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Startup baiana Solos é destaque na área da sustentabilidade entre as 100 mais promissoras do país

Por Redação

Foto: Tayse Argolo

Fundada em Salvador, em 2018, a startup baiana Solos vem ganhando destaque no cenário nacional ao oferecer soluções de economia circular com foco em sustentabilidade, gestão de resíduos e impacto social. Em 2024, a empresa foi reconhecida como uma das 100 Startups to Watch, na categoria de impacto, em uma iniciativa promovida pelas revistas Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Valor Econômico e Época Negócios, em parceria com a Elogroup e a Innovc. A seleção, divulgada anualmente, destaca as startups mais promissoras do país.

 

Fundada por Saville Alves, de 33 anos, a Solos conquistou a confiança de gigantes como Braskem, Heineken, iFood e Nubank, além de atuar em parceria com as prefeituras de cidades como Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

 

“O segmento onde atuamos exige credibilidade. O mais importante não é o melhor preço nem a entrega mais rápida, mas ser autoridade no assunto. Quem nos contrata busca alguém em quem confiar para se associar. Premiações como estar entre as 100 Startups to Watch são fundamentais para calcificar essa autoridade”, afirmou Saville à revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

 

Uma das mais relevantes foi (e continua sendo) a ideia de que “lixo não é de ninguém”. Segundo Alves, todo mundo produz, mas ninguém quer saber dele. “Somos todos corresponsáveis por gerar e dar destino correto aos resíduos”, destacou.

 

De acordo com o relatório “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024”, produzido pela Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente), apenas 8% dos resíduos sólidos são reciclados no Brasil. “Isso está muito aquém do necessário”, disse Alves.

 

A startup de Saville Alves vem atuando para contribuir com a melhora desse número. Para isso, atua em três principais frentes. A primeira tem a ver com educação por meio de experiências e conteúdos sustentáveis. “Oferecemos palestras e oficinas, tanto para alunos quanto para o corpo docente. Em geral, os programas duram cerca de quatro meses, metade do ano letivo, e intercalamos conteúdo teórico e prático”, explicou a empreendedora.

 

A segunda frente é o desenvolvimento de projetos de sistemas de coleta inteligente, que incluem modelos que facilitam o descarte de embalagens, coleta porta a porta, transporte até os pontos de entrega, impulsionamento de cooperativas e gestão de dados de logística reversa.

 

A terceira frente de atuação é a gestão dos resíduos de grandes eventos, do planejamento à execução. A Solos faz isso no Carnaval de rua de cidades como Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, onde uma infraestrutura é montada com coletores para receber os resíduos, com profissionais autônomos e conscientizados munidos de equipamentos de proteção individual (EPIs).

 

O trabalho da Solos já gerou R$ 6,6 milhões de renda para cooperativas e catadores e direcionou 1,7 mil toneladas de resíduos para reciclagem. “São 2,5 milhões de pessoas engajadas a partir de nossas ações de conscientização”, comemorou Saville Alves.

 

Atualmente, a Solos opera com cerca de 30 colaboradores: 90% são mulheres, que ocupam 100% dos cargos de liderança. “Também temos 40% de pessoas pretas ou pardas, 35% LGBTQIA+, eu incluída, e 27% de pessoas oriundas da periferia. Considero essencial que nosso negócio contemple diversidade, porque assim teremos diferentes identidades e interesses no dia a dia”, definiu.

 

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