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Artigos

Georges Humbert
Proteção de Comunidades Tradicionais e Reforma Agrária: Ineficiência e Ineficácia do Regime Vigente no Brasil
Foto: Divulgação

Proteção de Comunidades Tradicionais e Reforma Agrária: Ineficiência e Ineficácia do Regime Vigente no Brasil

O regime atual de reforma agrária e proteção a comunidades tradicionais – abrangendo indígenas, quilombolas, assentados sem-terra, marisqueiras e pescadores – é marcado por ineficiência e ineficácia. Com base em dados oficiais do IBGE, evidências históricas e antropológicas, e comparações internacionais, prova-se que o modelo vigente, fundado em demarcações amplas com critérios questionáveis, falha em promover produtividade, bem-estar e justiça, impondo custos desproporcionais à sociedade, especialmente aos mais vulneráveis. O sistema vigente, ao negligenciar o devido processo legal, a proporcionalidade e a razoabilidade, perpetua a pobreza, o abandono de terras e a vulnerabilidade, demandando reformas urgentes inspiradas em alternativas testadas no Brasil e no exterior, alinhadas aos princípios constitucionais de eficiência administrativa (art. 37, CF/88) e função social da propriedade (art. 5º, XXIII, CF/88), já que não servem às comunidades tradicionais, como revela análise combinada de dados oficiais do IBGE, pesquisas antropológicas e comparações internacionais demonstra que o modelo vigente falha em promover bem-estar, autonomia econômica, segurança territorial e função social da terra, ao mesmo tempo em que impõe ônus desproporcionais à sociedade.

Multimídia

Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb, justifica recusa de sistema de biometria em Pituaçu

Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb, justifica recusa de sistema de biometria em Pituaçu
Durante participação no Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias, o diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, revelou que quase todas as recomendações do Ministério Público da Bahia para o Estádio de Pituaçu foram atendidas, exceto a implementação da biometria. Na conversa, o gestor justificou a falta do recurso e anunciou uma nova reunião entre as entidades para solucionar a questão.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

comando vermelho

PM fica ferido após confronto com traficantes do Comando Vermelho no Nordeste de Amaralina
Foto: Reprodução / Alô Juca

Um policial militar do 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi ferido durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes, neste domingo (16), no Nordeste de Amaralina, em Salvador. 

 

Segundo o site Alô Juca, o confronto teve início após os policiais tentarem abordar dois indivíduos em uma motocicleta. Os dois suspeitos fugiram após receberem ordem de parada e um grupo de traficantes atirou contra a viatura. 

 

 

 

Durante o ataque, que ocorreu na Rua Coréia do Norte, um dos policiais sofreu ferimentos leves provocados por estilhaços. Na fuga, os suspeitos deixaram uma moto clonada. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. 

VÍDEO: Polícia intensifica ações para conter avanço do Comando Vermelho no Recôncavo Baiano
Fotos: Reprodução / Ascom / PC-BA

Forças de segurança estaduais, incluindo as Polícias Civil e Militar, estão reforçando operações conjuntas para frear a expansão do grupo criminoso Comando Vermelho (CV) em cidades estratégicas do Recôncavo Baiano ainda nesta terça-feira (11), como nas cidades de Cachoeira, São Félix, Muritiba e Maragojipe.

 

O reforço vem em resposta a um episódio em que 15 suspeitos de integrar as facções criminosas entraram em confronto com a polícia nas cidades de São Félix, Cachoeira e Muritiba. Ainda não há detalhes precisos das ações no local, contudo, a polícia segue investigando as imediações da Ponte de Pedra do Cavalo, até que a situação esteja totalmente controlada.

 

Confira o momento da chegada do reforço policial:

 

As ações do Comando Vermelho têm se intensificado na tentativa de assumir o controle que, em parte da região, era exercido pelo grupo rival Bonde do Maluco (BDM). Relatos obtidos pelo Blog do Valente, parceiro local do Bahia Notícias, indicam que o BDM pode ter perdido o domínio da cidade de São Félix para o CV.

 

A Prefeitura de Muritiba emitiu um comunicado em suas redes sociais alertando para os moradores terem cuidado e que as atividades de saúde, educação e outras unidades básicas estão suspensas. Confira:

 

A disputa entre os grupos resultou em supostos comunicados nas redes sociais, como um suposto texto atribuído ao BDM que proibia a circulação de moradores entre Cachoeira e São Félix, aumentando o clima de medo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o trabalho de investigação policial foi intensificado na região.

 

 Imagem ilustrativa da cidade | Foto: Reprodução / Blog do Valente

 

Vale lembrar que, nas últimas semanas, a região passou por episódios de violência. A Polícia Civil investiga a semelhança entre os casos, suspeitando de atuação coordenada das facções. Um dos corpos foi encontrado na zona rural de São Félix, na manhã de domingo (2). O outro foi localizado no distrito de Nagé, em Maragojipe, no sábado (1).

 

A nova onda de expansão da facção criminosa, liderada por uma nova liderança, mira o Recôncavo, após a facção ter perdido força em Santo Antônio de Jesus, resultado de operações policiais anteriores que levaram à prisão de líderes em outros estados.

 

Na mesma tarde, forças do Batalhão de Choque (BPCh) da Polícia Militar chegaram  à cidade de São Félix, com a missão de ampliar o combate aos integrantes de facções. 

 

As forças de segurança intensificaram o combate ao crime organizado na região de São Félix. As equipes empenhadas no combate incluem: 4ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), 20ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), 85ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE) Litoral Norte.

 

 

Dez dias após “megaoperação”, CV mantém QG na serra que separa complexos do Alemão e da Penha
Foto: Reprodução / Fantástico

Os criminosos dos complexos do Alemão e da Penha, vinculados a facção do Comando Vermelho (CV) montaram um ponto de observação na Serra da Misericórdia, região de mata entre os dois complexos, com vista privilegiada para vias importantes, como a Estrada Adhemar Bebiano, e comunidades da região. O registro foi feito pela Agência O Globo nesta sexta-feira (7), que marca 10 dias desde a megaoperação contra a facção na região. 

 

Na ocasião, a Operação Contenção mobilizou 2.500 policiais nos complexos do Alemão e da Penha na tentativa de cumprir mais de 100 mandados de prisão e outros mandados de busca e apreensão na região. Foi justamente na Serra da Misericórdia em que a maioria dos mais de 120 suspeitos foram mortos na ação. 

 

A estrutura registrada pela reportagem é de madeira, coberta por telhas de alumínio, e um dos suspeitos aparece com uma roupa camuflada. O “QG” foi instalado ao lado de uma pedreira, no Engenho da Rainha, atrás da Favela da Flexal, outra comunidade dominada pelo CV. O suspeito fica num ponto isolado, acima das casas, em meio a árvores e rochas. 

 

Segundo informações da Polícia Militar, foi pela mesma área, no Engenho da Rainha, que policiais do 3º BPM (Méier) entraram no Complexo do Alemão no último dia 28, na tentativa de “encurralar” os alvos na Serra da Misericórdia, onde também seriam recebidos por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A estratégia foi definida pela polícia como “Muro do Bope”. 

 

Incursões em direção a essa área de mata também ocorreram pela Penha e pelo Alemão, contando com os batalhões de Choque, de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) e de Irajá (41º BPM), além de agentes da Polícia Civil.

 

Segundo o jornal O Globo, desde o dia da ação policial, o Disque Denúncia já recebeu 327 denúncias relacionadas às regiões do Alemão e da Penha.

Militares paraguaios são condenados por tráfico internacional de armas para facções brasileiras
Foto: Governo do Brasil

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), condenou quatro militares paraguaios por integrarem uma organização criminosa transnacional de tráfico internacional de armas e munições para o Brasil. As condenações, parte da Operação Dakovo, foram proferidas pela Justiça Federal e atingem integrantes da Dirección de Material Bélico (Dimabel), a agência paraguaia de controle de armas.

 

De acordo com o MPF, os militares utilizavam os cargos públicos para receber vantagens indevidas e facilitar a importação, o registro e a movimentação de armas e munições no Paraguai em favor de uma empresa importadora. Essa empresa, por sua vez, destinava o material bélico a compradores brasileiros ligados a facções criminosas.

 

Foram condenados uma capitã, uma tenente, um coronel e um general. As penas definitivas variam de seis anos e oito meses a sete anos e seis meses de reclusão, a serem cumpridas em regime inicial fechado. A Justiça determinou a manutenção das prisões preventivas dos condenados, que estão custodiados no Paraguai aguardando o processo de extradição. A sentença também impôs a cada réu o pagamento de 150 dias-multa e uma multa de R$ 50 mil por danos morais coletivos, valores revertidos ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

 

Embora tenha obtido a condenação, o MPF recorreu ao TRF1 pedindo o aumento das penas-base, fixadas em quatro anos para todos os réus. O órgão argumenta que as penas não foram proporcionais “à gravidade da conduta e ao alto grau de responsabilidade dos militares, que usaram cargos públicos para favorecer o esquema”. O MPF pleiteia que as penas-base sejam estabelecidas no patamar máximo de oito anos.

 

A sentença reconheceu quatro agravantes que justificaram o aumento da pena: o envolvimento de funcionários públicos, a transnacionalidade da organização, a ligação com facções criminosas e a destinação das armas ao exterior. Segundo o MPF, a atuação dos condenados representou “uma grave afronta à segurança pública brasileira, fortalecendo economicamente organizações criminosas e ampliando o poder bélico das facções”.

 

OPERAÇÃO DAKOVO
A Operação Dakovo teve início após a apreensão de fuzis de origem croata em Vitória da Conquista, na Bahia, em 2020. A investigação revelou uma rede que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, de onde eram vendidas ilegalmente para o Brasil, abastecendo facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

Operação em Salvador: Polícia prende 31 integrantes da facção criminosa Comando Vermelho
Foto: Divulgação / PC-BA

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta terça-feira (4), a Operação Freedom, com o objetivo de desarticular o núcleo armado e financeiro de uma organização criminosa oriunda do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV), que atua em território baiano. A ação é executada de forma simultânea na Bahia e no Ceará, e resultou, até o momento, na prisão de 31 pessoas e no cumprimento de 46 mandados de busca e apreensão.

 

Os mandados estão sendo cumpridos em Salvador, nos bairros da Liberdade, Uruguai, Pernambués, Narandiba e Areia Branca, nos municípios de Aratuípe e Ilhéus, e também na cidade de Eusébio, no Ceará. Ao todo, mais de 90 ordens judiciais foram expedidas e estão sendo cumpridas ao longo do dia.

 

Além das ações de prisão e busca, a Justiça determinou o bloqueio de 51 contas bancárias ligadas ao grupo investigado. Os alvos da Operação Freedom são suspeitos de envolvimento em homicídios e na expansão do tráfico de drogas em Salvador e outras cidades da Bahia. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os resultados da operação devem contribuir para a elucidação de cerca de 30 assassinatos ocorridos na capital baiana.

 

A operação conta com o apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). A Freedom tem como foco enfraquecer a estrutura criminosa, apreender armas e bens, prender lideranças e interromper o fluxo de recursos ilícitos usados para sustentar o domínio territorial e a prática de homicídios.

Fábricas clandestinas de armas abasteciam Comando Vermelho no Rio de Janeiro
Foto: TV Globo

Após a apreensão de armas de fuzis na Operação Contenção, a “megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, contra a dominação regional do Comando Vermelho (CV) na região, investigadores da Polícia Federal descobriram novas fontes de aquisição clandestina de armas pelas facções criminosas. Uma reportagem do Fantático revelou, neste domingo (2), que fábricas clandestinas em São Paulo e Minas Gerais produziam e forneciam fuzis para o CV no Rio de Janeiro. 

 

Investigadores estimam que a fábrica de Minas Gerais chegou a fornecer cerca de mil fuzis para as facções do Rio. A quadrilha também forneceu armas para facções na Bahia e no Ceará. Na fábrica de São Paulo, a Polícia Federal apreendeu cerca de 150 fuzis prontos, além de mais de 30 mil peças. O local abrigava uma linha de montagem tem capacidade para fabricar até 3.500 fuzis por ano. 

 

Segundo a PF, Rafael Xavier do Nascimento, preso em São Paulo, seria o responsável pelo transporte das armas ao menos uma vez por mês. O suspeito foi flagrado com 13 fuzis na Via Dutra enquanto fazia transporte dos armamentos para o Complexo do Alemão.

 

Armas eram produzidas em fábrica de Santa Bárbara d'Oeste (SP), que possuia um CNPJ da fábrica, era de peças aeronáuticas e uma "planta industrial profissional", diz o delegado Samuel Escobar, da Polícia Federal. A fábrica utilizava pelo menos 11 equipamentos industriais de precisão, que custavam "milhões de reais", segundo ele. 

 

A reportagem da TV Globo aponta que a propriedade é do piloto de avião Gabriel Carvalho Belchior, que, segundo mensagens a um parente, está nos Estados Unidos. Belchior enviou ao Brasil fuzis desmontados dentro de caixas de piscinas infláveis e de outras mercadorias, afirma a PF. As mercadorias foram compradas nos Estados Unidos e entregue em uma casa alugada na Flórida para ser despachado para o Brasil.

 

Receita Federal interceptou a remessa de fuzis em agosto deste ano. Após isso, o nome de Belchior entrou para a lista de procurados da Interpol. Um suspeito investigado no Rio de Janeiro, Silas Diniz Carvalho seria o responsável por revender as armas. Ele foi preso em 2023 com 47 fuzis em um apartamento na Barra da Tijuca e operava outra fábrica, em Belo Horizonte.

 

Local parecia "fábrica de móveis", mas operação era ilícita, segundo o delegado. "Parecia uma fábrica normal, comum, uma fábrica de móveis, de esquadrias, de portas, mas dentro da fábrica, no interior tinha toda a operação ilícita", disse ele, à TV Globo. 

Valmir Assunção diz ter ficado "estarrecido" com operação no Rio e pede afastamento de Cláudio Castro
Foto: Divulgação Assessoria Deputado

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu nesta sexta-feira (31) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), seja afastado do cargo pelo Poder Judiciário, enquanto durar a investigação sobre as pessoas que foram mortas na operação policial contra o Comando Vermelho. Na última terça (28), as polícias militar e civil do Rio de Janeiro realizaram a operação mais letal de combate do crime organizado, que resultou na morte de 121 pessoas.

 

Valmir Assunção disse ter ficado “estarrecido” com a operação que, segundo ele, vem sendo comemorada pela direita por ter exterminado apenas pessoas negras, pobres e periféricas.

 

“Estamos todos estarrecidos com as imagens divulgadas pela imprensa, são mais de 120 pessoas assassinadas no Complexo do Alemão e da Penha. A extrema-direita, que aplaude e chama a ação de bem-sucedida, está cada vez mais distante da humanidade e da civilidade. Mas sabe por que eles comemoram? Porque são pessoas negras, pobres e da periferia sendo exterminadas”, afirmou o deputado. 

 

Além de defender o afastamento do governador Cláudio Castro, o deputado baiano disse que é preciso que o Poder Judiciário garanta que haja uma investigação isenta sobre as mortes.

 

“Precisamos de uma investigação célere e transparente para dar uma resposta à sociedade. A chamada “guerra às drogas” não justifica uma ação tão violenta como a vista no Rio de Janeiro, promovida pelo governo estadual, que resultou na maior chacina da história do estado”, afirmou.

 

“Não podemos naturalizar nem normalizar uma chacina, uma barbárie a céu aberto dessa magnitude. Que esta ação brutal não caia no esquecimento!”, completou Valmir Assunção.

 

Na mesma linha do deputado Valmir Assunção, o PT, o PSOL e o PCdoB protocolaram nesta sexta-feira (31), em caráter de urgência, uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual pedem medidas drásticas para garantir a transparência na perícia e a liberação das vítimas no Rio de Janeiro. O documento, que relata um cenário de caos no IML e “brutal violação aos direitos humanos”, foi endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF 635 (conhecida como "ADPF das Favelas").

 

A petição dos partidos de esquerda usa os números oficiais da operação para questionar a proporcionalidade da ação, que resultou em 121 mortos (sendo 4 policiais) e 113 presos. “A polícia do Rio de Janeiro matou mais do que prendeu”, afirma o documento.

 

“Os números, por si só, demonstram o tamanho e a gravidade das violações de direitos humanos. Ao fim, a polícia do Rio de Janeiro matou mais do que prendeu. O número de corpos é maior que o número de armas apreendidas. Ou seja, para cada duas pessoas, morta ou presa, foi apreendida apenas uma arma”, diz a petição. 

Mais da metade dos brasileiros aprovam megaoperação no Rio, afirma AtlasIntel; outros 42% apontam “ganho político”
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A maioria dos brasileiros aprovou a “megaoperação” realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha. É o que apontam os dados da AtlasIntel, divulgado nesta sexta-feira (31). A pesquisa ouviu 1.089 pessoas entre os dias 29 (quarta-feira) e 30 (quinta-feira) de outubro, e o resultado aponta que 55,2% disseram ter aprovado a operação, enquanto 42,3% disseram desaprovar a ação, que já se tornou a mais letal da história brasileira, com mais de 120 mortos. Apenas 2,5% dos brasileiros entrevistados disseram não saber.

 

O levantamento, realizado por meio de recrutamento digital, possui 95% de confiança e uma margem de erro de 3% para mais ou para menos. Nas perguntas, a Atlas também questionou o nível de conhecimento dos entrevistados sobre o tema. Em resposta, 92% dos entrevistados disseram estar “bem informados” sobre a megaoperação comandada por Cláudio Castro (PL) contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, e outros 8% apenas ouviram falar. 

 

A pesquisa questionou os impactos dessa operação. Para 42,4% dos entrevistados, a operação teve um impacto positivo (16,3%) ou muito positivo (26,1%) na segurança pública no Rio de Janeiro; para 34,8% os resultados devem impactar negativamente (14,7%) ou muito negativamente (20,1%). Outros 18,8% cidadãos responderam que deve haver pouco ou nenhum impacto na segurança e 4,1% não souberam responder. 

 

Abordando os detalhes da operação, a pesquisa AtlasIntel questionou os entrevistados sobre o nível de violência empregada pelas forças policiais durante a operação. Para 52,5% o nível de violência foi adequado, 45,8% descreveram como “excessivo” e 1,6% não souberam. 

 

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Considerando as mais e 120 mortes registradas na megaoperação, os brasileiros foram questionados se a “operação reflete a melhor forma de efetivamente combater o crime organizado ou um objetivo de ganho político?”. Para 42%, a ação no Rio de Janeiro refletiu uma tentativa de ganho político, enquanto outros 39,3% acreditam que é a melhor forma de combater a criminalidade. Outros 17,6% entrevistados disseram que a ação reflete ambos os objetivos e 1,1% não souberam responder. 

 

Ainda com relação à morte de civis durante a ação, excluindo os quatro policiais mortos, o levantamento questionou como os cidadãos descreveriam o grupo. Uma maioria de 51,2% responderam que os mortos seriam melhor descritos como “criminosos”, enquanto para 36,9% os mortos seriam “ao mesmo tempo, vítimas e criminosos” e 8,4% descreveram o grupo de mortos como “vítimas”. 3,4% não souberam. 

 

REPERCUSSÕES POLÍTICAS 
Os brasileiros entrevistados também descreveram detalhes sobre as repercussões políticas da operação. Perguntados sobre se faltou articulação política entre governo estadual e federal na operação, 88% responderam que sim, sendo que 46% descreveu que faltou articulação pelo governo do estado e 42% destacaram a falta de articulação do governo federal. 6,4% dos brasileiros disseram não ter havido falta de articulação e 5,5% não souberam. 

 

Sobre o desempenho dos líderes de governo nas ações de segurança pública, o presidente Lula recebeu a pior avaliação, com 50% de desaprovação (ruim ou péssimo), frente a 35% dos governadores estaduais e 24% dos gestores municipais. O presidente da República foi aprovado por 31% (bom ou ótimo) dos brasileiros questionados e outros 19% descreveram o desempenho como “regular”. Para 28% dos entrevistados, os governadores fazem um trabalho “bom ou ótimo” na gestão de segurança pública, enquanto 36% consideram as políticas “regulares”. No âmbito municipal, 23% dos entrevistados aprovou (bom ou ótimo) a gestão dos prefeitos na segurança pública e 51% descreveram como “regular”.

Governadores querem equiparar CV e PCC ao terrorismo e projeto de Alden pode entrar nas discussões sobre o tema
Foto: Reprodução TV Globo

O grupo de governadores de seis estados que se reuniram nesta quinta-feira (30) no Rio de Janeiro, para dar apoio à operação de combate ao Comando Vermelho conduzida pelo governador Cláudio Castro, decidiu, entre outras iniciativas, pressionar o Congresso pela aprovação do projeto de lei que classifica o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital) como organizações terroristas.

 

Além de Castro, participaram do encontro na noite de ontem os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, de forma virtual, além de Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal.

 

Os governadores, que fazem oposição ao governo federal, manifestaram integral apoio ao projeto busca equiparar ao terrorismo as condutas de facções e milícias. Entre essas condutas estariam a dominação territorial e os ataques a serviços essenciais, garantindo penas mais severas.

 

Já há um projeto com regime de urgência aprovado no plenário e que adiantou a sua tramitação. Trata-se do PL 1283/2025, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), que teve o requerimento de urgência aprovado no mês de maio, e que desde então aguarda ser colocado na pauta de votação pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

O projeto altera a Lei nº 13.260 de 2016, conhecida como “Lei Antiterrorismo”, para ampliar as motivações do crime de terrorismo e especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública. A proposta também busca estender a aplicação da lei a organizações criminosas e a milícias privadas que realizem atos de terrorismo, além de estabelecer majorante para ato de terror cometido por meio de recurso cibernético.

 

Um outro projeto sobre esse mesmo tema e que vem tendo tramitação acelerada na Câmara é o PL 2428/2025, de autoria do deputado Capitão Alden (PL-BA), e que recentemente foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública. A proposição do deputado baiano, da mesma forma que a outra que teve urgência aprovada, busca equiparar ao terrorismo os crimes cometidos por facções e milícias voltados à dominação territorial, à intimidação coletiva, ao tráfico de drogas, entre outros.

 

O projeto de Capitão Alden está agora na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sendo relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Capitão Alden inclusive apresentou um requerimento para que a sua proposta possa ser apensada ao PL 1283/25, com objetivo de que possa tramitar em conjunto, já que possui um tema correlato. 

 

O texto do projeto do deputado Alden inclui na lista de atos terroristas algumas práticas típicas de poderes paralelos, como o controle coercitivo do comércio e a cobrança de “taxas de proteção”. A proposta também aumenta em até dois terços as penas previstas na Lei 13.260/16 para comandantes e líderes de facções.

 

A proposição do deputado Capitão Alden especifica as seguintes condutas equiparadas ao terrorismo por parte das organizações criminosas:

 

  • causar terror na população ou em grupos específicos mediante violência ou intimidação coletiva;
     
  • desestabilizar instituições governamentais, incluindo forças de segurança e sistemas de justiça, para assegurar a impunidade ou impedir seu funcionamento;
  • promover medo generalizado, pânico ou coação;
  • realizar ações contra a integridade territorial ou a soberania do Estado;
  • engajar-se em atividades transnacionais que ameacem a paz e a segurança internacionais;
  • estabelecer domínio territorial para a prática de crimes violentos, como planejamento e
  • execução de ataques; tráfico de drogas, armas e explosivos.
Governo prioriza PEC da Segurança e lei antifacção, mas oposição quer enquadrar CV e PCC como terroristas
Foto: Reprodução Redes Sociais

Em comunicado nas suas redes sociais, divulgado já na noite desta quarta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citar as mais de 100 mortes ocorridas com a operação contra o Comando Vermelho, relatou providências tomadas pelo seu governo para auxiliar o Rio de Janeiro no combate ao crime organizado. Lula defendeu também a aprovação da PEC da Segurança Pública pelo Congresso Nacional.

 

“Com a aprovação da PEC da Segurança Pública, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, afirmou o presidente.

 

Na mesma linha de Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta (29) que discutirá com a comissão especial que analisa a PEC da Segurança Pública uma data para que o colegiado aprecie com maior celeridade o relatório.

 

“A questão da PEC... eu vou conversar com a comissão especial para estabelecer uma data para que eles possam apreciar o texto. E a partir daí, eles apreciando, imediatamente nós vamos trazer ao plenário”, disse Hugo Motta a jornalistas.

 

A PEC da Segurança Pública foi enviada ao Congresso pelo governo federal em abril deste ano, passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e agora tramita em uma comissão criada especialmente para analisá-la. A matéria é considerada prioritária para o governo, mas enfrenta críticas de parte dos governadores e da oposição.

 

Apesar da urgência pedida por Lula e Hugo Motta, o relator da proposta, deputado Mendonça Filho (União-PE), disse nesta quarta que deve apresentar o seu parecer apenas no final de novembro. A proposta precisa ser votada na comissão especial, e caso seja aprovada, seguirá para dois turnos de votação no plenário da Câmara. 

 

“Estou construindo minhas teses desde que peguei o texto. A operação no Rio não muda nada, mas vou aprofundar aquilo que queria fazer”, disse Mendonça em conversa com jornalistas.

 

Um dos pontos defendidos pelo parlamentar é o fim da possibilidade de progressão de pena no caso de crimes hediondos e de envolvidos em facções criminosas.

 

Diante das dificuldades em torno da PEC da Segurança Pública, o Palácio do Planalto tenta acelerar o envio ao Congresso do “projeto antifacção”, que está sendo discutido pelo governo. O projeto busca endurecer as penas para organizações criminosas, com mudanças na lei como a criação da modalidade qualificada desse crime (quando houver domínio de território), além de tentar facilitar ações contra empresas usadas pelo crime organizado e regular a gravação de conversas entre criminosos e advogados dentro da prisão.

 

Do lado do centrão e da oposição, há um movimento na Câmara para que seja acelerada a votação do projeto que classifica as facções criminosas como grupos terroristas. A operação no Rio de Janeiro trouxe de volta ao debate político as cobranças para que o projeto seja votado nos próximos dias no plenário da Câmara.

 

O projeto que equipara o crime organizado ao terrorismo é de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE). No final do mês de maio foi aprovado na Câmara um requerimento de urgência para que a proposta fosse levada diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões.

 

Atualmente, grupos como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) são considerados organizações criminosas, conforme a Lei 12.850/2013. Isso significa que são vistos como grupos com estrutura hierárquica voltada à prática de crimes. A legislação atual permite interceptações telefônicas, delações premiadas e acordos de cooperação internacional.

 

O governo Lula e parte de especialistas em segurança pública são contrários ao enquadramento por entender que as organizações não têm propósitos ideológicos. Recentemente, quando apresentou o projeto antifacção, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse considerar que PCC e CV não possuem inclinação ideológica para serem classificadas como terroristas. 

 

“Grupos terroristas são aqueles que causam perturbação social, política, têm uma inclinação ideológica, o que não acontece com as organizações criminosas”, explicou Lewandowski.

 

Diferente do governo, a oposição acredita que a classificação vai contribuir para o combate ao crime ao facilitar o bloqueio de dinheiro e a cooperação internacional. Governadores como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Romeu Zema, de Minas Gerais, defendem a aprovação deste projeto. 

 

Tarcísio, por exemplo, afirmou que sua equipe “vai mergulhar” no debate. O governador pretende mobilizar aliados para levar a discussão ao Congresso Nacional, e inclusive liberou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para retornar à Câmara e relatar a proposta que já teve a urgência aprovada. 

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também usou as redes sociais também para classificar os grupos como “facções terroristas”. Para Zema, a proposta é fundamental para obrigar a União a agir de forma mais efetiva. 

 

“Bandidos que tomam ruas, que usam pessoas como escudo humano, são terroristas. Assim, vamos obrigar o Governo Federal a agir”, declarou.

 

Para Ronaldo Caiado, ações de grupos criminosos como a de planejar a morte de autoridades públicas já seria suficiente para enquadrar as facções como organizações terroristas. “O que falta para que essas facções sejam consideradas terroristas? O Brasil precisa de pessoas corajosas para enfrentar o narcotráfico”, disse Caiado.

 

Para equiparar as associações criminosas ao crime de terrorismo, seria necessário alterar a Lei nº 13.260/2016, a Lei Antiterrorismo, de 2016. Este é um dos objetivos do PL 1283/2025, do deputado Danilo Forte, que pode vir a ser votado nos próximos dias. 

 

O texto da Câmara equipara o enquadramento penal de facções ao de atos de terrorismo e prevê agravantes para condutas associadas ao domínio territorial, como o uso de armas de guerra, bloqueio de vias públicas e instalação de barricadas — práticas recorrentes em comunidades dominadas pelo tráfico ou milícias.
 

Em reunião de emergência, governo federal firma parceria com Rio de Janeiro para combate ao narcotráfico após megaoperação
Foto: Reprodução / TV Globo

O Governo Federal firmou, nesta quarta-feira (29), uma parceria técnica com o governo estadual do Rio de Janeiro para contribuir com as investigações sobre os resultados da “Operação Contenção”, que deixou mais de 130 pessoas mortas na capital fluminense, e intensificar o combate ao narcotráfico. A parceria foi firmada após uma reunião de emergência entre o governador estadual Cláudio Castro (PL) e os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança) e Rui Costa (Casa Civil). 

 

“Tivemos um diálogo importante. Se o problema é nacional, o Rio de Janeiro é um dos principais focos. Daqui saiu uma proposta concreta: a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado”, anunciou o governador Cláudio Castro.

 

Ele explica que o novo escritório será coordenado por representantes do governo do estado e do governo federal. “A ideia é que nossas ações sejam 100% integradas a partir de agora, inclusive para vencermos possíveis burocracias. Vamos integrar inteligências, respeitar as competências de cada órgão, mas pensando em derrubar barreiras para, de fato, fazer segurança pública”, destaca.

 

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a participação do governo federal será pautada no intercâmbio de profissionais especializados para fortalecer as investigações e ações de segurança pública.

 

“Colocamos à disposição do governador e das autoridades de segurança peritos criminais que podem ser mobilizados pela Força Nacional e também de outros estados. Médicos legistas, odontólogos, peritos. Também temos bancos de dados no que diz respeito a DNA, balística, tudo isso estamos colocando à disposição do governador”, afirmou.

 

O ministro da Justiça afirmou também que o governo federal vai ampliar o número de agentes da Polícia Federal e da Força Nacional no estado, como resposta à escalada da violência.

 

“Durante a crise, já aumentamos o efetivo da Polícia Federal no entorno da capital em pelo menos 50 integrantes. Em breve, enviaremos outro número equivalente. Claro que temos um número relativamente pequeno para patrulhar todo o território, mas, nesta situação de emergência, vamos ampliar. Também vamos aumentar, dentro do possível, o número de integrantes da Força Nacional”, detalha.

 

Após divergências sobre um suposto pedido de suporte do governo fluminense, o ministro da Justiça pontuou ainda que foi estabelecido o modus operandi de solicitação de suporte entre os entes: O senhor governador certamente fará um pedido para que nós, dentro das nossas possibilidades, façamos isso. Essa é a rotina: o governador solicita, nós estimamos os números disponíveis e autorizamos o deslocamento dessas forças”, completa.

Jerônimo diz monitorar possível reação do CV na Bahia após megaoperação no Rio
Foto: GOV-BA

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou sobre os resultados da “megaoperação” da Polícia do Rio de Janeiro contra a atuação do Comando Vermelho na capital fluminense. Em declaração dada nesta quarta-feira (29), o gestor estadual destacou a preparação para possíveis reações do crime organizado na Bahia.

 

“Na Bahia, nós nos preparamos para qualquer tipo de reação que pudesse acontecer aqui. O secretário Marcelo está acompanhando por minuto essa situação”, afirma. Ele afirmou ainda que o exemplo deixado pelo Rio de Janeiro, que, nesta ação, protagonizou a operação policial mais letal da história brasileira, deve pautar as revisões metodológicas das polícias em todo o país. 

 

“Outra fotografia posta é que a forma como se deve tratar temas como este. Não deve ser com a força bruta desse formato, esse modelo é possível que não sirva. Nós temos que ter a unidade entre governo federal, governo do estado, para fortalecermos as forças estaduais”, destacou.  O governador completa afirmando que, até o momento, a SSP-BA “dá conta” da demanda de gestão de segurança, sem necessitar de suporte nacional. 

 

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“Não há previsão de nenhum pedido de reforço aqui na Bahia, nós damos conta do que nós estamos fazendo. A Secretaria de Segurança Pública está preparada com a inteligência, com a Polícia civil, com a Militar, para poder evitar que qualquer tipo de ação repercuta aqui”, completa. 

 

Jerônimo comentou ainda sobre a identificação de sete suspeitos baianos entre os alvos da ação no Rio de Janeiro. 

 

“O fato de termos baianos envolvidos, isso é a mobilidade deles. Eles mandam os representantes de um canto para outro e a ordem que eu dei ao Marcelo [Werner, secretário estadual de Segurança Pública] era poder acompanhar, porque a responsabilidade é da Polícia do Rio de Janeiro, mas podemos acompanhar para ver o que nós, enquanto Estado da Bahia, podemos ajudar nessa situação, ver esses sete que estão lá colocados como baianos, que tipo de atuação eles têm aqui, para a gente também botar inteligência para poder acompanhar”, destacou o governador. 

“Megaoperação” no Rio supera Massacre do Carandiru e se torna ação mais letal do Brasil
Foto: José Luiz da Conceição / Arquivo O Globo

A Operação Contenção, realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) nesta quarta-feira (29), se tornou a ação policial com o maior número de mortes registradas no país, superando o emblemático caso do Massacre do Carandiru, em São Paulo, quando 111 presos foram mortos. Com 138 corpos encontrados, a “Contenção” superou a ação no presídio paulista em 1992. 

 

Segundo o registro do governo estadual fluminense, foram contabilizados 64 mortes, incluindo quatro policiais militares, no entanto, nesta quarta-feira (29), os moradores dos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital, encontraram mais 74 corpos em áreas de mata próximas às comunidades.

 

Segundo informações do g1, ainda não há confirmação do governo de Cláudio Castro (PL) se essas novas mortes serão incluídas no balanço oficial. Mesmo sem atualização, a operação já é a mais letal da história do estado e do século 21 no Brasil.

 

A “Megaoperação” no Rio durou mais de 12h de confronto, e segundo o governo do estado, o objetivo era cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços e conter a expansão territorial do Comando Vermelho, principal facção criminosa do estado. A ação recebeu fortes retaliações do crime organizado, que utilizou barricadas, drones e lançaram bombas para impedir o avanço das forças policiais.

 

RELEMBRE O CARANDIRU 
O Massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando a Polícia Militar (PM) de São Paulo invadiu o Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru na tentativa de conter uma rebelião interna. Ao final da ação, o Ministério Público (MP) registrou que 111 detentos foram mortos, sendo 77 deles pelos policiais e 34 por outros presos. 

 

A ação era considerada, até esta quarta-feira (29), a operação policial mais letal da história brasileira, de acordo com órgãos de direitos humanos. Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto de Natal a agentes de segurança pública condenados por crimes cometidos há mais de 30 anos, incluindo os policiais condenados na ação do presídio paulista.

 

Em 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) seguiu o cumprimento do decreto e extinguiu todas as penas dos 74 policiais militares condenados por executarem a tiros 77 presos.

Após operação com mais de 60 mortos, governo federal comunica reunião emergencial com Cláudio Castro
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo federal anunciou, na noite desta terça-feira (28), que solicitou uma reunião emergencial com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para analisar os desdobramentos da Operação Contenção, a mais letal da história do Rio, com mais de 60 mortos. O comunicado, enviado ao Palácio Guanabara por meio da Casa Civil, informou ainda que a reunião terá a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).

 

A reunião, que acontecerá no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (29), também contará com a presença do diretor-executivo da Polícia Federal, William Murad. No mesmo comunicado, o governo ainda a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber ao menos nove dos mais de 80 presos nas ações realizadas na capital fluminense. 

 

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Ambas as medidas foram definidas na tarde desta terça, após reunião coordenada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, com a participação dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia Geral da União), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), Sidônio Palmeira (Comunicação) e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos. 

 

Segundo o Palácio do Planalto, as forças policiais e militares federais reiteraram durante a reunião que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação. A posição reafirma o comunicado realizado pelo ministro Ricardo Lewandowski em coletiva de imprensa.

Operação contra o CV no Alemão e na Penha registra mais de 60 mortos e de 80 presos no RJ
Foto: Reprodução / Redes sociais

Ao menos 60 pessoas morreram e mais de 80 foram presas durante a Operação Contenção, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro (SSP-RJ), nesta terça-feira (28). A ação visa combater a atuação do Comando Vermelho (CV), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 

 

A “Contenção” teve início durante a madrugada desta terça e, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara, é a operação mais letal da história do estado. Apesar dos registros divulgados recentemente, a ação, finalizada nesta tarde, ainda possui mais relatos de baleados.

 

Em resposta à SSP, o tráfico orquestrou, no início da tarde, represálias em várias partes da cidade. Segundo informações do g1, barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.

 

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Com os bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM do estado suspendeu as atividades administrativas e mandou todo o efetivo para a rua.

 

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.

 

"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse. Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.

Justiça Federal condena quatro integrantes de esquema internacional de tráfico de armas para facções no Brasil
Foto: Divulgação / PF

A Justiça Federal da Bahia condenou mais quatro pessoas envolvidas no esquema internacional de tráfico de armas investigado na Operação Dakovo. As sentenças, proferidas pela 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia no início de junho, atingem integrantes do núcleo de vendedores baseado no Paraguai, responsável por comercializar armamentos ilegais destinados a grupos criminosos brasileiros, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

Os condenados atuavam vendendo armas da empresa paraguaia IAS-PY para intermediários que as traziam ilegalmente ao Brasil. As investigações, conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Gaeco-MPF/BA), e pela Polícia Federal (PF), revelaram que o esquema incluía a remoção de números de série dos armamentos, uso de "laranjas" para simular vendas legais e pagamento de propina a agentes paraguaios para liberar registros falsos.


As duas principais vendedoras foram condenadas a mais de 22 anos de prisão cada. Elas participaram diretamente das negociações com compradores brasileiros e da corrupção de autoridades. O responsável por intermediar o contato com agentes da Direção de Material Bélico do Paraguai recebeu 7 anos e 6 meses de prisão. Já a encarregada da comunicação online da empresa, que monitorava apreensões no Brasil e alertava o grupo sobre operações policiais, foi sentenciada a 6 anos e 9 meses. Todos os condenados terão que pagar R$ 50 mil cada, a título de reparação por danos morais coletivos, valor destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.


O MPF recorreu da decisão, solicitando que as penas pelo crime de organização criminosa sejam revisadas para "refletir melhor a periculosidade do grupo e o impacto social causado pelos crimes". O órgão pede que as penas principais dos quatro réus sejam elevadas ao máximo previsto em lei (8 anos para organização criminosa, com acréscimos por agravantes). No caso da responsável pela comunicação, o MPF argumenta que seu envolvimento com agentes públicos corrompidos deve aumentar a pena em dois terços.

 

OPERAÇÃO DAKOVO

A investigação teve início após a apreensão de fuzis croatas em Vitória da Conquista (BA), em 2020, e desvendou uma rede que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, de onde eram contrabandeadas para o Brasil. Até agora, o MPF já denunciou 28 pessoas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em maio, um dos investigados – integrante do núcleo de ocultação de recursos ilícitos – foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão.

Justiça Federal na Bahia condena quatro integrantes de esquema internacional de tráfico de armas da Operação Dakovo
Foto: Polícia Federal / Divulgação

Justiça Federal na Bahia condenou, no início de junho, mais quatro pessoas envolvidas no esquema internacional de tráfico de armas investigado na Operação Dakovo. A decisão atinge integrantes do chamado núcleo de vendedores do Paraguai, responsáveis por comercializar armamentos ilegais destinados a grupos criminosos brasileiros. Mesmo com a condenação, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão para pedir penas mais altas, devido à gravidade dos crimes cometidos e ao impacto causado na segurança pública.

 

Segundo informações do MPF, os condenados atuavam vendendo armas da empresa IAS-PY, com sede no Paraguai, para intermediários que as traziam ilegalmente ao Brasil. As investigações, conduzidas pelo órgão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Gaeco-MPF-BA), e pela Polícia Federal (PF), mostraram que os armamentos abasteciam facções como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital.   

 

Na sentença, a Justiça estipulou as seguintes penas, com base nas funções de cada condenado:

 

  • As duas principais vendedoras, que participaram diretamente das negociações com compradores brasileiros, da remoção de números de série das armas, do uso de laranjas para simular vendas legais e do pagamento de propina a agentes paraguaios para liberar registros falsos, foram condenadas a mais de 22 anos de prisão cada. Além da pena de reclusão, deverão efetuar o pagamento de multa e indenização por danos coletivos;

 

  • O responsável por fazer a ponte entre o grupo e os agentes corrompidos da Direção de Material Bélico do Paraguai recebeu pena de 7 anos e 6 meses de prisão;

 

  • A pessoa encarregada da comunicação online da empresa, do monitoramento de apreensões no Brasil e de informar os chefes do grupo sobre as operações policiais, foi condenada a 6 anos e 9 meses de prisão.

 

  • Além das prisões, os quatro condenados deverão pagar R$ 50 mil, cada um, como reparação por danos morais coletivos, valor que será destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.


O MPF apresentou recurso contra a decisão da Justiça Federal, pedindo que as penas pelo crime de organização criminosa sejam revistas, para refletir melhor a periculosidade do grupo e o impacto social causado pelos crimes. Na apelação, foi pedido que as penas principais dos quatro réus sejam elevadas para o limite máximo previsto em lei (8 anos para o crime de organização criminosa, mais acréscimos pelos agravantes).

 

No caso da encarregada da comunicação online da empresa, também seja considerada agravante por envolvimento de agentes públicos corrompidos, o que pode aumentar a pena em dois terços.



Para o MPF, os crimes foram cometidos de forma organizada, sofisticada e perigosa, com uso de documentos falsos, alteração das armas para dificultar o rastreamento e movimentação de dinheiro por meio de casas de câmbio. Três dos réus estão atualmente presos no Paraguai, aguardando extradição para o Brasil.

 

Em maio deste ano, a Justiça Federal sentenciou um dos investigados por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa transnacional, investigados pela "Operação Dakovo". O réu, que integrava o núcleo responsável por ocultar recursos ilícitos, foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 419 dias-multa

 

OPERAÇÃO DAKOVO

A Operação Dakovo teve início após a apreensão de fuzis de origem croata em Vitória da Conquista (BA), em 2020. A investigação revelou uma rede internacional que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, de onde eram vendidas ilegalmente ao Brasil. Os envolvidos atuavam com empresas de fachada, simulações de vendas e corrupção de autoridades paraguaias. No total, o MPF denunciou 28 pessoas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. 

Oruam é obrigado a tirar tinta vermelha do cabelo após dar entrada em presídio
Foto: Instagram

O cantor Oruam, de 23 anos, foi obrigado a remover a tinta vermelha do cabelo ao dar entrada na unidade prisional no Rio de Janeiro. O procedimento, que é padrão e é realizado em todos os custodiados, foi revelado na última quinta-feira (30), após a foto do artista ser divulgada.

 

Mauro Nepomuceno se entregou à polícia no dia 22 de julho. O artista teve a prisão decretada pela prática de crimes como: resistência qualificada, desacato, dano, ameaça, lesão corporal e associação ao Comando Vermelho.

 

 

Além desta situação, o artista se tornou réu por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, da Polícia Civil.

 

Por meio de nota, A defesa do rapper Oruam se pronunciou sobre a nova decisão envolvendo o artista, que se tornou réu por tentativa de homicídio contra policiais civis.

 

Por meio de nota, a equipe jurídica do artista afirmou que o caso foi uma manobra infundada e alegou que o rapper está sendo vítima de uma perseguição de caráter pessoal e uma estratégia de "criminalização midiática, sem respaldo consistente na prova".

MC Poze do Rodo sai em defesa de Oruam após prisão do rapper no Rio de Janeiro: "É perseguição"
Foto: Instagram

O funkeiro MC Poze do Rodo, amigo pessoal do rapper Oruam, saiu em defesa do artista após a prisão do cantor na última terça-feira (22).

 

O filho de Marcinho VP, um dos grandes nomes do tráfico no Rio de Janeiro, se entregou à Polícia Civil após ter sido indiciado por atacar agentes e supostamente facilitar a fuga de uma pessoa acusada de roubar carros, além de associação ao tráfico e ao Comando Vermelho.

 

"É perseguição, ou você vai falar que o moleque é bandido porque ele falou tudo aquilo num momento de ódio, raiva? Qualquer pessoa jovem, que não tem muita vivência ainda, faria isso ou alguma besteira. Isso é certo", defendeu o artista, que foi preso em maio deste ano.

 

Para Poze, a abordagem da Polícia foi uma estratégia para desestabilizar o rapper, algo que, segundo ele, não teria tido sucesso durante a prisão dele em maio

 

"Conseguiram mexer com a mente do moleque para ele falar um bando de m*rda, ligarem isso a vários bagulhos e prenderem-no. O que tentaram fazer comigo, conseguiram fazer com ele. Tentaram mexer com a minha mente milhares de vezes. Mas sou pai de cinco filhos, moleque sábio, mais cascudo. Se fosse minha época de novinho, 2019, 2018, eu ia fazer a mesma coisa, xingar. Hoje em dia, com a mente mais sábia, a gente consegue pegar a visão, recuar a avançar na hora certa."

 

Oruam chegou ao local acompanhado da mãe, do irmão e de dois advogados. Ao descer do carro na Cidade da Polícia, na zona Norte do Rio, o rapper se desculpou com o público: "Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!".

 

Na segunda-feira, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) fez uma abordagem na residência do artista, localizada no bairro do Joá, na Zona Oeste da capital fluminense.

 

Segundo Fernanda Valença, noiva do rapper Oruam, os policiais não tinham um mandato para entrar na residência. A estudante afirmou que os agentes foram violentos durante a ação e chegaram a apontar a arma para a cachorra do casal.
 

Operação da PF prende lideranças do CV de Eunápolis responsáveis por orquestrar ataques contra agentes

A Polícia Federal, por meio da Operação Conexão, cumpriu dois mandados de prisão temporária contra duas lideranças do Comando Vermelho (CV) de Eunápolis responsáveis por orquestrar ataques contra agentes. As prisões ocorreram durante a manhã desta quinta-feira (17), em Minas Gerais. Durante a abordagem, foram apreendidas duas submetralhadoras na residência dos criminosos.

 

A operação foi uma força-tarefa formada por 50 agentes divididos entre Polícia Federal (PF), Polícia Militar da Bahia (PMBA), Polícia Civil da Bahia (PCBA), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul). 

 

Segundo o MP-BA, a dupla também é responsável por coordenar homicídios e comandar redes de tráfico de entorpecentes na região do extremo sul da Bahia. 

 

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Durante a abordagem policial, foram apreendidas duas submetralhadoras. Um dos presos é acusado de ser o responsável pela logística de distribuição de drogas da organização criminosa, enquanto o outro figura como líder operacional da facção nos bairros Gusmão e Centro, na cidade de Eunápolis, além de possuir histórico de envolvimento em homicídio qualificado com morte de uma criança como vítima colateral em 2019

 

As investigações tiveram início após operação deflagrada em 30 de maio de 2025, na cidade de Eunápolis, quando foram apreendidos 1,108 kg de maconha, 528g de haxixe, balança de precisão, duas máquinas de cartão, caderno de anotações, comprovantes bancários, HD com imagens de segurança, diversos pinos de eppendorf e radiocomunicadores. 

 

Os presos na operação permanecem à disposição da Justiça e novas fases da operação não são descartadas. 

Assassinato em Nova Caraíva desencadeia confronto entre facções e assaltos a turistas
Foto: Reprodução / Radar News

Um assassinato ocorrido na manhã desta quinta-feira (10) em Nova Caraíva, no litoral do extremo sul de Porto Seguro, desencadeou um intenso confronto entre facções criminosas e gerou um clima de grande tensão na comunidade. No mesmo dia, turistas foram assaltados por criminosos armados com fuzis, aumentando a preocupação dos moradores com a falta de policiamento.

 

A vítima, cuja identidade não foi revelada, foi atingida por múltiplos disparos enquanto caminhava pela avenida principal da localidade. Segundo relatos de testemunhas ao Radar News, parceiro do Bahia Notícias, os tiros partiram de indivíduos encapuzados que estavam em dois veículos. O homem tentou fugir, mas foi perseguido e executado dentro de uma residência próxima.

 

Os alvos seriam membros da facção rival, Anjos da Morte, que disputa o controle do tráfico de drogas na região. Em seguida, o grupo rival também reagiu, intensificando o confronto. Até o momento, não há informações sobre feridos decorrentes desses embates.

 

Ainda na manhã um grupo de turistas foi assaltado por cerca de três criminosos armados com fuzis na mesma localidade. O incidente reforça as queixas de moradores e comerciantes sobre a ausência de policiamento nas ruas de Nova Caraíva. Um comerciante local expressou sua indignação com a situação, destacando a vulnerabilidade da comunidade diante da criminalidade.

MP do Espírito Santo e da Bahia desarticulam organização criminosa ligada ao Comando Vermelho
Foto: Divulgação

O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) com o apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagraram uma operação que visa desarticular organização criminosa vinculada ao Comando Vermelho, na quarta-feira (11). Os Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais dos dois MPs (Gaecos) estão cumprindo 49 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Bananal, Serra e Fundão, no Espírito Santo, e Itabuna e Camacan, na Bahia.

 

Em Itabuna, as buscas estão sendo realizadas em cela do Conjunto Penal. A ação ocorre em parceria pelo Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Execução Pena (Gaep), Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e Polícia Civil do Estado da Bahia. O foco da operação em todas as localidades é a apreensão de documentos, computadores, telefones celulares, mídias e materiais que possam contribuir com o avanço das investigações. Segundo as apurações, a organização atua no tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas no município de Rio Bananal e região. 

 

Os trabalhos começaram na tarde da terça-feira (10), com a prisão dos dois principais alvos da operação em Praia Grande, no município de Fundão (ES). Eles estavam sendo monitorados pelo serviço de inteligência do MP-ES, que constatou a possibilidade de ambos fugirem antes da deflagração da operação, nesta quarta-feira. A operação é conduzida por Promotores de Justiça e servidores do Ministério Público, Policiais Militares da Inteligência da Assessoria Militar do MPES, Diretoria de Inteligência da PMES, Força Tática e Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 12º Batalhão de Polícia Milita (BPM), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e Delegados e Oficiais da Polícia Civil.

Esposa de MC Poze do Rodo se torna alvo de operação contra lavagem de dinheiro da cúpula do CV
Foto: Instagram

A influenciadora Vivi Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, está sendo alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho (CV).

 

De acordo com informações do g1 Rio de Janeiro, o esquema investigado era operado pelo traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, que foi morto no domingo (1º). A investigação não tem relação direta com o inquérito que levou MC Poze à cadeira.

 

No caso que envolve Vivi Noronha, o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) identificou depósitos nas contas pessoal e empresarial da influenciadora oriundos de supostos laranjas de Professor.

 

Segundo o Coaf, Vivi recebeu quase R$ 1 milhão de pessoas investigadas como laranjas do Professor, dividido em duas transferências:

 

  • R$ 858 mil para a conta da empresa de Vivi;
  • R$ 40 mil para a conta pessoal.

 

“Ela [Vivi] e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos oriundos da facção Comando Vermelho, recebidos por meio de pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais da facção foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito. A posição dela na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital."

Acusados na morte do policial federal Lucas Caribé serão julgados pelo Tribunal do Júri

A Justiça Federal na Bahia decidiu que o Tribunal do Júri vai julgar dois acusados pelo envolvimento no ataque armado que resultou na morte do agente de Polícia Federal Lucas Caribé de Monteiro de Almeida, no bairro de Valéria, em Salvador (BA). O ataque ocorreu durante a Operação Fauda, realizada em setembro de 2023.

 

Na denúncia do MPF, os investigados foram acusados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra outros 19 agentes policiais e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

 

Além disso, a denúncia aponta que os réus, integrantes de uma facção criminosa atuante na Bahia, participaram de um ataque coordenado contra os agentes públicos, com o objetivo de retomar o controle territorial de uma área dominada por grupo rival. Os envolvidos estavam fortemente armados com fuzis e pistolas, e a emboscada resultou na morte de um policial e em ferimentos graves em outros membros das forças de segurança.

 

O agente da Polícia Federal Lucas Monteiro Caribe foi morto em confronto com membros de uma facção criminosa durante a deflagração da Operação Fauda no bairro de Valéria, em Salvador na manhã de 15 de setembro de 2023.

Seis membros de facção criminosa morrem em confronto com a Rondesp Leste em Terra Nova
Foto: Reprodução

Seis homens ligados ao Comando Vermelho (CV) morreram em confronto com a Rondesp Leste, nesta segunda-feira (17), no município de Terra Nova. O tiroteio ocorreu quando guarnições da corporação foram atender a uma ocorrência de violência doméstica e foram recebidas a tiros por cerca de 15 criminosos armados.

 

Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, a polícia também recebeu a informação de que os criminosos estavam no local comercializando drogas e exibindo armas.

 

Os suspeitos baleados foram socorridos para uma unidade de saúde, mas não resistiram aos ferimentos. Um policial ficou ferido no tornozelo durante a ação e também precisou de atendimento médico

 

Com o grupo, a polícia apreendeu: Uma motocicleta; seis armas de fogo, incluindo uma pistola 9mm com adaptador de rajada, uma pistola calibre .380, três revólveres e uma carabina calibre 28; drogas como maconha, cocaína e comprimidos de êxtase.

 

Além do envolvimento com o tráfico de drogas, os criminosos também teriam expulsado uma família de sua residência no domingo (16), segundo informações da polícia. A ocorrência segue sob investigação.

PCC e Comando Vermelho negociam trégua, diz relatório de inteligência; acordo já vale para seis estados
Foto: Reprodução / Youtube

Um relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revelou que as duas principais facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), estão tentando estabelecer uma trégua em âmbito nacional. 

 

Até o momento, equipes de inteligência confirmaram que o acordo, que o site Metrópoles teve acesso, já está em vigor em pelo menos seis estados: Mato Grosso, Acre, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Segundo o documento, existem indícios de que membros do alto escalão das organizações, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, e Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos principais nomes do CV, estão coordenando ações conjuntas, especialmente no que se refere ao sistema penitenciário federal.

 

Gravações de conversas entre advogados e detentos sugerem que as lideranças das facções articulam formas de flexibilizar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) que obriga um isolamento extremo a presos de alta periculosidade.

 

Além disso, mensagens atribuídas a integrantes do PCC e do CV indicam a existência de um pacto de não agressão entre os grupos. Em um dos trechos citados no relatório, uma comunicação supostamente enviada pelo PCC afirma que “mortes estão proibidas em todos os estados”. Já outra, atribuída ao Comando Vermelho, determina que “ataques contra o PCC estão proibidos desde o dia 11 deste mês”.

Kim Kataguiri quer aprovar a lei anti-Oruam, para proibir financiamento público a shows com apologia ao crime
Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados / Reprodução Redes Sociais

Na mesma linha do que foi proposto em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União-SP), o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou que pretende protocolar nos próximos dias, na Câmara, um projeto de lei apelidado de “anti-Oruam”. O projeto de Kataguiri tem como objetivo impedir o uso de recursos públicos para financiar shows de artistas que promovam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas ilícitas.

 

A iniciativa do deputado, da mesma forma que foi apresentado na cidade de São Paulo, faz referência ao rapper Oruam, do Rio de Janeiro. O músico é filho de Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho e que está preso desde 1996, para cumprir condenação de 44 anos por tráfico de drogas e participação em homicídios. 

 

Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, tem 23 anos e em 2022, chamou atenção ao se apresentar no festival Lollapalooza vestindo uma camiseta com a foto do pai e a palavra “liberdade”. O artista cresceu no Morro do Alemão, na comunidade em que seu pai construiu um império liderando o Comando Vermelho. A facção criminosa é uma das maiores do Rio de Janeiro, descrita por profissionais de segurança pública como uma das mais violentas do país.

 

“É dever do poder público assegurar que crianças e adolescentes sejam protegidos de conteúdos que promovam práticas criminosas ou que possam influenciá-los negativamente. Precisamos garantir que os eventos financiados com dinheiro público respeitem os princípios de proteção à infância e adolescência, incentivando um ambiente cultural responsável”, declarou Kataguiri.

 

O deputado Kim Kataguiri é egresso do Movimento Brasil Livre (MBL), assim como a vereadora Amanda Vettorazzo. A vereadora apresentou seu projeto na semana passada, e disse que músicas como as de Oruam "abriram as porteiras para que rappers e funkeiros começassem a produzir músicas endeusando criminosos e líderes de facções".

 

Depois da apresentação do projeto, o cantor Oruam se revoltou contra a vereadora, e postou vídeo nos stories do Instagram, chamou-a de “doente mental ” por propor a lei e usá-lo como exemplo: 

 

“Tu vai proibir é o c**. É só não falar meu nome, se não, você vai conhecer o capeta. Quando é um playboy cantando, ninguém fala nada”, disse o músico, que divulgou o perfil dela em seu Instagram e escreveu: “Tropa do 22, vamos dar fama pra ela”.

 

A mensagem postada por Oruam foi o suficiente para os seguidores dele enviarem ameaças à vereadora, incluindo falas sobre estupro e até assassinato. Alguns chamaram Amanda de “futura Marielle paulista”. 

 

A vereadora do União Brasil registrou Boletim de Ocorrência por conta das ameaças que vem sofrendo. A Câmara Municipal de São Paulo ofereceu segurança à vereadora, que agora andará escoltada 24h por dia por guardas municipais. 

 

Segundo disse Kim Kataguiri em vídeo postado nas suas redes, o projeto que será protocolado na Câmara conterá a previsão de que apresentações artísticas que desrespeitem a regra estarão sujeitas à rescisão contratual imediata e à aplicação de multas, que poderão ser destinadas a programas de educação infantil e adolescente. O projeto também prevê a criação de um mecanismo de denúncia, permitindo que cidadãos e órgãos públicos relatem infrações, com fiscalização a cargo de auditorias da Administração Pública e do Ministério Público.

 

“Vou apresentar esse projeto em nível nacional e deixo aqui o recado para o Oruam: não tenho medo de vagabundo. Não tenho medo de criminoso. Eu comecei a minha vida de militante político com 17 anos de idade enfrentando a quadrilha petista, com o governo colocando o Ministério da Justiça para revirar a minha vida. Com o governo colocando o Coaf para analisar as minhas movimentações financeiras. Então não tenho medo de criminoso. Nós vamos apresentar o nosso projeto e você pode mandar os seus acólitos nos atacarem o quanto você quiser”, disse Kataguiri em mensagem direta ao cantor Oruam. 

 

Recentemente, o música carioca se envolveu em outra polêmica após ter sido confirmado como atração de um bloco no Carnaval de Salvador. O rapper se revoltou em suas redes sociais com notícias que o associaram a seu pai, Marcinho VP. Em publicações no Instagram na semana passada, Oruam atacou jornais baianos e chegou a afirmar que tem "nojo da mídia".

 

"Eu tenho nojo da mídia. Invés de falar coisa boa da gente ela quer falar de meu pai. Falar de meu pai vende. Falar da minha vida dá mídia, curtidas e comentários. Vocês podem falar, mas várias coisas que vocês poderiam falar não falam", disse Oruam.

 

Nesta terça-feira (28), a mãe do cantor, Marcia Gama, fez postagem em seus stories no Instagram citando a iniciativa do deputado Kim Kataguiri. A mãe do artista disse: "Que obsessão é essa com meu filho gente? O garoto trilhou um caminho totalmente diferente para ele. Tão grande foi a minha luta para criá-los, Fiz dois papéis sozinha, E juro que tentei mudar a história deles, ainda falta muito, mas estamos tentando. Sei que essa luta, só em Deus seremos capazes de vencer! E logo agora que o garoto conseguiu o espaço dele, vem vocês achando que vão mudar o mundo fazendo isso. Não, só vão gerar mais revolta em um jovem que passou a vida toda órfão de um pai vivo, ele não escolheu o pai que tem!".

 

Em suas redes, Oruam reproduziu o comentário de sua mãe, e comentou abaixo da postagem: "Mãe, não se preocupa comigo. Você não precisa me defender. Deixa que eu me resolvo com eles". 

Operação prende 11 membros de facção que atua em bairros de Lauro de Freitas
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Uma operação da Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão, e 39 de busca e apreensão, contra membros de uma facção criminosa [Comando Vermelho] com atuação em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). As ações fazem parte da segunda fase da Operação Cerberus. O grupo atua nas localidades de Portão, Areia Branca e Capelão, em Lauro de Freitas.

 

 

Além disso, a Justiça autorizou o bloqueio de R$14 milhões em bens e contas bancárias de 28 investigados. Segundo a Polícia Civil, as investigações detalharam os papeis de duas lideranças da organização, que estão foragidas; e identificaram um terceiro líder, preso em Cuiabá, em Mato Grosso (MT).

 

Foto: Divulgação / Polícia Civil

 

A Operação Cerberus integra a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), que atua em nível nacional no combate a organizações criminosas e redes de crime organizado.

Integrantes de facção suspeitos de abandonar corpos na RMS são mortos após confronto com a PM
Foto: Alberto Maraux / SSP

Um grupo de integrantes do Comando Vermelho que era suspeito de abandoar corpos nas cidades de Camaçari e Simões Filho foi localizado na tarde desta quarta-feira (16), por guarnições da Polícia Militar. Cinco suspeitos acabaram mortos após confronto com a PM, eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.

 

De acordo com a PM, guarnições da 10ª CIPM e da Rondesp realizavam patrulhamento, após denúncias anônimas, na localidade de Santo Antônio.

 

A polícia informou que homens armados foram visualizados e na tentativa de prisão houve confronto. Cinco suspeitos acabaram feridos, chegaram a ser socorridos para o hospital Ouro Negro, mas não resistiram.

 

Com eles foram apreendidos armas, carregadores, munições e drogas.

UNEB suspende atividades depois de confronto entre policiais e facção criminosa no Cabula
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Universidade Estadual da Bahia (UNEB) suspendeu as atividades do campus do cabula, nesta quinta-feira (3), após o clima de insegurança que se instalou no bairro.

 

Na noite de quarta-feira (2), houve um enfrentamento com troca de de tiros entre policiais militares e membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), no bairro do Cabula, e nas localidades do Buracão, Estrada de Barro e Tancredo Neves. Durante o episódio, um suposto criminoso se escondeu na instituição de ensino antes de vir a óbito.

 

Em nota, a Uneb informou que todas as atividades acadêmicas e administrativas foram suspensas até às 12h desta quinta (3).

 

Confira nota:

 

"A Reitoria da UNEB, em diálogo com as direções dos departamentos do Campus I, no bairro do Cabula, em Salvador, comunica que as atividades acadêmicas e administrativas da unidade estarão suspensas na manhã desta quinta-feira (3) devido ao cenário de insegurança que se estabeleceu na região, no início da noite desta quarta-feira (2).

 

A Gestão Universitária já acionou as forças de segurança pública para apuração dos fatos recentes, demandando medidas que garantam a segurança e o bem-estar da comunidade universitária e do entorno."

Jornalista recebe carta com alerta sobre plano de assassinato: “Comando Vermelho vai te matar”
Foto: Reprodução / Youtube

A jornalista e empresária Danielle Afif, de 49 anos, disse ter recebido uma carta segundo a qual o Comando Vermelho vai matá-la junto aos filhos. Danielle é editora e colunista do jornal A Cidade, de Angra dos Reis (RJ). 


Ela afirmou que a carta escrita à mão foi entregue pelos Correios no escritório dela, na última sexta-feira (19). O manuscrito informa: “A pedido do (nome censurado) e do pai dele chamado (nome censurado), o Comando Vermelho vai te matar. Estão te monitorando”. As informações são da coluna Grande Angular do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.


Segundo a correspondência, houve uma reunião entre um traficante e um morador do Morro da Caixa D’Água para tratar da suposta trama assassina. A carta também cita envolvimento de uma servidora pública. O manuscrito afirma que a encomenda da morte da jornalista e da família custou R$ 50 mil.

 

Danielle registrou boletim de ocorrência na 166ª Delegacia de Polícia, em Angra dos Reis, na última terça-feira (23). No depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, ela disse que foi ameaçada em razão das denúncias que faz como jornalista.


Em outros trechos, o autor da carta pede ajuda e diz que somente a profissional tem tido “coragem” de denunciar crimes na região.

 

 

 


A coluna acionou a Polícia Civil do Rio de Janeiro e aguarda retorno. Danielle disse à coluna Grande Angular que se tornou uma “prisioneira” e contratou segurança 24 horas.


“Sou nascida em Angra. Minha empresa tem 26 anos na cidade e nunca imaginei que por causa das minhas críticas à atual gestão minha vida fosse negociada entre políticos e traficantes. Lamentável que a política municipal esteja tão atrelada ao mundo do crime. Por causa disso, fui obrigada a contratar escolta 24h e me tornei uma prisioneira desse sistema sujo”, afirmou.

Traficante que se passava por empresário lavava dinheiro para o Comando Vermelho em Salvador
Foto: Reprodução

Preso durante ação realizada pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado sediadas em Salvador (FICCO/BA) e em Ilhéus (FICCO/ILS), realizada na quinta-feira (9) no bairro de Praia do Flamengo, o empresário Tiago Di Natale Guimarães Ribeiro é investigado por ser um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho, na capital baiana. 


A informação foi publicada pelo Informe Baiano e confirmada pelo Bahia Notícias. De acordo com a Polícia Federal, Tiago levava uma vida acima de qualquer suspeita e era proprietário de empreendimentos do ramo alimentício nos bairros de Itapuã, Stella Maris e Dois de Julho. 


Ele possuía um mandado de prisão definitiva em aberto pela prática do crime de tráfico de drogas, expedido pela 2ª Vara de Execuções Penais – Salvador, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. O suspeito foi encaminhado à Polinter da Polícia Civil da Bahia para os procedimentos de polícia judiciária, o preso será posteriormente transferido para o sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da justiça. 


A ação foi realizada pelas as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado sediadas em Salvador (FICCO/BA) e em Ilhéus (FICCO/ILS). A operação, deflagrada, contou também com a participação do Batalhão de Patrulhamento Tático Móvel da Polícia Militar da Bahia (BPATAMO). As FICCO/BA e FICCO/ILS são compostas pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e têm por objetivo precípuo enfrentar o crime organizado.

Tiroteio assusta moradores do Subúrbio Ferroviário; ação é atribuída ao Comando Vermelho
Foto: Reprodução/ Alô Juca

Um tiroteio no início da noite desta quarta-feira (10) assustou moradores do Subúrbio Ferroviário. De acordo com o site Alô Juca, mais de 30 homens saíram da localidade conhecida como Bambu, no Rio Sena, e invadiram a baixada de Mirantes. Ainda de acordo com o site, os homens responsáveis pela investida seriam traficantes do Comando Vermelho. 

 

De acordo com o major João Daniel, comandante da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), viaturas seguiram para o local. A Rondesp também foi acionada para fortalecer o policiamento na região e localizar os criminosos, que estão fortemente armados. Ainda não há informações de feridos. 


 

Confira o vídeo: 

 

Polícia Federal realiza megaoperação contra facção Comando Vermelho nesta terça-feira
Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira (19) uma megaoperação contra integrantes da facção Comando Vermelho (CV). A PF cumpre 18 mandados de busca e apreensão e 17 de prisão temporária contra os membros do grupo criminoso. 

 

Segundo o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, esses investigados estariam envolvidos em tráfico interestadual de drogas e comércio ilegal de armas de fogo. A ação desta terça conta com 150 policiais. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Vitória (ES), Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).

 

A investigação se iniciou em julho do ano passado, com a prisão em flagrante de um homem de 30 anos. O criminoso foi surpreendido durante fiscalização da Polícia Federal ao desembarcar de um ônibus que saiu do Rio de Janeiro.

 

O suspeito transportava dois tabletes de maconha, 20 tabletes de pasta base de cocaína, uma pistola calibre .380, um carregador de pistola calibre .40 e 57 munições calibre .40.

 

Com o seguimento das apurações, a PF descobriu a existência de uma rede criminosa voltada para o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo atuando nos estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de Minas Gerais. 

Inteligência da PF monitora racha no PCC e possível aliança com Comando Vermelho
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Um possível alinhamento entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) vem sendo investigado por setores de inteligência da Polícia Federal (PF). Os agentes vêm monitorando o racha no PCC e a suposta aliança com a facção que nasceu nos presídios de São Paulo.

 

Conforme informações obtidas pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, investigadores trabalham com o cenário no qual o grupo liderado pelos traficantes Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, possa receber apoio do Comando Vermelho na disputa contra o chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

 

Porém, as chances de uma aliança no estado de São Paulo são descartadas. Do outro lado, como tem acompanhado a PF, poderá acontecer um alinhamento entre as facções nos presídios estaduais e penitenciárias federais, e em outros estados onde o Comando Vermelho e o PCC coexistem.

 

Investigadores apontam que Tiriça mostra alinhamento com a forma como o Comando Vermelho age no crime, de forma ostensiva e violenta.

DPU recomenda que policiais usem câmeras corporais em buscas dos fugitivos de Mossoró
Foto: SNPP / Divulgação

A Defensoria Pública da União (DPU) enviou dois ofícios na terça-feira (20) ao juiz corregedor e ao diretor da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, recomendando o uso de câmeras corporais por todos os agentes policiais envolvidos nas buscas pelos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró. A DPU também pediu a realização imediata de exame de corpo de delito e audiência de custódia após a captura.

 

A DPU ainda sugeriu o uso das câmeras corporais no transporte dos custodiados de volta à Penitenciária Federal e em eventual trajeto para realização do exame de corpo de delito e da audiência, caso não sejam realizados esses procedimentos nas instalações da própria unidade prisional.

 

"Tais providências se fazem necessárias para que sejam assegurados aos presos o respeito à integridade física e moral, além do efetivo exercício da ampla defesa e do devido processo legal e do fundamento principal da nossa República Federativa, que é a dignidade da pessoa humana", destacam, no ofício, a defensora pública-chefe da unidade da DPU em Mossoró, Rogena Ximenes, e a secretária de atuação no Sistema Prisional (SASP) da DPU, Letícia Torrano.

 

Ximenes explica que o Estado é responsável por garantir os direitos fundamentais daqueles que estão foragidos.

 

“Apesar de já terem sentenças definidas para cumprirem, a audiência de custódia tem o papel de verificar se houve maus tratos, tortura ou qualquer dano à integridade física e mental, além de certificar a regularidade da captura. Independentemente da repercussão criminal, o Estado deve proteger a vida dessas pessoas, mantendo a dignidade humana como princípio primordial”, destacou.

 

Ela também pontua que os pedidos da DPU, em conformidade com a Lei Complementar nº 80 de 1994 e com a Constituição Federal, refletem o compromisso com o Estado Democrático de Direito, o que quer dizer que, além da participação democrática eleitoral, todos os cidadãos tem a real proteção e garantia efetiva dos direitos fundamentais e instituições que garantam o exercício dos direitos básicos, tais como integridade física, vida, saúde, entre outros.

 

“Embora a pessoa presa fique privada de sua liberdade, não perde os demais direitos; e as instituições, sobretudo as que custodiam a liberdade, como as Penitenciárias e as Forças Policiais, são obrigadas a respeitar a Constituição, que garante tais direitos, podendo ser responsabilizados os entes e agentes públicos em caso de omissão ou atuação irregular”, conclui.

PF monitora se presos que fugiram de Mossoró buscarão abrigo no RJ
Os foragidos, Deibson e Rogério. Foto: Reprodução

A Polícia Federal está monitorando se os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró irão pedir abrigo para o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. O estado é considerado um bunker de asilo para traficantes da facção que estão foragidos de seus estados.
 

Em 2023, as forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram uma megaoperação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), contra traficantes do Comando Vermelho do Pará que estavam escondidos no estado. As informações são da coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.


Dois anos antes, em 2021, criminosos do Acre, também do CV, foram alvo de operação do Batalhão de Operações Especiais e da Polícia Federal no Complexo da Maré. Um dos traficantes estava escondido no Rio de Janeiro desde 2017.


Além da Polícia Federal, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro monitora a situação. O ponto principal de atenção é a Rocinha, considerada hoje um ponto estratégico para abrigar traficantes do Comando Vermelho.


Apesar da atenção especial no Rio de Janeiro, todos as unidades federativas do Brasil estão em estado de alerta para localizar Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça. Os dois são os primeiros criminosos que conseguiram escapar de um presídio federal.


Antes de serem transferidos ao presídio de Mossoró, em setembro de 2023, Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre.


A decisão de enviar ambos e mais 12 presos ao sistema de cadeias federais foi tomada pelo governo do Acre após rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco detentos mortos, em julho de 2023. Ligados ao Comando Vermelho, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estiveram “diretamente envolvidos” com a rebelião, segundo o governo local.

Exército e PC-RJ negociaram com traficantes devolução de armas roubadas
Foto: Polícia Civil do Rio

O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) negociaram com um integrante do Comando Vermelho a devolução das 21 armas roubadas da base do Exército em Barueri (SP) em setembro deste ano. A negociação foi detalhada pelo inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, no dia 7 de novembro, em um depoimento a que a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, teve acesso.


Fernandes depôs como testemunha da apreensão das armas e contou que as tratativas ocorreram com um “colaborador” do Comando Vermelho, que não foi identificado no depoimento, e com um traficante de armas.


O inspetor disse que, alinhado com o Exército, usou uma tática de contrainformação e forneceu ao “colaborador” do Comando Vermelho informações sobre uma operação que aconteceria na Cidade de Deus, favela na zona oeste do Rio, onde estavam as armas. Em troca, as metralhadoras seriam devolvidas.


No dia 19 de outubro, a Polícia Civil anunciou ter “encontrado” oito das 21 armas que haviam sido roubadas do Exército. Na ocasião, ninguém foi preso. O resgate ocorreu no primeiro dia da gestão do delegado Marcus Amin à frente da Secretaria de Polícia Civil.

    
Em seu depoimento, o inspetor Christiano Gaspar Fernandes continua, então, o relato sobre a recuperação das armas. Fernandes conta que o Exército e a Polícia Civil chegaram ao traficante de armas “Jesser”, conhecido como “Capixaba”, que passou a colaborar com a devolução das armas em tratativas com os militares e agentes.


No dia 2 de novembro, segundo o depoimento, foram “encontradas” outras duas metralhadoras e, mais uma vez, nenhum criminoso foi preso. Na ocasião, os policiais disseram que estavam monitorando o carro e seguindo o condutor — o que, de acordo com o relato de Fernandes, não procede.


No total, 19 armas do arsenal roubado foram encontradas: oito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e nove pela Polícia Civil de São Paulo.


Procurada pela coluna, a Polícia Civil não quis se pronunciar sobre o caso. O espaço continua aberto para manifestações.

 

O Exército negou que tenha participado das tratativas e alegou que as “ações tomadas são sempre pautadas pelo princípio da legalidade”.

PF estaria investigando ameaças do Comando Vermelho à vida do comandante da Aeronáutica, diz Revista Veja
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Reportagem da revista Veja que chega às bancas nesta sexta-feira (8) revela que a Polícia Federal está investigando em sigilo uma suposta ameaça do grupo criminoso Comando Vermelho à vida do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno. De acordo com a revista, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido informado a respeito das ameaças, que teria classificado como ousadas e absurdas. 

 

A Veja relata que a ameaça teria sido recebida pelo brigadeiro Damasceno no dia 28 de outubro, quando chegou em sua casa um envelope pardo, postado em agência dos Correios no Rio de Janeiro. Dentro do envelope havia um manuscrito em letra de fôrma, no qual o autor insinua ter conhecimento sobre a rotina do brigadeiro, dos familiares dele, faz uma exigência e o adverte sobre o que aconteceria caso ela não fosse atendida.

 

Segundo a reportagem da revista Veja, a exigência feita ao comandante era a de que a Força Aérea deveria entregar 200 fuzis, cinquenta metralhadoras, cinquenta pistolas, cinquenta granadas e “farta” munição. O manuscrito dizia ainda que, se até o dia 11 de novembro as armas não fossem entregues, haveria uma retaliação violenta contra o comandante Damasceno e seus familiares. 

 

De acordo com as instruções passadas ao comandante da Aeronáutica, o material pedido deveria ser embarcado em um caminhão e levado até uma rua da Cidade de Deus, uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro. No final da carta, são assinaladas as iniciais C.V., referência à facção criminosa Comando Vermelho. Além da Polícia Federal, a ameaça está sendo investigada também pelo Centro de Inteligência da Aeronáutica.

 

“A exigência feita pelos supostos criminosos era tão absurda que a primeira reação do comandante foi imaginar que estava sendo vítima de um trote, uma brincadeira de mau gosto. Ao analisar a carta, no entanto, alguns detalhes chamaram a atenção dos policiais, que recomendaram uma apuração mais profunda. Os peritos não encontraram impressões digitais nem qualquer vestígio de material genético, o que indicava que o autor se preocupou em não deixar pistas que permitissem sua identificação. Outro detalhe que chamou atenção: o manuscrito enviado ao brigadeiro era uma fotocópia, o que também indica que o autor tem um nível no mínimo razoável de conhecimento”, afirma a reportagem da revista.

 

A matéria, assinada por Marcela Mattos, repórter na sucursal de VEJA em Brasília desde 2013, afirma que peritos consultados pela revista explicaram que a polícia pode elucidar casos assim a partir do exame da tinta da caneta utilizada ou da pressão exercida sobre o papel. A cópia inviabiliza a utilização dessas técnicas. Esses cuidados sugerem que o autor pode não ser quem se apresenta, o que justificou uma elevação do nível do alerta de segurança. 

 

“O presidente Lula foi informado da ameaça pelo próprio comandante, classificou-a como absurda e se disse impressionado com a ousadia. Os ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Flávio Dino, também foram comunicados. Dino designou um delegado da Polícia Federal exclusivamente para cuidar do caso. Um dos primeiros passos nesse tipo de investigação é avaliar a credibilidade da ameaça e, caso seja detectado que existe um risco real à integridade da autoridade ameaçada, coloca-se em prática imediatamente uma série de medidas de segurança”, diz a Veja. 

 

A matéria afirma ainda que as ameaças justificaram o reforço no esquema de segurança do comandante Marcelo Damasceno e de seus familiares. O passo seguinte agora é a busca pelo autor. A Polícia Federal estaria rastreando imagens de câmeras de segurança de pontos próximos da agência dos Correios onde a carta foi postada, no Rio de Janeiro. 
 

Mulher de chefe do Comando Vermelho visita Ministério da Justiça
Luciane, a 4ª da esq. para a dir. Foto: Reprodução / Instagram

Luciane Barbosa Farias, mulher de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, liderança do Comando Vermelho no Amazonas, visitou o Ministério da Justiça e Segurança Pública ao menos duas vezes em 2023. Os encontros foram revelados pelo Estadão.

 

Conhecida como “Dama do Tráfico Amazonense”, Luciene foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa e responde em liberdade. Tio Patinhas cumpre sentença de 31 anos de prisão.

 

Em um período de três meses, Luciene se encontrou com dois diretores e dois secretários do MJ. Em nota, a assessoria do ministro Flávio Dino afirmou que ela integrava uma comitiva de pessoas e esteve no prédio sem que fosse identificada.


“A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes”, disse a pasta. 


A falta de informações sobre a “Dama de Tráfico” contraria protocolos de segurança em agendas públicas do órgão.

 

Luciene é casada com Tio Patinhas desde 2012. O traficante ficou conhecido pela violência e crueldade com rivais e devedores. Segundo o Ministério Público do Amazonas, Luciene atuava na parte financeira das atividades do marido.

Moradores do Lobato, Regaste e São Rafael relatam troca de tiros nesta quarta
Foto: Agência Brasil

Moradores dos bairros Prainha do Lobato, Resgate e São Rafael relataram ter escutado troca de tiros, no final da tarde desta quarta-feira (6).


Com a onda de ocorrências nas últimas semanas, as suspeitas é que o possível confronto tenha sido realizado pelas facções Comando Vermelho e Bonde do Maluco.

 

No resgate, há informações de que os tiros teriam ocorrido durante um assalto em um banco da região, mas até o momento a Polícia Militar não confirmou o caso.

 

Ainda não há informações sobre a quantidade de feridos.

 

Ao Bahia Notícias, a PM informou que até o momento não há "registros de acionamento da unidade para fato semelhante na data e local informados".

Homens armados invadem o Calabar e causam pânico nos moradores
Foto: Reprodução / TV Bahia

Um grupo com cerca de 40 homens fortemente armados invadiram o bairro do Calabar no domingo (3). A ação dos criminosos aconteceu em plena luz do dia, o que impressionou ainda mais os moradores da região. 

 

Vários registros foram feitos nas redes sociais. As postagens informavam que os responsáveis pelo ataque são membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV) que busca o domínio do tráfico de drogas na região. 

 

Na manhã desta segunda-feira (4) o policiamento foi reforçado na região. Relatos indicam que houve confronto durante a madrugada e por precaução, comerciantes do bairro não abriram seus empreendimentos neste início de semana. 

 

Moradores também relataram que a invasão teria sido anunciada pelos criminosos nas redes sociais, mas que ainda assim, não houve nenhuma ação policial para impedir a ofensiva. 

 

Procurada a Polícia Militar não respondeu aos questionamentos da reportagem. O posicionamento da corporação será incluída na nota assim que for enviada.

 

Comando Vermelho leva golpe e pede cabeça de operadores de bitcoin
Gustavo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”. Foto: Reprodução

A facção carioca Comando Vermelho (CV) está à procura de Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, principal executivo da plataforma financeira Bybot.

 

A operadora é acusada de aplicar golpes que causaram prejuízos milionários em investidores, incluindo membros do grupo criminoso. Além dele, dois integrantes da empresa são procurados pelo CV, que teria investido na compra de moedas virtuais com a intenção de lavar dinheiro do tráfico de drogas. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Imagens de dois operadores da Bybot que lidaram diretamente com a carteira de clientes enquanto a plataforma não havia sido desativada passaram a circular em grupos de WhatsApp. Nelas, o suposto recado do CV é que serão pagos R$ 15 mil por qualquer informação que leve ao paradeiro dos dois traders. Em um dos avisos, a facção ressalta que não é para matar o funcionário da empresa. “Não matem.”

 

Cada vez mais, grandes organizações criminosas usam o universo das moedas digitais para lavar dinheiro faturado com o tráfico de drogas. A quantidade de criptomoedas movimentada em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% na comparação entre 2022 e 2021, atingindo um total de US$ 23,8 bilhões. Os dados foram divulgados, no início deste ano, pela Chainalysis, uma empresa de análise de dados do mercado cripto.

 

O GOLPE

Um tombo gigantesco que se aproxima dos R$ 70 milhões deixou em polvorosa o mercado financeiro de moedas virtuais. Os gestores da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa simplesmente desapareceram. E juntamente com ele todo o dinheiro dos clientes. Muitas ocorrências policiais foram registradas em São Paulo, mas há vítimas em vários outros estados, além do Distrito Federal.

 

O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de o “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido do país em direção à Ásia.

 

Gustavo Diniz viajava o mundo colhendo frutos do sucesso financeiro proporcionado pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o trader se afastou da família — que leva uma vida simples no interior paulista — para viver uma rotina de ostentação. Antes de apagar suas redes sociais, o gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, em estações de esqui ou curtindo praias paradisíacas.

Dois suspeitos morrem após confronto com a polícia na Federação, em Salvador
Arma apreendida na ação policial. Foto: Divulgação / SSP-BA

Um intenso tiroteio entre suspeitos e a Polícia Militar assustou os moradores do bairro da Federação, em Salvador, na noite de terça-feira (18). Dois homens morreram na ação.

 

De acordo com a PM, guarnições da Rondesp Atlântico foram informadas de disparos de arma de fogo na Rua Baixa do Gantois, e ao chegarem no local, encontraram um grupo de homens armados que efetuaram disparos contra os militares.

 

Ainda segundo a corporação, houve revide e, após a troca de tiros, um suspeito foi encontrado ferido, sendo socorrido para o HGE, onde não resistiu aos ferimentos.

 

Já a Polícia Civil comunicou que duas pessoas foram mortas durante o confronto. A PC informou que foram registradas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa as mortes por intervenção policial de Eduardo David Santos de Jesus, de 24 anos, e de um homem sem identificação formal.

 

A 1ª Delegacia de Homicídios apura o caso.

 

ONDA DE VIOLÊNCIA

A região onde aconteceu o tiroteio passa por uma onda de violência nos últimos dias. Uma guerra entre o Comando Vermelho, que lidera o tráfico de drogas no bairro do Engenho Velho da Federação e o Bonde do Maluco (BDM), que domina o Calabar, deixa os moradores no meio do fogo cruzado entre as facções criminosas.

 

Na semana passada, a jovem Camila Silva dos Santos, de 23 anos, foi morta, vítima de bala perdida na Avenida Garibaldi.  Ela voltava pra casa quando foi atingida durante uma troca de tiros entre grupos criminosos. Um suspeito de envolvimento com o crime foi morto em confronto com forças policiais.

 

Na segunda-feira (17), o jovem Caique Barreto dos Santos, de 16 anos foi morto a tiros na rua Souza Uzel, na Federação. Segundo informações iniciais, o adolescente jogava bola no momento do crime.

Suposto alerta do Comando Vermelho que proíbe “brincadeira” sobre chacinas viraliza nas redes sociais
Foto: Reprodução Redes Sociais

Uma mensagem supostamente vinda de integrantes do Comando Vermelho que proíbe piadas sobre chacinas em escolas viralizou nas redes sociais. No comunicado, o grupo criminoso teria proibido brincadeiras sobre o assunto e ameaçado quem desobedecer ao alerta.

 

“Coe menorzada (sic) que ta brincando aí com essas parada de entrar em escola para querer fazer chacina mano. Pprt [papo reto] quem eu ver no status ou no Facebook eu vou pegar em casa, mano. Tem brincadeira certa não. Pai e mãe tenha acesso ao celular dos filhos de vocês pra depois não falar que nós (sic) é ruim !!!! Papo tá dado”, diz a publicação.

 

O “aviso” surge em meio a uma tensão de pais e responsáveis de alunos, uma vez que, recentemente, o país testemunhou dois ataques a escolas que deixaram mortos e feridos, sendo um deles a uma creche em Blumenau, que vitimou quatro crianças.

 

Na Bahia, a Polícia Civil aprendeu, na terça-feira (11), sete adolescentes que divulgaram ameaças contra escolas do estado nesta semana. As apreensões aconteceram nos municípios de Salvador, Vitória da Conquista, Itarantim, Ituberá, Maiquinique e Paratinga.

 

Com informações do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Na eleição do TJ, Roto mostrou a força que um showmício pode ter. Pior que ainda sobrou pro Galego a fama de ter ajudado o novo presidente. E na Bahia tem os políticos que se recusam a aceitar que a idade chegou, enquanto outros já passaram da fase da negação. E tivemos mais um exemplo de alianças que envelheceram igual a leite fora da geladeira. Saiba mais!

Pérolas do Dia

João Roma

João Roma
Foto: Bahia Notícias

"Esse debate de fato tem ficado mais acalorado, naturalmente, com os últimos episódios que foi a condenação do Supremo Tribunal Federal e a efeito de prisão, isso amplia essa temperatura aqui em Brasília. São muitas reuniões, movimentações". 

 

Disse João Roma, presidente estadual do Partido Liberal (PL) ao confirmar um intenso clima de pressão em Brasília para que a proposta de Anistia seja votada antes do recesso parlamentar.

Podcast

Projeto Prisma entrevista radialista Mário Kertész nesta segunda-feira

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O radialista e comunicador Mário Kertész é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (28). O programa é exibido ao vivo no YouTube do Bahia Notícias a partir das 15h, com apresentação de Fernando Duarte.

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