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Petrobras abre consulta pública para interessado em locar Torre Pituba em Salvador após reabertura com pompa

Por Mauricio Leiro

Foto: Reprodução/Google Street View

Menos de um ano depois da reabertura com pompa da unidade da Petrobras na Torre Pituba, o espaço deve ter um novo destino. Localizada na Av. ACM, no próprio bairro da Pituba, o espaço foi alvo de uma consulta pública para identificar locatário interessados no imóvel que é de responsabilidade da Petrobras. O chamamento foi divulgado na última terça-feira (4). 

 

O prédio foi novamente ocupado pelas equipes das áreas administrativas que estavam atuando em um mesmo escritório, em modelo de trabalho cooperativo, na capital baiana e na unidade de Taquipe, na cidade de São Sebastião do Passé, a 70 km de Salvador. Cerca de 480 pessoas voltam a ocupar os postos de trabalhos, segundo a Petrobras.

 

Com as atividades paradas desde 2019, a estatal alegou que a desocupação foi para reduzir despesas, pois o imóvel tinha elevados custos de aluguel e manutenção. Entretanto, o contrato vence apenas em 2045.

 

A Torre Pituba tem 22 andares, com direito a heliponto, e foi erguida em contrato de locação firmado em 2010 entre Petrobras e o Petros, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. A operação se deu na modalidade “built to suit”, quando o locador constrói um imóvel personalizado de acordo com as necessidades do inquilino, e a construção foi alvo da Operação Lava Jato por suspeitas de corrupção. A inauguração ocorreu em 2015.

 

O acordo seria de locação por 30 anos, com pagamento mensal de R$ 6,8 milhões ao Petros, mas após quatro anos de funcionamento, a direção da Petrobras anunciou a privatização de parte das operações na Bahia e decidiu desocupar o espaço e remanejar cerca de 1,5 mil funcionários concursados para unidades em outros estados. O empreendimento foi construído pela OAS e Odebrecht e teve o orçamento é estimado em R$ 1 bilhão.

 

O contrato foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal, que apontou pagamento de pelo menos R$ 68 milhões em propinas. Em dezembro, a Lava Jato denunciou 42 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, desvios de recursos de instituição e organização criminosa.