília, externou sua intenção de estimular candidaturas competitivas para a conquista da maioria das 54 cadeiras que estarão em disputa nas eleições de 2026.
“Não podemos deixar cadeiras vazias na Câmara ou no Senado. E eu digo, dá-me 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil”, afirmou.
Liderada por Bolsonaro, a oposição pretende lançar candidatos ligados diretamente ao ex-presidente, que deve comandar as indicações do PL para o Senado.
O objetivo do grupo é obter a maioria do Senado para levar à frente as pautas da oposição, como votar pedidos de impeachment de ministros do STF, permitir a criação de CPIs ou CPMIs, interferir na indicação de autoridades como diretores de agências reguladores ou do Banco Central. Além de rejeitar, quando for o caso, eventuais escolhidos para ocupar tribunais superiores.
“Nós decidimos quem vai ser indicado ao Supremo. As agências só terão pessoas qualificadas. Ouso dizer: mandaremos mais que o próprio presidente da República. Deus tem me mostrado caminhos para mudarmos o destino do Brasil”, completou Jair Bolsonaro, ao falar no evento do PL Mulher.
Dentro dessa articulação, Bolsonaro e o PL estão mantendo conversas com lideranças e dirigentes de partidos do chamado “centrão”, como PSD, União Brasil, PP e Republicanos, para firmar um acordo em torno das disputas para o Senado. A estratégia é a de que esse grupo eleja um total de 40 senadores dentre as 54 vagas em disputa em 2026.
Pelas contas da oposição, contando os eleitos em 2026 com os senadores que possuem mandato até 2030, o bloco conjunto de oposição com centrão chegaria a 55 senadores. Com esse número, seria possível inclusive aprovar um pedido de impeachment de ministros do STF, que necessita de 54 votos.
O avanço da estratégia da oposição de conquistar maioria no Senado já se tornou motivo de discussões também no Palácio do Planalto e no PT. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já externou sua preocupação com essa articulação dos oposicionistas.
"Para o Brasil, tem que pensar onde a gente pode eleger e pegar os melhores quadros e eleger senador, deputado, porque nós precisamos ganhar maioria no Senado. Porque, senão, vão avacalhar a Suprema Corte”, disse Lula no começo de junho durante o Congresso do PSB, em Brasília.
Nas conversas que estão sendo mantidas entre Bolsonaro e a oposição com dirigentes dos partidos do centrão, um dos compromissos colocados na mesa é o de o ex-presidente apoiar um candidato desses partidos nos principais estados. O PL indicaria um candidato e os partidos de centro-direita apresentariam outro nome, para a conquista das duas vagas em disputa.
O cálculo que está sendo feito pela oposição é o de que, com essa composição com os partidos de centro-direita, seria possível eleger 36 senadores nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, regiões onde o apoio a Jair Bolsonaro é mais forte. Outras quatro vagas viriam do Nordeste, onde o PT e o presidente Lula possuem maior força.
Com a conquista dessa maioria a partir de fevereiro de 2027, o próximo passo do grupo seria eleger o próximo presidente do Senado. E na sequência, esse presidente, em sintonia com a oposição, colocaria para ser votado o pedido de impeachment de ministros do STF, particularmente de Alexandre de Moraes.
Levantamento divulgado pelo Bahia Notícias no início deste mês de junho apresentou um cenário sobre como poderia ficar o Senado Federal após as eleições de 2026. O levantamento levou em consideração as pesquisas mais recentes realizadas nos estados, com os nomes que se colocam no momento para a disputa.
Muitos desses nomes que são colocados nas sondagens atuais ainda podem mudar até outubro de 2026. Portanto a simulação se dá somente com base nos cenários existentes no momento.
De acordo com o levantamento do Bahia Notícias, o cálculo realizado pela oposição, de conquista de 40 cadeiras no Senado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, está longe de ser conquistado. Abaixo, vamos detalhar, com base nas pesquisas mais recentes, como ficaria a conquista de vagas por partidos por cada região.
Região Sudeste
PL - 2
PT - 2
PSB - 1
Republicanos - 1
Novo - 1
PSD - 1
Região Sul
PSD - 2
PDT - 1
Sem partido - 1
Como Santa Catarina não tem ainda pesquisas registradas, vamos contar as duas cadeiras atuais nessa conta, uma do PP e outra do MDB.
Região Centro-Oeste
MDB - 3
PL - 2
União Brasil - 2
PSDB - 1
Região Norte
MDB - 3
União Brasil - 3
PL - 3
PP - 1
PT - 1
PSD - 1
PSB - 1
Republicanos - 1
Por esse quadro, e a se analisar que a estratégia da oposição inclui somar forças do PL com Novo, PSDB, União Brasil, PP, Republicanos e PSD, esse grupo não conquistaria, pelas pesquisas atuais, as 36 vagas projetadas. Na verdade, a soma favorável a esses partidos chegaria a 21 senadores eleitos, bem abaixo do cálculo pretendido.
Já no Nordeste, a situação atual da disputa para o Senado, de acordo com as pesquisas de opinião que foram divulgadas recentemente, mostra o seguinte quadro de vitórias por partido:
PT - 3
PSB - 3
MDB - 3
PSDB - 3
PP - 2
PDT - 2
PL - 1
Republicanos - 1
Essa projeção revela que as contas feitas pela oposição, da conquista de pelo menos quatro cadeiras na região Nordeste, estariam corretas, com duas vitórias possíveis do PP, uma do PL e outra do Republicanos. Somando as 21 cadeiras por enquanto lideradas nas demais regiões com as quatro no Nordeste, o grupo oposição-centrão chegaria a 25 senadores entre os 54 a serem eleitos em 2026, bem distante, portanto, do cálculo de 40 cadeiras necessárias para formar a ampla maioria naquela Casa.
Além do mais, não é possível dizer que todos os candidatos de partidos como PSD, União Brasil, PP e Republicanos se elegerão aceitando participar desta estratégia conjunta formulada pela oposição. O que se pode concluir das pesquisas atuais, portanto, é que a oposição ainda não possui número suficiente de votos para aprovar o impeachment de ministros do STF.
Apresentada desde o início do ano como uma das saídas para melhorar a gestão federal nesta reta final do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma ministerial empacou nas últimas semanas, e poucas trocas aconteceram nos últimos meses no primeiro escalão do governo. Para complicar a situação, faltam apenas dez meses para a desincompatibilização dos ministros que desejam disputar as eleições de 2026, o que dificulta a atração de nomes para ingressar na Esplanada dos Ministérios.
Além de não conseguir efetuar medidas com que contava para melhorar a relação com os partidos que dão sustentação ao governo no Congresso Nacional, o presidente Lula deve enfrentar, no ano que vem, uma saída em massa de ministros que vão disputar algum cargo nas eleições de outubro.
Há uma perspectiva de que mais de 20 ministros dos atuais 38 se desincompatibilizem para disputar algum cargo nas próximas eleições. E diante do impacto que será para o governo essa saída em massa de ministros, há a perspectiva de que o presidente Lula faça novas mudanças optando por nomes que permaneçam no governo até o final de 2026.
Um desses nomes seria o do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), cotado para entrar na Secretaria-Geral da Presidência no lugar do atual titular, Márcio Macêdo. Boulos já deu declarações de que, se ingressar no governo, não pretende disputar as eleições.
Entre os atuais ministros, há a avaliação que não sairão de seus postos para disputar as eleições os seguintes nomes:
Camilo Santana (Educação), Wolney Queiroz (Previdência Social), Márcia Lopes (Mulheres), Esther Dweck (Gestão e Inovação), General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Messias (Advocacia Geral da União), José Múcio (Defesa), Frederico Siqueira Filho (Comunicações), Sidônio Palmeira (Secom), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Vinícius de Carvalho (CGU), Marina Silva (Meio Ambiente) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Caso os demais ocupantes de cargos de ministros confirmem suas candidaturas, todos deverão deixar seus cargos até o início de abril do próximo ano. Esse é o prazo previsto pela Justiça Eleitoral para respeitar o prazo de desincompatibilização, que exige o afastamento de ocupantes de cargos do Executivo ao menos seis meses antes do pleito.
Entre os ministros que poderiam sair do governo para se candidatar estão os seguintes nomes:
Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais); Alexandre Padilha (Saúde); Alexandre Silveira (Minas e Energia); André de Paula (Pesca e Aquicultura); André Fufuca (Esportes); Anielle Franco (Igualdade Racial); Carlos Fávaro (Agricultura); Celso Sabino (Turismo); Fernando Haddad (Fazenda); Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio); Jader Filho (Cidades); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); Luiz Marinho (Trabalho); Márcio França (Empreendedorismo); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Simone Tebet (Planejamento); Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Waldez Góes (Integração).
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias sobre as pesquisas eleitorais divulgadas em 25 estados (Roraima e Santa Catarina ainda não tiveram sondagens para 2026) revela que ministros do governo Lula já aparecem em boa situação em eventuais candidaturas aos governos estaduais ou ao Senado. Não há pesquisas para a Câmara dos Deputados ou assembleias legislativas.
Veja abaixo algumas das pesquisas divulgadas recentemente e como os ministros aparecem em disputas para as quais tiveram seus nomes testados pelos institutos. Em alguns estados há mais de um cenário para Senado ou governo.
Região Nordeste
Alagoas
Governo
Renan Filho (MDB) - 43,5% (Ministro dos Transportes)
JHC - 43% (PL)
(Instituto Falpe)
Bahia
Senado
Rui Costa (PT) - 43,8% (Ministro da Casa Civil)
Jaques Wagner (PT) - 34%
(Paraná Pesquisas)
Maranhão
Senado
Carlos Brandão (PSB) – 43,2%
Weverton Rocha (PDT) – 41,1%
Eliziane Gama (PSD) – 18,5%
Pedro Lucas (União Brasil) – 12,8%
André Fufuca (PP) – 12,1% (Ministro dos Esportes)
(Paraná Pesquisas)
Pernambuco
Senado
Humberto Costa (PT): 31%
Anderson Ferreira (PL): 21%
Silvio Costa Filho (Republicanos): 15% (Ministro dos Portos e Aeroportos)
(Real Time Big Data)
Região Centro-Oeste
Mato Grosso
Governo
Janaína Riva (MDB) - 21,9%
Wellington Fagundes (PL) - 19,4%
Otaviano Pivetta (Republicanos) - 16,9%
Jayme Campos (União Brasil) - 11,8%
Carlos Fávaro (PSD) - 4,3% (Ministro da Agricultura)
Senado
Mauro Mendes (União Brasil) - 60,8%
Janaína Riva (MDB) - 29,2%
Pedro Taques - 18,3%
Jayme Campos (União Brasil) - 15,1%
José Medeiros (PL) - 13%
Carlos Fávaro (PSD) - 11,2% (Ministro da Agricultura)
(Paraná Pesquisas)
Mato Grosso do Sul
Senado
Reinaldo Azambuja (PSDB) - 38,3%
Simone Tebet (MDB) - 29,2% (Ministra do Planejamento)
Região Sudeste
Minas Gerais
Senado
Romeu Zema (Novo) - 52,7%
Rodrigo Pacheco (PSD) - 24,3%
Carlos Viana (Podemos) - 18,9%
Newton Cardoso Jr. - 12%
Eros Biondini (PL) - 11,2%
Alexandre Silveira (PSD) - 9,2% (Ministro das Minas e Energia)
(Paraná Pesquisas)
Rio de Janeiro
Senado
Flávio Bolsonaro (PL) – 39,8%
Benedita da Silva (PT) – 27,2%
Clarissa Garotinho (União) – 18,4%
Alessandro Molon (PSB) – 15,1%
Anielle Franco (PT) – 14,5% (Ministra da Igualdade Racial)
(Paraná Pesquisas)
São Paulo
Senado
Primeiro cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Fernando Haddad (PT) - 32,3% (Ministro da Fazenda)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Eduardo Bolsonaro (PL) - 36,5%
Geraldo Alckmin (PSB) - 34,6% (Vice-Presidente)
Capitão Derrite (PL) - 23,6%
Ricardo Salles (Novo) - 14,4%
Luiz Marinho (PT) - 11,8% (Ministro do Trabalho)
(Paraná Pesquisas)
Governo
Primeiro cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 42,1%
Geraldo Alckmin (PSB) - 21,1%
Erika Hilton (PSOL) - 9,4%
Alexandre Padilha (PT) - 5,5% (Ministro da Saúde)
(Paraná Pesquisas)
Segundo cenário
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 46,5%
Márcio França (PSB) - 11,9% (Ministro do Empreendedorismo)
Erika Hilton (Psol) - 9,7%
Alexandre Padilha (PT) - 7,1% (Ministro da Saúde)
Região Sul
Paraná
Senado
Ratinho Junior (PSD) - 62,3%
Roberto Requião (PDT) - 26,8%
Beto Richa (PSDB) - 25,2%
Filipe Barros (PL) - 19,8%
Gleisi Hoffmann (PT) - 16,3% (Ministra das Relações Institucionais)
(Paraná Pesquisas)
Além do aumento da desaprovação ao seu governo, diversos outros recortes da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) devem causar preocupação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tanto para o restante do seu mandato quanto para os seus planos de reeleição no ano que vem.
Um desses recortes mostra que 70% dos brasileiros dizem acreditar que o presidente Lula não vem cumprindo as promessas feitas na campanha eleitoral de 2022. Somente 25% afirmam que Lula tem executado o que foi prometido na época da campanha. Os que não souberam opinar ou não responderam somam 5%.
Outro ponto ruim revelado pela Genial/Quaest mostra uma avaliação pior do governo Lula do que a gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Para 44% dos entrevistados, o terceiro mandato de Lula está pior do que o governo Bolsonaro, e 40% disseram o contrário, que a gestão do pestista é melhor.
Para 13% dos que foram ouvidos pela Genial/Quaest, não haveria diferença entre os dois governos. Já os que afirmaram não saber qual governo é melhor ou que não responderam somam 3%.
As más notícias para o presidente também aparecem no recorte da pesquisa que procurou analisar se o terceiro mandato do presidente Lula está melhor ou pior do que os dois anteriores. Para 56% dos entrevistados, Lula 3 está pior do que os outros dois mandatos, de 2003 a 2007 e 2007 a 2011.
A quantidade de pessoas que veem piora nesse terceiro mandato cresceu três pontos percentuais quando é feita a comparação com a pesquisa anterior, realizada em março deste ano, em que essa opinião era registrada por 53% das respostas.
Já os que enxergam o terceiro mandato de Lula como melhor do que os dois primeiros são 20% dos entrevistados, mesmo número do último levantamento. Os que pensam que o governo é igual aos anteriores também são 20%. Outros 4% não souberam opinar ou não responderam.
A pesquisa Genial/Quaest, entretanto, não possui somente más notícias para o governo Lula. Caiu, por exemplo, a parcela dos brasileiros que consideram que a economia piorou nos últimos 12 meses da gestão petista.
Neste questionamento, houve um recuo de oito pontos entre aqueles que responderam que a economia está pior: saiu de 56%, em abril, para 48% neste levantamento mais atual. Entre os demais entrevistados, 18% responderam que a economia melhorou (eram 16% em abril). Outros 30% consideram que as contas ficaram do mesmo jeito (eram 26%).
Esse movimento de melhoria na percepção sobre a situação econômica ocorre também em respostas a respeito do aumento de preços. Para 79% dos entrevistados, o preço dos alimentos aumentou no último mês (em abril, esse percentual era de 88%).
Enquanto na pesquisa de abril 70% achavam que os combustíveis estavam subindo, esse percentual caiu agora para 54%. Também houve queda de 65% para 60% entre os que acham que a conta de luz subiu. Por fim, caiu de 34% para 30% a quantidade de entrevistados que afirmam que a economia vai piorar em 12 meses.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Em discurso na convenção nacional do PSB, neste domingo (1º) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os partidos de esquerda precisam apostar em candidaturas fortes para o Senado em 2026, para evitar uma vitória esmagadora da direita. Lula afirmou que a esquerda precisa priorizar o Congresso e não os governos estaduais.
“É importante que a gente leve em conta, aonde é impreterível, aonde é necessário mesmo a gente ter candidato a governador, ponto. Agora para o Brasil nós temos que pensar aonde é necessário eleger senador e aonde a gente pode. E muitas vezes a gente tem que pegar os melhores quadros nossos, eleger senador da República, eleger deputado federal, porque nós precisamos ganhar a maioria do Senado”, afirmou Lula.
O presidente, em seu discurso, explicitou uma preocupação que já vinha sendo tratada internamente pelo PT e outros partidos de esquerda: a formação de chapas fortes dos partidos de direita para o Senado, com intenção de deter a maioria da Casa e poder colocar em votação pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Precisamos ganhar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce, não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem e defendem a democracia desse país. Se a gente for destruir aquilo que a gente não gosta, não vai sobrar nada”, afirmou o presidente.
A preocupação de Lula com um Senado dominado pela direita - para fazer “muvuca com o STF” - é a mesma que vem motivando debates internos entre os dirigentes do PT. O senador Humberto Costa (PE), presidente do PT, em entrevista recente, admitiu que a esquerda vê com angústia a possibilidade de os partidos de direita conquistarem maioria no Senado nas próximas eleições.
O senador disse que a intenção dos partidos de direita, como o PL, é a de colocar em votação alguns dos diversos pedidos de impeachment de ministros do STF que atualmente se encontram parados na mesa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). E a votação do impeachment dos ministros não seria o único problema na visão de Humberto Costa, mas também rejeição de nomes para a diretoria do Banco Central, de agências reguladoras, do corpo diplomático, entre outras ações.
“Pode-se instalar um verdadeiro pandemônio no Senado, então nós estamos em uma estratégia de priorizar a eleição para o Senado”, afirmou o presidente do PT.
Do lado da direita, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por diversas vezes já deixou claro que essa será a estratégia principal do partido para 2026, conquistar a maior bancada do Senado. Costa Neto já disse que o partido está disposto a abrir mão de lançar candidatos a governador em diversos estados para fortalecer as suas chapas ao Senado.
O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro por diversas vezes já expressou esse desejo, de conquistar pelo menos uma vaga de senador em cada um dos 27 estados brasileiros. Bolsonaro afirmou que a estratégia do seu grupo é aumentar a representatividade da direita no Senado, para facilitar ações como a abertura de processos de impeachment contra ministros do STF.
Dentro dessa estratégia, o ex-presidente conta com sua família para aumentar a quantidade de senadores do PL e da direita. Pelos planos de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle concorreria ao Senado pelo Distrito Federal, Flávio Bolsonaro tentaria a reeleição pelo Rio de Janeiro e Eduardo Bolsonaro se candidatura por São Paulo.
Na semana passada, ainda surgiu a ideia do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) concorrer ao Senado por Santa Catarina. Se o plano do ex-presidente der certo, a sua família teria quatro cadeiras no Senado Federal a partir de 2027.
Em outubro de 2026, o Senado passará por uma renovação de dois terços de suas cadeiras, com a eleição de dois senadores por estado. Na última eleição com mudança de dois terços das cadeiras, em 2018, o Senado assistiu à maior renovação da sua história.
Naquela eleição, de cada quatro senadores que tentaram a reeleição, três não conseguiram. Desde a redemocratização do país não aconteceu um pleito que levasse tantas caras novas para o tapete azul do Senado. No total, das 54 vagas em disputa em 2018, 46 foram ocupadas por novos nomes, uma renovação de mais de 85%.
Para as eleições de 2026, é esperada uma repetição de uma renovação alta, mas desta vez com outro ingrediente: é possível que os partidos de direita e de centro-direita conquistem a hegemonia das cadeiras em disputa, preocupação revelada neste fim de semana pelo presidente Lula e pelo presidente do PT.
O Senado, atualmente, possui maioria dos partidos de centro, como PSD, MDB, PP, União e Podemos. Esses cinco partidos pertencem à base aliada do governo Lula, embora possuam senadores em seus quadros que são claramente oposicionistas, ou que votam de forma independente. No total, esse grupo domina 47 cadeiras.
Os partidos de esquerda juntos detém apenas 16 cadeiras no Senado, ou cerca de 20% do total. Já a oposição declarada (PL, PSDB e Novo) possui 17 senadores, ou 21% da composição do Senado. Todo o restante é formado por partidos de centro-direita e centro.
O quadro partidário do Senado Federal no momento é o seguinte:
PL - 14
PSD - 14
MDB - 11
PT - 9
PP - 7
União Brasil - 7
Podemos - 4
Republicanos - 4
PSB - 4
PDT - 3
PSDB - 3
Novo - 1
Levantamento realizado pelo Bahia Notícias revela como pode ficar o Senado Federal após as eleições de 2026. O levantamento levou em consideração as pesquisas mais recentes realizadas nos estados, com os nomes que se colocam no momento para a disputa. Esses nomes ainda podem mudar até outubro de 2026, portanto a simulação é apenas com base no cenário existente no momento.
Confira abaixo quais são os dois melhores colocados nas pesquisas estaduais para o Senado, considerando o levantamento mais recente. Apenas Roraima e Santa Catarina ainda não tiveram pesquisas eleitorais (o asterisco indica o senador que disputa a reeleição).
Região Sudeste
Espírito Santo
Renato Casagrande (PSB) – 49,2%
Lorenzo Pazolini (Republicanos) – 20,6%
(Paraná Pesquisas)
Minas Gerais
Romeu Zema (Novo) – 52,7%
Rodrigo Pacheco (PSD) – 24,3% *
(Paraná Pesquisas)
Rio de Janeiro
Flávio Bolsonaro (PL) – 38,8% *
Benedita da Silva (PT) – 26%
Cláudio Castro (PL) – 23,4%
(Paraná Pesquisas)
São Paulo
Eduardo Bolsonaro (PL) – 36,5%
Fernando Haddad (PT) – 32,3%
(Paraná Pesquisas)
Região Norte
Acre
Gladson Camelli (PP) – 39%
Jorge Viana (PT) – 22%
(Instituto MultiDados)
Amapá
Rayssa Furlan (MDB) – 20%
Lucas Barreto (PSD) - 17,25% *
(Instituto GSPC)
Amazonas
Eduardo Braga (MDB) – 43,4% *
Wilson Lima (União Brasil) – 38,1%
(Real Time1)
Pará
Helder Barbalho (MDB) – 23,8%
Mario Couto (PL) – 16,5%
(Instituto Doxa)
Rondônia
Marcos Rogério (PL) – 43,8% *
Marcos Rocha (União Brasil) – 35,4%
(Paraná Pesquisas)
Roraima
Não saiu pesquisa ainda
Senadores que terão mandato finalizado em 2027
Chico Rodrigues (PSB)
Mecias de Jesus (Republicanos)
Tocantins
Eduardo Gomes (PL) - 27,1% *
Professora Dorinha (União Brasil) - 26,4% *
(Paraná Pesquisas)
Região Nordeste
Alagoas
Renan Calheiros (MDB) – 32% *
Davi Davino Filho (PP) – 26,5%
Instituto Falpe
Bahia
Rui Costa (PT) – 43,8%
Jaques Wagner (PT) – 34% *
(Paraná Pesquisas)
Ceará
Cid Gomes (PSB) – 52,2% *
Eunício Oliveira (MDB) – 28,2%
(Paraná Pesquisas)
Maranhão
Carlos Brandão (PSB) – 43,2%
Weverton Rocha (PDT) – 41,1% *
(Paraná Pesquisas)
Paraíba
João Azevedo (PSB) – 31,7%
Cássio Cunha Lima (PSDB) – 13,6%
Pernambuco
Humberto Costa (PT) – 31% *
Gilson Machado (PL) – 22%
(Real Time Big Data)
Piauí
Ciro Nogueira (PP) – 55,5% *
Marcelo Castro (MDB) – 45% *
(Paraná Pesquisas)
Rio Grande do Norte
Styvenson Valentim (PSDB) – 48% *
Alvaro Dias (Republicanos) – 36,2%
Sergipe
Edvaldo Nogueira (PDT) – 14,7%
Eduardo Amorim (PSDB) – 13,9%
(Instituto IDPS Pesquisas)
Região Centro-Oeste
Distrito Federal
Michelle Bolsonaro (PL) - 42,9%
Ibaneis Rocha (MDB) - 36,9%
(Paraná Pesquisas)
Goiás
Gracinha Caiado (União Brasil) - 25,72%
Gustavo Gayer (PL) - 19,04%
(Goiás Pesquisas)
Mato Grosso
Mauro Mendes (União Brasil) - 60,8%
Janaína Riva (MDB) - 21,9%
(Paraná Pesquisas)
Mato Grosso do Sul
Reinaldo Azambuja (PSDB) - 38,3%
Simone Tebet (MDB) - 29,2%
(Paraná Pesquisas)
Região Sul
Paraná
Ratinho Jr. (PSD) – 62,3%
Roberto Requião (sem partido) – 26,8%
(Paraná Pesquisas)
Rio Grande do Sul
Eduardo Leite (PSD) – 43,1%
Manuela D´Ávila (sem partido) – 23,2%
(Paraná Pesquisas)
Santa Catarina
Não saiu pesquisa ainda
Senadores que terão mandato finalizado em 2027
Espiridião Amin (PP)
Ivete da Silveira (MDB)
Se esses resultados das atuais pesquisas se confirmassem nas urnas de outubro de 2026, teríamos os seguintes partidos conquistando as 54 cadeiras em disputa:
MDB - 9
PL - 8
PT - 6
União Brasil - 5
PSB - 4
PSD - 4
PSDB - 4
PP - 3
PDT - 2
Republicanos - 2
Sem partido - 2
Novo - 1
Somando os hipotéticos resultados das eleições a partir das pesquisas com os 27 senadores que continuam em suas cadeiras até 2031, podemos fazer a seguinte projeção das bancadas partidárias do futuro Senado de 2027:
PL - 16
MDB - 10
União Brasil - 10
PT - 9
PSD - 7
PP - 6
Republicanos - 5
PSB - 4
PSDB - 4
PDT - 3
Sem partido - 2
Estados indefinidos - 4
Como se pode perceber, os partidos que podem vir a ser os mais prejudicados na próxima eleição são o PSD (tem 14 senadores atualmente, teria que eleger 11 e na previsão conseguiria apenas quatro vitórias) e o Podemos (tem quatro senadores que precisam se reeleger e não conseguiria nenhuma vitória).
O PL, na atual projeção, sairia dos 14 senadores que possui este momento para 16, se isolando como maior bancada. Entre os demais partidos, há estabilidade entre as bancadas atuais e o tamanho provável em 2027. O União Brasil pode ser um dos mais beneficiados, já que possui sete senadores atualmente e pode subir para dez.
Caso seja ratificada pela Justiça Eleitoral a federação entre União Brasil e PP, esses dois partidos ficariam com 16 senadores, o mesmo tamanho do PL.
Em relação à renovação do Senado, as pesquisas atuais revelam um quadro de porcentagem menor de mudanças do que o recorde de 2018. Se as pesquisas se confirmarem, seriam 15 os reeleitos em 2026, uma renovação de 70% (menor do que os 85% de 2018).
Nesta mesma quinta-feira (29) em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao Paraná, para participar do ato de criação do Assentamento Maila Sabrina, localizado nos municípios de Ortigueira e Faxinal, uma pesquisa mostrou que não apenas é das mais altas a sua desaprovação no Estado, como ele é apenas a terceira opção eleitoral como presidente em 2026.
A sondagem foi divulgada pelo Paraná Pesquisas, e mostra que 67,4% dos paranaenses desaprovam a gestão do líder petista, enquanto 29% aprovam o presidente. A pesquisa mostrou ainda que a rejeição de Lula é maior entre os homens. Entre os entrevistados do sexo masculino, 72,1% disseram desaprovar o governo, enquanto 25,8% aprovam.
Já entre as mulheres, a taxa de desaprovação ao presidente Lula é menor: 63%, e a aprovação, 31,9%. Nesse recorte, 5% não souberam responder ou preferiram não opinar.
Em sua ida ao Paraná, Lula está acompanhado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, além do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi. Na criação do assentamento Maila Sabrina, houve a entrega de títulos de propriedade para cerca de 450 famílias de trabalhadores rurais, que foram beneficiados em uma área de 10,6 mil hectares.
Durante a visita também foi assinado Protocolo de Intenções entre o MDA e a Itaipu Binacional para a compra de alimentos da agricultura familiar via modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O documento garantirá que parte dos alimentos fornecidos nos contratos venham da produção local, beneficiando a comunidade da região perto da Usina de Itaipu e valorizando os pequenos agricultores familiares.
Nas eleições de 2022, o então candidato Lula teve no Paraná uma de suas maiores derrotas. No segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PL) recebeu 62,4% dos votos válidos, enquanto Lula teve apenas 37,6%.
A rejeição a Lula no estado também é revelada na sondagem do Paraná Pesquisa para as eleições presidencial de 2026. O levantamento mostrou que o atual governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), venceria, entre os eleitores do Estado, tanto o presidente Lula quanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Ratinho Jr. lidera com 42,1% das intenções de voto no Paraná, em um cenário contra Michelle Bolsonaro, que aparece com 20%. O presidente Lula tem 17,9%. Na sequência, estão o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 5%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 2,1%; e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,3%.
A pesquisa testou ainda um cenário com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Neste recorte, Ratinho Jr. aparece com 45,2%, seguido do presidente Lula, com 18,4%. Já Tarcísio tem 15,7% das intenções de voto. Em seguida, estão Ciro Gomes, com 5,4%; Ronaldo Caiado, com 1,4%; e Helder Barbalho, com 0,2%.
Em um cenário com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Ratinho Jr. teve um empate. Bolsonaro tem 33,4% das intenções de voto, enquanto Ratinho Jr. tem 32,1%.
Neste recorte, o presidente Lula aparece com 17,8%. Em seguida estão Ciro Gomes, com 4,8%; Ronaldo Caiado, com 1,3%; e Helder Barbalho, com 0,3%. Outros 6,1% escolheram votar em branco ou nulo e 4,3% não souberam ou preferiram não opinar.
O instituto entrevistou 1.550 eleitores em 58 municípios do Paraná. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5 pontos porcentuais para os resultados gerais.
A decantação do debate para a indicação dos nomes ao Senado no grupo governista, após as recentes declarações do senador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Casa Civil Rui Costa (PT), permanece ocorrendo. Alvo direto das articulações, lideranças do PSD avaliam o futuro da relação com o grupo e apontam que a avaliação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será preponderante para qualquer decisão.
No entendimento de algumas lideranças do PSD, procuradas pelo Bahia Notícias, em condição de anonimato, a “reta de chegada” dos governos petistas na Bahia e no Brasil deve pesar na decisão de chancelar a candidatura a reeleição do atual senador Angelo Coronel (PSD). Com a avaliação questionada em recentes pesquisas, o entendimento dos integrantes do PSD é que se “Lula e Jerônimo não 'emplacarem' até 2026”, o partido pode ser convidado a participar da chapa, com Coronel.
Se os nomes de Rui e Wagner foram dados como certos por ambos, em recente declaração a imprensa, a cúpula do PSD ainda aguarda um cenário mais concreto. “Caso o presidente [Lula] e Jerônimo [Rodrigues] não cheguem tão bem assim, vão precisar da gente para ganhar as eleições”, apontou uma das fontes ao BN.
O senador Angelo Coronel (PSD), inclusive, comentou, em declaração exclusiva ao Bahia Notícias, o “lançamento” da chapa do grupo governista. O desenho da futura composição inclui o nome do governador Jerônimo Rodrigues (PT), em busca da reeleição, fechando uma chapa “puro-sangue” com três candidatos do PT. “Boa chapa. Cada partido tem o direito de indicar seus nomes para concorrer a qualquer cargo. Eu não sou PT, sou PSD”, disse ao ser questionado pelo Bahia Notícias.
O senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, tem indicado para a manutenção da aliança. “Então, o [Gilberto] Kassab nunca nos deu uma decisão inflexível. Cada estado tem um perfil diferente do outro. De tal forma que vai acontecer o mesmo em 2026. O candidato que vamos apoiar aqui tem um nome e também é muito amigo meu já há muitos anos, sendo o presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva”, concluiu ele.
A importância do PSD é notória, visando mais um mandato na Bahia. Se mantendo na liderança, o PSD elegeu 115 candidatos nas eleições municipais de 2024. Em 2020 a agremiação deixou as urnas com 107 prefeitos. Todavia, obteve um crescimento de 16,8% desde então, e começou 2024 comandando 125 cidades. O PSD vem se consolidando cada vez mais como um dos partidos mais fortes da Bahia, o partido também foi o que mais elegeu vereadores, chegando aos 932 edis eleitos. De acordo com levantamento realizado pelo Bahia Notícias, o número corresponde a 20,29% dos 4.593 vereadores vitoriosos no estado nas eleições deste ano.
O PSD é parte da base do governo Jerônimo Rodrigues e do Partido dos Trabalhadores, que elegeu 309 prefeitos, espalhados pelos municípios na Bahia. O que aponta o levantamento realizado pelo Bahia Notícias mediante os resultados das eleições municipais. Considerando os nove partidos da base, sendo eles PT, PV, PCdoB, Avante, PSD, Solidariedade, MDB, PSB e Podemos, e desconsiderando os posicionamentos pessoais dos candidatos, a base de Jerônimo controla 73% das prefeituras baianas.
Após o senador Ângelo Coronel ser rifado na chapa petista para as eleições 2026 durante anúncio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) e do senador Jaques Wagner (PT), o prefeito de Salvador, Bruno Reis comentou sobre uma possível saída de um dos caciques do PSD do grupo governista do estado.
Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (27), o gestor criticou os líderes governistas estaduais e relembrou a saída do ex-deputado João Leão e da deputada Lídice da Mata. Segundo Bruno, os episódios foram semelhantes ao que ocorrem com Coronel.
“A gente ouve os nossos adversários falarem que são democratas, que respeitam os aliados, que tratam os aliados com diálogo, dando espaço, prestígio. Só que na prática o que a gente vê é o contrário. A gente acompanha a utilização da máquina pública, dos recursos, do dinheiro para cooptar adversários, para cooptar prefeitos, e a medida que isso ocorre atraindo neoaliados, e [tirando] os aliados antigos e históricos. Isso aconteceu com a senadora Lídice da Mata que foi sepultada, expulsa da chapa de senadora e tinha o direito de ser candidata à reeleição. Isso aconteceu com o vice-governador João Leão, que soube pela imprensa que não estaria na chapa majoritária de 2022. E, pelo visto, agora está acontecendo o mesmo, infelizmente com o senador Ângelo Coronel, que foi tão importante para o projeto como presidente da Assembleia. Ele liderou a aprovação de matérias importantes para que eles pudessem estar no poder.
O prefeito fez afagos ao senador do PSD e “abriu as portas” para a chegada de Coronel ao grupo da oposição no estado.
“Eles estão preocupados já com a chapa de 2026. E literalmente estão dando um chute na bunda do PSD. Caso o senador Ângelo Coronel e outros entendam que podem seguir um projeto diferente, nós estamos aqui abertos ao diálogo para construir alianças que possam permitir a gente mudar a Bahia. Quero dizer que essa prática deles é a mesma das eleições anteriores. Então em 2022 descartaram o PP, em 2018 tiraram Lídice da chapa uma hora essa estratégia deu errado. Tenho muita convicção que essa mesma estratégia que vem há 20 anos na Bahia, em 2026, o desfecho final será outro”, afirmou.
As arrumações partidárias visando a eleição de 2026 seguem ocorrendo, inclusive na Bahia. Com um debate nacional em foco, alguns partidos se movimentam para conseguir manter a existência. Com discussões abertas, o Solidariedade e PRD — sigla recém-criada a partir da fusão do PTB com o Patriota — continuam um diálogo para a formação de uma federação.
Ao Bahia Notícias, o presidente estadual do Solidariedade, deputado estadual Luciano Araújo, confirmou que ainda existem pendências sobre a arrumação partidária. “Estamos conversando com o PRD, mas até o momento não tem nada ainda 100% fechado, conversas estão em andamento”, apontou em diálogo com a reportagem.
Nos bastidores, existe a ideia de que a formalização da federação ocorrerá no próximo dia 4 de julho, em cerimônia marcada para Brasília, quando será apresentado o estatuto do bloco e sua identidade político-partidária. Com 15 deputados federais atualmente, a meta é ampliar essa bancada já nas eleições de 2026, beneficiando-se da consolidação das novas regras eleitorais e da tendência de agrupamento entre partidos de menor porte.
Na Bahia, o Solidariedade possui dois deputados estaduais, o próprio presidente Luciano e Pancadinha, parlamentar ligado à região de Itabuna. Já o PRD possui somente do deputado estadual Binho Galinha, com atuação na cidade e entorno de Feira de Santana.
O Solidariedade teve também uma federação com o PSDB frustrada recentemente. Com debates intensos ocorrendo em Brasília, alguns estados ainda possuíam pendências de direcionamento, porém, apesar disso, o presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, acreditava ter um desfecho positivo, porém, sem sucesso.
Um dos principais nomes do PRD, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi oficialmente expulso em abril, após ser preso em Maceió para cumprir pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão veio acompanhada de uma revelação inusitada: integrantes da sigla afirmaram que nem sequer sabiam da filiação de Collor ao partido.
SD E PRD NA BAHIA
A sigla aumentou o número de prefeitos eleitos neste pleito, obteve também um crescimento três vezes maior no número de vereadores em relação à eleição de 2020 e quatro vezes mais o número de vice-prefeitos. O Solidariedade elegeu os prefeitos: Manoelito Argolo Junior, no município de Entre Rios; Assis Porto, em Nova Fátima; Leandra Belitardo, em Piritiba; e Zé Geraldo, no município de São Félix.
Os vice-prefeitos eleitos foram Valter, no município de Barra da Estiva; Marquinhos, em Conceição do Coité; João Augusto, em Crisópolis; Val de Gude, no município de Ibirapitanga; Samuel do Mercado, em Ibitiara; e Luza, em Itapé. Em Madre de Deus, foi eleito Amilton Pereira; Landinho ganhou em Manoel Vitorino; no município de Maraú, foi eleito Paulino do Povo; Altemar, em Pé de Serra; Juscelino, em Presidente Tancredo Neves; em Retirolândia, foi eleito Rau e, em São Domingos, elegeu Fabinho.
Já o PRD possui três prefeitos, entre eles Di Cardoso em João Dourado, Fabrício Lopes em Umburanas e Dr André na cidade de Filadélfia.
Em meio às movimentações políticas que começam a ganhar corpo para as eleições de 2026, o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o diálogo sobre a composição da base aliada para a disputa ao Senado está em curso, mas destacou que, no momento, não pretende abrir mão da sua reeleição.
Wagner comentou sobre a possibilidade de abrir mão da candidatura ao Senado para garantir a unidade política entre os aliados na Bahia. “A unidade vai ser construída sem essa necessidade. Eu acho que as pessoas têm que aguardar um pouco”, afirmou. Ele ressaltou ainda que mencionou a hipótese apenas como uma possibilidade, mas que a decisão definitiva continua longe de ser tomada.
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O senador destacou que o atual ministro Rui Costa, também filiado ao PT, tem o direito legítimo de reivindicar uma vaga para o Senado, já que esteve envolvido integralmente no governo, assim como ele próprio. “Tem dois já sentados da base: eu e o coronel. Vamos fazer essa discussão mais adiante. Mas eu, por enquanto, não estou abrindo mão de nada”, enfatizou Wagner.
Sobre a continuidade das conversas, o senador revelou que os diálogos estão mantidos, mas com moderação para não dominar as discussões políticas prematuramente. “Eu combinei com eles que a gente deixa para conversar mais no final do ano. Senão vai virar só isso a conversa”, explicou.
A retomada do debate sobre a formação da chapa majoritária governista para 2026 ainda movimenta alguns setores da base petista na Bahia. Com dois nomes a serem indicados para o Senado Federal, até a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem sido questionada, com algumas alternativas sendo ventiladas e até “sacrifícios” no cardápio.
O mais recente encontro entre os senadores da Bahia foi durante a Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília, nesta semana. Com eventos ocorrendo paralelamente, Otto Alencar, Angelo Coronel, ambos do PSD, e Jaques Wagner (PT) estiveram no jantar com representantes dos municípios baianos. Mais próximos, Wagner e Otto também tiraram um tempo para conversar. Um dos tópicos teria sido a situação envolvendo a formação da chapa majoritária de 2026.
Desde o ano passado, os principais nomes da base governista tem se movimentado para conseguir integrar a chapa. Ministro da Casa Civil, o ex-governador Rui Costa já revelou explicitamente o desejo de concorrer a uma cadeira no Senado. Além dele, o próprio senador Jaques Wagner já apontou que virá para a reeleição, de certa forma, “completando” os dois espaços, deixando o senador Angelo Coronel (PSD) de fora da montagem. Apesar disso, o PSD não está parado.
Diversos interlocutores de Wagner e do presidente do PSD na Bahia relataram que, de fato, existe um tensionamento claro sobre a relação partidária visando a indicação dos dois nomes a concorrer ao Senado. Em contato com o Bahia Notícias, alguns destes interlocutores apontaram que Wagner teria chegado a questionar a Otto Alencar: “Eu terei que me sacrificar para manter a unidade?”.
O governador Jerônimo ressaltou que não deve “antecipar” esse debate, apesar do debate já estar acontecendo. “Na condição de governador não posso entrar nesses meandros. Uma coisa são os senadores, vereadores e líderes de partidos se manifestarem. Eu não posso. Vou tentar até o último momento construir isso, o que quero é uma chapa forte. Temos dois senadores que serão renovados”, indicou Jerônimo recentemente, em entrevista à BandNews FM.
Para que a chapa 100% petista se estabeleça, o senador Angelo Coronel terá que ser rifado. Apesar disso, a conta não será fácil. Porém, alguns nomes petistas avaliam que o voto “da esquerda” em Coronel será mais improvável. O processo de debate e avaliação da cúpula do partido e das principais lideranças aponta que não se trataria somente do desejo de Rui Costa ser senador, porém a percepção de uma “avaliação negativa” da base petista e da esquerda para o nome de Coronel.
Liderando o processo político vitorioso na Bahia nos últimos 20 anos, os principais nomes do PT na Bahia e alguns outros líderes da base ressaltaram, em condição de anonimato, a diferença de Otto Alencar e Angelo Coronel. O apontamento unanime apresenta a maior adesão de Otto — mesmo no PSD — diferente da postura de Coronel. “Votar em Coronel é algo absurdamente difícil para os petistas”, indicou um dos líderes procurados.
Outra possível frente aberta para a majoritária, revelada pelo Bahia Notícias, foi um eventual retorno de Rui Costa para concorrer ao governo baiano, substituindo o atual gestor Jerônimo Rodrigues. A hipótese "pacificaria" a disputa ao Senado, já que liberaria o espaço para que Coronel permanecesse na chapa, porém a articulação agradaria somente o setor "Ruizista" do PT. O próprio governador Jerônimo já ressaltou a prerrogativa de disputar a reeleição, amenizando o clima na base.
Sem perspectiva de alteração no atual panorama dos envolvidos na formação da chapa, o debate deve se perdurar até 2026, contando com a seara federal como plano de fundo.
No cenário nacional, o debate entre o PSD e o PT também ocorre, principalmente em São Paulo. A sucessão presidencial passa pela opinião do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que afirmou que a legenda apoiará o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em uma eventual candidatura à presidência da República em 2026. Além disso, indicou que não faz parte da base de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo tendo três ministérios no governo.
A ação pode impactar diretamente a relação na Bahia, apesar do partido sempre manter uma posição apartada em casa estado. Com a relação "nas mãos" de Kassab, a decisão sobre o apoio do PSD ao candidato de oposição ao governo petista será mais um ingrediente na montagem da chapa governista da Bahia.
Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovaram de forma simbólica, na sessão desta quarta-feira (21), a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, e impõe a coincidência de eleições. A PEC 12/2022 passará agora por discussões e votações em dois turnos no plenário.
A proposta acabou sendo aprovada com uma alteração de última hora, para redução do mandato de senadores, dos atuais oito para cinco anos. O relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), havia estipulado um período de transição, com os mandatos passando primeiro de oito anos para nove anos, e depois de nove para dez anos.
Pelo texto anterior, os mandatos dos senadores seriam de nove anos a partir da eleição de 2030, e de dez anos a partir das eleições de 2034. Com a mudança, o mandato dos senadores deve ser de apenas cinco anos a partir de 2034, com direito à reeleição.
O relator atendeu proposta feita pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ). Os dois apresentaram emendas ao texto, e no momento em que esses destaques seriam votados, houve um acordo e o senador Marcelo Castro aceitou as argumentações a favor de um mandato menor para senadores.
A proposta é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). A PEC unifica as datas de todas as eleições, municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos.
Essa coincidência de eleições se daria a partir de 2030. Em 2032 já não haveria eleição municipal, e em 2034 ocorreriam eleições gerais para todos os cargos em disputa: presidente, governador, senador, deputados federal e estadual, prefeitos e vereadores.
Atualmente, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal). Esta é uma novidade que foi apresentada por Marcelo Castro com relação ao texto original proposto pelo senador Kajuru, que não desfazia a alternância dos pleitos.
Marcelo Castro também argumenta que essa medida irá reduzir custos e aumentar a previsibilidade do calendário eleitoral.
Em relação ao fim da reeleição, Marcelo Castro disse que essa é uma proposta que defende desde que chegou ao Congresso Nacional, no fim dos anos 90. Ele afirmou que a reeleição tinha a intenção de permitir a recondução de governantes considerados bons pela população, mas resultou na tendência de os políticos eleitos optarem por políticas imediatistas e de “fácil retorno eleitoral”.
“Temos observado que, em grande número das eleições, há abuso do poder político, do poder econômico e do poder de comunicação. Há uma perda da equidade de oportunidades entre os que disputam os cargos. Na última eleição, 83% dos prefeitos [que tentaram a reeleição] foram reeleitos”, destacou o relator.
A PEC aprovada na CCJ também busca compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, Câmara e Senado também verão mudanças nas suas mesas diretoras. As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos.
Pelo relatório do senador Marcelo Castro, continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura.
O texto original do senador Kajuru não previa mudanças para os mandatos de deputados, senadores e vereadores. Essa alteração foi uma novidade no relatório de Marcelo Castro, que também manteve a possibilidade de reeleições ilimitadas para os parlamentares.
Veja abaixo como ficarão, caso a PEC seja promulgada, as mudanças nas eleições de cada cargo:
Prefeitos e vereadores
- Eleitos em 2024 - mandato até 2028 com direito à reeleição
- Eleitos em 2028 - mandato até 2034 sem direito à reeleição
- Eleitos em 2034 - mandato até 2039 sem direito à reeleição
Presidente, deputados e governadores
- Eleitos em 2026 - mandato até 2030 com direito à reeleição
- Eleitos em 2030 - mandato até 2034 com direito à reeleição
- Eleitos em 2034 - mandato até 2039 sem direito à reeleição
Senadores:
* eleitos em 2022 - mandato de oito anos até 2030
* eleitos em 2026 - mandato de oito anos até 2034
* eleitos em 2030 - mandato de nove anos até 2039
* eleitos em 2034 - mandato de cinco anos até 2039
* eleitos em 2039 - mandato de cinco anos até 2044
O governador do Goiás e pré-candidato a presidência da República, Ronaldo Caiado (União) afirmou que, caso seja eleito nas eleições de 2026, concederá anista presidencial ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente se tornou seu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.
"Caiado vai chegando na presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda", disse o governador de Goiás. A declaração foi dada em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews. "Está aí um furo para você: Ronaldo Caiado presidente da República vou anistiar e começar uma nova história no Brasil", afirmou.
A anistia é um recurso defendido por Jair Bolsonaro e pelo PL para pessoas condenadas pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, além daqueles réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de estado após as eleições presidenciais de 2022. O PL da Anistia já tramita no Congresso Nacional e parlamentares buscam a aprovação antes de 2026.
Bolsonaro também está inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O ex-presidente está impedido de concorrer a uma eleição até 2030.
"Falei que precisamos sair dessa crise, sair desse debate. Isso já cansou. São 2 anos e 7 meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia", disse. Para sua eleição, Caiado afirma que tem como trunfo a integração do União Brasil, além de sua trajetória na política.
"Hoje eu sou do maior partido do país, tenho experiência de cinco mandatos de deputado federal e sou consagrado por ser o governador mais bem avaliado no país nos últimos três anos. Mais do que nunca me sinto credenciado a ir para o debate, com toda a humildade. No primeiro turno, vamos disputar, debater. Vou mostrar o que eu fiz", afirmou. As informações são do G1.
Da discussão a concretização, o PDT voltou a base do governo petista na Bahia. A movimentação, marcada pela insatisfação do presidente estadual do partido, Félix Mendonça, durante as eleições de 2024, pode impactar na permanência de alguns integrantes, inclusive do deputado federal Leo Prates.
Ligado diretamente a oposição na Bahia, principalmente ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), a possibilidade já chegou a ser aventada. O movimento, ainda em 2024, sofreria uma série de fatores, impactando na manutenção da filiação do parlamentar ao partido, podendo fazer com que Leo encontrasse resistência em sua permanência. Mesmo com o “endosso” do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, desde o ano passado, a saída é vista como iminente.
Com o cenário mais "estável", o próprio Leo tem buscado encontrar alternativas para o futuro. Segundo interlocutores ligados a alguns partidos políticos, duas possibilidades foram cogitadas: o Progressistas e o Republicanos. O PP, agora, com o encaminhamento de uma federação com o União Brasil, seria um partido viável para Prates, já que conseguiria manter o posicionamento de oposição, além de uma viabilidade política para os cenários expostos. Um diálogo inicial teria sido feito, inclusive com o assunto passando por lideranças do partido na Bahia.
A alternativa, mais atual, seria o Republicanos. O partido pode ser o destino de Leo, possibilitando o partido a conquistar mais uma cadeira de deputado. Porém, a articulação para a filiação pode ter vista a formação da chapa majoritária. A ida de Leo para o Republicanos abriria outro "caminho", com o parlamentar podendo representar a legenda na chapa, integrando a vice de ACM Neto, que deve disputar o governo em 2026.
O salto significaria um "alavancada" de Leo Prates, que, integrando um eventual governo de Neto na Bahia, poderia manter vivo o principal sonho que é o de disputar a prefeitura de Salvador. Inclusive, o Bahia Notícias apurou que o diálogo de Leo seria diretamente com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Mota. Com forte influência no partido, Hugo teria a missão de conduzir a migração de Leo para a legenda, atuando nos bastidores do partido comandado pelo também deputado federal Marcos Pereira.
Em recente manifestação, Leo sinalizou que, apesar da situação do PDT no estado, a legenda apoiou ACM Neto e que seu posicionamento será de "oposição ao governo" do PT na Bahia, por, segundo ele "respeito à nossa história". "Gosto do PDT, sou amigo de Carlos Lupi e quero continuar no partido. Mas estar onde sempre estive é um princípio — não uma condição. E princípios não se negociam", afirmou, após um encontro com integrantes da legenda.
Leo ainda lembrou o desempenho do partido nas eleições de 2022 no grupo de Neto. "Em 2022, a chapa do PDT para deputado federal na Bahia fez 396.887 votos. Desses, 143.700 foram meus — fui um dos 10 mais votados do estado — e 26.386 de Zé Carlos Araújo, nosso primeiro suplente. Juntos, representamos mais de 1/3 dos votos do partido", completou.
DIZ QUE FICA
Apesar de indicar que pode ficar no PDT, movimento é improvável. Quando do início do debate sobra a possível migração do partido para a base petista, Leo apontou que iria se posicionar "com o grupo de Bruno [Reis] e [ACM] Neto".
“Não vejo como o partido desconsiderar os maiores mandatos e a vice [de Salvador]. Temos federais, o deputado estadual Penalva, quatro vereadores de Salvador. Outro ponto que volto a dizer é que o partido tem que ter vaga na majoritária. Tem sido a defesa que tenho feito. Não vejo condições no PT de nos dar isso”, apontou Leo a época, tendo seu plano frustrado.
O futuro do senador Angelo Coronel (PSD) tem sido debatido por ele, mas também por integrantes do grupo governista. Buscando um espaço na chapa majoritária para concorrer a mais um mandato como senador, Coronel tem feito acenos ao grupo de oposição, o que estaria deixando lideranças governistas com o alerta ligado sobre como conduzir o processo.
Um plano para “retaliar” o clã Coronel estaria em esboço com a cúpula do governo. A eventual “mudança de lado” do senador, pensando em um espaço para concorrer a mais um mandato no Senado Federal, teria também repercussão nos mandatos dos filhos de Coronel, Diego Coronel, deputado federal, e Angelo Filho, deputado estadual. A estratégia planejada seria “atacar” as bases de ambos, buscando desidratar em votos ambos postulantes a renovarem as cadeiras.
A atuação seria também uma forma de desencorajar Coronel a migrar de lado e também demonstrar que o grupo teria “ferramentas” para impactar, para além da candidatura do próprio Coronel, dos filhos do senador também. A disputa seria um “cabo de guerra” entre a influência de Coronel nas prefeituras pelo interior e o impacto da gestão petista na Bahia, com entregas e com ferramentas para neutralizar os votos ligados ao Senador.
No último mês, Coronel comemorou o esfriamento do debate político para 2026. “Ainda bem que esfriou. Vamos pensar em política no próximo ano. Foi muito extemporâneo começar a tratar de um pleito que ainda estamos a quase 24 meses de acontecer”, disse, referindo-se à agitação política que tomou conta do cenário após o Carnaval.
Apesar disso, a sensação de integrantes do governo é de um “distanciamento” aberto entre Coronel e o grupo. Segundo interlocutores, a rotina de relação de Coronel com lideranças foi alterada. “Tem falado menos com [Jaques] Wagner, quase nada com Jerônimo [Rodrigues] e zero com Rui [Costa]”, indicou uma das fontes consultadas pelo BN.
Para além da distância com os “caciques”, uma aproximação também chama a atenção da ala governista: com a oposição. Integrantes governistas garantem que Coronel tem realizado encontros e reuniões periódicas, mais precisamente semanalmente, com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) e o atual prefeito da capital Bruno Reis (União).
O senador garante que estará nas urnas em 2026, de um lado ou do outro. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Antena 1 Salvador 100.1 FM, o senador Angelo Coronel (PSD) revelou que pode colocar o próprio nome à disposição da população em uma “chapa independente”, fora da majoritária do atual governador.
“Se eu não for para a chapa, eu posso ter o direito de ter candidatura única. Quantas vezes em Salvador já teve vários candidatos a prefeito do mesmo agrupamento politico, chegou no segundo turno e teve união. Defendo que todos os partidos deveriam ter candidaturas ao Senado, como tem para deputado federal e estadual”, comentou o parlamentar durante entrevista aos apresentadores Maurício Leiro e Rebeca Menezes.
DISPUTA NA AL-BA
Durante o processo de debate sobre a eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o governador Jerônimo Rodrigues minimizou a tensão com Coronel. O governador indicou não haver problemas com o senador Angelo Coronel.
“Buchichos têm. Ontem mesmo recebi o filho dele, o Diego, acompanhando municípios. Temos trabalhado”, tangenciou Jerônimo para completar: 'Estamos conversando na esfera do partido, o PSD'. “O presidente Otto [Alencar] tem dirigido isso. Todo mundo sabe, Otto é uma figura muito sensata, muito de palavra. A intenção nossa é manter o grupo unido, é manter uma Assembleia fortalecida para poder discutir e elaborar os projetos decentes, mas vamos trabalhar isso na perspectiva de partido e o Otto tem conduzido isso”, defendeu à época.
Logo após, a presidência da AL-BA ficou com a também deputada do PSD Ivana Bastos, revelando a manutenção do posto para a legenda que já comandava a Casa Legislativa com o deputado estadual Adolfo Menezes. O aceno governista é visto como um “aceno” para conseguir emplacar dois nomes na disputa pelo Senado, com o ministro Rui Costa (PT) e o atual senador Jaques Wagner (PT).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), agendou como primeiro item da pauta na sessão deliberativa desta terça-feira (6) o requerimento de urgência do projeto que permite ampliar o número de deputados federais dos atuais 513 para um total de 527. O projeto, da deputada Dani Cunha (União-RJ), altera a Lei Complementar 78/93, que disciplina a fixação do número máximo de deputados federais.
O requerimento estava na pauta da sessão que foi realizada na noite desta segunda (5), mas diante do baixo quórum, o presidente da Câmara preferiu deixar para a tarde de hoje. Na sessão de ontem, por conta da obstrução dos parlamentares do PL e da oposição, em 2h30 de duração da Ordem do Dia, os deputados conseguiram votar apenas o texto-base do projeto que institui o Dia Marielle Franco (Dia Nacional das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos).
A votação do projeto que pode mudar a quantidade de deputados atende decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu o prazo até o dia 30 de junho para que o Congresso Nacional faça a revisão do número de deputados por estado. O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Poder Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional verificada no Censo do IBGE. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993.
Caso a Câmara não aprove o projeto dentro do prazo estipulado, a tarefa da redistribuição das vagas ficará com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O tribunal teria, então, até o dia 1º de outubro de 2025 para realizar a mudança, um ano antes da eleição de 2026.
Pelo critério estabelecido na Lei Complementar 78/93, e com a mudança verificada no contingente populacional dos estados, alguns estados ganhariam cadeiras e outros perderiam. Entre os que iriam ganhar estaria Pará e Santa Catarina, com quatro vagas; Amazonas com mais duas; e Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais contariam com mais uma cadeira no plenário.
Na lista dos estados que perderiam deputados em sua bancada estão: Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul cederiam duas vagas; Alagoas e Pernambuco teriam menos uma cadeira. O estado mais prejudicado seria o Rio de Janeiro, cuja bancada teria menos quatro parlamentares.
Originário de um estado que iria perder deputados, o presidente da Câmara, Hugo Motta, encampou a proposta para que não seja realizada uma redistribuição das vagas, mas o aumento de 14 cadeiras. Desta forma, a medida agradaria os estados que iriam diminuir de tamanho e também os que necessitam elevar a quantidade de vagas para atender os novos cálculos populacionais e a decisão do STF.
Pela proposta de Hugo Motta, os novos deputados iriam para os estados do Pará, Santa Catarina, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. As demais unidades federativas continuariam com seu mesmo tamanho.
Se o requerimento de urgência for aprovado, o projeto pode vir a ser votado ainda nesta terça, ou na sessão desta quarta (7). O relator será o deputado Damião Feliciano (União-PB).
Paraná Pesquisas: Tarcísio Freitas lidera intenção de votos em São Paulo e seria reeleito governador
Um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (8), aponta que o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos) lidera as intenções de voto para se manter no governo de São Paulo, com 18,8%. O dado é referente ao questionário espontâneo, quando não são apresentados os nomes dos candidatos.
Empatados em segundo lugar ficaram os candidatos Fernando Haddad e Geraldo Alckmin com 1,2% dos votos. Com menos de 1% dos votos Ricardo Nunes, Guilhemer Boulos, Márcio França, Erika Hilton, Rodrigo Manga, Alexandre Padilha e Paulo Serra completam a lista.
No cenário proposto pela pesquisa, com a pergunta "Se as eleições para Governador do Estado de São Paulo fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem o(a) Sr(a) votaria?", a prioridade de voto dos eleitores se repete com Tarcísio recebendo 42,1% dos votos dos eleitores. O levantamento, realizado entre 1º e 4 de maio com 1.700 eleitores em 85 municípios paulistas, indica que Tarcísio venceria até no primeiro turno, caso decida disputar novo mandato.
Em segundo lugar, Alckmin recebe 21,1%. Erika Gomes ficou com 9,4% dos votos, Padilha com 5,5%, e os três últimos lugares ficam com Rodrigo Manga (4,8%), Paulo Serra (4,0%) e Felipe Sabará (0,8%).
No segundo cenário proposto pela pesquisa, com a pergunta "Se as eleições para Governador do Estado de São Paulo fossem hoje e os candidatos AGORA fossem esses, em quem o(a) Sr(a) votaria?", Tarcísio aparece em primeiro lugar com 46,5% das intenções de voto.
Em segundo lugar, Márcio França com 11,9%. Hilton ficou com 9,7% dos votos, Padilha com 7,1%, Rodrigo Manga com 5,4%, Paulo Serra com 4,7 e Felipe Sabará com 0,8%.
Caso o governador não dispute a reeleição e concorra à Presidência, o cenário muda. O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França lidera todos os cenários com mais de 20% das intenções de voto.
A pesquisa também apontou que 66,8% dos paulistas aprovam a gestão do governador. Sobre a desaprovação, 28,9% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que não aprovam a administração, enquanto 4,3% não souberam responder. No caso da avaliação, 6,8% afirmam que a gestão é ruim e 11,6% disseram ser péssima. 32,6% avaliaram como boa e 16,9% como ótima. Dentre os entrevistados, 30,2% afirmaram que o governo é regular.
Em ampla atividade política para conseguir a eleição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o ex-prefeito de Camaçari Elinaldo Araújo (União) também tem atuado para contornar problemas na cidade. Um conflito, em especial, movimenta o grupo político de oposição no município: a candidatura do candidato Flávio Matos (União) a deputado federal.
Interlocutores do grupo político de Elinaldo, em Camaçari, apontaram ao BN que, recentemente, um encontro entre o ex-prefeito e Flávio foi feito, na tentativa de “contornar” a ideia do candidato a prefeito pelo União Brasil em 2024 em disputar uma cadeira na Câmara. Apesar de sinalizar de forma “negativa” para a disposição, Flávio estaria mantendo as atividades políticas ininterruptamente, reforçando ainda o desejo de estar na disputa.
“De porta em porta [pedindo voto]. Ele tem se mantido em campanha, como fez em 2024”, indicou uma liderança do União Brasil na cidade sobre a atuação de Flávio Matos na cidade. A manutenção da “pré-campanha” de Flávio teria um “incentivador”, o atual prefeito da cidade Caetano (PT), principal liderança petista na cidade, que estaria nutrindo o desejo de Flávio em disputar a cadeira na Câmara de forma independente, segundo outro interlocutor do grupo de Elinaldo.
O movimento deixa em alerta outros dois nomes que possuem base política na cidade: o já deputado federal Paulo Azi (União) e o deputado estadual Manuel Rocha (União). Rocha buscará uma vaga na Câmara, já que seu pai, o deputado federal José Rocha (União), não concorrerá à reeleição. Com dois nomes postos, um terceiro integrante na equação poderia “embaralhar” o baralho político na cidade, fazendo com que o resultado não fosse positivo para nenhum postulante.
O ex-candidato chegou a negar o movimento de candidatura. “Tenho lado, tenho grupo e sou leal. Essas especulações não partem de mim. Nunca disse que seria candidato, sou grato ao nosso líder, Elinaldo e só entrarei em qualquer disputa com consenso interno”, disse Matos em entrevista ao Bahia Política.
Abraçado por ACM Neto (União), Elinaldo será “o candidato” do ex-prefeito de Salvador. Ainda sem definir por uma nova candidatura ao governo da Bahia, Neto pode ser um reforço na campanha, não sendo o único que influenciará na votação de Elinaldo, cotado para romper a barreira dos “100 mil votos”.
A população que vota na direita não quer outro candidato que não seja Jair Bolsonaro, e “ponto final”. A afirmação foi feita pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista na noite desta segunda-feira (21) ao SBT Brasil.
O ex-presidente deu a entrevista do hospital em Brasília onde está internado há uma semana, em recuperação de uma cirurgia no abdômen que teve duração de mais de 12 horas. Bolsonaro falou ainda na cama de seu quarto onde se encontra, na UTI do hospital DF Star, e sobre sua saúde, afirmou que sua internação deve durar pelo menos mais uma semana.
“Quer queira, quer não, eu sou o maior líder da direita na América do Sul. A população não quer outro nome da direita que não seja Jair Messias Bolsonaro e ponto final”, disse o ex-presidente.
Na entrevista, Bolsonaro disse que “não tem cabimento” uma eleição presidencial sem o nome dele na urna, e que um pleito sem a “maior liderança da direita” seria uma “negação à democracia”. O ex-presidente também falou sobre sua estratégia de registrar candidatura, mesmo estando inelegível, de acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O quadro que está no momento é eu registro a minha candidatura no último momento. O TSE tem poucas semanas para decidir. Eu acredito que até lá, eu esteja movimentando multidões pelo Brasil. A esquerda não vai ter um nome para se apresentar como razoável candidato. Se for o Lula, pior ainda. Não tem liderança formada pela esquerda no Brasil”, disse Jair Bolsonaro.
Sobre outros nomes de candidatos de direita que poderiam ter chances de ganhar a eleição em 2026, Jair Bolsonaro disse haver “bons nomes”, mas que cada uma deveria “cavar” espaço em seus respectivos partidos.
“Esses candidatos têm que começar a rodar pelo Brasil. Fazer realmente o seu trabalho para ganhar simpatia, confiança da população”, disse o ex-presidente, sem citar nomes específicos de candidatos.
Enquanto o PL e membros da oposição tentam convencer o presidente da Cãmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar em plenário o requerimento de urgência para o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro, um outro projeto busca se consolidar como uma alternativa ao debate sobre as penas a quem participou do vandalismo às sedes dos três poderes.
Trata-se de proposta para a realização de um plebiscito, no mesmo dia das eleições gerais de outubro de 2026, para que a população brasileira decida se é a favor ou contra o perdão aos envolvidos na trama golpista. O autor do projeto é o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), que diz que a sua proposição apresenta-se como um mecanismo de pacificação do país.
“Defender o plebiscito sobre a anistia dos réus do 8 de janeiro é oferecer uma saída democrática, legítima e com mais segurança jurídica para um tema que divide o país. O Supremo Tribunal Federal já sinalizou que pode declarar inconstitucional qualquer anistia aprovada diretamente pelo Congresso, o que reforça a necessidade de uma consulta popular como caminho soberano e pacificador”, afirma o deputado.
Ricardo Ayres afirmou em suas redes sociais, nesta semana, que o deputado Hugo Motta, que é do seu partido, teria dado aval para ele coletar assinaturas em um requerimento de urgência para levar a proposta do plebiscito diretamente ao plenário da Câmara.
A ideia do deputado é fazer a seguinte consulta à população, aproveitando a eleição e a urna eletrônica: “Você é a favor da anistia dos réus dos atos ocorridos na sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023?”.
Ayres diz acreditar que, se a medida tiver o aval da população, o STF não poderia barrar o plebiscito. O deputado tocantinense explica que se o plebiscito der aval à anistia, caberá ao Congresso balizar quem terá direito ao perdão, enquanto se o resultado da enquete for contra o perdão, os projetos do tipo serão arquivados.
“Enquanto a Câmara permanece travada nesse impasse, sem avançar em pautas urgentes para a população, o plebiscito, realizado junto às eleições de 2026, permitiria que o próprio povo decida, com responsabilidade e clareza, como encerrar esse capítulo da nossa história”, afirma Ricardo Ayres.
Nos últimos dias, o presidente da Câmara vem resistindo à pressão do PL, por um lado, enquanto de outro busca um consenso entre os Três Poderes para diminuir a pressão pela aprovação da anistia. Uma das ideias em análise seria fazer ajustes no projeto de lei da anistia para prever a redução de penas em alguns casos.
Outra ideia é alterar a lei dos crimes contra a Democracia, para reduzir as penas mínimas e levar à revisão das penas aplicadas pelo STF aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. Uma opção também aventada seria a criação de uma comissão especial - assim a tramitação do projeto seria mais lenta, proposta que já foi rejeitada pela bancada bolsonarista do Congresso.
Neste contexto, a proposta apresentada pelo deputado Ricardo Ayres pode ganhar corpo entre aqueles que não querem votar o projeto, mas também não rejeitam a ideia de uma redução das penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
O centro e a direita vão eleger 80% do Congresso Nacional em 2026, além da maioria dos governos estaduais e também a presidência da República. A previsão foi feita pelo senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, em entrevista à revista Veja.
Nas páginas amarelas da publicação, que chegou às bancas nesta quinta-feira (17), Ciro Nogueira traça um panorama favorável aos partidos de centro e de direita. Para o senador, a rejeição à esquerda e ao petismo, além da baixa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são fatores que ajudarão a impulsionar as candidaturas deste segmento político.
“Vamos ter a maior vitória da nossa história, muito superior à que obtivemos nas eleições de 2022 e de 2024. O centro e a direita vão eleger 80% do Congresso, e a vitória no Senado será esmagadora. E faremos a maioria dos governadores, inclusive na Região Nordeste. A vitória da centro-direita será ampla no país, principalmente se conseguirmos unificar o nosso projeto nacional”, afirmou Ciro Nogueira.
“Tenho trabalhado muito para que as pessoas da direita e do centro estejam unidas no projeto que apresentaremos ao país em 2026 para virar a página do fracasso que está sendo a gestão do PT. As pesquisas indicam uma crescente rejeição não só ao petismo, mas à esquerda como um todo”, completou.
Perguntado sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026, o presidente do PP avalia que ele ainda tem chances de ser candidato, caso supere na Justiça a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em caso de não poder disputar, Bolsonaro, na visão de Ciro Nogueira, seria o maior eleitor da próxima disputa, e conduziria o seu indicado a uma grande vitória.
“Se o ex-presidente Bolsonaro for candidato, acho que todos que estavam ali [governadores que participaram da manifestação pela anistia] o apoiariam. Caso não possa ser eleito, se souber conduzir a escolha dentro do critério de quem é o melhor, conseguiremos unificar o nosso campo. Se não unificar no primeiro turno, ao menos no segundo estaremos juntos, inclusive aquele grupo de governadores. Não tem como perder a eleição”, vaticinou Nogueira.
“Meu candidato a presidente número 1 é Bolsonaro, o número 2 é Bolsonaro e o número 3 é Bolsonaro. Ele seria eleito se a disputa fosse hoje. Mas está inelegível, por mais absurdo que isso seja. Temos que buscar ter um projeto de anistia para que ele se torne elegível”, emendou o senador.
Para Ciro Nogueira, o candidato da direita, caso Bolsonaro siga impedido, será alguém que ele indicar para ter o seu apoio em 2026. O senador do PP do Piauí diz que qualquer candidato que Bolsonaro escolher se tornará viável eleitoralmente.
“Defendo que teremos que definir a questão do candidato a presidente da República até o fim do ano. Pode ser que seja alguém da família, algum dos filhos do ex-presidente. Se for alguma das outras pessoas, como Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo), Ratinho Jr. (governador do Paraná), Tereza Cristina (ex-ministra e senadora pelo PP) ou Ronaldo Caiado (governador de Goiás), temos que decidir este ano”, explicou.
De acordo com o presidente do PP, partido que tenta consolidar uma federação com o União Brasil, faz ainda fortes críticas ao presidente Lula, de quem já foi aliado no passado. Para Ciro, Lula tem um discurso ultrapassado e que já não convence grande parte dos brasileiros.
“Lula passa a imagem de uma pessoa que não se conecta com a população, que não sabe nem como é que as pessoas trabalham atualmente. Vou dar um exemplo: essa questão dos aplicativos, dos autônomos. O Lula parece que não entende como é que esses brasileiros trabalham, que eles não se sentem representados quando o presidente vem com essa visão de sindicalizar. As pessoas não querem saber disso”, argumenta o senador.
“Hoje, na prática, o governo é um governo de oposição ao próprio país. Completamente ultrapassado, obsoleto, com ideias envelhecidas e práticas antigas. A população não vê mais no presidente nenhuma capacidade de inovar e de ser um alento para o futuro do país. E não estou falando de questão de idade, não. A idade do Lula (79 anos) é o menor dos problemas”, conclui Ciro Nogueira.
A forte articulação do governo federal para montagem de chapas fortes ao Senado com vistas à renovação de dois terços das cadeiras a partir de 2027 deve ter um contra-golpe. Inclusive, a Bahia deve ser parte de uma articulação nacional envolvendo o Partido Liberal, juntamente com os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A antecipação do planejamento por parte do governo e do PT teria como objetivo fazer frente à mesma intenção já tornada pública pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças do PL, de eleger o maior número possível de senadores em outubro do próximo ano. Nas eleições de 2026, estarão em disputa 54 cadeiras do Senado, duas por estado. Na eleição de 2022, o bolsonarismo elegeu, das 27 cadeiras em disputa, 8 senadores pelo PL, além de aliados pelos Republicanos, PP e União Brasil. A bancada atual do PL é composta por 13 senadores, a segunda maior, atrás somente do PSD, com 15.
O movimento nacional também pode ser refletido nas escolhas feitas pelo PL na Bahia. O Bahia Notícias acompanha os debates internos do partido no estado, chegando à informação de que a estratégia ainda é manter a pré-candidatura de governador do ex-ministro João Roma, como forma de “cacifar” o partido a integrar a chapa majoritária. Porém, o no futuro, o grupo entende que “é possível compor” para disputar uma vaga para o Senado.
A sinalização tem sido feita nos bastidores, já que existe a preferência de ter um nome disputando o Senado Federal ao invés de colocar alguém da legenda como vice. O “projeto” é reforçar as candidaturas ao Senado para sustentar uma oposição mais efetiva na Câmara Alta, em Brasília. Com isso, alguns nomes tem sido colocados como possíveis candidatos pelo partido.
Entre as opções está o próprio João Roma, que atuou em Brasília como deputado federal, antes de assumir o Ministério da Cidadania na gestão Jair Bolsonaro (PL). Outro nome mencionado é o do deputado estadual Leandro de Jesus (PL), que tem ligação com o ex-ministro. O entrave é, justamente, a estratégia utilizada pelo partido na Bahia para as eleições de 2026, já que Roma pode retornar para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
ARRUMAÇÃO DA OPOSIÇÃO
O presidente do PL Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, admitiu que não está distante o momento em que manterá diálogos políticos com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), com vistas a definições de cenários para as eleições de 2026.
“Não voltamos ainda a ter conversa política. Tive entendimentos com Bruno Reis, com Zé Ronaldo, com Sheila Lemos, mas não cheguei a sentar e tratar de política com Neto durante o período eleitoral. Nos encontramos algumas vezes no palanque em Camaçari, em Cruz das Almas, em Feira de Santana, em Itamaraju, no extremo sul”, disse Roma, após ser questionado sobre um retorno das conversas.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) pediu nesta quarta-feira (9) ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), a retirada de pauta da PEC 12/2022, que, entre outras mudanças na legislação eleitoral, acaba com a reeleição para cargos de presidente, governador e prefeito.
A PEC, de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), é relatada por Castro, e teria seu relatório apresentado na reunião desta quarta. Segundo explicou Otto Alencar, Marcelo Castro pediu mais um tempo para aprimorar o seu relatório.
“O senador Marcelo Castro está aprimorando a sua letra de lei que altera essa questão e vai apresentar essa proposta de emenda à Constituição quando ele achar próprio, até porque é uma legislação que muda completamente e precisa passar pelo crivo e pela avaliação das discussões que nós teremos aqui com os senadores”, disse Otto.
O texto da proposta prevê, além do fim da reeleição, um mandato único de cinco anos. Atualmente, o ocupante desses cargos pode ficar até oito anos caso seja reeleito. A PEC também acaba com as votações de dois em dois anos, fazendo com que todos os ocupantes de todos os cargos sejam escolhidos em uma mesma votação, além de consolidar em uma única lei a legislação eleitoral brasileira.
A PEC que acaba com a reeleição vem dividindo a base aliada do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já externou a senadores ser contrário ao fim da reeleição, e a ideia também já foi criticada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que vê a iniciativa como “oportunista e retrocesso”.
A ideia, porém, tem o apoio do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do ex-presidente, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A PEC tem como autor o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Defensores da medida argumentam que a medida só valeria a partir de 2030, o que não impediria Lula de concorrer à reeleição em 2026.
O parecer de Castro também prevê aumentar o mandato de vereadores, deputados e senadores. No caso dos dois primeiros, o tempo que o eleito poderá ficar no cargo passaria de quatro para cinco anos. Já os senadores ficariam dez anos no posto, ante os oito atuais.
Inicialmente, o senador Marcelo Castro apresentaria três PECs diferentes, todas regulamentando o fim da reeleição, mas cada uma se diferenciando em relação a unificação de datas das eleições municipais, estaduais e nacional e o prazo de transição para igualar as datas, mas a ideia foi abandonada para que a tramitação fosse acelerada.
Em conversa com o Bahia Notícias no começo do ano, o senador Marcelo Castro disse que vai fazer uma última tentativa, em 2025, de tentar aprovar essas mudanças na legislação eleitoral. Castro afirmou que tenta há mais de 20 anos convencer o Congresso a realizar a coincidência de eleições, e que já estaria cansado de “bater na trave”.
“É agora ou nunca. Se não conseguirmos aprovar agora, não conseguimos nunca mais”, brincou o senador ao falar com o BN.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior índice de desaprovação desde o início do mandato. Segundo a pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), 56% dos eleitores desaprovam a gestão.
Esta é a primeira vez que o índice de desaprovação passa de 50%. A aprovação do gestor caiu para 41%, o menor patamar desde o início do mandato.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi realizada entre os dias 27 a 31 de março. Foram entrevistados 2.004 eleitores.
No nordeste, a aprovação e a reprovação da administração estão tecnicamente empatados. 52% dos eleitores aprovam enquanto 46% desaprovam. A margem de erro nesse segmento é de 4 pontos para mais ou menos.
Por outro lado, na região sul, 64% desaprovam o governo, enquanto 37% aprovam. Anteriormente, a desaprovação estava em 53% e a aprovação em 42%. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
Na região Sul, 64% desaprovam o governo petista, enquanto a aprovação é de 35%. A margem de erro é de 6 pontos para mais ou menos.
Apuradas em conjunto, as regiões centro-oeste e norte possuem o índice de desaprovação de 52% enquanto a aprovação ficou em 44%. A margem de erro é de 8 pontos para mais ou menos.
O lançamento da pré-candidatura à presidência da República de Ronaldo Caiado, na próxima sexta-feira (4), movimenta os bastidores do União Brasil. Alas do partido ainda se dividem sobre o anúncio, com a legenda imersa na discussão sobre a federação com o PP.
O Bahia Notícias apurou com lideranças e parlamentares do partido que o evento, no Centro de Convenções, deve receber um número significativo de prefeitos e políticos. Porém, a definição do anúncio da pré-candidatura passou por uma longa discussão entre a cúpula da legenda. Com a iminente federação com o PP, existe uma resistência, principalmente do presidente nacional dos Progressistas, senador Ciro Nogueira.
O “pedido” de Ciro para nomes do União Brasil seria de convencer Caiado a não lançar o nome, possibilitando uma unidade já na largada da corrida presidencial em torno do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). O processo que opôs duas alas do União Brasil, que divergiam sobre a necessidade de reforçar o partido e “unificar a direita” culminaram na confirmação do lançamento, inclusive antecipando a viagem para dialogar com empresários e políticos.
Dividindo deputados federais e estaduais, incluindo a Bahia, uma última tentativa de demover Caiado do lançamento da pré-candidatura, pelo menos até a confirmação da federação com o PP fosse finalizada, foi feito, sem sucesso. O governador teria sido irredutível, apontando que já teria "avançado demais", confirmando a realização do evento. Apesar da tentativa, boa parte das lideranças do partido estariam satisfeitas com a pré-candidatura, apontam interlocutores da legenda.
Até a última semana existia uma incerteza no partido, chegando a refletir na organização do encontro. Agendado para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a organização não cravava a realização no formato original, justamente no Centro de Convenções. Em declaração nesta segunda-feira (31), o prefeito de Salvador Bruno Reis (União) indicou que Caiado “é o melhor governador do Brasil” reforçando o cenário de adesão à pré-candidatura.
“Tem a melhor avaliação em problemas graves que enfrentam hoje no país, não só na segurança, mas na qualidade de educação e na geração de emprego e renda. Então o nome dele está à disposição para iniciar o diálogo e terá naturalmente o apoio do partido, é uma alternativa. É óbvio que essas definições só vão ocorrer ano que vem, onde todos os pretensos players estarão na mesa, para aí se definir quem será o candidato único das oposições. O que defendemos é que as oposições se unam em torno de um único nome que possa apresentar um projeto alternativo ao que está aí”, completou Bruno.
AGENDA DE CAIADO
O governador de Goiás, além do evento no Centro de Convenções, deve ter algumas atividades. Ele será homenageado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e quer começar a interlocução com nomes influentes no estado, segundo a CNN. A ideia do governador é se apresentar como candidato alternativo ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa presidencial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera apenas um dos cenários previstos para a corrida eleitoral em 2026. É o que aponta a pesquisa do instituto Futura Inteligência, empresa da Apex Partners, divulgada pela revista Exame nesta quarta-feira (26). O levantamento simulou cenários que envolvem o presidente Lula, contra nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Em um cenário entre Lula e Bolsonaro acontecesse hoje, o ex-presidente vinculado ao PL lidera com 41,9% das intenções de voto, contra 31,7% do atual presidente. A pesquisa também considerou uma candidatura da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Neste cenário, o presidente Lula estaria empatado tecnicamente com Michele, mas perderia em números gerais: Michele aparece com 35,3% das intenções de voto e Lula com 29,9%.
Segundo o levantamento, se as eleições fossem hoje, Lula seria capaz de vencer o governador paulista Tarcísio de Freitas, com 31% das intenções de voto contra 24,3% do governador. A pesquisa ainda considera o nome dos governadores Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União-GO), mas ambos figuraram com menos de 15% dos votos nos três cenários.
O levantamento também considerou um cenário onde o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), seria o escolhido para disputar as eleições do lado governista. Ele manteria os resultados de Lula, ficando atrás de Bolsonaro e Michele, e a frente de Tarcísio.
Para o levantamento, a Futura Inteligência ouviu 1.000 pessoas, por entrevista telefônica, entre os dias 19 e 22 de março. O índice de confiança é de 95%. Confira os resultados:
Cenário 1-
Jair Bolsonaro: 41,9%
Lula: 31,7%
Ninguém/Branco/Nulo: 9,6%
Ratinho Junior: 6,7%
Ronaldo Caiado: 6,0%
NS/NR/Indeciso: 4,0%
Cenário 2 -
Michele Bolsonaro: 35,3%
Lula: 29,9%
Ratinho Junior: 12
Ninguém/Branco/Nulo: 11,2%
Ronaldo Caiado: 7,8%
NS/NR/Indeciso: 3,4%
Cenário 3 -
Lula: 31,0%
Tarcísio de Freitas: 24,3%
Ninguém/Branco/Nulo: 15,3%
Ratinho Junior: 15,1%
Ronaldo Caiado: 9,0%
NS/NR/Indeciso: 5,3%
Cenário 4 -
Jair Bolsonaro: 41,9%
Geraldo Alckmin: 23,5%
Ninguém/Branco/Nulo: 14,1%
Ratinho Junior: 9,7%
Ronaldo Caiado: 7,0%
NS/NR/Indeciso: 3,8%
Cenário 5 -
Michele Bolsonaro: 37,2%
Geraldo Alckmin: 23,7%
Ninguém/Branco/Nulo: 14,0%
Ratinho Junior: 12,9%
Ronaldo Caiado: 8,3%
NS/NR/Indeciso: 3,8%
Cenário 6 -
Geraldo Alckmin: 26%
Tarcísio de Freitas: 24,6%
Ninguém/Branco/Nulo: 18,7%
Ratinho Junior: 16,0%
Ronaldo Caiado: 9,8%
NS/NR/Indeciso: 4,9%
O senador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) lideram a disputa pelo Senado em 2026. É o que afirma a pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas.
Em uma situação espontânea, quando não são apresentados nomes, Jaques Wagner lidera a pesquisa com 2% das intenções de voto. Em seguida estão Otto Alencar com 1,9%, Rui Costa com 1,2%, João Roma com 0,7%, ACM Neto com 0,4%, Dr. Raissa Soares com 0,3%, Angelo Coronel com 0,2% e Marcelo Nilo com 0,1%. 85,2% não sabe ou decidiu não opinar.
Por outro lado, em uma situação estimulada, quando cada candidato poderia citar até dois candidatos, Rui Costa ficou em primeiro lugar com 43,8% das intenções de voto, seguido por Wagner com 34%. Em seguida, ficou João Roma com 24,6%, Dr. Raissa Soares com 11,2%, Angelo Coronel com 11%, Adolfo Viana com 7,4%, Márcio Marinho com 6,7% e Marcelo Nilo com 5,3%. 4,7% não sabe ou decidiu não opinar.
O levantamento ouviu 1640 eleitores, em 65 municípios, entre os dias 17 e 20 de março de 2025 e possui intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5%.
ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, tem 17,5% das intenções de voto para governador da Bahia. É o que afirma a pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas e divulgada nesta segunda-feira (24).
Em um cenário espontâneo, quando os eleitores foram questionados em quem votariam "se as eleições para Governador do Estado da Bahia fossem hoje", ACM Neto (União) lidera a pesquisa com 17,5% das intenções de votos. Enquanto Jerônimo acumulou apenas 9,1%, Rui Costa teve 1,5%, Bruno Reis 0,7%, João Roma 0,4% e Kléber Rosa 0,1%. 64,7% não sabe ou decidiu não opinar.
Já em uma situação estimulada, quando os nomes dos candidatos foram apresentados para os eleitores, ACM Neto chega a 52% das intenções de voto. Em segundo lugar figura Jerônimo Rodrigues com 27,4%, seguido por João Roma com 8,1% e Kléber Rosa com 1,5%. Esse é o mesmo cenário do primeiro turno de 2022. 4,1% não sabe ou decidiu não opinar.
Em um segundo cenário estimulado, sem a presença do presidente do PL na Bahia, João Roma, ACM Neto permanece na liderança com 56,4% das intenções, seguido por Jerônimo com 30% e por Kleber Rosa com 1,7%. 4,3% não sabe ou decidiu não opinar.
Em uma situação onde ACM Neto disputasse contra Rui Costa (PT), o candidato do União Brasil lideraria com 51,5% dos votos, enquanto o petista tem 27,4%. Em seguida, ficou João Roma com 7,7% e Kléber Rosa com 1,4%. 4,9% não sabe ou decidiu não opinar.
O levantamento ouviu 1640 eleitores, em 65 municípios, entre os dias 17 e 20 de março de 2025 e possui intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 2,5%. (Atualizado às 09h42 para detalhar algumas informações do levantamento)
A confirmação do Diretório Nacional do Cidadania após a decisão da Executiva Nacional do partido de encerrar a federação com o PSDB também apresenta reflexos para a Bahia. A parceria mantida desde as eleições de 2022, no entanto, seguirá até abril de 2026, conforme exige a legislação eleitoral.
A presidente estadual da legenda, vereadora de Salvador Isabela Sousa apontou que o anúncio demonstra "novo momento interno" do Cidadania. "Teremos mais fôlego para deliberar sobre o nosso futuro e seguir honrando a história do partido (...) Em 2019, o Cidadania já saiu na frente quando decidiu se modernizar e abrir espaço para novos quadros e lideranças. Agora, o partido toma mais uma decisão corajosa e igualmente importante: encerrar a federação que estava estabelecida", ressaltou ao Bahia Notícias.
Recentemente, em meio as negociações para a separação, a presidente destacou que apesar da decisão, há um respeito mútuo entre ela e as principais lideranças tucanas na Bahia. “Não existe um futuro ao lado do PSDB. Tenho uma excelente relação com Adolfo [Viana, deputado federal e presidente da Federação], com [Carlos, presidente da Câmara de Vereadores] Muniz, mas o momento agora é de fortalecimento do Cidadania”, declarou.
Em nota divulgada neste domingo (17), o partido afirmou que a decisão foi respaldada por filiados de diferentes estados, que relataram dificuldades de convivência com membros do PSDB e apontaram desvantagens para o Cidadania. Segundo o comunicado, a legenda perdeu representação política ao longo da parceria, com redução no número de deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos.
A federação entre as duas siglas nunca foi um consenso, mas enfrentou maior resistência dentro do Cidadania. Em 2022, a formação da aliança foi aprovada com apenas um voto de diferença, o que resultou em desfiliações expressivas, como a do senador Alessandro Vieira, atualmente no MDB.
PSDB E FEDERAÇÃO
Na Câmara, o deputado federal baiano Adolfo Viana representava a Liderança da Federação PSDB-Cidadania desde 2023. O partido também passa pela discussão de novos movimentos partidários, incluindo a possibilidade de uma fusão com outras legendas.
Após uma possível fusão somente com o PSD, o PSDB também possui diálogos com legendas como o MDB, Republicanos e o Podemos, em consonância com o discurso adotado desde a virada do ano pelo presidente nacional da sigla, Marconi Perillo.
O nome da deputada Erika Hilton (SP) está sendo avaliado dentro do Psol para uma possível candidatura ao governo de São Paulo nas eleições de 2026. Em dobradinha com Erika Hilton, o deputado Guilherme Boulos (SP) seria candidato ao Senado pelo mesmo partido.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo, apontando conversas iniciais no PSOL sobre a estratégia eleitoral. O jornal ouviu a presidente do Psol, Paula Coradi, que reforçou a viabilidade da candidatura, elogiando o destaque que Erika Hilton vem obtendo com sua atuação no Congresso.
A estratégia marcaria uma mudança na direção no Psol, com Boulos cedendo espaço para fortalecer a chapa do partido, e Erika Hilton ganhando projeção como potencial candidata ao governo. A discussão, porém, ainda seria “incipiente”, como disse a própria deputada do Psol ao Globo.
“Posso, sim (concorrer ao governo). É um debate incipiente, conversas ainda precisam ser feitas. Acho que estamos preparando a população para enxergar as pessoas por suas competências e não por suas condições humanas”, disse Erika ao jornal.
Caso entre na disputa, a deputada será a primeira pessoa trans a concorrer ao cargo. “[Erika] tem toda a condição de ser nossa candidata ao governo de São Paulo”, afirmou a presidente do Psol, enfatizando que a parlamentar ganhou relevância com a discussão sobre a escala de trabalho 6x1.
Érika Hilton, nascida em Franco da Rocha (SP) em 1992, foi a primeira mulher trans eleita vereadora em São Paulo, em 2020. Dois anos depois, foi eleita deputada federal com 256.903 votos.
Filiada ao PSOL, a deputada defende os direitos de pessoas negras e LGBT, e ganhou projeção nacional e internacional por sua trajetória da periferia ao Congresso. Recentemente, Erika Hilton desfilou no carnaval do Rio de Janeiro, fazendo parte da uma coreografia da comissão de frente da escola Paraíso do Tuiuti.
A deputada do Psol de São Paulo é a autoria da proposta de emenda à Constituição que prevê o fim da escala de trabalho 6x1. Érika obteve 234 assinaturas de apoio ao projeto (eram necessários 171 apoios para que o projeto pudesse ser apresentado), e protocolou a PEC no dia 25 de fevereiro. A deputada também está convocando uma paralisação no dia 2 de maio para pressionar o Congresso pela aprovação da proposta.
Segundo a deputada, a estratégia do protesto começa com uma grande movimentação no feriado de 1º de maio, o Dia do Trabalhador. Érika também defende que no dia seguinte os trabalhadores façam uma paralisação, com o objetivo de pressionar os parlamentares. O foco do protesto serão grandes cidades como São Paulo, Rio e Salvador.
Erika Hilton disse ainda que prepara panfletagens nacionais para pressionar pelo fim do modelo de trabalho 6x1. A deputada paulista pretende incluir entidades que defendem trabalhadores numa força-tarefa e angariar o máximo de apoio possível.
A estratégia para um grande movimento nacional em favor do projeto passa por uma articulação com sindicatos, movimentos sociais e igrejas. A mobilização é vista pela deputada e parlamentares de esquerda como fundamental para a aprovação do projeto, porque a proposta precisa de 308 votos para ser aprovada em dois turnos na Câmara.
Com o protagonismo reforçado após a reeleição em 2024, o prefeito de Salvador Bruno Reis (União) tem sido apontado como um dos nomes fortes para representar a oposição na disputa pelo governo da Bahia. Apesar disso, nem mesmo os 78,67% conquistados no ano passado devem fazer Bruno encarar a disputa em 2026.
Em contato com diversas lideranças próximas ao gestor da capital, o Bahia Notícias acompanhou um movimento de Bruno para a eleição em que ele voltará as urnas, em 2030. As informações passadas apontam que Bruno tem reforçado aos mais próximos que será candidato daqui a pouco mais de cinco anos e com um foco especial: o Senado Federal.
“Bruno sempre sonhou com o Senado”, apontou um interlocutor próximo ao prefeito. Apesar disso, a confirmação de que disputará uma eleição somente em 2030, priorizando o Senado, não descarta as chances de Bruno ocupar qualquer outro espaço em uma chapa majoritária nessa disputa. “Na vice, ao governo, no Senado, Bruno estará na chapa”, reforçou outra liderança.
Focado na atuação frente à prefeitura de Salvador, Bruno deve se dividir no próximo ano em duas frentes, na organização da campanha do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ao governo da Bahia, além de um doutorado que deve ter início em breve. No caso da campanha, Bruno deve ter protagonismo nas costuras políticas.
A “nova empreitada acadêmica” de Bruno, se não “sepulta” as especulações de que o prefeito poderia ser o nome a disputar um cargo ainda em 2026, esfria o movimento. Incluindo ainda a possibilidade de que saísse na disputa ao governo da Bahia, que tem sido rifada pelo próprio prefeito.
Bruno é formado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), com pós-graduação em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestrado em Desenvolvimento e Gestão Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é professor universitário de Bases Constitucionais da Administração Pública e agora começará o Doutorado em Gestão Pública no IDP, curso fundado pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
Félix Mendonça Jr., deputado federal e presidente estadual do PDT, falou sobre os próximos passos do partido para as eleições de 2026, em entrevista coletiva realizada durante a posse dos novos secretários municipais, na manhã desta segunda-feira (10).
O parlamentar despistou sobre a manutenção da parceria com o União Brasil para o pleito eleitoral do próximo ano, ainda que Andrea Mendonça tenha sido remanejada para a secretaria do Mar. Sobre isso, Félix Jr. foi evasivo e tentou justificar o novo posto da irmã. “Ela já era secretária, só está passando de uma pasta para outra”, disse.
O partido tem dado sinais trocados ao longo dos últimos meses e o próprio Félix chegou a admitir que mantinha o diálogo aberto com o PT, especialmente após um jantar com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, com a bancada da legenda na Câmara dos Deputados. Tal posicionamento gerou tensão entre integrantes do partido, a exemplo de Léo Prates, que defende a manutenção do apoio ao União Brasil, e lideranças do interior da Bahia, que preferem migrar para a base aliada do governo estadual.
O pedetista não cravou apoio para 2026. “Nós apoiamos Bruno Reis nesta reeleição, mas em 2026 é outro pleito, outra conversa. O ideal é que o PDT tivesse um nome para governador, para senador. Mas vamos conversar com o governo, com a oposição, até porque não sabemos quem será o candidato ainda”, declarou.
Balizadores para compreender o cenário político, as pesquisas e levantamentos seguem tendo protagonismo na Bahia. Pensando em compreender a política baiana, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) vai promover um amplo levantamento com foco em avaliar o percentual de baianos que desejam “uma alteração na gestão” do governo baiano.
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, a pesquisa para consumo interno faz parte de uma análise completa para o pleito de 2026. Recentemente, em um levantamento da Genial Quaest, Jerônimo Rodrigues (PT) teve aprovação destacada por 61% dos eleitores, frente aos 54% do final de 2024. Apesar da notícia positiva, quando é testado um cenário eleitoral similar a 2022, o governador perderia para o principal adversário, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Outra pesquisa muito aguardada pela oposição na Bahia é a avaliação feita pela Paraná Pesquisas. Com divulgação prevista para até o mês de abril, o levantamento deve analisar a aprovação da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia, além da aprovação relacionada ao governo de Jerônimo Rodrigues no estado.
A expectativa do grupo "netista" é que a avaliação de Jerônimo ceda, reduzindo os índices de aprovação da gestão estadual. ACM Neto ainda não confirma a candidatura ao governo baiano em 2026, apesar de reforçar que segue sendo porta-voz da oposição no estado, sinalizando para o desejo de comanda o governo baiano. Em 2022, Neto foi derrotado por Jerônimo, no segundo turno, com o petista atingindo 52,78% dos votos na disputa.
Reeleita como prefeita de Vitória da Conquista, em 2024, com 58,83% dos votos, Sheila Lemos (União) tem sido ventilada como um nome viável para ocupar um espaço na chapa majoritária de oposição. Possivelmente encabeçada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), Sheila tem ganhado força nos bastidores para estar entre os quatro nomes possíveis da chapa.
Com a chapa governista praticamente montada, contando com a presença dos ex-governadores como o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro Rui Costa (PT), a oposição também se articula. Com isso, um dos nomes mencionados repetidas vezes por aliados e lideranças ligadas ao ex-prefeito ACM Neto, é o da prefeita Sheila Lemos.
A prefeita de Conquista seria um desejo do grupo, pensando também em atrelar a “capacidade de impacto político” com a ideia de contemplar o campo feminino. Em 2022, o “espaço das mulheres” ficou reservado para a vice, com a empresária Ana Coelho (Republicanos), que não possuía passado na atuação política. Sheila atuaria, justamente, na representação das mulheres e com carreira na política, porém, não no espaço da vice.
O Bahia Notícias apurou que o espaço reservado para Sheila Lemos seria a de uma das duas vagas para o Senado. Internamente, alguns nomes apontam que Sheila atenderia alguns pré-requisitos, incluindo ser forte liderança da região Sudoeste da Bahia, além da boa aprovação revelada nas eleições de 2026.
Recentemente, o próprio ACM Neto reforçou o nome de Sheila para ocupar um espaço na majoritária de 2026. “Eu não tenho dúvida que sim [tem chance]. Pelas qualidades dela, pela liderança que construiu, pelo peso político de Vitória da Conquista e por representar a força e a competência da mulher na política. No entanto, é preciso ter cautela, por existir uma expectativa de que ela governe a cidade até o fim do mandato”, afirmou ACM Neto.
Apesar disso, a resistência para ocupar o espaço viria da própria Sheila em deixar o mandato de prefeita em Conquista. Aliados próximos a prefeita sinalizam, em condição de anonimato, que o desejo é de permanecer no cargo. Com isso, uma articulação tem sido planejada para “convencer” Sheila a ocupar o espaço.
CHAPA FORMADA?
Os nomes para a chapa ainda tem sido ventilados. ACM Neto, inclusive, elogiou o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), e sugeriu que ele pode ser um nome relevante para integrar a chapa majoritária da oposição nas eleições de 2026.
“Vejo um grande potencial de diálogo daqui para frente, com boas perspectivas para conversarmos com o PP sobre 2026. Zé Cocá é um nome forte e lembrado para integrar uma chapa majoritária e acredito que ele tem todas as qualidades para isso”, disse ACM Neto.
Zé Cocá, que já foi prefeito de Lafaiete Coutinho por dois mandatos e deputado estadual na Bahia, assumiu a prefeitura de Jequié em 2020, com 38,29% dos votos válidos, sendo reeleito em 2024 com 91,93% dos votos.
O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), indicou que o partido pode desembarcar formalmente do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do próprio senador ser oposição ao petista, a sigla tem o deputado André Fufuca (PP-MA) como ministro dos Esportes. A declaração de Ciro à Folha acontece em meio à aproximação do PP com o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia.
“Defendo que nem tivesse entrado [no governo]. Foi um erro. É um governo completamente ultrapassado, com o presidente isolado, sem vontade de tomar as decisões que o país precisa”, avaliou o senador, que foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, de quem se tornou fiel defensor. Ciro, inclusive, clama que as denúncias e as investigações contra o ex-presidente são “achismo” e que “não tem nenhuma prova contra ele”. “Ele é inocente nesse caso”.
O oposicionista sugeriu ainda que o novo ministro da Secretaria de Comunicações, Sidônio Palmeira, estaria “acabando com Lula”. “A forma dele de se comunicar está muito errada. Quem está acabando com o Lula é o Sidônio, a exposição dele. O cara fala 20 minutos, aí uma derrapada é o que mais vai para a internet”, avaliou o senador.
DISPUTA EM 2026
O ex-ministro da Casa Civil defende que Bolsonaro seja candidato em 2026, apesar da inelegibilidade sentenciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Todavia, ele indica que, se Bolsonaro não for viável, o ex-presidente deve indicar quem deve receber o apoio do grupo político ainda este ano.
“Só acho o seguinte: se o candidato dele for o Tarcísio ou o Ratinho [Jr.], ele tem que escolher neste ano, porque eles têm que fazer o processo de transição, escolher os sucessores, e se afastar [dos cargos] em abril. Se Bolsonaro marchar para ser candidato até o final, é porque ele vai colocar um dos filhos. E tem a Tereza [Cristina] também. Mas é difícil, acho que o natural hoje seria o Tarcísio, o Ratinho ou um dos dois filhos [Flávio ou Eduardo]”, completou.
A avaliação do governo Jerônimo Rodrigues (PT) aumentou 7% de dezembro a fevereiro, conforme levantamento da Genial Quaest divulgado nesta quinta-feira (27) pela CNN. Jerônimo é aprovado por 61% dos eleitores, frente aos 54% do final de 2024. Apesar da notícia positiva, quando é testado um cenário eleitoral similar a 2022, o governador perderia para o principal adversário, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União).
A pesquisa mostra ainda que houve uma queda na desaprovação do governador, de 35% em dezembro para 31% agora em fevereiro. Cerca de 11% dos eleitores não souberam ou preferiram não responder – no final de 2024 eram 8%. Foram ouvidas 1.200 pessoas entre os dias 12 e 23 e a pesquisa tem intervalo de confiança de 95%.
ELEIÇÕES 2026
O levantamento fez ainda o seguinte questionamento: “Se as eleições para governador fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem você votaria?”. Nesse cenário, o ex-prefeito de Salvador, derrotado no segundo turno por Jerônimo em 2022, é citado por 42% dos eleitores, enquanto o atual gestor é lembrado por 38%.
A pesquisa testou o mesmo cenário do último pleito majoritário. Assim, João Roma (PL) teve 3% das intenções de voto, enquanto Kleber Rosa (PSOL) ficou com 1%. Indecisos somaram 5% e aqueles que votariam em branco, nulo ou que não votariam chegaram a 11%. (Atualizado às 07h43 para corrigir o percentual de votos de ACM Neto)
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que pela primeira vez figurou em uma pesquisa, no caso da CNT/MDA, onde aparece como o quarto nome mais citado de forma espontânea como nome preferido para presidente em 2026, ainda precisa esperar a hora dele. A afirmação foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (25), em entrevista ao jornalista Léo Dias.
Bolsonaro falou sobre o futuro do deputado mineiro a analisar as perspectivas de aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que reduz a idade mínima para concorrer à presidência da República ou ao Senado, de 35 para 30 anos. A proposta, do deputado Eros Biondini (PL-MG), está na fase de coleta das 171 assinaturas necessárias para que possa ser protocolada e começar a tramitar oficialmente.
Para o ex-presidente, Nikolas se “empolgou” com a possibilidade de poder concorrer tanto ao Senado como a presidente já em 2026, caso seja aprovada a PEC. Jair Bolsonaro disse considerar que é cedo para apoiar Nikolas em uma disputa ao Senado em 2026, e disse que não tem candidato em Minas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o deputado federal mineiro Nikolas Ferreira (PL) precisa ter “estabilidade” para esperar a hora certa de entrar em disputas maiores. Ele disse achar cedo para apoiar Nikolas em uma disputa ao senado em 2026 e disse que não tem candidato em Minas.
Bolsonaro afirmou que Nikolas, deputado federal mais votado do Brasil nas eleições de 2022, “se empolgou” com uma possibilidade de reduzir a idade para candidatura ao senado e à presidência. As falas do ex-presidente foram feitas durante entrevista, nesta terça-feira (25 de fevereiro), ao jornalista Léo Dias.
“O sucesso que o Nikolas tem ninguém vai duvidar, o que ele tem, no meu entender, é que ter essa estabilidade para saber a hora certa dele. Ele se empolgou um pouco com uma proposta de emenda à Constituição para reduzir para 30 anos (a idade mínima) para disputar o Senado por Minas Gerais, mas existem certas coisas que vêm com a idade. Um cara para ser presidente ou senador com 30 anos, eu acho muito pouco essa idade e acredito que os senadores não apoiariam uma PEC dessas, porque isso seria mais concorrência para o Senado”, disse Bolsonaro.
O ex-presidente disse, inclusive, que já conversou com o seu aliado Nikolas Ferreira sobre o assunto, e recomendou cautela a ele, e que não criasse falsas expectativas. “Eu já conversei com ele sobre isso; falei, não deixa a fama subir na cabeça, mas ele tem a cabeça no lugar”, afirmou Jair Bolsonaro ao jornalista Léo Dias.
Em entrevistas recentes, o deputado Nikolas Ferreira disse que não descarta concorrer ao cargo de governador de Minas Gerais ou senador em 2026, caso seja aprovada a PEC que reduza a idade mínima para esses cargos.
“Há uma PEC que reduz a idade de senador e presidente para 30 anos. Se for aprovada, eu poderia concorrer ao Senado. Dessa forma eu poderia representar o povo mineiro no Senado, que ao meu ver é o ponto de equilíbrio na relação entre os poderes”, afirmou o deputado Nikolas Ferreira.
A proposta altera o parâmetro da idade mínima, que seria alterado para 30 anos, no caso dos candidatos a presidente da República e senador. Já para os governos estaduais, a proposta do deputado Eros Biondini seria de reduzir esse mínimo de 30 para 28 anos. Em relação a mandatos de deputados e prefeitos, a idade mínima cairia de 21 para 20 anos.
O deputado Eros Biondini é aliado de Nikolas Ferreira em Minas Gerais, e a proposta atende às ambições do deputado que foi o mais votado no estado em 2022. Nikolas nasceu em 30 de maio de 1996, e tem apenas 28 anos. Com essa idade, não poderia ser candidato nem ao Senado, nem a presidente da República em 2026, como foi defendido por seguidores nas redes sociais após o sucesso do vídeo com críticas à medida de fiscalização do Pix.
Para o governo de Minas Gerais, Nikolas Ferreira poderia ser candidato agora em 2026, já que nesse ano ele estará com a idade mínima exigida. Já para o Senado e até mesmo uma eventual candidatura a presidente, Nikolas só poderia, pela regra atual, disputar as eleições de 2034, pois em 2030 ele ainda estará com apenas 34 anos, um ano abaixo do limite mínimo.
Eros Biondini, que teve a ideia e deve começar a coletar assinaturas a partir de fevereiro, com a volta das atividades da Câmara, assume que a sua proposição tem Nikolas Ferreira como inspiração.
“Realmente não há como negar: Nikolas Ferreira seria o grande nome (da direita), na impossibilidade de Bolsonaro disputar como presidente. Não tenho dúvidas que elegeríamos ele (Nikolas), caso esta PEC seja aprovada e tenho certeza que será”, afirma o deputado do PL mineiro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem um alto nível de responsabilidade em relação às denúncias de tentativa de um golpe para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva assumisse a presidência, mas a maioria acha que ele será absolvido ao final do processo no Supremo Tribunal Federal. Essas são algumas das conclusões reveladas pela pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (25).
De acordo com o levantamento, 26,9% dos entrevistados afirmaram que Jair Bolsonaro é o principal responsável pela tentativa de um golpe de estado que impedisse a posse do presidente Lula. Outros 28,9% afirmaram que o ex-presidente é um dos responsáveis pela articulação golpista. Somando as duas hipóteses, são 55,8% que acreditam que Bolsonaro tem algum grau de responsabilidade pelas denúncias que a Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal.
A quantidade de entrevistados que não vê responsabilidade de Jair Bolsonaro na articulação do golpe foi de 27,6%. Outros 16,6% não apresentaram opinião ou disseram não saber sobre a responsabilidade dele.
Apesar de ter sido muito comentada nos últimos dias, a denúncia apresentada pela PGR não foi tão acompanhada pela população como se poderia esperar. A pesquisa revelou que 27,3% dos entrevistados diz ter ouvido falar sobre as denúncias e que sabe detalhes sobre o caso. Entretanto, 39,7% afirma que ouviu falar do tema apenas superficialmente. E 31,7% dizem que nunca ouviram falar sobre o assunto.
Em meio aos que tiveram conhecimento da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outras 33 pessoas, nada menos que 69,3% dizem que o documento não mudou sua opinião a respeito do ex-presidente. Para 13%, as denúncias pioraram muito a visão sobre o ex-presidente, e outros 6,7% afirmam que as notícias pioraram apenas um pouco a opinião a respeito de Bolsonaro.
Do outro lado, 2,2% disseram que o material levantado pela PGR levou eles a melhorarem um pouco a opinião sobre Bolsonaro, e 2% revelaram que o assunto fez com que eles tivessem uma visão ainda melhor a respeito do ex-presidente.
Por fim, a pesquisa CNT/MDA perguntou aos entrevistados a expectativa em relação ao desfecho das denúncias contra Jair Bolsonaro após o julgamento no STF. Para 44,9%, Bolsonaro será absolvido ao final do julgamento. Outros 41% dizem que o ex-presidente será condenado pelo STF, enquanto 14,1% afirmam que não tem opinião ou não sabem o que vai acontecer.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada com dados coletados de 19 a 23 de fevereiro, um dia após as denúncias da PGR contra Bolsonaro e outras 33 pessoas. Foram 2002 entrevistas, por meio de coleta presencial e domiciliar distribuídas em 137 municípios, com margem de erro de 2,2%.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.