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Jerônimo envia à AL-BA projeto que autoriza PGE a desistir de processos de até R$ 100 mil

Por Leonardo Almeida / Aline Gama

Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) recebeu um Projeto de Lei que visa autorizar a Procuradoria Geral do Estado (PGE) a desistir de ações já em andamento que tenham um valor de até R$ 100 mil, além de permitir que os procuradores não ajuízem execuções fiscais para cobrança de créditos tributários pelo mesmo valor. A proposta foi protocolada nesta sexta-feira (5), sob o número 25.934/2025.

 

Em mensagem enviada à AL-BA obtida em primeira mão pelo Bahia Notícias, o governador argumentou que a medida busca racionalizar a recuperação de créditos públicos, já que o custo para o Estado em processos de cobrança de pequeno valor muitas vezes supera o montante recuperado. 

 

“A proposição visa ajustar o piso judicial para cobrança do crédito tributário, atualizando-o a valores condizentes com a realidade econômica, objetivando tanto racionalizar a recuperação de créditos públicos, quanto torná-la efetivamente positiva, dados os custos envolvidos na tentativa de sua efetivação”, escreveu Jerônimo.

 

A matéria enviada pelo governador também permite que a PGE condicione o ajuizamento de novas ações à existência de indícios de bens ou atividade econômica que viabilizem o pagamento do débito. Conforme o texto, caberá ao procurador-geral do Estado definir os critérios e parâmetros para essa análise, observando princípios de racionalidade, economicidade e eficiência.

 

O PL de Jerônimo também revoga o parágrafo 1º do artigo 4º da Lei n° 13.729/2017. O trecho previa que “o procurador do Estado vinculado ao processo executivo submeterá previamente o pedido de desistência à ratificação do superior hierárquico”. Assim, caso a proposta seja aprovada, o procurador não precisará mais consultar seus superiores sobre desistências processuais de ações de até R$ 100 mil.

 

A mudança se harmoniza, segundo o Executivo, com a Política de Consensualidade do Estado da Bahia, estabelecida em leis aprovadas em 2024, que prioriza soluções alternativas para reduzir custos judiciais e administrativos.