População trans relata falta de medicamentos de hormonização em reunião com o MP-BA
Durante a reunião pública realizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), na terça-feira (28), travestis, transgêneros e transexuais relatam dificuldades no acesso a medicamentos que integram o processo de terapia hormonal e são essenciais à saúde da população trans.
A reunião foi coordenada pela promotora de Justiça Márcia Teixeira, reuniu usuários do Sistema Único de Saúde, profissionais da saúde, e representantes do Ambulatório Transexualizador/CEDAP/SESAB.
Os pacientes ouvidos e atendidos nos ambulatórios estadual e municipal, destacaram o impacto negativo da falta de medicamentos utilizados na hormonização, afirmando que o desabastecimento tem sido constante.
Além disso, profissionais da saúde registraram a falta de estrutura dos ambulatórios, para acolher todas as pessoas transexuais travestis e transgêneras não só de Salvador, mas dos 416 municípios da Bahia, carecendo assim da ampliação da estrutura física e do número de profissionais especializados para o atendimento.
De acordo com o MP, a dispensação contínua dos medicamentos será debatida de forma mais ampla, com a participação das Secretarias de Saúde do Estado e do Município, profissionais de saúde dos ambulatórios e dos demais equipamentos que compõem essa rede assistencial, pacientes, coletivos, e instituições do Sistema de Justiça, em audiência pública que acontecerá no próximo dia 24 de março, às 14h.