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KPE Engenharia ainda não pagou funcionários demitidos; empresa é responsável por "mergulhão" em Salvador

Por Redação

KPE executou obra do Complexo viário Tatti Moreno | Foto:Betto Jr./Secom

Os funcionários demitidos pela empresa KPE Engenharia no mês de março ainda aguardam o pagamento de salários atrasados, rescisões e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). De acordo com o site BP Money, os ex-trabalhadores não tiveram os direitos trabalhistas garantidos pela construtora.

 

Ainda no mês de março, a BP Money revelou que a KPE Engenharia havia demitido todo o seu quadro de funcionários e não teria realizado pagamentos de salários atrasados da equipe além de fornecedores de obras.

 

Ainda conforme a reportagem, os funcionários demitidos estariam se sentindo "isolados" e não recebem informações. Fontes ligadas à empresa afirmam que a nova gestão já assumiu, mas ainda não há um posicionamento ou previsão para o pagamento.

 

Segundo um ex-funcionário da KPE, sob condição de anonimato, cerca de 90% do corporativo da empresa foi demitido e há mais de um mês estão sem informações. A KPE Engenharia não respondeu os contatos da reportagem.

 

A empresa realizou a obra da Trincheira Bidirecional na Magalhães Neto, conhecida como "Mergulhão", que liga as Avenidas Tancredo Neves e Magalhães Neto, em Salvador. A obra custou mais de R$ 42 milhões e foi inaugurada em setembro de 2022. Além disso, a KPE tem contratos vigentes com o Governo do Estado da Bahia.

 

KPE ENGENHARIA E A OAS

A KPE Engenharia foi comprada pela Coesa e ambas fizeram parte do Grupo OAS Empreendimentos. No início de 2021, a OAS buscava apagar o histórico de envolvimento com esquemas de corrupção revelados pela Operação Lava Jato e decidiu mudar de nome, quando passou a se chamar Metha e, em seguida, criar a construtora KPE Engenharia.

 

A empreiteira foi umas das principais envolvidas no escândalo de propinas para políticos e diretores da Petrobras em troca de acordos e contratos com a estatal. Em novembro de 2019, o grupo OAS assinou um acordo de leniência com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU) e aceitou pagar R$ 1,92 bilhão até 2047. Os valores serão destinados à União e às entidades lesadas.