Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Salvador

Notícia

Salvador tem maior percentual de escolas sem vegetação entre as capitais brasileiras

Por Gabriel Lopes

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Salvador lidera o ranking das capitais com maior percentual de escolas sem vegetação – com 87% das unidades escolares sem vegetação em seus lotes. O número foi divulgado na última semana em levantamento feito pelo Instituto Alana em parceria com o MapBiomas.

 

Das 10 capitais com maiores percentuais de escolas sem áreas verdes, sete estão na região Nordeste. Além da capital baiana, figuram na lista São Luís, Fortaleza, Manaus, Aracaju, Maceió, Recife, Natal, Belém e São Paulo.

 

Chamado de "O Acesso ao Verde e a Resiliência Climática nas Escolas das capitais brasileiras", o estudo revelou que mais de 1/3 das escolas das capitais do país não possuem áreas verdes em seus terrenos (37,4%).

 

 

O levantamento contou com assessoria técnica da Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública, e aponta que a ausência de vegetação atinge 43,5% das unidades de educação infantil.

 

A análise abrangeu 20.635 escolas de educação infantil e ensino fundamental das capitais brasileiras, considerando vegetação nos terrenos escolares, proximidade de praças e parques, localização em ilhas de calor e áreas de risco climático. Entre os dados, destacam-se que 52,4% das escolas situadas em favelas não possuem áreas verdes e que 370,5 mil estudantes estão em unidades localizadas em áreas suscetíveis a enchentes e deslizamentos.

 

Ainda de acordo com o documento, Salvador também aparece como capital com mais escolas em áreas de risco: 50% (470 de um total de 935), o que coloca mais de 120 mil alunos nas áreas de risco.

 

O relatório também apresenta recomendações como a remoção do concreto de espaços abertos para criar novas áreas verdes, com prioridade para espécies nativas, o fomento ao plantio e manejo de hortas, jardins e miniflorestas com a participação dos estudantes, a criação de pátios escolares naturalizados integrados ao sistema municipal de áreas verdes e a priorização dessas intervenções em escolas e territórios com menor cobertura verde e maior vulnerabilidade socioeconômica e ambiental.