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Um lavador de carros identificado como Jackson de Jesus Silva, de 32 anos, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (11), na Rua Vasco Filho, no bairro Brasília, em Feira de Santana.
De acordo com informações iniciais, Jackson estava sentado, encostado em uma parede, quando um homem em uma bicicleta se aproximou, sacou uma arma e efetuou os disparos. A vítima foi atingida por três tiros de revólver calibre .38, que acertaram o crânio, a nuca e o rosto.
Familiares relataram que Jackson era usuário de drogas. Ele trabalhava em um lava-jato localizado em frente ao local onde foi assassinado. No momento do crime, o estabelecimento estava vazio, e o homem descansava após o expediente quando foi surpreendido pelo atirador.
A Delegacia de Homicídios de Feira de Santana acompanha o caso e apura as circunstâncias, autoria e motivação do crime. Até a publicação desta matéria, ninguém havia sido preso.
As informações são do Alô Juca.
Durante anos, sua figura deslizava entre os becos como um sussurro. Ninguém via, mas todos sentiam. Raimundo Alves de Souza, o Ravengar, foi mais do que um homem: foi um fenômeno social. Um personagem esculpido entre a ausência do Estado, o poder corrosivo das drogas e a obediência comprada com favores. Dono de um império que se estendia dos morros de Salvador às noitadas glamourosas da elite soteropolitana, Ravengar reinou onde a política jamais ousou pisar. Sua história é uma ferida aberta, atravessada por violência, estratégia e contradição.
Ravengar nasceu em Salvador, em 1953. Como tantos meninos da cidade, cresceu aprendendo a sobreviver onde a infância termina cedo. No Pelourinho, dividia espaços com pequenos criminosos, alugando quartos e recolhendo apostas do jogo do bicho. Aos poucos, tornava-se conhecido entre aqueles que transitavam entre a margem da lei e a margem da sobrevivência. Era uma sombra útil: discreta, sempre presente.
Quando os tempos mudaram e o dinheiro ficou curto, mudou-se para o Alto de São Gonçalo. Passou a rodar como taxista. E foi ao volante, carregando compras e passageiros, que encontrou um novo filão: o tráfico. Primeiro como entregador, depois como articulador. Transportava drogas para artistas, empresários e políticos. Um serviço de confiança, feito sem barulho, sem riscos. Na boca dos usuários, virou "Raimundão Brabo". Mas o apelido que o eternizaria ainda estava por nascer.
A prisão de Zequinha do Pó, um atleta de remo e professor de natação que comandava o tráfico na região, abriu uma vaga no topo da cadeia alimentar. Ravengar não hesitou. Instalou-se no Morro da Águia, uma geografia estratégica, íngreme, de difícil acesso, esquecida pelo poder público. Ali, fundou seu império, batizado informalmente de "Império Ravengar". Seus seguidores se autodenominavam "Soldados de Ravengar". A estrutura era militar: comandos, hierarquia, patrulhamento constante.
Mas havia algo em Ravengar que o diferenciava dos demais: sua habilidade de misturar medo e favores. Como Pablo Escobar, sabia que o amor comprado valia tanto quanto a obediência imposta. No morro, pagava botijões de gás, comprava cestas básicas, reformava casas. Organizava festas, agenciava bandas, mantinha uma creche. Seus homens, armados até os dentes, usavam rádios e operavam com tática. À polícia, oferecia silêncio e propina. À comunidade, proteção e pequenos milagres do cotidiano.
E era sob o manto do benfeitor que Ravengar ocultava o reinado erguido à margem da lei. Dono de palavras mansas e gestos calculados, chegou a conceder uma entrevista à Revista Veja, onde falava de sua missão social e do banco improvisado que mantinha, de onde saíam empréstimos sem juros destinados à comunidade. Era dali, entre promessas de ajuda e favores silenciosos, que brotava o encanto sombrio de sua influência.
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Nos anos 1990, Ravengar ampliou o negócio. Tornou-se um empresário da noite. Fundou o bar Reluz, a casa de espetáculos Megashow e passou a investir em grupos musicais. A fronteira entre o crime e o entretenimento se diluía sob luzes coloridas. No palco, artistas; nos bastidores, cocaína. Para o público, ele era apenas um nome no outdoor. Para a polícia, um enigma intocável.
Em 1992, a primeira grande operação policial contra ele terminou em fiasco. A polícia invadiu o Reluz, prendeu subordinados, vasculhou imóveis. Ravengar escapou ileso, como se tivesse evaporado. Era um mestre em desaparecer. Delegados e comandantes viraram aliados. Algumas denúncias nem sequer eram registradas. A omissão era o maior ativo do seu negócio.
Foi apenas em 2003, com a chegada do delegado Edmilson Nunes ao Departamento de Tóxicos e Entorpecentes, que a caçada se tornou real. Ambicioso, Nunes traçou uma linha direta entre sua carreira e a prisão de Ravengar. Começou a costurar a queda com paciência e escuta. Descobriu a mansão de três andares no Cabula. No dia 16 de janeiro, a polícia invadiu o local. O que encontrou parecia o cenário de um filme surreal: aquários gigantescos, quadros de líderes contraditórios - de Irmã Dulce a Hitler -, móveis de luxo, e uma coleção de rádio-comunicadores.
Mas Ravengar já não estava ali. Tinha fugido com a precisão de quem antecipa o movimento do inimigo. E ainda assim, ligou para os policiais: “Não plantem nada aí”, avisou, com a calma de quem sabe que ainda está por cima. Seus dias, no entanto, estavam contados.
Foi apenas 37 dias depois, em 22 de fevereiro de 2004, que o rei caiu. Tentou escapar dirigindo um Vectra em alta velocidade pela Linha Verde, mas foi encurralado próximo a Monte Gordo. Levou um tiro no tórax. Saiu do carro com as mãos erguidas, ferido, finalmente derrotado. Sua mulher, Suely Napoleão, também foi presa. Com ele, caía o último pilar de um império que durou mais de uma década.
Quando foi levado pelas mãos da justiça, Ravengar fez ecoar sua voz por meio de uma carta dirigida a um jornalista. Nela, mais do que lamentar a liberdade perdida, Ravengar criticava a postura do delegado Edmilson Nunes, que comandara a operação que resultou em sua prisão. Com a arrogância de quem se considera o senhor do tráfico, ele escreveu: “O estado vai se arrepender de ter me prendido, eu boto ordem na criminalidade”
Em 2006, Ravengar foi condenado a 25 anos e 11 meses de prisão. Tráfico, refino, associação ao tráfico e corrupção ativa. O crime de formação de quadrilha caiu, ironia do sistema que ele corrompeu. Na prisão, impôs sua presença. Escreveu uma cartilha chamada Código de Ética Ravengar, distribuída entre os presos. Regras para convivência. Tentou transformar a cela em gabinete. Foi punido com 30 dias de solitária.
Em 2012, conseguiu o semiaberto. No ano seguinte, liberdade condicional. Mas em 2017, foi preso novamente, desta vez com a própria família, em nova operação contra o tráfico.
Ravengar morreu em 8 de junho de 2023, aos 69 anos, por complicações de uma diabetes. Um fim discreto para alguém que viveu cercado de excessos. Ainda assim, sua lenda persiste. Seu nome é citado com medo, com respeito, com desconfiança.
Para muitos, Ravengar foi um vilão. Para outros, um protetor. Mas a verdade está no meio: ele foi o produto de um país onde o crime, muitas vezes, é mais eficiente que o governo. Onde o fuzil organiza o que o Estado desorganiza. Onde o silêncio é comprado, e o poder, traficado.
Ravengar morreu. Mas o que ele representa continua vivo. Nos morros, nas bocas, nas vielas. No silêncio cúmplice que ainda protege tantos outros Ravengares em ascensão.
“Cyclone não é marca de ladrão, é a moda do gueto, mas com toda discriminação, eu imponho respeito. 'Cap' para o lado, camiseta, bermudão, é de Cyclone. Vou de Cyclone”. O refrão, imortalizado na voz do “Príncipe do Guetto”, Igor Kannário, poderia muito bem ser uma biografia rimada de Kelly Sales Silva. Ou de Kelly Doçura. Ou de Kelly Cyclone. Dama do pó, primeira influenciadora digital da Bahia, patroa do tráfico ou só uma jovem que sonhava com um amor eterno, a depender de quem conta, Kelly foi todas essas mulheres e talvez nenhuma. O que ninguém duvida é que ela foi um fenômeno. Como a marca de roupas que lhe deu nome, Kelly virou um ícone, um furacão periférico impossível de ignorar.
Durante o dia, Kelly exibia bonecas, ursinhos de pelúcia e declarações de amor rabiscadas nas paredes de casa. “Tony, eu te amo de uma forma que não sei explicar”, lia-se. À noite, no Orkut, surgia envolta em armas, roupas de grife e poses de guerra. A doçura dividia espaço com o risco. Criada num lar pacato e religioso, Kelly era tida na infância como “bicho do mato”, introspectiva, apegada à família. Os poucos momentos fora de casa se resumiam à igreja, onde fez crisma e primeira eucaristia. Mas, em algum ponto entre o altar e a rua, a menina virou furacão.
A virada, dizem as irmãs, veio pela dor. Rosiele aponta a separação dos pais como estopim. Carla acredita que tudo começou após o suicídio de Anderson, primeiro namorado de Kelly e pai de seu filho. A adolescente de 16 anos ficou grávida e entrou em colapso: sonhava que jogava o bebê pela janela, escondia veneno de rato no quarto, falava em morrer. O filho sobreviveu, para morrer em 2022 em confronto com a Polícia. O menino não chegou aos 20 anos. A mãe não chegou aos 23.
Foi nesse caldo de traumas que Kelly encontrou abrigo nas festas de pagode e no universo da ostentação periférica, onde o crime e o glamour se tocavam na esquina. Conheceu Bombado Doçura, percussionista da banda Saiddy Bamba, e ganhou com ele não só fama, mas também o apelido. Depois que o namoro acabou, largou o “Doçura” e adotou “Cyclone”, em homenagem à marca de bermudões e camisetas largas adorada nas favelas da época. O nome virou identidade. E a identidade virou personagem.
Kelly se apaixonava com intensidade e velocidade. Namorou Sidnei Ferreira, traficante do Garcia, morto pela polícia; depois Hugo, assaltante, morto em briga. Os nomes viraram tatuagens: “Sidnei” no pulso, “Hugo” no couro cabeludo. No quadril, uma sentença que resumia sua jornada: “Vida loka”. Na esteira desses amores, Kelly se aproximou cada vez mais das estruturas do crime organizado.
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É nesse ponto que a história individual de Kelly se cruza com a guerra entre facções que moldou Salvador a partir dos anos 2000. Os primeiros namorados da jovem orbitavam facções locais como o Comando da Paz (CP) e o Bonde do Maluco (BDM), organizações nascidas da disputa por território e controle do tráfico. No fim da década, o BDM se tornava a principal força bélica da capital baiana, rompendo com o CP e estabelecendo uma rede de violência que se infiltrava em todas as camadas da vida urbana. Kelly, embora nunca oficialmente ligada a nenhuma dessas organizações, circulava com quem estava no topo da cadeia, uma presença que incomodava, atraía e assustava.
Sua consagração como personagem pública veio com a “Festa do Pó”, em fevereiro de 2010. O evento, recheado de cocaína, picanha e pagodão, terminou com 44 detidos e manchetes em todos os jornais. Kelly estava entre eles. Na delegacia, negou envolvimento com o tráfico, disse que a droga era de “outros” e ganhou mais uma página na mitologia popular de Salvador. Daí em diante, foi estrela de programas policiais, tema de comunidades no Orkut e símbolo de uma juventude que misturava rebeldia, desejo de ascensão e autoficção digital. Antes que o termo existisse, Kelly foi uma influenciadora, com seu estilo, seu drama, sua pose.
Cogitou se candidatar a vereadora, em 2012. A bandeira? Combate às drogas. Ironia ou redenção, ou talvez só marketing. Kelly sabia se vender. Mas não sabia se proteger. Na madrugada de 18 de julho de 2011, ela foi assassinada após sair do Salvador Fest. Vestia uma camisa da seleção argentina e uma saia da Cyclone, seu uniforme de guerra. Saiu da festa passando mal, entrou no carro de Carlos Gustavo Cohen Braga, o Gustavinho, herdeiro de uma linhagem policial e, segundo o Ministério Público, também do crime.
Horas depois, foi vista correndo ferida na Rua Romualdo de Brito, em Lauro de Freitas. Tinha sido esfaqueada no abdômen. Um homem atirou duas vezes de dentro do carro. Kelly caminhou alguns metros, caiu morta numa praça pública. A perícia confirmou a brutalidade. A investigação? Não confirmou quase nada.
No primeiro momento, Gustavinho foi o principal suspeito. Mas em 2012, o inquérito mudou de rumo: atribuiu o crime aos irmãos Miminho e Véio, supostamente a mando de Tony Rogério, um traficante federal, o amor de Kelly. Tony desconfiava de uma traição com Gustavinho.
A história, no entanto, ruiu no tribunal. Em 2016, o trio foi inocentado por falta de provas. Desde então, ninguém mais foi julgado ou sequer investigado. O caso está em aberto. A morte, sem dono. A verdade, esfarelada como o pó das festas que Kelly frequentava.
Quatorze anos depois, resta o mito. E ele segue vivo. Kelly Cyclone sobrevive nas fotos pixeladas, nos vídeos de pagode, nos versos que ainda ecoam nas caixas de som do subúrbio. Ela foi símbolo da ascensão periférica e da tragédia de uma geração marcada por luto, ostentação e violência.
Em um país onde a fronteira entre o sonho e o crime é tão fina quanto a pele tatuada de uma jovem de 22 anos, Kelly não foi só vítima. Nem só culpada. Foi um reflexo. E como os ciclones, ela passou, deixando destruição, memória e silêncio.
O tempo passou. Kelly se foi. Mas, na periferia, a moda ainda é “descer de Cyclone”.
Antes que o crime lhe desse nome, número e um legado sangrento, Adilson Souza Lima era apenas mais um filho do Recôncavo. Chamavam-no de Roceirinho, apelido nascido da terra que ele cavava com as mãos, ainda menino, nos arredores de Nazaré. Era o suor na enxada, a lida diária, o silêncio das lavouras. Nenhum sinal, à primeira vista, de que aquele jovem franzino, de passos humildes e mãos calejadas, um dia fundaria a maior facção criminosa da região.
Mas o crime tem seus próprios caminhos. E Adilson encontrou o dele cedo, aos 18 anos, quando passou a carregar pacotes de droga pela cidade, como aviãozinho de um pequeno grupo que controlava o tráfico de forma quase amadora. Havia, então, uma precariedade quase ingênua no comércio de drogas. Pouco controle, nenhuma estrutura, violência em níveis rudimentares. Mas o jovem Roceirinho, mesmo naquele ambiente primitivo, quis mais. Tentou se emancipar, montar seu ponto, caminhar fora da sombra dos chefes. Foi expulso. Banido da cidade onde nasceu.
Com a mágoa no peito, partiu para Salvador. No bairro da Valéria, onde tinha alguns parentes, encontrou um novo mundo, mais articulado, mais perigoso, mais sedutor. Ali, conheceu um traficante que queria ampliar seus tentáculos para o Recôncavo. Viu em Roceirinho o instrumento ideal: um filho da terra, com faro para liderança e nenhuma hesitação em sujar as mãos. Roceirinho aceitou. Carro, dinheiro, mulheres, tudo financiado pelo pó que vinha da capital. Em pouco tempo, deixou de ser apenas um empregado. Passou a pensar como patrão.
Foi assim, misturando ambição e pragmatismo, que voltou à sua cidade natal. Mas, não para pedir desculpas, e sim para tomar o que um dia lhe foi negado. Recrutou meninos, quase todos filhos da mesma miséria que ele conhecera, armou-os com fuzis e metralhadoras, e começou a eliminar seus antigos desafetos. Tomou Nazaré à força. Transformou a cidade num quartel-general do tráfico. Pagava R$ 150 por semana a cada “vapor”, os que transportavam a droga e, sob seu comando, o faturamento do grupo disparou. Com a cidade subjugada, seus domínios se espalharam como fogo em capim seco: Santo Antônio de Jesus, Maragogipe, Salinas da Margarida, Vera Cruz, Santo Amaro da Purificação. Em Salvador, conquistou espaço nos bairros do Lobato, Valéria e Águas Claras. Era o império em plena construção.
Mas o que ele queria não era apenas dinheiro, era ordem, controle, permanência. O crime precisava de uma estrutura sólida, como as empresas que tanto invejava. Preso em 2012, em um hotel de luxo no bairro de Ondina, foi transferido para o presídio Lemos de Brito. Foi ali, entre as grades, que Roceirinho deixou de ser apenas um chefe e virou fundador. Em 16 de outubro de 2013, nasceu oficialmente a facção Katiara, sucedendo o antigo Primeiro Comando do Recôncavo. Tinha estatuto, símbolo, doutrina. Um pentagrama com as iniciais PCRFNK passou a ser tatuado no corpo de cada membro, um selo de lealdade eterna. Roceirinho, o número 33, virou lenda.
O estatuto da Katiara não era um documento qualquer. Era um manifesto da nova ordem criminosa baiana. Proibia delatores, homossexuais, estupradores, pedófilos, “talaricos” e usuários de crack. Quem quisesse usufruir dos benefícios do grupo tinha que pagar caixinha de R$ 100 mensais. Cada novo integrante recebia uma “matrícula de batismo” e passava a integrar a engrenagem, com funções bem definidas: conselheiros próximos ao líder, gerentes encarregados da distribuição, soldados para proteger os pontos e os vapores que mantinham o comércio girando. Acima de todos, estava ele o homem da roça, o número 33, o fundador.
A Polícia Civil, a essa altura, já o tratava como figura central do crime organizado na Bahia. Em 2013, teve bens bloqueados e sequestrados: uma casa de veraneio em Jacuípe, apartamentos em Aracaju e Lauro de Freitas, uma fazenda no interior, carros de luxo. Tudo comprado com dinheiro do tráfico, registrado em nome de laranjas. No mesmo ano, a Polícia Federal iniciou a Operação Tríade. Foram apreendidas 2,5 toneladas de maconha e mais de 500 quilos de cocaína, carga avaliada em mais de R$ 50 milhões. Um golpe duro, mas não suficiente.
De dentro do sistema prisional, Roceirinho manteve firme o comando do Recôncavo até meados de 2018. Com sua visão estratégica, transformou a Katiara em uma cópia funcional do PCC, uma estrutura com disciplina interna, expansão metódica e capacidade de enfrentamento. Mas o tempo trouxe novos inimigos. O BDM, com armamento pesado e respaldo do Comando Vermelho, iniciou sua ofensiva. Em 2020, foi a vez do Comando Vermelho desembarcar na Bahia. Três anos depois, chegou o Terceiro Comando Puro (TCP), aliado do BDM. A guerra se intensificou. Nazaré continua como bastião da Katiara, mas as cidades vizinhas já estão fraturadas. Em Santo Amaro da Purificação, a Katiara sequer sobrevive, o território foi tomado. A violência aumentou. Esquartejamentos, execuções públicas, toque de recolher.
Em 2025, depois de 13 anos no regime fechado, Roceirinho foi transferido para o semiaberto na Penitenciária Lafayete Coutinho. Era o início de uma possível transição para fora das grades. Mas a liberdade durou pouco. No dia 8 de julho, um novo mandado de prisão foi cumprido, expedido pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco). A acusação: seguir comandando a Katiara mesmo preso.
Roceirinho se defende. Diz que deixou o crime em 2013, que virou açougueiro em Valéria, que usaram seu nome para ganhar fama. Mas sua imagem permanece entre as mais procuradas no Baralho do Crime. Seu número, o 33, continua sendo uma assinatura silenciosa nas periferias. Seu símbolo, o pentagrama, ainda é tatuado por novos soldados. E seu legado, manchado de sangue e silêncio, segue pulsando nas sombras da Bahia.
Porque no crime, como na roça, colhe-se o que se planta. E o que Roceirinho plantou foi muito mais que medo, foi um sistema. Um modelo. Uma ideia. E ideias, mesmo quando encarceradas, continuam a andar. Tal como raízes bem fincadas, a herança ainda é viva, nas periferias e em regiões subjugadas pela Katiara. Uma planta (não uma erva) daninha, que as autoridades de segurança não conseguiram, por enquanto, erradicar.
Nas trilhas poeirentas da caatinga baiana, entre mandacarus e aroeiras que desafiam a secura do sertão, nasceu o homem que viria a liderar a facção mais temida da Bahia. José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, brotou do pequeno povoado de Recife, em Cafarnaum, município com pouco mais de 2 mil habitantes. Era uma terra silenciosa, silenciosa demais para imaginar que ali surgiria um dos maiores criminosos da história do estado.
A origem de seu apelido remonta às tradições do interior: possivelmente herdado do pai, Idalécio, conhecido como “Lessa”. E foi como Zé de Lessa que ele se tornou um nome sussurrado com temor nos corredores do sistema penal, nos becos das favelas e nas salas da polícia judiciária.
Ninguém sabe dizer com precisão quando ele cruzou a linha da legalidade, mas há quem diga que tudo começou com roubos a banco em uma cidade que fica há um pouco mais de 35km de sua terra natal, Mulungu do Morro. Em 2015, o delegado Jorge Figueiredo o classificava como o maior assaltante de bancos e carros-fortes da Bahia. Já em 2018, os cinco processos encontrados em seu nome estavam relacionados ao tráfico de drogas, e descreviam uma quadrilha de “extrema periculosidade”.
“É um cara bem tranquilo de conversa, não demonstra ser uma pessoa violenta. É bem articulado… quem bota as armas na Bahia hoje é ele”, informou uma fonte policial à época. Segundo a investigação, as armas vinham do Paraguai, escondidas em caminhões de carga.
Mas o rosto do crime nem sempre se confunde com o estereótipo da brutalidade. Para quem o conheceu, Zé de Lessa era educado, discreto, falava baixo. Sua imagem destoava do império criminoso que erguera: o Bonde do Maluco (BDM), facção nascida sob sua liderança, considerada a mais truculenta do estado. Suas operações alcançavam o tráfico internacional, assaltos cinematográficos e sequestros meticulosos.
A história do Bonde do Maluco começa antes de Zé de Lessa assumir o controle. Em 2015, a facção Caveira, um dos grupos mais violentos da capital baiana, decidiu criar um braço externo com o objetivo de ampliar sua influência em Salvador e na Região Metropolitana. Batizaram esse braço de BDM. A meta era clara: tomar áreas estratégicas como o Subúrbio Ferroviário e Cajazeiras. No entanto, o projeto sofreu um racha interno de causas ainda obscuras. Foi o suficiente para que o Bonde do Maluco deixasse de ser satélite da Caveira e ganhasse vida própria, sob a batuta de Zé de Lessa, já então um assaltante com conexões fora da Bahia.
Com Lessa, o BDM deixou de ser uma fração local e passou a se profissionalizar. Foi ele quem abriu caminho para o alinhamento direto com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. O que antes era apenas uma troca comercial com a Caveira, virou aliança estratégica entre o BDM e os paulistas. A partir de 2018, o pacto passou a ser monitorado pelas forças de segurança: armas pesadas (fuzis, explosivos, munição) começaram a circular com mais intensidade. Com apoio financeiro, logística e know-how, o Bonde do Maluco cresceu em ritmo acelerado, avançando sobre bairros, comunidades e até sobre facções inteiras.
A ascensão do BDM coincidiu com o declínio da própria Caveira, sua criadora. A estrutura antiga foi sendo engolida pelo grupo dissidente e também sofreu ataques de rivais históricos, como o Comando da Paz (CP), que por sua vez foi absorvido pelo Comando Vermelho. Era o reflexo da nova ordem do crime baiano, cada vez mais conectado com o eixo Rio–São Paulo.
Enquanto isso, Zé de Lessa seguia acumulando poder — e processos. Preso em 2001 por tráfico, percorreu as prisões da Região Metropolitana de Salvador como quem muda de endereço. Teve progressão de pena para o semiaberto em 2005, mas fugiu. Foi recapturado meses depois e, desde então, manteve uma rotina de fugas, punições disciplinares, e influência crescente, inclusive de dentro da cadeia. Em 2013 e 2014, foram encontrados celulares e chips atribuídos a ele dentro da penitenciária. Era uma liderança que não se apagava com grades.
Em 2014, quase perdeu a vida na prisão após uma tentativa de homicídio. Foi espancado por outros detentos. A justificativa? Sua posição de liderança.
Naquele mesmo ano, conseguiu um feito raro: converteu sua pena em prisão domiciliar. A justificativa jurídica foi um problema médico. Sua mão esquerda, atrofiada após um acidente de carro mal tratado, exigia uma cirurgia delicada. O desembargador Aliomar Britto aceitou os argumentos da defesa com base no princípio da dignidade humana.
Zé de Lessa foi solto. Não fez a cirurgia. Nunca mais voltou.
O advogado Paulo César Pires, que o defendeu, diz que nunca mais teve contato com o ex-cliente. “Tratando-se de assaltante, os médicos não fizeram um trabalho bom na mão dele. Aquilo impossibilitava de fazer algumas coisas básicas da vida.” A promessa era de fisioterapia diária, pinos importados de São Paulo, reabilitação, nada disso ocorreu.
O Ministério Público, cético desde o início, tentou impedir a saída. A juíza da 2ª Vara de Execuções Penais à época, Andremara dos Santos, negou o pedido de prisão domiciliar. Mas, cinco dias depois, o desembargador da instância superior decidiu pela soltura. Zé de Lessa sumiu no mundo.
Não havia tornozeleiras eletrônicas disponíveis na Bahia em 2014. O sistema, frágil e desarticulado, não pôde controlar um homem que planejava crimes enquanto se passava por doente.
Da clandestinidade, Zé de Lessa comandava ações de alto impacto. Seu nome apareceu por trás do assalto de R$ 100 milhões a uma agência bancária em Bacabal, no Maranhão, em 2018. Segundo a SSP-MA, ele orquestrava o crime do Paraguai. Quem executava era seu irmão, Edielson Francisco Lumes, o Dó, morto pela polícia após o roubo.
Outro nome de confiança era Franklin Costa Araújo, seu cunhado, apontado como o principal sequestrador da Bahia. Ex-segurança do Banco do Brasil, Franklin aprendeu a rotina bancária por dentro, e depois a explorou por fora, ao lado do cunhado foragido.
Enquanto isso, Zé de Lessa era a carta Ás de Ouro no Baralho do Crime da SSP-BA. O homem mais procurado da Bahia.
Em 4 de dezembro de 2019, o cerco se fechou.
Zé de Lessa estava escondido em uma fazenda entre Coronel Sapucaia e Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, território de fronteira, trânsito livre de armas e drogas. Segundo a Polícia Militar, após uma tentativa de assalto a carro-forte na Rodovia MS-156, agentes localizaram o esconderijo. Houve troca de tiros. Lessa foi morto.
Assim morreu o homem que, por anos, confundiu a justiça com relatórios médicos, usou a própria fragilidade física como trunfo jurídico e transformou a calma do sertão em ponto de partida para um reinado de violência.
O que as autoridades de segurança pública deveriam aprender a partir de Zé de Lessa é que o crime, quando se organiza, sabe ser paciente, educado e letal. Porém o exemplo não virou realidade e outros Zés surgiram...
Mesmo com os altos índices de violência, seja por ter o maior número de homicídios do país, seja por liderar em mortes causadas por ações policiais, a Bahia ainda mantém a custódia dos seus presos. A Bahia é somente o 15º colocado em pessoas nascidas no estado sob a gestão de presídios federais.
Segundo informações obtidas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), através da Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública, que solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI). Os dados abrangem as cinco casas federais em funcionamento: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
As informações foram extraídas do Sistema de Administração Penitenciária (Siapen) entre os dias 25 e 27 de junho de 2025, e organizadas em planilha com dados agregados por unidade prisional. Segundo planilha divulgada, a Bahia possui 12 detentos no sistema prisional federal, ficando atrás, no Nordeste, do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará. Não foram especificados os crimes, as idades ou as identidades dos baianos alocados nos presídios federais, nem os motivos da escolha.
Foto: SIAP
Dentro de todos os presídios federais, 508 já possuem alguma condenação vigente, outros 28 estão em estado provisório, ainda sem condenação, além de 13 presidiários que não tiveram a situação jurídica informada.
Foto: SIAP
Entre os tipos penais detectados no levantamento, em que os detentos são enquadrados, se destacam o roubo, com 145 citações, o tráfico de drogas, com 107, homicídio com 81. Além disso, 37 com crime vinculado a latrocínio, promover organização criminosa com 29, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito com 28, associação criminosa com 28 e uso de documentos falsos com 18.
LIDERANÇA INDESEJADA
De acordo com dados do Atlas da Violência, a Bahia ocupou a primeira posição no número de homicídios no Brasil entre os anos de 2015 e 2023. Nesse período, foram registrados 61.249 assassinatos no estado — um total que supera em mais de 16 mil o número do Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar com 45.121 casos.
Além disso, o estado também lidera, pelo segundo ano seguido, o ranking de mortes causadas por ações policiais. Somente em 2023, foram 1.699 mortes provocadas por agentes de segurança pública, estivessem eles em serviço ou não. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2024. No ano anterior, em 2022, o estado havia registrado 1.467 óbitos desse tipo — 232 a menos que no ano seguinte. Desde 2021, o número de mortes resultantes da atuação das polícias Militar e Civil na Bahia tem apresentado crescimento.
O Mapa da Segurança Pública 2024, elaborado pelo Ministério da Justiça e divulgado em janeiro deste ano, confirma esse cenário. Segundo o levantamento, a Bahia foi o estado brasileiro com o maior número de mortes decorrentes de intervenções policiais em 2023, totalizando 1.701 vítimas — um aumento de 15% em relação ao ano anterior.
PRESÍDIOS BAIANOS
Ao todo, na Bahia, segundo a Seap-BA, existem 24 unidades prisionais em funcionamento, sendo 9 na capital e 15 no interior. Além disso, há uma unidade exclusivamente feminina na capital. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap-BA) administra essas unidades.
Na capital estão as: Cadeia Pública de Salvador, Casa do Albergado e Egresso, Central Médica Penitenciária, Centro de Observação Penal, Conjunto Penal Feminino, Conjunto Penal Masculino de Salvador, Hospital de Custódia e Tratamento, Penitenciária Lemos Brito, e Presídio de Salvador.
Já no interior estão: Colônia Penal de Simões Filho, Conjunto Penal de Barreiras, Conjunto Penal de Brumado, Conjunto Penal de Eunápolis, Conjunto Penal de Feira de Santana, Conjunto Penal de Irecê, Conjunto Penal de Itabuna, Conjunto Penal de Jequié, Conjunto Penal de Juazeiro, Conjunto Penal de Lauro de Freitas, Conjunto Penal de Paulo Afonso, Conjunto Penal de Serrinha, Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, Conjunto Penal de Valença, Conjunto Penal de Vitória da Conquista e Presídio Regional Ariston Cardoso - Ilhéus.
A paisagem do crime organizado na Bahia é marcada por disputas violentas, fragmentações e alianças estratégicas que redesenharam, ao longo dos últimos 20 anos, o domínio do tráfico de drogas no estado. Facções locais, como a extinta Caveira, a poderosa Bonde do Maluco (BDM) e a emergente Katiara, dividiram, e ainda dividem, território com grandes organizações de alcance nacional, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, o Terceiro Comando Puro (TCP) e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.
Tudo começou com a ascensão de grupos criados no interior do sistema prisional baiano, caso da própria Caveira, considerada por muitos como a organização mais temida no estado entre os anos 2000 e início da década de 2010. Com sede no Complexo Penitenciário da Mata Escura, a facção foi protagonista de uma das fases mais sangrentas da história da capital baiana: em 2010, quando seu domínio territorial era quase absoluto, Salvador registrou mais de 4.800 homicídios. A violência tinha nome, fardamento e liderança: à frente da Caveira estava Genilson Lima da Silva, o Perna, preso em 2012, e, em paralelo, outros líderes operavam nas ruas e nos presídios.
A prisão de Perna marcou o início da derrocada do grupo. Em busca de ampliar sua influência e inspirada nas grandes estruturas criminosas nacionais, a Caveira criou, em 2015, um braço externo: o Bonde do Maluco. A ideia era clara, expandir a atuação para regiões estratégicas de Salvador, como o Subúrbio e Cajazeiras, e fortalecer a presença na Região Metropolitana. Mas o plano não saiu como o esperado. Um racha interno, motivado por razões ainda pouco claras, acabou dando vida própria ao BDM, que passou a se estruturar sob liderança de José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, um assaltante de banco com conexões interestaduais.
Foi Zé de Lessa quem fortaleceu a ponte com o PCC. O que antes era uma simples relação comercial para fornecimento de armas à Caveira, se transformou em aliança direta entre o BDM e os paulistas. A partir de 2018, essa parceria começou a ser monitorada pelas forças de segurança. Armas pesadas, como fuzis e explosivos, passaram a circular entre os aliados. Com apoio logístico e financeiro, o BDM cresceu de forma vertiginosa, ganhando não apenas território, mas também protagonismo na guerra urbana baiana. Em 2024, o BDM fortaleceu seus laços com uma outra facção de alcance nacional: O Terceiro Comando Puro. A parceria, anunciada por meio de pichações em muros de vários bairros de Salvador, consolidou a hegemonia do BDM no território baiano.
A ascensão do BDM coincidiu com o enfraquecimento e posterior desaparecimento da Caveira. A facção foi perdendo espaço para o próprio BDM, que a atacava diretamente, e também para rivais históricos, como o Comando da Paz (CP), que, por sua vez, sofreu uma transformação relevante: sua estrutura foi absorvida pelo Comando Vermelho, em mais um capítulo de influência das facções nacionais no estado.
Hoje, o CP é considerado um braço do CV na Bahia, e juntos disputam, palmo a palmo, com o BDM, áreas estratégicas da capital e do interior. A violência gerada por essa disputa tem números alarmantes e nomes conhecidos. O bairro da Liberdade, por exemplo, que já foi dominado pela Caveira, passou às mãos do CP/CV, enquanto o BDM controla zonas importantes da periferia e da RMS. No Recôncavo, a disputa envolve outra facção relevante: a Katiara.
Surgida a partir do chamado Primeiro Comando do Recôncavo, a Katiara é uma facção regional que cresceu à sombra do tráfico de Salvador. Seu fundador, Adilson, o Roceirinho, transformou uma rede local de distribuição de drogas em um esquema altamente armado e organizado. Com fuzis, metralhadoras e o recrutamento de jovens para funções como “vapores” (transportadores de droga), Roceirinho consolidou domínio em cidades como Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Maragogipe, Vera Cruz e até em bairros de Salvador, como Valéria, Lobato e Águas Claras. Em 2013, o grupo ganhou o nome de Katiara, em homenagem a uma rua do município de Nazaré.
Mesmo preso desde 2012, primeiro em Serrinha e depois na Penitenciária Federal de Campo Grande, Roceirinho continuou influenciando as ações da facção, que é uma das poucas a fazer frente à força crescente do BDM no interior do estado. O grupo é acusado de execuções, sequestros e controle de pontos estratégicos do tráfico.
No dia 4 de julho, Roceirinho deixou o Complexo da Mata Escura, onde cumpria pena em regime fechado e passou a cumprir pena em regime semiaberto na Penitenciária Lafayette Coutinho.
Além desses protagonistas, outras facções menores orbitam o cenário do crime organizado baiano. O Bonde do Ajeita, por exemplo, surgiu em 2016 e tem histórico de conflito com o BDM. Desde 2021, é aliado do Comando Vermelho. A Tropa do A, ou Ordem e Progresso, nasceu como uma dissidência do CP após a absorção pelo CV, mas perdeu força com a morte de seu líder, Coruja, em 2020. Já o MPA (Mercado do Povo Atitude), com atuação no sul e extremo sul da Bahia, mantém-se fora dos grandes conflitos da capital, operando de forma discreta e com pouca visibilidade midiática.
Na Bahia, o crime organizado tem rosto, nome, história e geografia. E segue, apesar das mortes, prisões e operações, moldando a dinâmica social e urbana de centenas de comunidades.
Ao Bahia Notícias, a Secretária de Segurança Pública da Bahia afirmou estar focada no combate a estas facções que atuam no estado.
Leia nota na íntegra:
“A Secretaria da Segurança Pública da Bahia ressalta que o combate às facções envolvidas com tráficos de armas e drogas, homicídios, lavagem de dinheiro, roubo e corrupção de menores é realizado de forma incansável em todo o estado.
Nos primeiros seis meses de 2025, as Forças Estaduais e Federais da Segurança Pública ampliaram a atuação integrada, resultando na captura de 25 líderes de grupos criminosos. Quinze estavam escondidos em outros estados brasileiros.
As Forças Policiais, neste mesmo período, apreenderam também pouco mais de quatro mil armas de fogo, retiraram das ruas 10,5 toneladas de drogas e erradicaram 700 mil pés de maconha.
A SSP destaca, por fim, que as ações de inteligência continuarão intensificadas, com o compartilhamento de informações entre as Polícias Estaduais e Federais, visando a manutenção da paz social.
Dois homens foram executados a tiros em via pública de um bairro residencial na cidade de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. O crime foi registrado na noite desta terça-feira (1º), segundo informações do Alô Juca.
As identidades das vítimas não foram oficialmente divulgadas. Conforme apuração do portal, as duas vítimas morreram no local em que foram atingidas. A Polícia Militar chegou a ser acionada e fez rondas na região, porém ninguém teria sido preso.
A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas pela Delegacia Territorial de Dias d’Ávila. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi chamado para realizar a perícia e remover os corpos.
Um homem e uma mulher foram encontrados mortos a tiros dentro de um carro, na noite de terça-feira (10), na BR-116, em um trecho que passa pela cidade de Serrinha, a cerca de 70 km de Feira de Santana, na Bahia.
As vítimas foram identificadas como Grace Kelly de Oliveira Santos, de 36 anos, e Danilo Pereira Sousa dos Santos, de 33. Conforme a Polícia Civil, os corpos apresentavam marcas de disparos de arma de fogo.
A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas. No local, a filha de Grace Kelly, uma criança cuja idade não foi divulgada, foi localizada por policiais militares próxima ao veículo e encaminhada ao Conselho Tutelar.
Os corpos foram removidos e levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) do município. O caso está sob investigação da Delegacia Territorial de Serrinha.
O Brasil figura com oito cidades na lista das 50 mais violentas do mundo, de acordo com levantamento do Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, organização não governamental mexicana. Os dados, referentes ao ano de 2024, foram atualizados em fevereiro de 2025.
O município baiano de Feira de Santana lidera o ranking brasileiro, com taxa de 55,63 homicídios por 100 mil habitantes, ocupando a 22ª posição no ranking global. A região metropolitana de Recife aparece em seguida, com taxa de 41,88 homicídios por 100 mil habitantes, ficando na 31ª colocação.
As demais cidades brasileiras citadas são Fortaleza, Salvador, Maceió, Porto Velho, Manaus e Caruaru. No total, essas oito cidades somaram 6.451 homicídios em 2024, com média de 38,55 homicídios por 100 mil habitantes.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta semana que o governo estadual segue empenhado no fortalecimento da segurança pública, com investimentos em pessoal, viaturas, armamentos e inteligência.
Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1, ele detalhou os esforços que vêm sendo realizados, ressaltando que cerca de 4 mil profissionais foram recentemente convocados para as forças de segurança e prometeu que os concursos para a Polícia Militar e a Polícia Penal terão continuidade.
“O último concurso da PM já está com novas turmas em formação. Até o final do ano, esses policiais estarão na rua protegendo as pessoas”, disse o governador.
O chefe do Executivo também destacou que a entrega de viaturas tem ocorrido de forma sistemática, com novos veículos sendo incorporados às frotas da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e do sistema prisional. “Estamos entregando viaturas praticamente a cada dois meses, além de armamentos de alto poder de fogo, o que garante ao profissional o maior acervo na segurança para garantir que o policial tenha equipamento de qualidade.”
Outro foco da gestão é o fortalecimento da inteligência policial. De acordo com Jerônimo, operações estão sendo realizadas com frequência, sob comando direto dos secretários Marcelo Werner (Segurança Pública) e José Antônio Castro (Administração Penitenciária), com ações nos presídios e nas ruas.
O governador também destacou o papel do programa Bahia Pela Paz, que reúne mensalmente representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Assembleia Legislativa para avaliar o sistema de segurança "como um todo". “Não adianta apenas discutir se a polícia prende mal ou se a Justiça solta mal. Nós temos que sentar juntos, discutir, ouvir os órgãos de direitos humanos e construir soluções integradas.”
Jerônimo reforçou que a atuação da polícia contra o crime organizado continuará “com firmeza e dentro da legalidade”. “A ação firme da polícia vai continuar principalmente contra o crime organizado. Com respeito à vida, mas sem abrir mão da obrigação da força da polícia em garantir a paz.”
Após um ataque criminoso que tinha o diretor do Conjunto Penal de Eunápolis (CPE), o policial penal Jorge Magno Alves Pinto, como alvo, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) indicou que sua gestão tem adotado "postura firme" para o enfrentamento do crime organizado na região.
"Nós temos tido uma postura muito firme, a todo momento que a gente recebe denúncia ela é averiguada. Fiquei muito sentido com a ameaça de um diretor, um quadro nosso, ter sido ameaçado dessa forma, em vias de fato. Sentido pelo que aconteceu com o motorista. Isso prova que as coisas tivessem sendo passadas a mão pela cabeça, isso talvez não acontecesse. Isso prova que estamos sendo rigorosos", disse na manhã desta quinta-feira (22) em entrevista na rádio BandNews FM.
"Tivemos o afastamento e um processo aberto para que a dirigente anterior pudesse responder. É uma área muito sensível, sabemos como o presídio pode contribuir para o malfeitor, o crime organizado, e ali tem sido a torneira onde a gente vai tentando fechar. Nós estamos fazendo as operações com as polícias, os serviços com a secretaria que cuida dos presídios. Eu espero que a gente possa dar conta dos outros, encontrar qual é a fonte. E não vamos dar trégua nesse aspecto do crime organizado", acrescentou.
Na última terça-feira (20), o carro de Jorge Magno foi alvo de uma emboscada por integrantes de uma facção criminosa. Um grupo de 20 criminosos, que estavam encapuzados, cercou o veículo e efetuou os disparos.
O diretor do conjunto penal não estava dentro do carro no momento do ataque. O seu motorista foi atingido pelos disparos e foi imediatamente socorrido para o Hospital de Eunápolis.
Jorge Magno Alves Pinto assumiu a diretoria após a fuga de 16 presos do complexo penal de Eunápolis. Ele entrou no lugar de Joneuma Neres. De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Territorial de Eunápolis, Joneuma teria facilitado a ação de criminosos que promoveram a invasão e a fuga no presídio. Além disso, foi identificada a ligação da ex-diretora com uma organização criminosa.
A Bahia, mais uma vez, aparece em posição de destaque negativo, liderando o número de homicídios de adolescentes e ocupando o terceiro lugar no ranking de assassinatos de crianças de até 4 anos.
Em 2023, 14 crianças de 0 a 4 anos foram mortas na Bahia. O estado fica atrás apenas do Rio de Janeiro, com 24 mortes, e de São Paulo, com 18. Pernambuco e Roraima aparecem empatados em quarto lugar, com 12 homicídios infantis cada. A taxa de homicídios para essa faixa etária é de 1,4 por 100 mil habitantes, revelando que, mesmo entre os mais jovens e vulneráveis, a violência é uma realidade presente.
Na faixa etária de 5 a 14 anos, a situação é ainda mais alarmante: a Bahia lidera o ranking nacional, com 48 homicídios registrados em 2023. Em seguida aparecem o Rio de Janeiro, com 33 mortes, e São Paulo, com 30. A taxa de homicídios nessa faixa é de 2,3 por 100 mil habitantes, e aponta para um cenário preocupante de crianças em idade escolar sendo vítimas da violência armada e do abandono social.
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Mas é entre os adolescentes de 15 a 19 anos que o retrato da violência atinge seu ápice. A Bahia registrou 945 assassinatos, quase o dobro do segundo colocado, o Rio de Janeiro, com 504 mortes. Pernambuco ficou em terceiro (392), seguido por Ceará (347) e Minas Gerais (234). A taxa de homicídios entre adolescentes dessa faixa etária é de 83,4 por 100 mil habitantes, um número considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que define como crítico qualquer valor acima de 10.
A Bahia registrou, em 2023, o maior número absoluto de homicídios do Brasil, com 6.616 pessoas mortas, segundo dados do Atlas da Violência. Apesar da liderança nacional no número de mortes violentas, o total representa o menor índice desde 2020, indicando uma leve tendência de queda nos últimos anos.
Nos três anos anteriores, o Estado contabilizou: 6.776 homicídios em 2022, 7.206 em 2021 e 7.076 em 2020. A redução, embora modesta, representa um sinal de desaceleração da violência letal, com uma queda de aproximadamente 8,2% entre 2021 e 2023.
Em termos de número absoluto de homicídios, os estados que seguem a Bahia no ranking são Rio de Janeiro, com 4.292 homicídios, Pernambuco, com 3.697, São Paulo, com 3.043, e Ceará, com 2.992.
A Bahia não apenas lidera em números absolutos, como também ocupa o segundo lugar no ranking nacional de homicídios por 100 mil habitantes, com uma taxa de 43,9. Nesse quesito, o Estado perde apenas para o Amapá, que registrou impressionantes 57,4 homicídios por 100 mil habitantes. Na sequência aparecem Pernambuco (38,0), Amazonas (36,8) e Roraima (35,9), consolidando o Norte e o Nordeste como as regiões mais afetadas pela violência letal no Brasil.
Dois corpos foram localizados na tarde desta segunda-feira (24) na zona rural de Barreiros, em Amargosa, município situado a aproximadamente 250 km de Salvador. As vítimas ainda não foram identificadas.
A Polícia Civil informou que investiga a autoria e a motivação do crime. Equipes estiveram no local em busca de pistas que possam levar aos responsáveis pelo duplo homicídio.
As informações são do Alô Juca.
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nas primeiras horas desta quinta-feira (20), duas grandes operações contra grupos criminosos que atuam na capital, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na Linha Verde, no sistema prisional e em outros estados.
As ações, denominadas Operação Dankana e Operação Aurantis, visam cumprir mandados judiciais de prisão e busca e apreensão contra suspeitos envolvidos em tráfico de drogas, homicídios e outros crimes. Elas foram coordenadas pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).
A Operação Dankana, conduzida pelo Denarc, tem como foco o combate ao narcotráfico e à atuação de grupos criminosos em Salvador, RMS e outros estados, sendo uma etapa da Operação Narke.
Já a Operação Aurantis, coordenada pelo Depom, por intermédio da 26ª Delegacia Territorial (DT) de Vila de Abrantes e com o apoio de todas as Delegacias Territoriais da Capital e da RMS, visa desarticular organizações criminosas na Linha Verde e em áreas próximas.
A ofensiva inclui o cumprimento de mandados contra lideranças criminosas que operam dentro e fora do sistema prisional. A ação mobiliza aproximadamente 300 policiais civis, distribuídos em 66 equipes operacionais, além de sete equipes responsáveis pela formalização dos procedimentos.
As operações contam, ainda, com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Deic) e o Departamento de Polícia do Interior (Depin).
Um homem vestindo camisa da fábrica da Mondial foi encontrado morto no povoado de Sapé, zona rural de Amélia Rodrigues. A vítima foi localizada na tarde desta quarta-feira (26) e estava com as mãos algemadas.
Conforme apuração do Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, o corpo apresentava diversas marcas de tiro.
Ainda não há informações sobre a vítima nem sobre as circunstâncias do crime. A delegacia local vai conduzir as investigações. O corpo foi removido pela Delegacia de Polícia Técnica para Santo Amaro, onde aguarda reconhecimento de familiares.
Um rodoviário, identificado como Antônio Ferreira da Anunciação e apelidado de “Jiboia”, foi morto a tiros dentro do micro-ônibus em que trabalhava em Lauro de Freitas, em frente ao condomínio Solar das Fontes, na manhã desta sexta-feira (24).
O autor da execução entrou no veículo como se fosse um passageiro na Rua Waldir Pires, no bairro do Jockey Clube, que não tem ligação com outras vias, e disparou tiros contra o motorista, que estava sozinho no coletivo, segundo nota da Translauf, empresa do micro-ônibus conduzido por Antônio.
Em nota, a empresa de transporte lamentou a morte de “Jiboia”, de 59 anos. “Neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e apoio à família, aos amigos e aos colegas do sistema”.
Ainda são desconhecidas a motivação e a autoria do crime. Em nota, a Polícia Civil informou que "imagens de câmeras de segurança do local estão sendo coletadas e devem auxiliar na identificação do suspeito do crime".(Atualização às 12h40)
A Polícia Civil prendeu um policial militar suspeito de envolvimento no homicídio do cigano Agilson Ribeiro Dantas, ocorrido em junho de 2024. O militar foi preso na manhã desta terça-feira (21), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
As investigações indicam que o assassinato está ligado a uma briga entre clãs ciganos, envolvendo vinganças familiares. “A vítima fazia parte de uma família em conflito com outra, com várias mortes ocorrendo entre os membros dessas famílias”, informou o titular da 4ª DH/Camaçari, o delegado Antônio Sena.
O PM será encaminhado para o Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde ficará à disposição da Justiça. Durante a ação, foram apreendidos uma pistola.40, um notebook e um celular, que serão periciadas no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
O ônibus da banda do cantor Thiago Aquino sofreu uma tentativa de assalto na madrugada desta sexta-feira (17), próximo à cidade de Entre Rios, na Bahia.
VÍDEO: Ônibus de Thiago Aquino é alvejado a tiros em tentativa de assalto na Bahia pic.twitter.com/rVWGy4Uq1z
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) January 17, 2025
De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, o ônibus que levava músicos, produção e equipe técnica foi alvejado por mais de oito tiros. Cerca de 10 homens tentaram invadir o veículo, no entanto, o ônibus não parou no local, conseguindo escapar da ação.
O ônibus seguia viagem para um show na cidade de Santo Amaro de Brotas, em Sergipe. Após a tentativa de assalto, os profissionais foram prestar queixa na delegacia de Entre Rios, ainda na Bahia.
Aquino não estava no ônibus no momento do assalto. O artista surgiu nas redes sociais para tranquilizar os fãs e os familiares dos músicos e membros da equipe, e falar sobre o susto vivido pela banda.
“[Estou] assustado com tudo isso que aconteceu essa madrugada, mas passando também para tranquilizar cada um dos familiares dos nossos músicos, aos nossos fãs. Essa madrugada de hoje, o nosso ônibus teve uma tentativa de assalto, onde teve vários disparos de fogo. E graças a Deus ninguém foi ferido. Graças a Deus não aconteceu nada porque ele é mais forte. A gente sabe que essa escolha não é fácil. A gente que está na estrada, a gente já se deparou com várias coisas, mas não como essa. Então, eu acredito que seja assustador. E eu entendo a preocupação de todos os familiares, mas eu tô aqui pra tranquilizar cada um de vocês, tá todo mundo bem. E é isso. Triste, mas sempre Deus na frente e cuidando e guiando todos os nossos pais. Bom dia e vamos pra cima."
Mais de um mês após a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, Anailton Souza Santos, conhecido como Nino, foi localizado escondido no município e acabou morto após confronto com a polícia nesta quinta-feira (16). Ele foi baleado e não resistiu ao ferimento, conforme informações do Radar News, parceiro do Bahia Notícias.
Adailton Sousa Santos, o Nino | Foto: Reprodução/ Radar.News
Durante a operação no bairro Alecrim I, em Eunápolis, Nino resistiu à prisão e disparou contra os policiais na tentativa de escapar do cerco. No entanto, durante o confronto, o foragido foi baleado.
Com ele, foram encontrados arma de fogo, colete balístico, drogas, anotações e celulares. Anailton foi localizado no mesmo bairro em que policiais identificaram um acampamento que teria sido utilizado por ele no último dia 7. O local ficava numa área de mata, ao fundo da residência dos pais do suspeito.
RELEMBRE
A fuga aconteceu no final da noite do dia 12 de dezembro quando oito homens armados invadiram o presídio com objetivo de soltar Edinaldo Pereira Souza, denominado de Dada, tido como chefe de uma facção criminosa local. Além de Dada, os invasores tiraram outros 15 detentos que seriam ligados à mesma facção.
Samuel de Andrade de Jesus, de cinco anos, morreu após ser baleado durante uma troca de tiros na noite desta quarta-feira (18), na rua Lindóia, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
De acordo com informações do site Alô Juca, o menino brincava na rua quando foi atingido. Ele foi socorrido pela mãe para o Hospital Menandro de Faria, mas não resistiu, mesmo após uma hora e dez minutos de tentativas de reanimação pelos médicos.
Equipes da 81ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) estiveram no local da ocorrência, mas até o momento ninguém foi preso.
O vice-prefeito eleito de Santa Cruz Cabrália, Cláudio Alexandre Faria Mendes (PDT), conhecido como Xêpa, e o filho dele foram vítimas de um assalto seguido de sequestro na tarde desta terça-feira (3).
Segundo informações do site Radar News, parceiro do Bahia Notícias, os dois viajavam de carro para Ilhéus e ao passarem por uma estrada no distrito de Ponto Central, foram interceptados por dois veículos.
Os criminosos estavam armados, entraram no carro das vítimas e seguiram para a região do Projeto São Miguel.
Ainda conforme divulgado pelo site, pai e filho permaneceram sob ameaça de armas dos bandidos. Eles foram levados para um local próximo a uma lagoa, e o vice-prefeito eleito e ex-vereador se identificou.
Temendo a repercussão do caso, os criminosos decidiram libertar os dois reféns.
A presença das organizações criminosas na Bahia reverbera também na política. Nas eleições deste ano, políticos de várias correntes ideológicas se queixaram e relataram casos de intimidação.
Para o especialista em segurança e cofundador da Iniciativa Negra, Dudu Ribeiro, a relação do crime com a política só ficou mais visível neste ano, mas já ocorre há um tempo. Em entrevista ao Bahia Notícias, Ribeiro criticou o modelo de polícia dominante, que funciona na “lógica da guerra”.
Ele também avaliou a situação do governador Jerônimo Rodrigues diante do problema e declarou que a maioria dos municípios baianos podem interferir, mesmo diante das limitações, em colaborar na diminuição dos índices de violência. Leia a entrevista completa na Coluna Municípios.
Um homem, de 30 anos, foi encontrado morto na noite deste domingo (17) em Ponto Novo, no Piemonte Norte do Itapicuru. O corpo de Marcone de Jesus Amorim, conhecido como Galileu, apresentava sinais de violência, com indícios de que teria sido morto a pedradas e facadas.
Segundo o Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias, a vítima foi encontrada ao lado de uma motocicleta, em uma estrada vicinal que dar acesso ao povoado Bezerras, zona rural do município. Uma ambulância do Samu foi acionada, mas a vítima não tinha sinais de vida.
O corpo deve ser levado para perícia pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Senhor do Bonfim, na mesma região. Não há informações sobre velório e sepultamento.
Em reunião com os chefes das forças de segurança da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues fez um pronunciamento para reafirmar o trabalho firme do Governo do Estado no enfrentamento à violência, ressaltando o compromisso e a dedicação das polícias.
“Mais uma vez, estou aqui reunido com o comando central da segurança pública do estado da Bahia, para garantir a vocês que as nossas polícias vão continuar trabalhando incansavelmente no enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico de drogas e contra qualquer tipo de violência, que coloque em risco a segurança da nossa sociedade”, frisou, logo no início da mensagem.
O governador ressaltou, ainda, que “a luta vai continuar com a mão firme do nosso Governo contra as facções criminosas e o tráfico de drogas. Essa é a nossa responsabilidade. Fui eleito para isso”, e lembrou que essa não é uma preocupação apenas da Bahia. “Estive com o presidente Lula e com o ministro Lewandowski, que estão convocando todos os governadores para aprofundar as ações de integração na segurança pública nacional”.
Jerônimo Rodrigues ressaltou ainda que os investimentos em inteligência, tecnologia, recursos humanos, equipamentos e integração seguem sendo ampliados no estado. Durante o pronunciamento, o governador fez um alerta sobre políticos que têm tratado o tema da segurança com irresponsabilidade. “Infelizmente, políticos oportunistas querem fazer desse tema sério um trampolim eleitoral. Usam suas mídias para espalhar terror com inverdades, calúnias e difamações contra a nossa polícia. Exploram a dor de famílias enlutadas e tentam desmoralizar o trabalho sério realizado pelos nossos profissionais de segurança pública”.
Em pronunciamento, Governador Jerônimo Rodrigues reafirma trabalho contra à violência: “Nossas polícias vão continuar trabalhando”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 21, 2024
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Estiveram presentes na reunião o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner; o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho; a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito; a diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, Ana Cecília Bandeira; e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, coronel Adson Marchesini.
Uma estudante sofreu uma tentativa de assassinato em frente a um colégio em Vitória da Conquista na tarde desta terça-feira (10). O caso aconteceu por volta das 14h no Colégio Estadual de Tempo Integral Camillo de Jesus Lima.
A estudante andava na Rua Potiraguá, região da zona oeste de Vitória da Conquista, quando um indivíduo efetuou vários disparos contra ela, que correu pedindo socorro e entrou no colégio. O suspeito fugiu.
Segundo informações da 78ª Companhia Independente de Polícia Militar, a vítima buscou refúgio no colégio. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e encaminhou a adolescente para o Hospital Geral de Vitória da Conquista.
"Nossas viaturas estão em diligência para identificar o autor. Sem mais informações no momento", informou um agente da Companhia Militar.
O Blog do Anderson, parceiro do Bahia Noticiais, esteve no local do crime e encontrou vestígios como a camisa do uniforme escolar e outros pertences da vítima ainda no chão. As aulas do colégio foram suspensas devido ao ocorrido.
A diretora do Núcleo Territorial de Educação do Sudoeste Baiano (NTE 20), Lenira Maria de Figueiredo Souza, informou que estava se dirigindo ao colégio para acompanhar a situação e tomar as medidas cabíveis.
A Polícia Militar informou que equipes estão em diligências para identificar e localizar o autor dos disparos. Até o momento, não há mais detalhes sobre o caso.
Com o objetivo de combater os crimes de roubo e tráfico de drogas em Cruz das Almas, as polícias Civil e Militar deflagram uma ação conjunta para cumprimento de mandados de busca e apreensão, na manhã deste sábado (31). Um adolescente foi apreendido e está à disposição da Vara da Infância e da Juventude.
Durante a ação nesta manhã, foram apreendidos 60 aparelhos celulares de origem duvidosa, porções de maconha e cocaína prontas para comercialização, câmeras de segurança utilizadas para monitorar a circulação das forças policiais, instaladas clandestinamente nos postes de iluminação pública e um rádio comunicador com o símbolo de um grupo criminoso foram apreendidos durante a ação.
Os celulares serão verificados pelas equipes policiais, para identificação dos proprietários e posterior restituição. Integrantes do grupo criminoso foram identificados e terão as prisões preventivas solicitadas à Justiça.
Participaram das diligências equipes do Serviço de Investigação da Delegacia Territorial de Cruz das Almas, da 27ª CIPM e da Rondesp Recôncavo.
Equipes da Polícia Civil da Bahia cumpriram, nesta quarta-feira (19), sete mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa com comprovado envolvimento em tráfico de drogas e homicídios. As determinações judiciais, obtidas no âmbito da Operação Desavenças, foram cumpridas nos municípios de Salvador, Simões Filho e Camaçari.
Participaram das ações policiais do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com as investigações, os suspeitos atuavam como "Tribunal do Crime", determinando tortura e execução a rivais.
Duas das principais lideranças da organização foram alcançadas em condomínios fechados no bairro do Stiep, em Salvador, e Abrantes, no município de Camaçari.
O secretário de segurança pública da Bahia, Marcelo Werner, comentou sobre o levantamento que apontou cinco cidades baianas como as mais violentas do Brasil. Durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (18), o titular da SSP disse que os dados são referentes ao ano de 2022 e que entre 2023 e neste ano os números da violência na Bahia já diminuíram.
“O Atlas traz dados de 2022 que foram apresentados hoje e eu posso trazer a vocês informações do ano de domínio de 2023 que nós tivemos muitos investimentos. Mais de 2.500 policiais no 1º ano de gestão, tivemos um aumento de apreensão de arma de fogo em relação ao mesmo período do ano passado e de 2022 no caso. Cerca de 17% de aumento do número de pessoas presas, 6% aumento de armas apreendidas e 55 fusíveis apreendidos em 2023”, explicou Werner.
Mesmo a Bahia registrando os maiores números de homicídio do país, o secretário disse ainda que foi obtido uma queda nos dados de mortes e crimes e que tem a expectativa de ter uma tendência de queda.
“A gente acabou 2023 com diminuição em todos os índices criminais, seja de morte violenta intencional, seja nos crimes violentos ou patrimônios, roubos furtos, seja instituições bancárias, roubos de veículos também. Nós pegamos as informações que tínhamos e continuamos trabalhando, focados na integração entre as forças de segurança em ações de inteligência e inovação. E aí chegamos em 2024 e seguimos essa mesma linha, esses investimentos continuam sendo aportados. Então já apresentamos 700 novos policiais civis que participam hoje dessa ação é importante no nosso estado chamado Unum Corpus e até o final do ano serão mais 3.000 agentes e a gente começa a ver a partir daí a mesma tendência de diminuição do final do ano passado, do 1º ano da nossa gestão”, completou.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia apresentou, nesta terça-feira (18), o balanço parcial da nova fase da Operação Unum Corpus da Polícia Civil, que foi deflagrada em toda a Bahia nesta manhã. Segundo os dados apresentados pela pasta, cerca de 392 criminosos foram presos e 45 armas foram apreendidas durante a ação.
Ainda de acordo com o balanço, cerca de 73.964 gramas de drogas foram apreendidas, além de 10 veículos recuperados e uma quantia de R$ 25.366,00 foram encontradas. Nas prisões, 131 ocorreram por crimes contra a vida; 71 por tráfico de drogas; 72 por crimes contra o Patrimônio; 44 por estupros; 36 por violência doméstica e 74 por outros. Dos presos, 161 estavam envolvidos em práticas de homicídios.
O titular da SSP, Marcelo Werner destacou as ações e operações realizadas contra a violência.
“No último balanço, 368 pessoas foram presas no estado da Bahia. Somente hoje, com base na operação Unum Corpus, 45 armas de fogo, R$ 25 mil reais apreendidos e 73 kg de drogas apreendidas. Vou destacar também, ontem, uma ação importante que desarticulou um laboratório de drogas, com mais de 100 kg de drogas aqui em Salvador. Já são 10 laboratórios de drogas desarticulados, esse ano, em um viés que nós temos, descapitalização das organizações criminosas, também, já são mais de 3 toneladas de drogas apreendidas. Então, eu destaco isso, aproveito para fazer esse balanço aí, com base nos dados apresentados pela operação na presente data”, afirmou Werner.
Operação Unum Corpus: Polícia prende 392 criminosos e apreende 39 armas na Bahia pic.twitter.com/Ronpv8Xvnq
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) June 18, 2024
Um homem invadiu a casa da ex-mulher em Eunápolis, na Costa do Descobrimento, e a atacou a facadas. O namorado dela, com quem tinha um relacionamento recente, também foi atacado. O fato ocorreu na noite deste domingo (16) no bairro Arnaldão.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o suspeito pelo duplo crime foi identificado como Jones Santana Barbosa. O acusado – que atua como motorista de ônibus coletivo, de 34 anos – fugiu antes da chegada da polícia.
Após serem atacadas, as vítimas, com idades de 32 e 31 anos, foram socorridas por vizinhos e levadas para uma unidade de saúde. O namorado da mulher precisou ser internado em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Não há mais informações sobre o estado de saúde dele. Já a mulher recebeu alta médica.
Ainda segundo informações, o homem deve responder por tentativas de feminicídio e homicídio. A faca usada no crime foi apreendida para perícia.
Nesta segunda-feira (17), um homem foi morto a facadas após ter a casa invadida em Ipiaú, no Médio Rio de Contas, Sudoeste baiano. A vítima namorava recentemente com a ex do acusado. O suspeito não tinha sido localizado até o início da tarde desta segunda.
Uma adolescente de 15 anos, identificada como Leidiane Vitória Cristo de Souza, foi morta a tiros dentro de uma casa na noite de quinta-feira (9), no bairro Santa Mônica, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, ela foi assassinada pelo namorado, de 19 anos, que fugiu após o crime e é procurado nesta sexta (10).
De acordo com informações do g1, a família de Leidiane afirma que ela foi sido assassinada após tentar ver mensagens no celular do namorado, identificado como Fabrício Silva dos Santos. Ele teria não gostado da situação e atirou algumas vezes contra a jovem.
"Eu sempre falava para ela: 'Minha filha, larga esse cara, ele não presta para você'. Ele sempre ameaçava ela por trás, dizia que ia fazer coisas comigo, com minha esposa, e a gente sempre pegando ela e levando para casa", relatou o pai da vítima, Edenilton Souza.
O crime aconteceu na rua Doutor Aristides de Oliveira, onde as famílias da vítima e do suspeito moram. Edenilton contou que a filha terminou o relacionamento algumas vezes, mas reatou após receber ameaças. "Ele é muito violento. Até a mãe dele me falou que ele não presta, que tentou bater nela, e é um ex-comungado. Também tentou bater na avó dele", afirmou.
Conforme parentes, Leidiane Vitória estava no banheiro da casa do namorado e segurava a filha do casal, que tem oito meses, quando foi baleada. Ao ser atingida, a adolescente caiu e cortou a cabeça, que bater no vaso sanitário. A bebê também caiu no chão e teve escoriações pelo corpo, mas passa bem e está com a família materna.
"Eu quero que todas as autoridades corram atrás desse vagabundo, porque ele vai pagar pelo que fez com minha filha. Tenho certeza. Depois que atirou na minha filha, ele fugiu e ninguém sabe o paradeiro dela.
Em nota, a Polícia Civil informou que o crime é investigado como feminicídio na 3ª Delegacia de Homicídios. A previsão é de que o corpo seja sepultado na tarde desta sexta-feira (10), no Cemitério Quinta dos Lázaros.
Três traficantes foram presos pela Polícia Militar (PM), na manhã deste domingo (05), por volta das 9h, no município de Caetité, no Sudoeste baiano. A ação teve início quando uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) abordou um indivíduo que fazia uso de entorpecentes na rua da Cebola, no bairro Ovídio Teixeira.
De acordo com informações do site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o suspeito confessou ter em sua residência uma TV furtada em um arrombamento e, após os policiais encontraram o objeto, ele informou que outros materiais teriam sido guardados em uma casa no distrito de Maniaçu.
A guarnição se deslocou para a localidade e encontrou seis indivíduos saindo correndo da residência quando avistaram a viatura. Três deles de 28, 20 e 18 anos, foram interceptados. Na casa, a PM encontrou uma arma de fogo calibre .12 com uma munição, cinco munições calibre .38, várias embalagens para acondicionamento de drogas, uma TV, um vídeo game PS4, três rádios comunicadores, um bastão de baseball e uma balança de precisão, além de sete porções de maconha e uma de cocaína sob a posse de um dos abordados.
O primeiro elemento, aproveitando o momento em que os policiais abordavam os três indivíduos, conseguiu evadir adentrando em um matagal próximo. Os três homens, o material apreendido e recuperado foram apresentados na Delegacia Territorial de Caetité para adoção de medidas cabíveis.
Um homem apontado como responsável por matar uma pessoa em fevereiro deste ano, no povoado de Carnaíba do Sertão, zona rural de Juazeiro, no Norte baiano, foi capturado durante ação conjunta entre equipes das Polícias Civil e Militar da Bahia com apoio da PM de Pernambuco, no sábado (4).
De acordo com a polícia, o homem também é dono de um laboratório de drogas no estado de Pernambuco e foi interceptado durante entrega de drogas. O levantamento de informações realizado pelas equipes do Núcleo de Inteligência (NI) da 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Juazeiro), com o apoio da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati/Norte) e DT de Juazeiro, a partir do mandado expedido, auxiliou as equipes no monitoramento do criminoso.
Conforme a titular da 17ª Coorpin, delegada Lígia Nunes de Sá, as informações sobre o deslocamento do homem foram repassadas para as equipes da Rondesp Norte e do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Petrolina) que montaram um ponto de bloqueio na Ponte Presidente Dutra, uma das ligações entre os estados da Bahia e Pernambuco.
"Ele foi interceptado em um veículo HB20 de cor prata e placa e, durante a abordagem, após confirmar a identidade, as equipes encontraram haxixe, cocaína e a quantia de R$ 231. O homem ainda confessou que iria fazer a entrega da droga em Lagoa Grande, no estado de PE, e receberia R$ 1.500 pelo serviço", detalhou a delegada.
Ainda de acordo com a corporação, ao ser questionado pelos policiais, o homem ainda informou que possuía duas residências na cidade de Petrolina e que uma delas ele utilizava como laboratório de drogas. Acompanhados dele, os agentes foram até o local e encontraram maconha, balança, munições e um coldre. O homem foi autuado em flagrante pelo porte das drogas e teve o mandado de prisão temporária expedido pelo homicídio cumprido.
Dois homens foram presos em posse de um carro roubado, uma réplica de revólver e munições, na noite de sábado (4), durante patrulhamento da Polícia Militar (PM) na Avenida 29 de Março, em Salvador. De acordo com informações da corporação, agentes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) abordaram os suspeitos a bordo de um Peugeout 208 de cor branca, na contramão da via.
A PM informou, por meio de nota, que os suspeitos tentavam fugir da Operação Lei Seca que acontecia na avenida e, após a busca pessoal e veicular foram encontrados um simulacro de revólver e seis munições. “Posteriormente, foram realizadas consultas aos sistemas e ficou comprovado que o veículo que estava na posse do suspeito, continha sinais de adulteração e apresentava restrição de roubo”, dizia a nota.
O material apreendido, o automóvel recuperado e os suspeitos foram direcionados à Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.
Um homem, de 43 anos, foi morto a golpes de faca e disparos de arma de fogo no final da tarde desta terça-feira (30) em Feira de Santana. A vítima, identificada como José Rosalvo dos Santos, foi encontrada pela companheira em uma área de mata, em uma fazenda, no distrito de Ipuaçu, zona rural do município.
Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, a vítima, que trabalhava como vaqueiro na fazenda, foi encontrada morta na mesma propriedade. Até o momento não se sabe a autoria nem a motivação do crime, que devem ser apuradas pela delegacia de homicídios local.
O corpo foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
Uma quadrilha foi presa na tarde desta segunda-feira (29), pela Polícia Militar (PM), foi presa em flagrante sob suspeita de invadir e manter dois idosos reféns na 1ª Travessa Guiné, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador.
Quatro homens foram presos. De acordo com a nota da corporação, os PMs realizavam ações de patrulhamento na região, quando surpreenderam um grupo de homens armados que, diante da presença dos militares, fugiu.
“Quatro indivíduos adentraram um imóvel situado na localidade conhecida como Travessa Guiné e fizeram dois moradores de reféns. Após negociação com os criminosos, os reféns foram liberados e os indivíduos presos”, diz a nota. De acordo com a PM, com os suspeitos, foram apreendidas pistolas, carregadores e munições de calibre .40, 550 porções de cocaína, 121 de crack, 10 de haxixe, 47 de maconha, 27 seringas contendo entorpecentes e dinheiro em espécie, que foram encaminhadas para a delegacia que atende à região para o registro da ocorrência. (Atualizada às 07h17 de 30/04/2024)
Uma mulher teve seu carro roubado nesta quarta-feira (24) em frente a um condomínio localizado na rua 8 de dezembro, no bairro da Graça, em Salvador. Nas imagens obtidas pelo Bahia Notícias é possível o momento em que o suspeito - que usava boné, camisa azul e uma bermuda jeans - se aproxima da vítima e ordena que ela saia do carro. Veja:
?? Mulher tem carro roubado em frente a condomínio no bairro da Graça, em Salvador
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) April 24, 2024
Confira ?? pic.twitter.com/tlkxYo4eJp
No momento da publicação desta matéria, a Polícia Militar não confirmou se foi acionada e nem a Polícia Civil informou se houve o registro do Boletim de Ocorrência.
Um homem foi preso em flagrante, por policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV)., conduzindo uma motocicleta com a placa clonada no bairro do Calabetão, em Salvador, na última segunda-feira (15).
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, que foi preso em fevereiro deste ano pela equipe da unidade especializada na Fazenda Grande do Retiro, tem passagens pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador. Ele foi liberado, à época, durante audiência de custódia da Justiça.
O homem foi submetido ao exame de lesão corporal no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e ficou à disposição do Poder Judiciário.
Uma mulher foi morta a facadas na madrugada deste domingo (7), em Iuiu, no Sudoeste da Bahia. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi identificada como Eliete dos Santos Silva e o ex-companheiro dela, Adão Lima da Silva, é suspeito do crime.
De acordo com o g1, o caso ocorreu por volta das 1h30, na Travessa João Alexandre, no Centro da cidade. Agentes do 17º Batalhão de Polícia Militar foram acionados para a ocorrência e, no local, populares informaram que o suspeito fugiu em uma moto vermelha sem placa.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer a vítima, mas ela não resistiu e morreu no local. A Polícia Civil relatou que o homem já havia tentado matar Eliete, em 2019, quando foi preso e alegou que a motivação do crime seria uma traição.
Em 2021, Adão Lima foi condenado a 9 anos, 7 meses e 2 dias de prisão em regime fechado no Conjunto Penal de Brumado. No entanto, no dia 22 de março deste ano, o suspeito recebeu alvará de soltura para liberdade condicional.
Um homem foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (4), em um ponto de ônibus próximo à Universidade do Estado da Bahia (Uneb), na Rua Silveira Martins, no bairro do Cabula, em Salvador. De acordo com testemunhas, cinco homens chegaram atirando contra a vítima que morreu na hora.
Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada para averiguar informação sobre um homem caído ao solo vítima de disparos de arma de fogo. Ao chegarem, os militares constataram o fato, isolaram o local e acionaram o Departamento de Perícia Técnica (DPT) para a remoção do corpo e realização da perícia. Ainda não se sabe a motivação do crime. As circunstâncias do ocorrido serão apuradas pela Polícia Civil.
Um homem suspeito de integrar facção criminosa morreu, nesta terça-feira (02), durante confronto com policiais em Sapeaçu, município do recôncavo baiano. Genildo Amparo do Nascimento, o ‘Gene’, estava listado como Dama de Espadas no Baralho do Crime, e apontado como liderança de um grupo criminoso.
Segundo a polícia, a ação ocorreu durante diligências da Operação Galope, deflagrada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic). Em meio ao cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. Gene teria iniciado o confronto com os militares quando foi atingido. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Um fuzil 556, uma pistola 9 mm de fabricação turca, 59 munições, cocaína, maconha e um carro com restrição de roubo foram apreendidos em um imóvel, na zona rural daquele município, onde as equipes localizaram Genildo. O material apreendido seguiu para a perícia.
Um homem suspeito de agredir a própria esposa com uma garrafa está sendo procurado pela Polícia Civil da Bahia (PC-BA). O crime foi cometido na sexta-feira (29), no bairro Alto do Cabrito, no subúrbio de Salvador. Por meio de nota, a Polícia Civil explicou que o casal bebia em um bar na Rua das Hortas quando começaram a discutir. O homem golpeou a mulher, de 34 anos, com uma garrafa.
Pessoas no local chegaram a filmar a vítima. É possível identificar nas imagens que outra mulher conversa com ela enquanto está ferida no chão. A mulher foi levada até um hospital, mas não há informações sobre seu estado de saúde.
Depoimentos foram coletados pela polícia e o caso foi registrado como lesão corporal no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Delegacia Especial de Proteção à Mulher (Deam) também acompanha o caso.
Um homem foi preso pela Polícia Militar (PM) após invadir a casa da ex-mulher fazendo ameaças de morte com uma faca, no Bairro Cidade das Esmeraldas, em Brumado, no Sudoeste baiano.
De acordo com informações do site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o caso aconteceu na última terça-feira (26), mas só ganhou repercussão nesta sexta-feira (29). O suspeito, que não teve a identidade revelada, foi denunciado por violência doméstica. Ele foi detido e apresentado na Delegacia Territorial de Brumado, onde permanece preso. Ainda de acordo com a reportagem, o homem também possui histórico de violência, lesão corporal e ameaça.
Um homem foi morto, nesta quarta-feira (27), após confronto com policiais militares em Barreiras, no oeste baiano. Segundo a polícia, ação foi ocasionada a partir de uma denúncia de que o carregamento de drogas de uma facção criminosa estaria numa residência no Vale do Amanhecer.
Ao site Blog do Braga, parceiro do Bahia Notícias, a equipe da Companhia Independente de Ações no Cerrado (CIPE Cerrado) informou que o grupo se deslocou até a casa e, ao perceber a aproximação das guarnições, o homem que fazia a guarda do material iniciou uma tentativa de fuga. O homem pulou o muro da residência pelo quintal.
No local, foram encontrados tabletes de maconha, e outros materiais utilizado nas ações de manuseio da droga. Durante as diligências, as guarnições tomaram conhecimento que um segundo homem, suposto dono do material apreendido, estaria buscando esconderijo na localidade vizinha.
As equipes policiais se deslocaram até uma casa e realizaram um cerco, onde os policiais foram recebidos com disparos sequenciados de arma de fogo. Durante o confronto, o suspeito foi alvejado. O homem utilizava uma pistola calibre.40. Ele foi socorrido para o Hospital de Barreiras (HO), onde foi constatado seu óbito.
Ao total, foram apreendidos uma pistola calibre .40, carregador e três munições intactas; três tabletes de maconha pesando 2,1kg; uma balança de precisão e material para embalagem de droga. Todo material apreendido foi apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Barreiras, onde foi realizado o procedimento legal.
Três homens foram mortos, nesta quarta-feira (27), durante uma operação da Rondesp no Residencial Vila Valdete, em Porto Seguro, no extremo sul baiano. A ação policial foi desencadeada por uma denúncia sobre a presença de um grupo armado em uma residência.
De acordo com a companhia de policiamento tático, ao chegarem ao local, os policiais afirmam ter sido recebidos a tiros, logo após anunciarem a ordem de prisão, o que os levou a revidar. Outras pessoas estavam presentes no imóvel, mas conseguiram escapar durante a ação.
Ao site Radar, parceiro do Bahia Notícias, a polícia informou que a intervenção resultou na apreensão de drogas, três armas de fogo, munições, uma balança de precisão, entre outros objetos. Os corpos, ainda não identificados, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal.
A família de Wiley Santos da Conceição, que foi espancado até a morte no Corredor da Vitória, na madrugada do último sábado (23), soube do ocorrido pelas notícias do crime transmitidas pela televisão. A vítima era uma pessoa em situação de rua, que não tinha o costume de transitar pelo bairro. Três dias após a morte, o corpo de Wiley Santos segue no Instituto Médico Legal (IML), em Salvador.
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De acordo com informações do Correio, a mãe e o irmão da vítima foram até o IML na manhã desta terça-feira (26) fazer o reconhecimento de Wiley Santos da Conceição. Como os familiares não tinham decidido os trâmites da funerária e do sepultamento, o corpo não foi liberado. A liberação só deve ser feita na quarta-feira (27), de acordo com funcionários do Instituto Médico Legal.
Na manhã da segunda-feira (26), os quatro suspeitos de participar do linchamento que resultou na morte da vítima tiveram a prisão preventiva decretada. Os homens suspeitos do crime são o flautista Lincoln Sena Pinheiro e o violinista Laércio Souza dos Santos, ambos integravam a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). Os músicos foram suspensos da Orquestra, que divulgou a decisão na segunda-feira (25).
Além deles, também foram presos Marcelo da Cunha Rodrigues Machado, namorado de Lincoln, e o motorista de aplicativo e morador do Corredor da Vitória Sérgio Ricardo Souza Menezes. A reportagem esteve no local da morte e conversou com moradores e trabalhadores da região. Todos disseram que a vítima não costumava transitar na localidade.
“Ninguém sabe quem ele é. Os moradores de rua que transitam por aqui são conhecidos e dificilmente praticam roubos ou fazem confusão com os moradores. O que ouvi é que ele costumava ficar pelo bairro da Barra”, disse um homem que trabalha no Corredor da Vitória há 16 anos.
Um homem foi preso, nesta quinta-feira (21), após esfaquear um servidor público que atuava como vigilante em uma praça no município de Eunápolis, no sul baiano. Informações apontam que o homem estaria tentando fazer suas necessidades fisiológicas no local, sendo impedido pela vítima.
Após a ação, o homem, identificado como Carlos Borges Santos, de 56 anos, foi detido por moradores locais. O servidor público municipal Marcelo Mendes de Oliveira, de 50 anos, sofreu uma perfuração no tórax e foi encaminhado para o Hospital Regional, onde segue internado sem risco de morte.
Segundo informações do site Radar, parceiro do Bahia Notícias, Carlos, que estava bêbado, chegou a ser espancado pela multidão, que foi contida após a chegada da Polícia Militar. Ele foi socorrido para uma unidade de saúde e, posteriormente, encaminhado à delegacia.
O delegado titular Jansen Júnior autuou Carlos Borges em flagrante por tentativa de homicídio qualificado, por dificultar a defesa da vítima. A arma utilizada no crime foi apreendida pela PM. Em depoimento, o vigilante alegou que não é a primeira vez que atua para impedir que o suspeito danifique o patrimônio no local.
A Polícia Civil da Bahia contabilizou 60 prisões de suspeitos de violência doméstica e familiar, entre flagrantes e cumprimentos de mandados de prisão entre os dias 1º e 15 de março, em toda a Bahia. Também foram apreendidos cinco adolescentes e 14 pessoas foram conduzidas para as unidades.
De acordo com números da corporação, no mesmo período, as unidades especializadas realizaram 345 registros de Boletins de Ocorrência, instauraram 234 inquéritos policiais e 248 foram encaminhados ao Poder Judiciário, com o indiciamento dos autores, além da solicitação de 228 medidas protetivas de urgência e 43 outras medidas cautelares.
Nos 15 dias de ações, de acordo com a Polícia Civil, foram realizadas 128 ações educativas, entre palestras e panfletagens, as quais alcançaram 12.895 pessoas de diversas comunidades de municípios baianos. As equipes das unidades especializadas da Polícia Civil também participaram de caminhadas e eventos de outras instituições sobre o tema.
Todas as ações da Operação Átria, que têm continuidade até o final deste mês, foram realizadas pelo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), por meio das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams), e pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio dos Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neams), em diversas regiões da Bahia.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Fernando Haddad
"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%".
Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao declarar que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994.