Rodrigo Alves reforça que atenção primária desafogaria UPAs em Salvador: "Não deveriam estar ali"
Por Leonardo Almeida
O secretário municipal de Saúde (SMS), Rodrigo Alves, comentou sobre os casos de negligência médica e fez uma avaliação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Salvador. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (16), defendeu o serviço de saúde e afirmou que as UPAs possuem um problema de alta demanda na capital baiana.
“Todas as visitas que fiz nessas unidades eu sempre fiquei muito encantado com a forma como aquelas pessoas trabalham. O maior problema que nós temos nas UPAs são as pessoas que se socorrem nas UPAs, porque o serviço é bom, sem ter indicação para estar ali. Existe um protocolo, que é o Protocolo de Manchester, que você faz uma triagem das pessoas que chegam ali. A depender ela recebe pulseirinha a depender da gravidade dela. A rigor, as pulseirinhas verde e azul não deveriam estar na UPA. Você pode ir em qualquer capital do Brasil que você ver que esse desafio está acontecendo”, disse Alves.
O secretário também afirmou que, desde o início do mandato de ACM Neto (União), em 2013, foram feitos investimentos para aprimorar os atendimentos na atenção primária. Segundo Alves, a melhoria nesse setor poderia “desafogar” os acolhimentos nas UPAs. Além disso, o titular da SMS apontou que é preciso uma melhoria na regulação, que é de responsabilidade do governo do estado.
“Nós saímos de uma cobertura de atenção primária de cerca de 16% para 62% agora, segundo números do Ministério da Saúde. Nós já fizemos muito para melhorar essa condição da UPA, quando você melhora a atenção primária a tendência é que você desafogue a questão das UPAs. Outra parte que precisa acontecer é a regulação, hoje a gente tem dificuldade de regular essas pessoas. Têm dificuldades que são do próprio sistema, essa a gente vai trabalhando, vai resolvendo um pouco todo dia. Mas, definitivamente, nós não temos um problema de equipe”, afirmou o secretário.
Confira a entrevista: