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Artigos

Paulo Cavalcanti
Reflexão sobre politica e constituição: Olhar consciente

Reflexão sobre politica e constituição: Olhar consciente

Um dos assuntos de maior impacto e repercussão na última semana foi a liminar concedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin que, atendendo ao governo federal, declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos da lei 14.784 de 2023 que, por iniciativa do Congresso Nacional, prorrogou a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia que mais geram empregos no país e também de municípios pequenos, até 2027.

Multimídia

Paulo Azi confirma que foi cotado por Lula para assumir Ministério das Comunicações: “Tomei um susto”

Paulo Azi confirma que foi cotado por Lula para assumir Ministério das Comunicações: “Tomei um susto”
O deputado federal Paulo Azi (União) confirmou que teve o nome cotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações no início do governo, antes mesmo do seu colega de partido, Juscelino Filho, chefiar a pasta. O parlamentar afirmou que estava de férias em Praia do Forte, no município de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), quando recebeu duas ligações: Um do líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, e outra do senador Davi Alcolumbre (União) informando que Lula iria convidá-lo. A declaração foi dada durante entrevista ao Podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (22).

Entrevistas

Geraldo Galindo projeta a eleição de seis vereadores pela Federação Brasil da Esperança em Salvador: "Cálculo realista”

Geraldo Galindo projeta a eleição de seis vereadores pela Federação Brasil da Esperança em Salvador: "Cálculo realista”
Foto: Uíse Epitácio / Divulgação PCdoB
Presidente estadual do PCdoB desde novembro de 2023, Geraldo Galindo tem 62 anos de idade e 40 anos dedicados à militância no partido. Também à frente da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PCdoB, PV e PT, desde janeiro deste ano, Galindo avalia como positiva a experiência da Federação, que tem prazo de funcionamento de quatro anos e segue até 2026.

jair bolsonaro

Bolsonaro na embaixada: Petistas veem “decisão política” de Moraes
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Parlamentares do PT e de outros partidos de esquerda avaliam que o ministro do STF Alexandre de Moraes tomou uma “decisão política” ao arquivar a investigação sobre a estada de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília, em meados de fevereiro deste ano.

 

A estada de Bolsonaro na representação diplomática foi revelada pelo jornal americano The New York Times. O ex-presidente ficou no local de 12 a 14 de fevereiro, dias após Moraes mandar apreender seu passaporte em investigação que apura suposta trama golpista para Bolsonaro permanecer no poder após a derrota para Lula.

 

Após a revelação do caso, Moraes mandou investigar o fato para apurar se Bolsonaro tentou pedir asilo político à Hungria. Eventual pedido nesse sentido poderia ser visto como desrespeito à medida cautelar determinada pelo ministro do STF proibindo o ex-presidente de deixar o Brasil.

 

As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Em decisão datata da terça-feira (23), porém, Moraes concluiu não haver elementos concretos que indiquem, efetivamente, que Bolsonaro pretendia obter asilo para fugir do Brasil e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento contra ele.

VÍDEO: Após título, técnico agradece Bolsonaro por não vestir a camisa do Sousa-PB e detona: "Brasil melhorou 100%"
Foto: Reprodução / ge

Durante a festa de celebração da conquista do título do Campeonato Paraibano, o técnico Paulo Schardong agradeceu ao ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) por não ter vestido a camisa do Sousa. O Dinossauro foi campeão estadual no último sábado (13) ao vencer o Botafogo-PB por 4 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal, no Amigão, pelo jogo de volta da final. O treinador detonou o governo do ex-chefe do executivo do país e disse que a situação melhorou 100% para 80% dos brasileiros com a mudança no comando. 

 

"Hoje nosso país melhorou 100% para 80% da população. O outro que estava governava para 10% e mais 10% pobre que acha que é rico. Então, hoje eu encerro aqui com vocês, agradecendo toda a imprensa, e deixando bem claro. Ainda bem que o cara que está aqui não botou a camisa do Sousa. Ainda bem!", afirmou em entrevista à Rede Ita e concluiu fazendo o "L" com a mão, em referência ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Na última sexta (12), durante visita a João Pessoa, Bolsonaro apareceu vestido com a camisa do Botafogo-PB. Inclusive, o presidente do clube, Aldeone Abrantes, proibiu o ex-mandatário a não usar o manto do Dinossauro.

 

"A minha [camisa] ele não veste não. Colocando o azar fora de campo", declarou durante a comemoração do título em campo.

 

A temporada de 2024 segue para o Sousa. O time se prepara para a disputa da Série D do Brasileiro, onde está no Grupo A3 ao lado do Treze-PB, América-RN, Alético-CE, Iguatu-CE, Maracana-CE, Potiguar-RN, Santa Cruz de Natal-RN. Além disso, o time paraibano segue vivo na Copa do Brasil e aguarda o sorteio da terceira fase para conhecer seu próximo adversário. A equipe eliminou o Cruzeiro e Petrolina nos dois primeiros confrontos.

“Passei seis anos sendo acusado de ter executado uma vereadora”, diz Bolsonaro sobre caso Marielle Franco
Bolsonaro em minicomício

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu uma multidão durante a passagem por Balneário Camboriú, município de Santa Catarina, na tarde deste sábado (30).

 

O militar, que escolheu o sentido contrário aos filhos para celebrar a Páscoa, já que Flávio Bolsonaro foi visto curtindo a Praia do Forte, na Bahia, chegou a fazer um discurso rápido para os apoiadores que estiveram na Avenida Atlântica, onde ocorreu o evento.

 

 

 

Em tom ameno, o militar não mencionou o STF nem o ministro Alexandre de Moraes, mas falou sobre perseguições e afirmou que isso costuma acontecer na política.

 

O ex-presidente também se negou a citar o nome de Marielle Franco, mas falou sobre o caso da vereadora, que teve a morte encomendada. "Seif falou em perseguição. Isso acontece na política. Eu passei seis anos sendo acusado de ter executado uma vereadora no Rio de Janeiro".

 

Além de Bolsonaro, estiveram no evento  o governador Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL) e o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL).

Carlos Bolsonaro visitou o pai na Embaixada da Hungria, revela colunista
Foto: Divulgação / Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu a visita do filho Carlos Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, no período em que se hospedou na representação diplomática, em fevereiro.

 

Segundo fontes da família Bolsonaro, Carlos seria o homem que visitou o ex-presidente brasileiro na embaixada húngara, na noite do dia 13 de fevereiro, terça-feira de Carnaval. Os fatos vieram à tona após o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, publicar as informações com exclusividade. 

 

A estada de Bolsonaro na representação diplomática foi revelada pelo jornal americano The New York Times, que teve acesso a vídeos do sistema de segurança da embaixada.

 

As imagens, segundo a reportagem do jornal americano, mostram que Bolsonaro chegou ao local no dia 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, e ficou até 14 de fevereiro. Nesta quarta-feira (27), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que é "ilógico" sugerir que ele se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria para pedir asilo ou para fugir de investigações.

 

Os vídeos revelados pelo NYT mostram que, às 20h38 do dia 13 de fevereiro, um homem não identificado chegou no banco traseiro de um carro e adentrou nas dependências da embaixada com uma mochila. 

 

O visitante, que seria Carlos Bolsonaro, deixou o local 38 minutos depois. Nas imagens, outro homem que parece ser Bolsonaro se despede do visitante na garagem da representação diplomática.

 

Procurados pela coluna, tanto o ex-presidente da República quanto sua assessoria de imprensa não comentaram. A coluna de  Igor Gadelha não conseguiu contato com Carlos Bolsonaro. 

 

PF INVESTIGA VISITAS A BOLSONARO 

A Polícia Federal investiga as visitas recebidas por Jair Bolsonaro no período em que o ex-presidente ficou abrigado na Embaixada da Hungria, em Brasília.

 

A suspeita da PF é a de que Bolsonaro possa ter usado a representação diplomática para se encontrar com aliados com os quais está proibido de manter contato por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. 

 

A estada de Bolsonaro na embaixada ocorreu dias após a PF apreender o passaporte do ex-presidente em investigação que apura suposta trama golpista liderada por ele para evitar a posse de Lula. 

 

Segundo a Convenção de Viena, da qual o Brasil é signatário, embaixadas são consideradas invioláveis, sob jurisdição de outros países, não podendo ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução.

 

Isso significa que, mesmo com eventual ordem de prisão do Supremo, Bolsonaro não poderia ser detido dentro da embaixada sem a autorização de autoridades da Hungria.  

 

Confira o vídeo: 

 

Bolsonaro chama de 'ilógico' sugerir que hospedagem na embaixada da Hungria era tentativa de fuga ou pedido de asilo
Foto: Embaixada da Hungria / Divulgação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em ofício enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que é "ilógico" sugerir que ele se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria para pedir asilo ou para fugir de investigações. 

 

Na segunda-feira (25), o jornal The New York Times revelou que Bolsonaro foi para a embaixada da Hungria poucos dias após ter tido o passaporte apreendido pela Polícia Federal na operação sobre tentativa de golpe de Estado.

 

Moraes, relator da investigação, deu 48h para o ex-presidente se explicar. No ofício, os advogados dizem que Bolsonaro tem amizade com autoridades húngaras e foi para a embaixada tratar de temas políticos. As informações são do g1.

 

"[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador", afirmam os advogados.

 

De acordo com o direito internacional, o terreno de uma embaixada é de soberania do país representado. Por isso, eventuais agentes brasileiros só poderiam chegar a Bolsonaro com autorização do governo húngaro.

 

A defesa alegou que supor que Bolsonaro pudesse pedir asilo é altamente infundado. 

 

"Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada", dizem os advogados. 

 

VIAGEM À ARGENTINA 

Na manifestação endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, os advogados declaram também que Bolsonaro, quando viajou a Buenos Aires para a posse de Javier Milei como presidente da Argentina, solicitou autorização judicial para deixar o país.

 

A posse do argentino, no entanto, ocorreu no final de 2023, antes de a Polícia Federal apreender em fevereiro o passaporte do ex-presidente do Brasil. 

Caso de Bolsonaro na embaixada da Hungria será analisado pessoalmente por Gonet
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O episódio que envolve a estadia de dois dias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada húngara terá dedicação pessoal do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Interlocutores do PGR dizem que o caso se enquadra naqueles considerados “mais sensíveis” nos quais o chefe do Ministério Público Federal (MPF) busca centralizar. 

 

A Procuradoria-Geral da República, segundo informações apuradas pela coluna de Lauro Jardim de O Globo, vai aguardar a explicação da defesa de Bolsonaro nos autos, dentro do prazo de 48 horas dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, antes de se manifestar sobre uma eventual prisão preventiva. A possível prisão foi pedida por parlamentares da base do governo Lula. 

 

Porém, por se tratar de uma semana curta, devido ao feriado da Semana Santa, a PGR deverá começar a tomar providências sobre o caso apenas na próxima segunda-feira, dia 1º de abril. 

 

O episódio envolvendo o ex-presidente foi visto por integrantes do alto escalão do MPF com certo “estranhamento”, embora há quem entenda o refúgio como um “gesto político”.

“É algum crime?”, questiona Bolsonaro após dormir em Embaixada na Hungria
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu após o jornal americano "The New York Times" revelar que ele passou duas noites na Embaixada da Hungria depois de ter seu passaporte apreendido.


"Por ventura, dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso?". O ex-presidente fez o comentário ao ser questionado por jornalistas na saída de um evento em homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal, no Centro da capital paulista, na noite desta segunda-feira (25).


"Tenha santa paciência, deixa de perseguir, pessoal, quer perguntar da baleia? Da Marielle Franco? Eu passei seis anos sendo acusado de ter matado a Marielle Franco. Vamos falar dos móveis do [Palácio da] Alvorada?", completou.


Na prática, pelo direito internacional, como embaixadas são áreas invioláveis, Bolsonaro só poderia ser alcançado por agentes brasileiros, em caso de uma nova operação, com o consentimento do governo húngaro.


A equipe de comunicação do ex-presidente divulgou uma nota direcionada à imprensa, confirmando que ele esteve hospedado na embaixada da Hungria para manter contatos com autoridades do país amigo.


O Ministério das Relações Exteriores (MRE) chamou o embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, para conversas após a revelação da hospedagem de Bolsonaro.


Halmai se reuniu com a titular da Secretaria de Europa e América do Norte, Maria Luisa Escorel. O Palácio do Planalto também foi comunicado sobre a reunião.
 

Defesa diz que Bolsonaro se hospedou em embaixada para manter contato com autoridades do país amigo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após a divulgação na tarde desta segunda (25), da notícia de que Jair Bolsonaro teria passado dois dias na embaixada da Hungria no Brasil em busca de asilo político, a equipe de comunicação do ex-presidente divulgou uma nota direcionada à imprensa, confirmando que ele esteve hospedado na embaixada da Hungria para manter contatos com autoridades do país amigo.

 

As informações foram obtidas e divulgadas pelo The New York Times, que observou as câmeras de segurança da embaixada por alguns dias e constatou a permanência do ex-presidente no local. O fato aconteceu quatro dias depois da Polícia Federal (PF) confiscar o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e prender dois de seus ex-assessores sob acusações de que haviam planejado um golpe de Estado.

 

Apenas um funcionário do  órgão confirmou a informação de que existia um plano para receber o ex-presidente. Por outro lado, a Embaixada não quiseram comentar o caso. 

 

Confira a nota emitida pela defesa na íntegra:

 

O ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo. Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.

Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news.

 

 

Cid volta a ser preso por determinação do STF após depor sobre áudios vazados
Foto: Arquivo / Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid voltou a ser preso nesta sexta-feira (22). A ordem de prisão preventiva do militar foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O Supremo informou que o ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL)  foi preso por descumprimento de medidas judiciais e por obstrução de Justiça.

 

Cid foi preso depois do vazamento de áudios em que ele afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos, e também faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. As gravações foram divulgadas pela revista "Veja" nesta quinta-feira (21).

 

Antes de ser preso, Cid foi ouvido, no STF, por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista.

 

Segundo o STF, Cid foi encaminhado ao Instituto Médico Legal pela Polícia Federal. Além disso, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do militar.

 Vitor Azevedo afirma que ausência em evento de Bolsonaro não abalou relação com o PL, nem com João Roma
Foto: Divulgação / Assessoria /Crédito: Max Haack

Conhecido nos bastidores como fiel escudeiro de João Roma, já que foi responsável pela coordenação de articulação política da campanha que o consagrou deputado federal em 2018 e, consequentemente, ter assumido a chefia de gabinete do parlamentar, o deputado estadual Vitor Azevedo (PL) foi uma das ausências sentidas durante a agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em Salvador, nos dias 8 e 9 de março. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Azevedo afirmou que a ausência foi motivada por um evento previamente agendado no interior do Estado e que a relação com João Roma, ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, e presidente do PL na Bahia, segue amistosa. 

 

Vitor Azevedo, que exerce o primeiro mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), também falou sobre o G8, grupo informal no qual ele faz parte. Segundo ele, o grupo nunca pleiteou espaços no primeiro escalão do governo Jerônimo Rodrigues (PT), informação que vai na contramão das matérias publicadas com exclusividade pelo Bahia Notícias, em outubro do ano passado, apontando que o grupo, capitaneado pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto, queria ter um “espaço gigante no governo igual ao PP” e que, inclusive, vislumbrava abocanhar o comando da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti). Confira a entrevista completa:      

General do Exército ameaçou prender Bolsonaro caso seguisse ideia de golpe, diz ex-comandante da FAB
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, ameaçou dar voz de prisão ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) após ele sugerir a possibilidade de um golpe de Estado.

 

De acordo com a CNN e a Folha de S.Paulo, em informação confirmada posteriormente pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, detalhou a declaração de Freire Gomes em depoimento à Polícia Federal (PF) em 23 de fevereiro, que durou cerca de 10 horas, sobre a trama golpista.

 

Baptista Júnior presenciou o embate entre Freire Gomes e Bolsonaro durante uma reunião no Palácio do Alvorada, em Brasília (DF), quando foi apresentada a chamada “minuta do golpe”. 

 

O brigadeiro afirmou que, após Bolsonaro “aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns institutos previstos na Constituição” — GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio —, Freire Gomes disse que, “caso ele tentasse o tal ato, teria que prender o presidente da República”. 


 

POSIÇÃO TERIA “IMPEDIDO” GOLPE 

 

Para Baptista Júnior, a posição contundente do ex-comandante do Exército foi responsável por impedir outro golpe de Estado no Brasil. Ele disse aos investigadores que, “caso o comandante tivesse anuído, a possível tentativa de golpe de Estado teria se consumado”. 

 

Ainda durante o depoimento, o ex-comandante da Aeronáutica relatou que tentou fazer Bolsonaro desistir da ideia de decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de Estado de Defesa ou de Estado de Sítio.

 

Em ambos os depoimentos à PF, obtidos pelo Metrópoles, Freire Gomes e Baptista Júnior afirmaram ser contra a trama golpista, enquanto o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, teria se colocado à disposição do então presidente da República. 

Ex-comandante do Exército liga Bolsonaro a "minuta do golpe" encontrada na casa de Anderson Torres
Foto: Estevam Costa / PR

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes disse à Polícia Federal que a minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é a mesma versão que foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos chefes das Forças Armadas em reunião em dezembro de 2022.

 

No depoimento, obtido pela Folha de S.Paulo, o general afirmou que o documento foi apresentado por Bolsonaro em uma segunda reunião entre os chefes militares e o então presidente da República.

 

“Que confirma que o conteúdo da minuta de decreto apresentada foi exposto ao declarante nas referidas reuniões. Que ressalta que deixou evidenciado a Bolsonaro e ao ministro da Defesa [general Paulo Sérgio Nogueira] que o Exército não aceitaria qualquer ato de ruptura institucional”, disse o general, segundo o termo de depoimento.

 

Esta é a primeira vez que o texto encontrado com Anderson Torres é ligado à trama golpista que se desenrolou no fim do governo Bolsonaro.

 

Segundo Freire Gomes, o texto foi apresentado aos comandantes das Forças Armadas em duas ocasiões. A primeira vez em reunião com Bolsonaro no Palácio da Alvorada; a segunda, em reunião convocada pelo ministro Paulo Sérgio na sede do Ministério da Defesa, em 14 de dezembro de 2022.

 

O ex-chefe do Exército disse ainda que Anderson Torres participou de reuniões em que o golpe de Estado foi tramado. De acordo com o depoimento, o ex-ministro explicava o “suporte jurídico para as medidas que poderiam ser adotadas”.

 

Os defensores das medidas golpistas, segundo Freire Gomes, usavam “interpretações do jurista Ives Gandra da utilização das Forças Armadas como Poder Moderador, com base no artigo 142”.

 

O depoimento de Freire Gomes à Polícia Federal ocorreu em 1º de abril e durou cerca de 7 horas. Ele falou aos investigadores como testemunha.

 

O general estava na Espanha, visitando a família, quando recebeu contatos de que seria intimado a prestar o depoimento. Segundo oficiais ouvidos pela reportagem, Freire Gomes antecipou a volta ao Brasil para falar à Polícia Federal.

 

No depoimento, o ex-comandante do Exército confirmou que recebia mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, para acompanhar a evolução das discussões golpistas no Palácio da Alvorada.

 

“Que reconhece que recebeu os áudios identificados na investigação. Que os áudios procuravam retratar as visitas recebidas pelo então presidente e seu estado de ânimo em relação às medidas que estavam sendo discutidas”, diz trecho do termo do depoimento.

 

Freire Gomes disse ainda que soube por Cid que o general da reserva e ex-ministro Eduardo Pazuello havia se encontrado com Bolsonaro após as eleições para dar sugestões golpistas.

 

A mensagem enviada por Cid para o ex-comandante está descrita no relatório da PF que embasou a operação Tempus Veritatis, que mirou Bolsonaro, ex-ministros e militares. No áudio, o tenente-coronel diz que Pazuello se encontrou com o ex-presidente para “dar sugestões e ideias de como ele poderia, de alguma forma, tocar o art. 142”.

 

O general disse à PF que Pazuello já estava na reserva e eleito deputado federal. “Entendeu que seria uma questão política sem possibilidade de influenciar diretamente as Forças Armadas”, completou Freire Gomes, segundo o termo de depoimento.

 

Freire Gomes ainda declarou aos investigadores que “sempre lembrou Cid que tinha que adotar uma postura institucional”.

 

Como a Folha de S.Paulo mostrou, Freire Gomes foi um dos generais que chegou a sugerir a Mauro Cid que deixasse a ajudância de ordens de Bolsonaro antes do processo eleitoral, para reduzir sua exposição.

 

O tenente-coronel, no entanto, disse que não se sentiria confortável em abandonar Bolsonaro no período eleitoral, por lealdade ao então presidente, já que sua saída poderia atrapalhar a rotina do candidato do PL.

Com ida a restaurantes, Bolsonaro passa por Salvador com estadia em casa de apoiadora e presença em velório; saiba detalhes
Foto: Reprodução

A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Salvador, virou os holofotes políticos dos filiados do Partido Liberal. Entre agendas com apoiadores e evento voltado para as mulheres, Bolsonaro esteve em alguns locais da capital baiana nos últimos dias.

 

Informações de bastidores obtidas pelo Bahia Notícias dão conta que, além de marcar presença em uma pizzaria e uma churrascaria, Bolsonaro esteve em dois eventos maiores para apoiadores. Além disso, o ex-presidente ficou hospedado em uma casa no bairro de Patamares, de propriedade de uma apoiadora. A reportagem não conseguiu confirmar se ela teria sido cedida ou alugada.

 

Além disso, outro fato impactante da presença do ex-presidente fica por conta da ida até o velório, neste sábado (9), do pai de um prestador de serviço do ex-ministro e atual presidente do PL Bahia, João Roma. Segundo informações que chegaram ao BN, a ida de Bolsonaro teria sido “de surpresa”, assim como a do próprio Roma.

 

Um café da manhã na Ceasinha do Rio Vermelho estava agendado, mas foi substituído pelo enterro. Apesar disso, Bolsonaro também tomou café com os apoiadores na residência em que ficou hospedado, além de estar presente em uma cafeteria da cidade, localizada na Boca do Rio.

 

Com grande adesão nos eventos maiores, tanto na sexta-feira, quando reuniu apoiadores na Igreja Batista do Caminho das Árvores, quando também apoiou a ação do PL Mulher em ato no Centro de Convenções.

Diego Castro diz que presença de Bolsonaro na Bahia “energiza a Direita e o PL para um maior lançamento de candidaturas”
Foto: Divulgação

Durante a estadia de Jair Bolsonaro (PL) em Salvador, o deputado estadual Diego Castro (PL) avaliou, em conversa com a imprensa, que a presença do ex-presidente marca um “avanço na representatividade” do público da direita na Bahia. Recentemente, Castro propôs uma honraria na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em reconhecimento a Bolsonaro.

 

"O presidente Bolsonaro, aqui na Bahia, representa que o Nordeste também abraça a Direita. Este é um momento crucial em que as pré-candidaturas estão unidas, e sua presença fortalece essas alianças e promove discussões sobre o futuro da nossa direita", afirmou Diego.

 

"A presença do presidente na Bahia energiza a Direita e o PL. Estamos comprometidos em lançar o maior número possível de candidatos a prefeito e vereador para conquistar mais cadeiras nas instituições baianas. Essa é a base da política, tanto nacional quanto estadual, e a presença do presidente impulsiona nossos candidatos", acrescentou.

 

Diego Castro ressaltou a orientação clara de Bolsonaro: "Onde o PT e seus aliados estiverem, estaremos do outro lado, e não vamos perder isso de vista".

 

Além disso, nesta sexta-feira (8), o deputado presenteou Bolsonaro com uma camisa do Vitória e o acompanhou tanto no almoço, quanto no jantar em Salvador, além da reunião realizada com correligionários do PL na Igreja Batista do Caminho das Árvores.

 

Diego e Bolsonaro também estiveram presentes no encerramento do Encontro PL Mulher neste sábado (9), no Centro de Convenções de Salvador, na orla da Boca do Rio. O evento, liderado por Michelle Bolsonaro, presidente nacional do movimento feminino do PL, teve como objetivo “inspirar e incentivar” a participação das mulheres na política brasileira.

 

O presidente estadual do PL, João Roma, a vice-presidente da sigla na Bahia, Raissa Soares, e o deputado federal Capitão Alden marcaram presença em todas as agendas com o ex-mandatário. 

Bolsonaro destaca avanços de sua gestão e diz que o Brasil tinha “melhor primeira-dama”
Foto: Mauricio Leiro / Bahia Notícias

Um dos pontos altos do evento PL Mulher, realizado neste sábado (9), no Centro de Convenções de Salvador, foi a fala do ex-presidente Bolsonaro de que os brasileiros tiveram “a melhor primeira-dama do Brasil”, fazendo referência à esposa, Michelle Bolsonaro. Por iniciativa do deputado Leandro de Jesus, ela recebeu, na manhã de hoje, a Comenda 2 de Julho, maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). 

 

Muito aplaudido, Bolsonaro destacou que, em sua gestão como presidente, a dupla “fez a diferença”. “Experimentamos algo diferente e este algo fica na saudade, sem falar que nós tivemos a melhor primeira-dama do Brasil, uma mulher que no anonimato se dedicou às pessoas que tinham deficiências. Fizemos a diferença”, frisou. 

 

O ex-presidente também relembrou alguns feitos da sua passagem pela Presidência da República, entre eles, a valorização da propriedade privada e o resgate do sentimento de patriotismo no povo brasileiro. “Vimos a nossa bandeira verde-amarela hasteada nos mastros do Brasil todo”, afirmou. 

 

Outro momento em que Bolsonaro foi aplaudido foi quando ele citou que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não agiu no seu governo. Ele também falou da relação do Brasil com Israel. “Passamos, cada vez mais, a nos orgulhar de um pequeno grande estado, mas que interfere em nossa política, em nossa cultura, em nossa religião, que é o Estado de Israel”, citou.  

“Comparação entre o ex e o atual presidente é goleada para Lula na Bahia” responde Éden Valadares
Foto: Divulgação/PT Bahia

O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, respondeu à sugestão de Jair Bolsonaro (PL) de comparar o governo dele com o do presidente Lula em visita à Bahia, nesta sexta-feira (08). "Comparação aceita e é uma goleada para Lula", afirmou Éden, ao elencar uma série de ações e programas que o governo Lula criou e recuperou após descaso do ex-presidente.

 

"Basta pegar os dados referentes ao Novo PAC e ao PAC Seleções, anunciado ontem. Lula vai investir R$119,4 bilhões em obras para melhorar a vida da população baiana. No conjunto de obras do programa, estão as mais importantes para a Bahia, como as duplicações das BR 101, da divisa de Sergipe a Feira de Santana; BR-116, de Serrinha a Feira de Santana; BR 242, de Barreiras a Luis Eduardo Magalhães; Contorno Norte de Feira de Santana; a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL); Duplicação da Estrada do Derba - BRT Águas Claras até o Subúrbio; Barragens Catolé, Morrinhos, Baraúnas e Rio da Caixa; a Adutora da Fé e moradias do Minha Casa, Minha Vida", informou o dirigente partidário.

 

No PAC Seleções, disse Éden, a Bahia receberá investimentos do governo federal para realizar 716 obras, que irão melhorar o acesso a serviços de saúde, educação, esporte e cultura. Os benefícios alcançarão mais de 12,7 milhões de baianos, ou seja, 90% da população do estado. 

 

"Está evidente que a comparação coloca lado a lado um presidente que respeita, investe e cuida do povo baiano, que é Lula; e um ex que não deixou nenhuma saudade, mas sim um legado de pouco trabalho, falta de compaixão e muita fake news e política do ódio", frisou o presidente do PT. 

 

Éden acrescentou ainda que desafia os apoiadores do ex-presidente, que está inelegível, a escolher qualquer tema para comparar. "Urbanização de favelas, abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, mobilidade urbana, investimento em cultura, patrimônio histórico, espaços esportivos, o que quiserem. A verdade é com Lula e Jerônimo voltamos a ter investimento de verdade em saúde, UBSs, policlínicas, maternidades, em educação com as creches, escolas de tempo integral e ônibus escolares; e eles podem apontar quantas escolas, universidades, hospitais, o que de concreto Bolsonaro trouxe para o nosso Estado. Comparação entre o ex e o atual presidente é goleada para Lula na Bahia", concluiu. 

Homem é preso com faca em feira onde Bolsonaro estava, diz Wajngarten
Foto: reprodução

Ex-secretário de Comunicação e advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten afirmou ter recebido a informação de que um homem foi preso com uma faca na feira em que o ex-presidente estava, nesta terça-feira (5). Bolsonaro foi recebido por apoiadores em Não-Me-Toque, município do Rio Grande do Sul, onde participou do Expodireto Cotrijal.

 

Ovacionado na tradicional feira do agronegócio e abraçado por apoiadores, Bolsonaro estava no meio da multidão, o que provocou preocupação de Wajngarten.

 

Assim, ele disse ter solicitado à Polícia Federal que apure “com lupa” a ocorrência. “Se necessário, os advogados do presidente estão à disposição para o devido acompanhamento”, escreveu no X.

 

 

A Polícia Federal ainda não recebeu o pedido de Wajngarten para apurar o caso. O ex-presidente foi à cidade gaúcha acompanhado dos deputados federais Tenente Coronel Zucco (PL-RS) e Bibo Nunes (PL-RS). Ele também atendeu apoiadores ao chegar ao Aeroporto de Passo Fundo (RS), antes de seguir de carro para Não-Me-Toque.

Jojo Todynho na política? Funkeira recebe ligação de Jair Bolsonaro em apoio a candidatura, diz colunista
Foto: Instagram / Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O nome da cantora Jojo Todynho surgiu entre os mais comentados das redes sociais nesta sexta-feira (1) após a possibilidade de um flerte da funkeira com a política. Isso porquê a campeã da 1ª edição de A Fazenda teria recebido uma ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro em apoio a possível candidatura da artista ao cargo de vereadora do Rio de Janeiro. 

 

De acordo com o colunista Erlan Bastos, do site EM OFF, a cantora teria sido procurada por Bolsonaro para falar sobre um convite para concorrer nas eleições municipais que acontecem em outubro. 

 

Segundo a publicação, apesar da felicidade da cantora com a aprovação do ex-presidente, a artista teria agradecido a proposta, mas informado que estaria com outro candidato. 

 

Ao site Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a assessoria de Jojo informou que a cantora não tem interesse em seguir carreira na política, no entanto, o colunista afirma que o real interesse de Jojo é se candidatar a um cargo mais alto, o de deputada estadual em 2026.

 

A política é um assunto que não costuma ser abordado por Jojo nas redes sociais. Em uma declaração dada em 2023, a artista se defendeu das acusações de ser apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, afirmou que não iria falar sobre o posicionamento político dela na internet por não entender sobre o assunto.

 

“Não tenho e não vou ter [posicionamento, estou estudando para aprender. Não vou vir para a internet lacrar, falar besteira sem ter conhecimento, sem ter base. Só para lacrar ou inflar o ego, eu tenho que entender sobre o assunto”, declarou.

Revista britânica critica "gafes" diplomáticas de Lula e diz que Bolsonaro fez Brasil ser visto como "pária internacional"
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Jair Bolsonaro, em seu governo, fez o Brasil passar quatro anos como um “pária internacional”, e o atual presidente Lula, com suas gafes, estaria tirando o brilho do Brasil no G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. Essas são algumas conclusões de artigo publicado pela revista britânica The Economist.

 

O artigo da revista fala sobre a 1ª reunia?o ministerial de 2024 da trilha financeira do G20, que se iniciou nesta quarta-feira (28) em São Paulo. O encontro conta com a participação de chefes de bancos centrais e ministros da Fazenda dos países-membro do grupo.

 

Segundo a The Economist, Lula pretende usar este ano em que o Brasil exerce a presidência temporária do G20 “para convencer o mundo de sua promessa mais repetida, de que o Brasil está de volta”.

 

A revista cita o Brasil como nona maior economia do mundo, e enumera alguns dos prejuízos à imagem do país junto à comunidade internacional causados durante os quatro anos do governo Bolsonaro.

 

“O populista de extrema-direita Jair Bolsonaro permitiu o desenvolvimento destrutivo da floresta amazônica e alinhou-se com autocratas como Vladimir Putin. Ele disse aos brasileiros para deixarem de ser um país de maricas durante a pandemia de covid-19. Ele instou-os a tomar hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária, e especulou que as vacinas poderiam causar Aids (não causam). Bolsonaro fez poucas viagens internacionais, mesmo tendo em conta as restrições de viagens pandêmicas, e desistiu de acolher a COP25, a cimeira climática da ONU”, afirma a publicação.

 

Apesar de destacar a mudança de orientação na diplomacia brasileira a partir do início do governo Lula, a revista britânica faz críticas duras à postura externa do presidente brasileiro. A The Economist afirma que, apesar de um processo de cura com as relações com Ocidente, “o Brasil ainda não decidiu que tipo de país será”.

 

Citando as falas de Lula em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza e os acenos ao governo Putin na Rússia, o artigo da revista sugere que os “discursos improvisados” do presidente podem colocar em xeque toda a política externa brasileira, que vem ganhando destaque nos últimos anos, particularmente, em razão do debate sobre a preservação da Amazônia. 

 

Outro posicionamento questionado pela revista britânica é “o desejo ingênuo de Lula de parecer amigável tanto com autocratas quanto democratas”. Em seu último parágrafo, o artigo resume as desconfianças do mundo em relação ao atual governo brasileiro. 

 

“Lula quer que o Brasil seja tudo para todos: um amigo do Ocidente e um líder do Sul Global, um defensor do meio ambiente e uma potência global em petróleo, um promotor da paz e um aliado de autocratas. O Brasil pode estar de volta, mas o papel que está desempenhando no palco mundial é mais obscuro do que deveria ser”, conclui o texto.
 

Quaest: 48% dizem que ato de Bolsonaro em São Paulo não interfere nas investigações da PF sobre ex-presidente
Foto: Josenildo Moreira / Bahia Notícias

Uma pesquisa feita pela Quaest e divulgada nesta quarta-feira (28) aponta que 48% dos entrevistados que tinham conhecimento da manifestação de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, acreditam que o ato não terá influência nas investigações contra o ex-presidente e aliados.

 

Para 34%, no entanto, a manifestação deve acelerar o ritmo e 11% dizem que deve reduzir. Outros 6% não sabem ou não responderam. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 cidades e foi encomendado pela Genial Investimentos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, entre os que sabiam da existência da manifestação.

 

O ato na Avenida Paulista ocorreu no último domingo (25) e contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores. No evento, Bolsonaro defendeu a anistia para presos do 8 de janeiro e negou ter tentado um golpe de Estado.

 

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Discurso de Bolsonaro pela anistia a condenados do 8/1 reabre guerra nas redes e aumenta voto contra projeto
Foto: Reprodução Youtube

O discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro no último domingo (25) na Avenida Paulista, durante ato que reuniu milhares de pessoas, reacendeu o debate sobre o projeto que concede anistia aos acusados e condenados pelos crimes realizados em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Em declaração na manifestação em São Paulo, Bolsonaro disse que busca a “pacificação” do país, e defendeu a aprovação de um projeto de anistia aos “pobres coitados” do 8 de janeiro.

 

Após a fala do ex-presidente, cresceram nas redes sociais torcidas contra e a favor da aprovação de projeto para anistiar condenados e presos pelos atos de vandalismo nas sedes dos três poderes. O projeto 5064/2023, apresentado em outubro do ano passado pelo senador General Mourão (Republicanos-RS), é um dos principais alvos tanto dos apoiadores quanto dos críticos à adoção da medida. 

 

Na rede X (antigo Twitter), por exemplo, grupos pedem que os internautas votem contra ou a favor do PL 5064/2023 na página do Senado Federal que promove uma consulta pública às proposições em tramitação na Casa. Na época da apresentação da proposição, em outubro de 2023, o projeto teve uma enxurrada de votos contrários ou favoráveis nas primeiras semanas de tramitação, e depois a consulta havia estacionado.

 

Agora, com a menção feita por Bolsonaro à anistia, o projeto do senador e ex-vice-presidente Mourão voltou a receber muitos votos dos internautas. Até as 17h30 da tarde desta terça, mais de 830 mil pessoas haviam participado da enquete. O “não” à anistia está ganhando, com 431 mil votos contra 398 mil que apoiam a aprovação da proposta. 

 

O PL 5064/2023 foi distribuído inicialmente para a Comissão de Defesa da Democracia, presidida pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). No final do ano passado, a presidente da comissão encaminhou o projeto para ser relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que ainda não apresentou o seu parecer. 

 

Na justificativa do seu projeto, o senador Mourão argumenta que os órgãos de persecução penal “não têm conseguido individualizar as condutas praticadas por cada um dos manifestantes”. Na opinião do senador pelo Rio Grande do Sul, as condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal têm sido desproporcionais e injustas.

 

“As manifestações ocorridas no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, constituem conduta deplorável, que merece nossa reprovação, pelo nítido caráter antidemocrático do movimento. Todavia, não se pode apenar indistintamente aqueles manifestantes, pois a maioria não agiu em comunhão de desígnios. Ocorre que os órgãos de persecução penal não têm conseguido individualizar as condutas praticadas por cada um dos manifestantes”, afirma o parlamentar.

 

Apesar de não ter sido citado por Bolsonaro como autor de um dos projetos para anistiar condenados do 8 de janeiro, o senador Mourão elogiou o ato realizado por seu ex-companheiro de chapa. Segundo Mourão, desde a campanha das Diretas Já não se viam atos democráticos como os do último domingo.

 

“A manifestação, ordeira e pacífica, ocorrida em São Paulo, mostrou ao Brasil e ao mundo que a direita conservadora tem voz ativa, excepcional capacidade de mobilização e está organizada para trabalhar suas pautas e seus candidatos para os pleitos de 2024 e 2026. Sim, Bolsonaro deu voz e voto para a direita e, aliás, colocar 800.000 pessoas na Avenida Paulista não é para qualquer um...”, disse Hamilton Mourão.

 

O senador Mourão, em seu projeto, considera manter válidas apenas as condenações impostas pelos ministros do STF pelos crimes de deterioração do patrimônio e associação criminosa. Para o senador, essas condutas são passíveis de individualização a partir dos registros das câmeras nos prédios públicos. “É inconcebível que sejam acusados e condenados indistintamente por crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, defende Mourão.

 

Ao todo, o Supremo Tribunal Federal já condenou 101 pessoas por participação nos atos do dia 8 de janeiro. As penas variam de 3 a 17 anos de prisão.
 

Bolsonaro presta depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27) no inquérito que apura suposta “importunação” a uma baleia jubarte enquanto andava de jet ski em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, em junho de 2023.


A oitiva está marcada para às 14h30 na superintendência da PF da capital paulista. Originalmente, ela ocorreria no dia 7 de fevereiro em São Sebastião, mas acabou adiada após apoiadores do ex-presidente planejarem uma manifestação em frente à delegacia da cidade. As informações são da coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.


Ao contrário do último depoimento que prestou à PF na quinta-feira (22), quando ficou em silêncio sobre a suposta articulação para um golpe de Estado após as eleições de 2022, Bolsonaro pretende prestar esclarecimentos sobre o caso das baleias.


O inquérito investiga se o ex-presidente da República se aproximou em demasia da baleia com o motor de sua moto aquática ligado. A legislação atual proíbe “molestamento intencional” dos animais, com pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa.


Advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten também prestará depoimento à Polícia Federal no mesmo caso nesta terça. Na época do ocorrido, Wajngarten estava junto com o ex-presidente no passeio de jet ski.

Bolsonaro vem a Salvador para encontro com apoiadores em março; veja data
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou a participação, entre os dias 8 e 9 de março de 2024, de um encontro com apoiadores em Salvador. Fontes confirmaram a data ao Bahia Notícias após o presidente do PL na Bahia, João Roma, dar indicativos de que Bolsonaro viria ao estado para contribuir com os debates envolvendo candidatos a prefeito e a vereador na Bahia.

 

No último domingo (25), um ato na Avenida Paulista reuniu milhares de seguidores em defesa do ex-presidente, cujo entorno tem sido alvo de investigações da Polícia Federal por uma suposta tentativa de abolir o estado democrático de direito no Brasil. Roma esteve presente, acompanhado de parlamentares como Roberta Roma, Capitão Alden e Diego Castro.

 

No começo de fevereiro, o dirigente do PL na Bahia tinha indicado que as datas eram as mais prováveis para a vinda de Bolsonaro e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Há a expectativa que a presidente do PL Mulher receba a Comenda 2 de Julho, por serviços prestados à Bahia.

Salles ressalta "ato ordeiro" na Paulista e descarta vínculo partidário em evento pró-Bolsonaro
Foto: Josenildo Moreira / Bahia Notícias

Presente na avenida Paulista, o deputado federal Ricardo Salles (PL) ressaltou a importância do ato em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao Bahia Notícias, Salles comentou que o ato é realizado de forma ordeira. 

 

"É um grande ato, a família brasileira, de verde e amarelo, de forma ordeira. Mais de um milhão de pessoas para ouvir o nosso presidente Bolsonaro", disse. 

 

Com políticos de diversos partidos, apesar da maioria estarem filiados ao PL, Salles reforçou que o evento não tem vínculo partidário. "O evento é um evento da decência. Dos políticos corretos, dos políticos de bem. Não é um evento da PL, mas sim de políticos de bem e que defendem as liberdades", completou. 

Justiça manda transferir autor da facada em Bolsonaro para tratamento em MG
Foto: Divulgação/Ascom do 2º BPM

A Justiça Federal determinou nesta quarta-feira (21) a transferência de Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro em 2018, para tratamento em Minas Gerais, seu estado natal. Ele está preso há seis anos na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). 

 

Em nota, a DPU  informou que a Justiça Federal acolheu pedido feito pelo órgão. Pela decisão, o Juízo de origem, em Minas Gerais, deverá providenciar tratamento ambulatorial ou, excepcionalmente, a internação, considerando todas as medidas de segurança necessárias, de forma a garantir a integridade psíquica e física de Adélio Bispo. A Justiça concedeu prazo de 60 dias para que sejam tomadas essas providências.

 

A defesa sustentou que Adélio não pode continuar recolhido em um estabelecimento penal, ainda que nele exista estrutura capaz de prestar atendimento médico equivalente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), como é o caso da penitenciária de Campo Grande, tampouco ser enviado para um manicômio judicial.

 

Nesse sentido, a DPU destaca que, desde o advento da Lei nº 10.216/2001, conhecida como Lei Antimanicomial, é vedada a internação de pessoas com transtornos mentais em estabelecimento penal ou em instituições com características similares desprovidas de assistência integral às pessoas nessas condições. A entrada em vigor da Resolução 487/2023, do Conselho Nacional de Justiça, que institui a Política Antimanicomial no seio do Poder Judiciário brasileiro, reforçou essa norma.

 

A determinação judicial já foi encaminhada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), na qual tramita um pedido de solicitação de medidas cautelares em desfavor do Estado brasileiro e em benefício de Adélio. Essa decisão não interfere no seguimento do caso perante o Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH).

 

A DPU informa, ainda, que presta assistência jurídica a Adélio desde 11 de junho de 2019, exercendo a função de curatela especial, um instrumento de proteção para aquelas pessoas que não possuem capacidade civil de responder pelos próprios atos. A atuação é feita de maneira exclusivamente técnica, sob o enfoque dos direitos humanos e na defesa dos direitos fundamentais de seus assistidos.  

Bolsonaro e Malafaia receberam orientação jurídica para ato no próximo domingo
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Jair Bolsonaro e Silas Malafaia receberam orientação jurídica sobre o que podem ou não fazer na manifestação do próximo domingo (25), na Avenida Paulista.


De acordo com a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o ex-presidente e o chefe da Assembleia de Deus Vitória em Cristo se reuniram com um grupo de advogados em Brasília na última semana para aconselhamento sobre o que poderá ou não ser falado durante o ato.


A consultoria é uma forma, segundo aliados, de proteger principalmente Bolsonaro, que é investigado por tentativa de golpe de Estado.


Malafaia, entretanto, também quer evitar virar alvo de Alexandre de Moraes. O pastor já anunciou que terá uma postura diferente da que tem nos vídeos que publica em suas redes sociais. Ao repórter Zeca Ferreira, Malafaia disse que não irá chamar o ministro do STF de “ditador de toga” na manifestação.


“Não vamos atacar o STF ou atacar o Alexandre de Moraes. Vou fazer apenas uma menção sobre o Alexandre de Moraes. Mas não será igual às menções que faço nas minhas redes sociais, o chamando de ‘ditador da toga’, pedindo o impeachment dele. Nas redes sociais, boto pra arrebentar. Mas não haverá nada desse nível. Vou apenas confirmar uma declaração que ele mesmo deu para toda a imprensa”, disse Malafaia.

Dilma relatou a Lula suspeita de espionagem da Abin na noite da posse de Moraes, diz coluna
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ex-presidente Dilma Rousseff relatou a Lula, durante a campanha de 2022, fatos que indicavam que ela vinha sendo espionada. O episódio que despertou a suspeita de Dilma ocorreu na noite de 16 de agosto de 2022, em Brasília, após a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são da coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.


Naquele dia, após participar da posse no TSE, Dilma foi jantar com amigos no restaurante italiano Villa Tevere, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Ao chegar ao estabelecimento, a segurança da ex-presidente foi informada de que “seguranças do GSI” já haviam passado pelo local, em referência ao Gabinete de Segurança Institucional.


A informação causou estranheza na equipe de seguranças de Dilma, porque o local onde todos jantariam havia sido combinado por telefone horas antes, sem que qualquer outra equipe tivesse sido acionada. E não foi o único fato que chamou a atenção de Dilma naquela noite.

Ao longo do jantar, a ex-presidente, mesmo acostumada com ambientes públicos, estranhou a atitude de outros três clientes, sentados a uma mesa no mesmo andar que a sua. Dilma havia pedido uma mesa no segundo andar, exatamente por ser mais discreto.


A informação relatada por Dilma na época ganhou importância em meio à revelação de que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, havia pedido a infiltração de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas presidenciais. No vídeo da reunião de 5 de julho de 2022, Heleno disse ter conversado com o então diretor-geral da Abin sobre o plano. O general tentava explicar o assunto, mas acabou interrompido por Bolsonaro.


Disse Heleno: “Conversei ontem o Victor (Carneiro), novo diretor da Abin. Nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é se vazar qualquer coisa aí… Muita gente se conhece nesse meio. E, se houver qualquer acusação e infiltração desses elementos da Abin em qualquer dos lados…”


Antes de concluir a frase, Heleno foi interrompido por Bolsonaro: “General, eu peço que o senhor não fale, por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação. Se a gente começar a falar ‘não vazar’, esquece, pode vazar. Então, a gente conversa particular na nossa sala sobre esse assunto”.

Áudio de Mauro Cid revela que empresários encorajaram Bolsonaro a “virar o jogo” após derrota nas urnas
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal encontrou uma gravação do tenente-coronel Mauro Cid em que ele afirma que empresários encorajaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a “virar o jogo” depois da derrota nas urnas, nas eleições de 2022. 

 

Segundo informações do blog Bernardo Mello Franco, do O Globo, a mensagem trata de uma reunião em novembro de 2022, cerca de um mês depois de Lula ter vencido a eleição presidencial. Neste período, como aponta investigação da PF, Bolsonaro seguia encastelado no Palácio da Alvorada, conspirando para dar um golpe de Estado e seguir no poder. 

 

No áudio, Cid cita os donos de três marcas famosas: Luciano Hang, da Havan; Meyer Nigri, da Tecnisa; e Afrânio Barreira, do Coco Bambu. Ele também menciona “aquele cara da Centauro”, que para a Polícia Federal é uma provável referência a Sebastião Bomfim.

 

Os quatro contestaram o relato, em nota enviada à imprensa, e negaram ter participado da trama golpista.

Bolsonaro diz ter 80 deputados confirmados para ato na Paulista; dois baianos estão na lista
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

A manifestação marcada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, já tem 80 deputados federais confirmados. Esse é o número informado por Bolsonaro a aliados. Entre os nomes confirmados estão dois baianos: Capitão Alden e Roberta Roma, ambos filiados ao partido do ex-presidente. 

 

As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Apesar do número e da celebração no entorno de Bolsonaro com as confirmações, a quantidade é menor até do que os 96 deputados que o PL tem na Câmara. 

 

Veja abaixo a lista de confirmados por Bolsonaro a aliados:

 

Abilio Brunini

Alberto Fraga

Alexandre Ramagem

Alfredo Gaspar

Altineu Côrtes

Amália Barros

André Fernandes

André Ferreira

Bia Kicis

Bibo Nunes

Cabo Gilberto Silva

Carla Zambelli

Carlos Jordy

Carol De Toni

Capitão Alberto Neto

Capitão Alden

Chris Tonietto.

Coronel Assis

Capitão Augusto

Coronel Chrisóstomo

Coronel Fernanda

Coronel Meira

Coronel Telhada

Delegado Caveira

Delegado Fabio Costa

Delegado Palumbo

Delegado Paulo Bilynskyj

Dr. Frederico

Éder Mauro

Eduardo Pazuello

Eros Biondini

Evair de Melo

Fernando Rodolfo

Filipe Barros

General Girão

Giacobo

Gilvan da Federal

Giovani Cherini

Gustavo Gayer

Hélio Lopes

Jefferson Campos

Joaquim Passarinho

José Medeiros

Júlia Zanatta

Luciano Galego

Luiz Carlos Motta

Luiz Lima

Luiz Philippe de Orléans e Bragança

Marcel van Hattem

Marcelo Álvaro Antônio

Marcelo Moraes

Márcio Alvino

Marco Feliciano

Mario Frias

Mauricio Marcon

Messias Donato

Miguel Lombardi

Nicoletti

Nikolas Ferreira

Pedro Lupion

Reinhold Junior

Ricardo Salles

Roberta Roma

Roberto Monteiro

Rodolfo Nogueira

Rodrigo Valadares

Rosana Valle

Rosângela Reis

Sanderson

Sargento Fahur

Sargento Gonçalves

Silvio Antonio

Silvia Waiãpi

Sóstenes Cavalcante

Thiago Flores

Vicentinho Júnior

Wellington Roberto

Zé Trovão

Zé Vitor

Zucco

Jurada é afastada do caso Madeleine McCann após posts com ameaças a Bolsonaro serem descobertos
Foto: Reprodução Youtube / Jaqueline Guerreiro

Principal suspeito no caso do desaparecimento da menina Madeleine McCann, há 17 anos, Christian Brückner teve o julgamento por outras acusações adiado nesta sexta-feira (16), na Alemanha, e uma das juradas foi retirada do processo por postagens que continham 'ameaças' ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

 

O adiamento ocorreu após a defesa alegar que uma das juradas havia expressado opiniões nas redes sociais que poderiam comprometer sua imparcialidade. As postagens em questão faziam menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com o jornal alemão Bild, e publicadas pelo UOL. 

 

Em 2019, a jurada publicou no X (antigo Twitter) insultos dirigidos ao ex-presidente brasileiro, chegando a pedir sua morte. "Matem esse demônio. Ele destrói tudo, ele tem que ser morto" foi uma das postagens. 

 

 

Publicações feitas pela jurada nas redes sociais sobre Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução / Redes Sociais 

 

A equipe jurídica de Brückner argumentou que a jurada não era adequada devido à incompatibilidade de suas opiniões com a Lei Fundamental da Alemanha. Após 30 minutos de deliberação, o tribunal concordou que declarações que vão contra o sistema legal ou incluem pedidos de homicídio não podem ser toleradas. Decidiu-se então adiar a sessão. A jurada foi removida do caso e será substituída.

 

Julgado pelo tribunal de Braunschweig, Brückner responde por três acusações de estupro e duas acusações de abuso sexual infantil. Os crimes teriam ocorrido entre 2000 e 2017.

 

“Não toleramos declarações fora do ordenamento jurídico, como pedidos de homicídio. Tal pessoa não pode ser jurada”, afirmou a promotora pública, Ute Lindemann. 

 

“Tenho que garantir um julgamento justo. Você não pode ter isso com uma jurada assim”, pontuou o advogado de defesa, Friedrich Fülscher. 

 

O julgamento continuará na próxima sexta-feira, possivelmente com um novo jurado. Estão previstos um total de 29 dias para os trabalhos, e mais de 40 testemunhas foram convocadas. Quatro advogados estão representando Brückner. Seguindo esse cronograma, o veredito pode ser esperado para o dia 27 de junho.

 

SUSPEITO NO CASO MADELEINE 

Brückner é investigado há anos como suspeito de envolvimento no caso do desaparecimento de Madeleine McCann. A menina desapareceu em 3 de maio de 2007 de um conjunto de apartamentos na Praia da Luz, Portugal, quando tinha 3 anos. Os investigadores alemães acreditam que Maddie está morta, mas seu corpo nunca foi encontrado. 

 

O Ministério Público está convencido de que Brückner abusou da criança e a matou. No entanto, até o momento, nenhum processo formal havia sido instaurado contra ele.

Bolsonaro diz que enviou R$ 800 mil aos Estados Unidos por ter dúvidas sobre política econômica de Lula
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou que um dos motivos por ter enviado R$ 800 mil aos Estados Unidos foi por receio das ações do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área econômica.

 

"Tínhamos dúvidas sobre a política e a economia do atual mandatário de esquerda", disse Bolsonaro em vídeo compartilhado nas redes sociais.

 

Bolsonaro afirmou que o câmbio ocorreu entre uma conta do Banco do Brasil para o BB América. “Ou seja, o dinheiro continuou em um banco brasileiro”, explicou.

 

“Queria dizer à nossa querida Polícia Federal que o último país do mundo onde um golpista, [ou] ditador, enviaria recursos seriam os Estados Unidos porque é um país democrata, que respeita tratados”, disse Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais.

 

A quebra de sigilo das contas de Bolsonaro revelou o repasse da quantia. No entendimento da Polícia Federal (PF), a transferência teve como finalidade “assegurar sua permanência no exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento”.

Ex-diretor da PRF de Bolsonaro é reprovado no Exame da OAB
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo Jair Bolsonaro (PL), foi reprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no último mês de novembro. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

Preso na sede da Polícia Federal, em Brasília, desde agosto do ano passado, ele foi liberado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para fazer a prova e tentar a validação de advogado. 

 

Silvinei chegou a ser aprovado em uma das avaliações, a de múltipla escolha, mas foi reprovado na segunda fase, em que o candidato tem que fazer a chamada “prova específica”, que é discursiva.

 

Silvinei Vasques está preso por suspeita de uso da máquina pública para interferir nas eleições, com a realização de blitzes que dificultaram o deslocamento de eleitores.

 

Em agosto, quando determinou a prisão do ex-diretor da PRF, Moraes ressaltou que a conduta de Silvinei, narrada pela PF, “revela-se ilícita e gravíssima, pois são apontados elementos indicativos do uso irregular da máquina pública com objetivo de interferir no processo eleitoral, via direcionamento tendencioso de recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores”.

 

Conforme investigação, ressaltada por Moraes, Silvinei Vasques teria emitido ordens ilegais a subordinados com o objetivo de “dificultar ou até impedir o livre trânsito eleitores nas regiões em que o então candidato Luís Inácio Lula da Silva havia obtido votação mais expressiva no primeiro turno”.

Tarcísio confirma ida à manifestação de apoio a Bolsonaro em São Paulo
Foto: Alan Santos / PR

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou que vai participar da manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, convocada pelo na Avenida Paulista, na capital, no dia 25 de fevereiro.

 

“Essa será uma manifestação pacífica de apoio ao [ex-] presidente, e eu vou estar ao lado do presidente Bolsonaro, como sempre estive”, disse Tarcísio para a CNN.

 

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, alugou um trio elétrico para a manifestação.

 

Em vídeo distribuído por WhatsApp e redes sociais, Bolsonaro fez uma convocação para o ato, pedindo que quem for não leve cartazes contra ninguém em específico. Nas últimas manifestações, havia cartazes contra ministros do STF.

 

A manifestação deve contar com a presença de alvos de operações recentes da Polícia Federal. Entre eles, os deputados federais Alexandre Ramagem (PL-RJ) – apontado como integrante do esquema ilegal de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Carlos Jordy (PL-RJ) – suspeito de incitar e financiar atos golpistas após eleição de 2022.

 

Segundo o Estadão, o governador e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), sofrem pressão de bolsonaristas para comparecerem ao ato. Procurada, a assessoria do prefeito, que terá o apoio do PL e de Bolsonaro nas eleições de 2024, não respondeu se ele também estará presente.

Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA de onde aguardaria desdobramentos da tentativa de golpe, diz PF
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma transferência de R$ 800 mil antes de viajar aos Estados Unidos no final de dezembro de 2022, de onde aguardaria os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado no Brasil, segundo a investigação da Polícia Federal (PF). As informações constam de um documento da investigação obtido pelo blog de Andréia Sadi, do G1, na quarta-feira (14).


De acordo com a PF, os investigados “tinham a expectativa de que ainda havia possibilidade de consumação do golpe de Estado” e estavam cientes dos atos ilícitos cometidos. Procurada, a defesa de Jair Bolsonaro não respondeu.


“Alguns investigados se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos”, aponta o documento.


No caso de Bolsonaro, diz a PF, foi feita uma operação de câmbio no dia 27 de dezembro no valor de R$ 800.000,03 para um banco com sede nos EUA onde o ex-presidente possui conta.


A representação da polícia, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), menciona que nesse montante pode estar o dinheiro do “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”, como no caso da venda de jóias dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.


“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de Golpe de Estado que estava em andamento”, afirma a PF.


Após a transferência dos R$ 800 mil para os EUA, conforme aponta a quebra de sigilo bancário feita pela PF, Bolsonaro ficou com um saldo negativo em sua poupança no Brasil no valor de R$ 111 mil. Esse valor foi coberto posteriormente por recursos retirados por ele de um fundo de investimentos — o documento da PF não diz quanto o ex-presidente mantinha nesse fundo.

Ala bolsonarista da PF perde integrante com aposentadoria de ex-deputado
Foto: Reprodução Facebook Felício Laterça

O ex-deputado federal, Felício Laterça, se aposentou do cargo de delegado federal. Ele compunha a ‘tropa de choque’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo um dos integrantes da ala bolsonarista da Polícia Federal.

 

De acordo com informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a aposentadoria de Laterça foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (9), assinada pelo diretor de gestão de pessoas da PF, Guilherme Monseff de Biagi.

 

O ex-deputado ultrapassou os 55 anos de idade mínima para pedir baixa na corporação, após pelo menos 30 anos de contribuição previdenciária. Laterça deixou a função aos 56 anos. 

 

Depois de ser eleito na onda bolsonarista de 2018 pelo PSL, então partido de Bolsonaro, Felício Laterça não conseguiu renovar o mandato em 2022, já filiado ao PP. O ex-deputado recebeu apenas 39.581 votos no Rio de Janeiro, desempenho que lhe garantiu apenas uma suplência na bancada fluminense.

Michelle Bolsonaro cancela ida aos EUA depois da operação da PF e Damares lamenta
Foto: Reprodução

A Operação da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados próximos, mudou os planos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela cancelou a ida ao evento que compareceria nos Estados Unidos. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.  

 

A mudança fez a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lamentar a ausência de Michelle no evento Mulher Protagonista Academy.

 

O roteiro de Damares e Michelle incluía eventos entre os dias 12 e 16 de fevereiro nas cidades de Orlando e Pompano Beach, no estado da Flórida; em Atlanta, capital do estado da Geórgia; e em Boston, capital de Massachusetts.

 

“Já estou em Miami, me preparando para o evento Mulheres Protagonistas. Claro, a nossa ex-primeira-dama não pode vir. Todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil”, diz a senadora.

 

“Era mais fácil para mim ter ficado lá. O meu DF também está passando por grandes problemas nestes dias, mas eu decidi vir, porque é neste momento que nós precisamos fortalecer o movimento conservador no Brasil e fora do país”, conclui Damares, que permanece nos EUA até o próximo domingo (18).

Em vídeo de reunião com ministros, Bolsonaro comenta sobre preocupação com atos antidemocráticos: "Vou descer da rampa preso"

O ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrava receio com a realização com atos antidemocráticos antes mesmo de perder as eleições de 2024. Um vídeo obtido pela Polícia Federal, gravado no dia 5 de julho de 2022, mostra o momento em que o então chefe do Executivo conversa com ministros sobre o medo de ser preso.

 


"Eu não tenho dúvida do que está acontecendo. Não tenho prova de muita coisa, mas não tenho dúvida. (...) Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos", alertou Bolsonaro na reunião. Na gravação, diversos membros do governo se mostram preocupados com a possibilidade de perderem a tentativa de reeleição, e Anderson Torres, então titular da Justiça, diz que todos iriam “se foder” em caso de derrota.

 

Em um outro momento, segundo o Globo, o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), revela ter comentado sobre infiltrar "espiões" na campanha com um diretor da Agência Brasileira de Investigação (Abin), mas Bolsonaro pede para conversarem em particular. 

 

Porém, durante a conversa, o então presidente revelou que trechos do debate seriam gravados, o que preocupou aliados como o o ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário. O temor é que o diálogo poderia eventualmente vir a público, o que ocorreu nesta sexta após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

General Heleno defendeu “virar a mesa” antes da eleição de 2022
Foto: Carolina Antunes/PR

A íntegra do vídeo de uma reunião da cúpula do governo de Jair Bolsonaro em julho de 2022, encontrada durante a busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, expõe o ambiente de esforço para subverter o Estado democrático de direito. Em um dos trechos, o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou que seria necessário “virar a mesa” antes do pleito daquele ano.

 

“Não vai ter segunda chamada na eleição, não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa, é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa, é antes das eleições. Depois das eleições, será muito difícil que tenhamos alguma nova perspectiva", disse Heleno, em vídeo divulgado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Nessa mesma reunião, o ministro sugeriu que fossem infiltrados agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas do próprio Bolsonaro e também do principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, para “acompanhar o que os dois lados vão fazer”.

 

“O problema todo disso é se vazar qualquer coisa. Muita gente se conhece nesse meio. Se houver qualquer acusação de infiltração desse elemento da Abin em qualquer um dos lados...”, afirma Heleno, até ser interrompido por Bolsonaro. No encontro, o próprio ex-presidente defendeu medida similar para atuação antes da eleição.

 

"General, eu peço que o senhor não fale por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação, não prossiga na sua observação. Se a gente começar a falar 'não vazar', esquece. Pode vazar. Então a gente conversa particular na nossa sala sobre esse assunto", ponderou Bolsonaro, conforme transcrição do G1.

 

OAB protocola petição no STF para derrubada da proibição de comunicação entre advogados de bolsonaristas
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Após a proibição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que advogados de bolsonaristas investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação Tempus Veritatis, conversem entre si, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou nesta sexta-feira (9) petição, no STF, para derrubar a decisão. 

 

A ordem de Moraes consta na decisão que autorizou a operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (8). Segundo o ministro, a determinação tem o objetivo de impedir contato entre os demais acusados e evitar que interfiram no processo criminal prejudicando provas, combinando versões entre ou influenciando o depoimento de possíveis testemunhas. 

 

Ao requerer a derrubada da proibição, a OAB afirma ter tomado a medida “porque é necessário assegurar as prerrogativas”. “Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”, diz a Ordem. No mesmo documento, a OAB reitera a confiança no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas.

 

Leia a nota na íntegra:

 

Nota do presidente nacional da OAB Nacional

 

“A OAB apresentou ao STF, na manhã desta sexta-feira (9/2), uma solicitação para que seja derrubada a proibição de comunicação entre advogados. Tomamos essa medida porque é necessário assegurar as prerrogativas. Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes.

 

Na mesma petição, reiteramos a confiança da OAB no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas. Relembramos ainda todas as ações concretas tomadas pela Ordem para rechaçar as acusações infundadas feitas contra o sistema eleitoral e para defender a Justiça Eleitoral.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus interlocutores nunca procuraram a OAB para pedir apoio a críticas infundadas contra o sistema eleitoral. Caso alguém pedisse apoio da OAB para essa pauta, receberia um não como resposta.

 

A OAB não toma lado nas disputas político-partidárias e mantém posição técnico-jurídica. A atual gestão da Ordem tem como prioridade atuar em temas do dia a dia da advocacia, como as prerrogativas da profissão. Por não assumir lado na disputa ideológica e partidária, a OAB recebe críticas de setores das diversas linhas ideológicas que tentam obter apoio da entidade para seus diferentes pleitos."

 

Beto Simonetti, presidente nacional da OAB

VÍDEO: Bolsonaro pressiona ministros para agirem antes das eleições
Foto: Reprodução

O vídeo que serviu como base para a Operação Tempus Veritas, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (9), mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro cobra ações de ministros e assessores antes das eleições de 2022 para se manter no poder.


Parte desses vídeos foi divulgada em primeira mão pela colunista Bela Megale, de O Globo, e depois recebidos também pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. Veja a filamgem: 

 


O encontro aconteceu em 5 de julho de 2022. Em um dos momentos, o ex-presidente sugere que acredita em fraudes nas eleições para que a esquerda ganhe. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, discursa para os ministros.


Bolsonaro afirma que não dá para esperar chegar as eleições para que alguma medida seja tomada e que “todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder”. E lembra que parou de falar sobre o assunto para os apoiadores.


“A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”, aponta. “O que está em jogo é o bem maior que nós temos e contamos aqui na terra, que é a porra da liberdade. Mais claro, impossível”, completa.


Também comenta sobre a participação das Forças Armadas na comissão eleitoral e acredita que tem o setor nas mãos. “O TSE cometeu um erro [inaudível] quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. […] Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram de que sou o chefe supremo das Forças Armadas?”, alerta.


Nos trechos divulgados, o ex-presidente critica ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, afirmando que “os caras estão preparando tudo” com o objetivo de fazer Lula vencer as eleições.


“Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?”, pergunta. Ninguém responde.

 

A OPERAÇÃO
 

Jair Bolsonaro foi um dos alvos da operação da PF que investiga o grupo que se dividiu em “núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital". 


Foram cumpridos mandados de prisão preventiva em desfavor dos ex-assessores especiais da presidência Marcelo Câmara e Filipe Martins. Também são investigados na operação os ex-ministros Braga Netto (candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022), Augusto Heleno e Anderson Torres, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que foi preso por porte ilegal de arma.

Pesquisa mostra forte apoio a Bolsonaro e Michelle, e o ex-presidente diz ter certeza que será candidato em 2026
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Apesar de ver o cerco se fechar ao seu redor e de seus aliados em diversas investigações, como na operação mais recente da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe após as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro mantém quase inalterada a sua popularidade entre seus eleitores. Pesquisa divulgada na edição da revista Veja que chegou nesta sexta-feira (9) às bancas, realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, mostra a capacidade de resistência do ex-presidente e sua força para eleger um herdeiro (ou herdeira) político. 

 

No levantamento realizado entre os dias 24 e 28 de janeiro, o Paraná Pesquisas perguntou a eleitores em todos os estados quem eles votariam para presidente se a eleição fosse hoje. O resultado revelou o presidente Lula ainda na frente, com 36,9% de intenções de votos, mas com pouca diferença à frente de Jair Bolsonaro, que aparece com 33,8%. 

 

Despontam ainda na pesquisa os nomes de Ciro Gomes, com 7,8%, o governador do Paraná, Ratinho Jr., com 3,9%, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, com 3,9%, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, com 1,2%, e por fim, o governador do Pará, Helder Barbalho, com 0,8%. Na simulação de segundo turno, Lula ganha apertado, com 43,9% contra 41,9% de Jair Bolsonaro. 

 

O Instituto Paraná Pesquisas apresentou aos mais de dois mil entrevistados um segundo cenário, desta vez com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no lugar do seu marido. O presidente Lula continua na frente, com 37,6%, mas a ex-primeira-dama mostrou ser competitiva, já que conseguiu atingir 23% das intenções de voto. 

 

O segundo cenário ainda teve Ciro Gomes com 9,3%, Romeu Zema com 6,5%, Ratinho Jr. com 5,1%, Ronaldo Caiado com 1,9% e Helder Barbalho com 0,9%. Na simulação de segundo turno em disputa entre Lula e Michelle, o presidente recebeu 45,4% das intenções de voto contra 38,7% da esposa de Jair Bolsonaro. 

 

Os entrevistados também foram questionados sobre o impacto do apoio do presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro a um eventual candidato a prefeito nas eleições municipais deste ano. A pesquisa mostrou que a maior quantidade de respostas foi dada no sentido de que o apoio dos dois personagens da política não altera a decisão de escolha de um candidato.

 

No caso do presidente Lula, 35,4% dizem que o apoio dele a um eventual candidato não altera a sua escolha. Outros 31,6% dizem que o apoio de Lula aumenta a chance de escolha de um nome, enquanto 31,3% afirmaram que o fato de o presidente apoiar o candidato faz diminuir a chance de escolha do futuro prefeito de sua cidade. 

 

Em relação a Jair Bolsonaro, 42,6% afirmaram que o apoio dele a um eventual candidato não altera a sua escolha. Outros 29,2% dizem que o apoio do ex-presidente aumenta a chance de escolha de um nome, enquanto 25,3% responderam que o fato de Bolsonaro indicar algum candidato leva à diminuição da chance de escolha de um futuro prefeito. 

 

Na mesma matéria da revista Veja em que foi apresentada a pesquisa há uma entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que diz pretender ser candidato a presidente em 2026. Bolsonaro afirma ter confiança de que o Supremo Tribunal Federal irá reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que declarou a sua inelegibilidade eleitoral. 

 

“Pretendo sim (ser candidato), tá? Não posso acreditar que chegando ao Supremo, seis ou mais ministros confirmem a sanção imposta pelo TSE”, afirma o ex-presidente à Veja.
 

Três militares tiveram mandados de prisão emitidos na Operação Tempus Veritatis
Bernardo Romão e Marcelo Câmara | Foto: Montagem/ Bahia Notícias

Três militares, Bernardo Romão Correa Neto, Rafael Martins de Oliveira e Marcelo Costa Câmara e o ex-assessor da presidência Filipe Martins foram alvos de mandados de prisão no âmbito da Operação Tempus Veritatis na manhã desta quinta-feira (8). Apenas Bernardo Romão ainda não teria tido o mandado cumprido, por não estar em território brasileiro, de acordo com informações da Globo News.

 

Segundo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o coronel Bernardo Romão teria sido o intermediário de um encontro entre Mauro Cid e militares formados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos) com o intuito de utilizar técnicas militares para consumação do Golpe de Estado. 

 

Já Rafael Martins teria, entre outras ações, solicitando R$ 100 mil para pagamento de despesas com hotel, alimentação e material para direcionar manifestantes “para os alvos de interesse dos investigados, como STF e Congresso Nacional, além de realizar a coordenação financeira e operacional para dar suporte aos atos antidemocráticos, com novos indícios de arregimentação e utilização de integrante das Forças Especiais (FE) do Exército especializados em atuação em ambientes hostis, negados ou politicamente sensíveis, para subverter o Estado Democrático de Direito”.

 

O último militar que consta na lista com mandados de prisão é Marcelo Costa Câmara, que chegou a ser designado como auxiliar residual do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Os elementos de informação identificados até o momento pela investigação demonstram que Marcelo Câmara era o responsável por um núcleo de inteligência não oficial do Presidente da República, atuando na coleta de informações sensíveis e estratégicas para a tomada de decisão de Jair Bolsonaro”, razão pela qual se justificaria o pedido de prisão preventiva. 

 

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Filipe Martins teria sido o responsável por colocar juristas em contato com Bolsonaro para dar ares de legalidade à ruptura institucional intentada pelo grupo. 

 

Além do pedido da Procuradoria-Geral da República, endossando solicitações da Polícia Federal, a decisão de Alexandre de Moraes traz prints de diálogos envolvendo os citados e o ex-ajudante de ordens da presidência da República, Mauro Cid, cujo acordo de colaboração premiada associado a quebra de sigilos telemáticos motivaram a operação deflagrada nesta quinta.

Lula evita comentar operação da PF contra Bolsonaro, mas defende investigação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar a Operação Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-aliados do antigo mandatário do Palácio do Planalto. Em entrevista a rádio Itatiaia, em Minas Gerais, Lula foi evasivo ao tratar do tema.

 

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“É muito difícil um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de justiça”, afirmou o petista. Apesar da cautela, o ex-presidente defendeu que sejam investigados os financiadores dos atos do dia 8 de janeiro de 2022, quando as sedes dos três Poderes da República foram depredadas. “Sabemos dos ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações”, reafirmou.

 

Ainda assim, Lula disse esperar “que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei”, no mesmo tom utilizado por ele em outras oportunidades.

Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF e terá que entregar passaporte
Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro é também alvo de medidas cautelares na Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã desta quinta-feira (8). De acordo com a jornalista Andreia Sadi, Bolsonaro terá que entregar o passaporte em até 24h, medida que também foi estendida para outros alvos da operação. 

 

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Ainda não foram detalhados os mandados, apenas os pedidos de prisão preventiva em desfavor dos ex-assessores especiais da presidência Marcelo Câmara e Filipe Martins. O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, confirmou o cumprimento da prisão do cliente.

 

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A PF explica que, nesta fase, "as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital"

 

Também são investigados na operação os ex-ministros Braga Netto (candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022), Augusto Heleno e Anderson Torres, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Ex-ministros de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto são alvos de operação da PF
Foto: Marcos Corrêa/PR

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (8), uma operação contra suspeitos de envolvimento na suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Entre os alvos estão nomes como o ex-candidato a vice na chapa do ex-presidente, Braga Neto, o general Augusto Heleno, que ocupou o Gabinete de Segurança Institucional, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

 

De acordo com a jornalista Andreia Sadi, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo de mandados. Dois ex-assessores especiais de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Filipe Martins, são alvos de mandados de prisão.

 

Batizada de Operação Tempus Veritatis, a PF apura "organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder".

 

Conforme informações de Sadi, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

 

Essa é a primeira operação derivada das investigações do dia 8 de janeiro de 2023 que tem como alvos diretos militares e ex-militares. Braga Netto e Augusto Heleno são generais e Marcelo Câmara é coronel. O Exército acompanha o cumprimento dos mandados, frutos da delação de tenente-coronel Mauro Cid.

Jair e Michele Bolsonaro confirmam vinda à Bahia em março; veja agenda
Foto: Bahia Notícias

O presidente do PL na Bahia, João Roma, confirmou na manhã desta segunda-feira (5) que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, estarão na Bahia nos dias 8 e 9 de março para atividades do PL Mulher - na oportunidade, a esposa do ex-presidente receberá uma condecoração na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A aprovação da Comenda 2 de Julho a Michelle gerou polêmica na Casa, em meados de dezembro do ano passado.

 

"Temos a vinda da primeira-dama Michelle, que vem à Bahia entre 8 e 9 de março, e vai se reunir com líderes políticos de toda a Bahia. E teremos também uma agenda paralela com o presidente Jair Bolsonaro", disse Roma, em entrevista à rádio A Tarde FM. O dirigente partidário salienta que o PL empenhou-se para estruturar diretórios municipais, buscando fortalecer a sigla na Bahia.

 

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"É fundamental que possamos ter essas estruturações e apresentar candidaturas a prefeito, vice e candidaturas a vereador pelos municípios da Bahia. No Extremo Sul da Bahia o engajamento é muito grande da população. Em Teixeira de Freitas, temos a pré-candidatura do Tenente Coronel França. Assim como no oeste da Bahia, temos cidades que historicamente abraçaram muito a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, bem como a minha a governador", disse Roma explicando a estratégia que o PL deve adotar para ampliar sua capilaridade para além dos municípios do Oeste e do Extremo Sul baianos. 

 

Nos municípios onde não for possível lançar candidaturas a prefeito ou a vice, Roma destacou que o foco será lançar chapas fortes para as câmaras de vereadores. O ex-ministro da Cidadania foi também questionado a respeito da aliança em Salvador e respondeu que, até o final de março, será realizada uma reunião do partido cuja tendência é definir apoio à reeleição do atual prefeito da capital Bruno Reis. Roma lembrou que houve uma reunião prévia com o prefeito, quando o PL apresentou indicações para a adoção de medidas que impulsionem o setor produtivo.

 

O ex-deputado federal explicou que o PL tem bandeiras claras que giram em torno da defesa de menos impostos e mais liberdade para o cidadão. "Tudo isso dá lastro para que o partido possa arregimentar novas lideranças que queiram participar da vida política de maneira mais efetiva", salientou o presidente do PL na Bahia.

 

E O PT?

Ao comentar sobre o governo petista, tanto na Bahia quanto no Brasil, Roma disse que o que se observa é uma sociedade cada vez mais oprimida por políticas que têm deixado cada vez mais o cidadão à mercê do poder público. “Em um recadastramento do Cadastro Único, se retira mais de 1,7 milhão de brasileiros do programa social, diferente do discurso de Lula, quando era candidato, de que iria ampliar o programa social". João Roma vem criticando ainda que a gestão do PT retirou os mecanismos de emancipação social que foram desenvolvidos no Auxílio Brasil.

 

João Roma também comentou a situação da insegurança pública na Bahia. "O que nós sabemos é que já há uma receita do que não fazer: o que o PT tem feito no Estado da Bahia que, além de estar caindo na economia e na educação, mostra números da violência cada vez mais gritantes", disse o presidente estadual do PL. Ele criticou propostas que são somente uma distração a respeito do principal problema.

 

"Proibir pistolas d´água não é uma ação que possa vir a melhorar a estrutura de enfrentamento ao crime organizado, que é o principal entrave do desenvolvimento em nosso estado. É preciso fortalecer as instituições ao invés de ficar discutindo câmeras nas fardas. O lanche de um policial militar: ele é deslocado para um evento e colocam lá um lanche que não segura um cidadão durante aquele período inteiro. Então são vários temas. Não pode ter uma tropa, pois são cidadãos que estão ali na rua, que têm sua família, para eles enfrentarem a criminalidade sem ter respaldo para trabalhar", declarou Roma.

Sumiço de moto aquática cria versões contraditórias no núcleo bolsonarista
Foto: Reprodução Redes Sociais

A notícia do retorno tardio do senador Flávio Bolsonaro para a casa da família em Angra dos Reis, no dia da nova fase da Operação First Mile, fez com que representantes do clã – e o próprio parlamentar – viessem a público tentar minimizar o episódio, que entrou na mira da Polícia Federal (PF) por uma suspeita de eventual ocultação de provas.


Conforme o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, noticiou na manhã de quarta-feira (31), de dois jet skis que saíram para o mar por volta de 6h40 da segunda-feira (29), após os Bolsonaros supostamente terem notícia da ação policial, apenas um deles voltou para a residência em Mambucaba, enquanto os investigadores estavam no local.


Flávio não retornou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhando o irmão Carlos Bolsonaro, único alvo oficial das autoridades. Há a suspeita, dentro da PF, de que a saída de jet ski foi uma estratégia para ganhar tempo. E que o sumiço temporário do senador possa ter servido para transportar e esconder provas ou materiais incriminatórios.


Em coletiva, nesta quarta (31), Flávio criticou a divulgação das suspeitas da PF, mas confirmou as informações publicadas. “Eu não voltei porque estava em um jet ski que não era meu, tive que devolver e depois fui para um almoço. Depois do almoço, voltei”, afirmou.


O senador ainda não explicou em que lugar foi essa refeição. Desde ontem, o Metrópoles tenta contato com ele. De toda forma, às 12h45 o parlamentar já estava de volta à casa do pai, segundo testemunhas.


O EMPREITEIRO DE ANGRA

A embarcação em questão é do empresário do ramo da construção civil Renato Araújo, pré-candidato à prefeitura de Angra apoiado pelo clã Bolsonaro, como antecipou o colunista Igor Gadelha. O dono do jet ski tem casa no condomínio Frade Prime, um dos mais requintados da região. Em conversas com pessoas próximas, Renato tem dito que Flávio não teria ido devolver o jet ski no dia da operação.


Outra informação divergente surgiu, nesta quarta, com uma postagem, nas redes sociais, do advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação no governo Bolsonaro. Ele disse que o jet ski usado por Flávio retornou “posteriormente” para a casa em Mambucaba.


Ou seja, a publicação dá a entender que não houve a devolução da moto aquática, como declarado pelo senador. O ex-secretário de comunicação postou, inclusive, uma foto da embarcação no imóvel de Jair.


QUESTÃO DE HORAS

Essa não é a única incoerência entre os Bolsonaros dentro do tema. No dia da operação, para supostamente abafar “fake news”, Wajngarten disse que o clã teria saído para pescar às 5h. Depois, o horário passou para 5h50.


Os horários ventilados, no entanto, jamais passam das 6h, quando a PF chegou aos endereços na capital do Rio — e, pelo o que suspeitam as autoridades, Carlos teria ficado sabendo que era alvo da PF.


Investigadores acreditam que a versão serve para afastar a hipótese de que os Bolsonaros saíram do local após terem notícia da deflagração da operação, o que daria margem para uma acusação por obstrução à investigação, crime considerado grave pela Justiça e passível de prisão preventiva a curto prazo.


Apesar de Carlos ser o único alvo do mandado de busca e apreensão entre o clã, todos são investigados, direta ou indiretamente, dentro da operação que tenta desbaratar os criminosos por trás da chamada “Abin Paralela”, rede de monitoramento ilegal de pessoas e inimigos, com ferramentas de Estado.

Bolsonaro estaria desapontado com áudio de Zé Trovão: “Já fiz muito por ele”
Foto: Reprodução Redes Sociais

Jair Bolsonaro estaria desapontado com o deputado federal bolsonarista Zé Trovão (PL-SC), após o parlamentar, sem saber que estava sendo gravado, ter sido flagrado fazendo duras críticas ao ex-presidente, classificando-o como “o maior mau exemplo para a política”.


De acordo com a coluna de Paulo Cappelli do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Bolsonaro disse a pessoas próximas que “já fez muito” por Zé Trovão, apoiando o parlamentar em questões que extrapolam o âmbito eleitoral. E que, portanto, jamais esperaria uma postura como essa do aliado.


O ex-presidente, contudo, optou por não fazer nenhum pronunciamento público sobre as declarações contidas no áudio. Avalia que Zé Trovão será castigado pelo eleitorado de Santa Catarina, um dos estados mais conservadores do país.


Segundo as informações, a gravação foi feita três meses após a última eleição presidencial. Na ocasião, Zé Trovão fazia um desabafo sobre o assessor Jackson Schubert, lotado em seu gabinete na Câmara. No diálogo, o deputado dá a entender que o servidor reprovava críticas que o parlamentar fazia a políticos do mesmo espectro político.

Moraes autoriza CGU acessar investigações que envolvem Bolsonaro e outros agentes públicos federais
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o compartilhamento com a Controladoria-Geral da União (CGU) de informações contidas em inquéritos e procedimentos criminais em curso na Corte sobre a participação de agentes públicos federais nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e em fatos correlatos. Os casos envolvem fatos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros agentes públicos.

 

No pedido, a CGU sustentou a necessidade do compartilhamento para verificar eventuais condutas ilícitas de servidores e adotar as providências cabíveis para a responsabilização administrativa dos agentes públicos federais envolvidos.

 

Ao analisar o pedido, o ministro salientou que o STF tem entendimento favorável ao compartilhamento de informações obtidas em inquérito penal para instruir outro procedimento contra o mesmo investigado. Ele ressaltou que deve ser observada a garantia constitucional do contraditório, e que eventuais provas, consideradas como emprestadas, não podem ser o único elemento de convicção do julgador.

 

Em sua decisão, o ministro autorizou o compartilhamento integral do inquérito das milícias digitais, do vazamento de dados de investigação sigilosa da Polícia Federal sobre urnas eletrônicas e do inquérito de autoria intelectual e a instigação dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o ministro, esses autos são públicos, e não há impedimento para seu compartilhamento.

 

Moraes também permitiu o compartilhamento de investigações sobre adulteração de cartões de vacina e outros crimes, a entrada de jóias doadas pela Arábia Saudita e tentativas de reavê-las, a interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 e sobre a utilização indevida da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o monitoramento irregular da localização de celulares de políticos, policiais, jornalistas e juízes. Em relação ao inquérito das fake news, o ministro permitiu o acesso aos autos da petição eletrônica em que tramitam diligências já realizadas e documentadas contra diversos investigados.

 

A decisão exclui o compartilhamento de diligências em andamento, "cujo sigilo deve ser preservado para fins de efetividade das medidas e das investigações". A CGU ainda deverá manter o sigilo das investigações e somente poderá compartilhá-las mediante prévia autorização do STF.

 

Alexandre de Moraes negou, no entanto, o pedido de acesso às informações constantes do termo de colaboração premiada, pois estão pendentes de finalização diversas diligências determinadas.

Em Pernambuco, Lula diz que Jair Bolsonaro é um "psicopata" que vive da mentira e da maldade
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Um psicopata que vive da mentira, da maldade e de ofender os outros. Foi desta forma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao seu antecessor no Palácio do Planalto, durante discurso nesta quinta-feira (18) no evento de retomada das obras de ampliação da refinaria de Abreu e Lima, na cidade pernambucana de Ipojuca.

 

Mesmo sem pronunciar diretamente o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula fez diversas referências a ele ao se pronunciar sobre a gestão da Petrobras no governo anterior. Ao lado da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de ministros e aliados, Lula disse que a visão de mundo de Bolsonaro corrobora esta conduta de viver da mentira e da ofensa.

 

“Para ele, todo mundo aqui é ladrão. Para ele, todo mundo aqui é comunista. Para ele, todo mundo aqui defende aborto. Para ele, todo mundo aqui faz isso e faz aquilo, como se ele e seus filhos fossem exemplo de família nesse país”, declarou o presidente.

 

Lula também comparou o tratamento que o seu governo vem dando aos estados do Nordeste com o que foi verificado na gestão anterior. Além de citar o seu antecessor, Lula também fez críticas aos comandantes da Operação Lava-Jato, ressaltando o impacto da operação sobre o funcionamento da Petrobras.

 

“A primeira árvore frondosa que estamos colhendo é a operação da Rnest [refinaria de Abreu e Lima]. É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses dez anos de atraso desta empresa. Quanto salário deixou de ser pago. Quantas deixaram de ter benefícios nesse país. Quanto que esse país perdeu na sua competitividade internacional, até chegar ao ponto de a gente eleger um psicopata para ser presidente desse país”, disse no seu discurso.

 

O presidente também afirmou durante a solenidade que o seu 1º ano de governo no terceiro mandato foi para “limpar terreno e plantar coisa nova”, e que este segundo ano será para a colheita. Ele relembrou ainda sua fala, do início de 2023, direcionada à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmando que ela não deveria se preocupar por ser de um partido rival ao seu, o PSDB, e que isso não afetaria sua relação com o governo federal. 

 

“Pergunte a qualquer governador do Nordeste qual foi o inferno deles. Era um inferno. Era como se fosse o capeta negando pão às pessoas que precisavam”, disse Lula, ao falar da forma como os governadores do Nordeste eram tratados por Jair Bolsonaro.

 

No fim de seu discurso, o presidente Lula mencionou Bolsonaro como “a praga”, ao fazer um convite aos empresários do setor industrial para que direcionem os seus investimentos para o Brasil.

 

“A siderúrgica que quer produzir aço verde, venha para o Brasil. Quem quer produzir fábricas limpas, venha para o Brasil. Estamos abertos para receber com coração de brasileiro, que é o povo mais alegre e extraordinário do mundo, mesmo com essa praga solta por aí”, concluiu.

 

Esta não foi a primeira vez que Lula se referiu a Jair Bolsonaro como “psicopata”. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em maio de 2021, Lula disse que o Brasil poderia ser resgatado nas eleições de 2022, depois de ser transformado em um pária global atingido pela Covid por seu presidente psicopata.

 

“Você não está lidando com um ser humano normal. Você está lidando com um psicopata, que não tem a menor capacidade de governar”, disse Lula na época, quando ainda era candidato a presidente. 

 

Já em seu terceiro mandato como presidente, o presidente Lula se referiu a seu antecessor como um “psicopata maior”, ao falar sobre os ataques de manifestantes às sedes dos três poderes, durante o 8 de janeiro de 2023. Lula deu a declaração no Palácio do Planalto, na cerimônia de reinstalação do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), em 28 de fevereiro desse ano.

 

“Meia dúzia de bárbaros, meia dúzia de vândalos, meia dúzia de psicopatas, quem sabe orientados pelo psicopata maior, acharam que poderiam, depois de perder as eleições, ocupar o palácio e dar um golpe de Estado”, declarou o presidente Lula naquela ocasião. 
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Pelo que eu tenho visto, a disputa pelo segundo lugar na eleição de Salvador vai ser duríssima. Só não é pior do que a missão de Lupi de levar paz à briga entre o Gato Félix e o União Brasil. Já o Médico da Feira estava todo todo ao lado do Cacique e de Tente Outra Vez. O mundo capota mesmo! Tipo o Pássaro, que botou tanto pra virar que virou outra pessoa e não teve uma polêmica na Micareta. Enquanto isso, tem gente crescendo na campanha, mas não do jeito que esperava... Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Angelo Coronel

Angelo Coronel
Foto: Divulgação

"O Congresso votou essas matérias com apoio da ampla maioria dos parlamentares. O governo prega a paz e a harmonia e age com beligerância".

 

Disse o relator da proposta no Senado, Angelo Coronel (PSD) ao criticar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, que suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Estamos em 2024, ano de eleições municipais em todo o Brasil. Em outubro os eleitores dos quatros cantos do país irão às urnas escolher quem serão os próximos prefeitos e vereadores. Mas o pleito que vai acontecer daqui a poucos meses tem um ingrediente especial aqui na Bahia. 

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