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IPCA-15 medido pelo IBGE foi de 0,18% na prévia de outubro, menor resultado para o período desde 2022

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Abaixo das previsões das instituições financeiras, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE, registrou alta de 0,18% em outubro. O resultado ficou abaixo das projeções de que o indicador marcaria 0,21% neste mês. 

 

O IPCA-15 é o indicador do IBGE que indica a prévia da inflação do mês. O resultado de outubro ficou 0,30% abaixo da taxa registrada em setembro, que foi de 0,48%. A taxa de 0,18% é a menor para meses de outubro em três anos, ou seja, desde 2022 (0,16%).

 

O maior impacto na elevação dos índices do IPCA-15 saiu do grupo Transportes, com 0,41%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,94% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,94%, abaixo dos 5,32% observados nos 12 meses imediatamente anteriores (em outubro de 2024, a taxa havia sido de 0,54%).

 

Além de Transportes, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês de outubro: Vestuário (0,45%), Despesas pessoais (0,42%), Saúde e cuidados pessoais (0,24%), Habitação (0,16%) e Educação (0,09%). Artigos de residência (-0,64%), Comunicação (-0,09%) e Alimentação e bebidas (-0,02%) apresentaram variação negativa.

 

Responsável pelo maior impacto no índice deste mês, o grupo Transportes (0,41%) mostrou expansão frente a setembro, quando caiu 0,25%. O resultado foi influenciado principalmente pelos combustíveis (1,16%) e passagens aéreas (4,39%). 

 

O etanol (3,09%), a gasolina (0,99%) e o óleo diesel (0,01%) apresentaram altas, enquanto o gás veicular teve queda de 0,40%. Os subitens ônibus urbano (0,32%) e metrô (0,03%) também contribuíram para o resultado positivo do grupo.

 

Em Despesas Pessoais (0,42%), os destaques neste mês foram cinema, teatro e concertos (2,05%), pacote turístico (1,97%) e empregado doméstico (0,52%). 

 

No grupo Habitação, que desacelerou de 3,31% para 0,16%, na passagem de setembro para outubro, a principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial, que passou de 12,17% para -1,09%, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1. 

 

Entre os subitens com aumentos, destacaram-se o gás de botijão (1,44%) e o aluguel residencial (0,95%).   

 

Já no grupo Alimentação e bebidas (-0,02%), a alimentação no domicílio registrou variação de -0,10%, após recuar 0,63% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado as quedas da cebola (-7,65%), do ovo de galinha (-3,01%), do arroz (-1,37%) e do leite longa vida (-1,00%). No lado das altas, destacam-se o óleo de soja (4,25%) e as frutas, que subiram, em média, 2,07%.

 

Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu desaceleração de setembro (0,36%) para outubro (0,19%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,70% em setembro para 0,42% em outubro) e da refeição (de 0,20% para 0,06%).

 

Quanto aos índices regionais, sete das 11 áreas pesquisadas tiveram alta de preços em outubro. A maior variação foi registrada em Goiânia (1,30%), por conta das altas do etanol (23,80%) e da gasolina (10,36%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,14%), que apresentou queda nos preços do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%).    

 

Depois ter registrado um índice de 0,32% em setembro, a cidade de Salvador teve resultado negativo em outubro, com o IPCA-15 marcando -0,04%. Além de ficar abaixo da média nacional de 0,18%, o patamar só ficou acima de Rio de Janeiro e Belém entre todas as capitais pesquisadas.

 

No ano, Salvador tem o resultado de 3,34% no IPCA-15, abaixo da média nacional auferida pelo IBGE, de 3,94%. No acumulado de 12 meses, a capital baiana aparece com o índice de 4,41%, bem abaixo do total nacional, que foi de 4,94%.