Kiki Bispo lamenta recuo da APLB sobre reajuste dos professores e defende votação de projetos estratégicos na CMS
Por Ana Clara Pires / Leonardo Almeida
O líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, vereador Kiki Bispo (União) lamentou a decisão da APLB Sindicato de retirar o apoio ao acordo firmado sobre o Plano de Carreira do Magistério Municipal. O Projeto de Lei Complementar nº 03/2025, que também trata do Fundo Municipal de Educação e do Programa Dinheiro Direto na Escola, deixou de ser votado após o recuo da entidade em decisão tomada após assembleia na manhã desta quarta-feira (24).
“Infelizmente, a gente quer lamentar muito a desistência da APLB. Foi tratado um acordo que motivou o fim da greve dos professores. O projeto estava tramitando na Câmara, houve reuniões com a prefeitura e a APLB para ratificar os termos. Ontem, para nossa surpresa, foram apresentadas algumas emendas, que ainda assim foram acolhidas. E no dia da votação, infelizmente, a APLB declinou do acordo que tinha proposto tanto na prefeitura como na Câmara. Lamentamos muito por não poder votar o projeto e esperamos agora que possa ter uma nova mesa de negociação para que a educação não fique prejudicada na nossa cidade”, disse.
Na mesma sessão, os vereadores aprovaram quatro projetos de autoria do Executivo, incluindo a atualização da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). A proposta foi alvo de críticas do Ministério Público da Bahia, mas passou com apoio da base governista.
Segundo Kiki Bispo, as alterações aprovadas têm caráter emergencial e visam atender regiões que necessitam de investimentos. “Foram votados dispositivos que visam aperfeiçoar algumas regiões, a exemplo de Valéria, que amplia o polo industrial daquela área. Temos a demanda do PDDU, que será tratada de forma mais ampla, mas nesse momento havia a necessidade de permitir os investimentos e o aporte de recursos em locais que exigiam maior urgência”, afirmou.
Questionado sobre eventuais impactos ambientais, o vereador garantiu que as emendas preservam áreas sensíveis. “As emendas aprovadas ampliam a proteção do Vale Encantado. Se houver algum ponto em desacordo, tenho certeza que o prefeito poderá analisar e vetar posteriormente”, concluiu.