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Presidente da Fieb diz que setor de água de coco pode sucumbir caso não haja recuo em tarifaço

Por Francis Juliano

Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

A quase um mês do tarifaço que impôs uma taxa de 50% sobre diversos produtos baianos, o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Marcos Passos, segue com esperança para que a medida seja recalculada.

 

Caso o imposto continue a ser cobrado, setores da economia do estado, como o de água de coco, podem sucumbir, o que se refletirá em desemprego. Cerca de 80% da produção desse segmento tem como destino os Estados Unidos. Outros mercados como o de frutas, pneus, químicos, que também foram afetados pelos 50%, também esperam um recuo do governo Trump.  

 

“As empresas de água de coco vendem próximo de oitenta por cento da produção para os Estados Unidos. Ao não encontrar mercado, essa indústria não terá outra solução, o que pode acarretar até o fechamento dado a importância que tem o mercado americano”, disse o presidente da Fieb ao Bahia Notícias em evento no Centro de Convenções de Salvador na última sexta-feira (29).

 

Nesta semana, uma caravana de empresários brasileiros capitaneados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) cujo presidente é o baiano Ricardo Alban viaja para os Estados Unidos para negociar mudanças nas tarifas impostas ao Brasil.

 

Assim como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, Marcos Passos também evita críticas diretas a Donald Trump.

 

“Falar mal dele [Trump] não vai ajudar a resolver. O que vai fazer resolver é a relação diplomática do Brasil com os Estados Unidos, é a busca de um diálogo”, completou.

 

A reação do governo Lula de agir com a Lei de Reciprocidade, ou seja, aplicar de volta o que os EUA impõe ao Brasil, também é vista com preocupação pelo presidente da Fieb.

 

“Acho que agora começa a ir prum caminho que a gente gostaria de evitar porque a lei de reciprocidade significa impor tarifas para o que a gente importa nos Estados Unidos, e o Brasil importa mais do que exporta. A implicação de não comprar dos Estados Unidos esses produtos que são importados também você precisa buscar fontes para poder comprar e se não tiver fonte também vamos ter prejuízo”, finalizou.