Bruno Reis justifica venda de terreno na Orla da Barra em leilão: “Pode render mais de R$ 50 milhões”
Por Gabriel Lopes / Victor Hernandes
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), comentou, nesta quarta-feira (19), sobre a venda de quatro terrenos disponíveis em uma nova rodada de leilão de áreas na capital baiana. Em entrevista à imprensa durante a posse de Ana Paula Matos na Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), o gestor apontou que o espaço entre o Morro do Cristo na Orla da Barra e o Clube Espanhol, um dos vendidos no leilão, deve ser utilizado para a construção de um empreendimento no local.
Bruno justificou a venda do espaço e disse que o lugar não tinha estava sendo utilizado. O prefeito afirmou que a área vendida não gera recursos para a gestão e a vegetação encontrada é “pouca”, sendo este motivo da desafetação.
“Muito provavelmente deve ser algum empreendimento imobiliário. O projeto não foi apresentado na Prefeitura, mas é importante falar isso para vocês aqui. Tem uma encosta ali quase em frente ao Clube Espanhol que não serve para nada. Não gera um real de imposto para a prefeitura de Salvador. Porque a prefeitura desafetou uma área que está quase sem vegetação, e eu quero que vocês vão lá verificar. A vegetação que existe, a pouca, é fácil ser feito o transplantio ou o replantio, ou a política de compensação de árvores”, indicou Reis.
Bruno explicou que a venda vai gerar cerca de R$16 milhões e a prefeitura vai cobrar impostos do que for construído no local.
“Uma área que era avaliada por R$4 milhões que levamos para a leilão e foi arrematada por R$ 16 milhões. Quem comprou vai pagar o ITIV para transferir para o nome. Uma área que não pagava IPTU vai pagar IPTU de empreendimento imobiliário, que vai possivelmente construir um prédio, ou seja, o que for, comercial, residencial, com salas ou apartamento que vão, depois tem os adquirentes que vão pagar ITIV quando transferir para o novo, que depois vai passar a pagar IPTU e que vai incrementar a arrecadação da cidade para a gente não ter que fazer aumento de IPTU”, considerou.
“Só aquele terreno pode render para os cofres públicos esse ano mais de R$ 50 milhões. Foi uma decisão acertada ou não quem quiser fazer esse debate, esse diálogo. Desafio qualquer hora local para me convencer do contrário. Esses 50 milhões de reais permitem a gente mudar a vida do povo pobre da periferia dessa cidade”, completou.
Atualizado às 15h15