Diretor administrativo da Codeba é alvo de medida protetiva por violência doméstica contra ex-esposa
Por Redação
O diretor administrativo e financeiro da Companhia das Docas da Bahia (Codeba), Leandro Sergio Pontes Gaudenzi, foi alvo de uma medida protetiva concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia a sua ex-esposa por violência doméstica.
Segundo decisão da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Salvador, obtida pelo Bahia Notícias, a medida protetiva proíbe Leandro de se aproximar de sua ex-esposa por menos de 200 metros ou de manter qualquer contato por meio de comunicação direto ou indireto, incluindo ligações, mensagens de textos e redes sociais.
O diretor fica ainda proibido de frequentar locais onde a ex-esposa esteja, em especial sua residência e local de trabalho. A decisão reconheceu que a ex-esposa do diretor foi submetida a “episódios reiterados de violência física, psicológica, moral e patrimonial” que se intensificaram após a descoberta de um suposto caso extraconjugal.
Um dos casos de violência patrimonial sofridos pela ex-esposa teria ocorrido neste ano, após o diretor financeiro se recusar a assinar um documento referente a venda de um imóvel do ex-casal.
O ex-casal esteve junto por 11 anos e tiveram dois filhos, sendo um deles ainda menor de idade. A ex-esposa do diretor denuncia ainda ter sofrido agressão física e provocações psicológicas após o afastamento do lar.
Ainda conforme a ex-esposa, Leandro cortou o plano de saúde dos filhos durante a pandemia de Covid-19 e deve o pagamento de pensão alimentícia desde 2018, com outro processo aberto na Vara da Família.
Ao Bahia Notícias, a Codeba alegou que "orienta sua atuação pelo respeito ao devido processo legal e às competências das instâncias responsáveis pela apuração dos fatos" e não vai se manifestar em relação ao caso. A Autoridade Portuária destacou que "reafirma seu compromisso com uma atuação ética, responsável e alinhada aos limites legais da comunicação institucional".
Leandro Gaudenzi também se manifestou sobre acusação. Em nota enviada ao BN, o diretor administrativo da Codeba alegou que recebeu a notícia sobre a medida protetiva com "profunda surpresa", já que não teria sido notificado formalmente sobre a decisão. Ele diz ainda que "o fato em si, que provarei ser baseado em ilações caluniosas, tem o único objetivo de prejudicar minha reputação pessoal e profissional, construída a base de muito trabalho e seriedade".
(A reportagem foi atualizada às 14h19 para inclusão da nota de Leandro Gaudenzi)
Confira a nota da Codeba na íntegra:
"A Autoridade Portuária Federal da Bahia – CODEBA orienta sua atuação pelo respeito ao devido processo legal e às competências das instâncias responsáveis pela apuração dos fatos.
A Companhia informa que não se manifesta sobre ocorrências que estejam sob investigação, as quais serão devidamente analisadas e apuradas pelos órgãos competentes, nos momentos processuais oportunos.
A CODEBA reafirma seu compromisso com uma atuação ética, responsável e alinhada aos limites legais da comunicação institucional."
Confira a nota completa de Leandro Gaudenzi:
"Eu, Leandro Sérgio Pontes Gaudenzi, recebi com extrema surpresa notícia veiculada na imprensa sobre processo judicial do qual não fui notificado, nem tinha conhecimento dos autos.
O fato em si, que provarei ser baseado em ilações caluniosas, tem o único objetivo de prejudicar minha reputação pessoal e profissional, construída a base de muito trabalho e seriedade.
Pior, acaba por envolver meus familiares, expondo-os a enorme constrangimento público.
Já refuto por completo todas as ilações a mim imputadas e informo que, como sempre fiz, buscarei as vias judiciais cabíveis para defender meus direitos, e exigir as devidas responsabilizações legais.
Segue, em anexo, carta de meus advogados."
Confira a nota da defesa de Gaudenzi, na íntegra:
"Em Defesa da Honra e da Verdade: Esclarecimento sobre as Alegações Caluniosas e Difamatórias contra o Sr. Leandro Sergio Pontes Gaudenzi
O Sr. Leandro Sergio Pontes Gaudenzi, vem a público manifestar sua profunda surpresa e veemente repúdio às informações veiculadas em portais de notícias, as quais reportam a concessão de uma medida protetiva em favor de sua ex-cônjuge, sob a alegação de violência doméstica.
É com extrema tristeza e indignação que tomamos conhecimento de tal medida por meio da imprensa, sem que o Sr. Gaudenzi tenha sido formalmente notificado ou sequer tido a oportunidade de exercer seu direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa. Este fato, por si só, já lança uma sombra de dúvida sobre a lisura e a motivação por trás dab divulgação.
O Sr. Leandro Gaudenzi, cuja conduta ilibada e trajetória profissional são amplamente reconhecidas, lamenta profundamente que sua vida pessoal e familiar esteja sendo instrumentalizada para fins que, a nosso ver, configuram uma manobra de má-fé, caluniosa, difamatória e irresponsável.
As alegações de “episódios reiterados de violência física, psicológica, moral e patrimonial” são categoricamente refutadas. Acreditamos que esta ação judicial, e sua subsequente e prematura publicização, é mais um capítulo na série de tentativas de desmoralização e ataques pessoais orquestrados por uma pessoa que, lamentavelmente, possui um histórico de atitudes não urbanas contra o Sr. Gaudenzi e sua família, obrigando-o a mais uma vez, com inúmeras e robustas provas matérias comprovar, na justiça, que há contra ele litigâncias de má fé e tentativas de calúnia e difamação.
Diante da natureza caluniosa e difamatória das alegações aqui tratadas, e da ausência de qualquer prova que possa abalar a conduta ilibada do Sr. Leandro Gaudenzi, informa-se que todas as medidas judiciais cabíveis, como devem ser, estão sendo devidamente tomadas. O Sr. Gaudenzi, por meio de sua assessoria jurídica, buscará a imediata reversão da medida ora tratada, e da responsabilização daqueles que, agindo de má fé, levaram a imprensa a veicular de forma irresponsável e parcial informações sobre o tema aqui tratado. O Sr. Gaudenzi reitera seu compromisso com a verdade e confia que a justiça restabelecerá a sua honra"
