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metanol
A assessoria do rapper Hungria Hip Hop contestou a declaração do Ministério da Saúde que informou a ausência de metanol nos exames do cantor. O rapper ficou quatro dias internado em Brasília e segundo laudo médico, foi detectado a presença de metanol.
Segundo a assessoria do cantor, o Laboratório Richet, da Rede D’Or, detectou a presença de metanol no sangue “acima do limite de referência”. O que contradiz a versão do Ministério da Saúde, que informou na última segunda-feira (6), que exames não apontaram a presença da substância.
Após a declaração da pasta, o caso do cantor foi descartado como suspeita no Distrito Federal. Conforme o site g1, a Secretaria de Saúde informou que “não recebeu” nenhum resultado oficial que comprove a intoxicação por metanol no cantor.
O rapper Hungria, de 34 anos, recebeu alta médica no último domingo (5) do Hospital DF Star, em Brasília, após quatro dias de internação. O músico foi hospitalizado na última quinta-feira (2) com um quadro de saúde compatível com intoxicação por metanol.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou 20 pessoas, 11 homens e nove mulheres, por envolvimento em um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas no estado. O grupo foi preso em flagrante no dia 23 de setembro, durante uma operação da Polícia Civil de Santo André, Região Metropolitana de São Paulo, que investigava receptação de bebidas para distribuição na cidade.
De acordo com as investigações, não há comprovação de que o grupo utilizava metanol nas adulterações. A ação policial ocorreu três dias antes de o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitir um alerta sobre os primeiros nove casos de contaminação por metanol em São Paulo.
Durante a operação, foram apreendidos materiais utilizados na falsificação, como garrafas, rótulos, tampas e equipamentos de produção e armazenamento. A polícia flagrou o grupo manipulando os produtos no local. Conforme o governo paulista, entre os denunciados está o que é apontado como o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado.
O promotor Felipe Ribeiro Santa Fé, em nota, detalhou a estrutura do esquema. Ele informou que havia "clara divisão de tarefas, demonstrando a estabilidade e permanência da associação criminosa; e revelando a gravidade concreta das condutas e o risco de reiteração delitiva". No ano, já foram presas 41 pessoas acusadas de adulteração de bebidas no estado, mas, segundo o governo, as prisões realizadas até o momento não têm relação entre si ou vínculo com o crime organizado.
As informações são da Agência Brasil.
METANOL
O Ministério da Saúde recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica no Brasil, até esta segunda-feira (6). O estado de São Paulo concentra 82,49% das ocorrências, com 15 casos confirmados e 164 em investigação.
Em todo país, são 17 casos foram confirmados e 200 seguem em investigação. Além de São Paulo, o Paraná registra dois casos confirmados e quatro em investigação. No caso da Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso descartaram os casos que estavam sob análise.
O Ministério da Saúde recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica no Brasil, até esta segunda-feira (6). O estado de São Paulo concentra 82,49% das ocorrências, com 15 casos confirmados e 164 em investigação.
Em todo país, são 17 casos foram confirmados e 200 seguem em investigação. Além de São Paulo, o Paraná registra dois casos confirmados e quatro em investigação. No caso da Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso descartaram os casos que estavam sob análise.
Outros 12 estados notificaram casos em investigação: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).
Em relação aos óbitos, dois foram confirmados em São Paulo e 12 seguem em investigação, sendo um em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
Adulteração de bebidas, aumento da isenção do Imposto de Renda, anistia aos presos e condenados pelos atos do 8 de janeiro, em meio a importantes indicadores como a inflação oficial e resultados da balança comercial depois de dois meses da imposição do tarifaço. Esses são alguns dos assuntos que estarão na ordem do dia dos poderes em Brasília nesta semana.
Os inúmeros casos que surgiram em todo o país relativos a intoxicação com metanol deve levar à ampliação de operações da Polícia Federal para desbaratar quadrilhas de falsificação ou distribuição de bebidas alcoólicas, assim como ensejará ações do governo junto a associações do setor para evitar um pânico generalizado. No Congresso, projeto que aumenta as penas para a falsificação ou adulteração do conteúdo das bebidas deve ser votado nesta semana.
No Congresso, há a expectativa de aceleração do projeto de isenção do Imposto de Renda no Senado. Já na Câmara, ainda não é possível afirmar se haverá a votação, no plenário, da proposta que busca anistiar os presos e condenados pelos atos do 8 de janeiro, além de quem participou de tentativa de golpe de estado, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia sua semana de compromissos viajando nesta segunda-feira (6) para a cidade de Imperatriz, no Maranhão. Lula quer a partir de agora intensificar suas agendas nos estados, inclusive com o lançamento de programas sendo feitos não mais no Palácio do Planalto, mas em pontos estratégicos do país.
Em Imperatriz, Lula terá um encontro, as 15h40, com o presidente da Bolívia, Luiz Arce. A visita de Arce ao Brasil reforça o diálogo entre os dois países iniciado em dezembro passado, quando Lula e o colega boliviano se encontraram em Montevidéu, durante a cúpula do Mercosul.
A expectativa para hoje é que os dois presidentes discutam acordos de cooperação e projetos de integração, com destaque para a participação brasileira em obras de infraestrutura estratégicas na Bolívia, especialmente nos setores de produção e distribuição de gás e energia elétrica.
Depois desse encontro, o presidente Lula participará, ainda em Imperatriz, da cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Residencial Canto da Serra, um dos maiores empreendimentos do programa na região Nordeste.
Durante o evento, Lula deve destacar o papel do programa habitacional na redução do déficit de moradia e na geração de emprego e renda. O Residencial Canto da Serra, segundo o Planalto, recebeu investimento superior a R$ 358,6 milhões do governo federal e vai beneficiar mais de 11 mil pessoas.
Entre os contemplados com as unidades habitacionais estão 1.619 famílias inscritas em programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que receberão as moradias totalmente subsidiadas. O presidente Lula terá a companhia do ministro das Cidades, Jader Filho, entre outras autoridades federais e estaduais.
Quem estará na comitiva do presidente Lula na visita a Imperatriz será o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA). Junto com Lula, Fufuca deve assinar a ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil, equipamento esportivo que integra o Novo PAC Seleções.
O ministro Fufuca segue cumprindo agenda normalmente, mesmo diante da pressão do seu partido, o Progressistas, para que deixe o cargo. A participação no evento se contrapõe à determinação do PP, que estabeleceu este último domingo (5) como prazo final para que saísse do ministério.
A agenda do presidente Lula para o restante da semana ainda não foi divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Nesta terça (7), o vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, viaja para Nova Délhi (Índia), onde negocia a abertura dos mercados do país para os produtos brasileiros. Alckmin discutirá com o governo indiano a ampliação da cobertura do acordo de comércio preferencial entre a Índia e o Mercosul.
Também na terça (7), o Ministério da Justiça fará uma reunião com a indústria de bebidas alcoólicas e associações de combate à falsificação para tratar da crise do metanol. Uma das preocupações do setor é com a decisão de prefeituras de proibir indiscriminadamente a venda de bebidas.
Devem participar do encontro representantes da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), a ABBD (Associação Brasileira de Bebidas Destiladas) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) foram chamadas. O FNCP (Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade) e a ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação) também são esperados.
Com a esperada confirmação de novos casos em todo o país, fabricantes querem o apoio do governo federal para evitar pânico generalizado. Ainda não há dados no ministério, por exemplo, do impacto nas vendas, sobretudo de destilados.
No calendário da divulgação de indicadores econômicos, a semana começa já com a apresentação, pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, dos resultados da balança comercial. Os números do mês de setembro serão apresentados, e demonstrarão como o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, está afetando as exportações brasileiras.
Na terça (7), a Anfavea apresenta o seu balanço com a situação da produção e venda de veículos no mês de setembro deste ano. Na quarta (8), o IBGE divulga o seu Anuário Estatístico do Brasil (2024), que apresenta, por meio de tabelas, gráficos e textos, uma visão geral do País, em seus aspectos territoriais, ambientais, demográficos e socioeconômicos.
Na quinta (9), o IBGE divulga os números do IPCA de setembro, indicador que revela a inflação oficial do país. A expectativa de analistas de mercado é que fique em 0,52% neste mês, o que levará o acumulado em 12 meses para 5,21%. Em agosto, o acumulado ficou em 5,13%.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende reunir os líderes partidários nesta terça (7) para definir a pauta de votações da semana. Uma das prioridades que Motta deve levar para a reunião é o projeto que classifica como crime hediondo a adição, em bebidas e alimentos, de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde dos cidadãos (PL 2307/07).
O projeto teve urgência aprovada na semana passada, e por isso já poderá ser votado nos próximos dias diretamente no plenário. O presidente da Câmara designou o deputado Kiko Celeguim (PT-SP) como relator da proposta. Para Motta, a Câmara precisa agir de maneira enérgica sobre o tema para evitar que o crime de falsificação de bebidas continue e faça mais vítimas no país.
Outras matérias que podem entrar na pauta da semana dizem respeito ao tema da segurança pública. Hugo Motta garantiu nos últimos dias a aprovação de requerimentos de urgência para oito projetos sobre o assunto, com medidas que já encontram consenso entre líderes partidários e secretários de segurança dos governos estaduais.
O pacote elencado por Motta reúne propostas sobre combate ao crime organizado, enfrentamento ao “novo cangaço”, rastreamento de armas e munições, tipificação da obstrução de Justiça, endurecimento da Lei de Organizações Criminosas e destinação de parte da arrecadação das bets para o financiamento da segurança pública. A ideia é acelerar votações e mostrar capacidade de resposta em um tema que unifica as bancadas.
Sobre o projeto que concede anistia e reduz penas para quem foi condenado por tentativa de golpe de Estado, Hugo Motta afirmou que a proposta não tem prazo para ir a voto. Segundo ele, o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), ainda está conversando com as bancadas para apresentar um novo texto.
Já o relator afirma que o seu texto está pronto, e que tratará apenas da questão da dosimetria das penas. Como as bancadas do PT e do PL se posicionam contra o projeto, ainda não é possível saber se a proposta será votada nesta semana.
A semana também será definitiva para a votação da Medida Provisória 1303/2025 que tributa aplicações financeiras como alternativa à redução do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A MP perde validade nesta quarta (8) e ainda precisa ser aprovada pela comissão especial e pelos plenários da Casa e do Senado para continuar a vigorar.
A MP é uma das principais apostas do governo para recompor a arrecadação perdida após a derrubada do decreto presidencial do IOF, mas o ambiente está longe de pacífico. O relator, Carlos Zarattini (PT-SP), voltou atrás na ideia de fixar alíquota de 7,5% sobre LCI e LCA, investimentos ligados a setores importantes da economia, após críticas dos setores do agronegócio e imobiliário.
Apesar do recuo, deputados avaliam que, sem uma nova ofensiva política do Planalto, o texto dificilmente avançará. A medida é vista como um conjunto heterogêneo de temas — da tributação das bets e mudanças nas regras de Juros sobre Capital Próprio (JCP) até ajustes no PIS/Cofins — que ganhou apelidos de “liquidificador” e “balaio de gato” entre parlamentares.
Nesta semana, o Conselho de Ética da Câmara deve instaurar quatro processos disciplinares contra parlamentares da oposição bolsonarista, todos relacionados ao motim que paralisou o plenário em agosto. A pauta inclui duas representações contra Marcos Pollon (PL-MS), uma contra Marcel Van Hattem (Novo-RS) e outra contra Zé Trovão (PL-SC).
O parecer do corregedor Diego Coronel (PSD-BA) recomenda suspensões de até 90 dias para Pollon — acusado de ofender a presidência e bloquear fisicamente a cadeira de Motta — e de 30 dias para Van Hattem e Zé Trovão.
Outros 11 deputados, entre eles Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG), devem ser apenas advertidos com censura escrita. O movimento é interpretado como um endurecimento tardio da presidência da Câmara, que à época havia sido cobrada por uma reação mais firme.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) inseriu na agenda do plenário para esta semana o projeto de lei 358/2025, que prevê a possibilidade de transferência temporária da capital do país para a cidade de Belém (PA) durante os dias 6 e 7 de novembro, para quando está agendada a realização da COP30.
Com a transferência de capital, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ficam autorizados a aprovar atos na cidade paraense, inclusive havendo possibilidade de sessões do Congresso Nacional. Esta não será a primeira vez em que a sede dos três Poderes é transferida para fora de Brasília: o mesmo aconteceu com o Rio de Janeiro em 1992 para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
No mesmo dia, o Senado deverá votar a versão final do PLP 235/2019, que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE). O sistema deverá integrar a gestão da educação básica entre todos os entes federados, tal como ocorre com o Sistema Único de Saúde, buscando assim padronizar a qualidade de ensino e aumentar a eficiência do investimento público no setor.
Na quarta (8), entra em pauta o projeto de lei complementar 168/2025 que retira do teto de gastos as despesas excepcionais resultantes das iniciativas de amparo aos setores atingidos pelas tarifas de importação implementadas pelos Estados Unidos, buscando assim evitar que a resposta do governo comprometa investimentos nos demais setores.
Na quinta (9), a pauta será voltada à apreciação de acordos internacionais assinados pelo Brasil. Dois projetos tratam de programas de cooperação com os países do Mercosul, e outro trata da assistência jurídica mútua em matéria penal com os Emirados Árabes Unidos.
A depender de negociação com os líderes partidários, é possível que o presidente do Senado leve para o plenário, já nesta semana, o projeto do governo federal que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. Já há forte movimentação dos líderes para que seja aprovado um requerimento de urgência que leve o projeto a ser discutido diretamente no plenário, sem passar por comissões.
Confira a seguir os itens na pauta da semana no Senado:
Terça (7):
-Projeto de lei 1707/2025: Dispõe sobre medidas excepcionais destinadas ao enfrentamento de impactos decorrentes de estado de calamidade pública aplicáveis às parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil.
-Projeto de lei complementar 235/2019: Institui o Sistema Nacional de Educação (SNE); e fixa normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para elaboração e implementação de políticas, de programas e de ações educacionais, em regime de colaboração.
-Projeto de lei 358/2025: Dispõe sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal para a cidade de Belém, no Estado do Pará, durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), a ser realizada no período de 11 a 21 de novembro de 2025.
-Projeto de lei 4102/2024 (Deputada Iza Arruda): Dispõe sobre a instalação de sistemas de comunicação aumentativa e alternativa de baixa tecnologia em espaços públicos e abertos ao público, com vistas à promoção da acessibilidade da pessoa com necessidades complexas de comunicação.
Quarta (8):
-Projeto de lei 168/2025: Dispõe sobre procedimentos excepcionais para despesas e renúncias fiscais associadas à mitigação dos impactos sociais e econômicos causados pela imposição de tarifas adicionais sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos da América.
-Projeto de lei 4871/2024: estabelece direitos para pessoas que usam serviços financeiros, como a portabilidade automática de salários, o débito automático entre instituições, o direito à informação e a contratação de crédito com juros reduzidos.
-Projeto de lei 4809/2024: endurece as penas para crimes cometidos com o emprego de violência.
Quinta (9):
-Projeto de decreto legislativo 552/2021: Aprova o texto do Tratado sobre Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal entre a República Federativa do Brasil e os Emirados Árabes Unidos, celebrado em Brasília, em 15 de março de 2019.
-Projeto de decreto legislativo 163/2022: Aprova o texto do Acordo-Quadro para a Disposição de Bens Apreendidos do Crime Organizado Transnacional no Mercosul, assinado em Montevidéu, em 17 de dezembro de 2018.
-Projeto de decreto legislativo 171/2022: Aprova o texto da Emenda ao Protocolo de Montevidéu sobre o Comércio de Serviços do Mercosul, assinado em Bento Gonçalves, em 5 de dezembro de 2019.
Na CPMI do INSS, os trabalhos da semana serão abertos com o depoimento do advogado Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, nesta segunda (6). Cavalcanti foi um dos investigados na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, que apura um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS.
Os senadores que apresentaram requerimentos de convocação do advogado e empresário ressaltaram que ele foi sócio de Nelson Wilians (que já depôs à CPMI) e teve diversos bens apreendidos na operação, incluindo uma Ferrari, uma réplica de um carro de Fórmula 1, relógios de luxo e uma grande soma em dinheiro. Cavalcanti é apontado como sócio e dirigente de empresas com atividades ligadas ao setor sob investigação.
PODER JUDICIÁRIO
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comanda audiência pública às 15h desta segunda (6) para debater o tema da pejotização no Brasil. Participam da audiência advogados, confederações patronais, centrais sindicais e representantes de órgãos públicos como a Receita Federal e o Ministério Público do Trabalho. Gilmar Mendes é o relator da ação que analisa a legalidade da contratação de trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços.
No plenário físico do STF, o presidente, ministro Edson Fachin, marcou para a sessão de quarta (8), o julgamento de ações sobre o Ferrogrão, um projeto de ferrovia de 933 km para ligar Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA), escoando soja e milho do Centro-Oeste pelo Arco Norte.
A obra do Ferrogrão está suspensa desde 2021, após decisão do ministro Alexandre de Moraes que questionou a redução da área do Parque Nacional do Jamanxim, feita por medida provisória. O julgamento no STF vai definir se o traçado atual pode seguir ou se precisará ser redesenhado.
Também está na agenda do plenário do STF o julgamento sobre a aplicação do Estatuto do Idoso em contratos antigos de planos de saúde.
O Ministério da Saúde informou neste domingo (5) que o Brasil tem 209 casos em investigação de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Outros 16 casos foram confirmados, sendo 14 em São Paulo e 2 no Paraná.
Os dados, consolidados pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS), indicam que o estado de São Paulo concentra a maioria das notificações, com 14 confirmações e 178 casos ainda sob apuração.
Ao todo, 13 estados notificaram suspeitas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os casos registrados na Bahia e no Espírito Santo foram descartados. O Ceará teve o primeiro caso suspeito confirmado neste fim de semana.
Até o momento, o país contabiliza 15 mortes possivelmente relacionadas ao metanol, sendo duas confirmadas em São Paulo e 13 ainda em investigação, sete em São Paulo, três em Pernambuco, uma no Mato Grosso do Sul, uma na Paraíba e uma no Ceará.
Para reforçar o tratamento dos pacientes, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, antídoto usado em casos de intoxicação por metanol. Nesta primeira remessa, foram encaminhadas 580 ampolas a cinco estados: 240 para Pernambuco; 100 para Paraná; 90 para Bahia; 90 para o Distrito Federal; 60 para Mato Grosso do Sul.
O antídoto faz parte do lote de 4,3 mil ampolas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), fornecidas por hospitais universitários federais em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave, podendo causar cegueira e morte. Os principais sintomas incluem visão turva, perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese.
O Ministério da Saúde recomenda que pessoas que apresentem sintomas ou que tenham consumido bebidas de origem duvidosa procurem imediatamente atendimento médico e entrem em contato com o Disque-Intoxicação Anvisa: 0800 722 6001 e Centro de Controle de Intoxicações de SP (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800 771 373
Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram um método rápido para detectar adulteração por metanol em bebidas alcoólicas.
As pesquisas, conduzidas sob a responsabilidade do professor David Fernandes, foram inicialmente planejadas para avaliar a qualidade de destilados produzidos no interior paraibano, como cachaças. Com o surgimento de casos de intoxicação por metanol no país, cuja causa ainda não é totalmente clara, o estudo foi adaptado para incluir a identificação dessa adulteração.
“Com esse estudo, a gente conseguiu obter uma classificação na identificação de cachaças que poderiam estar adulteradas com metanol, com outros constituintes que são participantes da destilação, como álcool superior, e tivemos uma taxa de classificação de 97%. É um resultado rápido e de baixo custo”, ressaltou o professor.
O processo utiliza um equipamento que emite luz infravermelha diretamente na garrafa da bebida, que pode estar lacrada. A luz provoca uma agitação nas moléculas do líquido, e um software interpreta os dados para identificar qualquer substância estranha à composição original. “Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, que são álcool superiores, metanol, ou se foi alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, explicou Fernandes.
O método, que não utiliza produtos químicos, foi detalhado em dois artigos publicados na Revista Food Chemistry, uma das principais publicações mundiais dedicadas à química e bioquímica de alimentos.
A tecnologia pode ser empregada por órgãos fiscalizadores em inspeções de rotina, não apenas para detecção de metanol em destilados, mas para outros tipos de controle. Paralelamente, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de um canudo que muda de cor ao detectar adulteração. “Isso vai fazer com que usuário também tenha uma segurança de quando eu estiver consumindo a bebida, de que bebida não tem o teor de metanol”, disse o professor. Ainda não há previsão para a finalização desse canudo.
NA BAHIA
Em relação aos casos suspeitos na Bahia, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) emitiu um comunicado oficial neste domingo (5) informando o descarte dos dois casos suspeitos de intoxicação por metanol que estavam sob investigação. Os registros, um na cidade de Feira de Santana e outro em Salvador, foram considerados encerrados após as análises aprofundadas conduzidas pelos órgãos de controle.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) emitiu um comunicado oficial neste domingo (5) informando o descarte dos dois casos suspeitos de intoxicação por metanol que estavam sob investigação. Os registros, um na cidade de Feira de Santana e outro em Salvador, foram considerados encerrados após as análises aprofundadas conduzidas pelos órgãos de controle.
Veja:
De acordo com a Sesab, as investigações técnicas e os laudos laboratoriais concluíram de forma categórica que não houve contaminação ou adulteração nas bebidas consumidas pelos indivíduos envolvidos. Os exames específicos realizados confirmaram a ausência de metanol nos produtos, afastando definitivamente a hipótese de uma intoxicação por essa substância, que pode ser letal.
A confirmação foi realizada durante uma reunião, montada para acompanhar o caso. Na ocasião, a Secretaria reforçou que o protocolo de vigilância ativa e o fluxo de investigação, que são seguidos de forma integrada por todas as equipes de saúde, laboratórios e órgãos de fiscalização, foram rigorosamente cumpridos.
A Sesab assegurou que o Estado mantém um sistema de monitoramento permanente e ações coordenadas, com o objetivo principal de proteger a saúde da população e prevenir a ocorrência de novos casos, reafirmando o compromisso com a vigilância sanitária no território baiano.
O caso do cantor Hungria Hip Hop, internado após passar mal ao ingerir vodca em Brasília, teve uma reviravolta nesta sexta-feira (3). Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a perícia realizada nas amostras das bebidas consumidas pelo artista não identificou a presença de metanol, substância altamente tóxica que havia sido inicialmente suspeita como causa do mal-estar.
Conforme o Metrópoles, das amostras analisadas, nenhuma apresentou contaminação química. No entanto, os peritos confirmaram que uma das garrafas de vodca era falsificada, o que levanta novas linhas de investigação sobre a origem e comercialização da bebida.
Durante coletiva de imprensa, a equipe médica do Hospital DF Star, onde o cantor permanece internado, informou que Hungria apresenta melhora clínica. O médico assistente Leandro Machado relatou que o artista chegou a apresentar visão turva, mas foi rapidamente atendido. “Ele não corre risco de perder a visão”, afirmou o especialista, ressaltando que a agilidade no socorro foi essencial para evitar complicações mais graves.
Ainda segundo informações, a Polícia Civil de Brasília deve ouvir, na próxima semana, os comerciantes responsáveis pela venda das bebidas consumidas por Hungria. A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), em parceria com a Vigilância Sanitária do DF, a Anvisa e o Ministério da Agricultura (Mapa).
Equipes já recolheram amostras das bebidas ingeridas pelo cantor e de lotes vendidos em uma distribuidora e em um supermercado de Brasília. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para novas análises.
Ainda segundo informações, a investigação também resultou na interdição da distribuidora Amsterdan, localizada em Vicente Pires, que não tinha licença de funcionamento. A suspeita é que havia indícios de venda de bebidas clandestinas, e todo o estoque investigado acabou apreendido.
A Bahia recebeu na tarde deste sábado (4) 90 ampolas de etanol farmacêutico enviadas pelo Ministério da Saúde. Usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol, o medicamento foi entregue ao almoxarifado central da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e será distribuído à rede hospitalar estadual. Segundo a secretaria, cada tratamento completo contra intoxicação por metanol requer, em média, 30 ampolas do produto, o que torna o envio um reforço estratégico para o atendimento de possíveis casos no estado.
MEDIDA PREVENTIVA
A titular da Sesab, Roberta Santana, frisou que o envio tem caráter preventivo, diante do recente alerta nacional sobre o uso ilegal de metanol na adulteração de bebidas alcoólicas. “Trata-se de uma medida de precaução e organização que garante ao Estado condições imediatas de resposta em situações de risco”, afirmou.
Foto: Divulgação / Sesab
O Ministério da Saúde também anunciou a aquisição de 12 mil novas ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, outro antídoto eficaz no tratamento de intoxicações por metanol. Esses insumos vão se somar às 4,3 mil ampolas já disponíveis em hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o objetivo é garantir acesso rápido ao tratamento em todos os estados, mesmo antes da confirmação laboratorial dos casos. A distribuição dos antídotos começou neste sábado e contempla, inicialmente, os estados da Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso e o Distrito Federal.
A Operação Pura Origem, da Polícia Civil da Bahia, investigou o comércio irregular de bebidas adulteradas em Salvador e Feira de Santana nesta sexta-feira (3). A ação faz parte da investigação sobre a morte de Marcos Evandro Santana da Costa, de 56 anos, em Feira de Santana, após contaminação de metanol em bebidas alcoólicas.
A operação acontece de forma integrada com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa) e Vigilância Sanitária Municipal (Visa), reforçando a importância da fiscalização sanitária e criminal.
Foto: Divulgação / Ascom PC-BA
Um inquérito policial foi instaurado para aprofundar a apuração, com a expedição de guias periciais para os trabalhos do DPT e da Sesab, a fim de esclarecer a autoria, materialidade e circunstâncias do fato.
A infectologista Clarissa Cerqueira comentou sobre o cenário dos casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebida alcoólica no Brasil. Em entrevista a reportagem do Bahia Notícias, a especialista apontou que os episódios do tipo podem seguir uma projeção de queda no país.
Apesar de um possível “surto” e da confirmação de situações e até óbitos em diferentes estados brasileiros, a profissional explicou que o controle no consumo de bebidas, vai impactar na redução dessas situações.
“Como isso [surto de intoxicação] está gerando um alerta importante na população. Acho que muita gente vai controlar o consumo, por conta do medo. Então, ao mesmo tempo, vai acontecer uma balanceada”, afirmou.
Segundo ela, a preocupação e atenção maior que a população está com a substância, pode impactar no número de diagnósticos. A médica contou que os sintomas iniciais são semelhantes aos da intoxicação alcoólica, mas podem evoluir para quadros mais graves.
“Geralmente são 24 horas que levam para aparecer os sintomas. Acho que a gente deve realmente identificar mais casos, porém, com o passar do tempo, o paciente pode evoluir para uma cegueira. O corpo vai ficando com alterações que culminam com disfunções de múltiplos órgãos, como coração, pâncreas e rim”, observou.
Clarissa explicou ainda o que deve ser feito caso algum desses sintomas apareçam entre a população.
“O tratamento da intoxicação é com etanol. Evitar beber em quantidades elevadas é uma das recomendações, pois a intoxicação está associada também à quantidade. Depois de 12 horas da ingestão da bebida alcoólica e os sintomas aparecerem é necessário procurar atendimento médico”, concluiu.
RELEMBRE
Uma pessoa morreu e outras oito foram internadas por intoxicação por metanol após consumir bebidas alcoólicas adulteradas entre 1º e 18 de setembro em São Paulo, Limeira e Bragança Paulista. Os casos foram registrados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), em Campinas, e encaminhados ao governo federal.
Segundo a secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, a situação é grave, possivelmente subnotificada, e pode evoluir para surto. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que os casos são “fora do padrão para o curto período de tempo e também por desviar dos casos notificados anteriormente de intoxicação por metanol”.
Nesta última sexta-feira (03), um homem de 56 anos morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana.
Em nota, as secretarias de saúde do Estado [Sesab] e de Feira de Santana emitiram nota e confirmaram a suspeita de morte por intoxicação na cidade. "Amostras biológicas serão coletadas e encaminhadas para análise laboratorial, com resultado previsto em até sete dias, a fim de confirmar ou descartar a hipótese de intoxicação".
A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) confirmou o caso suspeito de intoxicação por consumo de bebida alcoólica por metanol nesta sexta-feira (3). Em nota enviada à imprensa, a pasta afirmou que foram coletadas amostras e que o material foi encaminhado para análise laboratorial. O resultado ainda não foi confirmado.
“A SMS de Salvador informa que, nesta sexta-feira (3), foi realizada a coleta de amostras referentes a um caso suspeito de intoxicação por metanol em paciente clinicamente estável. O material coletado seguiu para análise laboratorial, e o resultado está sendo aguardado. A SMS segue acompanhando a situação com atenção e orienta a população a evitar o consumo de bebidas ou produtos de procedência duvidosa”, disse a nota da SMS.
Mais cedo, o Ministério da Saúde divulgou que Salvador registrou seu primeiro caso suspeito de intoxicação por bebida alcoólica possivelmente adulterada com metanol. Conforme a pasta, além da capital, a Bahia também tem um caso em investigação em Feira de Santana.
No comunicado, o ministério afirmou que há 113 registros de intoxicação por metanol, segundo os dados enviados pelas secretarias estaduais. Destes, 11 estão confirmados, enquanto os 102 restantes estão em investigação. Até o momento, 12 pessoas morreram sob a suspeita de intoxicação.
Um dos óbitos foi de um homem, de 56 anos, na madrugada desta sexta, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana. A vítima foi identificada como Marcos Evandro Santana da Costa.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou, nesta sexta-feira (3), mais dois casos suspeitos de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas. As ocorrências envolvem uma mulher em Ipojuca e um homem em Caruaru, elevando para seis o total de registros no estado.
A paciente, residente de São Paulo, apresentou sintomas após consumir gim e está em acompanhamento em unidade de saúde de Ipojuca. De acordo com a pasta, ela relatou diarreia, falta de ar, vertigem, azia, dormência nas mãos e nos pés, além de formigamento na boca.
Já o sexto caso é de um homem de Gravatá, que procurou atendimento em Caruaru. Ele informou às equipes médicas dificuldades para enxergar.
Outros quatro casos haviam sido registrados anteriormente: dois em Lajedo, onde um homem morreu no dia 9 de setembro e outro ficou com sequelas na visão, um em João Alfredo, que resultou na morte de um homem de 30 anos, e outro em Olinda, em que uma mulher de 35 anos também apresentou sequelas oculares.
Salvador registrou seu primeiro caso suspeito de intoxicação por bebida alcoólica possivelmente adulterada com metanol, de acordo com divulgação do Ministério da Saúde na noite desta sexta-feira (3). Conforme a pasta, além da capital, a Bahia também tem um caso em investigação em Feira de Santana.
No comunicado, o ministério afirmou que há 113 registros de intoxicação por metanol, segundo os dados enviados pelas secretarias estaduais. Destes, 11 estão confirmados, enquanto os 102 restantes estão em investigação. Até o momento, 12 pessoas morreram sob a suspeita de intoxicação.
Um dos óbitos foi de um homem, de 56 anos, na madrugada desta sexta, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Queimadinha, em Feira de Santana. A vítima foi identificada como Marcos Evandro Santana da Costa.
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Segundo o Ministério da Saúde, as notificações foram informadas até às 16h desta sexta-feira para o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).
Confira a parcial:
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) confirmou o caso suspeito de intoxicação por consumo de bebida alcoólica por metanol. Em nota enviada à imprensa, a pasta afirmou que foram coletadas amostras e que o material foi encaminhado para análise laboratorial. O resultado ainda não foi confirmado.
“A SMS de Salvador informa que, nesta sexta-feira (3), foi realizada a coleta de amostras referentes a um caso suspeito de intoxicação por metanol em paciente clinicamente estável. O material coletado seguiu para análise laboratorial, e o resultado está sendo aguardado. A SMS segue acompanhando a situação com atenção e orienta a população a evitar o consumo de bebidas ou produtos de procedência duvidosa”, disse a nota da SMS.
(Atualizada às 22h09)
O rapper Hungria Hip Hop, de 34 anos, utilizou suas redes sociais, nesta sexta-feira (3), para agradecer o apoio durante a internação sob suspeita de intoxicação por bebida adulterada com metanol em um hospital de Brasília. O artista deu entrada na última quinta-feira (2).
“Hoje meu coração é só gratidão! Agradeço primeiramente a Deus, que tem sido minha força e meu abrigo em todos os momentos. Sou profundamente grato à minha família, que não soltou a minha mão nem por um segundo e a cada amigo e fã que dedicou uma oração, uma palavra de apoio e de carinho”, agradeceu na legenda da publicação.
Na publicação, Hungria compartilhou registros com os filhos enquanto estava na cama hospitalar. Ao final do agradecimento, o rapper aproveitou para aconselhar os seguidores: “A sexta feira tem uma energia diferente, caso sinta uma sede estranha, arrume um lugar seguro pra tomar uma”.
Nos comentários, amigos e fãs desejaram melhoras ao artista. A cantora baiana Solange Almeida escreveu: “Que suto amigo, graças a Deus você tá se recuperando bem. Saudades”. Os Mc’s Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco e Ruzika também demonstraram apoio ao artista.
ENTENDA O CASO
O rapper foi internado na última quinta-feira (2), após apresentar um quadro de cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. Devido à internação, o artista cancelou as apresentações que realizaria neste final de semana. O caso é tratado pelo Ministério da Saúde como suspeita de intoxicação por metanol. Em nota enviada à imprensa, a equipe afirmou que o artista está se alimentando normalmente e evoluindo de forma satisfatória.
Chega a tão esperada sexta-feira, o famoso “sextou” e um pensamento e uma vontade se passa pela cabeça de muitos baianos: “Dia de tomar uma”. No entanto, a prática de beber e consumir uma bebida alcoólica no final de semana, pode estar ameaçada no estado.
Isso porque, um alerta se acendeu entre especialistas da área de saúde e gerou uma certa preocupação e medo entre parte da sociedade: bebidas adulteradas com metanol. Um surto de intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas foi registrado no Brasil, com a confirmação de mais de 11 casos, seis mortes e 52 suspeitas em São Paulo, além de Pernambuco e Distrito Federal.
A Bahia também notificou como suspeita uma morte, na manhã desta sexta-feira (3), na cidade de Feira de Santana. Após os registros, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em coletiva de imprensa nesta quinta (2), sugeriu que seja evitado o consumo de destilados sem a informação da procedência do produto e reforçou que as bebidas alcoólicas “não são essenciais”.
Os produtos em si teriam um risco maior de contaminação e presença da substância. Mesmo assim, uma dúvida e um medo surgiram entre pessoas que consomem bebida alcoólica. É possível ter uma intoxicação por metanol após consumo de outras bebidas, a exemplo de cervejas e vinhos?
Em entrevista ao Bahia Notícias, a infectologista Clarissa Cerqueira indicou que pode existir a possibilidade de contaminação através da cerveja. No entanto, a chance é menor do que em outras bebidas como whisky, vodka, gin e outros tipos de destilados.
“Até que pode [intoxicação por metanol na cerveja], mas não é comum. O mais frequente que a gente observa são as bebidas destiladas”, disse a médica.
A especialista apontou que o fato se deve também por conta do nível de álcool obtido na cerveja ser menor do que em destilados.
“Na cerveja tem menos nível de concentração alcoólica. Um fato que influencia a intoxicação é que não basta ter metanol, é necessário uma quantia suficiente para causar sintomas de intoxicação. Muitas vezes você pode ter uma cerveja que tem uma concentração mais baixa de álcool. Ali a pessoa poderia estar ingerindo metanol, mas não sentiria danos grandiosos”, afirmou.
A profissional elencou ainda que a dose do metanol ser encontrada na concentração de álcool em 5% de uma cerveja, seria mais difícil, diferente de outros tipos de bebidas.
“A dose oral do metanol é de 30 a 240 ml. É uma dose alta. Como a cerveja tem concentração de 5%, é muito difícil ter a intoxicação. O destilado, que a gente já tem uma concentração maior pode chegar em até 40%", ponderou.
Entretanto, a médica apontou que a quantidade de cerveja consumida pode aumentar o risco de uma contaminação por metanol.
“O risco existe, mas é baixo porque ele depende da quantidade de cervejas ingeridas. O percentual de concentração do metanol na cerveja é a quantidade de cerveja ingerida”, explicou.
E O VINHO?
Outra bebida que entrou no meio dos debates foi o vinho. Segundo a médica, assim como a cerveja, o processo de fermentação contribui para que a chance de uma doença seja menor.
“O vinho é mais difícil por conta do processo de fermentação. Mas, ainda assim é uma possibilidade. Diria que é equivalente à cerveja. Porém, tem um risco maior, é intermediário”, comentou.
“A explicação é pela concentração de álcool. Porque quanto maior a concentração de álcool, a equivalência que você poderia ter em metanol pode ser maior”, completou.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o Edital de Chamamento Internacional 17/2025, para identificar fabricantes e distribuidores internacionais de um antídoto para intoxicação por metanol. O intuito é adquirir o medicamento para utilizar em casos de contaminações e hospitalizações da doença no Brasil.
Segundo o certame publicado nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial da União (DOU), o produto em si é o Fomepizol, em ampolas de 1,5 ml e concentração de 1.000 mg/ml. O remédio é utilizado como antídoto em casos de intoxicação oral por metanol. Contaminações do tipo podem levar a situações e complicações de saúde e risco de morte.
O Fomepizol ainda não possui registro sanitário no Brasil, tornando necessário o fornecimento através de outros países para atender à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde afirmou que há uma necessidade urgente de conseguir o abastecimento nacional do medicamento, para estabelecer a segurança assistencial em situações de emergência.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prestou orientações à população em meio a casos de intoxicação por metanol no consumo de bebidas alcoólicas ao redor do Brasil. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2), Padilha sugeriu que seja evitado o consumo de destilados sem a informação da procedência do produto e reforçou que as bebidas alcoólicas “não são essenciais”.
“Evite nesse momento ingerir produtos destilados, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem dele. Não estamos falando de um produto essencial às pessoas, estamos falando de um produto que é seu objeto de lazer. Não faz mal para a vida de ninguém evitar o consumo desses destilados”, disse o ministro.
Padilha também reforçou as três recomendações que foram dadas pelo Ministério da Saúde em meio aos casos de intoxicação:
- Ter certeza da origem do produto
- Estar bem alimentado e hidratado no momento do consumo da bebida alcoólica
- Se beber, não dirija, em nenhuma hipótese
“Mesmo num caso extremo como este, se você tiver alimentado e bem hidratado pode reduzir os impactos daquilo que vocês está ingerindo”, explicou Padilha.
Segundo o ministro, a técnica usada por criminosos para adulterar destilados é mais difícil de ser aplicada em cervejas. “Estamos diante de um crime de produtos destilados, incolores, onde se tem técnicas de adulteração desse produto que você não tem no caso de cerveja, que é uma bebida que tem a tampa, tem gás, é muito mais difícil de adulterar”, apontou.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Vigilância Sanitária e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), afirmou que está acompanhando “de forma rigorosa” os casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas. Em nota emitida nesta quinta-feira (2), a SMS também reforçou que não há registros confirmados em Salvador relacionados ao surto identificado em outras cidades do país.
Contudo, apesar de não haver casos registrados, a pasta informou que intensificou as ações de fiscalização em bares, restaurantes, distribuidoras, supermercados e demais pontos de venda. O objetivo é proteger a população e evitar que episódios semelhantes ocorram na capital baiana.
O metanol, substância tóxica usada em produtos industriais, quando ingerido em bebidas adulteradas, pode causar sintomas como náuseas, vômitos, dor de cabeça intensa, visão turva, tontura e, em casos graves, levar à cegueira, insuficiência renal, coma ou até mesmo à morte. Por isso, a SMS reforça a orientação para que a população não consuma bebidas sem rótulo, selo fiscal ou procedência clara.
Segundo a diretora de Vigilância da Saúde de Salvador, Andréa Salvador, é fundamental que o consumidor fique atento no momento da compra.
"Ler o rótulo é um passo importante para verificar se a bebida traz informações básicas, como validade e fabricante. Além disso, é preciso desconfiar de produtos vendidos a preços muito abaixo do mercado, de embalagens improvisadas ou sem lacre de segurança. Esses cuidados simples ajudam a evitar riscos e garantem mais segurança para quem consome".
A SMS também destacou que qualquer pessoa que apresente sintomas suspeitos após ingestão de bebida alcoólica deve procurar imediatamente um serviço de saúde e, se possível, levar a embalagem do produto consumido para análise. Além disso, profissionais de saúde da rede municipal foram sensibilizados para identificar precocemente casos suspeitos, realizar notificações imediatas e garantir a condução adequada do atendimento.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que o rapper Hungria Hip Hop, de 34 anos, foi intoxicado por metanol. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (2).
O artista foi internado em um hospital de Brasília após apresentar um quadro de cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. Em última atualização, a equipe clínica informou que o cantor está acompanhado em uma unidade equipada com suporte de terapia intensiva.
O ministro informou ainda que o Brasil já tem casos confirmados de contaminação por metanol em São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Devido ao quadro, os shows de Hungria foram remarcados.
A casa de shows onde o rapper se apresentou no fim de semana, foi interditada pela Vigilância Sanitária, na última quarta-feira (1), cautelarmente. Em nota, a casa de show informou que todas as bebidas são adquiridas com procedência garantida e com nota fiscal.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, indicou nesta quarta-feira (1º) que a quantidade de casos suspeitos de intoxicação por metanol deve registrar um crescimento no Brasil, ao decorrer dos próximos dias. Segundo o titular da pasta, a situação deve ocorrer por conta do reforço das medidas de vigilância anunciadas pela pasta.
Em coletiva de imprensa sobre vacinação, Padilha disse que episódios do tipo está chamando mais atenção e aumentando a suspeita de profissionais de saúde.
“Está aumentando a sensibilidade para isso, chamando mais a atenção dos profissionais de saúde, aumentando a suspeita desses profissionais e, com a notificação imediata, subindo mais rápido essa informação também", afirmou o ministro.
O titular da pasta ainda reforçou acerca das orientações do ministério para acompanhar o monitoramento de casos.
“As orientações do Ministério da Saúde são para que todo o Brasil, todo o sistema de vigilância, esteja atento a essa situação”, destacou Padilha.
De acordo com a Agência Brasil, o ministro apontou que a intoxicação por metanol pode ser nacional.
"A nossa expectativa é que, no reforço da sensibilidade, da divulgação do problema, isso aumente também a suspeita pelos profissionais de saúde e aumente o número de casos notificados”, completou.
Em sessão rápida da Câmara realizada nesta quinta-feira (2), presidida pelo deputado Hugo Motta, foi aprovado, de forma simbólica, um requerimento de urgência para o PL 2307/07, que classifica como crime hediondo a adição, em alimentos, de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde dos cidadãos.
Com a aprovação da urgência, o projeto do deputado licenciado Otavio Leite (RJ), que desde 2021 estava parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguirá direto para ser analisado no plenário. O presidente da Câmara pretende pautar a proposta para votação já na semana que vem.
A aprovação da urgência ocorreu por conta de episódios sobre falsificação de bebidas, que ganharam repercussão nos últimos dias. Casos registrados de intoxicação por metanol provocaram internações graves, perda de visão e até mortes nos estados de São Paulo e Pernambuco.
O projeto prevê o aumento das penas para o crime de falsificação de bebidas, que hoje variam de quatro a oito anos de reclusão. Pela redação aprovada, a punição passaria a ser de seis a 12 anos. Além disso, a prática seria enquadrada como crime hediondo, o que endurece o cumprimento da pena e restringe benefícios legais, como progressão mais rápida de regime ou indulto.
A mudança significa que condenados pela adulteração de bebidas alcoólicas ou não alcoólicas, com risco à saúde da população, terão de iniciar a pena em regime fechado e só poderão avançar para regimes mais brandos após cumprir parte maior da condenação.
A proposta, que ainda não tem relator indicado por Hugo Motta, ainda prevê que não haja possibilidade de anistia ou fiança, equiparando a falsificação a crimes graves, como latrocínio e estupro.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas confirmou que o estado acumula 22 casos, sete confirmados e 15 em apuração. Entre os 22 casos estão cinco mortes ligadas à suposta ingestão da substância, com um óbito confirmado na capital paulista e quatro mortes ainda sob investigação.
No Nordeste, Pernambuco registrou três suspeitas de intoxicação, resultando em dois óbitos.
O Governo da Bahia negou o registro de casos de intoxicação por metanol no estado até o momento. Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (2), a gestão informou que a situação está sendo monitorada em conjunto com o Ministério da Saúde e também com estados onde foram notificados casos suspeitos e confirmados.
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foi emitida uma orientação às unidades de saúde da rede privada e às portas de urgência e emergência da rede pública, como medida preventiva. O intuito do alerta foi para que as entidades estejam atentas a possíveis casos clínicos compatíveis com intoxicação.
Em caso de notificações de episódios do tipo, a autoridade estadual de saúde apontou que deve ser comunicado, para que ações sejam aplicadas. O posicionamento chega após conteúdos falsos nas redes sociais indicarem pseudo casos e supostos locais em Salvador que teriam bebidas adulteradas. No entanto, as informações são falsas e não procedem, conforme declarou a Sesab.
O metanol foi encontrado e associado a bebidas adulteradas em São Paulo e em Pernambuco. O consumo da substância causou cegueira e morte de seis pessoas no estado.
Os primeiros casos foram constatados em São Bernardo do Campo e na capital paulista. As contaminações teriam ocorrido em bares e envolvendo diferentes tipos de bebidas, a exemplo de gin, whisky e vodka.
Em março de 1999, a Bahia viveu uma das maiores tragédias relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas no país. Naquele ano, 35 pessoas morreram em dez cidades do sudoeste do estado após ingerirem aguardente contaminada com metanol, segundo laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
As análises revelaram índices que variavam entre 2,85% e 24,84% da substância nas amostras recolhidas. De acordo com o então secretário da Saúde, José Maria de Magalhães, os números descartavam acidente e apontavam para um ato criminoso, com intenção de lucro por parte dos fabricantes.
Os exames de sangue das vítimas chegaram a indicar presença de metanol em proporções até 500 vezes superiores ao etanol. Além das mortes, cerca de 450 pessoas precisaram ser internadas com sintomas como dor de cabeça, vertigem, pressão alta e até cegueira.
A tragédia se somava a outros episódios anteriores na Bahia. Em 1990, 14 pessoas morreram em Santo Amaro após consumir cachaça contaminada, e em 1997, outras 13 em Serrinha. Em ambos os casos, os processos judiciais seguiam sem desfecho anos depois.
Na época, o principal acusado de fabricar a aguardente adulterada em Iguaí, Carlos Andrade, não havia se apresentado à polícia, apesar das investigações já apontarem seu envolvimento direto no crime.
A quinta temporada da série The Chosen entrou para o Guinness Book após ser traduzida para mais de 50 línguas ao redor do mundo. A série, disponível na Prime Video e no aplicativo The Chosen, conta sobre a vida de Jesus Cristo e seus discípulos.
A produção está disponível em 36 dublagens diferentes e 50 línguas legendadas. O objetivo da equipe por trás da série é que a produção seja traduzida para 600 idiomas, alcançando 95% da população mundial.
Segundo o site Omelete, o vice-presidente de marketing da The Come and See Foudation, Mike Kennedy, explicou que a missão é “tornar o Jesus autêntico acessível a todos ao redor do mundo por meio de The Chosen”. A quinta temporada da série chegou a ter seus episódios exibidos nos cinemas brasileiros.
A Polícia Federal vai apurar um possível envolvimento do crime organizado nos episódios de adulteração de bebidas alcóolicas com metanol em São Paulo. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada pelo o Ministério de Justiça e Segurança Pública e do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (30), em Brasília.
Os chefes dos órgãos, Ricardo Lewandowski e Alexandre Padilha, respectivamente, participaram do evento. Antes, nesta segunda-feira (29), o Governo Federal já tinha realizado uma reunião para tratar dos casos, onde foram confirmados três óbitos associados à ingestão de bebida adulterada com a substância.
Além disso, a união estabeleceu um protocolo para essas situações. A gestão determinou que sejam seguidos os protocolos de notificação para casos suspeitos de intoxicação exógena (com agente tóxico de origem externa).
Foi comunicado que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vai emitir também alerta aos Procons de todo o país com orientações a fornecedores e consumidores acerca da segurança na comercialização e no consumo de bebidas alcoólicas. O Ministério da Agricultura e Pecuária ainda estuda eventuais ações de fiscalização.
Em caso de sintomas positivos, o governo orientou que o paciente deve buscar imediatamente um serviço de emergência médica e fazer contato com entidades de saúde.
O envenenamento de um grupo de amigos na zona sul de São Paulo, no final de agosto, reforça os indícios de como podem estar ocorrendo os recentes casos de intoxicação por bebida alcoólica contaminada com metanol em diversas regiões do estado, especialmente na capital e na região metropolitana.
Em um dos episódios, que não resultou em morte, as vítimas apresentaram sintomas graves. Um jovem de 27 anos chegou a perder temporariamente a visão, apresentou quadro de inconsciência e precisou ser entubado e colocado em ventilação mecânica para respirar.
No dia 2 de setembro, a mãe do rapaz e a mãe de uma das jovens que também participou da reunião foram à 48ª Delegacia de Polícia, no distrito de Cidade Dutra (zona sul), e relataram que seus familiares haviam sido intoxicados por metanol.
Segundo o depoimento, o envenenamento ocorreu após o consumo de uma marca conhecida de gim importado, comprada dias antes pelo jovem em uma adega do bairro Jardim Guanhembu, próximo ao Sesc Interlagos. O produto foi adquirido em um pacote promocional que incluía gelo e energético.
O consumo da bebida ocorreu na casa do rapaz, na madrugada de 31 de agosto, logo após a compra. Cinco pessoas, com idades entre 23 e 27 anos, participaram da confraternização; quatro precisaram de atendimento hospitalar.
O caso mais grave foi o do anfitrião da festa, que, segundo testemunhas, teria sido o único a ingerir a maior quantidade da bebida. Ao acordar, ele relatou fortes dores abdominais e, horas depois, começou a gritar que estava cego.
A polícia recolheu duas garrafas de gim encontradas na casa da vítima e apreendeu outras 14 garrafas no estabelecimento onde a compra foi feita. Registros do empório confirmam que, por volta das 2h de 31 de agosto, pelo menos uma garrafa havia sido adquirida no local.
Uma mulher de 36 anos perdeu a visão após consumir caipirinhas em um bar de uma região nobre de São Paulo. A declaração da design de interiores chega em meio a casos confirmados de intoxicação por metanol no estado.
A substância foi associada a outros episódios recentes envolvendo bebidas adulteradas na capital paulista. Segundo O GLOBO, Rhadarani Domingos afirmou que ingeriu três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodka durante a comemoração do aniversário de uma amiga, no dia 19 de setembro.
De acordo com a design, as bebidas não tinham nenhum sabor estranho que pudesse indicar adulteração. No entanto, poucas horas depois, ela começou a passar mal e foi internada em estado grave. Familiares afirmaram que ela foi levada para a UTI, onde convulsionou e precisou ser entubada no último dia 21.
Rhadarani revelou em entrevista ao Fantástico que não consegue enxergar nada desde a intoxicação e segue internada na UTI.
“As bebidas causaram um estrago bem grande. Eu não estou enxergando nada”, disse.
A família dela agora busca tratamentos para amenizar os danos enfrentados por ela.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro".
Disse o senador Jaques Wagner (PT-BA) ao comentar, durante sessão solene do Senado em homenagem às vítimas dos ataques de 7 de outubro de 2023, em Israel. A declaração foi proferida no plenário durante o ato em memória das vítimas; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceu à solenidade.