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Bruno Reis faz comparação com Eduardo Paes e avalia que contratação de artistas internacionais "não seria bem recebida" em Salvador

Por Bianca Andrade / Eduarda Pinto

Foto: Laiane Apresentação / Bahia Notícias

O prefeito da capital baiana, Bruno Reis, destacou, neste sábado (27) durante entrevista coletiva no primeiro dia de Festival Virada Salvador, que fazer investimentos em atrações internacionais em Salvador ainda é “algo complexo”. Ao citar o exemplo do projeto “Todo Mundo no Rio”, financiado pela prefeitura do Rio de Janeiro junto a entes privados, o gestor soteropolitano diz que um investimento tão alto “não seria bem recebido” pelos cidadãos. 

 

“Gente, é algo complexo. Lá no Rio de Janeiro, o Eduardo Paes paga R$ 30 milhões para levar a Maddona e é aplaudido. Se eu fizesse isso aqui, não seria bem recebido”, ressalta. Ele comenta ainda sobre o show de Guns N' Roses, uma das maiores bandas de rock do mundo, que anunciou um show em Salvador no dia 15 de abril de 2026.  

 

 

“Inclusive eu já recebi lá no meu gabinete o empresário que está organizando a vinda do Guns N' Roses, que já é um verdadeiro sucesso. Há 15 dias já tínhamos vendido algo em torno de 70% dos ingressos, e ele estava me passando os números. Destes 70%, 20% eram de pessoas que estavam vindo de fora e já tinham comprado ingressos, algo em torno de 6 mil pessoas de fora”, contextualiza.

 

O gestor completa que “um evento como esse vai lotar nossos hotéis, bares, restaurantes, consumo e serviço, locação de van, uber, AirBnb, então é um evento importante para a economia, mas você explicar isso não é fácil”. “As pessoas não entendem com facilidade você pagar um cachê e o que isso dá de retorno para a cidade”, afirma Bruno Reis. 

 

Questionado sobre a tentativa de trazer uma atração internacional em 2023, em parceria com uma rede de televisão, ele conta que faria sentido, pois a cidade não se responsabilizaria pelo cachê. No entanto, o evento foi negado pelo artista, que cancelou a própria agenda. Para o prefeito da capital baiana, a vinda do Guns N' Roses ajuda a desmistificar a “falta de praça” para os eventos em Salvador. 

 

“De lá para cá, a gente fez grandes eventos com os artistas nacionais e não passou mais pelo radar trazer um artista internacional. Estamos apoiando esses eventos [internacionais], inclusive tem várias empresas já para o ano que vem, articulando outros shows internacionais aqui na cidade. Até para desmistificar algo que tinha no mercado desse segmento, que a praça, que a cidade de Salvador, às vezes não se viabilizava economicamente. Com sucesso, o Guns N' Roses está desmistificando isso”, destacou. 

 

O prefeito garante que, apesar dos desafios, a partir de outubro de 2026, deve ficar mais fácil trazer atrações internacionais para Salvador, seja na iniciativa privada ou pública, com a inauguração da Arena Multiuso, também na Boca do Rio. “A cidade não tinha um espaço com tratamento acústico, com infraestrutura e com capacidade grande de voo. Nós vamos ter agora a Arena [Multiuso]. Então, com a nossa arena pronta, a partir de outubro do ano que vem, vai ficar mais fácil, sabe, trazer show dos internacionais, que a prefeitura vai aí sim poder estimular, devem aumentar gradativamente”, ressalta. 

 

Entre os incentivos está uma flexibilização e/ou diminuição nos impostos no setor de eventos. "A gente tem um decreto que regulamenta essa questão dos eventos na cidade e isenta algumas taxas. Então, para você estimular um evento desse internacional que gera essa receita para a cidade, então vamos iniciar isentando algumas taxas, para ser uma forma de estimular, quem sabe, em outro momento da cidade, possa-se ter espaço para, de repente, fazer grandes shows", finaliza o prefeito. (A reportagem foi atualizada às 21h30)