Jair Bolsonaro permanece internado no Hospital DF Star com quadro de desidratação, anemia e alterações renais
Por Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar sintomas de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope.
O boletim médico divulgado pelo hospital nesta quarta-feira (17) detalha que, ao chegar à emergência, Bolsonaro apresentava desidratação, elevação da frequência cardíaca e pressão arterial baixa, sendo imediatamente submetido a exames laboratoriais e de imagem para investigação do quadro clínico.
Segundo o hospital, os exames apontaram persistência de anemia e alterações na função renal, com elevação nos níveis de creatinina. Para investigar a tontura recorrente, foi realizada uma ressonância magnética do crânio, que não mostrou alterações agudas. Após a hidratação e o tratamento medicamentoso, Bolsonaro apresentou melhora parcial, mas segue sendo monitorado para avaliar a necessidade de internação prolongada.
O ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar como medida cautelar determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, já havia sido levado ao hospital no domingo (14), quando também se sentiu mal. Na ocasião, foi diagnosticado com anemia ferropriva, possivelmente associada a alimentação inadequada, além de vestígios de pneumonia recente. Ele também passou por retirada de oito lesões cutâneas localizadas no tronco e no braço direito.
A equipe médica que acompanha Bolsonaro é composta por Cláudio Birolini, médico chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique, cardiologista; Guilherme Meyer, diretor médico; e Allisson Barcelos Borges, diretor geral do hospital. Policiais penais permanecem do lado de fora do quarto em que o ex-presidente está internado.
O histórico de saúde de Bolsonaro é complexo. Em abril, ele passou por uma laparotomia exploradora no mesmo hospital, cirurgia delicada destinada a tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal danificada por intervenções anteriores, resultado das complicações do atentado sofrido em 2018. Essa já foi a sexta cirurgia relacionada ao ataque, e médicos alertam que novas intervenções desse porte não são recomendadas devido ao estado delicado do paciente, que aos 70 anos apresenta múltiplas comorbidades e sequelas cirúrgicas acumuladas.
O hospital informou que o quadro clínico de Bolsonaro continuará sendo acompanhado de perto, com ajustes no tratamento conforme a evolução do paciente.