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“Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo”, disse Lula durante discurso emocionado no TSE

Por Nicole Angel, de Brasília

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi diplomado nessa segunda-feira (12), em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a solenidade, Lula fez um discurso emocionado, dizendo que “não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo”.

 

No começo de sua fala, Lula citou sua primeira diplomação em 2002 e não conteve as lágrimas ao relembrar do passado. "Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, disse em meio às lagrimas.

 

 

Democracia foi o centro do discurso do presidente eleito. Em suas primeiras palavras, Lula disse que "poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada”, avaliou.

 

"Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo. Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”, disse Lula.

 

Lula afirmou ainda que apesar dos obstáculos enfrentados durante o período eleitoral, a democracia venceu. "O resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois na segunda etapa. Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo”, destacou Lula.

 

O petista avaliou em seu discurso que a democracia vem enfrentando um grande desafio não só no Brasil, mas em todo o planeta e que, "talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial” disse. Para ele, os meios digitais são mecanismos de manipulações e mentiras, pois atuam de maneira “gananciosa e absolutamente irresponsavel”, declarou Lula.

 

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"O combate, portanto, precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e eficiente. Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e manipulações que levam ao ódio e à violência política”, destacou o presidente eleito.

 

Lula também defendeu as instituições do país e qarabeniou o trabalho feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o período eleitoral. "Precisamos de instituições fortes e representativas. Precisamos de harmonia entre os Poderes, com um eficiente sistema de pesos e contrapesos que iniba aventuras autoritárias. Precisamos de coragem”, afirmou.

 

Ainda com discurso voltado para a defesa da democracia, o petista disse que é necessário tirar uma lição deste período recente do país e dos abusos cometidos no processo eleitoral. "Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer mais do que simplesmente eleger seus representantes, o povo quer participação ativa nas decisões de governo.

 

"É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça, que recebo pela terceira vez este diploma de presidente eleito do Brasil – em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo brasileiro”, finalizou o presidente eleito.