Debate sobre utilização de cabine de votação mobiliza sessão de eleição para vaga de desembargador do TRE-BA
Em sessão do Pleno, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desta quarta-feira (17), para eleição da vaga para desembargador titular do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), discussões sobre o procedimento de votação ganharam destaque após um pedido para a utilização de cabines de papel para assegurar o sigilo do voto. A presidente do TJ-BA Cynthia Maria Pina Resende informou que o sistema eletrônico em uso foi considerado seguro, tendo passado por testes inclusive com a participação de membros da casa, e que a questão levantada foi tratada, em um primeiro momento, por meio de uma decisão monocrática.
A presidente atendeu a um pedido formal e determinou que cabines de votação fossem disponibilizadas. A medida foi tomada para acolher colegas que manifestaram desconforto com o método usual e desejavam garantir uma maior inviolabilidade visual no momento da escolha. Foi esclarecido que o uso das cabines seria opcional, bastando um sinal para que fossem posicionadas.
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Durante os debates, o desembargador Júlio Travessa defendeu seu requerimento, afirmando que sua intenção nunca foi criar constrangimentos, mas sim prevenir questões relacionadas ao sigilo. Ele ressaltou que não questionava o sistema de apuração, mas sim a possibilidade de que, durante o ato de pressionar a tecla correspondente a um dos dois candidatos, a opção escolhida pudesse ser visivelmente identificada por terceiros, caso não houvesse uma barreira física adequada.

Foto: Aline Gama / Bahia Notícias
A sessão seguiu com a possibilidade de uso das cabines para quem desejasse, mantendo-se o procedimento eletrônico de votação padrão na casa.
