Superintendente da UPB indica reunião com municípios para tratar sobre paredões e prega regulamentação de sons
Por Francis Juliano / Victor Hernandes
O Superintendente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Thiancle Araújo, revelou, nesta segunda-feira (20), que uma reunião com algumas cidades do estado, tratou sobre a situação dos paredões no interior. Em entrevista ao BN, o ex-prefeito de Castro Alves, disse que um encontro com representantes de Santo Antônio de Jesus, Capim Grosso, Governador Mangabeira, debateu sobre o tema, onde foram colocadas opiniões favoráveis e contrárias ao atrativo.
“Eu acredito que o nome seja equilíbrio. Eu fiz uma reunião envolvendo pessoas que eram favoráveis e contra os paredões, para a gente entender. Participaram pessoas de Santo Antônio Jesus, Governador Mangabeira, Castro Alves, Capim Grosso, Salvador e Itaberaba. A ideia era justamente entender os pontos e a gente conseguir identificar quais são essas questões. Primeiro, há uma questão da população que não está no paredão e que quer ter o seu direito ao silêncio preservado e que combate à poluição sonora. De outro lado, tem um movimento cultural, já representado pelos paredões, que também deseja ter esse direito de tocar. Na minha visão é importante que se tenha espaço em que possa se utilizar os paredões sem incomodar os edifícios e residenciais”, afirmou no "Encontro Estratégico: Parceria que Transforma", na sede da APB.
Araújo ainda observou a necessidade de inserção do poder público para garantir segurança e evitar influência de organizações criminosas.
“Acredito que há necessidade do poder público se inserir melhor nesses eventos para que não deixem com organizações criminosas que ficam patrocinando, estimulando músicas que não são adequadas. Então, acho que precisa ter um olhar mais atento do poder público para garantir segurança e espaço, compromisso de quem gosta dos paredões para que não se toque músicas que sejam prejudiciais à mulher, principalmente, ou que façam apologia ao crime. E também que haja uma coibição firme para quem insiste em executar paredões em áreas que provocam poluição sonora”, indicou.
Thiancle reverberou também sobre a criação de espaços adequados para o uso de paredões sem perturbar áreas residenciais e pregou a regulamentação de paredões.
“Eu acho que é possível. Tem que se vencer muito o preconceito, a ideia, para que possa enfrentar e chegar nesse equilíbrio. Não é um tema fácil, envolvido em muitas questões e ideias preconcebidas, de preconceito. É um movimento cultural periférico forte e como isso também tem resistências, mas eu acho que o melhor caminho é o equilíbrio e a regulamentação”, comentou.