Em meio a polêmica com música, Claudia Leitte lança EP com faixas inéditas gravado no Guetho Square
Por Bianca Andrade
O clima pouco ameno não impediu Claudia Leitte de seguir em frente.
Em meio as polêmicas envolvendo a troca de Yemanjá por Yeshua na música 'Caranguejo', a artista decidiu tocar o bloco e lançar novas canções, disponibilizando nesta sexta-feira (17) o EP do projeto 'Soul D'Rua', gravado no Candyall Guetho Square na primeira edição da festa.
O EP conta com quatro músicas, sendo três inéditas, 'Sete Vidas', 'Cheiro No Pescoço' e 'Tudo Em Off', e a canção 'Destrava', lançada pela artista em 2024 e que foi uma das apostas dela para o Carnaval.
A cantora ainda tem na manga a música 'Eu, Fevereiro e Você', que tem como proposta ser lançada em parceria com Bell Marques.
A próxima edição do evento 'Soul D'Rua', acontece no dia 1º de fevereiro, por coincidência, véspera do Dia de Iemanjá, retirada da música por Claudia Leitte em 'Caranguejo'. A artista repete a dose no Candyall Guetho Square, e os ingressos estão sendo vendidos no site Ingresse, custando a partir de R$ 180.
SITUAÇÃO NA JUSTIÇA
A alteração na música 'Caranguejo (Corda do Caranguejo)', rendeu a artista um inquérito civil, instaurado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), para apurar eventual responsabilidade da cantora por danos morais causados à honra e dignidade das religiões de matriz africana, com a mudança na música e a troca do termo “Yemanjá” por “Yeshua”.
Toda movimentação aconteceu após a denúncia feita pela yalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). Claudia Leitte tem até o dia 29 de janeiro para se manifestar a respeito dos fatos noticiados. Além da notificação a artista, o MP-BA fará a oitiva dos compositores da música “Caranguejo”.
Na última quinta-feira (16), dois dos quatro compositores da música, anunciaram que irão processar a cantora por intolerância religiosa, devido às alterações da artista na música durante performances ao vivo.
Em entrevista ao portal Leo Dias, Durval Luz, um dos compositores da faixa, que é evangélico, disse que apesar de ser de outra religião, sempre teve respeito as outras manifestações e não foi consultado sobre a mudança. "Já mandei todos os documentos para meu advogado (…) O Nino Balla, que foi outro compositor, está comigo (…)".