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Olha o cafezinho! Tradicionais carrinhos em Salvador entram em processo para virar patrimônio imaterial

Por Mauricio Leiro

Foto: Reprodução / Vai de Cafezinho

Tradicionais em diversos bairros de Salvador, os carrinhos de café, populares por levarem aroma e sabor, já estão em processo para virar patrimônio imaterial da capital baiana. O ato que tramita na Fundação Gregório de Matos, teve a notificação publicada no último dia 20. 

 

O processo atesta que os "saberes e fazeres" deste ofício consta na Lei nº 8.550/2014, de 29 de janeiro de 2014, que instrui normas de proteção e estímulo à preservação do patrimônio cultural do município de Salvador. O documento normatiza os processos de tombamento de bens materiais e imateriais e indica as instâncias e etapas de deliberação para o tombamento, além de ser inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações.

 

A partir de agora, é necessário a elaboração de Dossiê Técnico, com prazo de 18 meses, prorrogável por igual período, além do levantamento de fontes iconográficas, audiovisuais, textuais e depoimentos orais, estudos e elaboração de textos. A participação da comunidade produtora do bem na instrução do processo também é necessária. 

 

Após isso, a disponibilização do Dossiê Técnico para manifestação da sociedade, no prazo de 30 dias, com o encaminhamento do Dossiê Técnico ao Conselho Consultivo do Patrimônio - Análise e parecer - se favorável. Após isso o prefeito de Salvador autoriza e é feita a inscrição no livro de registro correspondente e título de “Patrimônio Cultural do Município de Salvador”. 

 

Por fim, é feita a elaboração participativa do plano de salvaguarda.

 

SALVADOR VAI DE CAFEZINHO

O projeto Salvador vai de cafezinho, nasceu nas rodas de bate-papo do projeto “Patrimônio É”, sobre patrimônio cultural material e imaterial da cidade de Salvador, promovidas pela Diretoria do Patrimônio, da Fundação Gregório de Matos. Em 2020, Edvard Passos mediou a mesa “Carrinho de Café: Patrimônio em Movimento”, com a participação do fotógrafo Roberto Faria e do museólogo Eduardo Fróes.

 

Inspirado por esta experiência, Edvard Passos, que é diretor artístico do projeto, diretor teatral, mas também arquiteto, decidiu revitalizar a ideia dos concursos de carrinho de café de Salvador, incrementando o projeto com outras ações, em benefício dos “cafezinhos”.

 

"A cultura do carrinho de café é uma expressão genuinamente soteropolitana. Eduardo Fróes, museólogo e autor da importante dissertação Um patrimônio em movimento: os carrinhos de café nas ruas de Salvador (UFBA, 2018), afirma que nenhuma outra cidade foi capaz de produzir semelhante artefato. Os famosos carrinhos comunicam e equilibram alegria e labor com muita habilidade e carisma e, por isso, conquistam facilmente espaço no coração e na apreciação das pessoas", indica a página do grupo.