Victor Ramos abre o jogo sobre suposto envolvimento na Operação Penalidade Máxima: "Quem não deve, não teme"
Por Carlos Matos
Convidado do episódio #82 do podcast BN na Bola, do Bahia Notícias, o zagueiro Victor Ramos, atualmente na Juazeirense, detalhou os bastidores de um capítulo difícil em sua carreira: a investigação na Operação Penalidade Máxima, ocorrido em 2023, quando o defensor estava na Chapecoense.
“A situação mexeu muito com todos nós, comigo e com minha família, mas é algo que faz parte. Eu estava com a consciência tranquila, porque em momento algum eu iria sujar a minha carreira por uma coisa dessas. Minha carreira sempre foi limpa e transparente. Jamais iria sujar meu nome”, afirmou o atleta.
Victor Ramos ressaltou que o contato com o apostador realmente existiu, mas que no momento em que ele entendeu que se tratava de uma abordagem para que ele fizesse parte do esquema de manipulação de jogos, fez questão de “cair fora”.
“Eu não gosto de mentira. Eu realmente tive contato com um cara, mas eu não sabia que era para isso (esquematizar participação em manipulação de jogos), mas aí eu ‘caí fora’. Mas por existir esse contato, viram e acharam que eu estava envolvido. Graças a Deus foi tudo bem esclarecido”
Hoje Victor é zagueiro da Juazeirense, mas na época era uma das principais peças da Chapecoense. Capitão da equipe, ele fez questão de seguir atuando, mesmo com as investigações acontecendo, enfatizando que ‘quem não deve, não teme’.
“Ainda assim, eu segui jogando pela Chapecoense. Eu era o capitão da equipe e tinha uma boa relação com o atual presidente, que era vice-presidente na época, o Alex Passos, então disse para ele que queria continuar jogando, porque quem não deve não teme. Eu estava tranquilo”, afirmou.
A Operação Penalidade Máxima, iniciada em 2022 pelo Ministério Público do Estado de Goiás, é um conjunto de investigações que têm o intuito de combater os esquemas de manipulação de resultados e apostas no futebol brasileiro.
