“Vai ficar só concreto”, diz Marta Rodrigues sobre venda de terrenos da prefeitura na orla da Barra
Por Eduarda Pinto / Leonardo Almeida
A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou o leilão da prefeitura que envolveu a venda de um terreno na orla da Barra, em Salvador, para a iniciativa privada. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (25), a petista rebateu uma fala do prefeito Bruno Reis (União) sobre a “pouca vegetação” que há no local e citou a crise climática para defender a manutenção das áreas de restinga na orla de Salvador.
“O prefeito diz que ali é uma área que não tem vegetação, mas todas as 30 tem restinga, ele precisa visitar. E nós visitamos, eu tenho fotos para poder provar que todas têm vegetação e tem restinga. Essa área que fica ali do Cristo, do espanhol até o Cristo, é onde a gente passa que a gente vê a área verde. Então se tira ali, vai ficar só concreto, só cimento. E isso para o momento que nós estamos vivendo, do clima, desse calor, do efeito estufa…Nós não estamos suportando mais o calor. A sensação térmica já chega a 30ºC, 40ºC. E com esses prédios, esses espigões que estão levantando, isso aumenta ainda mais”, afirmou a vereadora.
A crítica veio após Bruno Reis comentar sobre a venda de quatro terrenos disponíveis em uma nova rodada de leilão de áreas na capital baiana. Na ocasião, o gestor apontou que o espaço entre o Morro do Cristo na Orla da Barra e o Clube Espanhol, um dos vendidos no leilão, deve ser utilizado para a construção de um empreendimento no local.
Bruno justificou a venda do espaço e disse que o lugar não tinha estava sendo utilizado. O prefeito afirmou que a área vendida não gera recursos para a gestão e a vegetação encontrada é “pouca”, sendo este motivo da desafetação.