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Fábricas clandestinas de armas abasteciam Comando Vermelho no Rio de Janeiro

Por Redação

Foto: TV Globo

Após a apreensão de armas de fuzis na Operação Contenção, a “megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, contra a dominação regional do Comando Vermelho (CV) na região, investigadores da Polícia Federal descobriram novas fontes de aquisição clandestina de armas pelas facções criminosas. Uma reportagem do Fantático revelou, neste domingo (2), que fábricas clandestinas em São Paulo e Minas Gerais produziam e forneciam fuzis para o CV no Rio de Janeiro. 

 

Investigadores estimam que a fábrica de Minas Gerais chegou a fornecer cerca de mil fuzis para as facções do Rio. A quadrilha também forneceu armas para facções na Bahia e no Ceará. Na fábrica de São Paulo, a Polícia Federal apreendeu cerca de 150 fuzis prontos, além de mais de 30 mil peças. O local abrigava uma linha de montagem tem capacidade para fabricar até 3.500 fuzis por ano. 

 

Segundo a PF, Rafael Xavier do Nascimento, preso em São Paulo, seria o responsável pelo transporte das armas ao menos uma vez por mês. O suspeito foi flagrado com 13 fuzis na Via Dutra enquanto fazia transporte dos armamentos para o Complexo do Alemão.

 

Armas eram produzidas em fábrica de Santa Bárbara d'Oeste (SP), que possuia um CNPJ da fábrica, era de peças aeronáuticas e uma "planta industrial profissional", diz o delegado Samuel Escobar, da Polícia Federal. A fábrica utilizava pelo menos 11 equipamentos industriais de precisão, que custavam "milhões de reais", segundo ele. 

 

A reportagem da TV Globo aponta que a propriedade é do piloto de avião Gabriel Carvalho Belchior, que, segundo mensagens a um parente, está nos Estados Unidos. Belchior enviou ao Brasil fuzis desmontados dentro de caixas de piscinas infláveis e de outras mercadorias, afirma a PF. As mercadorias foram compradas nos Estados Unidos e entregue em uma casa alugada na Flórida para ser despachado para o Brasil.

 

Receita Federal interceptou a remessa de fuzis em agosto deste ano. Após isso, o nome de Belchior entrou para a lista de procurados da Interpol. Um suspeito investigado no Rio de Janeiro, Silas Diniz Carvalho seria o responsável por revender as armas. Ele foi preso em 2023 com 47 fuzis em um apartamento na Barra da Tijuca e operava outra fábrica, em Belo Horizonte.

 

Local parecia "fábrica de móveis", mas operação era ilícita, segundo o delegado. "Parecia uma fábrica normal, comum, uma fábrica de móveis, de esquadrias, de portas, mas dentro da fábrica, no interior tinha toda a operação ilícita", disse ele, à TV Globo.