Empresário preso em operação contra sonegação fiscal de R$ 14 milhões é solto em Feira de Santana
Por Redação
Preso durante a Operação Fogo Cruzado, que investiga um esquema de sonegação fiscal superior a R$ 14 milhões, o empresário Alex Alves Lima, de 46 anos, foi solto no final da tarde desta quinta-feira (11). A informação foi passada ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, pelo advogado Hércules Oliveira, que defende Lima.
Ele foi detido em Feira de Santana, onde mantém uma das unidades da 1991 Clube de Tiro, empresa da qual é um dos proprietários. Além de Feira, o grupo tem unidades em Salvador, Irecê, Coração de Maria e Ipirá.
Segundo o defensor, a Justiça decidiu não converter a prisão temporária em preventiva. Novas provas testemunhais e documentais foram incluídas ao inquérito, o que teria contribuído para a decisão. De acordo com o advogado, o empresário colaborou com as investigações, facilitando a oitiva dos demais envolvidos.
“O entendimento foi de que não havia motivo para uma medida extrema. Atuamos para antecipar provas à investigação, e a autoridade policial concluiu nesse sentido. Ele já está em casa”, afirmou Hércules Oliveira ao Acorda Cidade.
Deflagrada no dia 2 de dezembro, a operação apura um esquema de sonegação de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] envolvendo empresários do setor varejista de armas e munições. O empresário de Feira de Santana, apontado como líder do grupo, teve mandado de prisão temporária cumprido durante a ação. Foram ainda realizados mandados de busca e apreensão em Salvador, Irecê, Jussara e Coração de Maria.
Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o grupo declarava o imposto, mas não o recolhia. Para isso, usava manobras como sucessão empresarial fraudulenta e interposição de “laranjas” para ocultar o real proprietário e adiar de forma indefinida o pagamento do ICMS.
As investigações, conduzidas pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), MP-BA e Polícia Civil, identificaram a criação de empresas fictícias e interligadas visando burlar o fisco estadual.