Artigos
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Multimídia
Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
tse lula alckmin diplomacao
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi diplomado nessa segunda-feira (12), em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a solenidade, Lula fez um discurso emocionado, dizendo que “não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo”.
No começo de sua fala, Lula citou sua primeira diplomação em 2002 e não conteve as lágrimas ao relembrar do passado. "Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, disse em meio às lagrimas.
Lula se emociona em diplomação no TSE #BahiaNoticias
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) December 12, 2022
???? “Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo”, afirmou no discurso cujo foco foi a democracia pic.twitter.com/0irO4G2NSU
Democracia foi o centro do discurso do presidente eleito. Em suas primeiras palavras, Lula disse que "poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada”, avaliou.
"Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo. Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”, disse Lula.
Lula afirmou ainda que apesar dos obstáculos enfrentados durante o período eleitoral, a democracia venceu. "O resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois na segunda etapa. Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo”, destacou Lula.
O petista avaliou em seu discurso que a democracia vem enfrentando um grande desafio não só no Brasil, mas em todo o planeta e que, "talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial” disse. Para ele, os meios digitais são mecanismos de manipulações e mentiras, pois atuam de maneira “gananciosa e absolutamente irresponsavel”, declarou Lula.
LEIA TAMBÉM:
"O combate, portanto, precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e eficiente. Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e manipulações que levam ao ódio e à violência política”, destacou o presidente eleito.
Lula também defendeu as instituições do país e qarabeniou o trabalho feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o período eleitoral. "Precisamos de instituições fortes e representativas. Precisamos de harmonia entre os Poderes, com um eficiente sistema de pesos e contrapesos que iniba aventuras autoritárias. Precisamos de coragem”, afirmou.
Ainda com discurso voltado para a defesa da democracia, o petista disse que é necessário tirar uma lição deste período recente do país e dos abusos cometidos no processo eleitoral. "Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer mais do que simplesmente eleger seus representantes, o povo quer participação ativa nas decisões de governo.
"É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça, que recebo pela terceira vez este diploma de presidente eleito do Brasil – em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo brasileiro”, finalizou o presidente eleito.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12), no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
A cerimonia oficializa o resultados das urnas e assim, marca o fim do processo eleitoral. Além disso, a diplomação é uma condição formal para que o presidente eleito e o vice tomem posse de seus respectivos cargos em 1º de janeiro, que e é quando o mandato começa.
Seguindo o rito de diplomação, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, abriu a sessão e logo em seguida Lula e Alckmin foram convidados a comparecer a mesa.
Após isso foi executado o hino nacional pela Fanfarra do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), os Dragões da Independência, que será regida pelo 2º tenente Cláudio Márcio Araújo da Luz.
Em seguida, Moraes leu o teor do diploma e entregou a Lula e Alckmin os diplomas de seus respectivos cargos para o qual foram eleitos. O diploma é um documento físico que deve conter o nome do candidato, a indicação da legenda do partido ou da coligação sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua designação como suplente.
A cerimônia de diplomação acontece desde 1951, quando Getúlio Vargas retornou à Presidência da República por meio do voto popular. Suspensa durante o regime militar (1964 a 1985), a solenidade voltou a ser realizada após a redemocratização do país, em 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Queremos redefinir o papel da Guarda Nacional. Se aprovada a PEC, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública neste país".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que pretende criar o Ministério da Segurança Pública caso a PEC enviada pelo governo sobre o tema seja aprovada pelo Congresso. Segundo ele, a mudança faria parte de uma reestruturação do setor e da redefinição do papel da Guarda Nacional.