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Observatório do PDDU de Salvador realiza debate sobre Cidade Antirracista na sede do Ilê Aiyê

Por Redação

Foto: Camila Souza/GOVBA

O Observatório do PDDU de Salvador vai discutir as dimensões do racismo urbanístico em na capital durante um evento sediado na Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê, no bairro do Cururu. O debate ocorre neste sábado (6), a partir das 16h, com a proposta de discutir as realizações da próxima atualização do planejamento urbano de Salvador.

 

O Observatório do PDDU de Salvador é uma rede da sociedade civil com diversos movimentos sociais, pesquisadores, especialistas e associações de bairro que se articula para contribuir efetivamente na revisão do PDDU de Salvador. Atualmente, o grupo é apoiado pela Promotoria de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público da Bahia (MP-BA). 

 

“Os Planos Diretores no Brasil no geral, e no nosso caso em particular, sempre foram negligentes nas análises, diagnósticos e estudos da realidade da população negra. Negligentes tanto na reflexão analítica, crítica e teórica dos seus territórios e suas lacunas, suas faltas, mas sobretudo em relação às suas potencialidades e a forma criativa de organização espacial das suas populações”, analisa o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA, Fábio Velame.

 

Foi pensando nessa realidade que o Observatório do PDDU de Salvador produziu, sob a coordenação de Fábio Velame e a participação de diversas lideranças dos movimentos negros locais, um documento com propostas a serem incorporadas na revisão do PDDU que iniciou em 2025. O documento produzido por este grupo de trabalho guiará a discussão na Senzala do Barro Preto, procurando incorporar as demandas que surjam entre os participantes. 

 

O foco está nas ações afirmativas urbanas. “Sobretudo, não existem diretrizes que gerem programas, projetos e ações voltadas para as demandas e especificidades da população negra da sua cidade”, conclui Velame. Para os estudiosos, assim como as ações afirmativas na educação e no mercado de trabalho, é necessário também ter medidas que protejam as formas de organização negras no território e procurem diminuir a desigualdade de infraestrutura nos locais onde a população negra vive. 

 

Como exemplo destas medidas possíveis para Salvador o GT propõe a construção de espaços de memória nos antigos e atuais quilombos, o mapeamento e medidas de proteção dos terreiros e locais de produção cultural afro, a criação de um museu que reflita criticamente sobre o terror da escravidão e a priorização dos investimentos nos bairros negros e periféricos.   

 

SERVIÇO
Como tornar Salvador uma cidade antirracista?
(Primeira andança do Observatório do PDDU de Salvador)
Quando: 06/12, a partir das 16h
Onde: Senzala do Barro Preto, Ladeira do Curuzu, Liberdade 
Entrada livre e gratuita