Polícia avalia que metanol em bebidas pode ter sido utilizado na limpeza de garrafas falsificadas
Por Redação
A Polícia Civil de São Paulo investiga a possibilidade de que a intoxicação de dezenas de pessoas por metanol tenha sido causada pelo uso da substância na higienização de garrafas de bebidas falsificadas. Essa é a principal linha de investigação, até o momento.
A intoxicação por metanol que já fez onze vítimas no Brasil em São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Na Bahia, um caso está em investigação em Feira de Santana. O trabalho da polícia indica que quadrilhas de falsificação de bebidas estariam usando o metanol para limpar e desinfectar as garrafas reutilizadas, e não somente para adulterar e aumentar o volume.
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Segundo informações divulgadas pelo O Globo, as garrafas originais de bebidas destiladas, como vodca, gin e uísque, seriam coletadas em bares e restaurantes e vendidas a fábricas clandestinas. Assim, coletores ou fabricantes usariam o metanol durante o processo de limpeza e desinfecção. Mal lavado, o recipiente contaminado receberia o produto falsificado e provocaria a intoxicação.
Policiais chegaram à conclusão ao refazerem o caminho das bebidas ingeridas pelas vítimas. Até agora, a Polícia de São Paulo não identificou responsáveis pelo possível esquema. Também não foi encontrada a origem do metanol, um produto importado.
As autoridades, no entanto, não descartaram outras hipóteses de contaminação: a Civil também investiga, paralelamente, se o metanol está sendo usado na adulteração de bebidas originais, para aumentar o volume e os lucros.