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Justiça baiana condena ex-capitão “Toddy” por corrupção; relembre o caso

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Dois ex-policiais militares da Bahia foram condenados por crimes de corrupção passiva, em decisões proferidas pela 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador, a pedido do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Em ambas as condenações, cabe recurso das defesas dos réus.

 

Um dos ex-policiais é o Fabrício Carlos Santiago dos Santos, conhecido como “Capitão Toddy”, pelo crime de corrupção passiva a uma pena de seis anos, dois meses e oito dias de prisão, além da perda do cargo e da patente. O nome do capitão era envolvido em situações atípicas. 

 

A ação foi originada a partir de uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), que apontou o envolvimento do oficial em um esquema de recebimento sistemático de propinas.

 

O outro ex-policial foi condenado a quatro anos, um mês e 23 dias de prisão. A pena é resultado de vantagens indevidas exigidas no exercício de sua função e deverá ser cumprida em estabelecimento penal a ser definido pelo Juízo de Execuções.

 

Conforme a ação penal militar, o réu, em 24 de abril de 2016, na rotatória do CIA, recebeu indevidamente de uma mulher a quantia de R$ 300 para não praticar ato de ofício, após uma abordagem de rotina. Na ocasião, o ex-policial observou que o capacete utilizado pela mulher não possuía o selo do Inmetro, estando em desacordo com as normas de trânsito.

 

RELEMBRE O CASO
O ex-capitão se envolveu em uma esquema de corrupção, após o Metrópoles revelar mensagens trocadas via WhatsApp entre o Capitão Fabrício Santiago e comerciantes, reveladas pelo Metrópoles, integram a apuração do MP-BA.

 

Nas conversas, o oficial, que está preso preventivamente, negociava desde a liberação de som alto em eventos até a “vista grossa” para veículos com irregularidades na cidade de Santa Cruz Cabrália, no Extremo Sul da Bahia.

 

Imagem de registro de tela  | Foto: Reprodução / Metrópoles 

 

As investigações do Gaeco revelaram um "acerto" semanal do capitão com o dono de uma distribuidora de bebidas, que pagava propina para manter música alta até por volta das 5h sem ser incomodado pela PM baiana. A prática criminosa era tão banalizada que o capitão enviava suas próprias “figurinhas” – com sua imagem – para agradecer e ridicularizar a situação, referindo-se constantemente à propina recebida como “Toddy”.

 

Imagem de registro de tela do uso de figurinhas no caso | Foto: Reprodução / Metrópoles 

 

Segundo a denúncia da Promotoria de Justiça Militar, o oficial se aproveitava de sua função pública para exigir ou receber vantagens indevidas de forma reiterada, o que ficou caracterizado como prática continuada de corrupção. A pena deverá ser cumprida em regime inicial semiaberto.