Federação PRD-Solidariedade será presidida na Bahia por “colegiado” composto por Marcinho Oliveira e Luciano Araújo
Por Leonardo Almeida
Agradando gregos e troianos, a presidência da federação entre o PRD e o Solidariedade será composta pelos presidentes estaduais dos partidos, os deputados Marcinho Oliveira (PRD) e Luciano Araújo (Solidariedade), por meio de um “colegiado” com quatro integrantes. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, cada parlamentar fará a indicação de um dirigente para ocupar a liderança na federação.
Após a formalização da parceria entre as legendas, rumores de que Luciano Araújo estaria insatisfeito por, possivelmente, ser preterido na presidência da federação ganharam força nos bastidores. A adoção do modelo de colegiado seria um meio-termo para abarcar Marcinho Oliveira, que é recém-filiado ao PRD e chegou para comandar o partido na Bahia visando as eleições de 2026, e Luciano Araújo, que já possui mais “tempo de casa” e preside o Solidariedade desde 2015.
Marcinho e Luciano aguardam a finalização das tratativas no cenário nacional para realizarem suas indicações para compor o colegiado da presidência da federação. De acordo com uma fonte do BN, os parlamentares ainda não “sacramentaram” a escolha, mas devem dar preferência a membros da executiva de seus respectivos partidos.
O modelo de colegiado adotado na Bahia também será empregado em outros oito estados do país, visando evitar possíveis rusgas locais que possam impactar nas interlocuções federais. Em caso de “empates” nas tomadas de decisões, o voto de minerva será dado pela Executiva Nacional da federação.
A escolha pelo colegiado foi anunciada por Marcinho em setembro deste ano, durante a coletiva de imprensa em que foi informada sua filiação ao PRD. Contudo, na época, ainda não havia uma decisão sobre as duas lideranças que formariam o quarteto. Na conversa com a imprensa, o deputado também evitou cravar que o partido apoiará a reeleição de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo do estado e contou que a legenda receberá membros de diversas ideologias.
“Um partido que vai ser construído também com diversas situações, pluripartidárias, com pensamentos diferentes, mas em conjunto, e que a gente vai poder dialogar e construir políticas públicas ouvindo os nossos filiados (...). A Federação vai ser composta, na Bahia, com um núcleo colegiado”, disse Marcinho.
