Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Salvador

Notícia

Candidatos a vereador são acusados de vandalizar obra de rua na Av. Bonocô; artista cobra ressarcimento

Por Eduarda Pinto

Foto: Reprodução / Arquivo @calangoss

 

Dois candidatos a vereador da capital baiana foram acusados de vandalizar um grafite localizado em um viaduto da Av. Bonocô. O artista, Eder Muniz, cobra o ressarcimento pela danificação da obra, mesmo após a retirada dos cartazes, popularmente conhecidos como “lambe-lambe”. 

 

Por meio das redes sociais, Muniz fez a primeira denúncia na última sexta-feira (27), quando parte da obra foi danificada pela primeira vez após a colocação de cartazes da campanha do candidato Washington Damasceno (PRD). “Esse meu trabalho já saiu em livro, olha como está aqui hoje. A propaganda ilegal, a lei municipal proíbe isso”, afirma o grafiteiro. A ilegalidade citada por Muniz diz respeito ao artigo 22 da Resolução do TSE nº 23.610, que proíbe todo tipo de propaganda que “prejudique a higiene e a estética urbana”. 

 

“A cidade precisando de arte e ela [a arte] sendo perseguida por propaganda  política? É assim?”, completa. A segunda publicação de Éder veio no dia 28, após a retirada dos primeiros cartazes citados. Desta vez, a campanha do candidato Malla Bumm (Republicanos), também cobriu parte do grafite com os “lambe-lambe”. “É preciso mesmo a gente se mover, a gente querer mudar isso”, disse nas imagens. 

 

Ao Bahia Notícias, Eder Muniz conta que devido ao prejuízo material do dano nas artes, ele sempre pede que os candidatos paguem o ressarcimento do valor. “Nessa eleição eu perdi quatro trabalho, de Pau da Lima, Pernambués e Bonocô. Desses quatro, três candidatos se manifestaram e pagaram o material. O último, o quarto, não quer pagar, ele acha que é o suficiente ter retirado os cartazes”, disse o artista. 

 

Ele expõe que a luta pela manutenção da arte de rua em Salvador é antiga e as denúncias se renovam a cada eleição. “Na verdade, essa luta é antiga. Eu já fui agredido pelo pessoal que fazia os painéis dos políticos. O pessoal de Castelo Branco, de onde eu venho, sempre lutou. Pelo menos isso aí tem vinte anos de luta e a cada eleição vem outra batalha”, afirmou. 

 

Para Muniz, a diferença agora é a plataforma de denúncia das redes sociais. O artista ainda continua buscando o reconhecimento e o ressarcimento pelo dano a um de suas obras.