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Governo dos EUA admite responsabilidade por colisão aérea que matou 67 pessoas

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O governo dos Estados Unidos admitiu formalmente sua responsabilidade na trágica colisão em pleno ar entre um helicóptero militar e um avião comercial ocorrida no início deste ano. A admissão de culpa foi protocolada pelo Departamento de Justiça nesta quarta-feira (17), em um documento judicial de 209 páginas enviado ao tribunal no âmbito de uma ação civil movida por familiares das vítimas.

 

O acidente, ocorrido em 29 de janeiro, resultou na morte de 67 pessoas e é considerado o desastre aéreo comercial mais letal em solo americano em décadas. "Os Estados Unidos admitem que tinham um dever de cuidado em relação aos demandantes, o qual descumpriu, causando diretamente o acidente trágico", afirma o texto obtido pela agência AFP.

 

A tragédia aconteceu nos arredores de Washington, quando um avião da American Eagle, que partira de Wichita (Kansas), realizava os procedimentos de aproximação para pouso no Aeroporto Nacional Ronald Reagan.

 

No mesmo instante, um helicóptero militar Black Hawk, operado pelo Exército dos EUA, cruzou a rota da aeronave comercial. A colisão resultou na queda de ambas as aeronaves nas águas geladas do rio Potomac, sem sobreviventes.

 

No documento apresentado à Justiça, o governo americano detalhou as falhas humanas e operacionais que levaram ao desastre. O texto admite que os pilotos do Black Hawk falharam em "manter a vigilância necessária para avistar e evitar outras aeronaves". Foi reconhecido que um controlador de voo do Aeroporto Reagan adotou condutas inadequadas que "não cumpriram" as normas federais de segurança. O governo admitiu que, embora o risco zero de colisão seja impossível em espaços aéreos movimentados, houve um descumprimento direto do dever de proteção aos passageiros.

 

Logo após o desastre, uma análise preliminar do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) apontou que instrumentos defeituosos e falhas de comunicação podem ter contribuído para a tragédia.

 

Embora a admissão de culpa do governo acelere os processos de indenização às famílias, a investigação técnica completa ainda está em andamento. O relatório final do NTSB, que detalhará todos os fatores mecânicos e sistêmicos, deve ser publicado apenas no próximo ano. O acidente já forçou a implementação de protocolos de segurança muito mais rígidos para o tráfego aéreo na região da capital federal.

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