Família de homem que foi espancado até a morte no Corredor da Vitória soube do caso pela imprensa
Por Redação
A família de Wiley Santos da Conceição, que foi espancado até a morte no Corredor da Vitória, na madrugada do último sábado (23), soube do ocorrido pelas notícias do crime transmitidas pela televisão. A vítima era uma pessoa em situação de rua, que não tinha o costume de transitar pelo bairro. Três dias após a morte, o corpo de Wiley Santos segue no Instituto Médico Legal (IML), em Salvador.
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De acordo com informações do Correio, a mãe e o irmão da vítima foram até o IML na manhã desta terça-feira (26) fazer o reconhecimento de Wiley Santos da Conceição. Como os familiares não tinham decidido os trâmites da funerária e do sepultamento, o corpo não foi liberado. A liberação só deve ser feita na quarta-feira (27), de acordo com funcionários do Instituto Médico Legal.
Na manhã da segunda-feira (26), os quatro suspeitos de participar do linchamento que resultou na morte da vítima tiveram a prisão preventiva decretada. Os homens suspeitos do crime são o flautista Lincoln Sena Pinheiro e o violinista Laércio Souza dos Santos, ambos integravam a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). Os músicos foram suspensos da Orquestra, que divulgou a decisão na segunda-feira (25).
Além deles, também foram presos Marcelo da Cunha Rodrigues Machado, namorado de Lincoln, e o motorista de aplicativo e morador do Corredor da Vitória Sérgio Ricardo Souza Menezes. A reportagem esteve no local da morte e conversou com moradores e trabalhadores da região. Todos disseram que a vítima não costumava transitar na localidade.
“Ninguém sabe quem ele é. Os moradores de rua que transitam por aqui são conhecidos e dificilmente praticam roubos ou fazem confusão com os moradores. O que ouvi é que ele costumava ficar pelo bairro da Barra”, disse um homem que trabalha no Corredor da Vitória há 16 anos.