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A Justiça Federal da Bahia condenou mais quatro pessoas envolvidas no esquema internacional de tráfico de armas investigado na Operação Dakovo. As sentenças, proferidas pela 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia no início de junho, atingem integrantes do núcleo de vendedores baseado no Paraguai, responsável por comercializar armamentos ilegais destinados a grupos criminosos brasileiros, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os condenados atuavam vendendo armas da empresa paraguaia IAS-PY para intermediários que as traziam ilegalmente ao Brasil. As investigações, conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Gaeco-MPF/BA), e pela Polícia Federal (PF), revelaram que o esquema incluía a remoção de números de série dos armamentos, uso de "laranjas" para simular vendas legais e pagamento de propina a agentes paraguaios para liberar registros falsos.
As duas principais vendedoras foram condenadas a mais de 22 anos de prisão cada. Elas participaram diretamente das negociações com compradores brasileiros e da corrupção de autoridades. O responsável por intermediar o contato com agentes da Direção de Material Bélico do Paraguai recebeu 7 anos e 6 meses de prisão. Já a encarregada da comunicação online da empresa, que monitorava apreensões no Brasil e alertava o grupo sobre operações policiais, foi sentenciada a 6 anos e 9 meses. Todos os condenados terão que pagar R$ 50 mil cada, a título de reparação por danos morais coletivos, valor destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
O MPF recorreu da decisão, solicitando que as penas pelo crime de organização criminosa sejam revisadas para "refletir melhor a periculosidade do grupo e o impacto social causado pelos crimes". O órgão pede que as penas principais dos quatro réus sejam elevadas ao máximo previsto em lei (8 anos para organização criminosa, com acréscimos por agravantes). No caso da responsável pela comunicação, o MPF argumenta que seu envolvimento com agentes públicos corrompidos deve aumentar a pena em dois terços.
OPERAÇÃO DAKOVO
A investigação teve início após a apreensão de fuzis croatas em Vitória da Conquista (BA), em 2020, e desvendou uma rede que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, de onde eram contrabandeadas para o Brasil. Até agora, o MPF já denunciou 28 pessoas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em maio, um dos investigados – integrante do núcleo de ocultação de recursos ilícitos – foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão.
Justiça Federal na Bahia condenou, no início de junho, mais quatro pessoas envolvidas no esquema internacional de tráfico de armas investigado na Operação Dakovo. A decisão atinge integrantes do chamado núcleo de vendedores do Paraguai, responsáveis por comercializar armamentos ilegais destinados a grupos criminosos brasileiros. Mesmo com a condenação, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão para pedir penas mais altas, devido à gravidade dos crimes cometidos e ao impacto causado na segurança pública.
Segundo informações do MPF, os condenados atuavam vendendo armas da empresa IAS-PY, com sede no Paraguai, para intermediários que as traziam ilegalmente ao Brasil. As investigações, conduzidas pelo órgão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Gaeco-MPF-BA), e pela Polícia Federal (PF), mostraram que os armamentos abasteciam facções como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital.
Na sentença, a Justiça estipulou as seguintes penas, com base nas funções de cada condenado:
- As duas principais vendedoras, que participaram diretamente das negociações com compradores brasileiros, da remoção de números de série das armas, do uso de laranjas para simular vendas legais e do pagamento de propina a agentes paraguaios para liberar registros falsos, foram condenadas a mais de 22 anos de prisão cada. Além da pena de reclusão, deverão efetuar o pagamento de multa e indenização por danos coletivos;
- O responsável por fazer a ponte entre o grupo e os agentes corrompidos da Direção de Material Bélico do Paraguai recebeu pena de 7 anos e 6 meses de prisão;
- A pessoa encarregada da comunicação online da empresa, do monitoramento de apreensões no Brasil e de informar os chefes do grupo sobre as operações policiais, foi condenada a 6 anos e 9 meses de prisão.
- Além das prisões, os quatro condenados deverão pagar R$ 50 mil, cada um, como reparação por danos morais coletivos, valor que será destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
O MPF apresentou recurso contra a decisão da Justiça Federal, pedindo que as penas pelo crime de organização criminosa sejam revistas, para refletir melhor a periculosidade do grupo e o impacto social causado pelos crimes. Na apelação, foi pedido que as penas principais dos quatro réus sejam elevadas para o limite máximo previsto em lei (8 anos para o crime de organização criminosa, mais acréscimos pelos agravantes).
No caso da encarregada da comunicação online da empresa, também seja considerada agravante por envolvimento de agentes públicos corrompidos, o que pode aumentar a pena em dois terços.
Para o MPF, os crimes foram cometidos de forma organizada, sofisticada e perigosa, com uso de documentos falsos, alteração das armas para dificultar o rastreamento e movimentação de dinheiro por meio de casas de câmbio. Três dos réus estão atualmente presos no Paraguai, aguardando extradição para o Brasil.
Em maio deste ano, a Justiça Federal sentenciou um dos investigados por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa transnacional, investigados pela "Operação Dakovo". O réu, que integrava o núcleo responsável por ocultar recursos ilícitos, foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 419 dias-multa
OPERAÇÃO DAKOVO
A Operação Dakovo teve início após a apreensão de fuzis de origem croata em Vitória da Conquista (BA), em 2020. A investigação revelou uma rede internacional que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, de onde eram vendidas ilegalmente ao Brasil. Os envolvidos atuavam com empresas de fachada, simulações de vendas e corrupção de autoridades paraguaias. No total, o MPF denunciou 28 pessoas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
O cantor Oruam, de 23 anos, foi obrigado a remover a tinta vermelha do cabelo ao dar entrada na unidade prisional no Rio de Janeiro. O procedimento, que é padrão e é realizado em todos os custodiados, foi revelado na última quinta-feira (30), após a foto do artista ser divulgada.
Mauro Nepomuceno se entregou à polícia no dia 22 de julho. O artista teve a prisão decretada pela prática de crimes como: resistência qualificada, desacato, dano, ameaça, lesão corporal e associação ao Comando Vermelho.
Além desta situação, o artista se tornou réu por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, da Polícia Civil.
Por meio de nota, A defesa do rapper Oruam se pronunciou sobre a nova decisão envolvendo o artista, que se tornou réu por tentativa de homicídio contra policiais civis.
Por meio de nota, a equipe jurídica do artista afirmou que o caso foi uma manobra infundada e alegou que o rapper está sendo vítima de uma perseguição de caráter pessoal e uma estratégia de "criminalização midiática, sem respaldo consistente na prova".
O funkeiro MC Poze do Rodo, amigo pessoal do rapper Oruam, saiu em defesa do artista após a prisão do cantor na última terça-feira (22).
O filho de Marcinho VP, um dos grandes nomes do tráfico no Rio de Janeiro, se entregou à Polícia Civil após ter sido indiciado por atacar agentes e supostamente facilitar a fuga de uma pessoa acusada de roubar carros, além de associação ao tráfico e ao Comando Vermelho.
"É perseguição, ou você vai falar que o moleque é bandido porque ele falou tudo aquilo num momento de ódio, raiva? Qualquer pessoa jovem, que não tem muita vivência ainda, faria isso ou alguma besteira. Isso é certo", defendeu o artista, que foi preso em maio deste ano.
Para Poze, a abordagem da Polícia foi uma estratégia para desestabilizar o rapper, algo que, segundo ele, não teria tido sucesso durante a prisão dele em maio.
"Conseguiram mexer com a mente do moleque para ele falar um bando de m*rda, ligarem isso a vários bagulhos e prenderem-no. O que tentaram fazer comigo, conseguiram fazer com ele. Tentaram mexer com a minha mente milhares de vezes. Mas sou pai de cinco filhos, moleque sábio, mais cascudo. Se fosse minha época de novinho, 2019, 2018, eu ia fazer a mesma coisa, xingar. Hoje em dia, com a mente mais sábia, a gente consegue pegar a visão, recuar a avançar na hora certa."
Oruam chegou ao local acompanhado da mãe, do irmão e de dois advogados. Ao descer do carro na Cidade da Polícia, na zona Norte do Rio, o rapper se desculpou com o público: "Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!".
Na segunda-feira, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) fez uma abordagem na residência do artista, localizada no bairro do Joá, na Zona Oeste da capital fluminense.
Segundo Fernanda Valença, noiva do rapper Oruam, os policiais não tinham um mandato para entrar na residência. A estudante afirmou que os agentes foram violentos durante a ação e chegaram a apontar a arma para a cachorra do casal.
A Polícia Federal, por meio da Operação Conexão, cumpriu dois mandados de prisão temporária contra duas lideranças do Comando Vermelho (CV) de Eunápolis responsáveis por orquestrar ataques contra agentes. As prisões ocorreram durante a manhã desta quinta-feira (17), em Minas Gerais. Durante a abordagem, foram apreendidas duas submetralhadoras na residência dos criminosos.
A operação foi uma força-tarefa formada por 50 agentes divididos entre Polícia Federal (PF), Polícia Militar da Bahia (PMBA), Polícia Civil da Bahia (PCBA), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul).
Segundo o MP-BA, a dupla também é responsável por coordenar homicídios e comandar redes de tráfico de entorpecentes na região do extremo sul da Bahia.
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Durante a abordagem policial, foram apreendidas duas submetralhadoras. Um dos presos é acusado de ser o responsável pela logística de distribuição de drogas da organização criminosa, enquanto o outro figura como líder operacional da facção nos bairros Gusmão e Centro, na cidade de Eunápolis, além de possuir histórico de envolvimento em homicídio qualificado com morte de uma criança como vítima colateral em 2019
As investigações tiveram início após operação deflagrada em 30 de maio de 2025, na cidade de Eunápolis, quando foram apreendidos 1,108 kg de maconha, 528g de haxixe, balança de precisão, duas máquinas de cartão, caderno de anotações, comprovantes bancários, HD com imagens de segurança, diversos pinos de eppendorf e radiocomunicadores.
Os presos na operação permanecem à disposição da Justiça e novas fases da operação não são descartadas.
Um assassinato ocorrido na manhã desta quinta-feira (10) em Nova Caraíva, no litoral do extremo sul de Porto Seguro, desencadeou um intenso confronto entre facções criminosas e gerou um clima de grande tensão na comunidade. No mesmo dia, turistas foram assaltados por criminosos armados com fuzis, aumentando a preocupação dos moradores com a falta de policiamento.
A vítima, cuja identidade não foi revelada, foi atingida por múltiplos disparos enquanto caminhava pela avenida principal da localidade. Segundo relatos de testemunhas ao Radar News, parceiro do Bahia Notícias, os tiros partiram de indivíduos encapuzados que estavam em dois veículos. O homem tentou fugir, mas foi perseguido e executado dentro de uma residência próxima.
Os alvos seriam membros da facção rival, Anjos da Morte, que disputa o controle do tráfico de drogas na região. Em seguida, o grupo rival também reagiu, intensificando o confronto. Até o momento, não há informações sobre feridos decorrentes desses embates.
Ainda na manhã um grupo de turistas foi assaltado por cerca de três criminosos armados com fuzis na mesma localidade. O incidente reforça as queixas de moradores e comerciantes sobre a ausência de policiamento nas ruas de Nova Caraíva. Um comerciante local expressou sua indignação com a situação, destacando a vulnerabilidade da comunidade diante da criminalidade.
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) com o apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagraram uma operação que visa desarticular organização criminosa vinculada ao Comando Vermelho, na quarta-feira (11). Os Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais dos dois MPs (Gaecos) estão cumprindo 49 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Bananal, Serra e Fundão, no Espírito Santo, e Itabuna e Camacan, na Bahia.
Em Itabuna, as buscas estão sendo realizadas em cela do Conjunto Penal. A ação ocorre em parceria pelo Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Execução Pena (Gaep), Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e Polícia Civil do Estado da Bahia. O foco da operação em todas as localidades é a apreensão de documentos, computadores, telefones celulares, mídias e materiais que possam contribuir com o avanço das investigações. Segundo as apurações, a organização atua no tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas no município de Rio Bananal e região.
Os trabalhos começaram na tarde da terça-feira (10), com a prisão dos dois principais alvos da operação em Praia Grande, no município de Fundão (ES). Eles estavam sendo monitorados pelo serviço de inteligência do MP-ES, que constatou a possibilidade de ambos fugirem antes da deflagração da operação, nesta quarta-feira. A operação é conduzida por Promotores de Justiça e servidores do Ministério Público, Policiais Militares da Inteligência da Assessoria Militar do MPES, Diretoria de Inteligência da PMES, Força Tática e Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 12º Batalhão de Polícia Milita (BPM), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e Delegados e Oficiais da Polícia Civil.
A influenciadora Vivi Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, está sendo alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho (CV).
De acordo com informações do g1 Rio de Janeiro, o esquema investigado era operado pelo traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, que foi morto no domingo (1º). A investigação não tem relação direta com o inquérito que levou MC Poze à cadeira.
No caso que envolve Vivi Noronha, o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) identificou depósitos nas contas pessoal e empresarial da influenciadora oriundos de supostos laranjas de Professor.
Segundo o Coaf, Vivi recebeu quase R$ 1 milhão de pessoas investigadas como laranjas do Professor, dividido em duas transferências:
- R$ 858 mil para a conta da empresa de Vivi;
- R$ 40 mil para a conta pessoal.
“Ela [Vivi] e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos oriundos da facção Comando Vermelho, recebidos por meio de pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais da facção foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito. A posição dela na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital."
A Justiça Federal na Bahia decidiu que o Tribunal do Júri vai julgar dois acusados pelo envolvimento no ataque armado que resultou na morte do agente de Polícia Federal Lucas Caribé de Monteiro de Almeida, no bairro de Valéria, em Salvador (BA). O ataque ocorreu durante a Operação Fauda, realizada em setembro de 2023.
Na denúncia do MPF, os investigados foram acusados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra outros 19 agentes policiais e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Além disso, a denúncia aponta que os réus, integrantes de uma facção criminosa atuante na Bahia, participaram de um ataque coordenado contra os agentes públicos, com o objetivo de retomar o controle territorial de uma área dominada por grupo rival. Os envolvidos estavam fortemente armados com fuzis e pistolas, e a emboscada resultou na morte de um policial e em ferimentos graves em outros membros das forças de segurança.
O agente da Polícia Federal Lucas Monteiro Caribe foi morto em confronto com membros de uma facção criminosa durante a deflagração da Operação Fauda no bairro de Valéria, em Salvador na manhã de 15 de setembro de 2023.
Seis homens ligados ao Comando Vermelho (CV) morreram em confronto com a Rondesp Leste, nesta segunda-feira (17), no município de Terra Nova. O tiroteio ocorreu quando guarnições da corporação foram atender a uma ocorrência de violência doméstica e foram recebidas a tiros por cerca de 15 criminosos armados.
Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, a polícia também recebeu a informação de que os criminosos estavam no local comercializando drogas e exibindo armas.
Os suspeitos baleados foram socorridos para uma unidade de saúde, mas não resistiram aos ferimentos. Um policial ficou ferido no tornozelo durante a ação e também precisou de atendimento médico
Com o grupo, a polícia apreendeu: Uma motocicleta; seis armas de fogo, incluindo uma pistola 9mm com adaptador de rajada, uma pistola calibre .380, três revólveres e uma carabina calibre 28; drogas como maconha, cocaína e comprimidos de êxtase.
Além do envolvimento com o tráfico de drogas, os criminosos também teriam expulsado uma família de sua residência no domingo (16), segundo informações da polícia. A ocorrência segue sob investigação.
Um relatório de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revelou que as duas principais facções criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), estão tentando estabelecer uma trégua em âmbito nacional.
Até o momento, equipes de inteligência confirmaram que o acordo, que o site Metrópoles teve acesso, já está em vigor em pelo menos seis estados: Mato Grosso, Acre, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o documento, existem indícios de que membros do alto escalão das organizações, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, e Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos principais nomes do CV, estão coordenando ações conjuntas, especialmente no que se refere ao sistema penitenciário federal.
Gravações de conversas entre advogados e detentos sugerem que as lideranças das facções articulam formas de flexibilizar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) que obriga um isolamento extremo a presos de alta periculosidade.
Além disso, mensagens atribuídas a integrantes do PCC e do CV indicam a existência de um pacto de não agressão entre os grupos. Em um dos trechos citados no relatório, uma comunicação supostamente enviada pelo PCC afirma que “mortes estão proibidas em todos os estados”. Já outra, atribuída ao Comando Vermelho, determina que “ataques contra o PCC estão proibidos desde o dia 11 deste mês”.
Na mesma linha do que foi proposto em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União-SP), o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou que pretende protocolar nos próximos dias, na Câmara, um projeto de lei apelidado de “anti-Oruam”. O projeto de Kataguiri tem como objetivo impedir o uso de recursos públicos para financiar shows de artistas que promovam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas ilícitas.
A iniciativa do deputado, da mesma forma que foi apresentado na cidade de São Paulo, faz referência ao rapper Oruam, do Rio de Janeiro. O músico é filho de Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho e que está preso desde 1996, para cumprir condenação de 44 anos por tráfico de drogas e participação em homicídios.
Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, tem 23 anos e em 2022, chamou atenção ao se apresentar no festival Lollapalooza vestindo uma camiseta com a foto do pai e a palavra “liberdade”. O artista cresceu no Morro do Alemão, na comunidade em que seu pai construiu um império liderando o Comando Vermelho. A facção criminosa é uma das maiores do Rio de Janeiro, descrita por profissionais de segurança pública como uma das mais violentas do país.
“É dever do poder público assegurar que crianças e adolescentes sejam protegidos de conteúdos que promovam práticas criminosas ou que possam influenciá-los negativamente. Precisamos garantir que os eventos financiados com dinheiro público respeitem os princípios de proteção à infância e adolescência, incentivando um ambiente cultural responsável”, declarou Kataguiri.
O deputado Kim Kataguiri é egresso do Movimento Brasil Livre (MBL), assim como a vereadora Amanda Vettorazzo. A vereadora apresentou seu projeto na semana passada, e disse que músicas como as de Oruam "abriram as porteiras para que rappers e funkeiros começassem a produzir músicas endeusando criminosos e líderes de facções".
Depois da apresentação do projeto, o cantor Oruam se revoltou contra a vereadora, e postou vídeo nos stories do Instagram, chamou-a de “doente mental ” por propor a lei e usá-lo como exemplo:
“Tu vai proibir é o c**. É só não falar meu nome, se não, você vai conhecer o capeta. Quando é um playboy cantando, ninguém fala nada”, disse o músico, que divulgou o perfil dela em seu Instagram e escreveu: “Tropa do 22, vamos dar fama pra ela”.
A mensagem postada por Oruam foi o suficiente para os seguidores dele enviarem ameaças à vereadora, incluindo falas sobre estupro e até assassinato. Alguns chamaram Amanda de “futura Marielle paulista”.
A vereadora do União Brasil registrou Boletim de Ocorrência por conta das ameaças que vem sofrendo. A Câmara Municipal de São Paulo ofereceu segurança à vereadora, que agora andará escoltada 24h por dia por guardas municipais.
Segundo disse Kim Kataguiri em vídeo postado nas suas redes, o projeto que será protocolado na Câmara conterá a previsão de que apresentações artísticas que desrespeitem a regra estarão sujeitas à rescisão contratual imediata e à aplicação de multas, que poderão ser destinadas a programas de educação infantil e adolescente. O projeto também prevê a criação de um mecanismo de denúncia, permitindo que cidadãos e órgãos públicos relatem infrações, com fiscalização a cargo de auditorias da Administração Pública e do Ministério Público.
“Vou apresentar esse projeto em nível nacional e deixo aqui o recado para o Oruam: não tenho medo de vagabundo. Não tenho medo de criminoso. Eu comecei a minha vida de militante político com 17 anos de idade enfrentando a quadrilha petista, com o governo colocando o Ministério da Justiça para revirar a minha vida. Com o governo colocando o Coaf para analisar as minhas movimentações financeiras. Então não tenho medo de criminoso. Nós vamos apresentar o nosso projeto e você pode mandar os seus acólitos nos atacarem o quanto você quiser”, disse Kataguiri em mensagem direta ao cantor Oruam.
Recentemente, o música carioca se envolveu em outra polêmica após ter sido confirmado como atração de um bloco no Carnaval de Salvador. O rapper se revoltou em suas redes sociais com notícias que o associaram a seu pai, Marcinho VP. Em publicações no Instagram na semana passada, Oruam atacou jornais baianos e chegou a afirmar que tem "nojo da mídia".
"Eu tenho nojo da mídia. Invés de falar coisa boa da gente ela quer falar de meu pai. Falar de meu pai vende. Falar da minha vida dá mídia, curtidas e comentários. Vocês podem falar, mas várias coisas que vocês poderiam falar não falam", disse Oruam.
Nesta terça-feira (28), a mãe do cantor, Marcia Gama, fez postagem em seus stories no Instagram citando a iniciativa do deputado Kim Kataguiri. A mãe do artista disse: "Que obsessão é essa com meu filho gente? O garoto trilhou um caminho totalmente diferente para ele. Tão grande foi a minha luta para criá-los, Fiz dois papéis sozinha, E juro que tentei mudar a história deles, ainda falta muito, mas estamos tentando. Sei que essa luta, só em Deus seremos capazes de vencer! E logo agora que o garoto conseguiu o espaço dele, vem vocês achando que vão mudar o mundo fazendo isso. Não, só vão gerar mais revolta em um jovem que passou a vida toda órfão de um pai vivo, ele não escolheu o pai que tem!".
Em suas redes, Oruam reproduziu o comentário de sua mãe, e comentou abaixo da postagem: "Mãe, não se preocupa comigo. Você não precisa me defender. Deixa que eu me resolvo com eles".
Uma operação da Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão, e 39 de busca e apreensão, contra membros de uma facção criminosa [Comando Vermelho] com atuação em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). As ações fazem parte da segunda fase da Operação Cerberus. O grupo atua nas localidades de Portão, Areia Branca e Capelão, em Lauro de Freitas.
Operação é deflagrada e prende 11 membros de facção Comando Vermelho que atuam em bairros de Lauro de Freitas
— BN Municípios (@BNMunicipios) November 27, 2024
Imagem: Polícia Civil da Bahia pic.twitter.com/Hz3gCKKO5S
Além disso, a Justiça autorizou o bloqueio de R$14 milhões em bens e contas bancárias de 28 investigados. Segundo a Polícia Civil, as investigações detalharam os papeis de duas lideranças da organização, que estão foragidas; e identificaram um terceiro líder, preso em Cuiabá, em Mato Grosso (MT).
Foto: Divulgação / Polícia Civil
A Operação Cerberus integra a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), que atua em nível nacional no combate a organizações criminosas e redes de crime organizado.
Um grupo de integrantes do Comando Vermelho que era suspeito de abandoar corpos nas cidades de Camaçari e Simões Filho foi localizado na tarde desta quarta-feira (16), por guarnições da Polícia Militar. Cinco suspeitos acabaram mortos após confronto com a PM, eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.
De acordo com a PM, guarnições da 10ª CIPM e da Rondesp realizavam patrulhamento, após denúncias anônimas, na localidade de Santo Antônio.
A polícia informou que homens armados foram visualizados e na tentativa de prisão houve confronto. Cinco suspeitos acabaram feridos, chegaram a ser socorridos para o hospital Ouro Negro, mas não resistiram.
Com eles foram apreendidos armas, carregadores, munições e drogas.
A Universidade Estadual da Bahia (UNEB) suspendeu as atividades do campus do cabula, nesta quinta-feira (3), após o clima de insegurança que se instalou no bairro.
Na noite de quarta-feira (2), houve um enfrentamento com troca de de tiros entre policiais militares e membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV), no bairro do Cabula, e nas localidades do Buracão, Estrada de Barro e Tancredo Neves. Durante o episódio, um suposto criminoso se escondeu na instituição de ensino antes de vir a óbito.
Em nota, a Uneb informou que todas as atividades acadêmicas e administrativas foram suspensas até às 12h desta quinta (3).
Confira nota:
"A Reitoria da UNEB, em diálogo com as direções dos departamentos do Campus I, no bairro do Cabula, em Salvador, comunica que as atividades acadêmicas e administrativas da unidade estarão suspensas na manhã desta quinta-feira (3) devido ao cenário de insegurança que se estabeleceu na região, no início da noite desta quarta-feira (2).
A Gestão Universitária já acionou as forças de segurança pública para apuração dos fatos recentes, demandando medidas que garantam a segurança e o bem-estar da comunidade universitária e do entorno."
A jornalista e empresária Danielle Afif, de 49 anos, disse ter recebido uma carta segundo a qual o Comando Vermelho vai matá-la junto aos filhos. Danielle é editora e colunista do jornal A Cidade, de Angra dos Reis (RJ).
Ela afirmou que a carta escrita à mão foi entregue pelos Correios no escritório dela, na última sexta-feira (19). O manuscrito informa: “A pedido do (nome censurado) e do pai dele chamado (nome censurado), o Comando Vermelho vai te matar. Estão te monitorando”. As informações são da coluna Grande Angular do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Segundo a correspondência, houve uma reunião entre um traficante e um morador do Morro da Caixa D’Água para tratar da suposta trama assassina. A carta também cita envolvimento de uma servidora pública. O manuscrito afirma que a encomenda da morte da jornalista e da família custou R$ 50 mil.
Danielle registrou boletim de ocorrência na 166ª Delegacia de Polícia, em Angra dos Reis, na última terça-feira (23). No depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, ela disse que foi ameaçada em razão das denúncias que faz como jornalista.
Em outros trechos, o autor da carta pede ajuda e diz que somente a profissional tem tido “coragem” de denunciar crimes na região.
A coluna acionou a Polícia Civil do Rio de Janeiro e aguarda retorno. Danielle disse à coluna Grande Angular que se tornou uma “prisioneira” e contratou segurança 24 horas.
“Sou nascida em Angra. Minha empresa tem 26 anos na cidade e nunca imaginei que por causa das minhas críticas à atual gestão minha vida fosse negociada entre políticos e traficantes. Lamentável que a política municipal esteja tão atrelada ao mundo do crime. Por causa disso, fui obrigada a contratar escolta 24h e me tornei uma prisioneira desse sistema sujo”, afirmou.
Preso durante ação realizada pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado sediadas em Salvador (FICCO/BA) e em Ilhéus (FICCO/ILS), realizada na quinta-feira (9) no bairro de Praia do Flamengo, o empresário Tiago Di Natale Guimarães Ribeiro é investigado por ser um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho, na capital baiana.
A informação foi publicada pelo Informe Baiano e confirmada pelo Bahia Notícias. De acordo com a Polícia Federal, Tiago levava uma vida acima de qualquer suspeita e era proprietário de empreendimentos do ramo alimentício nos bairros de Itapuã, Stella Maris e Dois de Julho.
Ele possuía um mandado de prisão definitiva em aberto pela prática do crime de tráfico de drogas, expedido pela 2ª Vara de Execuções Penais – Salvador, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. O suspeito foi encaminhado à Polinter da Polícia Civil da Bahia para os procedimentos de polícia judiciária, o preso será posteriormente transferido para o sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da justiça.
A ação foi realizada pelas as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado sediadas em Salvador (FICCO/BA) e em Ilhéus (FICCO/ILS). A operação, deflagrada, contou também com a participação do Batalhão de Patrulhamento Tático Móvel da Polícia Militar da Bahia (BPATAMO). As FICCO/BA e FICCO/ILS são compostas pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e têm por objetivo precípuo enfrentar o crime organizado.
Um tiroteio no início da noite desta quarta-feira (10) assustou moradores do Subúrbio Ferroviário. De acordo com o site Alô Juca, mais de 30 homens saíram da localidade conhecida como Bambu, no Rio Sena, e invadiram a baixada de Mirantes. Ainda de acordo com o site, os homens responsáveis pela investida seriam traficantes do Comando Vermelho.
De acordo com o major João Daniel, comandante da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), viaturas seguiram para o local. A Rondesp também foi acionada para fortalecer o policiamento na região e localizar os criminosos, que estão fortemente armados. Ainda não há informações de feridos.
Confira o vídeo:
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira (19) uma megaoperação contra integrantes da facção Comando Vermelho (CV). A PF cumpre 18 mandados de busca e apreensão e 17 de prisão temporária contra os membros do grupo criminoso.
Segundo o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, esses investigados estariam envolvidos em tráfico interestadual de drogas e comércio ilegal de armas de fogo. A ação desta terça conta com 150 policiais. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Vitória (ES), Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).
A investigação se iniciou em julho do ano passado, com a prisão em flagrante de um homem de 30 anos. O criminoso foi surpreendido durante fiscalização da Polícia Federal ao desembarcar de um ônibus que saiu do Rio de Janeiro.
O suspeito transportava dois tabletes de maconha, 20 tabletes de pasta base de cocaína, uma pistola calibre .380, um carregador de pistola calibre .40 e 57 munições calibre .40.
Com o seguimento das apurações, a PF descobriu a existência de uma rede criminosa voltada para o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo atuando nos estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Um possível alinhamento entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) vem sendo investigado por setores de inteligência da Polícia Federal (PF). Os agentes vêm monitorando o racha no PCC e a suposta aliança com a facção que nasceu nos presídios de São Paulo.
Conforme informações obtidas pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, investigadores trabalham com o cenário no qual o grupo liderado pelos traficantes Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, possa receber apoio do Comando Vermelho na disputa contra o chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Porém, as chances de uma aliança no estado de São Paulo são descartadas. Do outro lado, como tem acompanhado a PF, poderá acontecer um alinhamento entre as facções nos presídios estaduais e penitenciárias federais, e em outros estados onde o Comando Vermelho e o PCC coexistem.
Investigadores apontam que Tiriça mostra alinhamento com a forma como o Comando Vermelho age no crime, de forma ostensiva e violenta.
A Defensoria Pública da União (DPU) enviou dois ofícios na terça-feira (20) ao juiz corregedor e ao diretor da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, recomendando o uso de câmeras corporais por todos os agentes policiais envolvidos nas buscas pelos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró. A DPU também pediu a realização imediata de exame de corpo de delito e audiência de custódia após a captura.
A DPU ainda sugeriu o uso das câmeras corporais no transporte dos custodiados de volta à Penitenciária Federal e em eventual trajeto para realização do exame de corpo de delito e da audiência, caso não sejam realizados esses procedimentos nas instalações da própria unidade prisional.
"Tais providências se fazem necessárias para que sejam assegurados aos presos o respeito à integridade física e moral, além do efetivo exercício da ampla defesa e do devido processo legal e do fundamento principal da nossa República Federativa, que é a dignidade da pessoa humana", destacam, no ofício, a defensora pública-chefe da unidade da DPU em Mossoró, Rogena Ximenes, e a secretária de atuação no Sistema Prisional (SASP) da DPU, Letícia Torrano.
Ximenes explica que o Estado é responsável por garantir os direitos fundamentais daqueles que estão foragidos.
“Apesar de já terem sentenças definidas para cumprirem, a audiência de custódia tem o papel de verificar se houve maus tratos, tortura ou qualquer dano à integridade física e mental, além de certificar a regularidade da captura. Independentemente da repercussão criminal, o Estado deve proteger a vida dessas pessoas, mantendo a dignidade humana como princípio primordial”, destacou.
Ela também pontua que os pedidos da DPU, em conformidade com a Lei Complementar nº 80 de 1994 e com a Constituição Federal, refletem o compromisso com o Estado Democrático de Direito, o que quer dizer que, além da participação democrática eleitoral, todos os cidadãos tem a real proteção e garantia efetiva dos direitos fundamentais e instituições que garantam o exercício dos direitos básicos, tais como integridade física, vida, saúde, entre outros.
“Embora a pessoa presa fique privada de sua liberdade, não perde os demais direitos; e as instituições, sobretudo as que custodiam a liberdade, como as Penitenciárias e as Forças Policiais, são obrigadas a respeitar a Constituição, que garante tais direitos, podendo ser responsabilizados os entes e agentes públicos em caso de omissão ou atuação irregular”, conclui.
A Polícia Federal está monitorando se os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró irão pedir abrigo para o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. O estado é considerado um bunker de asilo para traficantes da facção que estão foragidos de seus estados.
Em 2023, as forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram uma megaoperação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), contra traficantes do Comando Vermelho do Pará que estavam escondidos no estado. As informações são da coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Dois anos antes, em 2021, criminosos do Acre, também do CV, foram alvo de operação do Batalhão de Operações Especiais e da Polícia Federal no Complexo da Maré. Um dos traficantes estava escondido no Rio de Janeiro desde 2017.
Além da Polícia Federal, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro monitora a situação. O ponto principal de atenção é a Rocinha, considerada hoje um ponto estratégico para abrigar traficantes do Comando Vermelho.
Apesar da atenção especial no Rio de Janeiro, todos as unidades federativas do Brasil estão em estado de alerta para localizar Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça. Os dois são os primeiros criminosos que conseguiram escapar de um presídio federal.
Antes de serem transferidos ao presídio de Mossoró, em setembro de 2023, Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre.
A decisão de enviar ambos e mais 12 presos ao sistema de cadeias federais foi tomada pelo governo do Acre após rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco detentos mortos, em julho de 2023. Ligados ao Comando Vermelho, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estiveram “diretamente envolvidos” com a rebelião, segundo o governo local.
O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) negociaram com um integrante do Comando Vermelho a devolução das 21 armas roubadas da base do Exército em Barueri (SP) em setembro deste ano. A negociação foi detalhada pelo inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, no dia 7 de novembro, em um depoimento a que a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, teve acesso.
Fernandes depôs como testemunha da apreensão das armas e contou que as tratativas ocorreram com um “colaborador” do Comando Vermelho, que não foi identificado no depoimento, e com um traficante de armas.
O inspetor disse que, alinhado com o Exército, usou uma tática de contrainformação e forneceu ao “colaborador” do Comando Vermelho informações sobre uma operação que aconteceria na Cidade de Deus, favela na zona oeste do Rio, onde estavam as armas. Em troca, as metralhadoras seriam devolvidas.
No dia 19 de outubro, a Polícia Civil anunciou ter “encontrado” oito das 21 armas que haviam sido roubadas do Exército. Na ocasião, ninguém foi preso. O resgate ocorreu no primeiro dia da gestão do delegado Marcus Amin à frente da Secretaria de Polícia Civil.
Em seu depoimento, o inspetor Christiano Gaspar Fernandes continua, então, o relato sobre a recuperação das armas. Fernandes conta que o Exército e a Polícia Civil chegaram ao traficante de armas “Jesser”, conhecido como “Capixaba”, que passou a colaborar com a devolução das armas em tratativas com os militares e agentes.
No dia 2 de novembro, segundo o depoimento, foram “encontradas” outras duas metralhadoras e, mais uma vez, nenhum criminoso foi preso. Na ocasião, os policiais disseram que estavam monitorando o carro e seguindo o condutor — o que, de acordo com o relato de Fernandes, não procede.
No total, 19 armas do arsenal roubado foram encontradas: oito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e nove pela Polícia Civil de São Paulo.
Procurada pela coluna, a Polícia Civil não quis se pronunciar sobre o caso. O espaço continua aberto para manifestações.
O Exército negou que tenha participado das tratativas e alegou que as “ações tomadas são sempre pautadas pelo princípio da legalidade”.
Reportagem da revista Veja que chega às bancas nesta sexta-feira (8) revela que a Polícia Federal está investigando em sigilo uma suposta ameaça do grupo criminoso Comando Vermelho à vida do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno. De acordo com a revista, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido informado a respeito das ameaças, que teria classificado como ousadas e absurdas.
A Veja relata que a ameaça teria sido recebida pelo brigadeiro Damasceno no dia 28 de outubro, quando chegou em sua casa um envelope pardo, postado em agência dos Correios no Rio de Janeiro. Dentro do envelope havia um manuscrito em letra de fôrma, no qual o autor insinua ter conhecimento sobre a rotina do brigadeiro, dos familiares dele, faz uma exigência e o adverte sobre o que aconteceria caso ela não fosse atendida.
Segundo a reportagem da revista Veja, a exigência feita ao comandante era a de que a Força Aérea deveria entregar 200 fuzis, cinquenta metralhadoras, cinquenta pistolas, cinquenta granadas e “farta” munição. O manuscrito dizia ainda que, se até o dia 11 de novembro as armas não fossem entregues, haveria uma retaliação violenta contra o comandante Damasceno e seus familiares.
De acordo com as instruções passadas ao comandante da Aeronáutica, o material pedido deveria ser embarcado em um caminhão e levado até uma rua da Cidade de Deus, uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro. No final da carta, são assinaladas as iniciais C.V., referência à facção criminosa Comando Vermelho. Além da Polícia Federal, a ameaça está sendo investigada também pelo Centro de Inteligência da Aeronáutica.
“A exigência feita pelos supostos criminosos era tão absurda que a primeira reação do comandante foi imaginar que estava sendo vítima de um trote, uma brincadeira de mau gosto. Ao analisar a carta, no entanto, alguns detalhes chamaram a atenção dos policiais, que recomendaram uma apuração mais profunda. Os peritos não encontraram impressões digitais nem qualquer vestígio de material genético, o que indicava que o autor se preocupou em não deixar pistas que permitissem sua identificação. Outro detalhe que chamou atenção: o manuscrito enviado ao brigadeiro era uma fotocópia, o que também indica que o autor tem um nível no mínimo razoável de conhecimento”, afirma a reportagem da revista.
A matéria, assinada por Marcela Mattos, repórter na sucursal de VEJA em Brasília desde 2013, afirma que peritos consultados pela revista explicaram que a polícia pode elucidar casos assim a partir do exame da tinta da caneta utilizada ou da pressão exercida sobre o papel. A cópia inviabiliza a utilização dessas técnicas. Esses cuidados sugerem que o autor pode não ser quem se apresenta, o que justificou uma elevação do nível do alerta de segurança.
“O presidente Lula foi informado da ameaça pelo próprio comandante, classificou-a como absurda e se disse impressionado com a ousadia. Os ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Flávio Dino, também foram comunicados. Dino designou um delegado da Polícia Federal exclusivamente para cuidar do caso. Um dos primeiros passos nesse tipo de investigação é avaliar a credibilidade da ameaça e, caso seja detectado que existe um risco real à integridade da autoridade ameaçada, coloca-se em prática imediatamente uma série de medidas de segurança”, diz a Veja.
A matéria afirma ainda que as ameaças justificaram o reforço no esquema de segurança do comandante Marcelo Damasceno e de seus familiares. O passo seguinte agora é a busca pelo autor. A Polícia Federal estaria rastreando imagens de câmeras de segurança de pontos próximos da agência dos Correios onde a carta foi postada, no Rio de Janeiro.
Luciane Barbosa Farias, mulher de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, liderança do Comando Vermelho no Amazonas, visitou o Ministério da Justiça e Segurança Pública ao menos duas vezes em 2023. Os encontros foram revelados pelo Estadão.
Conhecida como “Dama do Tráfico Amazonense”, Luciene foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa e responde em liberdade. Tio Patinhas cumpre sentença de 31 anos de prisão.
Em um período de três meses, Luciene se encontrou com dois diretores e dois secretários do MJ. Em nota, a assessoria do ministro Flávio Dino afirmou que ela integrava uma comitiva de pessoas e esteve no prédio sem que fosse identificada.
“A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes”, disse a pasta.
A falta de informações sobre a “Dama de Tráfico” contraria protocolos de segurança em agendas públicas do órgão.
Luciene é casada com Tio Patinhas desde 2012. O traficante ficou conhecido pela violência e crueldade com rivais e devedores. Segundo o Ministério Público do Amazonas, Luciene atuava na parte financeira das atividades do marido.
Moradores dos bairros Prainha do Lobato, Resgate e São Rafael relataram ter escutado troca de tiros, no final da tarde desta quarta-feira (6).
Com a onda de ocorrências nas últimas semanas, as suspeitas é que o possível confronto tenha sido realizado pelas facções Comando Vermelho e Bonde do Maluco.
No resgate, há informações de que os tiros teriam ocorrido durante um assalto em um banco da região, mas até o momento a Polícia Militar não confirmou o caso.
Ainda não há informações sobre a quantidade de feridos.
Ao Bahia Notícias, a PM informou que até o momento não há "registros de acionamento da unidade para fato semelhante na data e local informados".
Um grupo com cerca de 40 homens fortemente armados invadiram o bairro do Calabar no domingo (3). A ação dos criminosos aconteceu em plena luz do dia, o que impressionou ainda mais os moradores da região.
Vários registros foram feitos nas redes sociais. As postagens informavam que os responsáveis pelo ataque são membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV) que busca o domínio do tráfico de drogas na região.
Na manhã desta segunda-feira (4) o policiamento foi reforçado na região. Relatos indicam que houve confronto durante a madrugada e por precaução, comerciantes do bairro não abriram seus empreendimentos neste início de semana.
Moradores também relataram que a invasão teria sido anunciada pelos criminosos nas redes sociais, mas que ainda assim, não houve nenhuma ação policial para impedir a ofensiva.
Procurada a Polícia Militar não respondeu aos questionamentos da reportagem. O posicionamento da corporação será incluída na nota assim que for enviada.
Homens armados invadem o Calabar e causam pânico nos moradores pic.twitter.com/BmfcLzougq
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) September 4, 2023
A facção carioca Comando Vermelho (CV) está à procura de Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, principal executivo da plataforma financeira Bybot.
A operadora é acusada de aplicar golpes que causaram prejuízos milionários em investidores, incluindo membros do grupo criminoso. Além dele, dois integrantes da empresa são procurados pelo CV, que teria investido na compra de moedas virtuais com a intenção de lavar dinheiro do tráfico de drogas. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Imagens de dois operadores da Bybot que lidaram diretamente com a carteira de clientes enquanto a plataforma não havia sido desativada passaram a circular em grupos de WhatsApp. Nelas, o suposto recado do CV é que serão pagos R$ 15 mil por qualquer informação que leve ao paradeiro dos dois traders. Em um dos avisos, a facção ressalta que não é para matar o funcionário da empresa. “Não matem.”
Cada vez mais, grandes organizações criminosas usam o universo das moedas digitais para lavar dinheiro faturado com o tráfico de drogas. A quantidade de criptomoedas movimentada em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% na comparação entre 2022 e 2021, atingindo um total de US$ 23,8 bilhões. Os dados foram divulgados, no início deste ano, pela Chainalysis, uma empresa de análise de dados do mercado cripto.
O GOLPE
Um tombo gigantesco que se aproxima dos R$ 70 milhões deixou em polvorosa o mercado financeiro de moedas virtuais. Os gestores da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa simplesmente desapareceram. E juntamente com ele todo o dinheiro dos clientes. Muitas ocorrências policiais foram registradas em São Paulo, mas há vítimas em vários outros estados, além do Distrito Federal.
O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de o “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido do país em direção à Ásia.
Gustavo Diniz viajava o mundo colhendo frutos do sucesso financeiro proporcionado pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o trader se afastou da família — que leva uma vida simples no interior paulista — para viver uma rotina de ostentação. Antes de apagar suas redes sociais, o gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, em estações de esqui ou curtindo praias paradisíacas.
Um intenso tiroteio entre suspeitos e a Polícia Militar assustou os moradores do bairro da Federação, em Salvador, na noite de terça-feira (18). Dois homens morreram na ação.
De acordo com a PM, guarnições da Rondesp Atlântico foram informadas de disparos de arma de fogo na Rua Baixa do Gantois, e ao chegarem no local, encontraram um grupo de homens armados que efetuaram disparos contra os militares.
Ainda segundo a corporação, houve revide e, após a troca de tiros, um suspeito foi encontrado ferido, sendo socorrido para o HGE, onde não resistiu aos ferimentos.
Já a Polícia Civil comunicou que duas pessoas foram mortas durante o confronto. A PC informou que foram registradas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa as mortes por intervenção policial de Eduardo David Santos de Jesus, de 24 anos, e de um homem sem identificação formal.
A 1ª Delegacia de Homicídios apura o caso.
ONDA DE VIOLÊNCIA
A região onde aconteceu o tiroteio passa por uma onda de violência nos últimos dias. Uma guerra entre o Comando Vermelho, que lidera o tráfico de drogas no bairro do Engenho Velho da Federação e o Bonde do Maluco (BDM), que domina o Calabar, deixa os moradores no meio do fogo cruzado entre as facções criminosas.
Na semana passada, a jovem Camila Silva dos Santos, de 23 anos, foi morta, vítima de bala perdida na Avenida Garibaldi. Ela voltava pra casa quando foi atingida durante uma troca de tiros entre grupos criminosos. Um suspeito de envolvimento com o crime foi morto em confronto com forças policiais.
Na segunda-feira (17), o jovem Caique Barreto dos Santos, de 16 anos foi morto a tiros na rua Souza Uzel, na Federação. Segundo informações iniciais, o adolescente jogava bola no momento do crime.
Uma mensagem supostamente vinda de integrantes do Comando Vermelho que proíbe piadas sobre chacinas em escolas viralizou nas redes sociais. No comunicado, o grupo criminoso teria proibido brincadeiras sobre o assunto e ameaçado quem desobedecer ao alerta.
“Coe menorzada (sic) que ta brincando aí com essas parada de entrar em escola para querer fazer chacina mano. Pprt [papo reto] quem eu ver no status ou no Facebook eu vou pegar em casa, mano. Tem brincadeira certa não. Pai e mãe tenha acesso ao celular dos filhos de vocês pra depois não falar que nós (sic) é ruim !!!! Papo tá dado”, diz a publicação.
O “aviso” surge em meio a uma tensão de pais e responsáveis de alunos, uma vez que, recentemente, o país testemunhou dois ataques a escolas que deixaram mortos e feridos, sendo um deles a uma creche em Blumenau, que vitimou quatro crianças.
Na Bahia, a Polícia Civil aprendeu, na terça-feira (11), sete adolescentes que divulgaram ameaças contra escolas do estado nesta semana. As apreensões aconteceram nos municípios de Salvador, Vitória da Conquista, Itarantim, Ituberá, Maiquinique e Paratinga.
Com informações do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.