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Ex-vice-prefeita de Salvador lança pré-candidatura à reitoria da Ufba

Por Redação

Fotos: Reprodução / TV Ufba / Redes Sociais

O cenário sucessório da Universidade Federal da Bahia (Ufba) começa a ganhar novos contornos para 2026. Com a aproximação do processo de escolha do próximo reitor ou reitora, professores da instituição já iniciam movimentações políticas e institucionais em torno da disputa. Entre os nomes que se colocam novamente como pré-candidatos está o da professora Célia Sacramento, ex-vice-prefeita de Salvador.

 

A disputa pela Reitoria da Ufba envolve o envio de uma lista tríplice à Presidência da República, conforme prevê a legislação vigente. A entrada formal dos interessados no processo se dá por meio de ofícios encaminhados à administração superior da universidade, marcando oficialmente a intenção de concorrer. 

 

A sucessão de 2026 também reacende tensões políticas internas entre antigos aliados. De um lado está o ex-reitor João Carlos Salles, filósofo de reconhecimento nacional; do outro, o atual vice-reitor Penildon Silva Filho, professor da área de Educação, que desponta como possível nome da continuidade administrativa.

 

Recentemente, Célia Sacramento protocolou um ofício junto à Reitoria acompanhada pelo professor Fernando Conceição, da Faculdade de Comunicação (Facom), também pré-candidato. No documento, a comitiva solicita providências para a realização de eleições diretas, apresentando críticas contundentes ao atual modelo de escolha.

 

Os candidatos já saíram em campanha dentro dos campi pedindo apoio dos estudantes:

 

 

Na prática, a consulta ocorre por meio de um colégio eleitoral interno, com composição prevista em lei: 70% do peso dos votos cabe ao corpo docente, enquanto os outros 30% são divididos entre estudantes e técnicos-administrativos.

 

“Sou também pré-candidata a Reitora da Ufba. Juntos estamos na luta por democracia, para que estudantes, professores e funcionários votem em urna eletrônica. Estamos fazendo a nossa parte para que haja mais conscientização política para pensar qual é a Ufba que queremos", defende a professora Sacramento.

 

REITORA NA DISPUTA
Além de Fernando Conceição, João Carlos Salles e Penildon Filho, outro nome cotado na disputa é o da professora e pesquisadora Maria Salete Souza Amorim, docente da Ufba, que também deve concorrer ao cargo e já defendeu publicamente um modo mais direto na escolha. 

 

Reconhecida no meio acadêmico, Maria Salete possui produção intelectual voltada à análise do cenário político brasileiro, com estudos e publicações que abordam processos eleitorais, comportamento político e instituições democráticas.

 

Sua trajetória a coloca no radar das discussões sobre a sucessão da Reitoria, especialmente em um momento em que parte da comunidade universitária reivindica maior politização crítica e transparência no processo de escolha da gestão superior, em suas redes sociais a professora Salete é fortemente critica as questões de assédio no meio acadêmico.

 

Imagem do palacete da reitoria, sede do reitor da universidade. | Foto: Reprodução / ASSUFBA

 

Com a entrega do novo ofício, o debate sobre as regras da sucessão de 2026 ganha fôlego e recoloca em pauta a modernização dos ritos administrativos da maior universidade federal da Bahia. Outros nomes ainda podem surgir ao longo do processo, ampliando o quadro de pré-candidaturas.

 

QUEM É CÉLIA?
Célia Sacramento apresenta um currículo que combina trajetória acadêmica e experiência no Executivo. Graduada em Ciências Contábeis e Direito, é mestre pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

Atua como professora adjunta da Ufba e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), sendo também é sócia-fundadora da AUDPEC, com atuação consolidada nas áreas de auditoria, controle interno e perícia.

 

No campo político, sua trajetória é marcada por feitos simbólicos. Eleita vice-prefeita de Salvador na chapa liderada por ACM Neto (2013–2016), destacou-se pela implementação de políticas de promoção da igualdade racial. Em outubro de 2014, ao assumir interinamente a Prefeitura, tornou-se oficialmente a primeira mulher negra a chefiar o Executivo da capital baiana.

 

Foi candidata ao governo do estado da Bahia pela Rede ainda em 2018, também teve um aumento de patrimônio na carreira política. A professora atravessou diferentes campanhas por cargos, mas foi juntamente atuante internacional como vice-presidente do Congresso Global de Líderes Africanos e Afrodescendentes. Bem como em participação em manifestações antirracistas na academia e fora do Brasil. 

 

A mesma tem defendido propostas de eleições mais diretas, bem como maior uso de ferramentas digitais para os estudantes, uma auditoria pública para as últimas gestões e participação comunitária do corpo estudantil tanto de Vitória da Conquista, quanto em Salvador.