Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
/
Tag

Artigos

Dayane Araújo Sobral
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Foto: Acervo pessoal

Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças

As empresas familiares são a força vital da economia brasileira. Representam a imensa maioria dos negócios, geram grande parte dos empregos formais e respondem por uma parcela expressiva do PIB nacional. No entanto, apesar dessa relevância, a maior parte não chega à segunda geração. Apenas 30% sobrevivem à transição. Ao longo dos anos em que venho mediando e prevenindo conflitos em famílias empresárias, aprendi que essa estatística não se deve, prioritariamente, a crises financeiras — mas ao peso dos conflitos emocionais.

Multimídia

Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador

Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
No Projeto Prisma, o radialista baiano e ex-prefeito de Salvador, Mário Kertesz, revela que ajudou a montar duas das principais candidaturas eleitorais da Bahianos últimos anos. Em entrevista nesta segunda-feira (1°), Kertesz dia que acompanhou as tentativas do PT em emplacar uma candidatura vitoriosa na Bahia, mas acabou dando força a formação da chapa de Bruno Reis, atual prefeito de Salvador, na sucessão de ACM Neto, ambos do União Brasil.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

operacao contencao

Cinco policiais militares são presos no Rio por crimes em megaoperação contra o CV
Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil

Cinco policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque do Rio de Janeiro foram presos nesta sexta-feira (28) por crimes cometidos durante a Operação Contenção, realizada no dia 28 de outubro, na capital fluminense. A operação, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, deixou 122 pessoas mortas e se tornou a mais letal do país.

 

A prisão foi expedida pela Corregedoria-Geral da PM que iniciou uma ação decorrente de investigações realizadas a partir da análise das imagens das Câmeras Operacionais Portáteis utilizadas por PMs. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de cometimento de crimes militares no decorrer do serviço. 

 

Segundo informações da Agência Brasil, além dos cinco policiais presos, outros cinco são alvo de mandados de busca e apreensão. Em nota, o comando da corporação diz que não compactua "com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos".

 

ROUBO DE FUZIS 
Os indícios revelados pelas câmeras corporais incluem "o furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos", conforme divulgou a deputada Dani Monteiro (PSOL), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC), que acompanha a investigação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar.

 

A parlamentar destacou que a comissão atua no território onde foi deflagrada a megaoperação, que colheu denúncias, acompanhou famílias e oficiou órgãos com pedidos de transparência e preservação de provas. 

 

Esse material foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em reunião em Brasília no início do mês, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), conhecida como ADPF das Favelas, na qual a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania atua como amicus curiae, "amigo da corte". Nesse modelo jurídico de atuação, a comissão atua como uma terceira parte, não envolvida no processo, mas que solicita ou é chamado para fornecer informações no âmbito do julgamento.

 

RELATÓRIO DA OUVIDORIA
No início deste mês, a Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou um relatório no qual denuncia violações de direitos humanos a partir de relatos de moradores e familiares.

 

Entre os relatos, familiares dizem que pessoas inocentes foram mortas ou presas e mulheres afirmaram que foram assediadas por policiais. A Ouvidoria Geral é um órgão externo à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. As informações são da Agência Brasil. 

Dez dias após “megaoperação”, CV mantém QG na serra que separa complexos do Alemão e da Penha
Foto: Reprodução / Fantástico

Os criminosos dos complexos do Alemão e da Penha, vinculados a facção do Comando Vermelho (CV) montaram um ponto de observação na Serra da Misericórdia, região de mata entre os dois complexos, com vista privilegiada para vias importantes, como a Estrada Adhemar Bebiano, e comunidades da região. O registro foi feito pela Agência O Globo nesta sexta-feira (7), que marca 10 dias desde a megaoperação contra a facção na região. 

 

Na ocasião, a Operação Contenção mobilizou 2.500 policiais nos complexos do Alemão e da Penha na tentativa de cumprir mais de 100 mandados de prisão e outros mandados de busca e apreensão na região. Foi justamente na Serra da Misericórdia em que a maioria dos mais de 120 suspeitos foram mortos na ação. 

 

A estrutura registrada pela reportagem é de madeira, coberta por telhas de alumínio, e um dos suspeitos aparece com uma roupa camuflada. O “QG” foi instalado ao lado de uma pedreira, no Engenho da Rainha, atrás da Favela da Flexal, outra comunidade dominada pelo CV. O suspeito fica num ponto isolado, acima das casas, em meio a árvores e rochas. 

 

Segundo informações da Polícia Militar, foi pela mesma área, no Engenho da Rainha, que policiais do 3º BPM (Méier) entraram no Complexo do Alemão no último dia 28, na tentativa de “encurralar” os alvos na Serra da Misericórdia, onde também seriam recebidos por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A estratégia foi definida pela polícia como “Muro do Bope”. 

 

Incursões em direção a essa área de mata também ocorreram pela Penha e pelo Alemão, contando com os batalhões de Choque, de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) e de Irajá (41º BPM), além de agentes da Polícia Civil.

 

Segundo o jornal O Globo, desde o dia da ação policial, o Disque Denúncia já recebeu 327 denúncias relacionadas às regiões do Alemão e da Penha.

Baiano faz vídeo para denunciar "fake news" com nome dele entre presos em operação no Rio
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Um baiano precisou gravar um vídeo para afirmar que não está na lista de acusados presos durante a operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos. Natural de Piripá, no Sudoeste baiano, William Pinheiro Moura disse que vai tomar medidas judiciais para quem espalhou as fake news. Há relatos até de ameaças de morte contra o baiano.

 

 

"Olá, boa tarde, eu me chamo William Pinheiro Moura, sou natural de Piripá, mas atualmente moro em Vitória da conquista, eu vim através desse vídeo dizer que as informações que estão sendo divulgadas nos jornais sobre mim, usando a minha imagem, meu nome, são falsas. Estão dizendo que eu fui preso no Rio de Janeiro. Eu nunca fui preso. E que estou sendo investigado. Nunca fui investigado", disse em vídeo postado pelo mesmo nas redes sociais. 

Corpo apontado como de integrante de facção pertencia a traficante baiano; entenda
Foto: Reprodução Metrópoles

O corpo apontado como de uma integrante da facção Comando Vermelho (CV), apelidada de “Japinha do CV” pertencia a Ricardo Aquino dos Santos. Traficante da Bahia, de 22 anos, vinculado também ao grupo criminoso. 

 

As informações são do Metrópoles. Segundo a publicação, depois da megaoperação ocorrida no Rio de Janeiro, no último dia 28, uma fake news viralizou nas redes sociais, quando uma imagem de um cadáver desfigurado circulou entre usuários. Na publicação, uma falsa informação vinculava que o corpo seria de “Japinha”. 

 

No entanto, aquele da fotografia era Ricardo. Ele morreu com um tiro de fuzil que dilacerou a cabeça, o que impediu o reconhecimento inicial do corpo. Ele tinha dois mandados de prisão em aberto e respondia por porte de arma e roubo. 

 

Ricardo era natural de Feira de Santana. No episódio que ocasionou a morte dele, ele teria disparado contra os investigadores.

Jerônimo Rodrigues defende papel mediador do Estado e anuncia novos investimentos em segurança pública na Bahia
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

Durante o anúncio de um conjunto de novos investimentos e medidas para a segurança pública da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues destacou, nesta segunda-feira (3), a necessidade de uma atuação mais ampla e equilibrada do Estado na área da segurança, para além da repressão policial. 

 

O evento, realizado no Centro de Operações e Inteligência (COI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), contou também com a entrega de novas viaturas para as forças de segurança.

 

LEIA TAMBÉM:

 

Em seu discurso, o governador defendeu que o Estado deve atuar como mediador e não como agente de violência.

 

“O Estado não pode ser um estado matador. Não pode. O Estado tem que mediar. Quando ficamos nessa disputa de quem está certo ou errado, de quem defende ou não o criminoso, perdemos o foco. O que as pessoas querem é o direito de ir e vir”, afirmou Jerônimo, numa referência à Operação Contenção, que deixou 119 mortos no Rio de Janeiro no último dia 21.

 

O governador ressaltou que a presença do Estado nas comunidades deve ir além da polícia e incluir ações sociais e estruturais.

 

“A força presente do Estado não é só da polícia. Queremos ver uma polícia forte e respeitada, mas precisamos também olhar para a escola, a creche, a UPA, a igreja, a quadra. Esses são equipamentos valiosos de cidadania”, disse.

 

Jerônimo destacou ainda que a confiança exclusiva na atuação policial indica um desequilíbrio nas políticas públicas. “Quando a sociedade fica na expectativa de que só a polícia resolve, a situação não está bem. Precisamos respeitar todas as instituições que constroem a comunidade”, completou.

 

Em outro momento da solenidade, o governador citou ações recentes de combate ao crime organizado, como a Operação Primus, que mirou estruturas financeiras do tráfico.

 

“Há 20 dias, fizemos uma operação que foi direto no andar de cima do crime organizado. A comunidade da Serra do Rio Grande foi violada, mas o que está ali é a ponta do iceberg. Em algum lugar está a fonte financeira, e é lá que precisamos chegar”, declarou.

 

Jerônimo também reforçou a preocupação com o impacto da violência sobre as periferias e a juventude negra. “Quem paga a conta é a comunidade, são os nossos filhos negros, a nossa juventude. O que queremos é um ambiente de paz, onde meninos e meninas possam brincar, ir e voltar da escola com segurança”, afirmou.

Fábricas clandestinas de armas abasteciam Comando Vermelho no Rio de Janeiro
Foto: TV Globo

Após a apreensão de armas de fuzis na Operação Contenção, a “megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, contra a dominação regional do Comando Vermelho (CV) na região, investigadores da Polícia Federal descobriram novas fontes de aquisição clandestina de armas pelas facções criminosas. Uma reportagem do Fantático revelou, neste domingo (2), que fábricas clandestinas em São Paulo e Minas Gerais produziam e forneciam fuzis para o CV no Rio de Janeiro. 

 

Investigadores estimam que a fábrica de Minas Gerais chegou a fornecer cerca de mil fuzis para as facções do Rio. A quadrilha também forneceu armas para facções na Bahia e no Ceará. Na fábrica de São Paulo, a Polícia Federal apreendeu cerca de 150 fuzis prontos, além de mais de 30 mil peças. O local abrigava uma linha de montagem tem capacidade para fabricar até 3.500 fuzis por ano. 

 

Segundo a PF, Rafael Xavier do Nascimento, preso em São Paulo, seria o responsável pelo transporte das armas ao menos uma vez por mês. O suspeito foi flagrado com 13 fuzis na Via Dutra enquanto fazia transporte dos armamentos para o Complexo do Alemão.

 

Armas eram produzidas em fábrica de Santa Bárbara d'Oeste (SP), que possuia um CNPJ da fábrica, era de peças aeronáuticas e uma "planta industrial profissional", diz o delegado Samuel Escobar, da Polícia Federal. A fábrica utilizava pelo menos 11 equipamentos industriais de precisão, que custavam "milhões de reais", segundo ele. 

 

A reportagem da TV Globo aponta que a propriedade é do piloto de avião Gabriel Carvalho Belchior, que, segundo mensagens a um parente, está nos Estados Unidos. Belchior enviou ao Brasil fuzis desmontados dentro de caixas de piscinas infláveis e de outras mercadorias, afirma a PF. As mercadorias foram compradas nos Estados Unidos e entregue em uma casa alugada na Flórida para ser despachado para o Brasil.

 

Receita Federal interceptou a remessa de fuzis em agosto deste ano. Após isso, o nome de Belchior entrou para a lista de procurados da Interpol. Um suspeito investigado no Rio de Janeiro, Silas Diniz Carvalho seria o responsável por revender as armas. Ele foi preso em 2023 com 47 fuzis em um apartamento na Barra da Tijuca e operava outra fábrica, em Belo Horizonte.

 

Local parecia "fábrica de móveis", mas operação era ilícita, segundo o delegado. "Parecia uma fábrica normal, comum, uma fábrica de móveis, de esquadrias, de portas, mas dentro da fábrica, no interior tinha toda a operação ilícita", disse ele, à TV Globo. 

Em evento sobre Júris, Jerônimo Rodrigues cita megaoperação no RJ e afirma que “não é papel do Estado matar”
Foto: Divulgação / TJ-BA

Durante a cerimônia de abertura do Mês Nacional do Júri e da Semana Nacional de Conciliação, realizada nesta segunda-feira (3), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) destacou a importância de uma política de segurança pública pautada na prevenção e no respeito à vida. O discurso ocorreu logo após a fala da presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Cynthia Resende, que apresentou os resultados do programa TJBA Mais Júri, responsável por ampliar em 1.000% o número de sessões realizadas no estado em 2025.

 

“Nós vivenciamos um fato nessa última semana muito difícil para entendermos o que significa o real papel do Estado. Não é papel do Estado matar e nunca será. O Estado tem uma responsabilidade muito maior do que transformar homens e mulheres em sangue. A dívida social desse país é muito grande”, afirmou o governador, em referência à megaoperação policial ocorrida no Rio de Janeiro.

 

Jerônimo também destacou que o combate ao crime organizado deve ocorrer por meio da atuação conjunta dos poderes e instituições, dentro de uma estratégia de governança pela paz.

 

“Se o crime organizado ocupa espaços onde não deveria ocupar, proibindo brasileiros de irem e virem, é responsabilidade nossa, como estamos fazendo aqui, enfrentá-lo de forma coordenada e com respeito aos direitos humanos”, completou.

 
Bahia é o segundo estado com mais mortos em operação no Rio; Polícia Civil divulga perfis de 115 suspeitos
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (3) o perfil de 115 dos 117 suspeitos mortos durante a operação Contenção, realizada nos Complexos do Alemão e da Penha em 28 de outubro. Dois laudos periciais resultaram em análises inconclusivas.

 

Conforme a corporação, 95% dos identificados tinham vínculo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). O relatório apresenta nome, apelido, data de nascimento, fotos, histórico criminal e perfis em redes sociais dos mortos.

 

O levantamento aponta ainda que 59 dos suspeitos possuíam mandados de prisão em aberto e que pelo menos 97 tinham registros criminais relevantes. Entre os 17 sem antecedentes, 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico de drogas a partir de publicações em redes sociais, segundo a polícia.

 

A investigação identificou também a presença de chefes de facções de 11 estados brasileiros. Entre os 62 mortos que tiveram a origem confirmada, 19 eram do Pará, 12 da Bahia, 9 do Amazonas, 9 de Goiás, 4 do Ceará, 3 do Espírito Santo, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 1 do Mato Grosso, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.

Nenhum dos mortos identificados constava na denúncia Inicial do ministério público do Rio de Janeiro
Manifestações contra a operação | Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Entre os mortos da megaoperação Contenção, nenhum dos nomes dos 99 já liberados nos Complexos da Penha e Alemão divulgados pela polícia consta em denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A ação policial mais letal da história do Brasil, registrou 117 mortes na última terça-feira (28).

 

Segundo a CNN Brasil, que teve acesso a trechos da denúncia do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou que nenhum dos mortos identificados constava na lista de denunciados da operação.

 

Entre os 99 corpos identificados, a Polícia Civil informou que 78 pessoas possuíam antecedentes criminais por outras ocorrências. Ainda há 18 corpos aguardando a liberação da identidade para os familiares. O nome dos 113 presos na operação não foi divulgado.

 

Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SESP) e o Governo do Estado, o foco principal da ação era combater a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e lideranças.

LEIA MAIS:

 

A megaoperação gerou profundo impacto na rotina da cidade, descrito como "caos", resultando no fechamento de escolas municipais e estaduais, suspensão do atendimento inicial em unidades de saúde e desvio de itinerários de diversas linhas de ônibus.

Mais da metade dos brasileiros aprovam megaoperação no Rio, afirma AtlasIntel; outros 42% apontam “ganho político”
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A maioria dos brasileiros aprovou a “megaoperação” realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha. É o que apontam os dados da AtlasIntel, divulgado nesta sexta-feira (31). A pesquisa ouviu 1.089 pessoas entre os dias 29 (quarta-feira) e 30 (quinta-feira) de outubro, e o resultado aponta que 55,2% disseram ter aprovado a operação, enquanto 42,3% disseram desaprovar a ação, que já se tornou a mais letal da história brasileira, com mais de 120 mortos. Apenas 2,5% dos brasileiros entrevistados disseram não saber.

 

O levantamento, realizado por meio de recrutamento digital, possui 95% de confiança e uma margem de erro de 3% para mais ou para menos. Nas perguntas, a Atlas também questionou o nível de conhecimento dos entrevistados sobre o tema. Em resposta, 92% dos entrevistados disseram estar “bem informados” sobre a megaoperação comandada por Cláudio Castro (PL) contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, e outros 8% apenas ouviram falar. 

 

A pesquisa questionou os impactos dessa operação. Para 42,4% dos entrevistados, a operação teve um impacto positivo (16,3%) ou muito positivo (26,1%) na segurança pública no Rio de Janeiro; para 34,8% os resultados devem impactar negativamente (14,7%) ou muito negativamente (20,1%). Outros 18,8% cidadãos responderam que deve haver pouco ou nenhum impacto na segurança e 4,1% não souberam responder. 

 

Abordando os detalhes da operação, a pesquisa AtlasIntel questionou os entrevistados sobre o nível de violência empregada pelas forças policiais durante a operação. Para 52,5% o nível de violência foi adequado, 45,8% descreveram como “excessivo” e 1,6% não souberam. 

 

LEIA MAIS:

 

Considerando as mais e 120 mortes registradas na megaoperação, os brasileiros foram questionados se a “operação reflete a melhor forma de efetivamente combater o crime organizado ou um objetivo de ganho político?”. Para 42%, a ação no Rio de Janeiro refletiu uma tentativa de ganho político, enquanto outros 39,3% acreditam que é a melhor forma de combater a criminalidade. Outros 17,6% entrevistados disseram que a ação reflete ambos os objetivos e 1,1% não souberam responder. 

 

Ainda com relação à morte de civis durante a ação, excluindo os quatro policiais mortos, o levantamento questionou como os cidadãos descreveriam o grupo. Uma maioria de 51,2% responderam que os mortos seriam melhor descritos como “criminosos”, enquanto para 36,9% os mortos seriam “ao mesmo tempo, vítimas e criminosos” e 8,4% descreveram o grupo de mortos como “vítimas”. 3,4% não souberam. 

 

REPERCUSSÕES POLÍTICAS 
Os brasileiros entrevistados também descreveram detalhes sobre as repercussões políticas da operação. Perguntados sobre se faltou articulação política entre governo estadual e federal na operação, 88% responderam que sim, sendo que 46% descreveu que faltou articulação pelo governo do estado e 42% destacaram a falta de articulação do governo federal. 6,4% dos brasileiros disseram não ter havido falta de articulação e 5,5% não souberam. 

 

Sobre o desempenho dos líderes de governo nas ações de segurança pública, o presidente Lula recebeu a pior avaliação, com 50% de desaprovação (ruim ou péssimo), frente a 35% dos governadores estaduais e 24% dos gestores municipais. O presidente da República foi aprovado por 31% (bom ou ótimo) dos brasileiros questionados e outros 19% descreveram o desempenho como “regular”. Para 28% dos entrevistados, os governadores fazem um trabalho “bom ou ótimo” na gestão de segurança pública, enquanto 36% consideram as políticas “regulares”. No âmbito municipal, 23% dos entrevistados aprovou (bom ou ótimo) a gestão dos prefeitos na segurança pública e 51% descreveram como “regular”.

Corpo de feirense morto em “massacre” no Rio é liberado para sepultamento
Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

O corpo de Fábio Francisco Santana Salles foi liberado nesta quinta-feira (31) para sepultamento em Feira de Santana. Natural da cidade baiana, Salles morreu durante a Operação Contenção, deflagrada pelas polícias do Rio de Janeiro na última terça-feira (28).

 

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

 

Até a manhã desta sexta-feira (31), o número de mortos na operação já tinha passado de 120, na ação policial que já é considerada a mais letal do país, superando o massacre do Carandiru com 111 presos mortos em 1992 em São Paulo (SP). Tido como o principal alvo da operação, o chefe solto do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, o Doca, não foi preso na operação e segue foragido. 

 

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

 

Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, Fábio era conhecido pelo apelido de “FB” e estava morando no bairro da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. Investigações apontam que ele seria suspeito de ligação com uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana, embora não tenha cumprido pena no Conjunto Penal local.

 

A mãe de Fábio, Elieci Santana Salles, contestou a versão policial e criticou a forma como o histórico do filho foi divulgado. Em entrevista ao site feirense, ela negou que o jovem tivesse passagens pela polícia ou envolvimento em crimes.

 

“Meu filho não estava preso, não respondia por nada. Estão dizendo que ele tinha 20 homicídios, mas ele morava no Rio, andava normalmente, viajava com a família. Quero saber onde está esse mandado de prisão, porque ele não tinha antecedentes”, afirmou Elieci.

 

A mãe também criticou a operação, que resultou na morte de mais de uma centena de pessoas. “Quem mora na Penha sabe como é. Quando começa operação, todo mundo corre, porque é muito tiro. Foi uma chacina. Gente trabalhadora morre também, não é só bandido. Muita família mora ali”, completou.

 

Sem notícias do filho durante a operação, Elieci Santana Salles viajou ao Rio de Janeiro para liberar o corpo de Fábio no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Ainda não há informações sobre quando ocorrerá o sepultamento de Fábio.

VÍDEO: Pastor e de direita, deputado Otoni de Paula acusa Cláudio Castro de execução após morte de jovens da igreja
Foto: Câmara dos Deputados

O deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) se manifestou publicamente contra a megaoperação realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, nesta terça-feira (28). Em entrevista a Folha de S. Paulo nesta quinta (30), o parlamentar alegou que os agentes teriam recebido licença para "executar" pessoas durante a ação, que se tornou a mais letal da história do Brasil.

 

 

Ele afirma que "nitidamente os policiais estavam com liberdade para executar porque nenhuma ação nesse nível e nessa gravidade ocorre sem que o policial se sinta protegido por alguma ordem do governador. Algo como 'faça o que tem que fazer'". O posicionamento segue a linha da declaração realizada no plenário da Câmara na sessão desta quarta-feira (29), o deputado destacou que houve inocentes entre os mais de 120 mortos na ação. 

 

“‘Ah, só morreram bandidos!’ Não, quem está falando aqui é pastor, e não é pastor progressista, não. Só de filho de gente da igreja, que eu sei, morreram quatro ontem [terça-feira], meninos que nunca portaram fuzis, mas estão sendo contados no pacote como se fossem bandidos”, protestou. “Sabem quando vão saber se são bandidos ou se não são? Nunca. Ninguém vai atrás. E vocês sabem por que não? Preto correndo em dia de operação na favela é bandido. Preto com chinelos Havaianas sem camisa pode ser trabalhador, mas, se correu, é bandido”, disse o deputado. 

 

Ele ainda citou a preocupação com a segurança de um dos seus filhos, que frequentam as comunidades. "É fácil para quem não conhece a realidade da favela subir na tribuna e dizer: 'que bom, matou'. É porque o filho de vocês não estão lá dentro, como o meu filho está o tempo todo. E o meu pânico é que ele é preto”, completou. 

 

O parlamentar afirma também que vai requerer, por meio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHMIR), que a Polícia Federal faça uma investigação autônoma da operação.

Comando da PM desmente boatos sobre toque de recolher em Feira de Santana
Foto: Reprodução / Acorda Cidade

A Polícia Militar (PM-BA) negou a existência de um toque de recolher em Feira de Santana nesta quinta-feira (30). A informação falsa circulou em grupos de WhatsApp, associando o suposto alerta à Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28) nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, deixando pelo menos 138 mortos até esta quarta-feira (29).

 

Ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, o coronel PM Michel Müller, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPR-L), afirmou que não há nenhuma alteração na rotina de segurança pública da cidade e que o policiamento segue normalmente.

 

“Estamos monitorando todos os fatos relacionados à operação do Rio e seus eventuais desdobramentos aqui em Feira ou na região Leste. Mas asseguramos que não existe nenhuma ameaça iminente”, declarou o coronel ao site.

 

Além dos rumores sobre o toque de recolher, também circularam mensagens indicando uma suposta suspensão das aulas na rede municipal. O secretário de Educação, Pablo Roberto, desmentiu a informação e afirmou que não houve qualquer ocorrência relacionada às escolas. Ainda segundo o comandante Müller, há uma integração entre os setores de inteligência da Bahia e do Rio de Janeiro para acompanhar possíveis conexões entre criminosos dos dois estados.

 

“Todo o nosso serviço de inteligência está entrelaçado com o comando de Salvador e com a Polícia Militar do Rio, monitorando de perto qualquer movimentação suspeita”, explicou. O coronel disse que as equipes seguem nas ruas, garantindo a segurança da população e o funcionamento normal da cidade.

 

“As pessoas podem manter suas atividades habituais. As polícias estão nas ruas, garantindo que tudo funcione como deve ser. Sigamos nossas vidas com tranquilidade”, afirmou.

MP-RJ garante independência na apuração de megaoperação e promete examinar câmeras corporais
Foto: Reprodução / GloboNews

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) garantiu que vai investigar as ações de policiais militares durante a megaoperação que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29), o procurador-geral de Justiça do estado, Antônio José Campos Moreira, afirmou que determinou a verificação das câmeras corporais utilizadas por policiais que participaram da ação. 

 

"O MP atuará com profunda independência, exercendo com responsabilidade critério as suas funções constitucionais. Como servidores públicos, temos o dever de apurar esses fatos com rigor. E isso será feito, sem estabelecer premissas", afirmou Antônio José Campos Moreira. As informações são do g1. 

 

Em resposta a fala do secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, que disse ter perdido parte dos registros das câmeras devido à duração limitada das baterias dos equipamentos, Moreira destaca que o acesso e a checagem das imagens são parte essencial da apuração sobre as mortes ocorridas durante a ação. 

 

Campos Moreira afirmou que o MP requisitou um relatório detalhado sobre o efetivo policial empregado, com a descrição das armas utilizadas, munições apreendidas e projéteis recolhidos. Todo o material será submetido a perícia balística. A duração das baterias das câmeras corporais dos policiais também serão apuradas, segundo o procurador-geral.

 

Conforme o procurador-geral, o Ministério Público já formalizou o pedido de verificação e terá promotores acompanhando os depoimentos de policiais e as perícias em curso. “Já está em curso o pedido de verificação das câmeras corporais, que para nós é muito importante. Esse promotor que está no IML e dois colegas vão acompanhar todos os depoimentos em sede policial”, afirmou Campos Moreira.

 

Sobre a retirada dos corpos e preservação da cena, o procurador-geral destacou que a ação dos moradores, que retiraram os corpos de uma região de mata em direção a uma praça pública, dificulta, mas não inviabiliza a perícia. “A rigor são duas perícias distintas. Uma seria a do local, que exige a preservação. Entendemos a dificuldade dessa preservação, não estamos em um ambiente urbano, estamos em uma mata. O ideal é que o local do crime seja preservado. Isso dificulta, mas não inviabiliza a apuração”, disse.

Em reunião de emergência, governo federal firma parceria com Rio de Janeiro para combate ao narcotráfico após megaoperação
Foto: Reprodução / TV Globo

O Governo Federal firmou, nesta quarta-feira (29), uma parceria técnica com o governo estadual do Rio de Janeiro para contribuir com as investigações sobre os resultados da “Operação Contenção”, que deixou mais de 130 pessoas mortas na capital fluminense, e intensificar o combate ao narcotráfico. A parceria foi firmada após uma reunião de emergência entre o governador estadual Cláudio Castro (PL) e os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança) e Rui Costa (Casa Civil). 

 

“Tivemos um diálogo importante. Se o problema é nacional, o Rio de Janeiro é um dos principais focos. Daqui saiu uma proposta concreta: a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado”, anunciou o governador Cláudio Castro.

 

Ele explica que o novo escritório será coordenado por representantes do governo do estado e do governo federal. “A ideia é que nossas ações sejam 100% integradas a partir de agora, inclusive para vencermos possíveis burocracias. Vamos integrar inteligências, respeitar as competências de cada órgão, mas pensando em derrubar barreiras para, de fato, fazer segurança pública”, destaca.

 

LEIA MAIS: 

 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a participação do governo federal será pautada no intercâmbio de profissionais especializados para fortalecer as investigações e ações de segurança pública.

 

“Colocamos à disposição do governador e das autoridades de segurança peritos criminais que podem ser mobilizados pela Força Nacional e também de outros estados. Médicos legistas, odontólogos, peritos. Também temos bancos de dados no que diz respeito a DNA, balística, tudo isso estamos colocando à disposição do governador”, afirmou.

 

O ministro da Justiça afirmou também que o governo federal vai ampliar o número de agentes da Polícia Federal e da Força Nacional no estado, como resposta à escalada da violência.

 

“Durante a crise, já aumentamos o efetivo da Polícia Federal no entorno da capital em pelo menos 50 integrantes. Em breve, enviaremos outro número equivalente. Claro que temos um número relativamente pequeno para patrulhar todo o território, mas, nesta situação de emergência, vamos ampliar. Também vamos aumentar, dentro do possível, o número de integrantes da Força Nacional”, detalha.

 

Após divergências sobre um suposto pedido de suporte do governo fluminense, o ministro da Justiça pontuou ainda que foi estabelecido o modus operandi de solicitação de suporte entre os entes: O senhor governador certamente fará um pedido para que nós, dentro das nossas possibilidades, façamos isso. Essa é a rotina: o governador solicita, nós estimamos os números disponíveis e autorizamos o deslocamento dessas forças”, completa.

“Megaoperação” no Rio supera Massacre do Carandiru e se torna ação mais letal do Brasil
Foto: José Luiz da Conceição / Arquivo O Globo

A Operação Contenção, realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) nesta quarta-feira (29), se tornou a ação policial com o maior número de mortes registradas no país, superando o emblemático caso do Massacre do Carandiru, em São Paulo, quando 111 presos foram mortos. Com 138 corpos encontrados, a “Contenção” superou a ação no presídio paulista em 1992. 

 

Segundo o registro do governo estadual fluminense, foram contabilizados 64 mortes, incluindo quatro policiais militares, no entanto, nesta quarta-feira (29), os moradores dos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital, encontraram mais 74 corpos em áreas de mata próximas às comunidades.

 

Segundo informações do g1, ainda não há confirmação do governo de Cláudio Castro (PL) se essas novas mortes serão incluídas no balanço oficial. Mesmo sem atualização, a operação já é a mais letal da história do estado e do século 21 no Brasil.

 

A “Megaoperação” no Rio durou mais de 12h de confronto, e segundo o governo do estado, o objetivo era cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços e conter a expansão territorial do Comando Vermelho, principal facção criminosa do estado. A ação recebeu fortes retaliações do crime organizado, que utilizou barricadas, drones e lançaram bombas para impedir o avanço das forças policiais.

 

RELEMBRE O CARANDIRU 
O Massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando a Polícia Militar (PM) de São Paulo invadiu o Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru na tentativa de conter uma rebelião interna. Ao final da ação, o Ministério Público (MP) registrou que 111 detentos foram mortos, sendo 77 deles pelos policiais e 34 por outros presos. 

 

A ação era considerada, até esta quarta-feira (29), a operação policial mais letal da história brasileira, de acordo com órgãos de direitos humanos. Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto de Natal a agentes de segurança pública condenados por crimes cometidos há mais de 30 anos, incluindo os policiais condenados na ação do presídio paulista.

 

Em 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) seguiu o cumprimento do decreto e extinguiu todas as penas dos 74 policiais militares condenados por executarem a tiros 77 presos.

Após operação com mais de 60 mortos, governo federal comunica reunião emergencial com Cláudio Castro
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo federal anunciou, na noite desta terça-feira (28), que solicitou uma reunião emergencial com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para analisar os desdobramentos da Operação Contenção, a mais letal da história do Rio, com mais de 60 mortos. O comunicado, enviado ao Palácio Guanabara por meio da Casa Civil, informou ainda que a reunião terá a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).

 

A reunião, que acontecerá no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (29), também contará com a presença do diretor-executivo da Polícia Federal, William Murad. No mesmo comunicado, o governo ainda a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber ao menos nove dos mais de 80 presos nas ações realizadas na capital fluminense. 

 

LEIA MAIS

 

Ambas as medidas foram definidas na tarde desta terça, após reunião coordenada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, com a participação dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia Geral da União), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), Sidônio Palmeira (Comunicação) e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos. 

 

Segundo o Palácio do Planalto, as forças policiais e militares federais reiteraram durante a reunião que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação. A posição reafirma o comunicado realizado pelo ministro Ricardo Lewandowski em coletiva de imprensa.

Lewandoski afirma que “não recebeu” pedido de suporte do governo do RJ e reforça projeto “anti-facção”
Foto: Raffa Neddermeyer / Agência Brasil

 

O Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandoski afirmou que está à disposição do governo estadual do Rio de Janeiro, comandado por Claúdio Castro (PL), para dar suporte às operações contra as facções criminosas do estado. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (28), o ministro destacou que, até o momento, não recebeu nenhum pedido de auxílio com relação à Operação Contenção, que já se tornou a mais letal da história do Rio. 

 

Segundo o último levantamento da Secretária de Segurança Pública do Rio de Janeiro (SSP-RJ), ao menos 60 pessoas morreram, sendo quatro policiais militares, e mais de 80 foram presas. “Quero prestar minha solidariedade às famílias dos policiais mortos, minha solidariedade às famílias dos inocentes que também pereceram nesta operação e me colocar à disposição das autoridades do Rio para qualquer auxílio que for necessário”, iniciou Lewandoski. 

 

“Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro enquanto ministro da justiça e da Segurança Pública para esta operação. Nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, ressaltou o ministro. 

 

LEIA TAMBÉM:

 

Perguntado sobre a possibilidade de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ato administrativo que permite ao presidente utilizar as Forças Armadas na segurança pública, o ministro Ricardo Lewandoski, destacou que a operação do GLO é cmomplexa e ainda não foi considerada. 

 

“A GLO é uma operação complexa que está prevista na Constituição Federal, no artigo 142”, diz. “[O ato] Estabelece regras bastante rígidas para que essa operação de garantia da Lei e da Ordem aconteça e um dos requisitos ou pré-condições é que os governadores reconheçam a falência dos órgãos de segurança e transfiram então as operações de segurança para o governo federal, mais especificamente para as forças armadas. Então, é um procedimento complexo e demanda uma série de condições e requisitos para que ela possa ser operada”, afirma. 

 

O ministro comentou ainda que o governo Lula “já cumpriu seu dever” de pautar a segurança pública no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/25, a PEC da Segurança Pública, mas garantiu que novas medidas, incluindo uma “Lei Anti-Facção” serão enviados aos Legislativo.

 

“O Governo Federal cumpriu com seu dever, apresentou uma solução sistemática, holística e estruturante no diz respeito à segurança pública de acordo com o federalismo cooperativo que nos vivemos”, detalhou. “Agora, preparamos um projeto de lei anti-facção, que um projeto bastante complexo, que vai alterar o Código Penal”, afirma. “É um pacote que nós vamos oferecer ao Congresso Nacional para combater as facções de forma bastante ampla, e pessoalmente tratando de descapitalizá-las”, concluiu o ex-ministro do STF.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
A nova banda da Bahia já chega prometendo muita música desafinada e instrumento atravessado. Mas, falando sobre música, imagino como as exigências do Rei não tão atravessadas pra muita gente da organização. Mas não se preocupem, que o Bonitinho já tem um plano B. E enquanto a oposição da AL-BA relembrou como faz obstrução, Éden do Paraíso desabafou em nome do bonde das canetinhas. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Reprodução / Palácio do Planalto

"Queremos redefinir o papel da Guarda Nacional. Se aprovada a PEC, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública neste país". 

 

Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que pretende criar o Ministério da Segurança Pública caso a PEC enviada pelo governo sobre o tema seja aprovada pelo Congresso. Segundo ele, a mudança faria parte de uma reestruturação do setor e da redefinição do papel da Guarda Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista vereador André Fraga na próxima segunda-feira

Projeto Prisma entrevista vereador André Fraga na próxima segunda-feira
O vereador André Fraga (PV) é o entrevistado do Projeto Prisma desta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

Mais Lidas