Sem acordo com a APLB, Câmara de Salvador adia votação do reajuste dos professores
Por Ana Clara Pires / Paulo Dourado
A Câmara Municipal de Salvador (CMS) não vai votar nesta quarta-feira (24) o Projeto de Lei Complementar nº 03/2025, que altera o Plano de Carreira do Magistério Municipal, o Fundo Municipal de Educação e o Programa Dinheiro Direto na Escola. O adiamento ocorre diante da falta de consenso com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o presidente do sindicato, Rui Oliveira, afirmou que a entidade apresentou algumas emendas à Casa antes da votação do projeto. Das oito propostas enviadas, duas não foram aceitas: a que evita prejuízos aos aposentados e a que restabelece a linearidade de 2,5%, retirada do texto original.
"Para votar, nós fizemos emendas. Foram feitas oito emendas. Duas não foram acatadas. As duas são as emendas que não prejudicam os aposentados e garantem a linearidade de 2,5% que foi retirada", declarou Rui.
Ele acrescentou que, após a rejeição das duas propostas, o sindicato reenviou um novo projeto para a Câmara e aguarda uma deliberação. Rui também negou qualquer deliberação sobre greve durante esse período de espera.
O projeto iria abrir a sessão, mas foi retirada de pauta pelo presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB). Além do reajuste, conforme o estipulado na Ordem do Dia, serão votados mais de 300 textos na sessão, sendo eles cerca de 80 moções; 160 projetos de indicação; 35 requerimentos e 67 projetos de lei.