Brasil recebe 2,1 milhões unidades de insulina glargina produzidas com tecnologia nacional
Por Redação
O Ministério da Saúde recebeu, nesta segunda-feira (17), o primeiro lote de insulina glargina adquirido por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). As 2.109.000 unidades foram entregues para reforçar o estoque do Sistema Único de Saúde (SUS) e vão servir para tratar pessoas com diabetes tipo 1 e 2. A entrega faz parte de uma estratégia para fortalecer a produção nacional de medicamentos e reduzir a dependência do mercado externo.
Segundo o ministério, com a transferência de tecnologia do medicamento para o laboratório público de Bio-Manguinhos (Fiocruz), o produto terá uma produção nacional, com fabricação viabilizada pela empresa brasileira de biotecnologia Biomm.
“Um grande dia para o Sistema Único de Saúde e para a soberania do Brasil. Uma grande parceria que traz garantia e segurança para os pacientes que têm diabetes no país. Isso é parte de uma política do governo federal, do presidente Lula, de usar o poder de compra do SUS para aumentar o desenvolvimento industrial brasileiro, a fim de garantir medicamentos gratuitos e assistência farmacêutica à população”, destacou o ministro Padilha.
O órgão informou que vai receber mais 4,7 milhões de unidades do medicamento, com investimento de R$ 131,8 milhões do governo federal para a aquisição em 2025. O projeto da PDP ainda contempla a produção nacional do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) - uma ação inédita na América Latina.
De acordo com a pasta, a produção da tecnologia vai ocorrer na planta de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, kits para diagnóstico, biofármacos e terapias avançadas destinados prioritariamente ao SUS, no Ceará.
“Essa primeira entrega tem um simbolismo muito grande. É a ciência e tecnologia a favor do fortalecimento do SUS e diminuindo a dependência do mercado externo para a produção de medicamentos no país. Com isso, temos mais soberania, geração de emprego e ampliação do acesso ao tratamento para milhões de brasileiros”, explicou o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira.